ATELIER DE DANÇATERAPIA NO HOSPITAL DE MAGALHÃES … de... · The evaluation was made through...
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Trabalho de Projecto
Mestrado Integrado em Medicina
2010/2011
ATELIER DE DANÇATERAPIA NO
HOSPITAL DE MAGALHÃES LEMOS
Mara Alexandra Alves de Andrade
Orientador: José Maria Leão Ferreira Queiróz
2
ÍNDICE
Abstract ................................................................................................................................... 3
Resumo ................................................................................................................................... 4
Objectivos ............................................................................................................................... 9
Estado da Arte ...................................................................................................................... 10
Introdução ...................................................................................................................... 10
Definição .................................................................................................................. 10
Princípios teóricos .................................................................................................... 12
Nota histórica ........................................................................................................... 13
DMT como Psicoterapia Criativa ................................................................................. 16
A Metáfora de Movimento: Ferramenta Fulcral na DMT ........................................... 16
DMT e o Doente Psicótico......................................................................................... 17
Qual a estrutura das sessões de DMT ...................................................................... 18
Conclusão ...................................................................................................................... 19
Referências .................................................................................................................... 20
Tarefas ................................................................................................................................... 22
Designação da Tarefa ................................................................................................... 22
Resultados Esperados .................................................................................................. 22
Descrição da Tarefa ...................................................................................................... 22
Orçamento Previsto para a Execução do Projecto ........................................................... 24
Anexos ................................................................................................................................... 25
Anexo 1: 1º Questionário .............................................................................................. 26
Anexo 2: 2º Questionário .............................................................................................. 31
Anexo 3: 3º Questionário .............................................................................................. 36
Anexo 4: Escala de Perfomance Pessoal e Social .................................................... 42
Anexo 5: Escala de Bem-Estar Psicológico Geral – Questionário........................... 48
Anexo 6: Escala de Bem-Estar Psicológico Geral – Score ....................................... 58
Anexo 7: Perfis de Movimento ..................................................................................... 64
Anexo 8: Descrição e Comentários das Sessões .................................................... 141
Anexo 9: Consentimento Informado ......................................................................... 185
3
ABSTRACT
Several studies show that Dance Movement Therapy (DMT) has great benefits,
particularly in psychiatric patients by increasing the capacity of expression, the role of
movement and integrating body and mind.
Nineteenth DMT sessions were held in Magalhães Lemos Psychiatry Hospital, as part
of the Rehabilitation Service. The goal of this project was to check DMT effects on well-being
and social and personal performance.
The evaluation was made through movement profile, reflections on the sessions and
each patient, intermittent questionnaires, Psychological General Well-Being Index (PGWBI)
and Personal and Social Performance Scale (PSP).
The evaluation was made by analyzing the movement profile, by reflections on the
sessions and on each patient and by intermittent questionnaires. Psychological General
Well-Being Index (PGWBI) and Personal and Social Performance Scale (PSP) were also
taken into account.
Most patients were very satisfied with the sessions of dance therapy. Increased
welfare and reduced stress are examples of positive enhancements reported by the majority
of the patients.
The scores of the applied scales improved. However, it is worth to mention that these
scores were not specific to the dance therapy sessions; the results may correspond to other
factors such as other activities of the Rehabilitation Service, change of medication and
resolution of personal/family problems.
All the patients increased the use of Quinesfera. Also, it was verified that, during
group exercises, patients were able to move and interact more, developing an expressive
movement as a way of nonverbal communication.
It was possible to create a protected space, an environment that allowed the
exploration of body, movement, relationship and life experiences of each patient.
4
RESUMO
Vários estudos comprovam que a Dançaterapia ou Dança Movimento Terapia (DMT)
tem grandes benefícios, nomeadamente em doentes psiquiátricos, aumentando a
capacidade de expressão, o role de movimentos e a integração mente corpo.
Tiveram lugar 19 sessões de DMT no Hospital de Magalhães Lemos, inseridas no
Serviço de Reabilitação, com o objectivo de avaliar qual o seu efeito relativamente ao bem-
estar e à performance social e pessoal.
O cargo de terapeuta foi assegurado por mim. Para além de aluna de Mestrado
Integrado em Medicina, sou professora na escola de dança All About Dance e bailarina e
coreógrafa na companhia residente. Tenho feito formação com vários profissionais nacionais
e internacionais em Portugal, Londres, Amesterdão, Nova Iorque e Bruxelas nas áreas de
Dança Contemporânea, Improvisação, Jazz e Hip Hop.
A avaliação foi feita através de perfis de movimento, reflexão sobre as sessões e
sobre cada utente, questionários intermitentes e escala de Bem-estar Psicológico (PGWBI -
Psychological General Well-Being Index) preenchidos pelos utentes participantes e escala
de Perfomance Social e Pessoal (PSP - Personal and Social Perfomance Scale) preenchida
pela equipa terapêutica (enfermeiro acompanhante). Os objectivos desta avaliação foram
meramente descritivos e qualitativos, uma vez que o grupo de participantes não foi
constante e existiram outras variáveis não controláveis. Para além disso, a DMT, tal como
outras formas de psicoterapia, trabalha também com dimensões não mensuráveis e
impossíveis de uniformizar em todos os doentes psiquiátricos. Para que fosse válida a
avaliação quantitativa de determinados itens, seria necessária uma amostra constante e
estatisticamente significativa.
Nos questionários respondidos pelos utentes, a maioria referiu sentir-se muito bem e
muito satisfeita com e durante as sessões de dançaterapia (anexo 1, pergunta nº1; anexo 2,
pergunta nº 4; anexo 3, pergunta nº1). Quase todos responderam que as sessões têm uma
boa influência, justificada pela sensação de bem-estar e diminuição do stress durante as
sessões (anexo 1, perguntas nº 2 e 3; anexo 3, perguntas nº 2 e 3). Este facto foi reforçado
no preenchimento do segundo questionário, onde a maioria refere que as sessões ajudam
quer no bem-estar físico, quer no bem-estar emocional. Ainda neste questionário, a grande
maioria considerou que a dançaterapia auxilia nos seguintes aspectos: comunicação,
confiança, conhecimento e controlo do próprio corpo e das suas diferentes partes, auto-
conhecimento, resolução de conflitos, aprendizagem de novos conceitos, compreensão e
expressão de emoções e sentimentos, auto-estima, relações com familiares e/ou amigos,
5
relações sociais/interacções com os outros, atenção, autonomia, concentração, tarefas
domésticas, stress, ansiedade (anexo 2, pergunta nº1)
A maioria utentes que têm comportamentos agressivos ou impulso para tal e
alucinações respondeu que as sessões ajudam nestas alterações, dando alternativas à
expressão, aumentando o auto-controlo e melhorando o humor (anexo 2, perguntas nº 2 e
nº3).
Quanto às questões que pretenderam controlar a qualidade das aulas (música
utilizada, grau de clareza e tom de voz da terapeuta, exercícios utilizados), quase todos
responderam positivamente (anexo 1; perguntas nº 4 a 9; anexo 2, pergunta nº 5 e anexo 3,
perguntas nº 4 a 9).
No último questionário, quase todos os utentes manifestaram a vontade de que as
aulas de DMT continuassem (anexo 3, pergunta nº 10).
A escala de Performance Social e Pessoal avalia quatro domínios funcionais (anexo
4, tabela 1):
A- Auto-cuidado
B- Actividades sociais habituais
C- Relações pessoais e sociais
D- Comportamentos perturbadores e agressivos
A cada um destes domínios atribui-se a seguinte gradação de dificuldade: dificuldade
ausente, ligeira, moderada, marcada, grave, muito grave (anexo 4, tabelas 2 e 3).
Ma maioria dos utentes, verificou-se um aumento do score nos meses de Fevereiro,
Março e Abril, ou seja, a partir do final do 1º mês de aulas de dança. Contudo, estes valores
não são específicos para as sessões de dançaterapia e poderão corresponder a outras
condicionantes tais como: outras actividades do serviço de Reabilitação, alteração da
medicação, resolução de problemas pessoais e familiares, etc. Durante o mês de Maio, a
equipa terapêutica não denotou modificações. Mas, durante as sessões de dançaterapia e
encontros ocasionais com os utentes no jardim ou bar do hospital, foi notório um
comportamento mais expansivo e por vezes mais depressivo por parte dos mesmos. Após
consulta de literatura, e equipa terapêutica (enfermeiros e médicos) coloco a hipótese desta
situação ser justificada pela própria estação do ano, Primavera (anexo 4, tabelas 4 e 5).
6
Segundo Ryff (1995) o bem-estar psicológico é composto por seis componentes
distintas:
1. Ter uma atitude positiva perante si próprio e a sua vida passada (auto-
aceitação);
2. Ter metas e objectivos que confiram significado à vida (objectivos de vida);
3. Estar apto a lidar com as exigências complexas da vida diária (domínio
ambiental);
4. Ter um sentido de desenvolvimento contínuo e auto-realização (crescimento
pessoal);
5. Possuir vínculos de afecto e confiança com os outros (relações positivas com
os outros);
6. Estar apto a seguir as suas próprias convicções (autonomia).
Foram entregues dois questionários referentes à escala de bem-estar psicológico
geral, um na primeira sessão de dançaterapia, para que respondessem tendo em conta o
mês anterior e outro no início de Junho, avaliando o mês de Maio (anexo 5).
Verificou-se um aumento do score total em todos os pacientes participantes (anexo
6).
Se nos focarmos nos scores das subescalas, notamos que no mês de Maio, em
alguns utentes se verificou uma diminuição do score de ansiedade, humor depressivo e
saúde geral. Este facto pode estar justificado pela mesma razão supracitada, a estação do
ano, Primavera.
Da mesma forma que para a escala de performance pessoal e social, é importante
não esquecer, que os resultados não são específicos para as sessões de dançaterapia e
poderão corresponder a outras condicionantes tais como: outras actividades do serviço de
Reabilitação, alteração da medicação, resolução de problemas pessoais e familiares, etc.
O anexo 7 contém as fichas de observação e análise de movimento de cada um dos
utentes participantes. Estas foram elaboradas e adaptadas a partir da análise de movimento
de Laban que atende aos seguintes itens: corpo, força, espaço e forma. A par disto, foi
considerada a qualidade de movimento que compreende: fluidez, utilização do espaço,
relação com o peso e tempo/ritmo. Descrevem padrões de movimento que são próprios de
cada indivíduo, marcando a sua diferença em relação aos outros. Referem dimensões do
comportamento que estão relacionados com processos neurofisiológicos e psicológicos,
sendo portanto, um instrumento de grande importância na DMT.
7
As fichas de observação e análise de movimento também contêm a descrição das
relações estabelecidas durante as sessões.
Para complementar este último método de avaliação, no anexo 8, estão a descrição
e os comentários de cada uma das sessões de DMT.
Em todos os utentes se verificou um aumento do uso da Quinesfera, ou seja, do
espaço pessoal de cada, sendo este a área do movimento do próprio corpo e a noção que o
indivíduo tem da mesma. Esta evolução foi mais notável nos utentes psicóticos. Nas
primeiras sessões foi evidente uma falta de noção do seu corpo e da sua relação com o
espaço. Os movimentos eram muito tensos, segmentados e limitados às extremidades e ao
plano vertical. Dentro dos exercícios que pretendiam trabalhar este campo, destacou-se
aquele que permitiu flutuar no espaço envolvente ao próprio corpo. A metáfora utilizada foi
muitas vezes “um balão a encher-se de ar”. Também foi de elevada importância o exercício
a pares de “preencher espaços” em que um dos utentes faz uma posição e o outro tem de
preencher o espaço à volta daquele que realizou a posição sem lhe tocar, ou seja, dança na
Quinesfera do seu par, permitindo que a pessoa que está parada fique alerta do seu espaço
pessoal envolvente.
Inicialmente, nos exercícios de grupo ou a pares, um dos utentes acabava por
assumir a liderança e os outros seguiam-no passivamente. Nas últimas sessões o grupo
movia-se em simultâneo e todos participavam no alcance de objectivos, sem que ninguém
liderasse.
Nos primeiros exercícios de contacto, quer a pares quer em grupo, quase não existia
movimento. Os utentes demonstravam-se muito tensos, com receio de tocar e de se
moverem ao serem tocados. No decorrer das sessões esta barreira foi obviamente
ultrapassada e foi-me possível alargar os pontos de contacto para todo o corpo e constatar
que os pares se moviam, dançando, por todo o espaço e utilizando todas as partes do
corpo. É de salientar que um dos utentes tinha grandes dificuldades em estabelecer
comunicação verbal e não-verbal com utentes do sexo oposto. Nas últimas sessões, foi
evidente uma grande evolução. O mesmo utente já era capaz de conversar e realizar todos
os exercícios sem tensão e respeitando os limites dos mesmos.
As metáforas e simbolismos, que inicialmente eram interpretados literalmente,
tornaram-se em directivas para um movimento expressivo e até abstracto, em alguns dos
participantes. Ultimamente, verifica-se ainda uma noção de ritmo e alerta para a música nos
momentos de improvisação. Antes, ou se concentravam no movimento, alienando-se de
espaço, ritmo e interacção, ou procuravam sequências de movimento totalmente rítmicas e
estéticas.
8
Foi possível a criação de um espaço protegido, com directrizes que permitiram a
exploração do corpo, do movimento, da relação e das experiências de vida de cada um.
Ninguém foi individualizado pela sua patologia ou sexo. Os grupos e os pares
estabeleceram-se aleatoriamente e rotativamente, garantindo que cada um dos utentes
partilhasse o seu movimento com todos os outros.
Todos os momentos das sessões foram sugestões, permitindo a livre escolha de
realizar ou não um determinado exercício. Nunca nenhum utente se negou a participar.
9
OBJECTIVOS
1. Instituir no Hospital de Magalhães Lemos um atelier de Dançaterapia para
que os utentes tenham acesso a mais um tipo de arte terapia complementar;
2. Integrar a Dançaterapia com as outras artes terapias já existentes:
dramaterapia, musicoterapia, pintura e escultura;
3. Alertar os utentes e a equipa terapêutica para a capacidade de expressão do
corpo e do seu movimento e a importância da comunicação não-verbal;
4. Avaliar qual o impacto da DMT relativamente à integração mente/corpo, à
relação com o “eu” e com os outros, à comunicação e ao bem-estar, nomeadamente
psicológico (auto-controlo, auto-estima, comportamentos agressivos, alucinações,
ansiedade, stress);
5. Documentar uma experiência em Dançaterapia em Portugal.
10
ESTADO DA ARTE
INTRODUÇÃO
Hoje em dia, acredita-se que a psicoterapia pode ser um veículo para nos
encontrarmos e nos expressarmos autenticamente, de forma a termos acesso ao nosso
verdadeiro “eu”.
Como não há corpo sem mente e vice-versa, o corpo humano torna-se parte integral
e fulcral na abordagem terapêutica e o movimento é a ponte para aumentar a comunicação
entre a mente, o corpo, as emoções e o espírito. 19;20
A dança tem sido relacionada com a promoção da saúde desde há muitos anos e as
CATs (Creative Art Therapies: arte; musicoterapia; dançaterapia; poesia; dramaterapia;
psicodrama) adquiriram estatudo profissional nos EUA já nos anos 50. 19;20;16
Vários estudos comprovam que a dançaterapia tem grandes benefícios. Os que se
seguem foram documentados em estudos com doentes psiquiátricos: melhor capacidade de
comunicação e expressão, bem-estar, diminuição da tensão e da apreensividade, libertação
e expressão de sensações demasiado dolorosas ou complexas, melhor interacção com os
outros, aumento da compreensão de si próprio e dos outros, auto-reflexão, socialização,
actividade física, entre outros (Lewis, 1986; Levy, 1992; Heber’s, 1993; Palo- Bengtsson,
Winblad & Ekman, 1998; Mills & Daniluk’s, 2002.)
Definição
A American Dance Therapy Association define Dança Movimento Terapia (DMT) da
seguinte forma:
“É o uso psicoterapêutico do movimento como um processo que promove a
integração física e psíquica de um indivíduo.”
(Bernstein 1979)
A DMT consiste na criação de um ambiente/espaço seguro para a exploração e
expressão e não para a prática de técnica ou sequência específica de movimentos. Desta
forma, procura associar os aspectos criativos e expressivos da dança com a introspecção da
psicoterapia, numa comunicação não-verbal.22
É obviamente uma área de conhecimento multidisciplinar que usa o movimento para
a mudança intrapsíquica do indivíduo e para facilitar a sua relação com os outros, por
exemplo na DMT de grupo, agindo interpessoalmente.
11
O paciente torna-se mais alerta do seu corpo, das suas diferentes capacidades de
expressão e de que forma estas se relacionam com o movimento e o usam para, por
exemplo, expressar imagens, sensações, sentimentos, vivências, memórias.
De uma forma geral, a DMT, incide na interacção do indivíduo com os outros, na
compreensão de si próprio e dos outros, na auto-reflexão e na capacidade de expressão.11
Ainda, a actividade física aumenta certos neurotransmissores levando a uma maior
sensação de bem-estar, previne diversas patologias e garante uma melhor funcionamento
biológico.20
DMT versus fisioterapia e outras terapias corporais
Muitas vezes a DMT é confundida com outras terapias corporais. Realmente, existe
um aspecto comum nestas áreas: o corpo e o movimento.
Enquanto noutros tipos de terapias corporais (fisioterapia, quinesiologia, quiroprática)
o objectivo do movimento é aumentar as capacidades físicas do indivíduo, prescrevendo
movimentos específicos e manipulando activamente o corpo, a DMT foca-se em aspectos
do subconsciente e simbólicos da comunicação com a finalidade de garantir outros meios de
defesa e de expressão para sentimentos dolorosos, ansiedade, stress e impulsos
agressivos. 11;27
DMT versus psicoterapias verbais
A DMT não é uma psicoterapia verbal com movimento adicionado.11 A integração do
movimento com “insight” psicológico torna-a num instrumento diferente.
O que diferencia a DMT de outras psicoterapias verbais é:
1. O terapeuta de DMT enfatiza a capacidade do indivíduo em integrar os aspectos
físicos e psicológicos de determinada experiência e considera o movimento o melhor meio
para atingir esta integração;
2. Para a DMT, a criatividade promove a saúde psicológica;
3. Na DMT o movimento é a base da terapia enquanto na psicanálise é a transferência,
ocorrendo esta última quando o paciente transfere atitudes, defesas, fantasias ou até
sentimentos infantis para o terapeuta. Ou seja, o papel do psicanalista é auxiliar o doente na
consciencialização da sua personalidade e relações, permitindo ao doente a transferência
de sentimentos que estes têm pelos seus parentes para o analista, por exemplo. Já na DMT
as principais metas são: ajudar o paciente a usar o movimento para conectar aspectos
12
físicos e psicológicos de determinada experiência emocional; interacção em grupo como um
processo para melhorar os relacionamentos interpessoais; o uso de movimento criativo para
aceder a sentimentos do subconsciente.
4. A DMT valoriza a criatividade do inconsciente, ou seja, o simbolismo e as imagens
que emergem do subconsciente através de movimento. Assim, a DMT consegue o acesso
ao subconsciente permitindo ao indivíduo uma livre associação por vias verbais e não-
verbais. A consciencialização do conteúdo do subconsciente (emoções, sensações,
imagens) é provavelmente o primeiro benefício da DMT. As psicoterapias verbais focam-se
em determinantes de sintomas neuróticos.
5. A duração das sessões é geralmente menor na DMT relativamente às psicoterapias
verbais.
“dance therapists see the attributes and dynamics of dance and movement as uniquely
suited for the expression of the unconscious along with id, ego, and superego expression, in
addition to providing a framework for relationship building and body image and personality
development.”
(Levy 1988)
Princípios teóricos
Durante os anos 60 a maioria dos terapeutas de DMT trabalhava individualmente.
Com a fundação da American Dance Therapy Association (ADTA) por Marian Chace e os
seus discípulos, a DMT tornou-se numa profissão organizada e reconhecida. Em 1981 foram
estabelecidos os 5 princípios teóricos da DMT (Dosamantes-Alperson, 1981, pp. 4-5). 2;23;26
1. O corpo e a mente estão em constante interacção: o terapeuta está
constantemente a encorajar os pacientes a conectar o insight verbal com o movimento, quer
pela liberdade de associação quer pela interpretação do movimento corrente. Assim, o bem-
estar emocional reflecte-se na integração do soma e da psique.
2. O movimento é o meio a partir do qual o indivíduo experiencia, expressa e
comunica elementos de determinada vivência que não são comunicáveis verbalmente. O
movimento reflecte a personalidade: segundo Freud (1923), Wilhem Reich (1933) e Judith
Kestenberg (1975) o movimento reflecte o desenvolvimento psicossexual. Outros
psicoterapeutas defendem que a relação mãe-criança é crucial no desenvolvimento da
personalidade e que, a primeira interacção que constrói esta relação, é não-verbal. A DMT
13
foca-se na dimensão não-verbal do desenvolvimento da personalidade usando a técnica de
espelho. Esta última recapitula um processo importante de desenvolvimento psicológico:
“como crianças aprendemos quem somos, experienciando o nosso eu pelas reacções dos
outros.” (Schmais 1974) Outros defendem que o movimento, especificamente a dança, está
profundamente relacionado com o auto-conhecimento e com a auto-transformação.
3. A relação terapeuta/paciente é fundamental para a eficácia da DMT: “a
relação terapeuta/paciente, através do movimento, suporta e permite a modelação do
comportamento” (Schmais 1974). Na DMT o terapeuta responde ao doente através de
técnicas de movimento criativo, tais como: espelhamento, sincronização, amplificação ou até
interacção. Desta forma, a DMT poderá ter utilidade em pacientes de tal forma debilitados,
aos quais as psicoterapias verbais se tornam inacessíveis. Ou até em pacientes que se
defendem destas terapias pela intelectualização em palavras.
4. O movimento tem uma função simbólica e esta pode evidenciar processos do
subconsciente de uma forma similar a outros fenómenos psicológicos, como os sonhos: o
“subconsciente ou inconsciente” são termos que definem os conteúdos da mente que não
são acessíveis à consciência. Estes incluem ideias, sentimentos e imagens que foram
reprimidos. Acredita-se que o subconsciente representa aspectos primitivos, instintivos ou
infantis da personalidade. Mais à frente, refiro a importância da metáfora nas sessões de
DMT, como meio de integração do subconsciente na consciência.
5. O processo criativo incorporado no uso livre de associação em movimento é
indubitavelmente terapêutico: permite ao individuo experienciar novas formas de movimento,
as quais geram uma nova experiência/forma de “estar no mundo”.
Nota Histórica
A Dança está continuamente em evolução e tem sido extremamente influenciada
pela intelectualização da sociedade, processo este que se evidenciou com a
industrialização, com a emancipação da mulher e com a emergência de determinados
movimentos culturais, tais como: Expressionismo, Futurismo, Cubismo e Dadaísmo.
Actualmente não se assume apenas como uma forma técnica ou meramente cultural.
A Dança Moderna veio instituir valores que foram determinantes na emergência da DMT:
espontaneidade, autenticidade da expressão individual, consciência corporal e a
necessidade de manter o foco nos sentimentos e relacionamentos. Fran Levy (1988) chega
mesmo a considerar que a DMT teria sido impossível sem as novas ideias coreográficas e
artísticas que se fundamentam na expressão emocional directa, abandonando
formalismos.23 Estas novas correntes foram o pilar do trabalho de alguns coreógrafos,
14
nomeadamente, Isadora Duncan, Martha Graham, Doris Humphrey e Pina Bausch. As duas
primeiras foram fundamentais para o modelo de Marian Chace, considerada a fundadora da
DMT.
Marian Chace foi a primeira a iniciar uma comunicação directa com doentes
psiquiátricos através da dança nos anos 40. 22; 27; 24
“A Dança Terapia ao fazer uso da forma básica de comunicação, oferece ao
indivíduo um significado para o relacionamento com o ambiente que o envolve ou para o
relacionamento com as pessoas, quando este se encontra desligado da maioria das áreas
da sua vida, devido ao padrão da sua doença.”
(Marian Chace)
A sua teoria e método tiveram uma forte influência nas gerações seguintes de dança
terapeutas, e o seu trabalho fornece uma base essencial para quase todos os trabalhos
posteriores na DMT-Psiquiatria.
A verdadeira expansão das suas ideias ganhou forma durante o seu trabalho no
Hospital de St. Elizabeth, onde trabalhou com pacientes que exibiam uma variedade de
comportamentos, como histeria, catatonia, violência, conseguindo testar as suas teorias.
Chace usou a dimensão interactiva da dança terapeuticamente.
Assim, o conceito fulcral da sua teoria, e sobre o qual todas as outras assentam, é
que a dança é comunicação, e como tal, preenche uma necessidade humana básica.
O seu trabalho assenta em torno de quatro grandes conceitos:
1. Acção Corporal
2. Simbolismo
3. Relação no Movimento Terapêutico
4. Actividade Rítmica Grupal
A técnica de Chace consiste num sistema completo que organiza as sessões
seguindo várias fases, cada uma com o seu estilo de intervenção e propósito:
1. Aquecimento (físico e emocional): corresponde a um processo intuitivo e
espontâneo;
2. Processo terapêutico: o terapeuta actua como um observador e contentor, tentando
estar atento aos símbolos que surgem e procurar os temas subjacentes;
3. Encerramento verbal (pode ter a forma de um ritual): consiste em reflectir sobre o
que foi realizado na sessão, promovendo uma consciência mais profunda, fazendo a
conexão do movimento com a expressão verbal, ajudando a integração e facilitando o
desenvolvimento, a mudança.
15
É importante referir que Chace desenvolveu a “técnica do espelho”. Esta demonstrou
ter grande utilidade para o alcance de muitos dos objectivos da DMT: promove o
estabelecimento de uma relação empática, promove o diálogo do movimento e a interacção,
cria um sentido de aceitação e confiança no indivíduo, permite ao terapeuta usar as suas
palavras.
Já no final da sua carreira, Marian Chace participou de forma fundamental na
fundação da American Dance Therapy Association e foi a sua primeira presidente em 1966.
Nos anos 70 e 80 surge uma nova era da DMT a par dos novos desenvolvimentos da
psiquiatria e psicanálise e do contínuo refinamento do interesse em aspectos não-verbais da
psicologia e da psicopatologia. Foi nesta altura que os terapeutas começaram a
experimentar as capacidades psicoterapêuticas da dança e do movimento de forma a
categorizar a DMT como psicoterapia.22; 23; 26
16
DMT COMO PSICOTERAPIA CRIATIVA
Na psicoterapia, o processo criativo ocorre suportado na relação terapeuta/doente.
Existe um espaço potencial de partilha entre ambos. (Winnicott, 1971)
A DMT organiza os seus ideais seguindo duas fontes importantes:
1. Psicoterapia;
2. Interesse nas alterações motoras dos doentes psiquiátricos.
Trabalha na integração da psique e do físico, tentando aprofundar o conhecimento
na dimensão não-verbal da saúde mental e para tal, utiliza o potencial expressivo do
movimento numa forma criativa de psicoterapia.
A Metáfora de Movimento: Ferramenta Fulcral na DMT
Metáfora é o emprego da palavra, fora do seu sentido normal, ou seja, num sentido
figurado. É a aplicação de um nome ou termo descritivo a um objecto ao qual não é
literalmente aplicável.
A metáfora e o simbolismo têm sido reconhecidos como veículos para a
compreensão da modulação em psicoterapia (Hobson, 1985). Gorelick (1996) afirma que a
própria metáfora é um agente específico de modulação que distingue as CAT’s (Creative Art
Therapies) das outras formas de psicoterapia.6
A metáfora de movimento é um símbolo encapsulado numa postura ou num
movimento.10 Esta existe numa dimensão criativa entre o terapeuta e o doente, mediada
entre o domínio simbólico do subconsciente e o domínio do conhecimento consciente. (Ellis,
2001) Ou seja, entre os hemisférios direito (intuição, afecto) e esquerdo (lógica, linguística)
do cérebro. (Cox et al. 1987) Desta forma, pode ser interpretada como uma forma de
comunicação não-verbal que aumenta de forma considerável o insight sobre os padrões de
comportamento, crenças, relacionamentos e estado emocional do paciente.
A metáfora, incluindo a metáfora de movimento aumenta assim, a qualidade da
comunicação: 6; 24; 26; 27
1. Auxilia a memória, uma vez que medeia conexões associativas (Billow, 1977);
2. Pode reflectir padrões e papéis dos relacionamentos do paciente (Angus et al.
1989);
3. Pode afectar as experiências futuras e a relação com as passadas, pela
criação de uma nova realidade e explora meios alternativos de
comportamento, raciocínio e pensamento (Lakoff et al. 1980);
17
4. Funciona como uma nova forma de expressar algo que não pode ser
exprimido doutra forma ou que é demasiado difícil ou até doloroso para ser
descrito literalmente (Sledge et al. 1977; Shuttleworth, 1985).
DMT e o Doente Psicótico
(De seguida, falarei de alguns aspectos mais específicos da acção da DMT nos
doentes psicóticos, uma vez que estes representam uma grande parte dos doentes
inseridos na terapia de reabilitação em ambulatório, incluindo o Hospital de Magalhães
Lemos.)
Segundo o modelo ambiental, o desenvolvimento da psicose está relacionado com
uma alteração muito precoce na relação pré-verbal mãe-filho.
Num processo de desenvolvimento normal, a criança vai descriminando o seu corpo
do da sua mãe, desenvolvendo um sentido de separação e de individualização.
Segundo a literatura psicanalítica, são perceptíveis, em doentes psicóticos,
dificuldades no seu crescimento por um ambiente impróprio ou até alterações
constitucionais limitadoras. Assim, não desenvolvem um sentido seguro de si mesmos.
Winnicot (1960,1962) defende que os cuidados maternos, na manutenção das
necessidades físicas e emocionais, são imprescindíveis para o desenvolvimento óptimo de
qualquer indivíduo.
A DMT consegue apoiar estes doentes, na medida em que explora a relação com o
próprio e com os outros através de movimento e conecta memórias corporais passadas,
conseguindo então, explorar experiências corporais primitivas:
“As nossas relações mais primitivas são estabelecidas apenas de um modo motor ou
através de imagens. Quando as recolectamos, apenas conseguimos experienciá-las através
de sensações corporais, movimentos e imagens.”
(Dosamantes-Alperson 1987)
Os seguidores de Freud, como Wilhem Reich (1945) colocam a hipótese de que
estas memórias estão reprimidas sob a forma de tensão muscular e em determinados
aspectos da personalidade. No doente psicótico é mesmo perceptível uma postura de
defesa, rígida e com movimentos limitados. Evidenciam um perfil de movimento que revela
uma má progressão desde muito cedo, desde fase oral:22;27
18
1. Padrões espaciais confusos (falta de alerta e de noção da direcção no espaço);
2. Mínimo de esforço corporal (sem noção do próprio peso e do contacto com os
pés no chão);
3. Movimentos ou muito lentos ou muito rápidos (movimentos com muita tensão ou
então descontrolados);
4. Segmentação (pausas numa frase de movimento contínuo);
5. Fragmentação (uma parte do corpo move-se em assincronia com outra);
6. Gestos e postura bizarros;
7. Deficiente capacidade de simbolização (percepcionam os movimentos
literalmente).
Em geral, há uma restrição do reportório de movimento, falta de espontaneidade,
dificuldade de relacionamento com os outros a nível de movimento, falta de sintonia, medo
do toque físico e desconsideração dos limites corporais. O perfil de movimento reflecte uma
continuidade de existência interrompida e inconsistente. Isto leva-nos a crer que o psicótico
tem uma visão do seu corpo subdesenvolvido, instável e inseguro.
Qual a estrutura das sessões de DMT?
As sessões de DMT devem ter lugar num espaço amplo e que permita a privacidade
dos participantes. O terapeuta deve estar acompanhado com um membro da equipa
terapêutica (enfermeiro, por exemplo) para garantir a segurança da sessão.
O grupo deve ter entre 5 a 10 pacientes. Contudo, as primeiras sessões poderão ser
abertas a mais elementos, uma vez que, habitualmente se verificam 30% de desistências.
(Yalom 1983) É preferível um grupo constituído por indivíduos quer do sexo masculino quer
do sexo feminino e com patologia psiquiátrica diversa e não-aguda. Contudo, a DMT
também é possível em doentes agudos mas, de uma forma muito mais diferenciada, com
tarefas corporais concretas e menos interpretativas. (Yalom, 1983)
Actualmente, a estrutura de cada sessão é a seguinte:
1. Check-in: Iniciação verbal ou não da sessão, “boas-vindas” para manter um
nível relacional;
2. Aquecimento psicofísico: estabelecer confiança e reduzir ansiedades;
3. Transição: inicia-se o movimento expressivo, grupo versus individual;
4. Processo: confronto, auto-observação, repetição;
5. Encerramento: relaxamento, tempo para que cada um reflicta de forma livre,
verbalizando ou não.
19
CONCLUSÃO
Após análise e reflexão em DMT, concluo que se trata ainda de uma área recente,
com uma curta história. São ainda necessários estudos específicos para melhor
percebermos quais os efeitos da dança e qual o seu potencial terapêutico no ser humano.
Considero importante o estímulo para a educação e formação profissional nesta
área, de forma a criar uma atmosfera adequada à investigação e experimentação em DMT.
A dimensão emocional do ser humano não é mensurável nem tratável com medidas
meramente biofísicas.
Assim, não se pode negar a importância de uma abordagem criativa/”artística” no
tratamento de qualquer patologia, particularmente na patologia psiquiátrica, já que a arte é
uma forma organizada de comunicarmos esta dimensão não biológica inerente ao Homem.
Actualmente, em Portugal, apenas se realizam alguns workshops ou cursos
intensivos de DMT pontuais. Já existiram cursos de especialização e mestrados em DMT,
nomeadamente na Universidade Autónoma de Lisboa, tendo terminado o último em 2007.
20
REFERÊNCIAS
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Therapy: A connection across disciplines. American Journal of Dance Therapy 30: 84-
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18. Rosseberg-Gempton I, Poole G (1992) The relationship between body
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Psycotherapy 19: 39-46
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20. Torre M (2008) Integrative Perspectives: The role of body movement in
psycotherapy. Perspectives in Psychiatric Care 44: 127-130
Livros:
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22. Jones K (1992) An introduction to dance movement therapy in psychiatry.
Tavistock/Routledge.
23. Levy F (1988) Dance/Movement Therapy. A Healing Art. Reston, VA: The
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Tavistock/Routledge.
28. Payne H (1993) Handbook of inquiry in the arts therapies: one river, many
currents. Jessica Kingsley Publishers. pp130-176.
22
TAREFAS
DESIGNAÇÃO DA TAREFA
A tarefa consistiu na criação de um atelier de Dançaterapia no Hospital de
Magalhães Lemos.
RESULTADOS ESPERADOS
De acordo com a literatura (Estado da Arte), os resultados esperados foram um
aumento da sensação de bem-estar físico e psicológico, aumento do auto-
conhecimento, maior capacidade de comunicação e expressão pelo desenvolvimento
de um meio não-verbal, melhor interacção e compreensão do relacionamento com o
próprio e com os outros. Para além de tudo isto, esperou-se que o novo Atelier de
Dançaterapia fosse também mais um espaço de socialização, inserido no conjunto das
outras actividades já existentes no Serviço de Reabilitação do Hospital de Magalhães
Lemos.
Por total colaboração do Orientador (Dr. José Queiroz), da direcção do hospital
e equipa terapêutica, contou-se com o atingimento de todos os objectivos descritos
anteriormente.
Contudo, pelas características dos utentes participantes e por referências da
literatura, foi de prever utentes menos assíduos e algumas desistências, o que nos
guiou numa avaliação qualitativa e observacional.
DESCRIÇÃO DA TAREFA
As sessões tiveram início a 13 de Janeiro de 2011e terminaram a 9 de Junho
de 2011 (22 previstas; 19 realizadas). Realizaram-se uma vez por semana, às quintas-
feiras entre as 14h30 e as 15h30 (60 minutos), na sala de ginásio do Serviço de
Reabilitação do Hospital de Magalhães Lemos. Não se realizaram 3 sessões. A
primeira por motivos de doença da terapeuta, a segunda por ausência da terapeuta
motivada por formação no estrangeiro e a terceira por encerramento do hospital (ponte
prévia à Páscoa).
Para além disto, efectuaram-se algumas sessões extra, que já estavam
preconizadas, em parceria com o grupo de teatro, com a finalidade de apresentar um
23
trabalho no museu Soares dos Reis, Porto, com o tema “Descobrimentos”, no passado
dia 12 de Março de 2011.
Foi necessária a selecção de um grupo de utentes inseridos no Serviço de
Reabilitação: 10 utentes de sexo feminino e masculino; capacidade para ler e
escrever, de forma a entender os meios de avaliação que foram preenchidos pelos
mesmos; patologia psiquiátrica diversa e não aguda.
Eu e a equipa terapêutica elaboramos o consentimento informado para que os
utentes tivessem conhecimento da avaliação que foi efectuada e da sua apresentação
em tese de mestrado. Em anexo, estão as cópias dos consentimentos assinados pelos
participantes. (anexo 9)
No final de cada de sessão foi elaborado um relatório/reflexão de cada sessão,
com a descrição dos exercícios e atitudes e reacções dos utentes que considerei
relevantes e determinantes para este projecto.
Foram construídos 3 questionários que pretenderam controlar a qualidade das
sessões, o grau de satisfação dos utentes com as mesmas e quais os efeitos da DMT.
A equipa terapêutica preencheu a escala de Performance Social e Pessoal
(PSP) e, com o meu auxílio, atribuiu um score de cada avaliação a cada utente.
Por duas vezes, foi preenchida pelos utentes uma escala de bem-estar
psicológico geral. A primeira antes de começarem as sessões, ou seja, tendo em
conta o mês precedente, e a segunda na última aula do mês de Maio. O score
atribuído foi calculado e interpretado por mim.
24
ORÇAMENTO PREVISTO PARA A EXECUÇÃO DO PROJECTO
No desenvolvimento deste projecto não existiu conflito de interesses.
A disponibilização do espaço e do equipamento de som não tiveram qualquer
custo monetário.
A minha actividade como terapeuta foi voluntária.
Para aplicação deste projecto no futuro, também não estão previstos custos,
desde que o cargo de terapeuta seja voluntário. Se a situação não for esta, deverá ser
consultada a tabela de preços praticada noutros países e adaptada para Portugal.
25
ANEXOS
26
ANEXO 1
27
9
3
1
0
0
Muito satisfeito
Satisfeito
Indiferente
Pouco satisfeito
Nada satisfeito
1. Sente-se satisfeito com as aulas de dança?
1º Questionário: 17/02/2011
2. Sente que as aulas de dança têm alguma influência (má, boa ou as
duas) para si?
3. Se respondeu “sim” à questão anterior, explique o porquê.
* “Porque é cansativo.”
# “…há dança, música, interiorização, expressão auto-controlada.”
“É uma psicoterapia com muito dinamismo que nos provoca bem-estar e conforto.”
“Sinto-me mais solto e mais feliz”
“…ajuda-me a sentir menos inibido.”
SIM
NÃO
13
0
BOA
MÁ
12#
1*
28
12
0
0
0
1
Muito clara
Clara
Pouco clara
Nada clara
Não respondeu
5. Qual o grau de clareza da terapeuta na explicação
dos exercícios?
“Relaxam o corpo e a mente.”
“Sinto que tenho uma boa relação com a música e ajudam-me na alimentação.”
“…corpo mais equilibrado a nível de forças.”
“Fazem-me sentir bem, tanto a nível físico como psíquico, dão-me calma e sossego.
Enquanto estou a praticar dançaterapia esqueço-me da minha doença e problemas!”
“Porque faz-me estar mais consciente do meu corpo e melhora-me a disposição.”
4. Na sua opinião, a música utilizada nas sessões tem sido adequada?
SIM
NÃO
12
1 “Porque não gosto
da música usada.”
29
"Gostei de todos."
Exercícios de aquecimentoe alongamento
Exercícios de grupoα
Coreografiasβ
Figuras ou objectos
Relaxamento
6. Na sua opinião o tom de voz da terapeuta é adequado?
7. Qual o exercício ou momento das sessões que mais gostou até agora?
Porquê?
α “Dá uma boa sensação de pertença.”
“Ordem unida”
“…libertamos um conjunto de energia e somos impulsionados por um
companheirismo grupal.”
β"Porque proporcionam um maior trabalho de grupo e por consequência uma
maior coesão do citado grupo.”
SIM
NÃO
13
0
30
Nenhum
IndividuaisΩ
O primeiro de todosµ
Do pescoço@
8. Qual o exercício ou momento das sessões que menos gostou até
agora? Porquê?
Ω ”Obrigam a oferecer parte de nós. Porém são úteis porque nos mostram o
nosso bom interior.”
µ “Por me sentir ainda muito tenso.”
@” Porque é cansativo.”
9. Mudaria alguma coisa nas sessões de dança? O quê?
SIM
NÃO
3
10
“O espaço que é pequeno.”
“Exercitar mais as coxas.”
“A dança e a música.”
31
ANEXO 2
32
2º Questionário: 14/04/2011
1. Coloque um X em cada item, respondendo a se as sessões de
Dançaterapia o ajudam, prejudicam ou são indiferentes em determinado
aspecto e justifique.
α "Pelo reflexo dos outros em nós”
β “Pessoas que eu achava estranhas tornam-se mais afáveis.”
ajudam prejudicam indiferentes prejudicam
ou indiferentes
ajudam ou
indiferentes
Comunicação 9 0 0 0 0
Confiança 9 0 0 0 0
Bem-estar físico 9 0 0 0 0
Controlo do próprio corpo e das suas diferentes partes 9 0 0 0 0
Auto-conhecimento α9 0 0 0 0
Resolução de conflitos β9 0 0 0 0
Aprendizagem de novos conceitos 9 0 0 0 0
Expressão de emoções/sentimentos 8 0 1 0 0
Auto-estima £8 0 1 0 0
Relações com familiares e/ou amigos 8 0 1 0 0
Relações sociais/interacção com os outros Ω8 0 1 0 0
Atenção 8 0 0 @1 0
Bem-estar emocional 8 0 0 0 1
Conhecimento do próprio corpo e das suas diferentes partes 8 0 0 0 1
Compreensão de emoções /sentimentos 7 0 2 0 0
Autonomia 7 0 2 0 0
Concentração 7 0 1 €1 0
Tarefas domésticas 6 0 3 0 0
Stress 6 0 2 1 0
Ansiedade µ6 0 1 1 1
33
3
0
2
Ajudam$
Prejudicam
Não responderam
Se sim, sente que as sessões de Dançaterapia o/a ajudam ou prejudicam neste aspecto?
Ω “Tem-se mais amigos.”
µ “Ajuda a controlar a ansiedade.”
£ “Fica-se mais bonita.”
@ “Cansa um pouco.”
€ “Cansa um pouco.”
Um dos utentes decidiu realizar uma chaveta em todos os aspectos e redigir
um texto com a justificação:
“Desde que comecei com a dançaterapia melhorei muito em todos os sentidos.
Por exemplo, o meu corpo atingiu melhor flexibilidade, a minha auto-estima
melhorou, o ouvido para a música melhorou, mesmo em relação aos
sentimentos, sentido de grupo e complemento com a família…”
2. Costuma ter comportamentos agressivos ou impulso para tais?
$ “Porque ajudam ao auto-controlo.”
“Dão alternativas à expressão.”
SIM
NÃO
5
4
34
4
0
1
Ajudam&
Prejudicam
Não responderam
Se sim, sente que as sessões de Dançaterapia o/a ajudam ou prejudicam neste aspecto?
3. Costuma ter alucinações (visões, vozes, etc.)?
& “Sentimos mais firmeza e não pensamos em deixar que algo de negativo entre em
nós.”
“Porque ajudam a melhorar o humor.”
“Faz-me esquecer o que me rodeia de mal.”
SIM
NÃO
5
4
35
6
2
0
0
0
1
Muito bem
Bem
Indiferente
Mal
Muito mal
Não responderam
4. Como se tem sentido durante as sessões de Dançaterapia?
5. Mudaria alguma coisa nas sessões de dança?
NÃO 9
36
ANEXO 3
37
6
1
0
0
0
Muito satisfeito
Satisfeito
Indiferente
Pouco satisfeito
Nada satisfeito
1. Sente-se satisfeito/a com as aulas de dança?
0
0
0
4
3
Prejudicam muito
Prejudicam
Indiferentes
Ajudam
Ajudam muito
2. Sente que as aulas de dança o/a ajudam ou prejudicam?
3º Questionário: 02/06/2011
38
3. Diga em que aspectos é que as aulas de dança o ajudam ou prejudicam?
“Ajudam-me a conviver, descontrair e a ter flexibilidade.”
“As aulas de dança diminuem bastante o meu stress.”
“As aulas de dança diminuem o stress.”
“São desinibidoras, relaxam, diminuem o stress e aumentam a auto-confiança.”
“As aulas de dança diminuem o stress, ajudam muito a relaxar.”
“As aulas de dança diminuem o meu stress e ajudam a compreender melhor a
sociedade e as estratégias das coreografias.”
“Aumentam a minha boa disposição.”
4. Qual o exercício ou momento das sessões que mais gostou até agora?
Porquê?
“Exercícios em que as pessoas se aproximam do centro e se tocam umas às outras.
Porque gosto de sentir os outros.”
“Todos. Porque eu gosto muito de dançar e todos os exercícios se completam para o
corpo não ficar lesionado.”
“De todos. Porque são muito relaxantes.”
“Todos. Porque no seu conjunto me ajudaram a destruir vários complexos.”
“Relaxamento das mãos e pescoço.”
“Todos. Porque dispõe-me bem.”
“Os exercícios de descontracção iniciais e finais. Porque temos os músculos e tendões
em posições viciosas e isso ajuda a normalizá-los.”
5. Qual o exercício ou momento das sessões que menos gostou até agora?
Porquê?
“O inicial. Porque me cansa muito.”
“Nenhum.” (3)
“A primeira parte. Por me sentir extremamente tenso.”
“Gostei de todos. Tudo foi importante para mim.”
39
“Coreografias complexas. São difíceis de decorar.”
7. Sente que os seguintes exercícios o/a ajudam, prejudicam ou são
indiferentes? Porquê?
Ω “Melhora a minha condição física.”
“Porque faz bem à saúde.”
“Distensão”
α “É divertido.”
“Convívio.”
Prejudicam Ajudam Indiferente
Não respondeu
Aquecimento 0 5 Ω 1 1
Grupo 0 5 α 0 2
Pares 0 4 ¥ 1 £ 2
Coreografia 0 6 β 0 1
Improvisação 0 5 µ 0 2
2
0
0
1
0
2
1
1
Aquecimento
Exercícios de grupo
A pares
Coreografia
Improvisação
Todos
Exercícios de grupo e improvisação
Aquecimento; a pares; improvisação
6. Qual o tipo de exrcícios que prefere?
40
¥ “Convívio”
£ “Às vezes gosto, outras não.”
β “ Surpresa.”
“Quando corre bem sinto-me bem.”
“Ficamos unidos.”
µ “Sinto-me liberto.”
“Liberdade.”
Um dos utentes decidiu realizar uma chaveta em todos os aspectos e redigir uma
citação com a justificação:
“Porque servem para a interligação do grupo, como grupo enquanto corpo de dança.”
8. Considera a música importante nas aulas de dança? Porquê?
SIM
NÃO
7
0
Porque “Porque para mim a música é terapia.”
“Sem música é difícil manter o ritmo.”
“Ajuda a distrair.”
“Ajuda a descontrair.”
“Ajuda à criação de um ambiente mais
descontraído e a uma maior
coordenação dos movimentos.”
“Porque ajuda-nos muito.”
41
9. O que é gostaria de acrescentar ou mudar nas aulas de dança?
“Nada.” (4)
“ Saber mais sobre coreografia.”
“O espaço que é pequeno.”
“O seu prolongamento no tempo.”
10. Gostaria que as aulas de dança continuassem? Porquê?
SIM
NÃO
6
0
Não
respondeu 1
“O seu prolongamento no tempo.”
“É uma boa terapia.”
“ É como uma fisioterapia mais leve.
Não é tão cansativo como as aulas de
ginástica e de natação.”
“Gostaria muito, porque me fazem bem
à cabeça e me motivam para
emagrecer.”
“Porque é uma actividade que nos
ajuda muito.”
42
ANEXO 4
43
Escala de performance pessoal e social
(Personal and Social Perfomance Scale – PSP)
Tabela 1: Os domínios funcionais da PSP
A Auto-cuidado (tomar a medicação, comer, lavar o corpo, dentes e
cabeça, cuidar da aparência externa e mudar de roupa)
B Actividades sociais habituais (trabalho ou estudos, tarefas domésticas, programas de tratamento, trabalho de grupo ou voluntariado, organizações religiosas, negócios familiares)
C Relações pessoais e sociais (casal, família, amigos; rede de suporte
social fora do tratamento)
D Comportamentos perturbadores e agressivos (falar demasiado alto,
insultar, discutir, ameaçar verbalmente; partir ou atirar objectos, soquear, pontapear; ameaçar com auto ou heterolesões)
Tabela 2: Grau de dificuldade – domínios A a C
Disfunção ausente
Disfunção ligeira Apenas conhecida por alguém muito familiar.
Disfunção moderada
Dificuldades reconhecidas por qualquer pessoa mas, não interferindo
substancialmente com a capacidade da pessoa desempenhar o seu papel nas
diferentes áreas (A, B ou C), de acordo com o contexto sócio-cultural, idade, sexo e nível de
educação.
Disfunção marcada
Dificuldades interferindo substancialmente com o papel da pessoa nas diferentes áreas. Contudo, a pessoa continua capaz de fazer
algo sem ajuda profissional ou social, embora inadequadamente e/ou ocasionalmente; se ajudado por alguém, o indivíduo deverá ser
capaz de alcançar o nível anterior de funcionamento.
Disfunção grave
Dificuldades que tornam a pessoa incapaz de desempenhar qualquer papel em determinada área, sem ajuda profissional. Ou dificuldades que levam a um papel destrutivo nessa área.
No entanto, não corre risco de vida.
Disfunção muito grave Dificuldades que colocam em risco a vida do
indivíduo.
44
Tabela 3: Grau de dificuldade – domínio D
NOTAS:
1. Baixar o score em 1 se as alterações tiverem acontecido 1-2
vezes durante o processo de aplicação da escala e se a equipa terapêutica
acha improvável acontecer uma situação semelhante nos próximos 6 meses.
2. *Não ocasionalmente: 3 ou mais vezes durante a aplicação da
escala.
Disfunção ausente
Disfunção ligeira Insolência moderada, anti-socialismo.
Disfunção moderada Falar demasiado alto ou de forma
muito familiar para os outros; comer de maneira não aceitável socialmente.
Disfunção marcada
Insultar os outros em público, partir ou danificar objectos, agir em público de
forma inapropriada mas, não perigosa, não ocasionalmente*. (Ex: despir-se ou
urinar em público)
Disfunção grave
Ameaças verbais e tentativas de agressão frequentes, sem intenção ou existir possibilidade de lesões graves
não ocasionalmente*.
Disfunção muito grave Actos agressivos com frequência que causam, ou têm grande probabilidade,
de se tornarem lesões graves.
45
Tabela 4: Score PSP
Intervalos de 10 pontos Descrição PSP
100-91
Funcionamento excelente em todos os
domínios. O indivíduo é tido em grande
consideração pelas suas boas qualidades,
lida adequadamente com os problemas do
quotidiano, está envolvido num grande leque
de interesses e actividades.
90-81
Bom funcionamento em todos os domínios.
Presença de problemas ou dificuldades
comuns.
80-71 Dificuldades ligeiras em um ou mais domínios
de A a C.
70-61
Dificuldades moderadas, mas não marcadas,
em um ou mais domínios de A a C ou
dificuldades ligeiras no domínio D.
60-51 Dificuldades marcadas em um domínio de A a
C ou dificuldades moderadas no domínio D.
50-41
Dificuldades marcadas em dois ou mais
domínios de A a C ou dificuldades graves em
um domínio de A a C, com ou sem,
dificuldades moderadas em D.
40-31
Dificuldades graves em um e marcadas em
pelo menos um dos domínios de A a C ou
dificuldades marcadas em D.
30-21
Dificuldades graves em dois domínios de A a
C ou graves em D, com ou sem afecção de A
a C.
20-11
Dificuldades graves em todas as áreas de A a
D ou dificuldades muito graves em D, com ou
sem afecção de A a C. Se o indivíduo reage a
limitações externas, sugere-se um score de
20-16; se não reage, sugere-se um score de
15-11.
10-1
Falta de autonomia nas funções básicas com
comportamentos extremos mas, sem correr
risco de vida (score: 6-10); ou correndo risco
de vida (devido a malnutrição, desidratação,
infecções, incapacidade de reconhecer ou
manifestar situações de perigo (score: 5-1).
46
Tabela 5: Score PSP atribuído pela equipa terapêutica (enfermagem) aos utentes
participantes e assíduos nas sessões de dançaterapia, tendo em conta os
períodos que se encontram na tabela.
α Dificuldades ligeiras nas actividades sociais habituais.
β Dificuldades ligeiras nas actividades sociais habituais.
Ω Dificuldades ligeiras no domínio D (comportamentos perturbadores e agressivos),
dificuldades marcadas nas actividades sociais habituais e graves nas relações
pessoais e sociais.
µ Dificuldades moderadas no auto-cuidado, marcadas nas actividades sociais
habituais e no domínio D e graves nas relações pessoais e sociais.
& Dificuldades marcadas nas actividades sociais habituais e nas relações pessoais e
sociais.
Utente Dezembro/Janeiro Fevereiro/Março Março/Abril Maio
Joaquim Ramos α 80-71 80-71 90-81 90-81
Carlos Ferreirinha β 80-71 80-71 80-71 80-71
José Ribeiro Ω 50-41 50-41 50-41 50-41
Sónia Teixeira µ 40-31 40-31 40-31 40-31
Rui Fortuna & 40-31 50-41 50-41 50-41
João Teixeira $ 70-61 70-61 70-61 70-61
Carlos Ramos € 60-51 60-51 60-51 60-51
Rui Nascimento ¥ 50-41 50-41 50-41 50-41
Inês Edreira £ 40-31 70-61 70-61 70-61
Ana Paula Crista @ 60-51 70-61 70-61 70-61
Esmeraldina Brandão≠ 90-81 90-81 90-81 90-91
47
$ Dificuldades moderadas nas actividades sociais habituais e ligeiras nas relações
pessoais e sociais.
€ Dificuldades moderadas nas actividades sociais habituais e marcadas nas relações
pessoais e sociais.
¥ Dificuldades marcadas nas actividades sociais habituais e nas relações pessoais e
sociais.
£ Dificuldades ligeiras no domínio D e moderadas nas actividades sociais habituais e
nas relações pessoais e sociais.
@ Dificuldades ligeiras nas relações pessoais e sociais e moderada nas actividades
sociais habituais.
≠ Apenas dificuldades ou problemas comuns.
48
ANEXO 5
49
Escala de bem-estar psicológico geral -
Questionário
Psychological General Well-Being Index – PGWBI
“Como me senti no último mês?”
O questionário que se segue permite-nos inferir sobre como se
sentiu no último mês.
Este questionário é totalmente anónimo e por isso, não deve
recear responder o mais sinceramente possível.
Por favor não assine em nenhum local do questionário.
Escolha apenas uma opção em cada questão. Ou seja, coloque
uma cruz em apenas uma das 6 caixas em cada uma das
questões.
Muito obrigada pela sua colaboração,
Mara Andrade
50
1. Como se tem sentido em geral, no último mês?
Com um humor excelente ............................................................................................................. 5
De muito bom humor .................................................................................................................... 4
De bom humor na maioria das vezes ............................................................................................ 3
O meu humor varia de bom a mau muitas vezes ......................................................................... 2
De mau humor na maioria das vezes ............................................................................................ 1
De muito mau humor .................................................................................................................... 0
2. Com que frequência se sentiu preocupado ou incomodado por doença, dores ou
outras desordens corporais no último mês?
Todos os dias ................................................................................................................................. 0
Quase todos os dias ...................................................................................................................... 1
Cerca de metade do mês............................................................................................................... 2
Algumas vezes, mas menos do que metade do mês .................................................................... 3
Raramente ..................................................................................................................................... 4
Nunca ............................................................................................................................................ 5
3. Sentiu-se deprimido no último mês?
Sim, ao ponto de ter ideias suicidas .............................................................................................. 0
Sim, ao ponto de não querer saber de nada ................................................................................. 1
Sim, muito deprimido na maioria dos dias ................................................................................... 2
Sim, algo deprimido muitas vezes ................................................................................................. 3
Sim, ligeiramente deprimido de vez em quando .......................................................................... 4
Não, nunca me senti deprimido .................................................................................................... 5
51
4. No último mês, tem tido controlo total dos seus comportamentos, pensamentos,
emoções ou sentimentos?
Sim, totalmente ............................................................................................................................. 5
Sim, a maioria das vezes ............................................................................................................... 4
Geralmente ................................................................................................................................... 3
Não muito ...................................................................................................................................... 2
Não, e estou algo perturbado ....................................................................................................... 1
Não, e estou muito perturbado .................................................................................................... 0
5. Tem-se sentido nervoso no último mês?
Extremamente, ao ponto de não conseguir trabalhar ou cuidar das coisas................................. 0
Muito ............................................................................................................................................. 1
Moderadamente ........................................................................................................................... 2
Mais ou menos, ao ponto de me incomodar ................................................................................ 3
Ligeiramente ................................................................................................................................. 4
Não ................................................................................................................................................ 5
6. Sentiu-se com energia, animado e com vitalidade no último mês?
Sim, cheio de energia e muita animação ...................................................................................... 5
Com energia razoável na maior parte das vezes ........................................................................... 4
O meu nível de energia variou um pouco ..................................................................................... 3
Geralmente pouco animado e com pouca energia ....................................................................... 2
Muito pouco animado e com pouca energia na maioria das vezes .............................................. 1
Sem qualquer energia ou ânimo. Senti-me esgotado ................................................................... 0
52
7. Senti-me desanimado e abatido no último mês.
Nunca ............................................................................................................................................ 5
Poucas vezes ................................................................................................................................. 4
Algumas vezes ............................................................................................................................... 3
Grande parte do tempo ................................................................................................................ 2
Na maioria das vezes ..................................................................................................................... 1
Todo o tempo ................................................................................................................................ 0
8. É geralmente tenso ou sentiu-se tenso durante o último mês?
Sim, extremamente tenso, na maior parte do tempo .................................................................. 0
Sim, muito tenso, na maior parte do tempo ................................................................................. 1
Geralmente não sou tenso mas, senti-me tenso várias vezes ...................................................... 2
Senti uma tensão ligeira algumas vezes ........................................................................................ 3
Geralmente sou pouco tenso ........................................................................................................ 4
Nunca me senti tenso ou qualquer tipo de tensão ....................................................................... 5
9. Sentiu-se feliz e satisfeito com a sua vida pessoal no último mês?
Extremamente feliz. Não podia estar mais satisfeito ................................................................... 5
Muito feliz na maior parte do tempo ............................................................................................ 4
Geralmente satisfeito .................................................................................................................... 3
Por vezes razoavelmente feliz e por outras razoavelmente infeliz ............................................... 2
Geralmente infeliz e insatisfeito ................................................................................................... 1
Muito insatisfeito e infeliz na maior parte do tempo ................................................................... 0
53
10. No último mês, sentiu-se suficientemente saudável para lidar com as suas obrigações
e para fazer aquilo que mais gosta?
Sim, definitivamente ..................................................................................................................... 5
Na maioria das vezes ..................................................................................................................... 4
Os meus problemas de saúde limitaram-me em algumas coisas importantes ............................ 3
Só estive suficientemente saudável para cuidar de mim próprio................................................. 2
Necessitei da ajuda de alguém para cuidar de mim próprio ........................................................ 1
Necessitei da ajuda de alguém para a maioria das coisas que tive de fazer ................................ 0
11. No último mês, teve tantos problemas ou sentiu-se tão triste, desanimado e sem
esperança ao ponto de colocar em questão se tudo valeu a pena?
Extremamente. Ao ponto de desistir de tudo ............................................................................... 0
Muito ............................................................................................................................................. 1
Moderadamente ........................................................................................................................... 2
O suficiente para me incomodar ................................................................................................... 3
Um pouco ...................................................................................................................................... 4
Não, de maneira nenhuma ........................................................................................................... 5
12. Acordei sentindo-me fresco e descansado durante o último mês?
Nunca ............................................................................................................................................ 0
Poucas vezes ................................................................................................................................. 1
Algumas vezes ............................................................................................................................... 2
Uma boa parte do tempo .............................................................................................................. 3
Muitas vezes .................................................................................................................................. 4
Sempre .......................................................................................................................................... 5
54
13. Sentiu-se preocupado com a sua saúde no último mês?
Extremamente ............................................................................................................................... 0
Muito ............................................................................................................................................. 1
Bastante ........................................................................................................................................ 2
Alguma coisa mas, não muito ....................................................................................................... 3
Praticamente nunca ...................................................................................................................... 4
Nunca ............................................................................................................................................ 5
14. No último mês, teve alguma razão para pensar que perdeu a cabeça ou o controlo
sobre o modo de agir, falar, pensar ou memória?
Não, de maneira nenhuma ........................................................................................................... 5
Ligeiramente ................................................................................................................................. 4
Sim, mas não o suficiente para me preocupar .............................................................................. 3
Sim, mas não me preocupa muito ................................................................................................ 2
Sim, sinto-me moderadamente preocupado ................................................................................ 1
Sim, sinto-me muito preocupado ................................................................................................. 0
15. A minha vida foi preenchida por coisas interessantes no último mês.
Nunca ............................................................................................................................................ 0
Poucas vezes ................................................................................................................................. 1
Algumas vezes ............................................................................................................................... 2
Uma boa parte do tempo .............................................................................................................. 3
Muitas vezes .................................................................................................................................. 4
Sempre .......................................................................................................................................... 5
55
16. Sentiu-se activo e vigoroso ou aborrecido e sem energia no último mês?
Muito activo e vigoroso, todos os dias.......................................................................................... 5
Maioritariamente activo e vigoroso. Nunca realmente aborrecido e sem energia ...................... 4
Bastante activo e vigoroso. Raramente aborrecido e sem energia .............................................. 3
Bastante aborrecido e sem energia. Raramente activo e vigoroso .............................................. 2
Maioritariamente aborrecido e sem energia. Nunca activo e vigoroso ....................................... 1
Muito aborrecido e sem energia, todos os dias ............................................................................ 0
17. Sentiu-se ansioso, preocupado ou perturbado no último mês?
Extremamente, ao ponto de ficar doente ou quase doente......................................................... 0
Muito ............................................................................................................................................. 1
Moderadamente ........................................................................................................................... 2
O suficiente para me incomodar ................................................................................................... 3
Um pouco ...................................................................................................................................... 4
Não, de maneira nenhuma ........................................................................................................... 5
18. Senti-me emocionalmente estável e seguro de mim mesmo no último mês.
Nunca ............................................................................................................................................ 0
Poucas vezes ................................................................................................................................. 1
Algumas vezes ............................................................................................................................... 2
Uma boa parte do tempo .............................................................................................................. 3
Muitas vezes .................................................................................................................................. 4
Sempre .......................................................................................................................................... 5
56
19. No último mês, sentiu-se relaxado e à vontade ou constrangido e tenso?
Relaxado e à vontade durante todo o mês ................................................................................... 5
Relaxado e à vontade durante a maior parte do tempo ............................................................... 4
Geralmente relaxado e à vontade e raramente tenso e constrangido ......................................... 3
Geralmente tenso e constrangido e raramente relaxado e à vontade ......................................... 2
Tenso e constrangido durante a maior parte do tempo ............................................................... 1
Tenso e constrangido durante todo o mês ................................................................................... 0
20. Senti-me alegre e animado no último mês.
Nunca ............................................................................................................................................ 0
Poucas vezes ................................................................................................................................. 1
Algumas vezes ............................................................................................................................... 2
Uma boa parte do tempo .............................................................................................................. 3
Muitas vezes .................................................................................................................................. 4
Sempre .......................................................................................................................................... 5
21. No último mês, senti-me cansado, desgastado ou exausto.
Nunca ............................................................................................................................................ 5
Poucas vezes ................................................................................................................................. 4
Algumas vezes ............................................................................................................................... 3
Uma boa parte do tempo .............................................................................................................. 2
Muitas vezes .................................................................................................................................. 1
Sempre .......................................................................................................................................... 0
57
22. No último mês, sentiu-se sob pressão ou stress?
Sim. Quase não consegui aguentar ............................................................................................... 0
Sim, bastante ................................................................................................................................. 1
Sim, mais do que o habitual .......................................................................................................... 2
Sim, o habitual ............................................................................................................................... 3
Sim, um pouco ............................................................................................................................... 4
Não ................................................................................................................................................ 5
58
ANEXO 6
59
Escala de bem-estar psicológico geral
Psychological General Well-Being Index – PGWBI
Tabelas 1 a 7: Scores das subescalas e score total da Escala de Bem-Estar
Psicológico Geral (A a F: nomes fictícios dos utentes)
Quadro 1: Scores das subescalas da Escala de Bem-Estar Psicológico Geral
Ansiedade 0-25; Humor depressivo 0-15; Bem-estar positivo 0-20; Auto-controlo 0-15;
Saúde geral 0-15; Vitalidade 0-20
Score mais baixo relativamente à avaliação do mês de Dezembro
Score mais alto relativamente à avaliação do mês de Dezembro
A Dezembro Maio
Ansiedade 16 12
Humor depressivo 9 9
Bem-estar positivo 13 16
Auto-controlo 8 10
Saúde Geral 10 9
Vitalidade 14 15
SCORE TOTAL 70 ↑71
Tabela 1
B Dezembro Maio
Ansiedade 19 18
Humor depressivo 10 11
Bem-estar positivo 8 8
Auto-controlo 7 8
Saúde Geral 9 9
Vitalidade 8 8
SCORE TOTAL 61 ↑62
Tabela 2
60
C Dezembro Maio
Ansiedade 14 16
Humor depressivo 10 9
Bem-estar positivo 8 12
Auto-controlo 5 8
Saúde Geral 8 11
Vitalidade 10 12
SCORE TOTAL 55 ↑68
Tabela 3
D Dezembro Maio
Ansiedade 20 25
Humor depressivo 12 15
Bem-estar positivo 16 20
Auto-controlo 12 15
Saúde Geral 9 10
Vitalidade 16 20
SCORE TOTAL 85 ↑105
E Dezembro Maio
Ansiedade 11 13
Humor depressivo 10 9
Bem-estar positivo 8 10
Auto-controlo 13 14
Saúde Geral 8 6
Vitalidade 9 10
SCORE TOTAL 59 ↑62
Tabela 4
Tabela 5
61
F Dezembro Maio
Ansiedade 6 5
Humor depressivo 4 6
Bem-estar positivo 7 6
Auto-controlo 1 4
Saúde Geral 2 4
Vitalidade 6 5
SCORE TOTAL 26 ↑30
Tabela 6
G Dezembro Maio
Ansiedade 0 17
Humor depressivo 1 12
Bem-estar positivo 2 13
Auto-controlo 1 11
Saúde Geral 2 10
Vitalidade 3 15
SCORE TOTAL 9 ↑78
Tabela 7
H Dezembro Maio
Ansiedade 25 25
Humor depressivo 15 15
Bem-estar positivo 15 19
Auto-controlo 15 15
Saúde Geral 15 15
Vitalidade 18 19
SCORE TOTAL 103 ↑108
Tabela 8
62
I Dezembro Maio
Ansiedade 6 16
Humor depressivo 3 12
Bem-estar positivo 6 13
Auto-controlo 3 10
Saúde Geral 4 11
Vitalidade 6 13
SCORE TOTAL 28 ↑75
Tabela 9
J Dezembro Maio
Ansiedade 5 15
Humor depressivo 3 12
Bem-estar positivo 6 12
Auto-controlo 5 8
Saúde Geral 2 8
Vitalidade 8 17
SCORE TOTAL 29 ↑72
Tabela 10
63
Quadro 1
PGWB subescalas
SCORE BAIXO SCORE ELEVADO
Ansiedade
Extremamente incomodado pelo nervosismo; muito tenso; ansioso, preocupado, aborrecido; geralmente muito fechado; sente-se debaixo de grande pressão
Não é incomodado pelo nervosismo; baixa tensão; não ansioso; relaxado; pouco ou nenhum esforço ou stress
Humor depressivo
Sente-se muitas vezes ou intensamente: deprimido; abatido e melancólico; desencorajado
Raramente ou nunca se sente: deprimido; abatido e melancólico; desencorajado
Bem-estar positivo De mau humor; infeliz; nunca ou raramente sente que a vida é interessante ou alegre.
De excelente humor; feliz com a vida; dia-a-dia interessante; sente-se alegre.
Auto-controlo
Muito preocupado ou perturbado em perder o auto-controlo; raramente se sente emocionalmente estável.
Com total controlo de pensamentos, emoções e sentimentos; emocionalmente estável.
Saúde geral
Geralmente incomodado por doenças, desordens físicas; precisa de ajuda para tratar de si; preocupado ou com receio em relação à saúde.
Nunca ou raramente incomodado por doenças; com saúde suficiente para as coisas do dia-a-dia; despreocupado ou sem receio em relação à saúde.
Vitalidade
Pouca energia; raramente acorda fresco e descansado; triste, indolente; cansado, exausto.
Cheio de energia, vigor; acorda fresco, descansado; sente-se activo, vigoroso; nunca se sente cansado, exausto.
64
ANEXO 7
65
1. Perfil Pessoal de Movimento de: Ana Paula Crista
CORPO
Aspecto Físico
Estatura média; cabelo castanho-escuro comprido; olhos castanhos; caucasiana. 44
anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
66
Atitude Corporal
Muito alerta mas, descontraída para começar os exercícios. Sempre em movimento
calmo e fluido. Sem postura ou movimentos bizarros.
Centro de suporte
Tronco.
Zonas de tensão
Pescoço.
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: braços e ombros.
Conclusão do movimento: todo o corpo.
Liderança do movimento: braços
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
67
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimentos livres mas, controlados e fluidos.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial, ou seja, noção da força que aplica nos movimentos.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
68
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
69
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Aplica a força muito levemente em movimentos delicados e amplos.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Noção do seu corpo e das suas extremidades.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
70
Relação com a terapeuta
Cumprimenta e despede-se sempre de forma educada.
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
71
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
72
2. Perfil Pessoal de Movimento de: Carlos Ferreirinha
CORPO
Aspecto Físico
Estatura média; cabelo grisalho; olhos castanhos; caucasiano. 62 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
73
Atitude Corporal
Muito alerta mas, descontraído para começar os exercícios. Sempre em movimento
calmo e fluido. Sem postura ou movimentos bizarros.
Centro de suporte
Tronco.
Zonas de tensão
Anca
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: braços e ombros.
Conclusão do movimento: todo o corpo.
Liderança do movimento: braços
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
74
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimentos livres mas, controlados e fluidos.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial, ou seja, noção da força que aplica nos movimentos.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
75
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
76
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Movimentos flexíveis e fluidos.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Noção do seu corpo e das suas extremidades.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
77
Relação com a terapeuta
Cumprimenta e despede-se sempre de forma educada.
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
78
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
79
3. Perfil Pessoal de Movimento de: Esmeraldina Brandão
CORPO
Aspecto Físico
Baixa estatura; cabelo louro (pintado); olhos castanhos; caucasiana. 45 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
80
Atitude Corporal
Apresenta-se muito alerta e está sempre em movimento, recebendo as instruções dos
novos exercícios e respondendo de imediato com movimento. Sem movimentos
bizarros.
Centro de suporte
Tronco
Zonas de tensão
Pescoço
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
81
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimentos com alguma tensão mas, controlados e com a evolução da sessão
tornam-se fluidos.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial, ou seja, noção da força que aplica nos movimentos.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
82
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
83
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Movimentos flexíveis e fluidos.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Noção do seu corpo e das suas extremidades.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
84
Relação com a terapeuta
Cumprimenta e despede-se sempre de forma educada.
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
85
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
86
4. Perfil Pessoal de Movimento de: Joaquim Ramos
CORPO
Aspecto Físico
Alto; cabelo grisalho; olhos castanhos; caucasiano. 49 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
87
Atitude Corporal
Por vezes manifesta-se muito concentrado no seu movimento e num esforço para
relaxar. Outras vezes, está muito alheado e continua um mesmo movimento várias
vezes. Algumas vezes tem um movimento muito tenso e outras muito relaxado.
Centro de suporte
Tronco
Zonas de tensão
Anca
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
88
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimentos com alguma tensão mas, controlados e com a evolução da sessão
tornam-se fluidos.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial, ou seja, noção da força que aplica nos movimentos.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
89
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
90
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Movimento “abandonado”.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Noção do seu corpo e das suas extremidades.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
91
Relação com a terapeuta
Cumprimenta e despede-se sempre de forma educada.
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos antes e no final da aula.
Durante a aula a comunicação é predominantemente não -verbal.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
92
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
93
5. Perfil Pessoal de Movimento de: José Ribeiro
CORPO
Aspecto Físico
Estatura média; cabelo raro e castanho-escuro; olhos castanhos; caucasiano. 39 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
94
Atitude Corporal
Muito tenso e com movimentos de pequena amplitude e muito contidos.
Centro de suporte
Tronco
Zonas de tensão
Cabeça e pescoço, anca, membros superiores.
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo não integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
95
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Predominância de pausas. Necessita de estimulo dos outros participantes e da
terapeuta para continuar o movimento. Contudo, a envolvência e a atenção
melhoraram gradualmente ao longo das sessões.
Para além disto, apresenta sempre tremores nos membros superiores. Estes foram
atribuídos a efeitos secundários da medicação e por vezes a uma dimensão apelativa,
característica deste utente.
.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Nem sempre tem consciência sensorial. Perde a noção de que está a aplicar o seu
peso nos outros utentes.
96
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
97
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Aplica demasiada força e tensão nos movimentos.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Dificuldade em perceber os seus limites de movimento. Se não for estimulado, não
eleva os braços e apenas mexe as mãos, por exemplo.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
98
Relação com os outros
Boa relação mas, conversa pouco.
Relação com a terapeuta
Uma boa relação. Cumprimenta de forma espontânea. Contudo, demasiado cordial.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
99
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
100
6. Perfil Pessoal de Movimento de: Rui Fortuna
CORPO
Aspecto Físico
Alto; cabelos grisalhos; olhos cinzentos/azuis; caucasiano. 34 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
101
Atitude Corporal
Apresenta-se muito alerta e tenso à espera do próximo exercício. Durante o exercício
a tensão diminui.
Centro de suporte
Tronco
Zonas de tensão
Pescoço, tronco, braços e anca.
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
102
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimentos muito contidos.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
103
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
104
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Uso flexível do espaço.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Nada a referir.
Relação com o espaço/objectos
Tendência e encostar-se à parede ou aos objectos (máquinas de ginásio) da sala.
Relação com os outros
Educado, cooperante nos exercícios de grupo ou pares.
Interactivo não verbalmente (por exemplo, sorri mas, fala muito pouco)
105
Relação com a terapeuta
Cumprimenta e despede-se sempre de forma educada.
Feedback não-verbal predominante.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
106
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
107
7. Perfil Pessoal de Movimento de: Rui Nascimento
CORPO
Aspecto Físico
Alto; cabelo castanho escuro; olhos castanhos; caucasiano. 30 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
108
Atitude Corporal
Apresenta-se muito alerta e tenso à espera do próximo exercício. Durante o exercício
a tensão diminui.
Centro de suporte
Tronco
Zonas de tensão
Pescoço, tronco, braços e anca.
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
109
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimentos muito contidos.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
110
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
111
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Uso flexível do espaço.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Nada a referir.
Relação com o espaço/objectos
Tendência e encostar-se à parede ou aos objectos (máquinas de ginásio) da sala.
Relação com os outros
Educado, cooperante nos exercícios de grupo ou pares.
Interactivo não verbalmente (por exemplo, sorri mas, fala muito pouco)
112
Relação com a terapeuta
Cumprimenta e despede-se sempre de forma educada.
Fala muito pouco.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
113
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
114
8. Perfil Pessoal de Movimento de: Sónia Teixeira
CORPO
Aspecto Físico
Estatura média; cabelo comprido e castanho-escuro; olhos castanhos; estrabismo;
caucasiana. 24 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
115
Atitude Corporal
Muito lentificada.
Centro de suporte
Tronco
Zonas de tensão
Membros inferiores.
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo não integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
116
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimento muito lentificado alternando com saltos e subida aos espaldares. Muitos
desequilíbrios. (Tive conhecimento, pela equipa terapêutica, de que tanto a lentificação
como os desequilíbrios, por vezes têm uma carga apelativa.)
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Nem sempre tem consciência sensorial. Perde a noção de que está a aplicar o seu
peso nos outros utentes.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
117
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
118
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Desaceleração / Sustentação
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Falta de equilíbrio e de propriocepção
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação.
Relação com a terapeuta
Muito apelativa.
119
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
120
9. Perfil Pessoal de Movimento de: Inês Edreira
CORPO
Aspecto Físico
Estatura média; obesa; cabelo curto pintado; olhos castanhos; caucasiana. 57 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
121
Atitude Corporal
Muito relaxada e sempre em movimento.
Centro de suporte
Tronco
Zonas de tensão
Membros superiores.
Clivagens corporais
Membro superior esquerdo.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
122
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Por vezes desequilibra-se (obesidade) mas, rapidamente compensa a postura com
outro tipo de movimentos. Apresenta uma limitação nos movimentos do membro
superior esquerdo por lesão prévia. Contudo, movimenta este membro, mas com
menor amplitude.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
123
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
124
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Uso directo do espaço (aponta, olha).
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Nada a referir.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação. Conversa muito e é muito interactiva com os outros utentes durante as
sessões.
125
Relação com a terapeuta
Boa relação. Conversa sobre outros assuntos e mostra-se muito participativa durante
as sessões.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
126
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
127
10. Perfil Pessoal de Movimento de: João Silva
CORPO
Aspecto Físico
Estatura média; cabelo grisalho; olhos castanhos; caucasiano. 54 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
128
Atitude Corporal
Coloca pouca tensão nos movimentos e por vezes um pouco alheado das directrizes
durante as sessões.
Centro de suporte
Abdómen.
Zonas de tensão
Pescoço e região lombar.
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
129
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimento fluido, sem pausas e grande parte do tempo de olhos fechados.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
130
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
131
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Uso flexível do espaço.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Nada a referir.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação.
Relação com a terapeuta
Boa relação.
132
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
133
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
134
11. Perfil Pessoal de Movimento de: Carlos Ramos
CORPO
Aspecto Físico
Estatura média; cabelo grisalho; olhos castanhos; caucasiano. 50 anos.
Respiração
Irregular
Sustida
Superficial
Profunda
Hiperventila
Regular
Enraizamento (Movimento que utiliza a gravidade)
Fraco
Satisfatório
Bom
Foco interno (Concentração do indivíduo no seu próprio movimento)
Alheado
Neutro
Concentrado
Forma do corpo (formas que o indivíduo cria no corpo a partir do movimento)
Estreito
Redondo
Plano
Torcido
135
Atitude Corporal
Está muito alerta durante as sessões e apesar de começar o movimento com alguma
tensão, tem tendência a relaxar no decorrer da sessão.
Centro de suporte
Membros inferiores.
Zonas de tensão
Pescoço.
Clivagens corporais
Não tem.
Relação entre as partes do corpo
Iniciação do movimento: membros superiores
Conclusão do movimento: membros superiores
Liderança do movimento: membros superiores
Tipos de sequência:
o Simultânea
o Sucessiva
o Fragmentada
Partes do corpo integradas
Organização Rítmica
Sentido de ritmo:
Fraco
Satisfatório
Bom
136
Fraseado:
Longo
Curto
Acentuado
Não acentuado
Impulsivo
Impactivo
Com swing
Sem variações
Preferências de movimento
Simétrico
Assimétrico
Postural
Gestual
Movimento postural gestual
Mobilidade e Estabilidade
Movimento fluido, sem pausas.
Limites Corporais
Capacidade de diferenciar o seu corpo do outro.
Consciência sensorial.
Percursos Corporais do Movimento
Transversal
Central
Periférico
137
ESPAÇO E FORMA
Níveis
Baixo
Médio
Alto
Formas
Abertas
Fechadas
Uso da Quinesfera
Reduzido (uso reduzido do seu espaço pessoal, dificuldade em interagir com os
outros)
Médio (comunicação não verbal fluída)
Largo (potencialmente invasivo do espaço pessoal do terapeuta)
Direcções
Cima
Baixo
Frente
Atrás
Direita
Esquerda
Planos
Horizontal
Vertical
Sagital
138
Percursos no espaço
Centrais
Transversais
Periféricos
Acções espaciais
Emergir/Afundar
Abrir/Fechar
Avançar/Recuar
Utilização do espaço
Mínima
Média
Total
ESFORÇO
Uso flexível do espaço.
RELAÇÃO
Relação com o seu próprio corpo
Nada a referir.
Relação com o espaço/objectos
Nada a referir.
Relação com os outros
Boa relação. Interage com os outros utentes, procurando dar-lhes reforço positivo.
139
Relação com a terapeuta
Boa relação.
Sintonização ao outro/grupo
Fraca
Média
Boa
Proximidade
Próximo
Distante
Periférico
Contacto visual
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
Contacto físico
Inicia
Não inicia
Mantém
Evita
140
Parte do corpo que estabelece contacto preferencialmente
Mãos
Espontaneidade
Nenhuma
Alguma
Muita
141
ANEXO 8
142
As Sessões de Dançaterapia no HML
Descrição e Comentários
1ª Aula: 13/01/2011
Apresentação e esclarecimento sobre o projecto “Atelier de Dançaterapia no
HML”.
Apresentação dos doentes: nome, idade, e motivo pelo qual decidiram integrar
as aulas de Dançaterapia.
Definição de horário da aula: 14h30 às 15h30 às Quintas-feiras.
Alerta para a necessidade de assinar o consentimento informado para a
participação neste projecto.
Comentário:
Todos os utentes se demonstraram muito participativos e interessados com o
novo projecto. Colocaram questões e tiveram uma posição activa na decisão do
horário das sessões.
Inicialmente demonstraram algum receio com o tipo das sessões, referindo que
“não tinham jeito para dançar”. Mas, após esclarecimento sobre o projecto,
entenderam que não se iriam tratar de aulas técnicas e revelaram contentamento para
com este facto.
A maioria dos utentes decidiu integrar as aulas de Dançaterapia por livre e
espontânea vontade, por “gostarem de música e movimento” e por procurarem
alternativas à expressão. Alguns disseram que a equipa de enfermagem os convidou e
que iriam experimentar.
Presentes:
1. Rui Fortuna
2. Carlos Ferreirinha
3. Adelaide Lucas
4. Joaquim Ramos
5. Ana Paula Crista
143
6. Rui Nascimento
7. Inês Edreira
8. João Silva
9. Sandra Reis
10. Esmeraldina Brandão
144
2ª Aula: 20/01/2011
Selecção musical:
Moderat
Club de Belugas
Donna Maria
Aquecimento (15 minutos):
Cabeça e pescoço (movimentos de rotação, extensão e flexão e
de protracção e de retracção)
Ombros: Rotação, flexão e extensão, elevação, etc.)
Tronco e coluna (alongamentos)
Braços e mãos (abrir e fechar a mão; rotação do pulso; abanar
ou sacudir as mãos; elevação, pronação e supinação dos membros superiores)
Membros inferiores (flexão e extensão do joelho e anca; balanço
sobre os pés)
Massajar as diferentes partes do corpo (cabeça, face, pescoço,
membros superiores e inferiores, abdómen)
Friccionar as diferentes partes do corpo
Abanar o corpo (“shaking”)
Flutuar “em água”
Caminhar em diferentes direcções pela sala
Exercícios individuais (10 minutos):
“Respiração”: inspirar e expirar de forma coordenada com os
passos; inspiração provoca a elevação dos braços e a expiração o baixar dos
mesmos e vice-versa; inspiração e expiração coordenadas com a flexão dos
joelhos e com a flexão lateral do tronco.
“Contract-Release”: contracção de todas as partes do corpo
seguida de relaxamento; posições estáticas e relaxamento; repetir este último
exercício andando em círculo.
145
Exercícios de grupo (30 minutos):
“Compressão”: em círculo, virados para o centro, imaginar que
está um bloco de material compressível no meio. Este material oferece uma
resistência que, no início do exercício, cada um a imagina de uma forma
particular mas, à medida que se inicia o movimento esta resistência é sentida
por todos de forma semelhante. O objectivo é comprimir o material até
conseguirmos alcançar o centro. O fim do exercício é “festejado” pelo contacto
das mãos no centro. Em grupo realizamos alguns movimentos coordenados,
como por exemplo, levar as mãos ao chão e depois acima. O grupo passou a
ser o “tal material”. A partir de agora temos de afastar, ou seja, voltar à vivência
individual novamente. Repete-se o exercício.
“Espelho em grupo”: uma pessoa é tocada no ombro. Esta terá
de assumir a liderança do movimento e todos os outros terão de a copiar. A
primeira parte do exercício incide nas diferentes formas de caminhar. O líder
vai trocando e tem de explorar uma forma diferente da do anterior (exemplo:
caminhar sobre os calcanhares, sobre o terço anterior do pé; cruzando os pés,
etc.) Na segunda parte cada líder explora o movimento como quiser.
“Coreografia”: balançar o tronco oito vezes; balançar os braços e
trazer ao peito oito vezes; “step-touch” quatro vezes; rodar um braço de trás
para a frente e quando volta atrás olhar para a mão; fazer o inverso e repetir
com o outro braço; repetir o exercício com os dois braços e olhar para cima e
fazer o inverso e flectir anteriormente o tronco quando olhamos para baixo;
voltar à posição inicial, relaxar movendo o corpo de forma fluida e recomeçar a
coreografia. Repetir três a quatro vezes.
Relaxamento (5 minutos):
Inspirar e expirar em conjunto; fechar os olhos e ouvir a música,
sentir o espaço e o corpo. A posição é a escolha de cada um: de pé,
sentado, deitado, etc.
146
Comentário:
Todos os utentes participaram de forma activa em todos os exercícios
propostos. A aula decorreu sem intercorrências.
No final os utentes despediram-se voluntariamente e alguns agradeceram pela
aula e manifestaram contentamento com a mesma.
Presentes:
1. Rui Fortuna
2. Carlos Ferreirinha
3. Adelaide Lucas (vai faltar na próxima semana)
4. Joaquim Ramos
5. Ana Paula Crista
6. Rui Nascimento
7. Inês Edreira
8. João Silva
9. Luísa Pereira (nova participante)
10. Sónia Teixeira(nova participante)
Faltas:
1. Sandra Reis (desistiu, porque não quer ficar na Reabilitação à
tarde em nenhum dos dias da semana)
2. Esmeraldina Brandão (gripe, internada)
3. Luísa Pina (nova) (só soube no dia que tinha possibilidade de
integrar o grupo mas já não estava no HML)
147
3ª Aula: 27/01/2011
Selecção musical:
Moderat
Donna Maria
Club de Belugas
Vikter Duplaix
Jill Scott
Aquecimento (15 minutos):
Cabeça e pescoço (movimentos de rotação, extensão e flexão e de
protracção e de retracção)
Ombros (rotação, flexão e extensão, elevação, etc.)
Tronco e coluna (alongamentos)
Braços e mãos (abrir e fechar a mão; rotação do pulso; abanar ou
sacudir as mãos; elevação, pronação e supinação dos membros
superiores)
Membros inferiores (flexão e extensão do joelho e anca; balanço sobre
os pés desde os calcanhares até aos dedos; tentar o equilíbrio num só
pé e movimentar o resto do corpo ao mesmo tempo, evoluir para
movimentos circulares com o pé)
Em “cruz” (pernas afastadas e braços em cima afastados) puxar pelo
braço direito e perna esquerda ao mesmo tempo e vice-versa, e depois
pelos quatro membros ao mesmo tempo de forma a alongar o máximo
possível as extremidades e a conexão destas com o centro.
Massajar as diferentes partes do corpo (cabeça, face, pescoço,
membros superiores e inferiores, abdómen)
Friccionar as diferentes partes do corpo
Abanar o corpo (“shaking”)
Flutuar “em água”
Caminhar em diferentes direcções pela sala
Exercícios individuais (10 minutos):
Com a mão activar diferentes partes do corpo, ou seja, com um toque
leve da mão no próprio corpo para iniciar o movimento. Repetir com a
outra mão e depois com as duas.
O mesmo exercício mas, activando o movimento sem o toque físico da
mão.
148
O mesmo exercício mas, é o ar que activa o movimento. Inicialmente,
uma “brisa leve” e gradualmente uma “ventania”.
Construção de posições na sequência do movimento e sua
desconstrução.
Exercícios de grupo (30 minutos):
“Posições em círculo”: quando eu disser “posição fora”, todos
construímos uma posição para fora do círculo; quando disser “posição
dentro”, construímos uma posição para o centro. Alertamo-nos assim,
para o espaço que nos rodeia e a interacção que o nosso corpo tem com
ele. Para além disso, é uma actividade de grupo que incide nas
sensações de convergência e divergência, dando-nos ao mesmo tempo
a liberdade de incorporarmos o exercício como quisermos, ou seja,
construindo a posição que pretendermos.
“Improvisação em círculo”: igual ao exercício anterior mas, as palavras-
chave são “dança para fora” e “dança para dentro”, como se o centro do
círculo fosse uma força magnética que ora nos expulsa, ora nos atrai.
Este exercício permite-nos vivenciar as sensações supracitadas em
movimento e não só em imagem estática.
(Em ambos os exercícios o diâmetro do círculo vai variando, de forma a
experimentar quer o afastamento quer o contacto entre os membros do
grupo.)
Relembrar a coreografia da aula anterior e enriquecê-la: balança o
tronco quatro vezes; balança os braços e traz ao peito duas vezes; dois
“step-touch” ao lado, um à frente e um atrás; rodar o braço pela frente e
quando vai atrás olha para a mão e fazer o reverso, repetir com o outro
braço; rodar os dois e olhar para cima e depois voltar e olhar para baixo
e flectir anteriormente o tronco; voltar à posição de início e improvisar de
forma fluida e depois com maior rigidez; recomeçar a coreografia; repetir
2 a 3 vezes.
Relaxamento (5 minutos):
Sentados ou deitados ouvir a música de olhos fechados e ir reagindo
com os braços e com as pernas.
149
Presentes:
1. Rui Fortuna
2. Carlos Ferreirinha
3. Joaquim Ramos
4. Ana Paula Crista
5. Rui Nascimento
6. Inês Edreira
7. João Silva
8. Sónia Teixeira
9. Luísa Pina (nova participante)
Faltas:
1. Esmeraldina (gripe, internada)
2. Luísa Pereira
3. Adelaide Lucas (avisou na aula passada que tinha uma consulta)
150
4ª Aula: 03/02/2011
Selecção musical:
Jazzanova
Bomb the bass
Massive Attack
Jill Scott
Checkin-in (5 minutos):
Cada participante foi ao centro realizar um movimento sobre como se
sentiam naquele dia. Eu iniciei, para exemplificar. Ninguém podia comentar,
apenas reproduzir o movimento.
Eu:
“liberdade”;
balanceei os
braços, como
se fossem
folhas de
árvores.
Luísa Pereira: dançou de forma coordenada,
demonstrando grande satisfação e alegria. Não
teve movimentos involuntários.
Sónia: dançou de forma coordenada, demonstrando
muita alegria e satisfação com o que estava a fazer.
Não queria sair do centro.
Rui Fortuna: cruzou os braços e bocejou.
Adelaide Lucas: esfregou a cara e simulou o
choro. Expressão de tristeza.
Ferreirinha: esfregou a cabeça e a face.
Expressão facial de dor e tristeza.
Esmeraldina: levou as mãos ao peito (coração)
e simulou o bater do coração, numa expressão
de grande alegria e paixão.
José Ribeiro: iniciou um movimento
agressivo de murros e pontapés, simulando
artes marciais. A expressão facial era cerrada
e agressiva.
Rui Nascimento: cruzou os
braços e bocejou.
Ana Paula: dançou de forma
coordenada e terminou apoiando a
cabeça nas mãos, numa expressão
facial de paz.
Joaquim: hesitou em ir ao centro.
Acabou por ir e realizou um dos
movimentos da aula anterior.
Verbalizo: “não sei o que fazer. Ainda
não estou preparado para isto.”
151
Aquecimento (15 minutos):
Em círculo, cada um foi optando por uma parte do corpo que queria
começar por mover, os restantes iam repetindo. Só intervim quando
achei necessário (por exemplo: a Sónia não sabia por que parte
começar e eu sugeri as mãos).
Completei o aquecimento com as áreas do corpo que faltavam (anca,
tronco e pés)
Andamos pela sala em diferentes direcções e de diferentes formas (3
velocidades: câmara lenta, ao ritmo habitual de cada um e rápido;
sobre os calcanhares; sobre o terço anterior do pé; sobre a parte
externa; sobre a parte interna do pé; caminhar de forma coordenada
com a respiração)
Exercício individual (5 minutos):
“Respiração”: inspiração provoca a elevação dos braços e
a expiração o baixar dos mesmos e vice-versa; inspiração
e expiração coordenadas com a flexão dos joelhos e com a
flexão lateral do tronco; movimento mais complexo de
braços e pernas coordenado com a respiração.
Exercícios de grupo (15 minutos):
Andar pela sala e quando eu digo “JUNTA” juntamo-nos no
centro o mais possível. Voltamos a afastar e repetimos o
exercício 2 a 3 vezes. A cada repetição tentamos juntar
cada vez mais. Finalmente, tentamos a deslocação pela
sala sem quebrar as ligações.
Andar pela sala e quando digo “STOP” juntamos no meio
com uma das mãos no ombro de alguém. Selecciono uma
pessoa que tem de sair da estrutura criada por nós e
percorrer os espaços vazios da mesma, dançando.
Repetimos o exercício anterior mas, apoiando as duas
mãos, cada uma numa pessoa diferente. Tentamos a
deslocação pela sala, a rotação, baixar sem quebrar as
ligações. Por fim tentamos fazer a estrutura dançar de
forma ondulante e depois robótica, igualmente sem quebrar
as ligações.
152
Exercícios a pares (15 minutos):
“Jogo do espelho”: um copia o que o outro faz e à minha
ordem trocam.
“Contacto”: um toque leve vai activar o movimento no par.
Nesta sessão o exercício foi limitado à cabeça e membros
superiores.
Relaxamento (5 minutos):
Em círculo, inspiramos e expiramos todos ao mesmo tempo,
massajamos e abanamos todo o corpo.
Presentes:
1. Rui Fortuna
2. Carlos Ferreirinha
3. Joaquim Ramos
4. Ana Paula Crista
5. Rui Nascimento
6. Sónia Teixeira
7. Adelaide Lucas
8. José Ribeiro (novo participante)
9. Luísa Pereira
10. Esmeraldina
Faltas:
1. João Silva (Esteve com gripe.)
2. Inês Edreira (Fisioterapia, não poderá comparecer mais.
Entregou justificação.)
3. Luísa Pina
153
5ª Aula: 10/02/2011
Selecção musical:
Martina Topley Bird
Checkin-in (5 minutos):
Cada participante foi ao centro e realizou um movimento com a intenção
de cumprimentar o grupo. Eu iniciei, para exemplificar. Ninguém podia
comentar, apenas reproduzir o movimento.
De forma geral, todos os utentes balancearam os braços e acenaram
para todo o grupo à excepção do utente José Ribeiro que se ajoelhou e levou a
cabeça ao chão. Eu executei movimentos amplos.
Aquecimento (15 minutos):
Cabeça e pescoço (movimentos de rotação, extensão e flexão e de
protracção e de retracção)
Ombros (rotação, flexão e extensão, elevação, etc.)
Tronco e coluna (alongamentos)
Braços e mãos (abrir e fechar a mão; rotação do pulso; abanar ou
sacudir as mãos; elevação, pronação e supinação dos membros
superiores)
Membros inferiores (flexão e extensão do joelho e anca; balanço sobre
os pés desde os calcanhares até aos dedos; tentar o equilíbrio num só
pé e movimentar o resto do corpo ao mesmo tempo, evoluir para
movimentos circulares com o pé)
Em “cruz” (pernas afastados e braços em cima afastados) puxar pelo
braço direito e perna esquerda ao mesmo tempo e vice-versa, e depois
pelos quatro membros ao mesmo tempo de forma a alongar o máximo
possível as extremidades e aumentar a consciência para a conexão
destas com o centro.
Massajar as diferentes partes do corpo (cabeça, face, pescoço,
membros superiores e inferiores, abdómen)
Friccionar as diferentes partes do corpo
Abanar o corpo (“shaking”)
Flutuar “em água”
Caminhar em diferentes direcções pela sala.
154
Exercícios individuais (10 minutos):
“Micro-Macro e vice-versa”: começar com movimentos
quase microscópicos e evoluir para movimentos
macroscópicos, em que cada um explora os seus limites.
“Inspira e explode”: movimento de inspiração e
concentração da energia intracorporalmente e
exteriorização desta mesma num movimento explosivo.
Exercício de grupo (10 minutos):
Passei aos utentes uma pequena sequência de movimentos, com
momentos definidos. Neste exercício, cada momento é iniciado por uma
respiração ou som de uma das pessoas, que assume a liderança, e é
executado em grupo em uníssono.
Exercícios a pares (10 minutos):
Um dos utentes do par faz uma posição e o outro tem de preencher o
espaço à volta do que realizou a posição sem lhe tocar. Foram trocando de par
à minha ordem.
Coreografia (5 minutos):
Relembrar a coreografia das aulas anteriores.
Relaxamento (5 minutos):
Em círculo, inspiramos e expiramos todos ao mesmo tempo,
massajamos e abanamos todo o corpo.
155
Presentes:
1. Rui Fortuna
2. Carlos Ferreirinha
3. Joaquim Ramos
4. Ana Paula Crista
5. Sónia Teixeira
6. Adelaide Lucas
7. José Ribeiro
8. Luísa Pereira
9. Luísa Pina
10. Esmeraldina Brandão
11. João Silva
12. Carlos Ramos (novo participante)
Faltas:
1. Adelaide Lucas (Esteve doente)
2. Rui Nascimento (Esta semana não veio ao Serviço de
Reabilitação. Conta que “não lhe apeteceu”.)
156
6ª Aula: 17/02/2011
Selecção musical:
DoubleMP
Donna Maria
Massive Attack
Hercules and Love Affair
Checkin-in (5 minutos):
Cada participante foi ao centro realizar um movimento sobre como se
sentia naquele dia. Ninguém podia comentar, apenas reproduzir o movimento.
Hoje não tive coragem para ir ao centro. Não me sentia muito bem.
Aquecimento (10 minutos):
Semelhante à aula anterior.
Exercício individual (15 minutos):
“Água”: mover as diferentes partes do corpo como se
fôssemos mergulhando em água e depois como se
fôssemos a própria água.
Eu: não fiz.
Sónia: dançou de forma coordenada, demonstrando
muita alegria e satisfação com o que estava a fazer.
Adelaide Lucas: balanceou os braços no ar e a
sua expressão foi de grande alegria.
Ferreirinha: balanceou os braços no ar e a sua
expressão foi de grande alegria. No final fez
uma vénia.
Esmeraldina: levou as mãos ao peito (coração) e simulou o
bater do coração, numa expressão de grande alegria e paixão.
Movimento muito parecido ao da 4ª aula.
Rui Nascimento: balanceou os braços
no ar, rodou e sorriu no final.
Ana Paula: muito coordenada e
delicada fez uma pirueta com os
braços para cima e terminou numa
posição graciosa que me transmitiu
muita tranquilidade.
Joaquim: balanceou o corpo e os
braços, transmitindo uma sensação
de liberdade.
João: balanceou os braços no ar e a sua
expressão foi de tranquilidade. Os
movimentos eram algo rápidos.
Carlos: balanceou os braços no ar e
rodou.
157
Exercícios de grupos (25 minutos):
Andar pela sala e quando digo “STOP” juntamos no meio
com uma das mãos no ombro de alguém.
Repetimos o exercício anterior mas, apoiando as duas
mãos, cada uma numa pessoa diferente. Tentamos a
deslocação da estrutura pela sala, simulando uma onda.
“Figuras”: um utente de cada vez vai ao centro e coloca-se
numa posição estática complementar à dos que já estão no
centro com o objectivo de formar uma figura definida no
início do exercício. Inicialmente eu sugeri um guarda-chuva
e depois cada utente sugeriu outras figuras (avião, cadeira,
barco, águia etc.). Estando a figura formada tinham de
fazê-la mover.
Relaxamento (5 minutos):
Pequena coreografia de relaxamento.
Presentes:
1. Carlos Ferreirinha
2. Joaquim Ramos
3. Ana Paula Crista
4. Sónia Teixeira (Saiu mais cedo porque os Bombeiros
chegaram mais cedo para buscá-la)
5. Adelaide Lucas
6. José Ribeiro (Chegou atrasado, depois do aquecimento)
7. Luísa Pina (Só assistiu. Referiu que não se sentia muito
bem: “Anda uma rapariga atrás de mim a dizer que eu sou
feia, que faço sexo com todos e que tenho de cortar o
cabelo, porque pareço uma mendiga.”
8. Esmeraldina Brandão
9. Carlos Ramos
10. Rui Nascimento
11. João Silva
Faltas:
1. Rui Fortuna (Avisou: tinha uma consulta)
2. Luísa Pereira (Avisou: não se sentia bem. Os movimentos
involuntários, por suposta discinesia tardia dos
neurolépticos, pioraram.)
158
7ª Aula: 10/03/2011
Selecção musical:
The Cinematic Orchestra
Massive Attack
Sofa Surfers
Thievery Corporation
Tortured Soul
Martina Topley-Bird
Wovenhand
Muse
Donna Maria
António Variações
Deolinda
Aquecimento (20 minutos):
Coreografia de aquecimento em círculo: inspirar fundo e
expirar; rolar cabeça, tronco até ao chão; subir e rolar
ombros, cotovelos e braços para trás; repetir tudo do início;
abrir e fechar as mãos com energia e os braços esticados;
abraçar algo à frente do tronco e afastar; repetir todo o
exercício e depois repetir do fim para o início.
Extensão e flexão dos joelhos; rotação interna e externa do
joelho e anca.
Passar o peso do corpo de um pé para o outro; subir a
meia ponta e baixar; equilíbrio num só pé e desenhar
círculos com o outro no chão.
Flexão lateral do tronco.
Flutuar.
Caminhar pela sala em diferentes velocidades.
Caminhar pela sala apoiando diferentes partes do pé:
calcanhares, parte exterior, parte interior, 1/3 anterior.
159
Exercícios de grupos (20 minutos):
Em dois grupos de 5 e em círculo de mãos dadas, vão
passando uns por baixo dos outros sem parar. Quando já
não conseguem mais alternativas de movimento têm de
desfazer a forma e voltar ao início.
Caminham pela sala, ao meu sinal “JUNTA” têm de se
juntar o máximo possível no centro com a parte do corpo
que eu indicar: costas, tronco, ombro, coxa, etc.
Caminham pela sala, ao meu sinal “JUNTA” têm de se
juntar no centro o máximo possível. Selecciono uma
pessoa que vai tentar quebrar as ligações entre os outros.
Estes têm de conseguir manter a união. Vou seleccionando
sempre pessoas diferentes e às vezes mais do que uma.
Exercícios a pares – CONTACTO (20 minutos):
“Mãe-Bebé”: frente a frente, um apoia o antebraço (“bebé”)
no antebraço do outro (“mãe”). Este último é totalmente
responsável (“mãe”) pelo outro (bebé”) mas, quando decidir
e sem aviso prévio, pode relaxar o seu antebraço e os
papéis invertem-se: o “bebé” tem de ir apanhar a “mãe” e
agora passar ele a ser a “mãe”. O exercício vai-se
repetindo com um braço, depois com o outro e depois com
os dois ao mesmo tempo. Ou seja, no final, a mesma
pessoa poderá experienciar os dois papéis ao mesmo
tempo (um em cada braço).
“Guia”: uma das pessoas do par guia a outra pela sala,
pegando-a pela mão e fazendo-a dançar.
160
Presentes:
1. Sónia Teixeira
2. Rui Fortuna
3. Rui Nascimento
4. Inês Edreira
5. Joaquim Ramos
6. Carlos Ferreirinha
7. José Ribeiro
8. Esmeraldina Brandão
9. Ana Paula Crista
10. João Silva
Faltas:
1. Carlos Ramos
2. Adelaide Lucas (ultimamente deixou de frequentar o
serviço de Reabilitação devido a doença de um familiar)
3. Luísa Pina (deixará de integrar o grupo, pois a aula de
Informática passou para as 15h)
4. Luísa Pereira (justificação sobreponível à aula anterior)
161
8ª Aula: 17/03/2011
Selecção musical:
Donna Maria
Portishead
Checking in (5 minutos):
Em círculo cada utente vai ao centro e faz um movimento de que goste.
Todos os utentes realizaram movimentos parecidos e mais dançados do
que nas sessões anteriores: balanço dos braços, flutuar, transmitindo calma.
Aquecimento (15 min):
Sequência coreografada.
Exercício de grupo (25 minutos):
“Marcar o ritmo do coração”: cada um constrói um
movimento ou sequência inspirada nos batimentos
cardíacos. No final, tentam realizar todos os movimentos
diferentes na mesma frequência.
“Grupos de 3”: cada grupo cria uma sequência de
movimentos baseada nas seguintes palavras: nascimento;
Sónia
Rui Fortuna
Esmeraldina
Inês
Ferreirinha
Rui Nascimento
Joaquim
João
Carlos
Ana Paula
162
felicidade; liberdade. Cada grupo executa a sua sequência
e mal termina, outro grupo inicia a sua. Ou seja, no final
existe um ciclo de movimentos criados pelos utentes, que
se repete.
Nascimento: Inês, Esmeraldina, Rui Fortuna e
João. (inspiraram-se no desabrochar de uma flor)
Felicidade: Rui Nascimento, Joaquim e Ana
Paula. (movimentos de braços com energia)
Liberdade: Ferreirinha, Sónia e Carlos.
(movimentos de braços esvoaçantes e amplos)
Exercícios de contacto/pares (15 min):
“Frente a frente”: com os pulsos em contacto, rodar os
braços sem nunca perder a conexão com o par.
“Afastar um ponto”: um toca com alguma pressão no corpo
do outro utente e este tenta afastar esse toque com esse
ponto do corpo.
Relaxamento (5 min):
Sentados no chão a ouvir a música e a movimentar algumas partes do
corpo livremente.
Presentes:
1. Inês Edreira
2. Esmeraldina Brandão
3. Rui Fortuna
4. João Silva
5. Carlos Ferreirinha
6. Sónia Teixeira
7. Carlos Ramos
8. Rui Nascimento
9. Joaquim Ramos
10. Ana Paula Crista
Faltas:
1. José Ribeiro (viajou)
2. Adelaide Lucas (ultimamente deixou de frequentar o
serviço de Reabilitação devido a doença de um familiar)
3. Luísa Pereira (justificação sobreponível à aula anterior)
163
9ª Aula: 24/03/2011
Selecção musical:
Me’Shell Ndégeocello
Nightmares of Wax
Sofa Surfers
Club de Belugas
Hercules and Love Affair
António Variações
Deolinda
Wovenhand
Checking-in (5 min):
Em círculo, um utente de cada vez, vai ao centro e escolhe outro utente
que queira cumprimentar através de movimento.
Aquecimento (15 min):
Sequência coreografada.
Exercícios de grupo (20 min):
“Ataca e Defende”: um grupo ataca o outro e este defende-
se, através de posições no dobro do tempo. Não é
permitido contacto e há uma linha imaginária que divide a
sala em duas metades iguais. À minha ordem, os papéis
de cada grupo vão-se invertendo.
“Linguagem Gestual”: em dois grupos, vão comunicando
apenas através de movimento. Um grupo realiza uma
sequência de movimento e o outro tem de responder com
outra sequência.
Exercícios de contacto (15 min):
“Contacto visual”: o par tem de se deslocar pela sala,
dançando sem perder o contacto visual.
“Contrapeso”: cada um vai dando o seu peso ao par. Desta
troca de peso surge um movimento contínuo entre o par.
Relaxamento (5min):
Sobreponível à aula anterior.
164
Comentário:
Foi uma aula marcada pela boa disposição e grande interacção em
todos os utentes. Compreenderam perfeitamente todos os exercícios e
demonstraram-se muito activos e empenhados na sua realização. Nos
exercícios de grupo conseguiram estabelecer uma comunicação não-verbal
mesmo quando falo entre os membros do mesmo grupo. Foi evidente a
construção de atmosferas diferentes através do movimento (tensão, harmonia).
Presentes:
1. Ana Paula Crista
2. José Ribeiro
3. Sónia Teixeira
4. João Silva
5. Rui Fortuna
6. Rui Nascimento
7. Adelaide Lucas
8. Esmeraldina Brandão
9. Carlos Ferreirinha
Ausentes:
1. Luísa Pereira (justificação sobreponível à aula anterior)
2. Inês Edreira
3. Carlos Ramos
4. Joaquim Ramos (gripe)
165
10ª Aula: 31/03/2011
Selecção musical:
Wovenhand
António Variações
Donna Maria
Checking-in (5 min):
Igual à aula anterior.
Aquecimento (15 min):
Sequência coreografada.
Exercícios de grupo (25 min):
“Recuperando o exercício da aula anterior”: os utentes
andam pela sala em várias direcções, sempre mantendo o
contacto visual, uns com os outros, criando um “ambiente
de tensão”. À minha ordem enfrentam-se uns aos outros
através de posições no dobro do tempo. De seguida dou a
entrada para começarem a dançar num movimento fluido e
mudarem gradualmente de um ambiente tenso para um
ambiente harmonioso.
“Hipnotizar”: No seguimento do exercício anterior um dos
utentes afasta-se do grupo e coloca-se de costas para
este. Vai conduzir o movimento do grupo com o seu corpo.
À minha ordem vira-se de frente para o grupo e conduz o
movimento do grupo pelos movimentos de uma das suas
mãos.
Exercícios a pares (10 min):
Um utente conduz o seu par pela sala, tocando em diferentes partes do
seu corpo, fazendo-o dançar.
Relaxamento (5min):
Em círculo, ouvir a última música do inspirando e expirando calmamente
sentados ou de pé. Cada um escolhe a posição.
166
Presentes:
1. Inês Edreira
2. Ana Paula Crista
3. Joaquim Ramos
4. Carlos Ferreirinha
5. Sónia Teixeira
6. José Ribeiro
7. Rui Nascimento
8. Rui Fortuna
9. Esmeraldina Brandão (só assistiu, pois realizou neste dia
uma colposcopia)
Ausentes:
1. Luísa Pereira (justificação sobreponível à aula anterior)
2. Carlos Ramos
3. Adelaide Lucas
4. João Silva
167
11ª Aula: 07/04/2011
Selecção musical:
Beirut
Caravan Palace
Aquecimento (15 min):
Sequência de aquecimento sem coreografia, ou seja, exercícios de
equilíbrio, alongamento e coordenação, semelhantes às aulas anteriores.
Coreografia (45 min):
Música: “Nantes” - Beirut
3 posições com a cabeça e flui a partir de cada posição;
Braços e rebound para a direita;
Tapa os olhos e depois a boca;
Abre pelos cotovelos;
Imaginam que têm uma bola nas mãos e percorrem o
espaço à volta de si mesmo com esta;
2 step-touch;
2 passos para o centro;
Dançam 2 oitos quando a música muda;
Colocam-se a pares e dançam em contacto ou pelo
cotovelo ou pela mão;
Trocam de pares;
Juntam-se em grupo;
Quando a música muda começam a elevar os braços;
São movidos por um cheiro agradável;
São movidos por um som;
São movidos pelo topo da cabeça, novamente para o
centro, ou seja, de novo para a “realidade”. Como se fosse
a sensação agradável de acordar de um óptimo sonho;
Fecham os olhos e começam a procurar o contacto com
alguém. Abraçam essa ou essas pessoas e ficam de olhos
fechados só a ouvir a música e depois em silêncio.
168
Presentes:
1. Joaquim Ramos
2. João Silva
3. Rui Fortuna
4. Carlos Ferreirinha
5. José Ribeiro
6. Luísa Pina (terminou o curso de Informática)
7. Luísa Pereira
8. Sónia Teixeira
9. Esmeraldina Brandão
10. Inês Edreira
11. Adelaide Lucas
12. Ana Paula Crista
Ausentes:
1. Rui Nascimento
2. Carlos Ramos
169
12ª Aula: 14/04/2011
Selecção musical:
Beirut
Caravan Palace
Aquecimento (15 min):
“Abrir e fechar”: alongar ao máximo todo o corpo, numa
posição em cruz, e de seguida fechar em contracção suave
e simultânea de todas as partes do corpo.
Alongamentos.
“Gelatina/Congela”: Movimento e fluido e gelatinoso e à
minha ordem congelar numa posição. Reiniciar e repetir
este exercício várias vezes.
Exercícios a pares (10 min):
“Abraços”: os pares começam abraçados. Um dos utentes
fixa o abraço e o outro sai e vai abraçá-lo noutro local do
corpo e fixa a posição. Depois sai o outro e vai abraçar
noutro local. O exercício vai-se repetindo e os pares vão
trocando.
Coreografia (35 min):
Relembrar a coreografia da aula passada. Limitar o timming dos
momentos e acrescentar movimento (apenas dançam 8 tempos; 8 tempos para
dançar com o par e só troca de par uma vez; 8 tempos para formar um círculo;
no tempo 4 seguinte estalar os dedos no centro com os braços em cima; 4
tempos para voltar ao círculo; balançar os braços um de cada vez em 8
tempos.
170
Presentes:
1. José Ribeiro
2. Ana Paula Crista
3. Sónia Teixeira
4. Rui Fortuna
5. Carlos Ferreirinha
6. Esmeraldina Brandão
7. João Silva
Faltas:
1. Inês Edreira(consulta)
2. Rui Nascimento
3. Joaquim Ramos (consulta)
4. Luísa Pina (não se sentia bem e pediu para ir embora, encaminhei-a à
Enfermeira Beatriz)
5. Luísa Pereira
6. Adelaide Lucas
7. Carlos Ramos
171
13ª Aula: 28/04/2011
Selecção musical:
Massive Attack
Checking-in + Aquecimento (15 minutos):
Em círculo, os utentes escolhem um número de 1 a 13 ao qual
corresponde uma pergunta ou uma frase. Se quiserem responder/ interpretar
vão ao centro e fazem-no através do movimento.
1. Como se sente hoje?
2. Como se tem sentido ultimamente?
3. O que é que mais o/a preocupa?
4. O que é que gostava de fazer hoje na aula de Dança?
5. De que é que tem medo?
6. Qual é a sua paixão?
7. De que é que não gosta mesmo?
8. De que/quem sente falta?
9. O que é que precisa?
10. O que é que lhe apetece?
11. Uma qualidade e um defeito.
12. O que é que para si tem mais valor?
13. Um sonho e um pesadelo.
Exercícios de grupo (30 minutos):
“Diagonais”: sequências de movimentos simples pelas diagonais
da sala.
“Criar coreografia”: divididos em 3 grupos. A cada grupo é
atribuída uma palavra. Esta não é divulgada aos grupos restantes.
Cada grupo tem de criar uma sequência de movimentos inspirada
na palavra. No momento da apresentação os restantes grupos
observam. No final comentam e tentam desvendar a palavra.
Ana Paula e Ferreirinha: “Compreensão”.
Criaram uma sequência de movimentos
que simulava um diálogo pacífico.
Joaquim + João: “Resistir”. Empurravam
algo imaginário.
Rui Fortuna + Esmeraldina: “Amar”.
Abraçaram-se e dançaram juntos em
harmonia.
172
Coreografia (10 minutos):
Relembrar a coreografar da aula passada.
Relaxamento (5 minutos):
Ouvir a música de olhos fechados todos juntos, na sequência do final da
coreografia.
Presentes:
1. Carlos Ferreirinha
2. Sónia Teixeira (saiu mais cedo, por causa do horário do
transporte de regresso a casa)
3. Joaquim Ramos
4. João Silva
5. Ana Paula Crista
6. Rui Fortuna
7. Esmeraldina Brandão
Faltas:
1. Inês Edreira (aniversário do filho)
2. José Ribeiro
3. Carlos Ramos (a mãe encontra-se doente)
4. Rui Nascimento
5. Luísa Pina
6. Luísa Pereira
7. Adelaide Lucas (não vai frequentar mais o Serviço de
Reabilitação. Refere que o marido está cá e que quer estar com ele)
173
14ª Aula: 05/05/2011
Aula inserida na programação especial do mês de Maio: “Mês do
Coração”. A aula decorreu ao ar livre, no campo de jogos do Hospital de
Magalhães Lemos, entre as 9h30 e as 10h30.
Selecção musical:
António Variações
Donna Maria
Beirut
Moderat
Aquecimento:
Semelhante às aulas anteriores, em círculo.
Exercício de grupo:
“Compressão”: em círculo, virados para o centro, imaginar que
está um bloco de material compressível no meio. Este material oferece
uma resistência que, no início do exercício, cada um a imagina de uma
forma particular mas, à medida que se inicia o movimento esta
resistência é sentida por todos de forma semelhante. O objectivo é
comprimir o material até conseguirmos alcançar o centro. O fim do
exercício é “festejado” pelo contacto das mãos no centro. Em grupo
realizamos alguns movimentos coordenados, como por exemplo, levar
as mãos ao chão e depois acima. O grupo passou a ser o “tal material”.
A partir de agora temos de afastar, ou seja, voltar à vivência individual
novamente. Repete-se o exercício.
Improvisação:
Dançar com várias texturas: elástico, rígido, macio, flutuante, etc.
Exercícios a pares – CONTACTO:
Semelhantes às aulas anteriores.
“Contacto sem contacto”: os pares dançam como se estivessem
“dentro de uma bolha” mas sem se tocarem.
174
Na sequência do último exercício, cada par ia dançando até chegar ao
centro. No centro iam-se envolvendo, no mesmo exercício, com diferentes
pessoas e até com mais do que uma ao mesmo tempo. Cada utente colocou as
mãos nos ombros de outros utentes, cada mão numa pessoa diferente,
formando uma figura complexa e grande, uma vez que participaram 31
pessoas. Entretanto todos tinham de se mover sem quebrar estas ligações.
Comentário:
Todos os utentes participaram de livre e espontânea vontade.
Demonstraram-se muito activos e interessados na realização dos exercícios
propostos. A aula decorreu sem intercorrências.
Presentes:
1. José Ribeiro
2. Sónia Teixeira
3. Esmeraldina Brandão
4. Carlos Ferreirinha
5. Rui Fortuna
6. Rui Nascimento
7. Emília Rafala
8. Laura Moreira
9. Maria Helena Tavares
10. Alexandrina Costa
11. Maria Arminda Teixeira
12. Estela Rodrigues
13. José Bastos
14. Bruno Cruz
15. José Meireles
16. José Silva Gonçalves
17. Leonel Pedroso
18. Fernanda Silva
19. Cármen Martins
20. Filomena Carreira
21. José Brito
22. Ernesto Pereira
23. Paula Almeida
24. Luísa Vieira
25. Teresa Pinheiro
26. Carlos Ferreira
27. Paula Lopes
28. Maria Irene Rodrigues
29. Olívia Oliveira
30. Patrícia Passos
31. Alexandre Correia
175
15ª Aula: 12/05/2011
Selecção musical:
Caravan Palace
Beirut
The XX
Terry Calier
Massive Attack
Muse
Aquecimento (10 minutos):
Semelhante às aulas anteriores.
Exercícios individuais (10 minutos):
“Flutuar”: improvisação tendo por base a sensação de planar no ar ou
flutuar na água.
Parar numa posição estática e desconstruí-la para iniciar o movimento.
Exercícios de grupo (15 minutos):
Relembrar as diagonais da 13ª aula.
Exercícios a pares (20 minutos):
Manter sempre a mesma expressão sem que haja um líder. As
mudanças de expressão acontecem gradualmente e naturalmente.
Comunicar através de um “dialecto” que não existe e que combine
expressões, vocalizações e movimento. Eu vou moderando os
ambientes de conversa, ditando se são agressivos, se discutem, se
estão em harmonia, muito contentes, se fazem as pazes, etc.
Relaxamento (5 minutos):
Ouvir a música e dançar da forma que quiserem pela sala.
176
Comentário:
A aula decorreu sem intercorrências. O exercício onde foi notável
um comportamento mais expansivo por parte dos doentes foi o último
dos exercícios a pares. Rapidamente criaram o seu próprio dialecto e
exacerbaram as indicações que eu dei. Referiram que se divertiram
muito a fazê-lo.
Presentes:
1. Ana Paula Crista
2. Joaquim Ramos
3. José Ribeiro
4. Luísa Pina
5. Esmeraldina Brandão
6. Rui Fortuna
7. Carlos Ferreirinha
8. Sónia Teixeira (saiu mais cedo)
Faltas:
1. Inês Edreira
2. Adelaide Lucas
3. Luísa Pereira
4. João Silva
5. Rui Nascimento
6. Carlos Ramos
177
16ª Aula: 19/05/2011
Selecção musical:
Caravan Palace
Beirut
The XX
Terry Calier
Massive Attack
Muse
Radiohead
Aquecimento (15 minutos):
Semelhantes às aulas anteriores.
Exercícios de grupo (15 minutos):
Caminhar em diferentes direcções pela sala mantendo o contacto visual
com todas as pessoas. Manter o exercício em várias velocidades e
texturas.
Começar a seguir uma pessoa durante alguns segundo e depois deixá-
la e logo começar a seguir outra. Repetir este exercício aumentando a
velocidade das trocas.
Exercícios a pares (25 minutos):
“Contacto sem contacto”: os pares dançam como se estivessem “dentro
de uma bolha” mas sem se tocarem.
Uma pessoa para numa posição estática e a outra preenche os espaços
vazios.
Uma pessoa guia o par por toda a sala, fazendo-o dançar por vários
pontos de contacto.
(Repetir os exercícios e ir trocando de par.)
Relaxamento (5 minutos):
Semelhante às aulas anteriores.
178
Comentário:
A aula decorreu sem intercorrências e não há nada de relevante a
referir.
Presentes:
1. Ana Paula Crista
2. Joaquim Ramos
3. José Ribeiro
4. Luísa Pina
5. Esmeraldina Brandão
6. Rui Fortuna
7. Carlos Ferreirinha
8. Sónia Teixeira (saiu mais cedo)
9. Inês Edreira
10. João Silva
11. Luísa Pereira
12. Rui Nascimento
Faltas:
1. Adelaide Lucas
2. Carlos Ramos
179
17ª Aula: 26/05/2011
Aquecimento (15 minutos):
Caminhar em diferentes texturas (água, areia, gelo, algodão, etc.),
em diferentes velocidades, em diferentes posições, em diferentes
partes do pé.
Seguir alguém e ir trocando.
Movimentos dos dedos e das mãos.
Com as mãos provocar movimento nas diferentes partes do
corpo.
Improvisação (20 minutos):
Música: “Song V” – Phillip Glass
Improvisação em diferentes ambientes. Inicialmente dançam
individualmente e ao meu sinal têm de interagir com o grupo.
Infância
Desconforto
Momento triste
Momento feliz
Felicidade máxima: neste momento partilhar esta sensação com
todas as pessoas do grupo.
Coreografia (25 minutos):
Música: “Teardrop” – Massive Attack
Caminhar para a frente;
Empurrar algo;
Recuar;
Abraçar algo;
Sacudir os braços;
Caminhar desenhando uma meia-lua;
Elevar o braço direito que gradualmente vai ficando rígido;
Elevar o esquerdo que vai fazer parar o movimento do braço
direito e puxá-lo para baixo;
Caminhar pela sala cruzando olhares;
Escolher alguém e abraçar gradualmente essa pessoa;
180
Desmanchar o abraço gradualmente e voltar à posição inicial para
recomeçar a coreografia.
As mudanças de movimento eram ditadas por alguém do grupo que
assumia a liderança.
Comentário:
A aula decorreu sem intercorrências.
Nos momentos desconforto e triste de improvisação foi notória
uma atmosfera densa com movimentos com uma grande carga de
tensão e posturas encurvadas e expressões faciais de dor e tristeza. No
último momento, todos partilharam a felicidade abraçando-se e
dançando uns com os outros.
Alguns utentes que revelam dificuldades em tomar a iniciativa ou
assumir o papel de liderança, nomeadamente José Ribeiro, Rui Fortuna
e Rui Nascimento, conseguiram fazê-lo na coreografia sem dificuldade.
Presentes:
1. José Ribeiro
2. Carlos Ferreirinha
3. Esmeraldina Brandão
4. Luísa Pina
5. Sónia Teixeira (saiu mais cedo)
6. Joaquim Ramos
7. Carlos Ramos
8. Rui Fortuna
9. Rui Nascimento
10. Inês Edreira
Faltas:
1. Adelaide Lucas
2. Luísa Pereira
3. João Silva
4. Ana Paula Crista (teve de ficar em casa para receber o jardineiro)
181
18ª Aula: 02/06/2011
Aquecimento (15 minutos):
Exercícios semelhantes às aulas anteriores.
Manter sempre as mãos em conexão enquanto se dança. Evoluir
para todos o membro superior em contacto. Evoluir para criar
vários pontos de contacto com o nosso próprio corpo.
Exercícios de grupo (15 minutos):
Em círculo, sequência de movimentos que termina com o
contacto máximo de todas as pessoas no centro. Depois vão-se
afastando, mantendo o contacto o máximo de tempo possível.
Em círculo, ir caminhando em direcção ao centro, em câmara
lenta e apoiando todo o pé. Tentar manter o mesmo ritmo. Repetir
o exercício de costas.
Exercícios a pares – CONTACTO (25 minutos):
Um dos utentes coloca a mão direita em contacto com a mão
esquerda do par. Dançam por toda a sala mantendo este ponto
de contacto. Vão trocando de mão e de par.
Agora as mãos não podem ser o ponto de contacto mas, sim toda
a restante superfície dos membros superiores.
Relaxamento (5 minutos):
Inspirar fundo e expirar ouvindo a música.
Comentário:
Os exercícios de contacto foram executados activamente. Todos os
utentes se demonstraram com muito boa disposição e satisfação. Para além
disso, foi notório o interesse em estabelecer coordenação e harmonia com as
diferentes pessoas, sempre que trocavam de par.
182
Presentes:
1. José Ribeiro
2. Sónia Teixeira
3. Inês Edreira
4. Luísa Pina
5. Luísa Pereira
6. João Silva
7. Joaquim Ramos
8. Ana Paula Crista
9. Carlos Ferreirinha
10. Esmeraldina Brandão
11. Rui Fortuna
12. Carlos Ramos
Faltas:
1. Rui Nascimento
2. Adelaide Lucas
183
19ª Aula: 09/06/2011
Selecção musical:
The Irrepressibles
Jun Miyake & Lisa Papineau
Aquecimento (15 minutos):
Exercícios semelhantes às aulas anteriores.
Improvisação em círculo (15 minutos):
Flutuar no espaço. Dançar imaginando que o corpo é preenchido e
tocado pelo ar, como um balão.
Ao meu sinal um dos utentes sai e dança na Quinesfera dos outros
participantes, percorrendo todos até chegar ao seu lugar.
Improvisação a pares (20 minutos):
Um dos utentes do par improvisa, escolhendo um tema, linha de
movimento, pensamento, experiência, etc. e o outro observa. No final, o
“observador” diz o que viu e o que lhe transmitiu ao que dançou. Este não pode
comentar, apenas ouvir. De seguida os papéis invertem-se, o que dançou
passa a observar e vice-versa.
Exercícios a pares evoluindo para grupo (10 minutos):
Um dos utentes dança da Quinesfera do outro. Os pares vão sempre
trocando.
Ao meu sinal interagem em grupo, evoluindo para movimento em
contacto.
Comentário:
Nos exercícios de improvisação a maioria dos participantes demonstrou
uma grande concentração, fechando os olhos e respirando profundamente,
sempre em movimento.
Quando começaram os exercícios a pares, realizavam os exercícios de
forma relaxada mas sem se deslocarem no espaço. Contudo, este aspecto foi
ultrapassado no decorrer da sessão e no final todo o grupo dançava e
contactava fisicamente.
184
Presentes:
1. Inês Edreira
2. Luísa Pina
3. Luísa Pereira
4. Joaquim Ramos
5. Ana Paula Crista
6. Carlos Ferreirinha
7. Esmeraldina Brandão
8. Rui Fortuna
9. Carlos Ramos
10. Rui Nascimento
Faltas:
1. Sónia Teixeira
2. José Ribeiro
3. João Silva
4. Adelaide Lucas
185
ANEXO 9 (Nota: Não foi possível a colocação dos consentimentos informados em formato
digital, por não ficarem suficientemente legíveis. Os mesmos seguem em papel.)