As portas manuela victoria da silva lima

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Conto único, escrito em 2014 pela escritora residente em Areia Branca, Acre. - Brasil. Envolvente e misterioso! Publicado pela Litera Brasil Projetos - Sem fins lucrativos.

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Litera Brasil Projetos Literários

Todos os direitos reservados a

Manuela Victoria da Silva Lima,

Protegidos por:

2014

Projetos

Em parceria com o site,

Estava eu lá caminhando com a solidão em um local muito estranho que

nunca havia imaginado, pensava como havia parado ali, desesperadamente

com grande temor e medo no coração parei e sentei no escuro, bastante

apreensiva e comecei a observar o espaço que me rodeava naquele instante:

um espaço cheio de grilhões, assombros, escuridão, algo abstrato, tenebroso

e que parecia sem fim e estando ali sentada em uma espécie de pedra com

musgo, percebi vários animais estranhos que rodeavam aquele espaço. Até

que apareceu uma espécie de ser vivo, eu fiquei com medo e aquele algo

estranho falou:

- Sei o que está passando em sua cabeça, eu te conheço desde a sua vida no

outro mundo

Eu: - Oi, como assim?

O que você esta falando?

Você não me conhece não sabe absolutamente nada sobre mim

Algo estranho: Primeiramente, me chamo Metsuka, vim ajudar-te a guiar-te

no caminho da aprendizagem, do saber e das grandes experiências.

Eu: - Mas Metsuka, como eu vim parar neste lugar?

E ele desapareceu. E eu não estando mais com tanto medo e aflição, comecei

a explorar aquele local, e explorando a algum tempo deparei-me com uma

porta e pensei:

“Pra que ter medo de uma porta? Mais acho que não devo ter medo da porta

e sim do que me aguarda depois dela. Ah, quer saber, vou em frente, não vou

deixar-me intimidar só por não saber o que tem após a porta.

Ao abrir a porta fiquei mega surpresa, apesar de ser ainda aquele espaço

obscuro, mas a causa que me deixou surpresa foi a existência de um trilhado

de linha que era suporte para cinco portas, o que me deixará surpresa era que

em cada porta havia nomes como se fossem acontecimentos ocorridos na

minha vida; a primeira porta era a porta do Sofrimento, a segunda era a porta

da Dor, a terceira era das Alegrias e Recordações, a quarta era a porta da

Raiva e a quinta O FIM. Logo em seguida Metsuka reaparece e eu lha

pergunto:

- Qual é o significado de todas essas palavras que estão nas portas? O que

esta acontecendo? Responda-me Metsuka.

Falo aos gritos e ela desaparece novamente.

Vou em direção a primeira porta, a do sofrimento, por um instante fico

parada, logo depois abro a porta e uma luz muito forte puxa-me para dentro

e chegando em uma terra onde vejo tristeza, Percebe que ninguém me vê e

choco-me ao deparar-se com todas aquelas cenas de tristeza, o que causaria

toda essa abstinência, e a garota que sou eu, continua andando e observando

aquele espaço e pensa:

“Como vou sair deste local?”

Até que reaparece Metsuka e responde:

- O que você faria para tentar ajudar todo este povo se eles pudessem ver-

te? Dependendo da sua resposta e da lição que você tira daqui, você receberá

um amuleto que será a chave para a saída deste mundo.

Eu: - Ah, eu ia fazer brincadeiras, excursões, saírem da rotina pra esquecer a

vida.

Matsuka: Muito bem!!! Agora saiba que seu amuleto sempre esteve com

você. O Amuleto da Bondade, pegue-o no interior do seu coração e siga em

frente.

Desta forma, eu volto-me ao obscuro em direção a segunda porta, a das

dores. E penso:

“O quê será que me aguarda na segunda porta? Vou descobrir apenas quando

entrar.”

Quando entro, fico completamente deprimida, acabada. O que vejo, deixara-

me em um abalado estado de espírito.

Assim que me infiltrei por aquela porta, comecei a observar os momentos

mais dolorosos que ocorreram em minha infância. “A perda dos meus tios no

ataque às Torres Gêmeas, Tsunami em Seul onde perdi meus avos, Separação

dos meus pais”. Enquanto me relembrava daqueles maus momentos,

Metsuka voltara a aparecer e me perguntou:

- Você não se aflige ao relembrar tudo isso?

Eu: Sinceramente não, pelo menos não agora e pra que ficar aflita já que não

vai fazer eles voltarem ou a situação reverter?

A partir deste momento, o “jogo” muda, a garota que sou eu não precisará

mais de nenhum amuleto para sair daquele mundo. Desta forma, a garota

encaminha-se para a terceira porta, a das Alegrias e Recordações e esses

momentos marcantes na vida da garota passam-se dentro de vários espelhos:

“A primeira vez que ela foi ao parque com os pais, suas brincadeiras de

quando bebê, sua formatura do Ensino Fundamental.”

Eu estranhei, pois Metsuka não apareceu, logo após a sua saída da terceira

porta, então, segui pela porta da Raiva e nesta “fase” passaram-se diante dos

meus olhos, as primeiras decepções e brigas familiares. A garota que fui, era,

de fato, muito rebelde.

Metsuka: Não me é estranho uma garota de 13 anos não ser rebelde,

respondona, autoritária etc. Após falar isso, Metsuka desaparece novamente.

E a cabeça da menina começa a entrar em conflito consigo mesma, pensando

porque havia parado ali e as hipóteses que vinham a sua mente faziam-lha

entrar em conflito consigo mesma. Até que ela chega à última porta O FIM e

pensa porque essa porta tem essa descrição. “Ok, vou entrar”, penso.

Quando chego naquele espaço, me deparo com um velório e só está neste

local o Padre, solitário, rezando sua missa. Eu rapidamente saio correndo

daquela porta e volto ao obscuro. Volto a sentar-me naquela pedra e fico

bastante pensativa. Logo depois, Metsuka reaparece interrogando-me:

- Como vai ser?

- Você quer aquele fim ou um fim pior que aquele?

E a garota que sou eu responde:

- Na realidade eu não sei o que dizer, e quer saber, vou falar o que penso! Se

aquilo tiver de acontecer, vai acontecer e não tem como eu mudar. Até

porque quem vai se importar quando eu morrer? As pessoas vão celebrar,

fazer uma festa de uma semana comemorando minha morte.

Metsuka: Como você pode falar isso? Você não conseguiu aprender nada com

as experiências vivenciadas aqui?

Eu: Aprendi sim, bastante coisa, inclusive que devemos aproveitar cada

segundo da nossa vida, sempre ajudando os que mais precisam de nós.

Metsuka: Então ok. Desde o primeiro instante que você esteve aqui, tudo que

você relembrou e observou serviu para mais uma das lições de vida que você

nunca se importou e que será mais uma recordação após sua morte, que por

sua vez, será lenta e sofrida e aparecerá um terceiro local ao lado do Céu e do

Inferno que vai ser o lugar onde você vivera eternamente, SOZINHA NO

ESCURO.

FFFF ~ FIM ~

A autora:

Contato por e-mail: [email protected]