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    Sumrio

    1 Mensagens Secretas Obtidas por Substituio

    Introduo ao Estudo de Permutaes 1

    1.1 Criptografia de Jlio Csar . . . . . . . . . . . . . . . 2

    1.2 Construo de Aparatos que Ajudam a Criptografar . 4

    1.3 Princpios de Contagem em Criptografia . . . . . . . . 151.4 Quantas Maneiras Diferentes de Criptografar Podemos

    Construir? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

    1.5 Como Quebrar o Cdigo de Jlio Csar . . . . . . . . 21

    2 A Escrita Braille e o Cdigo Binrio

    Introduo ao Estudo de Combinaes 30

    2.1 Explorando Conceitos Matemticos com a Linguagem

    Braille . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44

    2.2 Combinaes Matemticas . . . . . . . . . . . . . . . . 48

    2.3 As Combinaes e a Linguagem Braille . . . . . . . . . 51

    2.4 Matemticos com Problemas Visuais . . . . . . . . . . 54

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    ii SUMRIO

    2.5 O Sistema Binrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

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    Captulo 1

    Mensagens Secretas Obtidas

    por Substituio

    Introduo ao Estudo de

    Permutaes

    Enviar mensagens secretas uma tarefa muito antiga; ela nasceu

    com a diplomacia e com as transaes militares. Hoje em dia, entre-

    tanto, com o advento da comunicao eletrnica, muitas atividades

    essenciais dependem do sigilo na troca de mensagens, principalmente

    aquelas que envolvem transaes financeiras e uso seguro da Internet.

    A cincia que estuda sistemas de envio e recepo de mensagens

    secretas chama-se CRIPTOLOGIA. Simplificadamente, temos o se-

    guinte diagrama:

    1

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    2 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    MensagemMensagemMensagemMensagem

    original secretasecretasecretaenviada recuperada

    Codificao Decifrao

    Espionagem

    Nosso objetivo apresentar atividades com criptografia atravs de

    aparatos que possam efetivamente ser construdos com materiais sim-

    ples (papel, palito de dente, clipe, furador de papel, cola e tesoura)

    para explorar alguns aspectos matemticos destas construes, prin-

    cipalmente os ligados contagem.

    1.1 Criptografia de Jlio Csar

    Um dos primeiros sistemas de criptografia conhecido foi elaborado

    pelo general Jlio Csar, no Imprio Romano. Jlio Csar substituiu

    cada letra, pela terceira letra que a segue no alfabeto.

    A B C D E F G H I J K L M N O P

    D E F G H I J K L M N O P Q R S

    Q R S T U V W X Y Z

    T U V W X Y Z A B C

    Segundo este sistema, a palavra MATEMTICA passa a ser

    PDWHPDWLFD.

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    SEC.1.2: CONSTRUO DE APARATOS QUE AJUDAM A CRIPTOGRAFAR 3

    Atividade 1: Decifre a mensagem:

    OHJDO FRQVHJXL

    Ao invs de caminhar 3 letras para frente, podemos andar um

    outro nmero de letras e teremos um novo mtodo de cifrar men-

    sagens. Este nmero chamado de chave ou senha do sistema crip-

    togrfico; ele deve ser conhecido apenas por que envia a mensagem epor quem a recebe.

    Podemos tambm transformar letras em nmeros, segundo uma

    ordem pr-estabelecida. Por exemplo:

    A=0 B=1 C=2 D=3 E=4 F=5 G=6 H=7

    I=8 J=9 K=10 L=11 M=12 N=13 O=14 P=15

    Q=16 R=17 S=18 T=19 U=20 V=21 W=22 X=23

    Y=24 Z=25

    Deste modo, a letra codificada obtida da letra original, somando-

    se 3 ao nmero correspondente. E se o resultado ultrapassar 25? Caso

    isto ocorra, a letra codificada estar associada ao resto da diviso por

    26 do nmero associado letra original somado com 3. Por exemplo,

    a letra Y corresponde originalmente ao nmero 24, somando-se 3,

    obteremos 24 + 3 = 27 e, dividindo 27 por 26, obteremos resto 1 que

    corresponde letra B. Assim Y deve ser codificado por B.

    Se um espio conhecer a chave (o nmero de letras que andamos

    - no nosso exemplo igual a 3), poder facilmente decifrar uma men-sagem interceptada, trocando cada letra pela terceira anterior. Mas,

    no se conhecendo a chave, como decifrar mensagens criptografadas?

    Pense um pouco a respeito disso.

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    4 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    1.2 Construo de Aparatos que Ajudam a Crip-

    tografar

    Vamos apresentar cinco aparatos simples para agilizar a crip-

    tografia no estilo de Jlio Csar:

    as rguas deslizantes, o quadrado de Vigenre1,

    os crculos giratrios e

    dois projetos: a lata de criptografar e o CD para criptografar.

    Como veremos, so todos variaes simples de um mesmo tema.

    Atividade 2: Recorte e monte as rguas deslizantes, con-

    forme as instrues na pgina seguinte.

    1Blaise Vigenre foi um diplomata francs, estudioso de Criptografia, que viveu

    no sculo XVI.

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    SEC.1.2: CONSTRUO DE APARATOS QUE AJUDAM A CRIPTOGRAFAR 5

    26 25 24 23 21 2022 18 1619 17 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

    A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

    26 25 24 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1A

    B C D E F G

    H

    I J K L

    M N O

    PQ R S

    TU V W

    XYZA

    B C D

    E F G H I J K

    LM N O

    PQ R S

    TU V W

    XYZ

    Recorte estepequeno retngulo

    Instrues da Rgua

    Recorte os dois retngulos com as letras. Corte na linhapontilhada e encaixe a Segunda fita no corte pontilhadoda primeira. Veja como ficaro encaixadas:

    Deslize a rgua interna para codificar, letra a letra, asmensagens.

    Como se deve proceder para decodificar uma mensagemcriptografada?

    Aviso: Esta pgina est no encarte que veio junto com a apostila.

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    SEC.1.2: CONSTRUO DE APARATOS QUE AJUDAM A CRIPTOGRAFAR 7

    As diferentes posies que a rgua deslizante ocupa quando movi-

    mentada podem ser simultaneamente visualizadas no quadrado de

    Vigenre:

    A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

    B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A

    C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B

    D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C

    E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D

    F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E

    G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F

    H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G

    I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H

    J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I

    K L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J

    L M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K

    M N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L

    N O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M

    O P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N

    P Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O

    Q R S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O PR S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q

    S T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R

    T U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S

    U V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T

    V W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U

    W X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V

    X Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W

    Y Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X

    Z A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y

    Atividade 3: Utilizando a rgua deslizante ou o

    quadrado de Vigenre, decifre a mensagem:

    UHV JVUZLNBP KLJPMYHY UHKH

    Leia em voz alta o que voc decifrou.

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    8 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    Atividade 4: Recorte e monte os discos giratrios, con-

    forme as instrues da prxima pgina. Nos espaos

    vazios complete cada um deles com uma letra diferente

    sua escolha para que voc tenha sua maneira de crip-

    tografar.

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    1 23

    4

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    10

    11

    1213141516

    17

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    19

    20

    21

    22

    23

    24

    25 26

    A B C D E F

    G H I J K L

    M N O P Q R

    S T U V W X

    Y Z

    Recorte as letras do alfa-

    beto abaixo, embaralhe-as

    e cole-as uma a uma nos

    espaos vazios do crculo

    maior.

    A B CD

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    KL

    MNOPQ

    R

    S

    T

    U

    V

    W

    XY

    Z

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    SEC.1.2: CONSTRUO DE APARATOS QUE AJUDAM A CRIPTOGRAFAR 11

    Atividade 5:

    Projetos prticos de criptografia

    Lata de criptografar

    CD para criptografar

    Para confeccionar este aparato voc vai precisar de um CD que

    no tenha mais uso e tambm de sua caixinha.

    Reproduza e recorte o crculo e cole-o no CD. O CD deve ser

    encaixado dentro da caixinha.

    O quadrado com o furo no meio deve ser colocado na capa do CD.Para fazer a mquina funcionar voc deve recortar na parte detrs

    da caixinha dois pequenos retngulos, suficientes para introduzir os

    dedos e girar o CD.

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    12 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    Faa entalhes nestes

    locais que permitam

    colocar os dedos e girar

    o CD.

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    SEC.1.2: CONSTRUO DE APARATOS QUE AJUDAM A CRIPTOGRAFAR 13

    Crculo para Criptografia

    A B CD

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    KL

    MNOPQ

    R

    S

    T

    U

    V

    W

    XY

    Z

    Recorte

    este crculo e cole

    em um CD que j foi

    descartado. Encaixe

    o CD na posiousual dentro da

    caixinha.

    A BC

    D

    E

    F

    G

    H

    I

    J

    K

    LMNOP

    Q

    R

    S

    T

    U

    V

    W

    XY

    Z

    Recorte este

    crculo central e

    obtenha um quadrado

    com furo no meio. Este

    deve ser colocado na capa

    do CD. Atravs deste

    furo pode-se ver o

    CD girar.

    Aviso: Use um CD

    usado como molde

    em uma folha de pa-

    pel e copie a figura

    ajustando o tamanho

    para ser igual ao do

    CD.

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    SEC.1.3: PRINCPIOS DE CONTAGEM EM CRIPTOGRAFIA 15

    Atividade 6: Resolva a seguinte questo (OBMEP 2007)

    1.3 Princpios de Contagem em Criptografia

    Nos sistemas que seguem o princpio do de Jlio Csar, podemos

    usar 25 chaves diferentes para obter codificaes diferentes, j que

    o sistema com chave 0 (ou 26), no codifica nada. Nestes sistemas

    o alfabeto codificado seguindo a ordem usual, apenas iniciando em

    um lugar diferente. Se, entretanto, pudermos alterar a ordem, obtere-

    mos um enorme nmero de maneiras de criptografar. Vejamos alguns

    exemplos:

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    16 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    a) Alfabeto quebrado ao meio:

    A B C D E F G H I J K L M N O

    N O P Q R S T U V W X Y Z A B

    P Q R S T U V W X Y Z

    C D E F G H I J K L M

    b) Troca de dois vizinhos:

    A B C D E F G H I J K L M N O

    B A D C F E H G J I L K N M P

    P Q R S T U V W X Y Z

    O R Q T S V U X W Z Y

    Observe que nenhuma letra ficou no seu lugar original. Neste

    caso, dizemos que houve um desordenamento.

    c) Usando a sequncia que aparece no teclado do computador:

    A B C D E F G H I J K L M N O

    Q W E R T Y U I O P A S D F G

    P Q R S T U V W X Y ZH J K L Z X C V B N M

    Aqui tambm houve desordenamento.

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    SEC.1.4: QUANTAS MANEIRAS DIFERENTES DE CRIPTOGRAFAR PODEMOSCONSTRUIR? 17

    Atividade 7: Usando o cdigo:

    A B C D E F G H I J K L

    Z Y X W V U T S R Q P O

    M N O P Q R S T U V W

    N M L K J I H G F E D

    X Y Z

    C B A

    Decifre a mensagem:

    Z TIZNZ V ZNZITZ

    Leia de trs para frente a mensagem decifrada.

    1.4 Quantas Maneiras Diferentes de Criptogra-

    far Podemos Construir?

    Digamos que no planeta Plunct os alfabetos fossem formados por

    apenas trs smbolos: , , e . Poderamos criptografar mensagens

    de seis maneiras diferentes:

    A primeira dessas maneiras a trivial e no serve para codificar

    nada. Sem listar as mensagens, poderamos concluir que existem seis

    maneiras diferentes de permutar as letras deste alfabeto? claro que

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    18 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    sim: para a primeira letra existem 3 possibilidades de codificao,

    para a segunda apenas duas e para a terceira resta somente uma

    possibilidade. Pelo Princpio Multiplicativo da Contagem, so

    3 2 1 = 6 Se uma deciso puder ser tomada de maneirasdiferentes e se, uma vez tomada esta primeira deciso,

    outra deciso puder ser tomada de maneiras diferentes,

    e nt o, no to ta l s er o tomadas deci s es .

    m

    n

    m n

    O Princpio Multiplicativo da Contagem:

    as possibilidades. H uma notao muito til para se trabalhar como

    produtos do tipo acima, camada fatorial. Por exemplo, o fatorial de

    3 3! = 3 2 1. No caso geral, para um inteiro positivo n, define-se

    n! = n (n 1) (n 2) . . . 3 2 1 e, por conveno, 0! = 1.

    Observe que dentre estas, so trs as possibilidades que mantm

    a ordem usual (1 2 3 1) inalterada:

    Quantos desordenamentos h neste caso? Apenas dois:

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    SEC.1.4: QUANTAS MANEIRAS DIFERENTES DE CRIPTOGRAFAR PODEMOSCONSTRUIR? 19

    No planeta Plact (talvez mais evoludo que Plunct) so quatro as

    letras empregadas: , , e . H, neste caso, 4 3 2 1 = 4! = 24

    maneiras diferentes de permutar as letras. Dentre estas, apenas 4

    respeitam a ordem usual . Quais so elas?

    H 9 desordenamentos:

    O que ocorre se usarmos as 26 letras de nosso alfabeto? Podemos

    inferir algo?

    Existem 26! maneiras diferentes de criptografar, isto d

    403 291 461 126 605 635 584 000 000

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    SEC.1.5: COMO QUEBRAR O CDIGO DE JLIO CSAR 21

    1.5 Como Quebrar o Cdigo de Jlio Csar

    Mapas de tesouros

    Vamos ilustrar a teoria da decifrao com

    um trecho de um conto do escritor EdgarAllan Poe, intitulado O Escaravelho de

    ouro2.

    O personagem principal deste conto, em

    uma certa altura da obra, encontra um

    velho pergaminho que acredita ser um

    mapa de um tesouro, com os seguintes di-

    zeres:

    (53+305) )6*; 4826) 4.)4);806*;48+8

    60))85;1(;:*8+83(88)5*+;46(;88*96*?;8)*(;485);5*+2:*(;4956* 2

    (5*-4)88* ; 4069285);)6+8)4;1(9;48081 ; 8:81;48+85;4) 485 +

    528806* 81(9;48; (88;4 ( ? 34;48) 4 ; 161 ; : 188; ?;

    No conto, aps uma anlise baseada na freqncia das letras do al-

    fabeto ingls feita pelo protagonista, a mensagem toma a seguinte

    forma:A good glass in the bishops hostel in the devils seat forty-

    one degrees and thirteen minutes north-east and by north main

    branch seventh limb east side shoot from the left eye of the

    deaths-head a bee line form the tree through the shot fifty feet

    out.

    2Este conto faz parte do livro Histria de Mistrio e Imaginao de Edgar

    Allan Poe, Editorial Verbo, no. 15, Lisboa.

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    22 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    Como isto foi obtido? A letra que aparece com mais frequncia

    na lngua inglesa a letra e; muitas vezes ela aparece dobrada ee. Na

    mensagem secreta acima o smbolo 8 aparece 33 vezes, muito mais do

    que as outras letras e portanto plausvel que 8 deva significar a letra

    e. Substituindo 8 por e e tentando o mesmo esquema com outras

    letras possvel decifrar a mensagem. Sua traduo para o portugus

    :

    Um bom vidro na hospedaria do bispo na cadeira do diabo

    quarenta e um graus e treze minutos nordeste e quarta de norte

    ramo principal stimo galho do lado leste a bala atravs do olho

    esquerdo da cabea do morto uma linha de abelha da rvore

    atravs da bala cinquenta ps para fora.

    O conto ento revela, de uma maneira fantstica, como, a partir destas

    informaes, o personagem principal encontra um tesouro h muito

    tempo enterrado por um pirata que passou pelo lugar descrito na

    mensagem.

    O estudo da frequncia das letras do alfabeto constitui um mtodo

    eficaz para se quebrar mensagens no estilo de Jlio Csar.

    Frequncia aproximada das letras em portugus

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    SEC.1.5: COMO QUEBRAR O CDIGO DE JLIO CSAR 23

    A B C D E F G H I J K L

    14,6 1,0 3,8 4,9 12,5 1,0 1,3 1,2 6,1 0,4 0,02 2,7

    M N O P Q R S T U V W X

    4,7 5,0 10,7 2,5 1,2 6,5 7,8 4,3 4,6 1,6 0,01 0,2

    Y Z

    0,01 0,4

    Curiosidade: apesar da letra a aparecer em quase todos os textos

    escritos em portugus, possvel encontrar textos em que esta letra

    no aparece nunca ou quase nunca. Voc conseguiria escrever um

    texto com 5 linhas sem usar nenhuma vez a letra a?

    Como curiosidade, veja como aproximadamente se distribuem as

    letras no espanhol e no ingls:

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    24 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    Atividade 8: Usando as frequncias das letras em por-

    tugus, decifre a mensagem abaixo e complete a tabela para

    registrar as substituies encontradas.

    Urtklm tr dqapuakcftr ltr iasqtr aj nmqsuouar

    lacfdqa t jakrtoaj tetfxm a cmjniasa t steait ntqt

    qaofrsqtq tr ruersfsufcmar akcmksqtltr.

    Observe na tabela as ocorrncias:

    Nmero de vezes Nmero de vezes

    Letra que aparece Letra que aparece

    na frase na frase

    t 18 l 4

    a 16 j 4

    r 13 n 3

    q 9 i 3

    s 8 o 3

    u 6 e 3

    m 6 d 1

    f 6 p 1

    k 5 x 1

    c 5

    Como a frequncia de letras em portugus segue a ordem; A E O R SI N , muito provavelmente a letra t deve ser a codificao da letra

    A, pois a mais frequente, assim como a deve ser a codificao da

    letra E, que a segunda mais freqente, mas isto, por enquanto, s

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    SEC.1.5: COMO QUEBRAR O CDIGO DE JLIO CSAR 25

    uma especulao.

    Se substituirmos t por A e a por E na mensagem criptografada,

    chegaremos a

    UrAklm Ar dqEpuEkcfAr lAr iEsqAr Ej nmqsuouEr

    lEcfdqE A jEkrAoEj AeAfxm E cmjniEsE A sAeEiA nAqA

    qEofrsqAq Ar ruersfsufcmEr EkcmksqAlAr.

    Ser que j conseguimos descobrir o que est escrito? Vamos analisar

    a terceira letra mais frequente; a letra r que aparece 13 vezes na frase.

    Ela pode estar codificando as seguintes letras ou O ou R ou S.

    Se r codificar O a mensagem fica:

    UOAklm AO dqEpuEkcfAO lAO iEsqAO Ej nmqsu-

    ouEO lEcfdqE A jEkOAoEj AeAfxm E cmjniEsE A sAeEiA

    nAqA qEofOsqAq AO OueOsfsufcmEO EkcmksqAlAO.

    Se r codificar R a mensagem fica:

    URAklm AR dqEpuEkcfAR lAR iEsqAR Ej nmqsu-

    ouER lEcfdqE A jEkRAoEj AeAfxm E cmjniEsE A sAeEiA

    nAqA qEofRsqAq AR RueRsfsufcmER EkcmksqAlAR.

    Se r codificar S a mensagem fica:

    USAklm AS dqEpuEkcfAS lAS iEsqAS Ej nmqsuouES

    lEcfdqE A jEkSAoEj AeAfxm E cmjniEsE A sAeEiA nAqA

    qEofSsqAq AS SueSsfsufcmES EkcmksqAlAS.

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    26 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    Das trs opes acima a mais provvel a terceira, pois muitas palavras

    terminam em S.

    A quarta letra a ser analisada a letra q. Provavelmente ela a

    codificao da letra O ou da letra R.

    Se for da letra O, a mensagem fica:

    USAklm AS dOEpuEkcfAS lAS iEsOAS Ej nmOsu-

    ouES lEcfdOE A jEkSAoEj AeAfxm E cmjniEsE A sAeEiA

    nAOA OEofSsOAO AS SueSsfsufcmES EkcmksOAlAS.

    (observe a palavra nAOA em negrito, ela corresponde a alguma palavra

    em portugus?). melhor ficar com a segunda opo em que a letra

    q corresponde letra R:

    USAklm AS dREpuEkcfAS lAS iEsRAS Ej nmRsu-

    ouES lEcfdRE A jEkSAoEj AeAfxm E cmjniEsE A sAeEiAnARA REofSsRAR AS SueSsfsufcmES EkcmksRAlAS.

    A palavra Ej em negrito uma pista de que a letra j deve ser a

    codificao da letra m. Se for, a mensagem se transforma em:

    USAklm AS dREpuEkcfAS lAS iEsRAS EM nmRsu-

    ouES lEcfdRE A MEkSAoEM AeAfxm E cmMniEsE A

    sAeEiA nARA REofSsRAR AS SueSsfsufcmES Ekcmk-

    sRAlAS.

    A palavra MEkSAoEM deve ser a codificao de MENSAGEM. Logo

    k corresponde letra N e o corresponde letra G. Fazendo essas

    substituies:

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    SEC.1.5: COMO QUEBRAR O CDIGO DE JLIO CSAR 27

    USANlm AS dREpuENcfAS lAS iEsRAS EM nmR-

    suGuES lEcfdRE A MENSAGEM AeAfxm E cmMniEsE

    A sAeEiA nARA REGfSsRAR AS SueSsfsufcmES ENcmN-

    sRAlAS.

    Podemos reconhecer as palavras em negrito: lEcfdRE deve ser DE-

    CIFRE e REGfSsRAR deve ser REGISTRAR. Se assim for, l D, c C mesmo, f I, d F e s T. Fazendo estas substituies:

    USANDm AS FREpuENCIAS DAS iETRAS EM nm-

    RTuGuES DECIFRE A MENSAGEM AeAIxm E CmM-

    niETE A TAeEiA nARA REGISTRAR AS SueSTITu-

    ICmES ENCmNTRADAS.

    possvel decifrar agora? Se voc no conseguir, volte e releia o

    enunciado da atividade 8.

    Se voc achou trabalhoso decifrar a mensagem da Atividade acima,

    saiba que existem vrios softwares que fazem esta tarefa brincando.

    Veja por exemplo os sites:

    http://demonstrations.wolfram.com/CipherEncoder/

    http://demonstrations.wolfram.com/LetterHighlightingInText/

    Veja tambm a beleza do recurso criptogrfico utilizado na poesia

    abaixo:

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    28 CAP.1: MENSAGENS SECRETAS OBTIDAS POR SUBSTITUIO

    PULSAR

    Poesia Concreta de Augusto de Campos

    Variaes

    1) Uma maneira de encriptar mensagens consiste em escolher uma

    palavra chave que deve ser mantida em segredo por quem as

    envia e por quem as recebe. Esta palavra no deve ter letras

    repetidas. Por exemplo, consideramos a palavra TECLADO.

    Para fazer a troca de letras, podemos usar a seguinte corres-

    pondncia:

    A B C D E F G H I J K L M NT E C L A D O B F G H I J K

    O P Q R S T U V W X Y Z

    M N P Q R S U V W X Y Z

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    31

    Trata-se de um texto escrito em Braille, um mtodo de escrita

    desenvolvido para que pessoas com deficincias visuais possam ler

    pelo tato. Seu criador, Louis Braille, ficou cego aos trs anos de idade

    devido a um ferimento no olho feito com um objeto pontiagudo que

    seu pai usava para fabricar selas de animais; o ferimento infeccionou

    e isto provocou tambm a perda da viso no outro olho, provocando

    sua deficincia visual total.

    O cdigo Braille baseado em um arranjo 3 2 de pontos, dis-

    postos como nas pedras de um domin:

    3 2

    (Trs linhas e duas colunas)

    Para registrar uma dada letra do alfabeto, alguns desses 6 pontos

    so marcados ou perfurados, de modo a se tornarem sobressalentes,para que possam ser sentidos com as pontas dos dedos das mos.

    Neste texto, quando um ponto estiver marcado, usaremos um cr-

    culo negro e, quando no estiver, um crculo branco. Veja os exemplos:

    Somente a primeira casa foi marcada: oponto que est na primeira linha e na

    primeira coluna aparece em negro.

    Letra

    a

    A letra k tem marcas pretas em dois pontos: o

    ponto da primeira linha e da primeira coluna e

    o ponto da terceira linha e primeira coluna.

    Letra

    k

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    32 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Atividade 1:

    a) Quantos diferentes padres (disposies de pontos)

    podemos formar usando o sistema 32 descrito acima?

    b) Se quisermos codificar

    todas as letras minsculas,

    todas as letras maisculas,

    os algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9,

    os sinais de pontuao: . (ponto final), : (dois

    pontos), ? (ponto de interrogao), ! (ponto de

    exclamao) e , (vrgula),

    os sinais de operaes matemticas: +, , e ,

    os padres obtidos nas dimenses 32 sero sufi-cientes?

    c) Quantos padres podemos formar se dispusermos pon-

    tos arranjados em um quadrado 22? E em um retn-

    gulo 14? Porque ser que eles no so usados?

    Eis aqui a maneira usual de codificar em Braille as letras mins-

    culas e os algarismos:

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    34 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Smbolo paranmero

    Smbolorestituidorpara letra

    Observe tambm que a mesma configurao de

    pontos usada ora para denotar algumas letras,

    ora para denotar os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6,

    7, 8, 9 e 0. A fim de evitar confuso, para re-

    presentar os nmeros, usa-se um smbolo inicial,

    antecedendo as 10 primeiras letras do alfabeto.

    Quando houver risco de confuso, para voltar no-vamente a usar o smbolo para significar letras,

    devemos anteced-las com outro smbolo inicial,

    indicando a restaurao, ou seja, indicando que

    os smbolos que viro sero novamente letras.

    Veja como so as representaes dos dez algarismos:

    Letra aminscula

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Letra bminscula

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Smbolo

    nmeropara

    Letra cminscula

    Letra dminscula

    Este conjuntorepresentao nmero 1

    Este conjuntorepresentao nmero 2

    Este conjuntorepresentao nmero 2

    Este conjuntorepresentao nmero 3

    Este conjuntorepresenta

    Este conjuntorepresentao nmero 4

    Este conjuntorepresenta

    Este conjuntorepresentao nmero 5

    Este conjuntorepresenta

    Letra eminscula

    Este conjuntorepresenta

    o nmero 6

    Este conjuntorepresentao nmero 1

    Letra fminscula

    Letra gminscula

    Este conjuntorepresenta

    o nmero 7

    Este conjuntorepresenta

    o nmero 8

    Letra hminscula

    Este conjuntorepresenta

    o nmero 9

    Letra iminscula

    Este conjuntorepresenta

    o nmero 0

    Letra jminscula

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    Atividade 2:

    a) Traduza para a linguagem usual

    O que voc acha que significa?

    b) Escreva em Braille a frase: Louis Braille (1809-1852)

    nasceu na Frana. No se esquea de usar o smbolo

    para maisculas e o smbolo que transforma letras em

    nmeros. Voc j leu esta frase antes?

    Voc deve ter notado na atividade anterior que apenas letras e

    nmeros no so suficientes para escrever todas as frases que dese-

    jamos. Na verdade existem muitos outros smbolos que so usados

    em Braille; eles tambm variam de pas para pas. Veja alguns exem-

    plos tpicos usados em portugus:

    Todos os sinais grficos tm representao em Braille. Veja alguns:

    , ; : . ? ! ( ) [ ] *

    Veja tambm alguns smbolos usuais da Matemtica:

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    a 1 a 1 a 1 a 1 a 1 k

    b 2 b 2 b 2 b 2 b 2 l

    c 3 c 3 c 3 c 3 c 3 m

    d 4 d 4 d 4 d 4 d 4 n

    e 5 e 5 e 5 e 5 e 5 o

    f 6 f 6 f 6 f 6 f 6 p

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    + + + + + maiscula

    nmero maiscula

    nmero nmero

    nmero nmero

    = = = = > nmero

    > < < Sinal res-tituidor de

    letra

    Sinal res-

    tituidor de

    letra

    nmero

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    Tabela para consulta:

    Letras e nmeros em Braille

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    44 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    2.1 Explorando Conceitos Matemticos com a

    Linguagem Braille

    Existem 26 = 64 configuraes que podem ser obtidas no cdigo

    de Braille usual 32. fcil descobrir que isto verdade, quando

    aplicamos o Princpio Multiplicativo da Contagem: h duas possibili-dades para a primeira casa ou ela marcada ou no (ou pintamos

    de preto ou de branco) - do mesmo modo h duas possibilidades para

    cada uma das outras casas, o que resulta em

    2 2 2 2 2 2 = 26 possibilidades.

    Se uma deciso puder ser tomada de maneiras

    diferentes e se, uma vez tomada esta primeira deciso,

    outra deciso puder ser tomada de maneiras diferentes,ento, no total sero tomada s d ecis es .

    m

    n

    m n

    O Princpio Multiplicativo da Contagem:

    Vale a pena explorar este exemplo com estratgias diferentes.

    Mtodo 1: Focando na quantidade de pontos, indepen-

    dentes de estarem pintados ou no:

    Comeando com um s ponto, teremos s 2 possibilidades:

    Com dois pontos h 4 possibilidades, pois h duas escolhas para

    cada uma das configuraes j vistas acima (com um ponto apenas):

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    SEC.2.1: EXPLORANDO CONCEITOS MATEMTICOS COM A LINGUAGEMBRAILLE 45

    J com trs pontos h 8 possibilidades (duas para cada uma das

    configuraes com dois pontos vistas acima):

    Continuando assim, com quatro pontos teremos 16 configuraes

    distintas, com cinco pontos 32 configuraes e, claro, com 6 pontos

    chegaremos a 64 padres diferentes de pontos. Isto fcil de entender:

    cada configurao em um estgio anterior produz duas novas confi-

    guraes no estgio seguinte. Dentre as 64 possibilidades, temos dois

    casos extremos: um em que nenhum dos pontos marcado e outro

    em que todos os seis pontos so marcados:

    Em Braille, por

    motivos bvios,

    esta

    configurao

    no usada.

    Na linguagem Braille, esta

    configurao tem a funo de

    referencial de posio, para

    auxiliar a indicar sinais grficos

    tais como a crase ou o trema.

    usada para indicar a letra.

    Mtodo 2: Focando na quantidade pintada de pontos:

    Com nenhum ponto marcado temos apenas uma configurao:

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    46 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Com apenas um ponto marcado, temos 6 possibilidades:

    As configuraes com dois pontos marcados totalizam 15. Veja:

    Todas estas conf iguraes tm ponto

    preto na casa com a seta, s est fal-

    tando uma que j foi contada, pois ela a

    primeira configurao do grupo anterior.

    Todas estas tm a primeira

    casa marcada em preto (veja

    a seta

    Todas estas tm ponto preto na

    casa com a seta, mas esto faltando

    duas que j foram contadas anterior-mente.

    Todas estas tm ponto preto

    na casa com a seta, esto fal-

    tando trs que j foram conta-

    das anteriormente.

    Resta somente esta ltima

    configurao que no apa-

    receu em nenhum dos gru-

    pos anteriores,

    Deste modo, com dois pontos pretos h 1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15possibilidades.

    Com trs pontos marcados em negro, h 20 possibilidades. Veja:

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    SEC.2.1: EXPLORANDO CONCEITOS MATEMTICOS COM A LINGUAGEMBRAILLE 47

    Poderamos continuar agora exibindo todas as configuraes com

    4 pontos negros (so 15 ao todo), todas com 5 pontos pretos (so 6

    no total) e todas com 6 pontos negros (apenas 1), mas no faremos

    isto porque h um belo argumento de simetria aqui:

    Escolher 4 pontos para marcar com preto entre 6 pontos brancos

    o mesmo que escolher 2 pontos para marcar de branco entre

    6 negros!

    De modo anlogo, o nmero de escolhas de 5 pontos para pint-

    los de preto dentre 6 pontos brancos o mesmo nmero de

    escolhas de 1 nico ponto para pintar de branco dentre 6 pontos

    negros.

    Simetricamente s h uma possibilidade em que todos os pon-

    tos esto marcados e s h uma possibilidade em que todos os

    pontos no esto marcados.

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    48 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Resumidamente, temos:

    Nmero de pontos

    negros

    Nmero de possveis

    configuraes

    Total

    S

    M

    E

    T

    R

    I

    I

    A

    0

    1

    1

    1

    2

    3

    4

    5 6

    6

    6

    15

    15

    20

    64

    Estes padres so encontrados nas combinaes, que passaremosa estudar.

    2.2 Combinaes Matemticas

    Existem situaes envolvendo contagens em que a ordem dos ele-

    mentos importante e outras em que no. Para entender melhor este

    fato, vamos comparar os dois exemplos abaixo:

    Exemplo 2.1. De quantas maneiras diferentes podemos estacionar 3carros em 2 garagens?

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    SEC.2.2: COMBINAES MATEMTICAS 49

    Soluo:

    A resposta muito simples, se pensarmosda seguinte maneira: existem 3 possibili-dades para preencher a primeira garagem,mas apenas duas para a estacionarmos nasegunda; pelo Princpio Multiplicativo, o

    nmero total de maneira 3 2 = 6 possi-bilidades.Se A, B e C so os carros, essas 6maneiras so as seguintes: AB, BA, AC,CA, BC e CB.

    Exemplo 2.2. Quantas saladas de frutas diferentes podemos fazer

    usando duas das seguintes frutas: abacaxi, banana ou caqui?

    Soluo:

    Procedemos como antes: primeiro escolhemosumas das trs frutas (3 possibilidades), depois

    a segunda e ltima fruta (2 possibilidades).Com isto teremos 3 2 = 6 possibilidades.Entretanto o nmero de saladas de frutas no 6 e sim 3. Porqu?

    Se a, b e c so as frutas, essas 6 escolhas so as seguintes: ab, ba,

    ac, ca, bc e cb; mas uma salada de frutas feita com abacaxi e banana

    a mesma que uma feita com banana e abacaxi, ou seja ab = ba e

    de modo semelhante, ac = ca e bc = cb. O que importante obser-

    var aqui que quando duas frutas so permutadas, elas produzem

    a mesma salada. Neste caso a ordem de escolha das frutas no importante e o nmero correto de saladas

    3 2

    2= 3.

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    50 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    O nmero 2 no denominador corresponde permutao de duas fru-

    tas. Ou seja, contamos tudo como se a ordem fosse importante e

    dividimos o resultado pelo nmero de permutaes de 2 elementos.

    Este ltimo exemplo o prottipo do que se chama em Matem-

    tica de uma combinao simples. Observe bem o que fizemos:

    Aplicamos o Princpio Multiplicativo para se obter todas as pos-

    sibilidades, respeitando a ordem (3 2 = 6).

    Dividimos o resultado obtido acima pelo nmero de permu-

    taes da quantidade previamente combinada que d o tamanho

    de cada escolha (como combinamos fazer saladas com apenas 2

    frutas, dividimos por 2! = 2, obtendo (3 2)/2 = 3).

    No caso geral, se tivermos n objetos distintos nossa disposio

    e tivermos que escolher p objetos distintos dentre esses, obteremos

    as combinaes simples de n elementos tomados p a p. claro que

    p n.

    O nmero total dessa combinaes denotado por Cpn e calculado

    da seguinte maneira:

    Cpn

    =n (n 1) . . . (n (p 1))

    p (p 1) (p 2) . . . 3 2 1

    ou, em notao fatorial:

    Cpn

    =n!

    p!(n p)!

    (voc sabe justificar porque vale esta ltima frmula?).

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    SEC.2.3: AS COMBINAES E A LINGUAGEM BRAILLE 51

    No exemplo das saladas de frutas, n = 3, p = 2 e o nmero de

    saladas de frutas C23

    =3!

    2!(3 2)!=

    3 2!

    2!1!= 3. Vejamos mais um

    exemplo:

    Exemplo 2.3. Quantos so os subconjuntos de {a,b,c,d,e} que pos-

    suem exatamente trs elementos?

    Soluo: A resposta C35

    =5!

    3!(5 3)!=

    5 4 3!

    3!2!= 10 pois a ordem

    dos elementos listados em um conjunto no relevante. De fato os

    subconjuntos so os seguintes: {a,b,c}, {a,b,d}, {a,b,e}, {a,c,d},

    {a,c,e}, {a,d,e}, {b,c,d}, {b,c,e}, {b,d,e}, {c,d,e}.

    2.3 As Combinaes e a Linguagem Braille

    Podemos analisar agora todas as possibilidades da escrita Braille

    em uma clula 3 2:

    Neste caso, o nmero de pontos que podemos combinar entre si

    n = 6.

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    52 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Nmero de pontos em preto Quantidade de combinaes distintas

    p = 0 C06

    =6!

    0!(6 0)!= 1

    p = 1 C16

    =6!

    1!(6 1)!= 6

    p = 2 C26

    =6!

    2!(6 2)!= 15

    p = 3 C3

    6 =

    6!

    3!(6 3)! = 20

    p = 4 C46

    =6!

    4!(6 4)!= 15

    p = 5 C56

    =6!

    5!(6 1)!= 6

    p = 6 C66

    =6!

    6!(6 6)!= 1

    Podemos, a partir deste exemplo, inferir algumas concluses:

    A simetria dos resultados acima sugere que Cpn = Cnp

    n . De

    fato,

    Cpn

    =n!

    p!(n p)!=

    n!

    (n p)!(n (n p))!= Cnp

    n.

    C2n

    igual soma dos n-1 primeiros nmeros naturais. De fato,

    C2n

    =n!

    2!(n 2)!=

    n.(n 1)

    2= 1 + 2 + . . . + (n 1).

    C0n

    + C1n

    + C2n

    + . . . + Cnn

    = 2n.

    Para ver porque isto vlido, observe que Cpn o nmero de subcon-

    juntos com exatamente p elementos do conjunto {1, 2, . . . , n} e por-

    tanto C0n

    + C1n

    + C2n

    + . . . + Cnn

    o nmero total de subconjuntos de

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    SEC.2.4: MATEMTICAS COM PROBLEMAS VISUAIS 53

    {1, 2, . . . , n}. Devemos responder ento a seguinte pergunta: quantos

    so os subconjuntos de {1, 2, . . . , n}?

    Para determinar um desses subconjuntos, olhamos para o nmero

    1 e perguntamos: ele est ou no no subconjunto? Existem apenas

    duas respostas: sim ou no. Olhamos para o nmero 2 e repetimos a

    pergunta: 2 est ou no no subconjunto em considerao? Mais uma

    vez temos duas respostas e continuamos assim at o nmero n. No

    total teremos que tomar n decises e, cada uma delas, admite apenas

    duas possibilidades. Pelo Princpio Multiplicativo, existiro ento

    2 2 . . . 2 = 2n decises,

    e como cada deciso determina um e um s subconjunto, teremos que

    o nmero total de subconjuntos de {1, 2, . . . , n} 2n.

    Atividade 4:

    a) Procedendo como na linguagem Braille, se ao invs de

    uma clula 3 2, tivermos uma 3 4, como a da figura,

    quantas configuraes diferentes teremos no total?

    b) Em uma clula 3 4, quantas so as configuraes que

    possuem exatamente 5 pontos marcados?

    c) Em uma clula nm, quantas configuraes diferentes

    podemos formar?

    d) Em uma clula n m, quantas configuraes tm exa-

    tamente p pontos marcados?

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    54 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    2.4 Matemticos com Problemas Visuais

    Eratstenes (nasceu em 276 a.C. e faleceu em

    194 a.C.) foi o diretor da Biblioteca de Alexandria e

    um homem de grande distino em muitos ramos do

    conhecimento.Em Matemtica trabalhou com o problema da du-

    plicao do volume do cubo, com nmeros primos o

    crivo de Eratstenes at hoje empregado na Teoria dos Nmeros -

    e, surpreendentemente, calculou com preciso o raio da Terra, com-

    parando sombras em duas diferentes cidades do Egito. Ele tambm

    calculou a distncia entre o Sol e a Lua, usando medies durante

    eclipses e fez muitas descobertas em Geografia. Mesmo atuando em

    tantos ramos do conhecimento seu apelido era Beta, pois em cada

    rea especfica sempre havia um outro pensador cujo trabalho espe-cializado tinha mais volume ou profundidade que o de Eratstenes. Na

    velhice se tornou deficiente visual e conta-se que morreu de inanio,

    deixando voluntariamente de comer.

    Leonhard Euler (1707-1783, l-se iler), foi

    um grande matemtico do sculo XVIII, trabalhou

    em quase todos os ramos da Matemtica: teo-

    ria dos nmeros, equaes diferenciais, clculo das

    variaes, fundamentos do Clculo e Topologia,

    ramo da Geometria que foi fundador. Para Eu-ler estes campos de pesquisa estavam intimamente

    conectados; seus trabalhos, to criativos eram, que chegam a beirar

    a genialidade. Perdeu totalmente a viso de um olho em 1738, poca

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    SEC.2.4: MATEMTICAS COM PROBLEMAS VISUAIS 55

    em que uma catarata comeou a se desenvolver no outro olho. Em

    1771 uma operao mal sucedida da catarata deixou-o com deficincia

    visual total. Apesar da cegueira, devido a sua notvel memria, mais

    metade de seu volumoso trabalho foi realizado depois que se tornou

    completamente deficiente visual.

    Joseph Plateau (1801-1883, l-se plat)

    era professor de uma escola secundria em Lige

    (Frana); durante o perodo que lecionava elaborou

    sua tese de doutorado sobre as impresses que a luz

    exerce no olho. Em 1829, realizou um experimento

    imprudente que consistia em olhar diretamente para

    a luz do sol, por isto seus olhos ficaram irritados durante anos e sua

    viso ficou restrita. Em 1841 sofreu uma infeco nos olhos e, em dois

    anos, perdeu completamente sua viso. Antes disto, porm, realizou

    experimentos para estudar as formas das bolhas de sabo, originando

    assim o estudo das superfcies mnimas em Geometria Diferencial.

    Sua velhice foi atpica: bem humorado, apesar dos problemas com a

    viso, seu estado fsico e mental eram excelentes, sempre envolvido

    com ensino, em contato direto com estudantes.

    Lev Pontryagin (1908-1988), nasceu quando

    sua me Tatyana Pontryaguin tinha 29 anos de

    idade. Ela foi uma costureira e uma mulher notvel

    que teve um importante papel na carreira matem-

    tica de seu filho. Com 14 anos de idade Pontryagin

    sofreu um acidente com uma exploso que o tornou

    deficiente visual total. Desta poca em diante sua

    me assumiu completamente a responsabilidade de cuidar de todos

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    56 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    os aspectos de sua vida. Apesar de grandes dificuldades, ela tra-

    balhou por muitos anos como sua secretria, lendo artigos cientfi-

    cos em diversas lnguas, escrevendo frmulas em manuscritos, cor-

    rigindo trabalhos, etc. Pontryagin foi um dos grandes matemticos do

    sculo XX, foi chefe de departamento de Matemtica na Rssia e vice-

    presidente da Unio Internacional de Matemtica. Atuou em quase

    todas as reas de Matemtica, com destaque em Topologia, lgebra,Equaes Diferenciais, Teoria do Controle e Sistemas Dinmicos.

    Para maiores informaes consulte o site

    http://turnbull.mcs.st-and.ac.uk/history/

    2.5 O Sistema Binrio

    Vamos estudar agora o sistema em que as clulas possuem umalinha somente e 6 colunas. Ele ser muito semelhante ao sistema usual

    da linguagem Braille 3 2,pois existe uma correspondncia um-a-um

    entre as configuraes com clulas 3 2 e configuraes em clulas

    1 6. Veja:

    3 2 1 6

    Sistemas do tipo 1 n servem para escrever nmeros na base 2 e,assim sendo, tm muitas aplicaes na Matemtica e na Informtica.

    Podemos escrever qualquer nmero natural na base 2, utilizando-

    se para isto apenas os dgitos 0 e 1. Para compreender como isto pode

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    SEC.2.5: O SISTEMA BINRIO 57

    ser realizado, trabalharemos, por simplicidade, com os nmeros que

    vo de 0 a 63.

    Dado um nmero qualquer (tomaremos como exemplo o nmero

    41), veja como agrupar para escrever o nmero na base 2:

    41 = 20 2 + 1 41 = 10 4 + 1

    .

    41 = 5 8 + 1

    Formamos 20 pares,

    observe que sobra

    uma unidade

    Usamos os 20 pares

    anteriores para formar

    10 grupos de quatro

    elementos cada um.

    .

    Usamos os 10 grupos de

    quatro elementos obtidos

    anteriormente para agrup-

    los em cinco grupos maio-

    res com oito elementos

    cada.

    41 = 2 16 + 1 8 + 1 41 = 1 32 + 1 8 + 1

    Usamos os 5 grupos de oito

    elementos obtidos anteriormente

    para agrup-los em dois grupos

    maiores com dezesseis elementos

    cada. Note que sobra um grupo de

    oito elementos e tambm uma

    unidade.

    Finalmente usamos os dois grupos de

    dezesseis elementos que surgiram no

    estgio anterior para agrup-los em

    um nico grupo maior com trinta e

    dois elementos. Alm desses restam

    um grupo de oito e uma unidade

    simples.

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    58 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Concluso:

    41 = 1 25 + 0 24 + 1 23 + 0 22 + 0 21 + 1 20 .

    Esta expresso escrita abreviadamente na seguinte forma:

    41 = (1 0 1 0 0 1)2

    (l-se: 41 um, zero, um, zero, zero, um, na base 2).

    Veja como represent-lo no estilo Braille:

    20

    21

    22

    23

    24

    25

    Os nmeros de 0 a 63 podem ser representados na base 2, de

    acordo com o seguinte diagrama de rvore:

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    60 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Atividade 5: Resolva o seguinte problema (OBMEP 2007)

    Atividade 6: Um pequeno computador de papel os

    cartes binrios

    Vamos utilizar cartes de cartolina perfurados para trabalhar com

    nmeros de 0 a 31, utilizando-se a base 2. Esses nmeros podem ser

    escritos com apenas 5 dgitos, observe:

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    SEC.2.5: O SISTEMA BINRIO 61

    Base 10 Base 2 Base 10 Base 2 Base 10 Base 2 Base 10 Base 2

    0 00000 8 01000 16 10000 24 11000

    1 00001 9 01001 17 10001 25 11001

    2 00010 10 01010 18 10010 26 11010

    3 00011 11 01011 19 10011 27 11011

    4 00100 12 01100 20 10100 28 11100

    5 00101 13 01101 21 10101 29 11101

    6 00110 14 01110 22 10110 30 11110

    7 00111 15 01111 23 10111 31 11111

    a) Recorte, perfure e corte as fendas dos cartes das pginas se-

    guintes.

    b) Cada buraco representar o nmero 1 e cada fenda o nmero

    0. Faa um mao com as cartas. Se voc colocar um pa-

    lito (ou um canudo ou um clipe) por alguns dos buracos do

    mao, e levant-lo, algumas cartas cairo e outras ficaro pre-

    sas no palito. Repetindo organizadamente este procedimentovoc poder realizar vrias operaes com os nmeros binrios

    de 0 a 31. Veja algumas delas:

    Separar as cartas pares da mpares. Basta colocar o palito no

    primeiro furo direita e levantar. Todas os cartes com nmeros

    pares cairo.

    Com somente 5 colocaes de palitos e levantamentos possvel

    colocar as cartas de 0 a 31 em ordem crescente. Embaralhe as

    cartas. Comece colocando o palito no primeiro buraco da direita(casa das unidades). Com cuidado levante o mao, deixando que

    as cartas caiam, mas mantendo a ordem. Coloque as cartas que

    caram na frente das demais e repita o mesmo procedimento

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    62 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    para todos os demais 4 buracos, sempre mantendo a ordem.

    Quanto terminar as cartas estaro em ordem.

    Pode-se localizar qualquer nmero de 0 a 31 com a colocao do

    palito e levantamento do mao 5 vezes. Isto se deve ao fato de

    que qualquer nmero natural tem representao nica na base

    2. Veja como voc pode fazer para localizar a carta 23:

    24 23 22

    21 20

    000002

    Coloque o palito na casa das unidades e levante o mao, descarte

    as que caram. A seguir coloque no buraco 21, levante e descarte as

    que caram. Prossiga, colocando o palito na casa 22, descarte as que

    caram. Coloque na casa 23, levante e descarte as que ficaram presas.

    Agrupe as cartas que caram e mais uma vez use o palite na casa 2 4.

    A carta que ficou presa a 23.

    Responda:

    1. Se fizermos cartas com 6 buracos ao invs de 5, quantos nmeros

    diferentes obteremos?

    2. Qual o nmero mnimo de buracos que teremos fazer nos

    cartes para representar os nmeros de 0 at 127?3. Leia a prxima atividade O dia do aniversrio na pgina 71 e

    descreva uma maneira de adivinhar o aniversrio de uma pessoa

    usando os cartes perfurados que voc fabricou.

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    12= )

    2

    0110 0(

    13= )

    2

    0110 1(

    14= )

    2

    1110 0(

    15= )

    2

    1110 1(

    16= )

    2

    0001 0(

    17= )

    2

    0001 1(

    18= )

    2

    1001 0(

    19= )

    2

    1001 1(

    20= )

    2

    0101 0(

    21= )

    2

    0101 1(+16

    + +16 8 4 + 1

    4 + 1 +16+ +1 6 8 4 + 1

    4

    +16+ +1 6 8 4 + 1

    2 + 1 +16+ +16 8 4 + 1

    2

    +8+ +1 6 8 4 + 1

    4 + + 1+ +1 6 8 4 + 1

    2

    16 + +1 6 8 4 + 1 1+ 16+ +1 6 8 4 + 1

    + +1 6 8 4 + 1

    48 ++ +1 6 8 4 + 1

    2+

    8 ++ +1 6 8 4 + 1

    4 ++ +1 6 8 4 + 1

    1 8+ +1 6 8 4 + 1

    4+

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    Atividade 6: O dia de aniversrio

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    72 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Como funciona o truque:

    Como adivinhar o dia em que uma pessoa nasceu:

    1. Pea pessoa que indique em quais dos calendrios a data de

    seu nascimento aparece sublinhada.

    2. Some os primeiros nmeros sublinhados que aparecem nos ca-

    lendrios que a pessoa escolheu e voc descobrir a data de seu

    aniversrio, sem que ela lhe conte.

    Por exemplo: Se a pessoa nasceu no dia 7, os calendrios em que este

    nmero aparece sublinhado so: o primeiro, o segundo e o terceiro.

    Somando os primeiros nmeros sublinhados destes trs calend-

    rios teremos 1 + 2 + 4 = 7. No legal? Se voc seguir o roteiro

    abaixo, poder descobrir o signo e tambm o ms que a pessoa nasceu.

    Como adivinhar o ms em que uma pessoa nasceu

    consulte seu horscopo para encontrar o ms de

    nascimento:

    ries 21 de maro a 20 de abril

    Hoje um dia muito favorvel para lidar com clculos matemticos. Abra

    sua mente para a beleza da Matemtica e no deixe de acreditar no seu

    potencial criativo. Voc nasceu no dia ...

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    Touro 21 de abril a 20 de maio

    Um ciclo de novas idias se abre para voc. Tudo se alterna tal qual uma

    funo trigonomtrica. tempo de estudar e desenvolver os seus potenciais

    criativos. Voc nasceu no dia...

    Gmeos 21 de maio a 20 de junho

    Hoje um dia em que muitas coisas no caminham muito de acordo com seus

    planos, mas lembre-se que problemas devem estar nos livros de Matemtica

    e mesmo assim eles podem ser solucionados! Voc nasceu no dia ...

    Cncer 21 de junho a 21 de julho

    Alegre-se! Hoje um dia harmonioso para voc interagir, fazer novas

    amizades e dar incio a projetos pessoais como o estudo da Matemtica.

    Voc nasceu no dia ...

    Leo 22 de julho a 22 de agosto

    Problemas existem, mas com disposio, talento e criatividade voc vence

    qualquer obstculo. Quando estudar Matemtica, no desista, a soluo

    sempre estar a seu alcance. Voc nasceu no dia ...

    Virgem 23 de agosto a 22 de setembro

    Hoje um dia de muita sensibilidade e pensamento positivo. Realize hoje

    mesmo seus sonhos, estudando Matemtica com dedicao. Acredite no seu

    potencial. Voc nasceu no dia ...

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    74 CAP.2: A ESCRITA BRAILLE E O CDIGO BINRIO

    Libra 23 de setembro a 22 de outubro

    Hoje um dia favorvel para lidar com os assuntos da Geometria. Comece

    investindo no seu visual e surpreenda a todos, principalmente seu professor,

    fazendo todos os exerccios de Matemtica. Voc nasceu no dia ...

    Escorpio 23 de outubro a 21 de novembro

    bem provvel que o que voc esteja procurando externamente esteja dentro

    de voc, por isto, resolva voc mesmo seus problemas de Matemtica, sem

    procurar ajuda. Voc consegue! Voc nasceu no dia ...

    Sagitrio 22 de novembro a 21 de dezembro

    Descubra seu potencial criativo, resolvendo problemas de Matemtica. Com

    isso estar afastando a rotina e admirando a beleza desta cincia. Observe

    o mundo com os olhos da razo! Voc nasceu no dia ...

    Capricrnio 22 de dezembro a 20 de janeiro

    No se aborrea com pequenos atritos do dia-a-dia. No de deixe abalar

    quando no encontrar imediatamente a soluo de um problema de Mate-

    mtica. No desista e entenda que h propsitos maiores cujas portas sero

    abertas pela dedicao e estudo. Voc nasceu no dia ...

    Aqurio 21 de janeiro a 19 de fevereiro

    Hoje a vida lhe dar tudo para ser feliz. H tesouros que temos e muitas

    vezes no os percebemos; por exemplo, h uma satisfao enorme quando

    resolvemos um belo problema de Matemtica. Voc nasceu no dia ...

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    Peixes 20 de fevereiro a 20 de maro

    Hoje um dia de oportunidades e novidades, principalmente nos estudos.

    Voc ir resolver com facilidade todos os problemas de Matemtica que lhe

    forem apresentados. tempo fazer planos, trabalhar as idias criativas e

    execut-las. Voc nasceu no dia...

    Podemos implementar todas as operaes que so realizadas nabase 10 tambm na base 2. Existem mquinas simples que ajudam

    a entender como estas operaes so feitas. Uma delas est indicada

    abaixo.

    Bons estudos! Bom divertimento!