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INVESTIMENTOS MOBILIZAM O SETOR INVESTIMENTOS MOBILIZAM O SETOR ENTREVISTA ENTREVISTA Laerce Nunes, atual vice-presidente da ABRACO ISNN 0100-1485 TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE Ano 5 Nº 23 Set/Out 2008

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INVESTIMENTOSMOBILIZAM O SETORINVESTIMENTOSMOBILIZAM O SETOR

ENTREVISTAENTREVISTA

Laerce Nunes,

atual vice-presidente

da ABRACO

ISNN 0100-1485

TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE

Ano 5Nº 23Set/Out 2008

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Sumário

Foto: AgênciaPETROBRASde Notícias

A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968,e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir oestudo da corrosão e seus métodos de proteção.ISNN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-311 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaPresidenteEng. Pedro Paulo Barbosa Leite - PETROBRAS/NORTECVice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes - IECDiretor FinanceiroM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta -PETROBRAS /CENPESGerente Administrativo/FinanceiroWalter Marques da Silva

Diretoria TécnicaEng. Aldo Cordeiro Dutra

Dr. Eduardo Homem de S. Cavalcanti - INTJeferson da Silva - AKZO NOBEL Dra. Olga Baptista Ferraz - INTDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra - INMETRO Dra. Denise Souza de Freitas - INT M.Sc. Gutemberg Pimenta - PETROBRAS -CENPESEng. Jorge Fernando Pereira CoelhoEng. Laerce de Paula Nunes - IEC Dr. Luiz Roberto Martins Miranda - COPPEEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Dra. Olga Baptista Ferraz – INT Dr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte - Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

GráficaVan Moorsel

Esta edição será distribuída em novembrode 2008.

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

20Fosfatização de Metais Ferrosos

Parte 15 - Alívio de tensõese desengraxe

Por Zehbour Panossiane Célia A. L. dos Santos

24Plano de Gerenciamentode Integridade de Dutos

contra Corrosão – Parte 2Por Alysson Helton Santos Bueno

e José A. C. Ponciano

31Noções Básicas sobre Processode Anodização do Alumínio

e suas Ligas - Parte 10Por Adeval Antônio Meneghesso

Artigo Técnico6Entrevista

Professor Laerce Nunes voltaà presidência da ABRACO

Laerce Nunes

8Matéria de Capa

Investimentos mobilizam o setor

14ABRACO Informa

17Notícias do Mercado

19Treinamento & Desenvolvimento

Orlando Pavani Júnior

34Opinião

A importância da inovaçãoFlávio Ortuño

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Sumário/Expedient23 1/1/04 12:17 AM Page 1

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uando um grupo de visionários se reuniu para fundar a ABRACO, em 18 de outubro de1968, certamente não imaginava que aquela semente frutificaria por 40 anos ininterruptos nocompartilhamento do estudo da corrosão e de seus métodos de controle e de prevenção, contri-

buindo decisivamente para que o país ganhasse destaque e relevância internacional no debate técnicosobre o tema.

Em uma sala do Hotel Glória, no Rio de Janeiro, durante a realização do V Seminário do InstitutoBrasileiro de Petróleo – IBP, Aldo Cordeiro Dutra, Aldo Maestrelli e o General Iremar de FigueiredoFerreira Pinto redigiram a ata de fundação da ABRACO, iniciativa apoiada por outros associados fun-dadores, estudiosos e especialistas em corrosão.

A alta demanda por mão-de-obra especializada por parte da PETROBRAS fez da empresa uma par-ceira e patrocinadora das iniciativas da associação na realização de congressos, seminários e cursos nos

mais diversos centros tecnológicos do território nacional. Essa étalvez uma das parcerias mais duradouras da história da indústrianacional, sempre com resultados muito positivos para a institui-ção, para a empresa e para o desenvolvimento do país.

A partir dessa parceria estratégica, a ABRACO ampliou hori-zontes para a disseminação do conhecimento na área da corrosão.A entidade, por exemplo, mantém convênio de cooperação mútuacom a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e é reco-nhecida como o único Foro Nacional de Normalização, para apoiotécnico e administrativo/financeiro da secretaria Técnica do Co-mitê brasileiro de Corrosão – ABNT / CB-43, sendo a ABRACOresponsável pela Secretaria Técnica do Comitê.

Foram vários eventos nacionais e internacionais nesses 40 anos da associação, com destaque para oLATINCORR, INTERCOR e principalmente o 7º Congresso Internacional de Corrosão, realizado em1978, na cidade do Rio de Janeiro, sob os auspícios do ICC – International Corrosion Council. AABRACO ainda organizou 23 Congressos, 30 Seminários e quatro Workshops. Foram 118 Cursos deQualificação formando cerca de 3100 profissionais.

Ainda na área de treinamento, em 2007, foi firmado contrato de prestação de serviços entre aABRACO e a ABEMI – Associação Brasileira de Engenharia Industrial para a Qualificação eCertificação de profissionais no âmbito do convênio firmado entre a ABEMI e a PETROBRAS, quevisa a implantação e execução do Plano Nacional de Qualificação Profissional (PNQP) do PROMINP– Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás. Finalmente, é importante citarque a ABRACO está em fase de acreditação junto ao INMETRO para se tornar um Organismo deCertificação de Pessoal (OPC) na modalidade de Inspetor de Pintura Industrial.

Novas parcerias – A retomada da Revista Corrosão & Proteção, em parceria com a AporteEditorial, contribuiu para ampliar a difusão em nível nacional, da divulgação dos principais avançostecnológicos, das novidades e das atividades da ABRACO, com o objetivo de congregar a comunidadetécnico-empresarial do setor.

Como as ações do presente devem antever o futuro, outras parcerias estão sendo firmadas, como aunificação do Banco de Dados sobre o histórico do desempenho de materiais de engenharia emprega-dos nos diferentes setores produtivos e de infra-estrutura (veja mais na página 14). Este foi apenas oresumo de longos capítulos de uma história escrita por notáveis colaboradores, e que continuará sendoprotagonizada por ações vitoriosas dos que trabalham para disseminar e compartilhar conhecimentos.

A edição apresenta ainda outros assuntos relevantes que certamente contribuirão para a atualizaçãotécnica dos leitores.

Boa Leitura!

Os Editores

40 anos de atividades ininterruptas

Carta ao leitor

A ABRACO acredita que as ações

do presente devem antever o futuro e,

por isso, sempre está aberta a

novas parcerias que colaborem

para disseminar o conhecimento

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Professor Laerce Nunes volta àpresidência da ABRACO

Presidente da Associação Brasileira de Corrosão (ABRACO) no biênio 1999/2000,Nunes retorna ao cargo com a missão de manter a curva de crescimento que

a entidade vem atingindo ao longo dos últimos anos

Entrevista

Laerce Nunes

om um panorama total-mente diferente do encon-trado em sua primeira ges-

tão à frente da ABRACO, o en-genheiro Laerce de Paula Nunesreassume a presidência no próxi-mo dia 1º de janeiro de 2009,em substituição a Pedro PauloBarbosa Leite, procurando nãosó dar continuidade ao trabalhoque vem sendo feito, mas tam-bém com o objetivo de consoli-dar a imagem da associação jun-to ao mercado. “Há dez anos,quando me tornei presidentepela primeira vez, a ABRACOvivia um momento financeiromuito difícil, e veio se recupe-rando ao longo da última déca-da, sobretudo com o crescimen-to da indústria brasileira de pe-tróleo, gás natural e biocombus-tíveis”, conta.

Para o biênio 2009/2010,Laerce planeja formar uma dire-toria com nomes consagrados domercado nacional da proteçãoanticorrosiva, unindo forças paramelhorar ainda mais o funciona-mento da associação durante asua segunda gestão. No entanto,ele ainda não sabe quem será seuvice-presidente, que pelo estatu-to da ABRACO torna-se presi-dente no biênio seguinte. “Todosos associados vão receber no iní-cio de novembro, pelo correio, acédula de votação. No final domês saberemos quem será o novo

Corrosão Ltda. (IEC). Para falarsobre sua volta à presidência daABRACO, os desafios que virãocom a descoberta da camada dopré-sal e seus três livros publica-dos, entre outros assuntos, LaerceNunes recebeu a Revista Corro-são & Proteção na sede da IEC,no Rio de Janeiro.

Como o senhor avalia o traba-lho feito por seu antecessor,Pedro Paulo Barbosa Leite?Nunes – Em primeiro lugar, eugostaria de avaliar não apenas otrabalho dele, mas o que vem sen-do feito por todos os outros ex-pre-sidentes, que contribuíram muitopara o crescimento da ABRACO,principalmente, na última década.Falando especificamente sobre oPedro Leite, ele atuou de formabem transparente, procurandoconsolidar alguns aspectos impor-tantes como, por exemplo, a trans-formação da associação em umaentidade certificadora.

O senhor volta à presidênciada ABRACO após dez anos.Quais foram as principais mu-danças ocorridas na associaçãodesde então?Nunes – Quando eu assumi apresidência pela primeira vez, nobiênio 1999/2000, a associaçãopassava por uma situação muitodifícil, posso afirmar que estava àbeira da falência. Então, a grande

vice-presidente”, explica.Um dos projetos que será de-

senvolvido pela ABRACO, emparceria com a COPPE/ UFRJ,durante o próximo mandato doProfessor Laerce, será a criaçãode um banco de dados sobre ohistórico do desempenho de ma-teriais no Brasil (ver ABRACOInforma na página 14), cuja fi-nalidade será reunir em um sólugar o maior número de infor-mações possíveis sobre os diver-sos processos de corrosão exis-tentes. “Esse banco de dados vaiser uma ferramenta excelente pa-ra quem trabalha com corrosão evai trazer um grande benefíciopara a nossa comunidade, princi-palmente no que diz respeito àrealidade brasileira”, ressalta.

Engenheiro metalurgista comespecialização em engenharia deequipamentos, Laerce Nunes fezparte do quadro da PETRO-BRAS de fevereiro de 1967 a ju-nho de 1995. Nesse período tra-balhou na inspeção de equipa-mentos e projetos, e na especifi-cação de sistemas de proteção an-ticorrosiva. Também atuou comoprofessor, coordenador e gerenteda área de treinamento da estatalbrasileira. A partir de julho de1995, Nunes atuou como con-sultor na área de corrosão em di-versas empresas de todo o país, e,atualmente, é gerente de projetosda Instalações e Engenharia de

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Por Henrique Dias

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mudança ocorrida na última dé-cada foi o ressurgimento da A-BRACO, como organização e emtermos financeiros. Nesse período,ela veio consolidando sua posiçãono mercado, impulsionada pelocrescimento do setor de petróleo ederivados.

Qual será o principal desafioda sua segunda gestão?Nunes – Será manter a associaçãonessa curva de crescimento, garan-tindo a ela recursos permanentes,ou seja, equilibrando as despesascom as receitas fixas para que nãotenhamos quaisquer dificuldadesno futuro.

Na opinião do senhor, que be-nefícios a parceria entre a A-BRACO e a COPPE/UFRJ nacriação de um banco de dadosde desempenho de materiaispode trazer para a comunidadecientífica?Nunes – Esse banco de dados vaipossibilitar a criação de uma ferra-menta excelente para quem traba-lha com corrosão, trazendo umgrande benefício para a comuni-dade em termos de informação so-bre a realidade brasileira, uma vezque existem iniciativas dessa na-tureza, mas com dados sobre o de-sempenho de materiais em outrospaíses. No Brasil ainda não tínha-mos nada parecido.

Como os profissionais queatuam na área de proteção an-ticorrosiva devem se prepararpara as demandas que virãocom a descoberta da camadado pré-sal?Nunes – Eu vejo essa descoberta dacamada do pré-sal como umagrande oportunidade de cresci-mento para a nossa entidade, umavez que o contingente de pessoalqualificado e preparado para essenovo desafio tecnológico tem deaumentar consideravelmente. Es-tamos diante de uma nova era noBrasil e a ABRACO, evidente-

mente, não pode deixar de partici-par dela através dos cursos e dodebate de idéias.

O senhor já publicou três li-vros que enfocam o combate àcorrosão. Com que freqüên-cia eles são atualizados?Nunes – Eu procuro mantê-lossempre atualizados, de acordo comas mudanças e as descobertas tec-

nológicas que se sucedem, tanto éque o livro “Proteção CatódicaTécnica de Combate à Corro-são” já está na 4ª edição e o inti-tulado “Pintura Industrial naProteção Anticorrosiva” possuitrês edições publicadas. O livromais recente denominado “Fun-damentos de Resistência à Cor-rosão” teve sua primeira ediçãolançada há pouco mais de um ano.

Além desses livros, o senhortem algum outro projeto emvista?

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Nunes – No momento, eu venhopensando em um outro projeto queseria um livro sobre fundamentosde metalurgia aplicados ao conhe-cimento da corrosão. Será um tra-balho interessante, porque existeuma interface muito importanteentre o desempenho dos materiaisdo ponto de vista metalúrgico e odesempenho dos mesmos no quediz respeito à corrosão.

Que mensagem o senhor gos-taria de deixar para os associ-ados da ABRACO?Nunes – Para essa nova gestão, aminha expectativa é formar umaequipe com profissionais con-sagrados da área de proteçãoanticorrosiva, fazendo com que aassociação dê um salto de quali-dade ainda maior nos próximosdois anos.

Mais informações sobre a ABRA-CO no site www.abraco.org.br.

Com a descoberta da camada de pré-sal,estamos diante de uma nova era no Brasil

e a ABRACO não pode deixar de participar delaatravés de cursos e do debate de idéias

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Tratamento de Superfície

globalização não passa-rá imune à maior criseque esta geração de em-

presários vivencia, com a deses-tabilização da econômica mun-dial, desencadeada pelos pro-blemas de crédito nos EstadosUnidos. Certamente esse cená-rio comprometerá os índices decrescimento projetados, basea-dos na evolução econômica dosúltimos anos que faziam crerque a economia ficaria por umlongo tempo navegando em“céu de brigadeiro”. A favor doBrasil conta um sistema bancá-rio confiável, a descentralizaçãodas exportações, altas reservasmonetárias, além de outros in-dicadores relevantes. Hoje, oBrasil encontra-se fortalecido emenos dependente.

Previsões catastróficas, pessi-mismo exacerbado e futurologiaà parte, a indústria de processos

químicos para tratamento

de superfície deve ficar bem aquecida nos próximos três anos, é oque espera o vice-presidente da Centralsuper e diretor da TermotronEletrodeposição, Marco Antonio de Paiva Vital. “O anúncio de quePETROBRAS precisará nos próximos 10 anos de 200 navios e 38sondas exploratórias, trarão muitos benefícios para a indústria detratamento de superfície. A projeção é de investimentos superiores aR$ 2 trilhões na economia brasileira até 2017 puxados pela produ-ção da estatal”.

Vital acredita que essa notícia causará um grande impacto nomercado doméstico. “O mercado está esperando um grande impul-so, pelo menos no que diz respeito à geração de serviços na produ-ção de equipamentos, principalmente para as empresas que atuamno segmento de tratamento de superfície. No prazo de 24 a 36meses, esperamos um crescimento de 40% na prestação de serviçosnesse setor. Além disso, esse pode ser considerado um número quedá para mudar a história, pois há muito tempo que não aconteciaum fato dessa magnitude”, revela Vital. O vice-presidente da Cen-tralsuper acredita ainda que esse investimento não entrará comoapoio estrutural direto. Parte deve ir para a formação de mão-de-obra, uma vez que as últimas descobertas de reservas ultrapassaramas expectativas.

Já o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Proteção,Tratamento e Transformação de Superfície do Estado de São Paulo(Sindisuper) e diretor da Wadyclor, Marco Antonio Barbieri, quetambém é vice-presidente da Associação Brasileira de Tratamentode Superfície (ABTS), prefere não fazer previsões sobre o quantodeve crescer o setor de tratamento de superfície após o anúncio des-

ses investimentos. Dados recentes da ABTS apon-tam para um crescimento

Apesar das incertezas devido à crise financeira mundial, a indústria de processos

químicos para tratamento de superfície deve continuar aquecida e trabalhando a pleno vapor

Investimentos mobilizam o setor

Por Carlos Sbarai

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A questão ambiental é prioritáriaNa visão da diretora operacional da Anion MacDermid, Flaviana

V. Zanini Agnelli, o mercado doméstico atualmente está bem prepa-rado para atender as necessidades da indústria petrolífera. “No caso daAnion MacDermid, iniciamos recentemente a fabricação no Brasil deprodutos para a utilização offshore. A linha dispõe, dentre outros pro-dutos, de fluidos hidráulicos, com características anticorrosivas, auxi-liares na perfuração para obtenção do petróleo”. Segundo Flaviana, osprocessos são formados por camadas sem complexantes, como zincoalcalino sem cianeto e zinco-ligas, passivadores trivalentes de alta pro-teção à corrosão, selantes e top coats.

O produto tem apresentado alta eficiência, fácil manuseio eoperação, alto rendimento, superior proteção à corrosão e peçascom excelente acabamento. “Tanto é que respeitam as principaisnormas nacionais e internacionais, com produtos sem complexan-tes e isentos de cromo hexavalente, tornando-os facilmente tratáveisem linhas básicas de tratamentos de efluentes. Atualmente, estamosdesenvolvendo processos à base de compostos de cromo trivalentee de nanotecnologia”, destaca Flaviana.

Segundo Rui Simas, diretor da Associação Paranaense de Empresade Tratamento de Superfície – APETS e sócio da TSM TratamentoSuperficial em Metais, no caso das pequenas empresas prestadoras deserviços, a principal dificuldade consiste em acompanhar as mudançastecnológicas de processo e a gestão de resíduo sólido. “As empresasprestadoras de serviço paranaenses que, nos últimos anos, praticaramos ditos ‘preços competitivos’, via de regra hoje não têm fôlego finan-ceiro para melhorias de processos e equipamentos, mudanças de for-mulações como zinco liga e cromo trivalente. Atualmente estima-seuma perda de 30 a 40% dos serviços no Paraná para as empresas loca-lizadas em São Paulo e em Santa Catarina, cujas instalações se adequa-ram às especificações de novos processos. A gestão do resíduo sólido,gerado na ETE (lodo galvânico), ainda é um impasse nas pequenasempresas, infelizmente muitas não consideram ou não conseguemrepassar estes custos na formação do preço de venda”.

Entretanto, Rui Simas destaca que felizmente a questão de trata-mento de efluentes é uma etapa cumprida. Em pesquisa recente cons-tatou-se que todas as empresas associadas da APETS tratam de algu-ma maneira seus efluentes. Os órgãos de controle ambiental na reno-vação das licenças de operação têm cobrado o monitoramento dasETEs por laboratórios credenciados. “Tecnicamente os fornecedoresde processos também oferecem apoio, mas para a associação esta éuma questão delicada, pois os fornecedores de processo têm umapreocupação legítima que é a colocação de suas formulações, para oqual dão todo apoio possível, infelizmente este apoio nem sempre seestende para a parte ambiental”.

Aos poucos a preocupação com os problemas ambientais ganha

Rack deexposição

do IPT

no setor de 15% em relação aoano passado, isso sem conside-rar os investimentos anuncia-dos pelo governo federal.

Barbieri destaca que as em-presas nacionais estão bem pre-paradas e aproveitaram para in-vestir em tecnologia, adequan-do-se aos padrões internacio-nais. “A cobrança rigorosa dalegislação ambiental e de saúdeno trabalho exigiu investimen-tos consideráveis das prestado-ras de serviços de galvanoplastiano Brasil. Além disso, houveuma pressão por parte dosclientes com relação ao atendi-mento de normas técnicas maisrigorosas e principalmente pre-ços”, destaca.

A questão dos preços é tam-bém levantada por Paiva Vital.Segundo ele, no âmbito globalexistem basicamente dois tiposde tratadores de superfície, osqualificados, que estão dentrodo padrão de qualidade inter-nacional, ou seja, preparadospara colocar seu produto emqualquer país industrializado, eos demais. Dentro dos qualifi-cados, a pressão é preço. Secompararmos com a Alemanha,por exemplo, no segmento au-tomotivo na base de tratamentosuperficial qualificado, a pro-dução alemã está 12 vezes mai-or do que a nossa, ou seja, osníveis de produção impactamdiretamente no preço.

Qualquer tipo de modifica-ção na tecnologia aplicada aotratamento de superfícies de-mora mais para ser utilizada noBrasil do que nos Estados Uni-dos e Europa, principalmente.Uma das novidades é o proto-colo que foi assinado para a ex-tinção do cromo hexavalentenos acabamentos. O grande es-forço da indústria de tratamen-to de superfície está sendo su-perar a falta do cromo hexava-lente com o cromo trivalente,oferecendo os mesmos parâme-tros de resistência e de aspecto.

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espaço. Por exemplo, boletins técnicos dos produtos novos já apresen-tam os cuidados necessários com o manuseio e tratamento de efluen-tes. A necessidade é mercadológica: os grandes fornecedores têm evi-tado as empresas com baixa evolução tecnológica e/ou com problemasambientais. Se a empresa vende, por exemplo, uma formulação parautilização em uma solução cianídrica ou de cromo hexavalente, deveter a preocupação com o que vai ser feito com esta solução e seusefluentes. Segundo informações da APETS, já foi encontrada umapequena instalação artesanal desativada, com soluções cianídricas,localizada dentro de uma garagem em um condomínio residencial.

A criação da APETS é decorrente de um trabalho desenvolvidodentro da FIEPR – Federação das Indústrias do Estado do Paraná parao desenvolvimento do setor de tratamento de superfície na parte téc-nica e ambiental, demanda sempre expressada pelos profissionais dosetor. O ponto de partida foi a melhoria dos conhecimentos técnicosatravés de palestras, seminários, cursos e feiras. A APETS apresentanúmeros significativos, que refletem o esforço da entidade na capaci-tação e atualização dos empresários e profissionais da área. Da funda-ção até dezembro de 2007, a entidade já organizou 68 reuniões técni-cas, 170 palestras, 224 cursos, além de diversas participações em feirase congressos nacionais e internacionais. Em 2007, a média de partici-pante nos Eventos da APETS (palestras e cursos) foi de 80 pessoas.

Processos galvânicos de maior interesse da PETROBRASSegundo Anna Ramus Moreira, profissional do Laboratório de

Corrosão e Proteção Instituto dePesquisas Tecnológicas do Esta-do de São Paulo – IPT, o traba-lho desenvolvido pelo LCP/IPTpara a PETROBRAS é o projetoNíquel químico para proteçãocontra corrosão em águas pro-fundas e substitutos do cádmioem fixadores utilizados em off-shore. “O revestimento de cád-mio é muito usado para protegero substrato de aço carbono defixadores (parafusos/porcas) con-tra corrosão. No entanto, devidoao fato deste ser tóxico, existe anecessidade, em curto prazo, desubstituí-lo. Sendo assim, o obje-tivo principal deste projeto é aidentificação de revestimentosque possam substituir o revesti-mento de cádmio, de instalaçõesonde possa ocorrer corrosãoatmosférica, com desempenhoequivalente ou ainda com vanta-gens”, esclarece.

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zinco; organometálico composto por fundo rico em zinco inorgânicoe acabamento em epóxi pigmentado com alumínio; e, finalmente, deliga zinco-níquel – 12% Ni – com selante).

O bacharel em química e mestre em engenharia de materiais e pes-quisador do Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, CristianoCardoso, comenta que, desde 2002, o LCP tem desenvolvido um pro-jeto para verificação da resistência à corrosão do revestimento deníquel químico (electroless nickel) aplicado em componentes que ficamsubmersos em água do mar. “Na primeira fase do projeto, verificaram-se os principais parâmetros do processo que influenciam a obtençãodo revestimento de excelente desempenho. Na segunda fase, aperfei-çoaram-se os parâmetros de obtenção apontados na primeira fase e a-tualizou-se a Especificação Técnica da PETROBRAS para aplicaçãodo revestimento de níquel químico. O desenvolvimento deste projetocontou com o apoio de pesquisadores do CENPES/PETROBRAS edas principais empresas aplicadoras do níquel químico”, explicouCardoso.

A partir dos banhos de níquel químico obtém-se a deposição dosíons de níquel sem a necessidade de aplicação de corrente elétricaexterna como nos processos de eletrodeposição usuais. Nestes banhos,existem condições termodinâmicas favoráveis à deposição autocatlíti-ca do níquel, tais como: pH, temperatura e agentes químicos comple-xantes, tamponantes e estabilizantes, além do agente redutor que for-nece os elétrons necessários à deposição. Devido à ausência de corren-te elétrica externa e a sua ação autocatlítica, o níquel químico apresen-ta bastante versatilidade, pois todas as partes de uma peça que foremmolhadas pelo banho serão revestidas mesmo se a peça tiver geome-tria complexa e furos passantes ou não-passantes.

Segundo Cardoso, desta forma, o revestimento apresenta excelen-te penetração e uniformidade macroscópica, não apresentando o "efei-to de pontas" que é bastante evidente em alguns processos de deposi-ção eletrolítica. “Existem inúmeros revestimentos de níquel químico,os quais diferem principalmente quanto à quantidade e ao tipo deátomo ou átomos, ou até mesmo de compostos co-depositados. Oníquel químico utilizado pela PETROBRAS para proteção contracorrosão é o revestimento constituído pela liga Ni-P, no qual há co-deposição de mais que 10% em massa de átomos de fósforo devido aoagente redutor empregado (hipofosfito de sódio). Os conectores daslinhas flexíveis da PETROBRAS são os principais componentes reves-tidos externamente com o níquel químico alto fósforo”.

Contudo, estes compo-nentes, depois de revesti-dos com níquel químico,são submetidos ao tra-tamento térmico deinterdifusão (tem-peratura acimade 600°C), oqual con-

Em busca de alternativas pa-ra esta substituição, a pesquisa-dora informa que foram realiza-dos diferentes ensaios (aceleradode corrosão com pulverização denévoa de água do mar sintética;compatibilidade galvânica emrelação a materiais estruturais;exposição natural associada àpulverização de solução salina;exposição natural associada aoaquecimento e à pulverização desolução salina; exposição naturalassociada à aplicação de torque eà pulverização de solução salina)e estudos de doze revestimentos(de cádmio eletrodepositadocom cromatização amarela – re-ferência; composto por óxidosmetálicos, cromo hexavalente,flocos de alumínio e de zinco eselante inorgânico em base a-quosa; constituído por duas ca-madas, sendo a primeira umcompósito cerâmico/metálicocontendo partículas metálicas e asegunda uma camada orgânica –organometálico; de liga zinco-cobalto – 0,5% Co – eletrode-positado com selante preto; deliga zinco-ferro – 2% Fe – eletro-depositado com cromatizaçãopreta; de liga zinco-ferro-cobalto– 1,5% Fe e 0,4% Co – eletro-depositado com passivador triva-lente azul e selante; organometá-lico composto por “Delta pro-

tekt KL 100” + “Delta pro-tekt VL411 GZ“; de liga

níquel-cobalto-boro –52% Ni – 46% Co –2% B; composto poróxidos metálicos, flo-cos de alumínio e dezinco e selante inorgâ-nico em base aquosa;

organometá l i cocomposto por tintarica em alumínio e

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deverá se manter entre US$20.000 e US$ 25.000 por tone-lada, o que sustenta a continui-dade da produção e incentiva oconsumo, segundo informaçõesda Votorantim Metais. Em2007, foram produzidos 1,429ktpa e consumidos 1,383 ktpa,mas de acordo com a BrookHunt (empresa especialista emestudos analíticos para metaisnão-ferrosos), o consumo passa-rá a 1.944 ktpa em 2012, apre-sentando um crescimento médiode 6,5% por ano.

Com relação a custos, Mar-tins cita que a exemplo de ou-tros metais não-ferrosos, o ní-quel sofreu forte incremento nocusto de produção motivadopelo aumento dos insumos deprodução como energia elétricae óleo combustível e peças parareposição (MRO) e equipa-mentos. “Um fator adicionalpara o aumento dos custos énecessidade de se utilizar novosprocessos produtivos que per-mitam aproveitar minérios comteores mais baixos de níquel.Um exemplo desse novo pro-cesso produtivo é a HPAL (Li-xiviação Ácida Sobre Pressão),uma tecnologia que demandaráinvestimentos muito superioresaos usuais, com aumento signi-ficativo nos custos”.

fere ao revestimento boas propriedades mecânicas como, por exem-plo, alta dureza, boa resistência ao desgaste e excelente resistência àcorrosão (proteção por barreira). “O níquel químico é um revesti-mento nobre em relação aos substratos ferrosos em meio cloretado,portanto é fundamental a ausência de defeitos como trincas e porospassantes para que este tenha bom desempenho. Contudo, mesmoque haja defeito no revestimento, os conectores estão sujeitos à açãoda proteção catódica do próprio sistema das linhas flexíveis daPETROBRAS”, explica Cardoso.

O pesquisador do IPT destaca ainda que muitos pesquisadoresestudam poli-ligas de níquel químico, principalmente com o Ni-P eNi-B. Estes tipos de revestimentos são encontrados com vários co-depósitos como o Teflon, o carbeto de silício, o tungstênio e o diaman-te. No Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, tem sido estuda-do o efeito da adição de cobre ao revestimento de níquel químico (Ni-Cu-P). “A deposição de níquel químico está sujeita a todos os cuida-dos inerentes aos processos de deposição por eletrodeposição de reves-timentos metálicos. Há alguns anos, utilizavam-se aditivos de chum-bo (bom estabilizador do banho e redutor do efeito maléfico do sulfe-to para o revestimento) e aditivos de cádmio (bom abrilhantador).Atualmente, já existem formulações de banhos sem estes aditivos ecom excelente desempenho”.

Os desafios do níquelFrancisco de Jesus Martins, gerente geral comercial da Votorantim

Metais Níquel, o níquel, empregado na fabricação de aços inoxidáveise em ligas que têm alto poder de resistência à corrosão e à abrasão, temsofrido particular volatilidade nos últimos meses no mercado de com-modities. “Depois de alcançar máximas históricas em 2007, enfrentan-do uma forte especulação devido à escassez do produto, que provocouforte desequilíbrio entre oferta e demanda, retornou a patamares maisrealistas em 2008. Atualmente, com a crise financeira no mercadomundial, acompanhando outras commodities, o preço do níquel temapresentado níveis inferiores aos custos de produção. Essa situação nãodeve perdurar, pois existe a necessidade de que a produção seja remu-nerada e com isso equilibrar os fatores de oferta e demanda”.

No médio prazo, as estimativas de mercado mostram que o preço

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ABRACO Informa

Uma parceria estabelecida entre a COPPE(Coordenação dos Programas de Pós-graduaçãode Pesquisas e Engenharia) e a ABRACO terácomo objetivo criar um banco de dados contendoinformações sobre o histórico do desempenho demateriais de engenharia empregados nos diferen-tes setores produtivos e de infra-estrutura geral noBrasil. As informações coletadas possibilitarãoestruturar uma base de conhecimento sobre a ade-quação ao uso desses materiais, especialmente noque se refere aos diferentes processos de corrosãoque podem ocorrer em variadas condições de ser-viço. Com isso, introduz-se um novo paradigmaao se definir qualidade tendo como base a expe-riência acumulada por operadores e usuários.

“A principal tarefa desse inovador banco dedados será transformar informações em conheci-mento. O ponto de partida será um vasto conjun-to de informações acumuladas, as quais, uma vezcompiladas, configuram um histórico de desem-penho de grande importância. Essas informaçõesjá existem, estando, porém, dispersas e registradassob diferentes formatos”, afirma o professor daCOPPE/UFRJ José Antônio Ponciano.

A concepção geral do projeto prevê a elabo-ração de dois eixos principais que direcionem oacesso ao sistema: o primeiro orientado peladefinição do material e o segundo, pela formade corrosão predominante, ficando a critério dousuário a definição sobre sua melhor opção deentrada. As classificações dos materiais atende-

Banco de dados sobre o histórico de desempenho de materiais

14 C & P • Setembro/Outubro • 2008

José Antônio Ponciano, professor da COPPE/UFRJ

rão às normas técnicas em vigência e o ambien-te de interação supervisionada será a Internet,com possibilidade de interações múltiplas e indi-viduais entre os participantes.

“Pretende-se com esse sistema apoiar profissio-nais de áreas tecnológicas que são chamados atomar decisões em diferentes níveis – projeto, sele-ção de materiais, operação, inspeção, manutençãoe reparo – em que a corrosão se apresente comofator determinante da qualidade de desempenho econfiabilidade. Aproveito a oportunidade paraconvidar profissionais e entidades de vários seto-res, como refino, revestimentos, etc, para nos aju-darem na formatação desse banco de dados”, fina-liza Ponciano.

Um dos eventos mais esperados do ano para ossetores de tintas, revestimentos, tintas gráficas,impermeabilizantes, adesivos, colas e selantes, oLatincoat e Adhesives Latin América 2008 ocorreuentre 23 e 25 de setembro, no Expo Center Norte,em São Paulo. A sustentabilidade, visando a sobre-vivência dos segmentos de insumos para tintas eadesivos, foi um dos principais assuntos abordadosnas 36 palestras que foram ministradas durante oevento, que contou com a participação de 550 con-gressistas e de profissionais renomados do Brasil edo exterior. Além da Associação Brasileira deCorrosão (ABRACO), participaram como princi-pais expositores do Latincoat e Adhesives LatinAmérica 2008, a PETROBRAS (Soluções Quími-cas), a Ipiranga (Química) e a Henkel.

Congresso Latincoat e Adhesives Latinamerica 2008

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ABRACO Informa

Em comemoração ao seu quadragésimo ani-versário, a Associação Brasileira de Corrosão(ABRACO) promoveu, no dia 17 de outubro, noGuanabara Palace Hotel, no Rio de Janeiro, oseminário “A Evolução da Corrosão no Brasil e osMeios de Combate e Prevenção”. Em seu discur-so, o atual presidente da entidade, o engenheiroPedro Paulo Barbosa Leite, fez questão de agrade-cer a todos aqueles que contribuíram com o cres-cimento da associação ao longo de sua existência.

“Ao completar 40 anos de intensa atividade,acompanhando o surgimento de novas tecnolo-gias, a ABRACO tem se empenhado através des-ses anos em aprimorar cada vez mais suas ativi-dades. Ao terminar meu mandato, justamenteno ano em que se comemora essa data histórica,quero registrar meus mais sinceros agradecimen-tos a todos que colaboraram com a minha ges-tão. Todos que passaram pela presidência dessa

ABRACO promove seminário em comemoração aos seus 40 anos

casa, devem ter sentido o mesmo orgulho que eusinto hoje, deixando ao meu sucessor um legadoque foi tão bem administrado ao longo de 40anos”, disse Leite.

Além do atual presidente da ABRACO, a pro-gramação do seminário contou com a participaçãodos seguintes palestrantes: Aldo Dutra (INME-TRO), Joaquim Pereira Quintela (PETRO-BRAS), Jorge Viegas (MAEST Consultoria),Fernando Manier (UFF), Luiz Paulo Gomes(IEC), Stephan Wolynec (EPUSP), GuilberDumans de Souza (PROMINP) e Laerce de PaulaNunes (próximo presidente da associação).

Foram homenageados durante o evento oscinco sócio-fundadores da ABRACO que perma-necem no quadro social da instituição até hoje.São eles: Aldo Cordeiro Dutra, Ruth OliveiraViana, Volkmar D. Ett, Maria Carolina Marquesda Silva e Iduvirges Lourdes da Silva.

Da esq. paraa dir.: PedroPaulo BarbosaLeite,presidenteda ABRACO,ZehbourPanossian,diretorada ABRACO,e LaerceNunes, vice-presidente daABRACO

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Com o objetivo de divulgarinstitucionalmente as ações daentidade, principalmente quan-to aos cursos técnicos desenvol-vidos no Rio de Janeiro e SãoPaulo, em parceria com o IPT,a ABRACO esteve presente naSantos Offshore, organizadaentre os dias 21 e 24 de outu-bro, no Mendes ConventionCenter, em Santos.

Dentre as palestras técnicas,destaque para a ministrada porLaerce Nunes, vice-presidenteda ABRACO, que apresentouo tema “A corrosão e sua im-portância na área offshore”.

Apesar do atual cenário eincertezas econômicas em todoo mundo, o evento foi um su-cesso, com visitação recorde –mais de 15 mil pessoas – ecerca de 220 expositores nacio-

ABRACO presente na Santos Offshore

nais e internacionais. A maiorfeira de petróleo e gásdo Estado de SãoPaulo, dirigida tam-bém às áreas de Petro-química, Química, Si-derurgia e Meio Am-biente gerou cerca deR$ 200 milhões emnegócios, segundo da-dos dos organizadores.

Para José LuizMarcusso, gerente daUnidade da Bacia deSantos da PETRO-BRAS, patrocinadoramáster do evento, oresultado foi extrema-mente positivo. "A fei-ra recebeu o dobro deexpositores, com pre-sença impressionantede público". SegundoMarcusso, esses fatoresreafirmam a crescenterelevância da BaixadaSantista para o setor dopetróleo. "Há um anohavia muitas promes-sas, hoje os projetos es-tão em fase de implan-tação e operação".

ABRACO Informa

Outro destaque ficou pelaRodada de Negócios promovi-da pelo Sebrae-SP e Prominp –Programa de Mobilização daIndústria Nacional de Petróleoe Gás Natural – que possibili-tou 170 encontros realizadosentre empresas fornecedoras deprodutos e serviços e dez em-presas-âncoras, que já atuamnas cadeias de petróleo e gáscom contratos com a PETRO-BRAS. A estimativa das empre-sas-âncoras indica que a rodadatenha atingido uma marca deR$ 21,5 milhões em prospec-ção de novos negócios a médioe longo prazos.

Além da Rodada de Negó-cios, foram realizados tambémo SENAF – Seminário Nacio-nal de Fornecedores, encontrospromovidos pelos expositoresdo evento; e o Canal Fornece-dor da PETROBRAS, compalestras e esclarecimentos on-de empresário puderam se ca-dastrar para serem fornecedoresda estatal.

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C & P • Outubro/Novembro • 2008 17

Notícias do Mercado

O processo de controle para a manutençãode pintura e corrosão nas plantas industriaisbrasileiras ainda é pouco utilizado, resultandoem prejuízos para as empresas que vão desde asperdas devido às paradas não programadas deunidade industriais até problemas que envol-vem o meio ambiente.

O elevado gasto com a manutenção da cor-rosão de pintura é indicador que apenas solu-ções paliativas para o problema não bastam."Trata-se de uma questão de integridade, tantodas instalações, quanto das pessoas e do meioambiente", comenta Marcelo Hamsi, diretor daM.Hamsi, empresa de engenharia e consultoriaque desenvolveu o PGPI, sistema informatiza-do de gestão de manutenção de pintura.

Preocupada com esta realidade, a Quattor,segunda maior produtora de resinas termoplás-ticas do Brasil, está prestes a concluir o primei-ro ciclo do projeto de manutenção de pinturade uma de suas plantas fluminenses, localizadaem Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

A indústria, que foi inaugurada em 1992,estava tentando encontrar um processo queassegurasse uma melhor gestão dos recursospara a pintura de suas instalações. "Trabalhá-vamos com uma prestadora de serviços queseguia um plano de trabalho, mas seus mecanis-mos de gestão e controle de aplicação eramdeficientes. Caso houvesse, por exemplo, um

Quattor adota sistema de manutenção de pintura

problema por parte do aplicador ou por parte dofabricante, nós teríamos que arcar com os cus-tos. Os controles existentes para os trabalhos depintura industrial eram insuficientes", comentaPaulo Escote, coordenador de manutenção daunidade de polipropileno de Duque de Caxiasda Quattor.

Após analisar diferentes propostas, a M.Hamsi escolhida para executar uma gestão espe-cializada e completa para as necessidades de umaindústria de grande porte, o que consumirá uminvestimento total de R$ 1,5 milhão, em umprojeto previsto para três anos, que será concluí-do ao longo de 2008.

A prática aplicada envolveu a realização deum inventário para todas as áreas pintadas daplanta, que foi dividida numa estrutura analíti-ca detalhada de acordo com o aspecto de cadadepartamento, que envolve áreas de processos,de tancagens, arquitetônicas, de utilidades epipe-racks. A M.Hamsi identificou o estado dacorrosão de cada subdivisão, classificou porníveis e planejou a sua eliminação.

No caso da unidade de Duque de Caxias, das39 subdivisões especificadas no sistema, apenas20% necessitavam de manutenção imediata,porém em nenhuma delas houve troca de itens,apenas a pintura estava afetada. Atualmente,todas as áreas com alto nível de corrosão jáforam sanadas.

Trabalhosendorealizadona Quattor

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Notícias do Mercado

18 C & P • Outubro/Novembro • 2008

A Associação Brasileira deEnsaios Não-Destrutivos eInspeção (ABENDE) acaba deimplementar um sistema decertificação de pessoal em A-nálise de Vibrações, para aten-der toda a indústria e, principal-mente, os setores de Petróleo eGás. Reconhecida nacional-mente como entidade voltada àdifusão dos Ensaios Não-Des-trutivos (END), a associação sebaseou na norma ISO 18.436-2para desenvolver o sistema emquestão. Todo o trabalho foirealizado pelo Sistema Nacionalde Qualificação e Certificaçãode Pessoal em END (SNQC/END), da ABENDE, reconhe-cido pelo Inmetro e que já aten-deu pelo menos 10 mil pessoasem 19 anos de existência.

“A demanda por capacitaçãona área é muito grande, e diversosprofissionais nos têm questiona-do sobre o andamento do proces-so da ABENDE, consideradauma instituição de grande impor-tância nessa área’’, afirma o coor-denador do Comitê de Análise deVibrações, Rogério Tacques.

Como o próprio nome já diz,a Análise de Vibrações é muitoutilizada para inspecionar equipa-mentos que vibram. Trata-se deuma ferramenta aliada do chama-do monitoramento de condições,focado na aplicação de técnicaspor profissionais capacitados paraavaliar e diagnosticar comporta-mentos em risco de falhas commáquinas ainda em operação.Nas áreas de Exploração, Pro-dução e Abastecimento, Trans-

ABENDE implementa certificação em análise de vibrações

porte e Gás & Energia da PE-TROBRAS, por exemplo, aAnálise de Vibrações é a princi-pal técnica usada no monitora-mento de equipamentos rotati-vos. O técnico de inspeção deequipamentos e instalações ple-no do Centro de Pesquisas daPETROBRAS (CENPES), Mar-celo Valois, explica que asmáquinas avaliadas vão desdebombas hidráulicas de pequenoporte até grandes turbinas a gáse a vapor. “Para equipamentoscríticos, como turbogeradores eturbocompressores, a inspeção éfeita de forma contínua (on-line); para outros equipamen-tos, a periodicidade de monito-ramento é definida pela expe-riência da equipe de manuten-ção preditiva de cada unidade.’’

A cidade de Mogi Mirim –SP– foi palco para a participa-ção da Reichhold como empre-sa palestrante do “7º Semináriode Manutenção de Papel eCelulose”, realizado pelaABTCP – Associação BrasileiraTécnica de Papel e Celulose.Com o trabalho “Novo métodopara prever a vida funcional dabarreira de corrosão de compó-sitos na indústria de papel e

Reichhold no congresso da ABTCP

celulose”, proferido por AntonioCarvalho Filho, gerente deAplicações para Ambientes Agres-sivos, a Reichhold atingiu a pon-tuação máxima na avaliação deperformance da Comissão Técni-ca da Associação, sendo convida-do a repetir sua apresentação na41º Exposição Internacional deCelulose e Papel da ABTCP, queaconteceu em São Paulo, entre osdias 13 e 16 de outubro.

Conhecendo as necessidadesdos engenheiros e da indústriade papel e celulose, o palestran-te abordou a vida funcional doscompósitos neste segmento,descrevendo um novo métodoquantitativo, de sua autoria,para fazer a previsão do interva-lo das paradas para manutençãoe também para dimensionar aespessura da barreira de corro-são dos compósitos.

Artur Cardozo Mathiasacaba de lançar o livro “Válvu-las: Industriais, Segurança eControle” que apresenta o fun-cionamento, a aplicação e odimensionamento dos diferen-tes tipos de válvulas, os mate-riais de construção, os fenôme-

Válvulas: industriais, segurança e controle

nos operacionais, as normas epadrões utilizados, além de diver-sas tabelas técnicas, equações egráficos relacionados à aplicação,dimensionamento e seleção.

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Treinamento & Desenvolvimento

As competências comportamentaiscomo latente pendência das pessoas

gestão das competênciasde forma tradicional eeminentemente intelec-

tual enfatiza o que um profissio-nal candidato deve ter como re-quisito mínimo para ocupar umcargo e/ou função. O ato de men-surar a eficiência, a eficácia e aefetividade dos profissionais combase na forma em que executamsuas atividades e fazem suas en-tregas costuma basear-se em indi-cadores que mensuram a sua per-formance relacionada a metas eobjetivos.

O que atualmente se discutecomo práticas inovadoras e refi-nadas da Gestão por Pessoas é ainteligência comportamental e a-titudinal. Ou seja, outro tipo deinteligência responsável pelo su-cesso dos profissionais e que não étão simples de mensurar devido àsubjetividade ainda presente nasavaliações clássicas. Diversas fer-ramentas são incorporadas paramedir e relatar ao profissional ospontos de melhoria comporta-mental para que o relacionamen-to seja algo que, no mínimo, nãoinfluencie negativamente em seuambiente de trabalho e, por isso,em seus resultados.

A confiança disseminada pelaliderança com as intenções das a-valiações de comportamento pre-cisa ser transparente para que jun-tos consigam atingir suas metas.Mas que metas? Como determi-nar metas e requisitos comporta-mentais? Será que o descumpri-mento de algumas regras pode serum indicador de comportamen-to? Ou isso está relacionado à“não conformidade”? Demons-trar simpatia, cordialidade, inte-resse, integridade, segurança, fle-xibilidade, confiança deveria serfundamental?

Como estabelecer os requisitos de competência comportamental /atitudinal e metas para que exista um acompanhamento para o desen-volvimento contínuo do profissional?

Para alinhar o raciocínio, falar de comportamento e/ou de atitudenão é somente algo que transcende ao simples ato de não cumprir odeterminado. Mas sim, de algo desconhecido que impede o ser huma-no de, conscientemente, ser competente diante das regras, dos confli-tos internos, externos e das iniciativas. A conduta pode estar relacio-nada à cultura, criação, motivação e automotivação.

Com base no trabalho de Howard Gardner e depois, mais especi-ficamente, do trabalho de Robert Cooper em seu livro “A InteligênciaEmocional nas Empresas”, interpretamos que a inteligência emocionalpode funcionar fora do domínio da mera análise psicológica e das teo-rias filosóficas. Pode ser compreendida e alterada, de fato, se estudar-mos o atual estágio do conhecimento neurológico básico, da explora-ção da mente e da aplicação prática da resignificação e da recontextua-lização neurolingüística.

Tornar conhecido e mensurável, pelo menos em algum grau, oquociente emocional dos profissionais baseado em suas próprias res-postas é algo que incentiva reflexões. A novidade é como RobertCooper metodologicamente criou o Teste EQ-MAP, que desenvolveum mapa do quociente emocional do indivíduo “calculando” a suainteligência emocional. As organizações que utilizam ou pretendemaplicar essa ferramenta (o teste EQ-MAP), alinhada aos seus valores eestratégias, podem obter resultados relacionados ao autodesenvolvi-mento dos seus profissionais de forma muito satisfatória.

Para construir o Mapa do Quociente Emocional (QE), 258 ques-tões são respondidas e tabuladas, resultando num gráfico individualcom 20 escalas subdivididas em quatro níveis cada, com cinco seçõespara atingir três objetivos: aumentar a eficácia sob pressão, construirrelacionamentos seguros e criar um futuro estimulando as inovações.

A diferença destas 20 escalas é que o gráfico do profissional foiconcebido por suas próprias considerações, facilitando um diálogomais focado (entre avaliador e avaliado) com o propósito de tornar asdeficiências emocionais das pessoas mais conhecidas. Se as metas nãosão atingidas, um processo de coach ou algum treinamento motivacio-nal de “alto impacto” pode ser recomendado e, como produto final, opróprio comportamento deixa de ser questionado para ser justificado.

Conclui-se que o QE é responsável pela eficiência e eficácia do QI(Quociente de Inteligência) e de sua eventual produtividade. Medir,monitorar, desenvolver e cuidar com carinho do resultado do nossoQE pode ser a melhor forma de começar a pensar em responder a umaquestão que iniciou os estudos relacionados ao comportamento nasorganizações: “Como um profissional altamente capacitado, bem-suce-dido e que preenche todos os requisitos do mercado pode fracassar?”

Como estabelecer os requisitos de competência comportamental/atitudinal e metas para que existaum acompanhamento para o desenvolvimento contínuo do profissional?

Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani Jr.Consultor Titulado CMC pelo IBCO/ICMCI e Diretor Exec. da Gauss Consultores Assoc. [email protected]

Por OrlandoPavani Júnior

C & P • Outubro/Novembro • 2008 19

Pavani23 1/1/04 2:59 AM Page 1

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Artigos Técnicos

Fosfatização de Metais FerrososParte 15 – Alívio de tensões e

desengraxe

As condições de temperaturae tempo do tratamento de alíviode tensões dependerá também dahistória metalúrgica do item a serfosfatizado. As normas ISO9717 (1990) e BS 3189 (1991)recomendam:

• para aços submetidos à con-formação severa: manter osprodutos a serem fosfatiza-dos durante 30 minutos àmáxima temperatura que omaterial pode ser aquecidosem afetar a resistência domaterial;

• para aços com limite de resis-tência entre 1000 N/mm2 e1400 N/mm2 e que foramsubmetidos à deformaçãoapós o revenimento: mantero item a temperatura entre130ºC e 230ºC por, no míni-mo, 1 h ou manter a umatemperatura ligeiramente in-ferior a de revenimento du-rante 5 min a 30 min. Se oitem a ser fosfatizado foi sub-metido a um tratamento deindução de tensões de com-pressão superficial (por exem-plo martelamento com esfe-ras (shot peening), a tempera-tura durante o tratamento dealívio de tensões não pode ul-trapassar 130ºC;

• para aços com limite de resis-tência superior a 1400 N/mm2

não-submetidos a nenhumtratamento de indução detensão de compressão super-ficial: o tratamento padrãoconsiste em aquecer o item àmáxima temperatura possível.O limite da temperatura égovernado pelas modificaçõesestruturais e de propriedades

mecânicas do item. Por exem-plo, esta temperatura não po-de ser superior à de reveni-mento e nem à de envelheci-mento. Esta temperatura de-ve ser, ainda, abaixo de qual-quer temperatura que possacausar algum tipo de fragiliza-ção do material. No entanto,esta temperatura nunca podeser inferior a 200ºC. O tem-po de tratamento dependeráda temperatura adotada, nãopodendo ser inferior a:❿ 18 h se a temperatura for de

200ºC;❿ 6 h se a temperatura for

250ºC;❿ 2 h se a temperatura for de

300ºC;❿ 1 h se a temperatura for

maior ou igual a 400ºC;• para aços com limite de resis-

tência superior a 1400 N/mm2

associado a algum tipo detratamento mecânico de in-dução de tensão de compres-são superficial: é recomendá-vel que o tratamento térmicode alívio de tensões seja efe-tuado antes de tratamentomecânico de indução de ten-são de compressão superficial.Em caso da necessidade de seefetuar primeiramente o tra-tamento mecânico por toda asuperfície do item, dispensa-se o tratamento térmico dealívio de tensão. No entanto,se o tratamento mecânico forefetuado apenas em parte dasuperfície do item considera-do, pode-se efetuar o trata-mento de alívio de tensãoposterior ao tratamento me-cânico, devendo neste caso

Neste artigo, o foco será o alívio de tensões e o desengraxe das peças

antes do processo de fosfatização

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

tratamento de alívio detensões é realizado paraevitar que produtos em

processo de fosfatização soframtrincamento ou ruptura devido àincorporação de hidrogênio. Defato, durante o processo de fosfa-tização são vários os estágios queapresentam grande potencial decausar a penetração de hidrogê-nio atômico para o interior daspeças, citando-se a decapagem ea fosfatização propriamente dita.Assim se o nível de tensões detração residuais for muito eleva-do, o trincamento, devido àincorporação de hidrogênio atô-mico, poderá ocorrer durante oprocesso de fosfatização.

A necessidade de um trata-mento térmico de alívio de ten-sões é governada pela históriametalúrgica do item a ser fosfati-zado. Por exemplo, se um produ-to foi recozido, normalizado oufoi submetido a um tratamentotérmico de revenimento (nestecaso após uma têmpera) dispen-sa-se este tratamento. No entan-to, se o item a ser fosfatizado foisubmetido a um tratamento tér-mico de têmpera sem reveni-mento, ou se foi submetido a tra-balho de conformação, e portan-to apresentar tensões residuais detração, o alívio de tensões faz-senecessário para evitar problemasde corrosão sob tensão ou danifi-cação por hidrogênio ou falhaspor fadiga durante o processo defosfatização.

Recomenda-se que o trata-mento de alívio de tensões sejaefetuado após a limpeza ade-quada da superfície do itemconsiderado.

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adotar uma temperatura nafaixa de 200ºC a 230ºC.

Cabe lembrar que, além dahistória metalúrgica do produ-to a ser fosfatizado, a necessida-de de um tratamento de alíviode tensões também é função deoutros parâmetros, a saber(menke, 1991):

• da severidade da decapagem.Se a decapagem for realizadaem ácidos diluídos e o tem-po de decapagem for muitocurto, a incorporação de hi-drogênio é minimizada po-dendo não se tornar necessá-rio um tratamento de alíviode tensões;

• tipo de banho de fosfatizaçãoutilizado: banhos com acidezlivre baixa e curtos tempos defosfatização diminuem a pro-babilidade de incorporaçãode hidrogênio atômico.

DesengraxamentoO desengraxamento é o pro-

cesso que consiste em removerda superfície metálica materiaisestranhos indesejáveis, tais comoóleos, graxas. A presença de fil-mes de óleos ou graxas inibe aformação de camadas fosfatiza-das ou determina a obtenção decamadas não-uniformes. No en-tanto, se a espessura deste filmefor muito baixa, a influência nãoserá negativa visto que este filmeé removido logo na fase inicialdo processo de fosfatização (rau-sch, 1990, p.82). É um fato co-nhecido que a presença de umfiníssimo filme orgânico prove-niente, por exemplo, de resíduosde óleo mineral ou benzeno, de-termina a obtenção de camadasfosfatizadas de cristais finos(rausch, 1990, p.84).

O estágio de desengraxamen-to deve necessariamente prece-der o da decapagem, pois qual-quer resíduo de óleo presente nasuperfície do metal estará sobreóxidos ou carepas. De fato, se asuperfície metálica estiver direta-mente em contato com algum ti-

po de óleo ou graxa, sua superfí-cie estará isolada do meio, nãopodendo ocorrer a formação dequalquer produto de corrosão.Assim, se algum tipo de óleo ougraxa estiver presente na superfí-cie de um metal, este estará emcontato direto com o metal ouestará sobre algum produto decorrosão.

Basicamente dois tipos dedesengraxantes são utilizados naindústria de tratamento de su-perfície:

• solventes orgânicos;• desengraxantes alcalinos.

A escolha entre estes dois ti-pos deve levar em consideração otipo de óleos ou graxas existentena superfície do item a ser pro-cessado. Atualmente, a grandemaioria dos metais utilizados naindústria é coberta por um filmede óleo para conferir proteçãocontra corrosão durante armaze-namento e transporte. Outro ti-po de óleo que pode estar presen-te nas superfícies dos metais sãoos lubrificantes utilizados paracorte ou conformação.

Alguns tipos de óleos ou gra-xas são facilmente removíveis ou-tros não. Geralmente, os óleosou graxas de origem animal ouvegetal são de mais fácil remo-ção, e um desengraxamento comsolventes orgânicos pode ser apli-cado com sucesso. Os óleos mi-nerais, os sintéticos, especial-mente os oxidados ou queima-dos, os sabões de metais pesados,os produtos utilizados em poli-mento, os compostos contendosilicones são de mais difícil remo-ção (altmayer, 1999), podendorequerer o uso de desengraxantesalcalinos fortes. Deve-se evitar autilização de pastas de polimentoà base de compostos insaturados.Durante o polimento, o aumen-to da temperatura (devido aocalor gerado) pode determinar aoxidação destes compostos trans-formando-os em compostos dedifícil remoção (Metals Hand-book, 1987, p.439).

Pigmentos presentes em al-guns tipos de óleos podem tam-bém trazer problemas como é ocaso da adição de talco em óleosde estampagem: desengraxantescomuns podem retirar o óleo,mas não o talco. Experiênciasmostraram que aumentando aconcentração dos desengraxantese diminuindo a temperatura(abaixo de 71ºC) é possível aremoção do óleo e do talco (Me-tals Handbook, 1987, p.439).Este é um exemplo que inclusivecontraria o seguinte conceito:quanto mais concentrado e mai-or a temperatura maior é a efi-ciência de um desengraxante al-calino.

Desengraxantes alcalinosSem dúvida nenhuma, os de-

sengraxantes alcalinos são maisutilizados nas plantas de fosfati-zação, devido ao menor custo,maior eficiência e condiçõesmais adequadas no que se refereà segurança de trabalho (os sol-ventes apresentam o problemade emissão material orgânico vo-látil na atmosfera).

Um desengraxante alcalinotípico pode conter na sua formu-lação os seguintes compostos(freeman, 1988 , p. 44):

• um composto de caráter alca-lino, como por exemplo hi-dróxido de sódio ou carbona-to de sódio;

• compostos como silicatos efosfatos;

• um agente dispersante, um a-gente surfactante e um emul-sionante;

• seqüestrantes de íons metáli-cos que inclusive podem se-qüestrar íons de cálcio oumagnésio para diminuir a du-reza da água;

• tamponantes como por exem-plo boratos;

• um agente refinador de grãode fosfato. Este agente vai in-fluenciar na granulometria dacamada fosfatizada.Os desengraxantes alcalinos

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podem ser utilizados por imersãoou aspersão, e tradicionalmentesão utilizados a temperaturasentre 45ºC a 60ºC. A formula-ção dos desengraxantes variamuito sendo dependente dos se-guintes fatores:

• do grau de sujidade da super-fície dos itens a serem proces-sado. Superfícies metálicasmuito contaminadas reque-rem desengraxantes mais for-tes (mais alcalinos, portantocom maiores valores de pH);

• do método de aplicação, seimersão ou aspersão. Porexemplo, um desengraxanteque será aplicado por asper-são tem normalmente menorquantidade de surfactantesou o surfactante utilizado édo tipo que forma menorquantidade de espuma;

• da temperatura de aplicação.Atualmente, existem váriasformulações que permitem ouso de desengraxantes alcali-nos a temperaturas mais bai-xas (25ºC a 40ºC). O uso detemperaturas mais baixas foipossível devido ao desenvolvi-mento de novos tipos de sur-factantes.Devido ao baixo custo dos

desengraxantes alcalinos, nor-malmente estes são descartadosquando ficam saturados comóleos ou graxas. No entanto, épossível a remoção das partículasde óleos ou graxas por ultrafiltra-ção contínua. Se esta prática foradotada e se o desengraxante forsubmetido à análise periódica se-guida de reforço, é possível utili-zar os desengraxantes por perío-dos muito longos.

Conforme será visto maisadiante, o uso de desengraxantesalcalinos determina a obtençãode camadas com cristais de fosfa-tos grosseiros, sendo isto maispronunciado quanto mais alcali-no for o desengraxante (maiorpH). Por outro lado, a eficiênciade um desengraxante é tantomaior quanto mais alcalino.

Muitas vezes, necessita-se deuma limpeza eficiente e camadasfosfatizadas com cristais finos.Nestas condições, deve-se lançarmão dos refinadores de grão. Es-tes refinadores, que, para os ba-nhos à base de fosfato de zinco,são normalmente compostos detitânio, por exemplo, fosfato co-loidal de titânio (woods &spring, 1979), podem ser utili-zados como aditivos de desen-graxantes alcalinos, compensan-do o efeito prejudicial da elevadaalcalinidade dos desengraxantes.Outra opção é o uso de uma so-lução especialmente formuladacontendo os tais compostos detitânio num estágio imediata-mente anterior ao banho de fos-fatização.

Os desengraxantes que con-têm os compostos de titânio ci-tados são denominados desen-graxantes ativados ou desengra-xantes titanados (activated clea-ner ou titanated cleaner). Osmecanismos de ação dos com-postos de titânio não são muitobem estabelecidos: acredita-seque as partículas coloidais detitânio são adsorvidas na super-fície do metal em processo defosfatização constituindo em sí-tios ativos onde são nucleadosos cristais de fosfato.

Os desengraxantes ativadosapresentam limitações, a saber(woods & spring, 1979):

• os compostos de titânio ten-dem a se decompor quando opH do desengraxante estiverfora da faixa compreendidaentre 8 e 10. Assim, deve-seescolher um desengraxanteadequado que seja eficientenesta faixa de pH;

• os compostos adsorvidos po-dem ser lixiviados durante aslavagens feitas após o desen-graxamento.

Solventes orgânicosA limpeza com solventes é a

maneira mais simples de desen-graxamento. Ela pode ser reali-

zada por imersão, por aspersão,fase vapor ou simplesmentemanualmente por esfregamentocom panos embebidos com osolvente. Apesar desta versatili-dade, seu uso tem sido cada vezmenos freqüente devido às se-guintes razões:

• o uso de solventes orgânicostem sofrido restrições atravésde leis que restringem o usode produtos que possam e-manar compostos voláteisagressivos ao meio ambien-te e à saúde do homem. Agrande maioria dos solventesorgânicos são tóxicos ou nar-cóticos;

• o uso de solventes orgânicostrazem também riscos de in-cêndio ou de explosão, poiseles, por si só, são inflamáveis.Pelas razões expostas, os sol-

ventes orgânicos são mais utiliza-dos em grandes instalações in-dustriais, automáticas ou semi-automáticas, nas quais medidasde segurança contra incêndio ouexplosões são tomadas e o opera-dor não entra em contato com osgases emanados pelos solventes.Os solventes orgânicos mais uti-lizados são (freeman, 1988,p.45, wolynec, wexler e feni-li, 1992, p.31-43):

• solventes à base de hidrocar-bonetos clorados (como per-cloroetileno, tricloroetileno eo 1,1,1, tricloroetano) aquente: para executar a lim-peza com solventes clorados aquente é necessário recorrer-se a equipamentos especiaisque permitem o reaproveita-mento do solvente utilizadopor destilação. Estes equipa-mentos são necessariamentemunidos de dispositivos queevitam a emanação destes sol-ventes na atmosfera, uma vezque são altamente tóxicos. Odesengraxamento pode serfeito por imersão, por asper-são ou fase vapor. Podem-seadotar ciclos, tais como duplaimersão seguida de fase vapor,

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p.439.MENKE, Joseph T. 1991. Phosphate

coating specifications – a comparison.Metal Finishing. v.89, n.10, p.23-27, Oct.

RAUSCH, W. 1990. The phosphating ofmetals. 1st.ed. Great Britain :Redwood Press, 416p.

WOODS, K.; SPRING, S. 1979. ZincPhosphating. Metal Finishing. v.77,n.4, p. 56-60, Apr.

aspersão, por esfregamentocom estopas ou panos embe-bidos com solvente limpo oupor escovamento com esco-vas de cerdas macias embebi-das com solvente. A eficiên-cia da limpeza é altamentedependente da lavagem finalcom água.A tabela 1 apresenta as vanta-

gens e as desvantagens de cadatipo de solvente mencionado.

Na próxima edição, as etapasde decapagem e tratamento me-cânico das superfícies para aremoção dos produtos de corro-são serão abordadas.

Referências bibliográficasALTMAYER, F. 1999. Training

“Colombo”, Part III - Soil removalPlating and Surface Finishing. v.86,n.5, p. 106-108, May.

FREEMAN, D. B. 1988. Phospatingand metal pre-treatment. 1st ed.New York : Industrial Press, 229p.

BS 3189 : 1991; ISO 9717; 1990.Method for specifying phosphate con-version coatings for metals. London:British Standards Institution, 1990,15p.

METALS Handbook. 1987. 9 ed.Metals Park : ASM, 17v. v.5 : surfa-ce cleaning, finishing and coating.

para aumentar a eficiência dalimpeza;

• solventes à base de petróleo(como querosene) ou hidro-carbonetos clorados (per-cloroetileno, tricloroetilenoe o 1,1,1, tricloroetano) afrio: podem ser aplicadospor imersão, por aspersão,por esfregamento com esto-pas ou panos embebidoscom solvente limpo ou porescovamento com escovas decerdas macias embebidascom solvente;

• solventes emulsionáveis: odesengraxamento com sol-ventes emulsionáveis é feitacom solventes aos quais sãoadicionados agentes emulsifi-cantes. O solvente mais utili-zado para este tipo de limpe-za é o querosene. A limpeza éfeita em dois estágios: pri-meiro é feito o contato dasuperfície metálica com aemulsão e, em seguida, lava-se a superfície metálica comágua. No primeiro estágio, asujeira não é retirada da su-perfície metálica, isto ocorredurante a lavagem com água.A aplicação da emulsão po-de ser feita por imersão, por

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Tipo de solvente Vantagens Desvantagens

TABELA 1 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS TRÊS TIPOS DE SOLVENTES MAIS UTILIZADOS

Solventes à base de hidrocarbonetosclorados (como percloroetileno,tricloroetileno e o 1,1,1, tricloroetano)a quente

Solventes à base de petróleo (como querose-ne) ou hidrocarbonetos clorados (percloroe-tileno, tricloroetileno e o 1,1,1, tricloroeta-no) a frio

Solventes emulsionáveis

• limpeza eficiente;• solvente é recuperável, portanto apresenta

pouco problema de efluente;• não oferece riscos de incêndio.

• equipamento simples;• não necessita de aquecimento.

• equipamento simples;• não necessita de aquecimento;• elimina sais solúveis e suor devido

à lavagem com água.

• custo de investimento inicial alto paragarantir a segurança do trabalhador;

• pode ocorrer decomposição do solvente eliberação de ácido clorídrico e fosgênio;

• não elimina resíduos de suor humano.

• alguns tipos de solventes apresentam ris-cos de incêndio;

• como a segurança do trabalhador dependedo uso de equipamentos de segurançaindividuais, é necessário treinamento dostrabalhadores e controle rigoroso;

• não elimina resíduos de suor humano.

• os solventes utilizados são inflamáveis;• problemas com efluentes.

Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Ciências(Fisico-Química) pela USP.Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de SãoPaulo – IPT. Laboratório de Corrosão eProteção – LCP. Doutora em Química(Fisico-Química) pela USP.Pesquisadora do LCP.

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Artigos Técnicos

Plano de Gerenciamentode Integridade de Dutos

contra Corrosão – Parte 2

evento condicional chamadofragilização pelo hidrogênio, quepode ser externo (parkins, 1994,bueno, 2004, ASM MetalsHandbook, 2003, NationalEnergy Board, 1996 etc.) e inter-no (ASM Metals Handbook,2003). Esta ameaça de falha éconsiderada um evento condi-cional porque sua ocorrência estávinculada a diferentes eventossubseqüentes.

Os mecanismos de descola-mento catódico e trincamentoexterno ocorrem devido à mes-ma causa, ou seja, um sistema de

O conhecimento dos mecanismos de corrosão possíveis de ocorrer em dutos é o primeiro passopara garantir que o gerenciamento de integridade contra corrosão seja eficiente.

Por José A. C.

Ponciano

Por Alysson Helton

Santos Bueno

s falhas relacionadas adanos pelo hidrogêniotambém podem ser en-

quadradas na categoria Environ-mentally Assisted Cracking. Con-tudo, é importante considerarque as falhas relacionadas pordanos pelo hidrogênio não po-dem ser analisadas da mesmaforma que se avalia as falhas porCST. Cada mecanismo ocorre deuma forma específica e diferente,ou seja, parâmetros importantesque são imprescindíveis para ummecanismo podem não ter ne-nhuma influência sobre o outro.

A figura 6 apresenta a árvorede falhas proposta para o modode falha danos pelo hidrogênioem dutos. Esta ameaça podecausar dois tipos de falhas. A pri-meira, descolamento catódicodo revestimento, é consideradaum evento condicional e suaocorrência está associada a locaisao longo do duto com falhas norevestimento e imposição de po-tenciais off excessivamente cató-dicos (freitas e newmam,2004). O outro modo de falha éo trincamento do metal. Esteevento básico é gerado por outro

Figura 6: Árvore de falha para o mecanismo de danos pelo hidrogênio em dutos.

(*) Este potencial deve ser determinado pelas características do solo e revestimento.

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proteção catódica que estejaimprimindo potenciais off ex-cessivamente catódicos no du-to. Critérios propostos pelanorma ISO 15589-1 (ISO15589-1) referentes ao sistemade proteção catódica são discu-tidos e reformulados por Bue-no (bueno, 2007). SegundoPourbaix (pourbaix, 1963),quando o aço está protegido dacorrosão também está abaixoda linha de equilíbrio H/H+,nestas condições a redução dohidrogênio se torna termodi-namicamente espontânea.

Quando o sistema de pro-teção catódica está atuando emum duto, devido ao potencial ca-tódico off aplicado, ocorrerá es-pontaneamente a redução do hi-drogênio na superfície do metalonde se tem falhas no revesti-mento. Neste caso, ocasionandoa alcalinização do solo que estáem contato com a superfície dometal. Isto explica o pH do solomedido in situ na interfaceduto/solo que apresenta geral-mente um valor acima de 9,0(bueno, 2007).

Este aumento de OH- é de-corrente dos H+ presentes na in-terface metal/solução que se re-duzem para gás hidrogênio (H2)e parte para hidrogênio atômicoadsorvido (H0-ADS). Nestecaso, é este hidrogênio atômicoadsorvido que causa os danospelo hidrogênio no duto. É im-portante considerar que tododuto que está sob um sistema deproteção catódica, poderá sofrerefeitos de danos pelo hidrogêniodependendo do potencial cató-dico off imposto (ASM MetalsHandbook, 2003).

Embora os mecanismos dedescolamento catódico e trinca-mento externo ocorram devido àimposição do sistema de prote-ção catódica. Cada mecanismoapresenta certas particularidadesno seu desenvolvimento. Sendoassim, a análise de cada mecanis-mo deve ser feita separadamente.

O mecanismo de trincamen-to externo, causado pelo efeitode fragilização pelo hidrogênio(FH), não é considerado comoameaça de falha pelo códigoASME B31.8S (ASME B31.8S– 2001). O código considera co-mo ameaça ao trincamento so-mente o efeito de CST. Contu-do, é importante ressaltar que osresultados obtidos por Bueno(bueno, 2007) mostram que oefeito do trincamento por fragi-lização pelo hidrogênio pode sermais agressivo e danoso para ometal, se comparados com oefeito do trincamento causadopor CST.

O mecanismo de fragilizaçãopelo hidrogênio na superfície ex-terna do duto é considerado umevento condicional (figura 6).Neste caso, sua incidência é ini-cialmente dependente da ocor-rência de dois eventos. Primei-ramente deve-se ocorrer a quebrado revestimento, que é conside-rado um evento falha. Bueno(bueno, 2007) relata que as ca-racterísticas metalúrgicas seriamum evento condicional, uma vezque influenciam na suscetibili-dade à FH.

Após a ocorrência da quebrado revestimento, o processo deredução do íon H+ na superfíciedo metal poderá ser função detrês eventos (figura 6). Doiseventos são condicionais ao tipode solo onde o duto está enterra-do, sendo o pH do solo e teor deBactérias Redutoras de Sulfato.O terceiro evento é consideradoum evento falha porque ocorredevido à falha na imposição dospotenciais catódicos off, ou seja,na imposição de potenciais offexcessivamente catódicos Osresultados apresentados porBueno constataram que este é oprincipal evento que causa a re-dução do íon H+ na superfíciedo metal.

Antes de ocorrer o processode trincamento induzido pelo hi-drogênio é necessário que ocorra

a difusão deste hidrogênio atô-mico para o interior do metal.Bueno (bueno, 2007) compro-vou em ensaios de permeaçãopelo hidrogênio que os aços daclasse API 5L X60 e X80 sãosuscetíveis à permeação pelohidrogênio quando submetidosà polarização catódica. Ambosos metais apresentaram um fluxomáximo de permeação de hidro-gênio com a imposição do po-tencial de 700 mV abaixo do po-tencial de corrosão. Contudo,foi verificado que a 300 mVabaixo do potencial de corrosão,ambos os aços já apresentaramdensidades de corrente de per-meação consideráveis.

Nestas condições, conside-rando que o efeito da resistivida-de é suprimido no extrato aquo-so do solo. Pode-se inferir que asobre-tensão de -406 mV entre opotencial catódico off e a linhaH/H+ do diagrama de Pourbaixjá é suficiente para causar perme-ação pelo hidrogênio nos locaisonde haja falhas e porosidadesno revestimento.

A norma ISO 15589-1 (ISO15 589-1, 2003), referente àproteção catódica, relata que opotencial catódico máximo apli-cado em duto deve ser -1200mV (Cu/CuSO4). Porém, anorma não define se esse poten-cial é on ou off. Contudo, estepotencial é relacionado somentea falhas de descolamento dorevestimento, não se mencio-nando a permeação pelo hidro-gênio no aço. Porém, como des-crito no parágrafo anterior, 300mV abaixo do potencial de cor-rosão já foi suficiente para cau-sar difusão do hidrogênio nometal. Neste caso, um projetode sistema de proteção catódicatambém deve considerar estemecanismo.

É importante considerar quelocais do duto que estão próxi-mos dos retificadores podemestar submetidos a potenciais onextremamente catódicos, ou seja,

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muito mais negativo que -1200mV (Cu/CuSO4). Trabalhostécnicos realizados pela equipeda COPPE (ponciano e bueno2006) comprovam que, próxi-mos dos retificadores, os poten-ciais catódicos on podem atingir–14 V (Cu/CuSO4).

Gabeta et. al. (gabeta et. al,2001) relatam em seu trabalhoque tensões impostas dentro doregime elástico do material jun-tamente com um meio com hi-drogênio já são capazes de cau-sar trincamento. Este trinca-mento dentro do regime elásti-co foi comprovado por Bueno(bueno, 2007), referente aosensaios com carga constante.Nestes ensaios, o aço API X60apresentou relaxação da tensãoaplicada após a imposição dopotencial de 300 mV abaixo dopotencial de corrosão. Estarelaxação da tensão ocorreu de-vido ao trincamento provocadopelo efeito da fragilização pelohidrogênio.

Com base nas análises destesresultados, fica claro que os açosaqui avaliados podem ser susce-tíveis à fragilização pelo hidro-gênio quando exigidos dentrodo regime elástico, que são ascondições usuais a que os dutosestão submetidos. Neste caso,pode-se inferir que se uma seçãode um duto estiver submetida atensões em torno de 90% dolimite de escoamento, e se nestespontos o potencial catódico offestiver com sobre-tensão com alinha H/H+ maior que -400 mV,este pontos podem ser suscetíveisao trincamento por fragilizaçãopelo hidrogênio.

Nestas condições, o mecanis-mo de fragilização pelo hidro-gênio externo é caracterizado pe-la ocorrência de trincamento de-vido à exposição a um meio hi-drogenante, podendo ocorrersob tensões impostas abaixo dolimite de escoamento do aço. Otrincamento será dependente daquantidade de hidrogênio adsor-

vido na superfície externa doaço, da tensão imposta ou tensãoresidual, do tratamento térmicoe da microestrutura.

Parkins (parkins et. al.,1994) relata, por meio de ensaiosexperimentais, que a incidênciade CST em dutos ocorre atravésde dois mecanismos, CST empH neutro e CST em pH alcali-no. Vários autores (souza, 2002,National Energy Board, 1996,etc.) avaliam falhas reais de trin-camento em dutos considerandoas características destes mecanis-mos, o que pode ser uma avali-ação imprecisa, pois os autoresavaliam somente o potencial deproteção catódica atual na falha,e não o perfil de proteção catódi-ca ao longo do tempo. O poten-cial poderia estar acima da linhade imunidade, provavelmentedevido a uma falha no SPC.Contudo, este potencial pode terpassado por períodos longos sobimposição de um potencial offexcessivamente catódico, o quepoderia causar um acúmulo dehidrogênio dentro do metal.

O mecanismo de descola-mento catódico é consideradoum evento condicional, ou seja,sua ocorrência está condicionadaà imposição de potenciais exces-sivamente catódicos e locais comfalhas e porosidade no revesti-mento ao longo do duto, ambosconsiderados evento falha.

Freitas e Newmam (freitas enewmam, 2004) relatam que omecanismo de descolamentocatódico ocorre devido ao efeitoda redução do oxigênio e do hi-drogênio na superfície do metal.Neste caso, devido a essa reduçãoocorre a formação de hidroxila,ocasionando a alcanilização dasuperfície metal/solo e o descola-mento catódico.

O mecanismo de trincamen-to interno é descrito por (tho-mas et al., 2002). A sua ocorrên-cia está relacionada com a tensãoimposta e com os teores de H2Spresentes no fluido transporta-

do. O autor relata que o H2Sfunciona como um agente cata-lisador, ou seja, o H2S presentena solução se dissocia, o ânionHS- age como um envenenadorcatalítico da reação de recombi-nação dos átomos de hidrogênio.Deste modo, o hidrogênio atô-mico não sofre recombinação e,conseqüentemente, não se for-ma o gás hidrogênio (H2), fa-vorecendo assim o aumento daconcentração de hidrogênio atô-mico adsorvido na superfície dometal.

Outro tipo de trincamentoque os aços podem estar sub-metidos é o trincamento de fadi-ga sob corrosão. Clifford et. al(clifford et. al, 2006) relatamque o trincamento por este me-canismo ocorre devido ao efeitocombinado de tensões cíclicas eum meio corrosivo. Os mesmosfatores mecânicos que controlama fadiga também controlam a fa-diga por corrosão, ou seja, astensões cíclicas podem ser origi-nadas por flutuações de pressãosendo mais intensa próximos aoscompressores, bem como por va-riações na temperatura. Con-tudo, neste trabalho não foramavaliadas as condições de car-regamento dinâmico, que cau-sam fadiga sob corrosão.

Corrosão bacteriológicaO efeito da corrosão bacteri-

ológica em geral é acoplado aosíndices de avaliação de corrosivi-dade de solos (magalhães,2002), chamado de índice deTrabanelli modificado. Contu-do, a análise da corrosão bacteri-ológica deve ser conduzida comcritérios, ou seja, os locais aolongo do duto que forem detec-tados solos com altos teores debactérias devem ser monitora-dos com maior precaução.

Este tipo de corrosão está re-lacionado com as bactérias pre-sentes no solo e é resultado daação de microorganismos dos ci-clos do ferro e enxofre. Nestes

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grupos, merecem destaques asbactérias redutoras de sulfato(BRS) que, sob condições anae-róbicas, atuam reduzindo osulfato a H2S, o que propicia afragilização pelo hidrogênio eformação do produto de cor-rosão característico como FeS(sulfeto de ferro). Outras bac-térias que merecem atenção sãoas bactérias oxidantes de enxofree ferro, que oxidam compostosreduzidos de enxofre a ácido sul-fúrico, o que abaixa o pH do so-lo, agindo diretamente sobre ometal do duto.

Análise finalÉ importante considerar que

os mecanismos de corrosão des-critos podem atuar de formaconjunta ou isolada, dependen-do das condições específicas en-contradas no local da falha. Aação conjunta de vários mecanis-mos se torna mais danosa que aação de um único mecanismo.

Embora possa ocorrer a açãode diferentes mecanismos con-juntamente, cada um atua deforma diferente no duto, apre-sentando fatores e característicasespecíficas para sua ocorrência.Portanto, é necessário que a ava-liação de integridade contra cor-rosão em dutos seja feita levandoem consideração também o me-canismo que gerou a falha, e nãosomente o formato da área cor-roída, como avaliado pelo códi-go ASME (ASME B31.8S –2001). Assim sendo, os pontosde perda de massa no duto de-vem ser avaliados pela curva deresistência (ASME B31.G,1991) juntamente com o meca-nismo que o causou. Desta for-ma, será possível detectar ospontos ao longo do duto que sãosuscetíveis a cada mecanismo dedegradação. É importante desta-car que a curva de resistência nãoavalia falhas do tipo trincamen-to. Estas falhas devem ser avali-adas através de mecânica dafratura (ASM Metals Hand-

book, 2003). São requeridostambém recursos especiais deinspeção para detecção destes ti-pos de falha.

Com base na descrição dosmecanismos de corrosão descri-tos anteriormente. Se o operadordo duto avaliar as falhas junta-mente com o mecanismo que agerou, ele terá informações ne-cessárias para priorizar os pontosmais críticos. Veja o exemplo.Considere a curva de resistênciaapresentada na figura 7. Estacurva foi obtida em trabalhostécnicos (bueno, 2007).

Ambos os defeitos A, B e Cdevem ser reparados, porém ostrês só poderão ser reparados se-paradamente e em tempos dife-rentes. Neste caso, o operadordeve definir qual dos defeitosdeva ser reparado primeiramen-te. Se ele não avaliou o mecanis-mo que causou estas falhas, elenão saberá qual delas é maiscrítica à segurança e integridadedo duto. Sendo assim, não teráparâmetros para priorizar o ser-viço de manutenção. No entan-to, se avaliarmos o mecanismode degradação que causou estasfalhas, será possível priorizar aação de manutenção.

Com base nestes conceitosapresentados, Bueno (bueno,2007) propõe uma metodologiaque abrange e combate de formaconcisa todos estes mecanismosde degradação, bem como defi-

ne ao longo do duto os locaismais suscetíveis a cada mecanis-mo de corrosão. Na segunda par-te da metodologia, o autor apre-senta uma seqüência lógica deanálises de dados de inspeção emanutenção.

Nesta etapa é apresentadauma metodologia para análiseintegrada de dados de inspeçãoem dutos. O objetivo desta me-todologia é apresentar uma for-ma lógica e integrada de avaliaros dados de inspeção e proteçãocontra corrosão. Desta forma, se-rá possível garantir a integridadeestrutural do duto contra pos-síveis ameaças de falha por pro-cessos corrosivos.

Esta metodologia de análiseutiliza como base os mecanismosde falha por corrosão, descritosneste trabalho, bem como análi-ses das técnicas de proteção con-tra corrosão, sendo elas sistemade proteção catódica e revesti-mento, bem como nas técnicasde inspeção DCVG e PIG ins-trumentados. A integridade doduto contra as ameaças de cor-rosão deve ser monitorada emrotinas de inspeção, que devemmonitorar a integridade do re-vestimento, a eficácia do sistemade proteção catódica e detectarperdas de massa ocorrida peloprocesso de corrosão.

As avaliações da integridadedo revestimento podem ser feitaspor diversas técnicas. Nesta me-

C & P • Setembro/Outubro • 2008 27

Fig. 7: Curva de resistência de dados de inspeção por PIG instrumentado.

Dee

p m

ax/t

L/(Rt)^1/2

� LP-TIb— Curva de projeto— Acima de 80%

� C� A

� B

Bue

no, 2

007

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todologia foi adotada como re-ferência a técnica DCVG. Pode-se escolher qualquer técnica parainspecionar o revestimento, des-de que se garanta a detecção detodos os defeitos relevantes pre-sentes no revestimento.

A inspeção da perda demassa no duto deve ser feita a-través de corridas de pigs ins-trumentados. Contudo, é im-portante lembrar que cada tipode defeito necessita de um pigespecífico para sua detecção.

Estas técnicas de inspeção jásão amplamente aplicadas poroperadores de dutos. Contudo,um aspecto relevante é definircomo estes dados de inspeção emanutenção devam ser avalia-dos. Em muitos casos as equipesde manutenção e inspeção dedutos analisam os dados de cadatipo de inspeção de forma indi-vidual, ou seja, não relacionamas falhas ocorridas com os me-canismos de corrosão que as ge-raram. Nestas condições, a equi-pe de inspeção e manutenção fi-ca restrita em realizar serviços dereabilitação do revestimento,adequação do sistema de prote-

ção catódica e substituição dostrechos corroídos. Quando asavaliações são conduzidas destaforma, não é possível detectaras causas das falhas tanto no re-vestimento quanto na perda demassa do duto, uma vez quenão é possível detectar qual me-canismo que causou a falha eadotar uma abordagem preven-tiva no que se refere às ações demanutenção.

A metodologia apresentadapor Bueno (bueno, 2007) temcomo objetivo definir um pro-cedimento simples para avaliardados de inspeção. Com basenos conhecimento dos meca-nismos de corrosão, será possívelidentificar o mecanismo quecausou a falha, bem como preveros locais ao longo do duto maissuscetíveis à ocorrência de cadatipo de falha ocasionada por pro-cessos de corrosão. Desta forma,como cada mecanismo de falhaapresenta características específi-cas para sua ocorrência, a equipede inspeção será capaz de execu-tar uma rotina de inspeção emanutenção otimizada e dire-cionada para cada trecho do

duto, uma vez que terá conheci-mento dos trechos mais críticosao longo do duto em relação acada mecanismo de falha. Ooperador será capaz de prever eexecutar a manutenção apropria-da para esta ameaça de falha.Desta forma, o operador come-çará a trabalhar com uma manu-tenção em caráter mais preditivo.

Antes de iniciar o processo deavaliação de integridade, o ope-rador deve fazer análises prelimi-nares do duto.• Caracterização do aço utiliza-

do no duto – Esta etapa é im-portante para verificar se o açoestá em conformidade com anorma API 5L (API 5L, 2000),verificar sua composição quí-mica, bem como analisar as in-clusões presentes no metal.(item 5.2.1).

• Avaliar a corrosividade dos so-los ao longo do duto.

• Monitorar a instabilidade dosolo – Detectar pontos críticosde tensionamento ao longo doduto, estes dados serão essenci-ais para detectar locais susce-tíveis ao mecanismo de cor-rosão sob tensão.

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Figura 8: Fluxograma da metodologia de avaliação de integridade em relação a processos de corrosão em dutos.

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Mckay J. S., Biagiotti S. F., Hendren,E. S., 2003 “The challenges of

2. A metodologia proposta (bu-eno, 2007) permite analisarde forma lógica e integrada asinformações de sistemas deproteção contra corrosão e da-dos de inspeção e manuten-ção. A primeira etapa preco-niza a avaliação de integri-dade do revestimento, a serrealizada na fase de início deoperação do sistema. A se-gunda etapa consiste na oti-mização do sistema de pro-teção catódica. Para isso, sãopropostos conceitos com re-lação aos critérios de prote-ção catódica baseados nos re-sultados de experimentos re-alizados e de informações co-letadas na literatura. A ter-ceira e última etapa engloba aanálise de dados de inspeçãopara detecção de defeitos nometal. Esta metodologia apli-cada continuamente permiti-rá consolidar bancos de da-dos mais consistentes.

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• Avaliar possíveis fontes de cor-rentes de interferência.

Após as análises anteriores, ooperador deve iniciar o processode análise integrada dos dados deinspeção. A figura 8 apresenta ofluxograma do processo paraanálise integrada.

A metodologia de análise ébaseada na execução de quatropassos em seqüência, que são osseguintes:Passo 1 – Avaliar a integridade

do revestimento;Passo 2 – Otimizar o sistema de

proteção catódica;Passo 3 – Definir ao longo do

duto os locais críticospara a incidência decada mecanismo dedegradação por cor-rosão;

Passo 4 – Verificar resultados deinspeção por PIGsinstrumentados.

A descrição completa e deta-lhada desta metodologia de aná-lise integrada de dados de ins-peção é proposta pelo autor natese de doutorado (bueno,2007), onde é apresentado umplano completo para gerencia-mento da integridade estruturalde dutos contra corrosão.

Conclusões1. Através do trabalho foi possí-

vel desenvolver diversas árvo-res de falha para cada meca-nismo de corrosão que podeafetar um duto. Estas descri-ções servirão de base para seentender como cada meca-nismo está atuando sobre aestrutura. As diferentes ár-vores de falha concebidas per-mitem definir os mecanismosde geração de defeitos detecta-dos na terceira fase de exe-cução da análise integrada.Com isto é possível atuar deforma preditiva eliminando-seas causas que levaram a inci-dência de um dano por cor-rosão ou evitar a sua propa-gação.

C & P • Setembro/Outubro • 2008 29

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Alysson Helton Santos BuenoDoutor em Engenharia Metalúrgicae de Materiais pela UFRJ.Pesquisador/Formulador pelaInternational Paint/Akzo Nobel.e-mail:[email protected]é A. C. PoncianoDoutor em Engenharia Metalúrgicae de Materiais pela UFRJ.Professor Associado da UFRJ.e-mail: [email protected]

30 C & P • Setembro/Outubro • 2008

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Figura 5: Árvore de falha para o mecanismo de corrosão sob tensão externa em dutos.

ErrataNa primeiraparte desteartigo,publicada naedição nº 22,a figura 6aparece nolugar dafigura 5.Por favor,considere afigura ao ladocomo sendo afigura 5.

Este artigo foiapresentado porAlysson HeltonSantos Buenocomo trabalhooral noIntercorr 2008.

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Artigo Técnico

Noções Básicas sobre Processode Anodização do Alumínio

e suas Ligas – Parte 10

Por Adeval

Antônio

Meneghesso

Colaborador:

João Inácio

Gracciolli

(Surface

Finishing - CBA)

sta parte do artigo irá tra-tar dos ensaios para avali-ação da qualidade e da

conformidade das camadasanódicas.

IntroduçãoA avaliação é definida atra-

vés das normas da ABNT, con-forme segue.

Anodização para finsarquitetônicos

A NBR 12609 – Alumínioe Suas Ligas Tratamento de Su-perfície – Anodização para finsArquitetônicos – Requisitos,fixa os requisitos mínimos dequalidade e os ensaios de con-formidade das camadas anódi-cas para aplicações arquitetôni-cas. Os principais requisitos sãoapresentados a seguir.

Classes de CamadasAnódicas

Em função da agressividadedo meio devem ser adotadasclasses de espessura de camadas

anódicas, conforme tabela 1,sendo que para anodização co-lorida eletrolítica deve-se usarespessura de camada anódica daclasse A13, por exigência doprocesso, e para anodização co-lorida por corantes orgânicos,deve-se usar a da classe A18.

Ensaios de conformidadeA determinação da confor-

midade dos produtos anodiza-dos para aplicações arquitetô-nicas deve seguir as seguintesnormas:

NBR 8967 – Terminologia

NBR 8968 – Classificação

NBR 9243 – Determinação daQualidade de Se-lagem da Anodi-zação pelo Méto-do de Perda deMassa

NBR 12610 – Determinação daespessura de ca-

madas não con-dutoras pelo Mé-todo de CorrenteParasita (EddyCurrent)

NBR 12611 – Determinação daespessura de ca-madas anódicaspelo Método deMicroscopia Ó-tica

NBR 12612 – Determinação daresistência das ca-madas anódicascolorida (solidezà luz) ao intem-perismo acelera-do (UV)

NBR 12613 – Determinaçãoda Qualidade deSelagem da Ano-dização pelo Mé-todo de Absor-ção de Corantes

Proteção e Manutençãoa. Devido à propriedade anfó-

tera do óxido de alumínioformado durante a anodiza-ção, deve-se evitar seu conta-to com produtos alcalinos,tais como, argamassa, cimen-to, massa de reboco e resí-duos aquosos desses mate-riais, e com produtos ácidos,por exemplo, ácido clorídrico(muriático).

b. A fim de evitar esse contato,as peças devem ser protegidastemporariamente com pro-dutos adequados, que sãoremovidos após eliminadasas causas que poderiam vir a

9ª Etapa – Controle de Qualidade

C & P • Setembro/Outubro • 2008 31

Notas:

1. Os números 13, 18 e 23, que sucedem a letra “A” identificam o valor médio dacamada, em micrometros,

2. Em ambientes urbanos com alto nível de poluição ambiental a freqüência delimpeza deve ser feita com intervalos de 12 meses.

3. Ambiente marítimo abrange tão somente os prédios frontais ao mar e sujeitos anevoa salina. áreas marítima mais internas são consideradas litorâneas.

TABELA 1 – CLASSE DE ESPESSURA DE CAMADAS ANÓDICASPARA APLICAÇÕES EXTERIORES/INTERIORES

ClasseEspessura

de CamadaAnódica (µm)

AmbienteTípico

Nível deAgressividade

Freqüênciade Limpeza

(meses)

A13 11 a 15 Rural/Urbano Média/Baixa 18A18 16 a 20 Litorâneo Alta 12A23 21 a 25 Industrial/Marítimo Excessiva 6

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danificar a anodização.c. Para conservação e limpeza

das peças anodizadas, deve seraplicado detergente neutrocom esponja macia; não sedeve usar ferramentas e mate-riais tais como; facas, palhasde aço, etc., ou qualquer meiomecânico que possa vir a dani-ficar a camada anódica.

Exemplos de produtosanodizados para aplicaçõesarquitetônicas

Os produtos fabricados emalumínio e suas ligas, que sedestinam à confecção de janelase acessórios, portas, e acessóri-os, venezianas, batentes, lam-bris, fachadas, brise-soleil divi-sórias, forros, boxes para ba-nheiros e acessórios, rodapés,canaletas, eletrodutos e acessó-rios, calhas, telhas, portões, gra-dis, telas mosqueteira, corri-mãos, balaustradas, arremates,de revestimentos, arremates deazulejos/alvenaria, trilhos decortina etc., são consideradosprodutos anodizados para apli-cações arquitetônicas.

Anodização para FinsTécnicos – Anodização Dura

A NBR 14231 – Alumínioe Suas Ligas Tratamento de Su-perfície – Anodização para finstécnicos – Anodização Dura,fixa os requisitos mínimos dequalidade e os ensaios de con-formidade das camadas anódi-cas para fins técnicos e devemseguir as seguintes normas:

NBR 8967 – Terminologia

NBR 8968 – Classificação

NBR 9243 – Determinação daQualidade de Se-lagem da Anodi-zação pelo Méto-do de Perda deMassa

NBR 12610 – Determinação daespessura de ca-madas não con-dutoras pelo Mé-todo de CorrenteParasita (EddyCurrent)

NBR 12611 – Determinação daespessura de ca-madas anódicaspelo Método deMicroscopia Ó-tica

NBR 12612 – Determinação daresistência da ca-madas anódicascolorida (solidezà luz) ao intem-perismo acelera-do (UV)

NBR 12613 – Determinaçãoda Qualidade deSelagem da Ano-

32 C & P • Setembro/Outubro • 2008

dização pelo Mé-todo de Absor-ção de Corantes

NBR 14128 – Determinaçãoda Resistência àAbrasão da ca-mada anódica daAnodização parafins técnicos (du-ra) – Método deTaber

NBR 14155 – Determinação daMicrodureza dacamada anódicada anodizaçãopara fins técnicos(dura).

Anodização para Bens deConsumo

A norma NBR 14232 –Alumínio e Suas Ligas Tra-tamento de Superfície – Ano-dização para Bens de Con-sumo – fixa os requisitos míni-mos de qualidade e os ensaiosde conformidade das camadasanódicas decorativas e proteto-ras para aplicações em produ-tos que se destinam a bens deconsumo.

Notas:

1. Os números 6 e 13, que sucedem a letra “A”, identificam o valor médio dacamada, em micrometros.

2. Para anodização colorida eletrolítica ou por corantes, as espessuras das camadasanódicas devem seguir as necessidades do processo, obedecendo-se as mesmasexigências da tabela 2.

TABELA 2 – CLASSE DE ESPESSURA DE CAMADAS ANÓDICAS PARA BENSDE CONSUMO

ClasseEspessura

de CamadaAnódica (µm)

Aplicação

A6 5 a 7 InteriorA13 11 a 15 Exterior

Anodizaçãoaplicada para

uso emambiente

externoe para fins

arquitetônicose decorativos

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NBR 9243 – Determinação daQualidade de Se-lagem da Anodi-zação pelo Méto-do de Perda deMassa

NBR 12610 – Determinação daespessura de ca-madas não con-dutoras pelo Mé-todo de Corren-te Parasita (EddyCurrent)

NBR 12611 – Determinação daespessura de ca-madas anódicaspelo Método deMicroscopia Ó-tica

NBR 12612 – Determinação daresistência da ca-madas anódicascolorida (solidez

Os principais requisitos são:

Classes de CamadasAnódicas

A espessura das camadasanódicas deve obedecer aos cri-térios que estão estabelecidosna tabela 2.

Ensaios de ConformidadeA determinação da confor-

midade dos produtos anodiza-dos para aplicações arquitetôni-cas deve seguir as seguintes nor-mas:

NBR 8094 – Material metálicorevestido e nãorevestido –Corrosão por ex-posição à névoasalina.

NBR 8967 – Terminologia

NBR 8968 – Classificação

Eng. Adeval Antônio MeneghessoDiretor superintendente da Italtecno do Brasil – Contato com o autor: [email protected].: (11) 3825-7022

à luz) ao intem-perismo acelera-do (UV)

NBR 12613 – Determinação daQualidade deSelagem da Ano-dização pelo Mé-todo de Absor-ção de Corantes

Adeval23 1/1/04 6:44 AM Page 3

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Opinião

e pensarmos nas empresas,que se sobressaem mesmoem épocas de crise, vere-

mos que a inovação é prioridadepara a sua maioria. São poucas asque conseguem se superar ousuperar as crises e simplesmentesobreviver.

A importância da inovação épercebida como essencial para asobrevivência num cenário cadavez mais competitivo, entretantopoucas empresas exercem algumtipo de iniciativa para colocá-laem prática.

Existem duas causas para queisto não ocorra com tanta fre-qüência: a visão ultrapassada so-bre inovação e o desconhecimen-to de ferramentas que ajudam a“alavancar” a inovação dentrodas empresas. Para muitos, a ino-vação está restrita a empresas quelidam exclusivamente com altatecnologia com investimentosvultuosos em pesquisa e desen-volvimento.

A inovação, porém, tem umaspecto mais amplo, isto é, podevir por meio do desenvolvimen-to de novos clientes, de novosmercados, da gestão de parceriasestratégicas, de novos modelosde negócios, enfim, inovação éuma forma de gerar novo valor sediferenciando de seus concorren-tes. Neste sentido, uma empresapode ser extremamente inovado-ra, sem que venda um produtotecnologicamente superior ao doseu concorrente.

Flávio Ortuño

A importância da inovação

A inovação é uma competência que pode ser desenvolvida em qualquer tipo de empresa de qualquersegmento. Contudo ela deve ser explícita para todos os stakeholders e estar alinhada com

os objetivos de longo prazo da empresa

Flávio OrtuñoGerente de projetos da Turnpoint e especialista em Gestão da Inovação e NegóciosInternacionais, com experiência em Marketing e EstratégiaContato: [email protected] / www.turnpoint.com.br

Uma característica fundamental da inovação é que ela seja gera-dora de valor para todos os stakeholders: para os clientes, que com-pram a melhor marca; para os parceiros estratégicos, com os quaisse compartilham os riscos e os retornos; para os investidores quetêm uma empresa capaz de resistir a crises e gerar um alto retorno;e para os funcionários.

Já para a segunda causa temos dois grupos. O primeiro promo-ve o alinhamento das estratégias da empresa com as de inovação.Auxilia na otimização do portfólio de projetos, alinhando-os com aestratégia de crescimento da empresa, ajustando-os ao risco ineren-te em cada um e direcionando efetivamente os recursos para os pro-jetos que realmente gerem vantagem competitiva e, conseqüente-mente, aumento nos resultados a serem alcançados. Trabalha tam-bém na identificação e na gestão de parceiros estratégicos com osquais existe o compartilhamento de riscos e resultados.

O segundo grupo é composto por ferramentas que promovem aoperacionalização da inovação na empresa, como a identificação debarreiras culturais que impedem o desenvolvimento de um ambien-te propício à inovação e de métricas que propiciem o seu gerencia-mento; a promoção e a captura de insights provenientes de consu-midores e colaboradores de todos os níveis hierárquicos de umaforma estruturada suportada pela tecnologia de informação; pelagestão efetiva e eficiente do pipeline de projetos podendo-se acele-rar ou desacelerar a implantação de um projeto conforme as neces-sidades estratégicas da empresa.

A inovação não está restrita somente a empresas de alta tecnolo-gia. É uma competência que pode ser desenvolvida em qualquertipo de empresa de qualquer segmento, pois existe uma abordagemsistêmica que auxilia as empresas a operacionalizá-la. Entretanto,uma condição é essencial para que a inovação se torne uma fontesustentável de geração de valor. Deve ser explícita para todos os sta-keholders e estar alinhada com os objetivos de longo prazo daempresa.

Cabe aqui uma pergunta, o que sua empresa está fazendo comrelação à inovação para que ela não sucumba na próxima crise?

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Page 33: Ano 5 Nº 23 Set/Out 2008 ISNN 0100-1485 · 2019. 11. 15. · INVESTIMENTOS MOBILIZAM O SETOR INVESTIMENTOS MOBILIZAM O SETOR ENTREVISTA Laerce Nunes, atual vice-presidente da ABRACO

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