Año 1 Mes 1 Continuidad y cambio

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012 Continuidad y cambio Continuidad de Venezuela como nación y como república, continuidad histórica, geográfica y cultural; continuidad política y democrática, continuidad como país andino, latinoamericano y del Caribe; continuidad en el impulso de la paz, la amistad y la justicia entre los pueblos. Cambio para ser realmente independientes y soberanos, cambio para lograr el desarrollo científico y tecnológico, cambio para tener educación formal de alto nivel, cambio del modelo económico rentista petrolero, cambio para garantizar empleo formal calificado bien remunerado, para el bienestar humano permanente, para asegurar la integridad de nuestro territorio, para acabar con las lacras de la corrupción, la marginalidad, la impunidad y la delincuencia; cambio para tener auténticas ciudades y verdaderos ciudadanos y para que todos estén representados en las instancias deliberantes gubernamentales existentes. Cambio para entender que la unidad es parte de la diversidad y que la existencia del colectivo tiene como base la del individuo. Renace esta publicación, ahora en versión electrónica, para descubrir lo que generalmente se nos oculta, para acercar a nuestros ojos lo que se les aleja rutinariamente, para hacer evidente a nuestro entendimiento lo que los poderosos nos han hecho inalcanzable. Publicación que intenta examinar, investigar y cuestionar lo que otros dan por sentado, mediante el análisis de los hechos objetivos, de la realidad histórica y de la discusión argumentada, reduciendo al mínimo posible los a priori, los prejuicios, los afectos, en claro combate del fanatismo que nubla la mente y hace nula la capacidad de pensar, comprender y razonar. Entendiendo que la realidad social es mucho más compleja que la natural y por lo tanto más rica en elementos, por lo que las simplezas ideológicas y políticas no tienen cabida y los blancos y negros como únicas opciones sólo aparecen en momentos particulares del desarrollo de los procesos. Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012 E E n n e e s s t t e e n n ú ú m m e e r r o o : : ¿ ¿ E E s s l l a a v v i i o o l l e e n n c c i i a a u u n n p p r r o o b b l l e e m m a a r r e e a a l l e e n n l l a a V V e e n n e e z z u u e e l l a a a a c c t t u u a a l l ? ? P P o o r r R R o o d d o o l l f f o o M M a a g g a a l l l l a a n n e e s s L L a a P P a a r r a a d d o o j j a a d d e e l l s s o o c c i i a a l l i i s s m m o o r r e e n n t t i i s s t t a a P P o o r r J J u u l l i i o o M M o o r r a a E E n n t t r r e e v v i i s s t t a a a a l l c c o o m m u u n n i i c c a a d d o o r r s s o o c c i i a a l l M M a a r r i i o o V V i i l l l l e e g g a a s s C C h h á á v v e e z z r r e e i i n n a a p p o o r r l l a a c c o o m mp p l l i i c c i i d d a a d d d d e e l l s s i i l l e e n n c c i i o o P P o o r r A A m m é é r r i i c c o o G G o o l l l l o o C C h h á á v v e e z z L L a a h h i i s s t t e e r r i i a a d d e e l l a a s s m m a a s s a a s s e e n n C C o o r r e e a a P P o o r r M M a a r r c c o o s s G G ó ó m m e e z z D D a a y y a a n n P P o o r r V V a a n n e e s s s s a a B B a a r r r r i i o o s s N N o o t t i i c c i i a a s s c c o o n n c c o o n n t t e e n n i i d d o o : : U U n n c c a a s s o o e e x x t t r r a a o o r r d d i i n n a a r r i i o o c c o o n n i i m m p p l l i i c c a a c c i i o o n n e e s s é é t t i i c c a a s s P P o o r r J J u u a a n n F F r r a a n n c c i i s s c c o o P P é é r r e e z z G G o o n n z z á á l l e e z z D D e e c c l l a a r r a a c c i i ó ó n n d d e e l l a a C C o o m m i i s s i i ó ó n n C C o o o o r r d d i i n n a a d d o o r r a a N N a a c c i i o o n n a a l l d d e e l l M M o o v v i i m m i i e e n n t t o o D D e e F F r r e e n n t t e e c c o o n n V V e e n n e e z z u u e e l l a a s s o o b b r r e e l l a a s s d d e e c c l l a a r r a a c c i i o o n n e e s s d d e e l l d d o o c c t t o o r r N N a a v v a a r r r r e e t t e e e e n n r r e e l l a a c c i i ó ó n n a a l l a a s s a a l l u u d d d d e e l l P P r r e e s s i i d d e e n n t t e e d d e e l l a a R R e e p p ú ú b b l l i i c c a a Ó Ó r r g g a a n n o o d d i i v v u u l l g g a a t t i i v v o o d d e e l l M M o o v v i i m m i i e e n n t t o o D D e e F F r r e e n n t t e e c c o o n n V V e e n n e e z z u u e e l l a a : : C C o o m m i i t t é é e e d d i i t t o o r r i i a a l l : : V V a a n n e e s s s s a a B B a a l l l l e e z z a a , , L L u u i i s s F F u u e e n n m m a a y y o o r r T T o o r r o o y y L L u u i i s s C C a a r r l l o o s s S S i i l l v v a a

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Como entendemos que la construcción de patria debe ser una labor de todos o, por lo menos, de una amplísima mayoría de los venezolanos, hemos elaborado una revista electrónica muy modesta, a la que hemos denominado “Continuidad y Cambio”, la cual dará cabida en sus páginas cada mes a una diversidad de posiciones políticas, económicas e ideológicas, nacionales e internacionales, que serán expuestas en forma seria, argumentada y respetuosa con quienes disienten.

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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Continuidad y cambio

Continuidad de Venezuela como nación y como república, continuidad histórica, geográfica y cultural; continuidad política y democrática, continuidad como país andino, latinoamericano y del Caribe; continuidad en el impulso de la paz, la amistad y la justicia entre los pueblos. Cambio para ser realmente independientes y soberanos, cambio para lograr el desarrollo científico y tecnológico, cambio para tener educación formal de alto nivel, cambio del modelo económico rentista petrolero, cambio para garantizar empleo formal calificado bien remunerado, para el bienestar humano permanente, para asegurar la integridad de nuestro territorio, para acabar con las lacras de la corrupción, la marginalidad, la impunidad y la delincuencia; cambio para tener auténticas ciudades y verdaderos ciudadanos y para que todos estén representados en las instancias deliberantes gubernamentales existentes. Cambio para entender que la unidad es parte de la diversidad y que la existencia del colectivo tiene como base la del individuo.

Renace esta publicación, ahora en versión electrónica, para descubrir lo que generalmente se nos oculta, para acercar a nuestros ojos lo que se les aleja rutinariamente, para hacer evidente a nuestro entendimiento lo que los poderosos nos han hecho inalcanzable. Publicación que intenta examinar, investigar y cuestionar lo que otros dan por sentado, mediante el análisis de los hechos objetivos, de la realidad histórica y de la discusión argumentada, reduciendo al mínimo posible los a priori, los prejuicios, los afectos, en claro combate del fanatismo que nubla la mente y hace nula la capacidad de pensar, comprender y razonar. Entendiendo que la realidad social es mucho más compleja que la natural y por lo tanto más rica en elementos, por lo que las simplezas ideológicas y políticas no tienen cabida y los blancos y negros como únicas opciones sólo aparecen en momentos particulares del desarrollo de los procesos.

Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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Como entendemos que la construcción de patria debe ser una labor de todos o, por lo menos, de una amplísima mayoría de los venezolanos, “Continuidad y Cambio” dará cabida en sus páginas cada mes a una diversidad de posiciones políticas, económicas e ideológicas, siempre y cuando sean expuestas en forma seria, argumentada y respetuosa con quienes disienten. Presentamos un producto muy modesto de nuestro trabajo, ya que no disponemos de recursos económicos ni de experiencia suficiente en la materia para mejores realizaciones. Esperamos sí, con el concurso de todos aquéllos que quieran colaborar, mejorar la revista paulatinamente tanto en sus contenidos como en su presentación.

Afirmaciones que siguen vigentes:

LLLooosss pppaaarrrtttiiidddooosss pppooolllííítttiiicccooosss nnnooo tttrrraaatttaaannn dddeee gggaaannnaaarrr eeellleeecccccciiiooonnneeesss pppaaarrraaa

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Camilo Arcaya. Continuidad y Cambio, año 1, N° 1, pp 11, mayo-junio 1995

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Disponer de información adecuada acerca de la efectividad de la gestión pública es una condición imprescindible para poder ejercer el control democrático al interior de una sociedad. Las razones por las cuales esta información no está disponible a veces para los ciudadanos son variadas; algunas veces tiene que ver con la existencia de una política de reserva o secretismo por parte del Estado, otras guarda relación más bien con la existencia de convenciones o modalidades de registro de la información de la que la mayoría de los individuos no están advertidos. Independientemente de la razón que se trate, desde el punto de vista científico y académico se justifica todo esfuerzo para informar a la opinión pública y colocarla en mejor situación para ejercer sus derechos políticos, en particular, aquellos que tienen que ver con la vigilancia democrática de quienes gobiernan.

Particularmente, la percepción social de una situación de elevada inseguridad personal, debido a la ocurrencia de una cifra considerable de homicidios genera gran debate al interior de la sociedad venezolana. El hecho que este debate ocurra, principalmente, entre factores de la polarización política venezolana no ha contribuido a aclarar el fondo del mismo. En las siguientes notas vamos a intentar proporcionar información que pudiera aclarar aspectos centrales de este debate. Las ideas que expondremos aquí han sido desarrolladas al interior de nuestro trabajo en el Instituto de Estudios Políticos de la UCV y forman parte de un texto más extenso que aparecerá en la revista POLITEIA, número 44, editada por este instituto.

Debido a la existencia de una porción considerable de delitos que no son denunciados a la autoridad, frecuentemente se usa como un indicador más confiable de la importancia que la violencia pudiera ocupar en un país, a la cifra de homicidios, delitos que son de denuncia obligatoria y cuya cifra aparece expresada normalmente en términos de una tasa de tantos homicidios por cada cien mil habitantes. En Venezuela, esta tasa ha aumentado de manera considerable desde comienzo de los años noventa (véase Briceño-León y Pérez Perdomo coords. 1999 y Sanjuán 2008). Y a pesar de los valores ya elevados que adquirió durante esos años, ha crecido aún más desde finales de esa década y parece no mostrar aún ninguna señal significativa que nos lleve a pronosticar una mejora en esta situación.

Sin embargo, cuál es -con mayor grado de certeza- la dimensión de este problema. Determinar esto nos lleva a intentar señalar algunas imprecisiones que existen en la manera como comúnmente se trata el tema.

¿Es la violencia un problema real en la Venezuela actual?©

Rodolfo Magallanes

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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Las cifras oficiales, provenientes de los anuarios epidemiológicos, publicados por la autoridad de salud1, permiten reconocer que el número de muertes violentas ha aumentado significativamente desde finales de los años noventa (véase Cuadro 1), debido especialmente al aumento de los homicidios (según el Clasificador Internacional de Enfermedades: X85-Y09).

Durante el período 1998-2007, los suicidios habrían disminuido (-13,18%), mientras que los homicidios aumentaron (202%); es decir, los últimos habrían más que triplicado su magnitud durante estos años. Las muertes combinadas por estas causas (homicidios y suicidios) equivaldrían a aproximadamente 8% del total de muertes ocurridas anualmente en el país, constituyendo ésta actualmente la tercera causa individual en orden de importancia sobre el total de muertes registradas en el país.

Del total de víctimas de homicidio, la gran mayoría son hombres (95%), quienes fallecieron principalmente por heridas de armas de fuego (90%), cuyas muertes ocurrieron generalmente en las vías públicas, y quienes, al momento de su fallecimiento, se encontraban en edad productiva: más de noventa por ciento (96%) poseían entre 15 y 64 años de edad al momento de su muerte; entre éstos el grupo entre 15-24 años de edad representa más de 40% de las víctimas en el país. Encontrándose la edad promedio de estas víctimas en alrededor de los 28 años de edad.

1 Información publicada en los Anuarios Epidemiológicos del Ministerio del Poder Popular para la Salud, años 1995-2007.

AÑOSMuertes

Totales

Total de

Muertes

Violentas

Homicidios/

suicidiosHomicidios Suicidios

Resto de

muertes

violentas (1)

RMV /Homic

1995 96.136 7.089 4.162 3.130 1.032 2.927 94%

1996 100.045 6.838 4.337 3.329 1.008 2.501 75%

1997 98.011 6.287 3.939 2.863 1.076 2.348 82%

1998 100.963 7.585 3.961 2.817 1.144 3.624 129%

1999 104.625 9.550 5.262 4.017 1.245 4.288 107%

2000 105.948 12.009 7.633 6.369 1.264 4.376 69%

2001 110.672 12.076 7.951 6.568 1.383 4.125 63%

2002 110.293 14.319 8.781 7.482 1.299 5.538 74%

2003 121.864 16.888 9.940 8.790 1.150 6.948 79%

2004 117.227 14.954 8.382 7.348 1.034 6.572 89%

2005 117.831 14.262 8.614 7.603 1.011 5.648 74%

2006 121.586 15.962 9.748 8.805 943 6.214 71%

2007 127.463 17.482 10.366 9.478 896 7.116 75%

(1) Incluye Eventos de intención no determinada, Intervenciones legales y Operaciones de guerra.

Cuadro 1: Número de muertes violentas en Venezuela (1995-2007)

Fuente: Ministerio del Poder Popular para la Salud, Anuarios Epidemiológicos, varios años. Cálculos propios

Las cifras oficiales (…) permiten reconocer que el número de muertes violentas ha aumentado significativamente desde finales de los años noventa debido especialmente al aumento de los homicidios. Del total (…) de homicidio, la gran mayoría son hombres (95%), quienes fallecieron principalmente por heridas de armas de fuego (90%), (…) al momento de su fallecimiento, se encontraban en edad productiva: más de noventa por ciento (…) entre 15 y 64 años de edad (…) el grupo entre 15-24 años (…) representa más de 40% de las víctimas en el país.

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Estas cifras no contemplan –sin embargo- una cantidad más o menos equivalente de muertes violentas (“Resto de Muertes Violentas2-RMV-”, CIE: Y10-Y34; Y35-Y36) registradas durante esos años (7.116 para 2007, aproximadamente 5% de las muertes totales), que aparecen segregados en los registros nacionales, fundamentalmente porque la intencionalidad y demás condiciones de estas muertes no fueron suficientemente definidas al momento de su registro, lo que impide su inclusión en las categorías anteriores, correspondiendo más bien a la de “averiguaciones de muerte”3; si bien queda clara la índole violenta de estos decesos, pues sobre la base también de la misma información disponible, se desprende que la mayoría de estos casos están igualmente asociados con el uso de armas de fuego (aproximadamente 70% de ellos). Y la distribución por sexos (91% hombres y 9% mujeres) y edades son similares a la presentada en las estadísticas de homicidios (38% de las víctimas se encuentra entre 15-24 años de edad, 90% entre 15-64 años de edad). Si tomáramos en cuenta como homicidios, estas cifras o al menos una parte de ellas tendríamos que reconocer la existencia de una subestimación de las cifras oficiales de homicidios en nuestro país.

Un hecho adicional que nos permite identificar también la existencia de una subestimación de las cifras oficiales de homicidios en nuestro país, tiene que ver con la distribución de la incidencia nacional de los mismos.

Utilizando sólo las cifras de homicidios oficialmente registradas (véase Cuadro 2A), es posible distinguir en el ámbito nacional entre entidades más o menos violentas, atendiendo a la incidencia de casos por habitantes4: Carabobo es consistentemente la entidad federal con mayor incidencia de homicidios entre los años (1995-2007), mientras que Distrito Federal5, Bolívar, Anzoátegui, Aragua y Portuguesa aparecen en diferentes años en los segundos lugares de esta estadística roja, como las entidades de más alta incidencia de homicidios durante tales años. Mención especial merecen los estados Anzoátegui, Sucre, Nueva Esparta, Apure, Barinas, Cojedes, Bolívar, Mérida, Carabobo, Táchira, Lara, Falcón, Zulia y Yaracuy, regiones en las cuales –en orden decreciente- se ha producido un notable incremento –por encima del promedio nacional- en la incidencia de homicidios. Por otra parte, resulta particularmente notable que el Estado Miranda y Distrito Federal muestren, sobre todo a partir del año 2002, una disminución en sus tasas de homicidios. El estado Zulia, en parte por ser la entidad con mayor población del

2 Incluye eventos de intención no determinada, intervenciones legales y operaciones de guerra.

3 Al respecto comenta una analista: “la denegación de justicia es patente en el alto número de casos incluidos en

“averiguación de muerte” debido a que los mismos se cierran policialmente con “autor” desconocido o clasificados como hechos de ‘causalidad’ desconocida, con lo cual se concluyen casi definitivamente las investigaciones, lo que contribuye a una impunidad sostenida que genera nuevos delitos y nuevas violencias” (Sanjuán 2008, 156). 4 Este análisis es sólo aproximado, pues para su realización se tomó en cuenta la información disponible sobre tasas de

mortalidad diagnosticada para la población, según el lugar de residencia de las víctimas, el cual no necesariamente corresponde con el lugar de la muerte, aunque suponemos que en la mayoría de los casos ambos coinciden. 5 Incluimos al estado Vargas -creado en 1998- dentro del Distrito Federal, para hacer los datos comparables a lo largo de

toda la serie.

Carabobo es consistentemente la entidad federal con mayor incidencia de homicidios entre los años (1995-2007), mientras que Distrito Federal1, Bolívar, Anzoátegui, Aragua y Portuguesa aparecen en diferentes años en los segundos lugares de esta estadística roja, como las entidades de más alta incidencia de homicidios durante tales años. (…) los estados Anzoátegui, Sucre, Nueva Esparta, Apure, Barinas, Cojedes, Bolívar, Mérida, Carabobo, Táchira, Lara, Falcón, Zulia y Yaracuy, regiones en las cuales –en orden decreciente- se ha producido un notable incremento –por encima del promedio nacional- en la incidencia de homicidios.

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país, aporta además al total nacional un número mayor de muertes ocurridas por esta causa, aunque su lugar entre las entidades regionales con mayor número de homicidios, se ha mantenido relativamente constante a lo largo de estos años.

Sin embargo, estos valores contrastan con la información empírica y con resultados de investigaciones previas que permiten prever elevadas tasas de homicidios a nivel nacional, concentradas en Distrito Federal y Estado Miranda: “la violencia como severo problema social está concentrada en la Región Capital: la tasa de homicidios de esta región triplica la del resto del país, que se mantiene en niveles muchos más bajos”. (Briceño-León y Pérez Perdomo 1999, 19). Destaca igualmente en esta distribución que existe cierta “normalización” de los datos, por cuanto la incidencia general de homicidios para Venezuela, ocupa tendencialmente la posición de la mediana, dividiendo la distribución casi en dos partes iguales, lo que tampoco corresponde con la información empírica de una distribución más concentrada de los homicidios en el país.

Así que veamos, qué sucede cuándo agregamos los datos correspondientes a muertes ocasionadas por “Otras causas externas6” (véase Cuadro 2B). Podríamos quizás llegar a resultados más aproximados a la distribución nacional de la mortalidad por violencia, ya que los datos proporcionados sobre homicidios subestiman el impacto de la violencia sobre la mortalidad general, especialmente para las entidades de mayor incidencia de violencia (principalmente, antiguo Distrito Federal -Distrito Capital y Estado Vargas- y Estado Miranda). Para ello, usamos los datos disponibles, a través de la misma fuente (“Anuarios Epidemiológicos”), para la misma serie de años, publicados por las autoridades sanitarias en nuestro país; en particular, las referencias a las muertes ocasionadas por “Otras causas externas” (CIE: W20-W64; W75-W99; X10-X39; X50-X59; Y10-Y89) a nivel de las entidades federales, lo cual comprende las que referimos como “Resto de muertes violentas”, que significarían al menos tres cuartas partes de las mismas, para agregarlos a la información que ya disponemos sobre homicidios.

Las tasas reales de incidencia de homicidios en Venezuela serían mucho más altas que las estimadas inicialmente, distribuidas a niveles alarmantemente elevados en todo el país (véase Cuadro), siendo las entidades con mayor tasa de incidencia de muertes violentas: Distrito Federal (Distrito Capital y Vargas), los estados Miranda y Carabobo; con los estados Bolívar, Aragua, Guárico, Anzoátegui, Táchira y Portuguesa, sucediéndoles alternativamente en diferentes años. Mientras, las entidades federales que revelan mayor incremento reciente en las muertes violentas son, siguiendo un orden decreciente: Sucre (608%), Nueva Esparta (387%), Táchira (383%), Cojedes (347%), Falcón (332%), Portuguesa (326%), Barinas (292%), Mérida (281%), Delta Amacuro (276%), Lara (267%), Guárico (250%), Trujillo (247%), Carabobo (245%), Apure (231%), Bolívar (231%), Yaracuy (229%), Zulia (229%), Anzoátegui (224%), Aragua (217%), Amazonas (215%), Monagas (203%), Miranda (183%) y Distrito Federal (136%).

Destacan entre estos primeros lugares, algunos estados que sirven de puertos al flujo internacional de bienes y personas. Es significativo además el número de muertes violentas que se concentrarían especialmente en unas pocas entidades: Miranda, Distrito Federal, Carabobo y Bolívar, por su población y sus tasas de homicidios significativamente más elevadas en relación con el resto del país, aportan casi la mitad (48%) del total de muertes por estas causas; estas entidades junto con el Estado Zulia representan sobradamente más de la mitad (58%) del total de muertes violentas.

6 Dada la manera como se registra actualmente la información en los Anuarios Epidemiológicos, no se dispone de los

datos de “Resto de Muertes Violentas” discriminados por entidad federal; esto nos obliga a usar la información sobre “Otras causas externas”, para estimar el porcentaje omitido de muertes por violencia. Sin embargo, más de 75% de estas muertes correspondería a las registradas como “Resto de Muertes Violentas”.

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Cuadro 2A: VENEZUELA.Incidencia de homicidios por entidad territorial. Tasas por 100.000 habitantes

DF 23,39 CAR 27,44 ARA 25,68 ARA 25,81 CAR 38,46 CAR 64,62 CAR 45,29 CAR 52,44 CAR 65,48 POR 50,51 CAR 49,27 CAR 58,04 CAR 66,14

ARA 22,03 ARA 25,48 CAR 20,40 BOL 20,00 ARA 34,46 BOL 43,12 ARA 41,38 POR 42,57 POR 51,64 CAR 43,69 ANZ 46,98 BOL 56,66 BOL 57,47

CAR 21,53 DF 19,82 POR 19,38 CAR 19,19 BOL 22,99 ARA 41,89 BOL 37,44 BOL 41,57 BOL 49,28 TACH 40,67 BOL 44,12 ANZ 55,25 BAR 53,40

BOL 16,78 BOL 19,17 BOL 18,82 ZUL 16,42 GUA 22,13 DF 30,45 POR 35,82 ARA 36,31 TACH 47,01 ANZ 38,56 POR 40,84 ZUL 40,27 ARA 44,92

ZUL 16,04 ZUL 18,53 DF 16,53 POR 14,76 ZUL 21,14 LAR 28,90 ZUL 29,46 MIR 32,65 COJ 42,76 YAR 34,88 TACH 37,01 POR 39,00 NE 44,86

MIR 15,62 POR 17,49 ZUL 15,10 GUA 13,13 VZLA 16,83 NE 26,92 VZLA 26,52 COJ 31,51 YAR 37,62 LAR 33,31 ZUL 34,93 COJ 38,40 SUC 43,86

VZLA 14,20 VZLA 14,79 GUA 13,40 COJ 12,19 NE 16,31 ZUL 26,47 MIR 26,12 TRU 31,13 ZUL 37,34 ZUL 33,23 BAR 32,58 BAR 38,36 ZUL 43,31

POR 13,49 COJ 11,93 VZLA 12,47 VZLA 12,03 COJ 15,48 VZLA 26,20 COJ 25,41 ZUL 30,97 LAR 36,63 COJ 32,97 COJ 29,84 APU 35,21 APU 41,14

TRU 12,81 LAR 11,33 BAR 10,82 DF 11,90 DF 15,47 TRU 25,23 LAR 24,37 SUC 29,97 ANZ 34,48 BOL 31,69 MER 29,69 MER 33,22 ANZ 40,19

YAR 12,08 GUA 11,00 TRU 10,23 TRU 11,06 POR 14,87 GUA 24,78 TRU 23,38 VZLA 29,67 VZLA 34,24 MER 29,78 VZLA 28,61 NE 33,03 COJ 36,96

BAR 11,36 TRU 10,57 LAR 9,64 BAR 11,00 DA 13,65 POR 22,74 GUA 23,24 TACH 26,38 BAR 33,80 NE 29,38 APU 25,20 VZLA 32,57 MER 35,79

MER 10,64 TACH 10,39 COJ 9,56 ANZ 10,41 ANZ 12,36 COJ 22,12 NE 22,24 LAR 25,63 SUC 33,01 VZLA 28,12 LAR 23,72 LAR 29,27 VZLA 34,46

COJ 10,50 MIR 10,18 ANZ 9,30 NE 9,86 APU 12,14 ANZ 18,86 DF 21,55 MON 25,40 MIR 30,05 BAR 27,67 NE 23,42 YAR 28,17 YAR 32,46

LAR 10,25 YAR 10,13 MER 8,72 APU 8,30 TRU 11,85 BAR 17,41 ANZ 21,30 BAR 24,99 TRU 29,81 SUC 27,17 YAR 23,01 TACH 26,13 POR 31,49

TACH 10,05 BAR 10,12 DA 8,51 LAR 8,28 BAR 11,33 YAR 16,86 YAR 21,06 ANZ 23,82 ARA 28,94 APU 25,32 GUA 21,76 ARA 26,08 LAR 29,41

GUA 8,84 MER 10,03 TACH 8,07 DA 8,26 LAR 11,13 SUC 14,62 APU 19,56 NE 23,79 APU 27,96 MON 23,35 ARA 21,02 MIR 25,99 TACH 29,31

APU 8,69 APU 8,46 NE 7,59 TACH 7,62 SUC 11,02 APU 14,33 SUC 17,76 APU 21,73 MER 25,39 TRU 21,84 MIR 20,47 SUC 21,49 MIR 21,20

DA 8,13 SUC 8,26 YAR 6,82 MER 7,32 MER 10,94 MON 12,82 MER 17,76 YAR 21,72 NE 23,81 DA 21,12 DA 19,92 GUA 20,39 TRU 18,98

NE 8,01 ANZ 8,12 APU 6,65 SUC 6,94 YAR 10,49 MER 12,79 BAR 16,82 MER 18,72 MON 22,50 MIR 19,72 AMAZ 18,57 FAL 18,07 GUA 17,98

AMAZ 7,98 DA 7,01 SUC 5,65 YAR 6,07 TACH 9,16 TACH 11,71 MON 16,52 DF 17,99 GUA 21,32 ARA 19,27 SUC 16,76 DA 16,76 FAL 13,64

SUC 5,40 NE 6,93 FAL 5,23 FAL 5,52 FAL 8,77 FAL 9,11 TACH 15,48 DA 16,29 AMAZ 16,53 GUA 19,06 MON 16,72 TRU 14,75 DA 13,10

FAL 4,88 AMAZ 6,79 MON 4,80 MIR 3,75 AMAZ 7,99 MIR 8,49 DA 15,20 FAL 14,73 FAL 16,12 AMAZ 14,53 TRU 14,01 DF 11,37 DF 8,15

ANZ 4,28 MON 4,64 AMAZ 3,77 AMAZ 2,75 MON 6,23 DA 7,81 FAL 9,56 GUA 14,65 DA 13,71 FAL 13,36 DF 12,70 MON 8,96 MON 4,21

MON 3,20 FAL 4,37 MIR 3,20 MON 2,33 MIR 5,06 AMAZ 5,17 AMAZ 9,20 AMAZ 9,74 DF 10,22 DF 7,52 FAL 12,08 AMAZ 8,67 AMAZ 1,41

Fuente: Miniterio del Poder Popular para la Salud, Anuarios Epidemiológicos, varios años. Cálculos propios.

1999 20001995 1996 1997 1998 2005 2006 20072001 2002 2003 2004

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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Cuadro 2B: VENEZUELA. Ajuste de la incidencia de homicidios por entidad territorial. Tasas por 100.000 habitantes

DF 78,60 DF 89,62 DF 76,68 DF 80,98 DF 107,07 DF 107,52 DF 95,18 DF 123,47 DF 128,22 DF 97,19 DF 91,96 MIR 105,89 DF 121,86

MIR 48,23 MIR 59,72 MIR 46,84 MIR 49,39 MIR 63,75 CAR 81,10 MIR 74,55 MIR 93,68 MIR 109,38 MIR 94,31 MIR 87,33 DF 98,13 MIR 105,18

CAR 30,81 CAR 45,31 GUA 38,23 CAR 45,77 CAR 60,58 MIR 73,98 CAR 69,09 CAR 75,75 CAR 89,05 CAR 68,55 TACH 68,92 BOL 67,89 CAR 76,34

VZLA 27,48 VZLA 37,82 CAR 37,19 GUA 38,11 ARA 45,42 ARA 55,75 ARA 55,92 BOL 64,42 BOL 74,80 POR 64,47 CAR 68,33 CAR 66,21 BOL 69,71

BOL 25,25 GUA 36,50 ARA 36,23 VZLA 34,49 VZLA 42,66 BOL 53,66 VZLA 49,31 ARA 58,38 VZLA 68,17 TACH 63,65 BOL 60,79 ANZ 64,13 VZLA 66,13

ARA 24,54 BOL 36,50 VZLA 33,55 ARA 33,93 BOL 37,28 VZLA 50,01 BOL 48,91 VZLA 57,94 POR 66,50 VZLA 58,79 ANZ 57,48 VZLA 62,04 SUC 65,35

ZUL 19,37 ARA 34,15 BOL 32,16 BOL 33,87 GUA 35,63 GUA 44,18 ZUL 45,90 COJ 54,49 TACH 61,10 SUC 57,64 VZLA 56,60 ARA 58,49 BAR 63,44

MON 19,05 MON 31,74 APU 29,80 ZUL 28,48 ZUL 33,78 NE 40,25 POR 45,61 POR 53,81 ARA 60,36 BOL 57,57 POR 55,13 GUA 56,23 ARA 60,71

GUA 18,03 ZUL 30,50 POR 27,46 APU 26,19 POR 28,54 ZUL 38,76 COJ 41,34 LAR 46,24 COJ 60,16 COJ 53,17 SUC 48,36 POR 54,76 APU 59,29

ANZ 16,49 POR 27,30 TRU 26,67 MON 25,20 LAR 28,41 LAR 37,26 GUA 39,84 TRU 46,24 SUC 58,15 LAR 52,80 ZUL 45,37 COJ 52,68 NE 58,13

LAR 16,14 TRU 25,91 ZUL 25,54 TRU 24,92 COJ 27,78 COJ 36,09 NE 38,10 ZUL 43,47 LAR 56,81 MON 51,69 GUA 45,19 TACH 52,43 GUA 52,34

YAR 15,53 YAR 23,85 SUC 24,98 BAR 24,63 AMAZ 26,64 TRU 35,60 LAR 34,98 NE 42,57 ZUL 51,38 GUA 49,21 COJ 45,11 SUC 52,07 LAR 52,20

APU 15,41 TACH 22,86 MON 24,76 POR 24,05 APU 25,55 POR 32,46 TRU 34,52 MON 38,63 GUA 51,34 ANZ 48,61 MON 45,04 ZUL 49,25 ANZ 51,69

POR 14,65 LAR 22,80 BAR 23,00 SUC 22,32 TACH 24,22 YAR 30,04 YAR 32,06 SUC 38,20 YAR 51,25 YAR 46,62 ARA 44,33 BAR 48,75 TACH 51,31

TRU 14,54 COJ 22,16 TACH 21,75 COJ 21,53 MON 24,22 APU 28,17 BAR 30,61 TACH 37,84 MON 50,87 ZUL 43,73 MER 41,77 APU 48,39 ZUL 50,80

COJ 13,12 APU 21,57 DA 21,27 TACH 20,66 NE 24,06 MON 27,85 MON 29,41 GUA 36,54 BAR 43,19 ARA 43,05 BAR 41,69 MON 46,69 COJ 49,29

BAR 12,44 BAR 21,46 MER 21,17 MER 18,72 FAL 23,08 BAR 25,34 APU 28,01 BAR 34,15 TRU 42,37 NE 41,19 LAR 41,34 LAR 46,43 MER 47,17

AMAZ 11,97 MER 20,64 AMAZ 19,80 LAR 17,15 TRU 23,05 ANZ 24,89 ANZ 27,80 APU 30,70 NE 41,48 TRU 41,01 APU 38,24 MER 43,49 MON 46,42

MER 11,68 ANZ 19,94 LAR 19,56 ANZ 16,84 MER 21,60 TACH 24,18 SUC 26,47 YAR 30,45 ANZ 39,78 MER 38,46 AMAZ 37,89 YAR 39,95 YAR 44,50

TACH 10,90 SUC 18,30 ANZ 19,09 YAR 16,58 YAR 21,37 FAL 23,28 MER 25,91 ANZ 28,11 MER 38,35 BAR 37,69 YAR 34,16 NE 39,54 POR 44,43

NE 10,09 AMAZ 17,47 NE 18,83 DA 16,52 DA 20,07 SUC 22,84 FAL 24,57 MER 27,76 APU 37,67 APU 35,94 NE 33,83 TRU 35,23 TRU 39,22

DA 9,03 NE 17,02 YAR 18,60 AMAZ 16,47 SUC 19,83 MER 22,32 TACH 24,22 FAL 24,59 AMAZ 30,71 DA 31,67 TRU 31,22 DA 34,87 FAL 37,94

FAL 8,36 FAL 15,03 COJ 18,30 NE 16,44 BAR 19,80 DA 20,31 AMAZ 21,75 DA 21,47 FAL 29,14 AMAZ 29,82 FAL 29,22 FAL 33,77 DA 25,54

SUC 6,56 DA 13,15 FAL 14,07 FAL 15,51 ANZ 18,06 AMAZ 18,10 DA 21,28 AMAZ 17,85 DA 25,26 FAL 27,77 DA 28,16 AMAZ 31,07 AMAZ 24,61

Fuente: Ministerio del Poder Popular para la Salud, Anuarios Epidemiológicos, varios años. Cálculos propios.

1999 20001995 1996 1997 1998 2005 2006 20072001 2002 2003 2004

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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Del análisis de las cifras podemos concluir que el problema de la violencia en Venezuela es real y muy grave, que es subestimado en las cifras oficiales por el registro de casos bajo “averiguaciones de muerte”, al tiempo que del análisis de la distribución nacional de la tasa de homicidios se puede afirmar que la violencia es un fenómeno principalmente urbano, pues afecta sobre todo a entidades con una elevada proporción de población urbana (Distrito Federal, Miranda, Carabobo, Aragua, Zulia, Lara); si bien la incidencia de homicidios está aumentando en todo el país, y significativamente, entre otras, en entidades fronterizas y caracterizadas por el flujo importante de mercancías, dinero y población (Sucre, Nueva Esparta, Táchira, Falcón, Barinas, Mérida, Delta Amacuro, Apure, Anzoátegui).

Referencias:

Briceño-León, Roberto y Rogelio Pérez Perdomo (coordinadores). 1999. La violencia en Venezuela: dimensionamiento y políticas de control, Washington, Documento de trabajo R-373, IESA-LACSO-BID.

Sanjuán, Ana María. 2008. “La Revolución Bolivariana en riesgo, la democratización social en cuestión. La violencia social y la criminalidad en Venezuela entre 1998-2008,” en Revista Venezolana de Economía y Ciencias Sociales, UCV, Caracas (Venezuela), vol. 14, 3: 145-73.

© Este artículo aparece en la revista SIC N° 740, correspondiente a Diciembre de este año. El trabajo original, titulado:

“La violencia durante la Revolución Bolivariana en cifras rojas y negras”, del cual provienen estas notas, fue publicado en la Revista Politeia del Instituto de Estudios políticos N° 44, correspondiente al primer semestre de 2010.

Docente/investigador. Director encargado del Instituto de Estudios Políticos de la UCV y Coordinador del Programa de Especialización en Gobierno y Política Pública de la misma universidad.

Afirmaciones que siguen vigentes:

EEEnnn rrreeeaaallliiidddaaaddd,,, eeelll aaaccctttuuuaaalll sssiiisssttteeemmmaaa eeellleeeccctttooorrraaalll ssseee hhhaaa cccooonnnvvveeerrrtttiiidddooo eeennn uuunnnaaa dddiiissstttooorrrsssiiióóónnn

dddeee lllaaa dddeeemmmooocccrrraaaccciiiaaa... UUUnnn iiinnngggeeennniiiooo pppeeerrrvvveeerrrsssooo pppaaarrraaa mmmaaannniiipppuuulllaaarrr yyy dddeeesssnnnaaatttuuurrraaallliiizzzaaarrr lllaaa

vvvooollluuunnntttaaaddd nnnaaaccciiiooonnnaaalll...

Guillermo García Ponce. Continuidad y Cambio, año 2, N° 2, p 4, julio-octubre 1995

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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Cualquier ciudadano venezolano sabe que somos un país productor de petróleo y que todos vivimos, mal que bien, casi exclusivamente, de los ingresos en divisas derivados de la exportación de ese hidrocarburo: Somos una sociedad capitalista rentista. Pero eso fue así, hasta que el Gobierno decidió “cambiar de modelo” y “decretó” la Revolución y el Socialismo del Siglo XXI.

Las obras de Marx, siguen siendo la guía teórica de los socialismos hasta ahora habidos. Entre ellas destaca El Capital1, texto en el que se aborda el concepto de Renta del Suelo, que ya había sido tratado anteriormente por Adam Smith y David Ricardo. Marx lo retoma en la obra citada: Allí se plantea el concepto de Renta, referido esencialmente a la agricultura. Se estudia exhaustivamente la Renta Diferencial I y II y la Renta Absoluta. Un poco más adelante (pág. 574) se señala: “donde dice agricultura podríamos decir también minería, pues las leyes por las que se rigen una y otra son las mismas”

En el caso petrolero, como se sabe, lo diferente es que el hidrocarburo se encuentra en el subsuelo y éste, según la legislación venezolana, es propiedad del Estado. Grosso modo, el costo promedio de producir un barril de petróleo, en el país, puede oscilar alrededor de los 10 dólares norteamericanos. Ese costo, según Marx, contiene tanto el capital constante como el capital variable. El constante está compuesto –para simplificar- por el desgaste de todos los bienes materiales que se utilizan para extraer el hidrocarburo y, el variable, está constituido por el trabajo del obrero. La ganancia, es decir, la diferencia entre el costo de producción y el precio de venta, constituirá lo que Marx llamaba la plusvalía, esto es, trabajo no pagado al obrero. Según Marx, en la agricultura (y también en la minería) se produce, además de la ganancia normal, una ganancia extraordinaria que se transforma en renta del suelo y es apropiada, también, por el dueño de la tierra. Para Marx, toda renta del suelo es plusvalía y es siempre un remanente sobre la ganancia. (Ibidem. Pag. 591. Numeral 2).

Esto, ciertamente, le crea una colosal contradicción a la “Revolución Socialista Bolivariana”, porque la plusvalía, según el mismo autor, es producida solamente por los trabajadores en su relación laboral con el patrono. El Gobierno, que actúa como patrono, recibe la ganancia (plusvalía local) y la renta petrolera (plusvalía de otros países), y se enfrenta, por lo tanto, a una enorme incoherencia. Si toda renta es plusvalía, el grueso de ésta deberá provenir –si se es fiel a Marx- de los trabajadores de aquellos países que compran el crudo venezolano. “Lo característico de la renta del suelo es que bajo las condiciones en

1 EL CAPITAL. Libro Tercero. Sección Sexta. COMO SE CONVIERTE LA GANANCIA EXTRAORDINARIA EN RENTA DEL

SUELO. Capítulo XXXVII. INTRODUCCIÓN. Página 573 y siguientes, Vol. III. FCE. Décima tercera reimpresión. 1977. Bogotá. (2) Ibidem. Página 595.

LLLAAA PPPAAARRRAAADDDOOOJJJAAA DDDEEELLL

“““SSSOOOCCCIIIAAALLLIIISSSMMMOOO RRREEENNNTTTIIISSSTTTAAA”””

Julio Mora C.*

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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que los productos agrícolas (y mineros) se desarrollan como valores o mercancías… también (aumenta) la capacidad de la propiedad territorial para apropiarse una parte cada vez mayor de estos valores creados sin intervención suya, convirtiéndose así en renta del suelo una parte cada vez mayor de la plusvalía”2. En el Gobierno-Amo existe tal avidez por la renta que el Ministro Ramírez, Presidente de PDVSA, según lo registrara el Diario TalCual (27/07/2011) se opuso a que la OPEP, en su más reciente reunión, aumentara la producción de petróleo. Eso quiere decir que el Ministro Ramírez y su Jefe (éste dijo que el precio debería llegar a US 200 dls/barril) presionan a la OPEP para colocar en el mercado mundial una cantidad máxima de 24,8 millones de barriles diarios, lo cual supone un aumento del precio del petróleo, una renta más abultada y, consecuentemente, una presión adicional para que los capitalistas de los países compradores del crudo criollo, exploten más a sus trabajadores. En fin, a pesar de todo lo chapucero y nebuloso que ha sido este proceso desde sus inicios, deberá explicar a sus militantes y en particular a los trabajadores, cómo se puede sustentar, con algún grado de seriedad, la idea de un Estado Socialista (comunista que es lo mismo, dijo Fidel) que vive, en gran parte de la explotación de los trabajadores petroleros venezolanos y, en mayor medida, de los de terceros países. Me gustaría saberlo.

*Profesor de la Universidad Central de Venezuela (UCV).

2 Ibídem. Pág. 595.

Afirmaciones que siguen vigentes:

CCCooolllooommmbbbiiiaaa hhhaaa mmmaaannnttteeennniiidddooo uuunnnaaa pppooolllííítttiiicccaaa dddeee eeexxxpppaaannnsssiiióóónnn ccclllaaarrraaa yyy eeexxxiiitttooosssaaa eeennn

dddeeesssmmmeeedddrrrooo dddeee lllooosss iiinnnttteeerrreeessseeesss vvveeennneeezzzooolllaaannnooosss...

Luis Fuenmayor Toro. Continuidad y Cambio, año 1, N° 1, p 28, mayo-junio 1995

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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He llegado a la conclusión de que para sacar a Venezuela del hueco autocrático y militarista en que se encuentra es indispensable sumar a los más amplios sectores interesados en un cambio pacífico

¿Sigues siendo comunista o izquierdista o revolucionario? ¿Cómo te defines?

Creí firmemente en la utopía del comunismo, pero los tercos argumentos de la realidad me bajaron de esa nube. Pero no por eso he dejado de ser lo que he sido: un demócrata de izquierda que siempre ha acompañado en el pensamiento y en la acción la causa de los trabajadores y demás sectores populares en la lucha por sus reivindicaciones y la construcción de una patria soberana, democrática, con florecimiento económico, justicia, respeto y bienestar social para todos.

¿Qué quieres para Venezuela? En sentido general.

Progreso de verdad verdad. Vislumbro un país que, apalancado en sus cuantiosos y valiosos recursos materiales y humanos, se sobreponga al atraso, a la pobreza, al segregacionismo y a la corrupción.

¿Por qué un hombre de pensamiento claro de avanzada coincide con la MUD?

Por tres razones fundamentales. La primera: he llegado a la conclusión de que para sacar a Venezuela del hueco autocrático y militarista en que se encuentra es indispensable sumar a los más amplios sectores interesados en un cambio pacífico y electoral conforme lo prescribe la Constitución. La segunda: tengo el convencimiento de que la honestidad, la vocación democrática, progresista y justiciera no son exclusividad de ningún sector político en particular. Y la tercera: haber votado dos veces por Hugo Chávez Frías me impide cruzarme de brazos y sentarme a ver cómo otros se las arreglan para rectificar un entuerto histórico al que con mi voto yo mismo contribuí.

MMMaaarrriiiooo VVViiilllllleeegggaaasss EEEnnn eeennntttrrreeevvviiissstttaaa eeexxxcccllluuusssiiivvvaaa pppaaarrraaa “““CCCooonnntttiiinnnuuuiiidddaaaddd yyy CCCaaammmbbbiiiooo

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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¿Pero quienes dirigen a esos partidos no van a sacar a Venezuela de su subdesarrollo? Esos grupos gobernaron directa o indirectamente durante 40 años.

El sectarismo y las generalizaciones siempre son injustos y conducen a descalificar a media humanidad. Hasta entre quienes hoy nos gobiernan hay encubiertos muchos hombres y mujeres, tanto civiles como militares, que tienen rabos de paja anclados en los 40 años del puntofijismo. Por lo demás, el accidente histórico que representa Chávez para Venezuela ha conducido a la irrupción de nuevos actores políticos en el campo republicano y a su conjunción con los que configuran la izquierda democrática en un compromiso de transformación progresista de nuestro país. Quienes estén apostando a la restauración del pasado están condenados al más rotundo fracaso. El país busca salir del abismo y avanzar hacia adelante en la construcción del futuro.

¿Tú realmente crees que van a acabar con la corrupción, los negocios, el clientelismo? ¿Si donde son gobernadores o alcaldes actúan en la misma forma en que lo hacían en el pasado? Hacen lo mismo que le critican a Chávez.

Me permito soñar con una gestión pública en la que las corruptelas sean la excepción y no la regla. No tengo dudas de que la Venezuela postchavista hará realidad la autonomía de los poderes públicos establecida por la Constitución y desmantelada por el presidente Chávez y sus cortesanos. Esa autonomía es condición indispensable para que la Asamblea Nacional, los consejos legislativos regionales, los concejos municipales, la Contraloría General de la República, el Ministerio Público, el Tribunal Supremo de Justicia, los tribunales, así como los restantes órganos competentes controlen efectivamente la actuación del Presidente de la República, de los Gobernadores, Alcaldes, ministros y demás funcionarios, en la asignación presupuestaria y en el manejo de los recursos públicos, a la vez que procesen y castiguen sin contemplación las irregularidades en el ámbito civil y militar. Lo importante es acabar con la alcahuetería y la impunidad que ampara a los corruptos cualquiera sea su pelaje.

¿No crees que en las cuestiones fundamentales para el país, la MUD y el gobierno de Chávez están de acuerdo? ¿Acaso difieren en el modelo económico rentista? ¿Difieren en relación con la inmunidad de jurisdicción del Estado venezolano en los contratos de interés público con empresas extranjeras? ¿Es contraria la MUD a la constitución de empresas mixtas en la Faja Petrolífera del Orinoco?

Seguramente Chávez y algunos factores o individualidades de la oposición coincidan, aunque desde ópticas diferentes, en algunos aspectos puntuales, ya sea en estos u otros, al igual que por parte de algunos otros factores de la oposición existen claras diferencias con el gobierno en estas y otras materias. Hay que recordar que en la alternativa democrática convergen varias decenas de organizaciones políticas y dentro de éstas concurre multiplicidad de puntos de vista. Guardando las diferencias de tiempo, lugar y circunstancias, la coyuntura autocrática y militarista venezolana ha unido en la diversidad a las más distantes formaciones políticas e ideológicas como en su momento ocurrió en el Chile dictatorial de Pinochet. La democracia postchavista permitirá avanzar en la reivindicación de los intereses nacionales, para lo cual jugarán papel determinante los factores auténticamente progresistas donde quiera que estén ubicados.

¿Hay diferencias entre la MUD y el Gobierno en relación a mantener una polarización basada en la ausencia de proporcionalidad entre votos y electos en la Ley Orgánica de Procesos Electorales?

En esta materia hay una clara diferencia entre el gobierno y la inmensa mayoría de las fuerzas que conforman la oposición. La reforma de la LOPE y la manipulación de los circuitos electorales fueron maniobras urdidas e impuestas por el chavismo para afectar, como en efecto afectaron, la representación

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Continuidad y cambio Año 1 Número 1 Enero 2012

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proporcional en la composición del parlamento nacional. Es así como se explica que la oposición haya obtenido más votos que el chavismo pero éste se haya alzado con el mayor número de escaños legislativos. Una verdadera estafa a la voluntad popular que deberá ser corregida hacia el futuro.

¿Quién crees ganará las primarias de la oposición? ¿Apoya Mario Villegas a alguno de los contendores?

Oportunamente propuse y fundamenté a través de mis artículos la conveniencia de que el Frente Progresista por el Cambio postulara una precandidatura propia a las primarias de la oposición. Pensé que esa bandera podría llevarla alguien como Henri Falcón o Andrés Velásquez, pero finalmente la idea no fructificó. En este escenario, desde mi condición de independiente he decidido apoyar la precandidatura presidencial de Henrique Capriles Radonski, a cuyo alrededor se ha congregado la mayoría de la izquierda democrática venezolana.

¿Piensas que Chávez será derrotado en octubre de 2012? ¿Por qué todas las encuestas entonces lo dan como ganador?

-Las encuestas son una referencia que no debe ser ignorada, pero así como Chávez no puede estar seguro de que va a ganar en octubre de 2012, tampoco nadie puede asegurar desde ya que Chávez esté derrotado. Lo que no dudo es que hay enormes posibilidades de que eso ocurra. La estrategia unitaria de las fuerzas democráticas es la correcta. La candidatura única que surgirá de las de las primarias el 12 de febrero representará un gran estímulo para quienes, como yo, albergan la esperanza de un cambio progresista. Pero la victoria no caerá del cielo. Hay que trabajarla todos los días.

¿Qué le recomiendas a los "niní"?

-Que pasen de la expectación a la acción. Hay que actuar no sólo para derrotar a Chávez, sino para incidir y ayudar a construir el cambio que Venezuela necesita.

QUIÉN ES MARIO VILLEGAS

Periodista caraqueño, graduado en la Universidad Central de Venezuela. Reportero, redactor, articulista y columnista de medios impresos nacionales y regionales; moderador de varios programas radiales informativos y de opinión. Militante de la Juventud Comunista y luego del Partido Comunista. Fue Secretario General del Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa (1989-1991) y ocupó importantes posiciones en el Colegio Nacional de Periodistas.

Acompañó en sus dos primeros año al gobierno del presidente Hugo Chávez Frías, del quien marcó distancia a fines de 2001. En la actualidad se identifica con el conjunto de fuerzas políticas que integran el Frente Progresista por el Cambio (Podemos, Patria Para Todos, Causa R, Bandera Roja, Vanguardia Popular, MAS y otras).

Hoy día escribe la columna dominical “Puño y Letra” en el diario 2001 y conduce dos programas periodísticos radiales: “De sol a sol” en el Circuito Radial Continente y “Una sola Venezuela” a través de Noticias24Radio

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Sé que la palabreja rey es latina (rex- regis) y, que a su vez, vendría del indoeuropeo reg, que significaría el que manda, el que ordena, el que dirige, según los expertos. No supe cuando ni como se inició el empleo de esta palabra, pero en los textos bíblicos se utiliza la palabra rey, me atrevo a afirmar, con dimensiones distintas, no sé si por primera vez se usa Der Herr wird Kônig sein immer und ewig (2. Mose.15.18)-(El Señor será Rey siempre y por siempre) Versión Lutero. En el Eclesiastés, no sé si soy exacto, se recuerda que la palabra del rey es soberana. Con Cristo hay una nueva visión del rey. El viene a salvarnos para llevarnos al reino de Dios. En ambos casos, dios el soberano, el poder absoluto. No sé si en la China por cosas de las traducciones, se habla también de seres muy especiales, que al parecer llamaron también reyes. Esos señores, eran soberanos, pero solían consultar a sabios para gobernar mejor. Tampoco sé por qué los latinos nunca la usaron para distinguir a sus gobernantes. Preferían, para simplificar las cosas, El César, Emperador. La significación pareciera ser, pues, la del latín si de humanos se trata, un ser que dirige, que manda, que orienta, que, en fin, está encima de todos, es el poder; para la teología, Dios es sencillamente es el que es y nadie es superior, y luego de la resurrección los justos son seres en Dios, y ése es el absoluto, nada hay más allá de Dios. Por algunas razones, motivaciones, o quien sabe por qué, esta palabra se ha convertido en una de ésas en torno a las cuales gira muy buena parte de la historia y de la historia política, mucho más. La revolución francesa, de manera francamente brutal, acabó con los reyes, y acabó porque cambió el poder, la fuente del poder, la residencia del poder y la soberanía. Las “cualidades del rey” pasaron a ser derechos del pueblo. La soberanía reside en el pueblo y es el pueblo quien delega.

No tiene esta muy simple y, azas, burda síntesis sobre el rey, reinado, etc. carácter informativo ni menos para hacer distinciones entre reinados y república, sino que quiero llamar la atención para poder observar mejor cuanto deseo escribir, tanto más caro que tengo entre mis lectores a jóvenes y nietos, a quienes muy especialmente quiero preocupar, plantear el problema, no resolverlo. Que se piense que los reyes, casi todos, se asumieron como ungidos de Dios y también ejercieron el derecho de hacer todo cuanto les venía en gana, dueños de la verdad, dueños de las acciones para construir el hecho tal como ellos decidían y

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Américo Gollo Chávez

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querían que los hechos fueran. La revolución hizo pasar del Vox regis al vox populis y en ambos casos voz dei. La voz del rey era la voz de dios, la voz del pueblo es la voz de dios. El caso Chávez es un hibrido extraño. Él es el pueblo y es también según su concepción de sí mismo, que su lenguaje evidencia, él cree ser la voz de dios, la voz del pueblo y finalmente él se cree el pueblo y se asume Dios. Esta patología debe ser cuidadosamente estudiada, entre otras razones, para poder generar un discurso que, para bien del propio Chávez y del país en su totalidad, se supere esta abominable enfermedad. Pero algo aun mucho más grave, la percepción de muy alto número de personas, de pueblo, que fatalmente cree que Chávez es un ser superior y cuya superioridad lo hace rey de reyes y vida del pueblo. Como dios, Chávez es el padre generoso, como dios la palabra de Chávez es la verdad, como dios es el camino, como dios es el salvador.

En esta dirección Chávez se empeña en hacerlo, lo mejor posible. Las misiones, valga ese ejemplo, son acciones de su misericordia para la redención, en lugar de respuestas cuidadosamente concebidas y ejecutadas, marcadas por la transitoriedad, para la solución de los problemas reales. Su palabra es la verdad y cuanto diga ha de ser asumido como la palabra “bíblica”. El estilo, la mayor violencia para lograr afirmar el odio, que surge de las frustraciones, de los desequilibrios que la dinámica de la historia ha reiterado. Su populismo, como acción de manipulación cuidosamente deliberada, ejecutada con lujo de detalles, adquiere en su discurso un espacio exquisito y su vulgarización del arte se encamina en la misma dirección, por eso grazna en público, insulta, blasfema, difama. Eso le permite “liberar” frustraciones, limitaciones, miedos acumulados. En esa misma dirección se orienta la destrucción de los espacios, tales como los teatros, y asaltarlos para la exhibición de lo mediocre, que nada tiene que ver con la cualidad intrínseca del arte, cualquiera sea su origen.

Atención muy especial merece el tratamiento de Chávez a la educación, a la ciencia, a las instituciones universitarias y a la formación artística. El modelo educativo de Chávez necesita del dogma, a decir verdad, no es exactamente dogma, porque estos siempre tienen fundamentos, sean de fe, sean de meras ideologías, sino de información cuidadosamente deformada, manipulada, para sobre esa deformación acrecentar y solidificar su propio valor heroico, de redentor, de salvador. Como ese mecanismo no es posible utilizarlo en las universidades, genera acciones para su destrucción, por una parte de los espacios físicos de alto valor artístico, como los asaltos a la UCV, patrimonio cultural de la humanidad, por la otra, el acelerado proceso contra las instituciones creadoras de conocimiento, como el IVIC, hoy desmantelado y el acelerado proceso de destrucción de la universidad, y el desconocimiento absoluto de las academias. Si se ahonda más, la destrucción total del país, sus carreteras, abandono de las ciudades, servicios, etc., la criminal acción contra la propiedad privada, la destrucción del aparato productor, debe inscribirse en ese macabro proyecto. La igualdad de la sociedad por la miseria y vivir en la miseria es, en definitiva, asumir la miseria como felicidad. Si todos estamos mal, si todos estamos sucios si todos pasamos hambre, si todos padecemos la misma enfermedad ya no hay miedo al contagio… todos somos iguales, pues, y todos dependemos del padre. Y más, nadie puede huir del padre porque no se tiene capacidad de iniciar, emprender, realizar el viaje. Peor aún, no hay a donde ir, porque en ningún lugar se tendría capacidad profesional, capacidad de trabajo, capacidad de vivir. En política, hemos estudiado cuidadosamente el proceso y, en analítica.com, pueden leerse algunos textos, sobre el terrorismo de estado al estado de terror, que es la meta final que el régimen reclama para poder sobrevivir muchos años más.

De manera asistemática, probablemente colmado de angustia, y consciente de todos estos límites, cabe formularnos esta pregunta. ¿Por qué ha tenido éxito esta política? Con el mayor cuidado he afirmado que el éxito de Chávez está, en lo fundamental, en el silencio. Ha de quedar claro que no me refiero al silencio de quien tiene que callar, no me refiero a los mártires y muy especialmente a las mártires que tienen que tragarse su palabra, porque sus deberes, su conciencia de lo real, les impone callar, para salvaguardar la

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vida de sus hijos, su protección. La salvación de sus hogares. Ese silencio que tiene que llevarse como un fardo espeso a la manifestación obligada según lista, a esa que grita mordiendo su ira, Uh, Ah! Chávez no se va!, ese silencio me resulta sacro. Me resulta un sacrificio que hace crecer la dignidad sin fronteras al cual están obligados por el amor y la razón. No sufrir y vivir ese silencio podría ser, sencillamente, la destrucción de su familia, pero aun más, el familicidio. Me refiero a otro, al otro, al SILENCIO que están obligados a romper radicalmente las instituciones cuyos fines sean buscar la verdad y asumir el riesgo por la vida. Entre los cómplices del casi rotundo éxito de la “causa” chavista está, en primer lugar, EL SILENCIO DE LA UNIVERSIDAD. A la institución le corresponde salir a la calle, casa por casa, gente a gente, no a hablar mal de Chávez, ésa es una estupidez, sino a probar cada una de sus incoherencias. A poner a la luz cada una de sus trampas. E ir más lejos, decir cómo se sale de esa charca. Ello le impone sanearse para que se pueda cumplir con la voz ética de la sentencia de Sarmientos, repetida muchas veces por otros, la palabra convence el ejemplo arrastra. Es condición necesaria hacerlo así, pero no implica que haya que hacerlo primero. Hacerlo simultáneamente. En ese hacer, hacerse.

En segundo lugar, está la IGLESIA CATOLICA APOSTOLICA Y ROMANA. Y, con perdón de mis buenos amigos sacerdotes, y de monseñor Ovidio Pérez Morales, magnánimo maestro, más que repetir ese inútil discurso del anticomunismo con olor a Inquisición, sencillamente volver a Puebla. Digo con exactitud, volver a Jesús. Ello implica renuncias y, más que ello, asumir los riesgos que esta tarea impone. Y aquí también, como a la universidad, toca mirarse, superar su propia situación, en parte estudiada por mi (otros muchísimo mejor) en un breve ensayo editado en analítica.com, Algo huele mal en la Iglesia.

En tercer lugar, los partidos políticos. Esto es más complicado, su afán, el poder. Sus medios para alcanzarlo, el que les garantice mayor éxito. Y así no es. El momento pasa por revisar las experiencias, ésas que son culpables del clientelismo, del tráfico de influencias, del manejo inmoral del poder. El sectarismo. Ser actores de eso que para identificar lo malévolo, se expresa en la Realpolitik. Buscar fundamentar sus acciones en la ética y la ciencia. Ésta da conocimientos de lo real y cómo transformarlo, aquélla orienta la conducta para no repetir los delitos y aberraciones que han hecho, en este caso, a Chávez el héroe de la miseria. De no hacerlo, aun teniendo éxito en sacar a Chávez, sería reiterar que se trata del mismo musiú con distinta cachucha.

En cuarto lugar, FEDECAMARAS. Quizá el camino sea sobreponer los intereses del país al personal, los de la sociedad al gremio. Los intereses del hombre por encima de la mezquindad del capital.

Sin duda que faltan, quizá sería bueno decir que es responsabilidad de los medios, a quienes basta decirles que el camino es no imitar a Silva, vale decir La Hojilla. El papel del maestro en aula. Puede Satán imponer sus mandatos, pero cada maestro capaz tiene el libre albedrio para a partir del diablo llegar a Dios, de lo falso a la verdad. Pero, si cada quien cumple su misión, se requiere, finalmente EL CONSENSO para poder actuar de la mejor manera y los yerros se alejen y aun cuando de vez en cuando se tropiecen, volver a hallar la ruta para mejor llegar.

Y, tienen razón si se preguntan por mí. ¿Quién para dar lecciones? ¿Quién para decir todo esto? No soy nadie y por primera vez me atrevo a sugerir lo que he dicho... Creo saber de partos y nunca he parido. No soy experto en nada. Y sería muy pésimo en eso de ser experto, me pasaría lo que dijo al respecto Confucio, me dedicaré a ser experto arriero y así conversaré con los caballos. Soy acontista.

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Con motivo de la muerte de Kim Jong IL, Presidente de la Republica Democrática de Corea, se desató un movimiento masivo en la población de consternación y llanto a tales extremos que denotaba una enorme tristeza, lloros y gritos histéricos, en una conmoción pocas veces vista en este siglo. La referencia más cercana en tiempos modernos quizás sea la acaecida en la antigua Unión Soviética a la muerte de Stalin en 1953.

Acontecimientos de tristeza colectiva son expresiones de los pueblos ante tragedias provocadas por el efecto de terremotos, ciclones y huracanes altamente destructivos, con grandes pérdidas de vidas humanas. La muerte de un Papa en la Iglesia Católica, de un líder religioso de gran significación en un país islámico, puede generar tristeza, pero situaciones de histeria colectiva como en el caso de Corea del Norte no son frecuentes.

Este tema merece algunos comentarios, pues ocurre en un país que ha funcionado con esa suerte de dinastía que ha significado la familia KIM, en el dominio absoluto y control omnímodo del poder político en Corea del Norte. La sucesión hereditaria se ha cumplido de padre a hijo como en cualquier monarquía, a pesar de que ese Estado se identifica como una República pero se construye a imagen y semejanza de los reinos, de las coronas que son formas de estado no republicanas, salvo las variantes monárquico-constitucionales.

Lo grave en el caso coreano es que se define a sí mismo como socialista y está dirigido por un partido de origen marxista-leninista, que construye el socialismo en marcha hacia el comunismo. Dirigido por un partido único, cuyo máximo dirigente y líder absoluto, venerado como un dios viviente (en el caso de Kim IL Sung, padre de Kim Jong IL, el culto a la personalidad impuesto desde el partido incluía ceremonias y rituales propios de las religiones judeo cristianas) acaba de fallecer, no admite formaciones políticas y sociales que no estén bajo la dirección del partido. Los disidentes no existen, están muertos, presos en las mazmorras, o en clínicas siquiátricas reeducándose.

Sin ir muy lejos cómo olvidar el caso del poeta y militante comunista Alí Lameda, quien estuvo preso en la República Popular Democrática de Corea, acusado de conspirar contra el Estado, por haber escrito una carta a su familia en la que criticaba al régimen y al partido. La dictadura que allí impera es una caricatura de socialismo y democracia.

Se trata de una expresión acabada del totalitarismo contrario a los nobles ideales del socialismo indisolublemente ligado a la tolerancia, la libertad, la democracia, la justicia social, la solidaridad, la fraternidad y la paz entre los hombres.

LLLaaa hhhiiisssttteeerrriiiaaa dddeee lllaaasss mmmaaasssaaasss eeennn CCCooorrreeeaaa

Marcos Gómez

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Dayan podría ser el nombre de cualquier niño que vemos tomado de la mano de su padre, o de su madre o de cualquier adulto que se supone que lo cuida y lo quiere. Dayan se levanta temprano, lava su cara y cepilla sus dientes. Se sienta con sus padres a desayunar antes de ir a la escuela, lugar donde pasa el día feliz, jugando y divirtiéndose con sus amigos, bajo las miradas protectoras y amorosas de sus maestras. En la tarde, al llegar a casa, repasa el abecedario con ayuda de su mamá. Merienda y sale a jugar con los otros niños de su cuadra. Por la noche, después de un buen baño, sabe que papá o mamá le contaran un cuento y le darán un beso en la frente. Él se sabe protegido, amado, respetado, por lo tanto no tiene motivo alguno para sentir temor, miedo o desolación. Es un niño, y los niños son felices e inocentes.

A la mañana siguiente, era el primer día de navidad, la realidad truncó la vida de Dayan y conmocionó a todos cuantos lo conocían como a los que supieron de él por vez primera. Dayan no era un niño como cualquiera que vemos caminando en la calle tomado de la mano de padre, mucho menos de su madre. Dayan no se levanta temprano a desayunar en familia, ni va a la escuela, ni aprende el abecedario, ni merienda, ni juega con otros niños. A Dayan no le leen cuentos ni lo besan en la frente. A él hace tiempo que el Ángel de la Guarda no lo protege ni de noche, ni de día.

Ya hace un año que no distingue horario, pues el aturdimiento que le generan los golpes no se lo permiten. Lo que sí sabe es que en cualquier momento, sin ningún motivo más que la pura maldad, su humanidad será violentada, su cuerpo seguirá acumulando cicatrices de mordiscos, correazos, arañazos. Será marcado cual bestia con un fierro candente en sus partes intimas, como un simulacro satánico de castración. Sus ojos buscarán los ojos de quien lo ataca pidiendo una respuesta, quizás buscando compasión. No entiende, no tiene cómo ni por qué hacerlo, que quien debía cuidarlo y protegerlo se ensaña contra él, lo deshumaniza, lo destruye. Su mente atormentada comprende con horror que los monstruos sí existen. Sabe, además, que por más que grite, que llore y pida perdón por lo que no ha hecho, su voz no será escuchada, no saldrá de esas paredes, y si sale será ignorada por los demás como cada noche, como cada día.

DDDaaayyyaaannn Vanessa Barrios*

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Pero, ese día, ese último día, paradójicamente el primer día de navidad, la agonía de Dayan llegó a su fin. La ayuda llegó muy tarde, justo a la entrada de emergencias del hospital donde su verdugo, al ver que se le había pasado la mano, lo llevo, no por compasión, sino por miedo al castigo. Ante los ojos de Dayan apareció el médico que trató de salvarlo Pero su cuerpo no pudo más. Fue mucho lo que soportó. Era irreparable el daño infringido. Tanto que su corazón, en un acto solidaridad, dejó de latir.

*Psicóloga

Afirmaciones que siguen vigentes:

OOOjjjaaalllááá,,, tttaaannntttooo lllooosss mmmiiillliiitttaaarrreeesss cccooommmooo lllooosss ccciiivvviiillleeesss cccooonnn cccaaapppaaaccciiidddaaaddd yyy pppooodddeeerrr

dddeee iiinnnfffllluuueeennnccciiiaaa sssooobbbrrreee eeelll dddeeessstttiiinnnooo dddeee lllaaasss FFFuuueeerrrzzzaaasss AAArrrmmmaaadddaaasss lllooogggrrreeennn

cccooommmppprrreeennndddeeerrr lllaaa nnneeeccceeesssiiidddaaaddd dddeee mmmaaannnttteeennneeerrr aaa éééssstttaaasss aaalll mmmaaarrrgggeeennn dddeeelll

jjjuuueeegggooo yyy lllaaasss cccooonnnvvveeennniiieeennnccciiiaaasss pppaaarrrtttiiidddiiissstttaaasss...

Hernán Grúber Odremán. Continuidad y Cambio, año 2, N° 2, p 13, julio-octubre 1995

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A finales del siglo XVIII vivió en Londres un famoso gigante de 2,8 metros de estatura llamado Charles Byrne, quién sufría de acromegalia por un tumor de la glándula hipófisis. Byrne, un irlandés de origen humilde, proveniente de una familia campesina, se trasladó eventualmente a Londres, donde se ganaba la vida exhibiéndose como curiosidad ante un público ávido de sensaciones extraordinarias. Byrne alcanzó ahorrar 700 Libras, una verdadera fortuna para la época, tras largos meses de exposición durante más de ocho horas diarias, pero se la robaron en un asalto al salir de un “pub”. La pobreza y la depresión cobraron su precio y Byrne enfermó, expresando su deseo de ser sepultado en el mar. Para entonces, su extraordinaria apariencia había despertado el interés de los médicos y cirujanos londinenses, en particular de John Hunter (1728-1793), famoso cirujano escocés residente en Londres, donde era Fellow de la Royal Society. Hunter tenía fama de coleccionar rarezas y tuvo particular interés en el caso de Charles Byrne. A la muerte de éste, Hunter contrató a unos malandros para que robaran el cadáver de Byrne, sustituyéndolo por piedras en el ataúd, y después de disecarlo, hirvió el cadáver para limpiar sus huesos y conservó el esqueleto en su museo. Ese esqueleto se exhibe hoy en el “Hunterian Museum” a cargo de la Real Sociedad de Cirujanos. En los últimos meses se ha despertado una polémica en torno a este caso porque se ha propuesto que la RSC enmiende la colosal trasgresión de los derechos de Charles Byrne cometida por John Hunter a finales del siglo XVIII, cuando, pasando por encima de la voluntad expresa de aquel de ser sepultado en el mar, hizo uso ilegal de su cuerpo. La actual propuesta establece que la SRC debe retirar el esqueleto de Byrne de la exhibición en el museo y debe dar sepultura a los restos en el mar, respetando así, finalmente, la voluntad de Byrne más de doscientos años después de su muerte.

En el vínculo de abajo encontrarán un interesante video sobre el caso elaborado por el British Medical Journal, donde se muestra el esqueleto en el museo Hunteriano y se discuten aspectos históricos y éticos relacionados con el caso. ¡Disfrutenlo!

http://www.bmj.com/multimedia/video/2011/12/21/giants-cause

* MD, PhD

Director del Centro de Investigacion y Desarrollo de la Educacion Médica de la Escuela de Medicina "Luis Razetti", Facultad de Medicina y Coordinador de La Comisión Central de Currículo. Universidad Central de Venezuela

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iiimmmpppllliiicccaaaccciiiooonnneeesss ééétttiiicccaaasss

Juan Francisco Pérez González*

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Precisiones necesarias.

La entrevista concedida por el doctor Salvador Navarrete, en la cual explicó la naturaleza y los posibles efectos negativos de la enfermedad que afecta al Presidente Chávez, con el riesgo de un lamentable desenlace fatal en el corto plazo, produjo un revuelo inusitado que terminó obligando al profesional a abandonar el país, ante la posibilidad de ser detenido y sometido a juicio, por supuestos delitos no claramente precisados en nuestro ordenamiento legal contra el sistema político venezolano.

Esas revelaciones tuvieron un evidente impacto político y una amplia difusión nacional e internacional. Un aspecto de la opinión expresada por Navarrete, que ha generado una crítica reflexión se refiere a una posible violación de la deontología médica, pues la ética médica obliga al médico a mantener total confidencialidad sobre la salud de su paciente y a no revelar aquello sobre lo cual éste no haya consentido en divulgar.

Salvador Navarrete lo que hizo fue emitir una opinión y un alerta sobre las implicaciones políticas de la enfermedad del Presidente, si en el corto o mediano plazo se producía una súbita inhabilitación del mismo, para continuar ejerciendo la Primera Magistratura del país. Sobre esta situación puede opinar con absoluta libertad cualquier venezolano. Adicionalmente, Navarrete no ha sido médico del Presidente en la contingencia de salud que éste sufre actualmente, por lo que puede opinar perfectamente sin violentar ningún principio ético del ejercicio de la medicina.

Además, el hecho real es que la situación de salud del Presidente Chávez atañe a todos los venezolanos, pues él representa políticamente al Estado venezolano como su Primer Mandatario, Jefe de Estado y Jefe de Gobierno, según la Constitución de la República Bolivariana de Venezuela, artículo 226. Pero además, por una interpretación extensiva del artículo citado, expuesta con amplitud en la reforma constitucional rechazada en el referéndum de 2007, se ha impuesto la tesis de que el Presidente no sólo es Jefe del Estado y del Gobierno, sino coordinador de los poderes públicos nacionales y regionales y, por si fuera poco, es el líder indiscutible del partido de Gobierno. Luego, la salud del Presidente y la información sobre la misma es un derecho de los venezolanos, es un problema colectivo y social y no individual ni personal, tal y como ocurre con los nacionales de otros países y sus Jefes de Estado y de Gobierno.

Una actividad condicionada por este poderío termina minando la salud física y mental de cualquier persona. El mundo de hoy, las sociedades y los estados contemporáneos, representan realidades sumamente complejas que no pueden ser dirigidas y administradas por un solo hombre, que es el caso que nos ocupa. Lo que se ha puesto al descubierto con las declaraciones de Navarrete, son los riesgos a los

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cuales se enfrentaría la sociedad venezolana de faltar abruptamente el presidente Chávez. Se ha evidenciado la fragilidad del poder y, si se quiere, de este proceso político.

Un país dividido y polarizado políticamente como el nuestro es el peor escenario, en una situación como la planteada por la enfermedad que afecta al Presidente Chávez, y eso es importante que todos lo tengamos en mente.

Navarrete desnudó una situación que es parte de los corrillos y rumores políticos diarios en todo el país. Nadie en su sano juicio puede desear el agravamiento de la enfermedad del presidente Chávez y mucho menos su muerte. Es tan claro como el agua que del Presidente Chávez dependen todas las decisiones fundamentales de la vida ordinaria de Venezuela. Incluso del futuro. Por eso se genera una lógica incertidumbre en el país y en el exterior, ante la inminencia de una posible falta del mismo, y sobre el desencadenamiento de una serie de sucesos que pudieran conducir a graves problemas de gobernabilidad.

Sobre todo esto no se le habla claro al país. Ni siquiera a toda la dirección gubernamental ni a la dirigencia del PSUV. Se actúa como si no pasara absolutamente nada. Es sabido que buena parte de quienes presiden los poderes nacionales y regionales no ejercen con autonomía e independencia la potestad y el mandato del cual fueron investidos. Siempre esperan que sea el Presidente quien diga la última palabra, lo que significaría en su ausencia una completa paralización de los mismos.

Es evidente además que las grandes decisiones políticas han sido aplazadas hasta pasadas las elecciones presidenciales previstas para octubre de 2012. Hasta ahora, Chávez es el candidato del PSUV no existiendo nadie que lo sustituya. La discusión sobre las otras candidaturas, su forma de selección, las relaciones con los aliados del Polo Patriótico, han sido postergadas, por lo que cualquier circunstancia, alrededor de la salud del Presidente, que altere los acontecimientos, generará serios problemas a la participación ordenada de los sectores gubernamentales en el proceso electoral venidero.

Por otro lado, no se da muestras de querer reformar la Ley Orgánica de Procesos Electorales, para permitir la proporcionalidad como base de cálculo en la distribución de los escaños, lo cual permitiría una mayor justicia en la representación de los partidos y organizaciones electorales existentes de conformidad con la Constitución.

Las declaraciones de Navarrete han debido ser tomadas como lo que realmente eran: La expresión de una sincera preocupación de lo que pudiera suceder en Venezuela, ante un evento muy difícil de ser dominado por la voluntad humana.

En Caracas, 5-12-2011.

Publicado en La Razón, pp A-3, 11-12-2011, Caracas

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24 (Diez artículos sobre la metamorfosis de Sánchez Cerro II)

Junio 22, 2011: Ollanta Humala.- Penosamente, presidente electo se va despintando día a día.- Se declara

“amigo” de los que decía combatir.- Se va convirtiendo en un transformista más de la política

http://cavb.blogspot.com/2011/06/ollanta-humalan-penosamente-presidente.html

Junio 26, 2011: La metamorfosis política de Humala a un mes de la transmisión del mando.- David Tejada,

dirigente del Partido Nacionalista, analiza las relaciones entre el presidente electo y el PN

http://cavb.blogspot.com/2011/06/la-metamorfosis-politica-de-humala-un.html

Agosto 7, 2011: Se confirma día a día claudicación humalista.- Presidente del Congreso en contra de convocar

Asamblea Constituyente.- Sin cambio constitucional no hay Gran Transformación, sólo gran estafa

http://cavb.blogspot.com/2011/08/se-confirma-dia-dia-claudicacion.html

Agosto 25, 2011: No habrá Gran Transformación, sólo Gran Cojudeo.- Mineros multimillonarios se salieron con

la suya http://cavb.blogspot.com/2011/08/no-habra-gran-transformacion-solo-gran.html

Agosto 26, 2011: ¿Para quién gobierna Humala? http://cavb.blogspot.com/2011/08/para-quien-gobierna-

humala.html

Septiembre 28, 2011: Gobierno del “Gran Cojudeo” promulga ley de la propina minera.- Roque y sus amigos se

almorzaron con botas y todo al exnacionalista Humala.- Se confirma que neoliberalismo fujimorista sigue

mandando en el país http://cavb.blogspot.com/2011/09/gobierno-del-gran-cojudeo-promulga-ley.html

Noviembre 6, 2011: Un Humala totalmente entregado a la derecha no quiere que Diez Canseco presida

Comisión Investigadora de la Corrupción.- Régimen humalista confirma que es más de lo mismo

http://cavb.blogspot.com/2011/11/un-humala-totalmente-entregado-la.html

Noviembre 25, 2011: “Roque” Humala confirma su total venta a los intereses mineros.- Saca del Gobierno a

Carlos Tapia.- Se confirma que la humalada no impulsará la Gran Transformación; sólo Gran Cojudeo

http://cavb.blogspot.com/2011/11/roque-humala-confirma-su-total-venta.html

Noviembre 26, 2011: Extrotskysta Felipe Belisario Wermus, alias Luis Favre, el titiritero de Humala.- Este

caballero de sinuosa trayectoria no tiene nada que hacer en un gobierno nacionalista peruano.- Se va él solo, o

se va él con Humala http://cavb.blogspot.com/2011/11/extrotskysta-felipe-belisario-wermus.html

Diciembre 8, 2011: “Humala es un hombre tan corto de principios como de palabras”. Así describe la

derecha internacional (“The Economist”) al presidente.- Régimen de Humala se marchitó antes de florecer.-

Perú no necesita un nuevo Sánchez Cerro http://cavb.blogspot.com/2011/12/humala-es-un-hombre-tan-

corto-de.html

De interés en la Web: Ollanta Humala sale del closet derechista

Ollanta Humala sale del closet derechista.