Análise Instrumental
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Análise Instrumental 2
luminescência → fenômeno de emissão de radiação eletromagnética por um material
fluorescência → luminescência instantânea (cerca de 1 ns) da matéria após a excitação com a radiação UV ou visível
fosforescência → luminescência retardada da matéria após excitação com energia de uma radiação UV ou visível.
quimiluminescência → luminescência promovida por uma reação química.
Fluorescência e a fosforescência → processo de excitação → absorção de fótons (fotoluminescência).
Luminescência por moléculas → as bandas de fluorescência (ou fosforescência) ocorrem tipicamente em um l maior que a linha de ressonância (deslocamento de Stokes).
Luminescência Molecular
Análise Instrumental 3
A medida da intensidade de fotoluminescência ou quimiluminescência permite a determinação quantitativa de uma variedade de espécies orgânicas e inorgânicas importantes em concentrações muito baixas (traços).
Vantagens:
Limites de detecção - uma a três ordens de grandeza menores que a absorção (ppb).
Extensa faixa de concentração linear -significativamente maior que as encontradas em métodos de absorção.
Desvantagens:
↑ sensibilidade - efeitos de interferência das matrizes das amostras - normalmente, as medições de luminescência estão associadas com técnicas de separação da cromatografia e da eletroforese.
aplicação menos ampla – maioria das espécies absorve radiação UV/Vis do que emite.
Luminescência Molecular
Análise Instrumental 4
Velocidades de Absorção e emissão:
absorção de fótons → ocorre instantaneamente (10-14 a 10-15s).
emissão de fluorescência → ocorre em 10-9 a 10-5s.
fosforescência → ocorre em10-4 a 10s ou mais (em virtude da transição de spin singlete-triplete diferente da transição singlete-singlete da fluorescência).
Luminescência MolecularTeoria da fluorescência e fosforescência
Análise Instrumental 5
Estados excitados que produzem fluorescência e fosforescência
A velocidade média de uma transição triplete a singlete é menor que a correspondente transição singlete a singlete.
A emissão fosforescente requer tempos entre 10-4 e 10s ou superiores.
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Análise Instrumental 6
Processos de desativação
O caminho mais propício para o estado fundamental é aquele que minimiza o tempo de vida do estado excitado.
Processos radiativos Fluorescência → relevância analítica Fosforescência.
Processo não-radiativos Relaxação vibracional (10-12 s)
Colisões entre as moléculas excitadas e as moléculas do solvente eliminam excesso de energia, atingindo o menor nível vibracional.
Conversão internaProcessos intermoleculares pelos quais a molécula passa para um estado eletrônico de menor energia sem emissão de radiação.
Conversão externa (extinção por colisão)A desativação de um estado eletrônico excitado envolve a transferência de energia entre a molécula excitada e o solvente ou outros solutos. Condições que reduzem o número de colisões (baixa temperatura e alta viscosidade) aumentam a emissão.
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Análise Instrumental 7
Fluorescência - ocorre em sistemas químicos gasosos, líquidos e sólidos simples, bem como em sistemas complexos.
◦ Fluorescência de ressonância: lemis = labs. Observada mais para espécies atômicas que moleculares.
◦ Fluorescência com deslocamento Stokes: lemis > labs. O físico Irlandês George Gabriel Stokes, verificou que o fóton absorvido perdia energia por inúmeras vibrações microscópicas.
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Análise Instrumental 8
Luminescência MolecularTeoria da fluorescência e fosforescência
Linhas horizontais grossas → estados eletrônicos
- estado fundamental: S0 (normalmente singlete)
- excitados: S1 e S2 (singletes) e T1 (tripletes)
Linhas horizontais finas → estados vibracionais
- associados ao estado fundamental: S0
- associados aos estados excitados: S1 e S2 e T2
Flechas verticais retas → indicam processos associados a absorção ou emissão de radiação (fluorescência ou fosforescência)
Flechas verticais sinuosas → processos não-radiatvos (relaxação vibracional, conversão interna, etc.)
Análise Instrumental 9
Variáveis que afetam à fluorescência e à fosforescência
• Tipos de transição
σ ← σ*: não ocorre, pois a absorção de radiação com λmax < 250 nm - desativação dos estados excitados por pré-dissociação ou dissociação;
obs: 200nm ≈ 600kJ mol-1 (energia de ligação em muitas moléculas orgânicas)
n ← p* (maior eficiência quântica) : de corrente da absorção n → p* com λmax > 250 nm – tempo de transição 10-7 a 10-5 s
p ← p*: proveniente da absorção p → p* com λmax > 250 nm – tempo de transição 10-9 a 10-7 s
obs: entre as transições promotoras da fluorescência prevalecerá a que implicar um menor tempo de vida do estado excitado e/ou for menos energética.
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Análise Instrumental 10
Variáveis que afetam à fluorescência e à fosforescência
• Rendimento quântico ou eficiência quântica (F):
É simplesmente a razão entre o número de moléculas que sofrem fotoluminescência e o número total de moléculas excitadas.
• EstruturaAinda que alguns compostos carbonílicos e alguns com estruturas de duplas ligações altamente conjugadas fluoresçam, a fluorescência mais intensa e mais útil é encontrada em compostos com grupos aromáticos com transições p p* de baixa energia.
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Análise Instrumental 11
Fluoresceína
Apresentam fluorescência
Não apresentam fluorescência
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Presume-se que nestes compostos (sobretudo os nitrogenados) a transição eletrônica n → p* seja a de menor energia e que rapidamente se converte para um estado triplete suprimindo a fluorescência
Entretanto, compostos heterocíclicos condensados com anéis benzênicos exibem fluorescência → aumento da absortividade associada ao pico de absorção → diminui a vida do estado eletrônico excitado singlete
Análise Instrumental 12
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Efeito da substituição em anéis aromáticos por halogênios → efeito do átomo pesado aumenta a probabilidade de cruzamento intersistema para o estado triplete, diminuindo a eficiência quântica da fluorescência.
Iodobenzeno → não exibe fluorescência → provável pré-dissociação que deve ocorrer à presença da ligação C – I de fácil ruptura.
Análise Instrumental 13
Influência da rigidez estrutural
Empiricamente observou-se que a rigidez da estrutura favorece a fluorescência:
Baixa rigidez → maior Kci
Propicia um aumento da desativação não-
radiativa
Diminui a fluorescência
F ≈ 0,2
Maior rigidez promovida pelo CH2 →
menor Kci
Aumenta a fluorescência
F ≈ 1
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Análise Instrumental 14
Influência do solvente, temperatura, pH e O2
↑ T + colisões intermoleculares ↑ conversão externa diminuição da fotoluminescência
solventes ↓ viscosidade geram igual efeito (supressão colisional).
Efeitos de pH podem desfavorecer a fluorescência
O2 e outras espécies paramagnéticas - ↓ fluorescência, ↑ fosforescência (cruzamento intersistemas)
solventes contendo átomos pesados ou solutos contendo tais átomos em suas estruturas interações spin-órbita cruzamento intersistemas desativação não-radiativa ↓ fluorescência, ↑ fosforescência.
Apresenta fluorescência
Não apresenta fluorescência
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Análise Instrumental 15
Influência da concentração do fluoróforo
A potência de emissão de fluorescência F é proporcional à concentração da espécie fluorescente, desde que em baixas concentrações (A < 0,05).
F = Kc
onde K é um coeficiente de proporcionalidade que depende:
- da absortividade (e) associada ao pico de absorção;
- do rendimento quântico (F) da fluorescência;- da potência do feixe incidente (Po) da
radiação excitadora;- do percurso óptico (b);
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Análise Instrumental 16
Desvios da linearidade
Altas concentrações (<0,05)
Auto-supressão (quenching)• Colisões entre moléculas excitadas provocam a
transferência de energia não-radiativa de um modo semelhante à transferência para moléculas do solvente na conversão externa.
Absorção secundária (inclui a auto-absorção)• Ocorre quando lemissão coincide com algum labsorção. O
resultado é a reabsorção da radiação por quaisquer moléculas na solução.
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