AJsrisro 2shii. Prejos das assignaturas para as província...

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Prejos das assignaturas para a ...te. | Trimestre Semestre. Anno . . Avulso 500 rs. 5$000 9$000 I6$000 AJsrisro 2shii. N. 658 PUBLICA-SE TODOS OS DOMINGOS. Prejos das assignaturas para as província-. Trimestre 6§000 Semestre11$000 Anno18$000 Avulso 500 rs. ji vfr. f;?;~~''>¦¦"'¦'"-'"¦ _*:''""''pJ^ffiç3_TÍAíW;yi$y'* *~\j?,WmmTBr^*$m&'*'-- ^^*üM''AWy -4Jw $-'''¦' - vi'''-f'fci'i;-':'*- j'ai^yl^S^f>j-%-.- ,.''-"a."/i mfc .%*¥.. '^ím^m^m^mffiJiSr jíífi^Kt'^>'ítò ;.,^. > ^H !¦&*_. '*"""'_iu_v draUmma, lüfc____¦! __¦''. -'^Pf JHB Zb*. Semana.—Oh! Sr. Neves! Acabam de d*r-me uma triste noticia a seu respeito. O Neves (assustado).—0 que é, Doutor?! Dr. Semana.—Que morreu o Neves!

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Prejos das assignaturas para a ...te. |

TrimestreSemestre.Anno . .

Avulso 500 rs.

5$0009$000

I6$000

AJsrisro 2shii.N. 658

PUBLICA-SETODOS OS DOMINGOS.

Prejos das assignaturas para as província-.

Trimestre 6§000Semestre 11$000Anno 18$000

Avulso 500 rs.

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Zb*. Semana.—Oh! Sr. Neves! Acabam de d*r-me uma triste noticia a seu respeito.O Neves (assustado).—0 que é, Doutor?!Dr. Semana.—Que morreu o Neves!

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5258 SEMANA ILLUSTRADA.

SEMANA ILLUSTRADA

Rio, 20 de Julho de 1873

Os leitores destas paginas sabem que eu ás vezesrabisco os meus versos de pé quebrado. Não é, todavia,razão para que um honrado mercador de fazendas, queeünão tenho a honra de conhecer, vendo-me ante-hontem

passar pela sua loja, me dissesse com um tom de vozextremamente seductor:

Ulustrissimo,Vendo baratissimo.

E dahi... creio que tinha razão o mercador. Ima-ginou que eü devia fallar sempre em verso, comprar emverso, comer em verso, aborrecer-me em verso... e abor-recer os outros em verso, única supposição exacta.Nesse caso formulou o seu convite na linguagem dosdeuses, afim de me ser mais agradável.

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Applicando agora a mesma idéa a cousa mais altae grave, direi que um notável poeta, o Sr. Alvares, comrazão entendeu que para louvar a Sra. Paladini, verda-deira musa da arte, só deveria empregar a fôrma poe-tica. Podia usar da prosa; seu estylo essencialmentedramático prestava-se a dizer-nos o que é a creadorade tantos caracteres theatraes. Mas preferiu o verso, e

! da felicidade com que se houve passo a dar conta aosleitores da Semana.

A Semana é a primeira folha que dá ao publico estagraciosa producção. Bem alto o digo, pois escolhendo

! as nossas columnas, dá-nos o Sr. Alvares uma demons-tração de apreço, que sobremodo nos honra.

Ao mesmo tempo agradeço em nome das lettras afidelidade do poeta para com o acrostico. Já tive ocea-sião de dizer que o acrostico foi cultivado desde a

antigüidade, enão merece o esquecimento aque o votoua poesia contemporânea. Será esquecimento ou inca-pacidade de luetar com essa fôrma por extremo elevadae difficil? Talvez ambas as cousas. O Sr. Alvares, feliz-mente, afasta-se da regra commum; seus acrosticospodem hombrear com os de News-paper e Náiveté,dous mestres na arte.

O recente acrostico do Sr. Alvares diz assim:

A PALADINI

EXIMIA ACTRIZ ITALIANA

POR 0CCAS1ÃO DE REPRESENTAR NO DRAMA ..MÃI E FILHA" KO THEATRO DES, PEDRO D'ALCAKTARA, NA NOITE DE 16 DE JULHO DE 1X73

"•rostram-sc a teus pés auetores mimosos ;í*"'s tuas plantas curva-se a arte 1Pevam-te ao Capitólio dons primorosos,í» ti só a distinguir-te, a ti só a clevar-te !...Seus fadou-te, entre sons jubilosos,¦imprimindo, na da tua imagem gentil parte,.íobilissimos primores cheios de encantos;m por cila espalhara dotes, tantos I tantos I

O seu admiradorAlvares.

Era impossível, em tão poucos versos, pintar melhoro talento e a arte da Sra. Paladini. O final sobretudo éadmirável; indica um pasmo que se não pôde niani-festar, uma admiração que se não pôde exprimir. Nessaspequenas cousas é que se revelia o talento verdadeira-mente creador.

Qualquer poeta somenos tentaria acabar com umalonga descripção dos dotes da Sra. Paladini, o queafrouxaria o canto. Os dotes são tantos, tantos, quese não podem contar. Aqui está o que o Sr. Alva-res quiz dizer; e neste ponto encontra-se com o Ca-tullo'... -¦- Era o Catullo ? Creio que era.... — 0 Ca-tullo que pedia beijos á namorada. Quantos? per-guntava elle ; não se contam as estrellas da noite nemas conchas do mar Egeo. Não quiz dizer outra cousa oauetor do acrostico. A natureza, cujas operações nãosão fortuitas, mas intencionaes, não fez debalde estaapproximação entre os dous brilhantes poetas.

Em resumo, o novo acrostico não desdiz dos anteriores.Tem o grande mérito de conter muito em poucas pala-vras, condição essencial do acrostico, segundo um dos

I

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SEMANA ILLUSTRADA. 5259

mestres acima indicados, que dizia: „L'acrostiche doitsurtont ne pas ennuyer le public; il doit être rapideconme la foudre et expressif conme lafaim".

Meus parabéns ao poeta.

Agora direi alguma cousa de um drama novo que otheatro de S. Pedro nos deu esta semana, intitulado Ocofre ãe ouro, cujo auctor é um honrado cavalheirodesta cidade.

Tem tres actos o novo drama, podendo e devendo tercinco; é a única censura que lhe faço.

Podia notar-lhe também algumas lacunas no desen-volvimento das paixões; mas é possivel que a empreza,levada do honroso desejo de assegurar o successo dapeça, cortasse alguma cousa do original, como fazia oEossi com as peças de Shakespeare. A intenção foi boa;e o interesse sem duvida se tornou mais vivo para amaior parte do publico; mas quem vae ao theatro buscaralguma philosophia e estylo adivinha que o Cofre deouro ganharia por esse lado se lhe conservassem tudo

O que nos deram é bom, ás vezes chega a ser su-blime; mas pôde ser que muita reflexão profunda, muitapérola de estylo ficasse escondida, devendo brilhar nascena. Bem sei que o systema é usado no theatro, e quea empreza observou a risca a tradicção dos seus colle-gas de todo o mundo; creio, todavia, que, tratando-sede um Hamlct e de um Cofre ãe Ouro, semelhante regradeve ter excepções.

^Seja como fôr, o Cofre áe Ouro valle o metal de que

e feito. E' um drama a um tempo intimo e patriótico.Entrelaçam-se nelle o assumpto doméstico e o assttmptopolítico, os suspiros do amor e os brados de guerra, osnamorados e os emigrados, as lettras amorosas e asliorrenãas listeis da proscripçuo, segundo a brilhanteexpressão do auctor.

iodos os caracteres estão bem sustentados, sobre-tudo o do desembargador e o de Jorge, que appareceno fiui como mendigo e desmaia. Essa scena é verda-deiramente pathetica. O Cofre ãe Ouro apparece duasvezes: no 2o acto para sobre elle jurar o filho do desem-

bargador que hade amar sempre a prima, e no fim do3o quando Jorge, transformado em mendigo, salva aprima da morte.

Apezar de só apparecer duas vezes, o cofre impres-siona profundamente o espectador. Não é cofre; é osymbolo da fidelidade, trabalhado por um. ourives.

Ha scenas pungentes, lances altamente dramáticos.Por exemplo, quando o mendigo cahe desmaiado, cahea alma do espectador aos pés. Aquelle desmaio chegaa ser punhal.

Não menos pathetica é a scena em que o amigode Jorge exclama: „ Os nossos nomes nas horrendaslistas ! " palavras que o Sr. Silva Pereira arranca dointimo de sua alma.

Longe iria se tivesse de enumerar as bellezas do Co-fre de Ouro. Direi como o Sr. Alvares: são tantas, tan-tas! Consta que o auctor ordenou se retirasse o dramade scena por emquanto; fez hem e mal. Fez bem, porque effectivamente ha oceasiões em que nos parece nãoestar preparado o publico para certa ordem de bellezas;fez mal, porque um litterato de tão apurado gosto devesaber o gáudio e a rara satisfação que aos homens delettras produz uma festa intellectual.

Em todo o caso dou um abraço apertado ao auctor.De. Semana.

A DAMA DAS CAMELIAS

Ha quem assevere que o drama intitulado em prosaDama ãas Camclias e em musica Traviata ó das princi-pães exhibições da seita theatral denominada realista.

Não entramos no numero dos pregoeiros deste asserto,porque a bella composição de A. Dumas Filho aindaé a continuação da eschola do seu illustradissimo paee do inexcedivel Vietor Hugo, de que também foi re-presentante o insigne Delavigne.

Mas não façamos cabedal de escholas; todas ellas« Tem seus altos e baixos, tem sedeiros, »

de encontro aos quaes esbarra quem as quer sujeitar aanalyse rigorosa.

Seja como fôr a „ Dama das Camelias " é trabalho deesmerada intelligencia e de delicado sentimento sem ascxaggerações e as flagrantes indecências de algumasposteriores composições, vasadas no mesmo molde.

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ANIMAES FALLANTESE's um porco, (diz o burro)Bebes deste lamaçal.Burro és, não vês que comoE que não bebo, animal?

J^hhí-aM

Mora aqui o Dr. Gaspar?Mora, sim senhor, mas não está em casa.Diga-lhe, quando vier, que vim vel-o.Como o senhor se chama?Não precisa, elle me conhece muito.

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*--¦¦¦'v$!ÊAÊwAy**_--" ,?'--"'- ¦¦-¦

Uma passagem da 2o classe.Para onde?Que se importa o senhor para onde eu vou!

Di/.e-me, Alfredo: qual o ¦> caminhe maisrápido entre um ponto g o outro .

E' a linha recta.— Pois nào, é o caminho do ferro.

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Representada pela eminento trágica, a Sra. Palaãini, em 13 de Julho de 1873

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5262 SEMANA ILLUSTRADA.

E a „ Dama das Camelias, " melhor que o „ Demi-monde, " superior ás Filies de marbre, " encontroufiel e intelligentissima interprete na senhora de Pala-dini, desde as primeiras scenas de desdens até a mortepela phthysica, executada com o apparato consternadordessa insidiosa moléstia em todas as suas phases.

Duas vezes a senhora de Paladini tem levado áscena do theatro Lyrico a interessante e infeliz Traviatae duas vezes tem triumphado completamente, reprodu-zindo a imagem viva daperãutta Margherita, a maissympathica, a mais desculpavel das Magdalenas, scópomalogrado de tantos dramaturgos e romancistas.

Os applausós repetidos, as ovações com que o re-duzido, mas selecto auditório do Lyrico, tem distin-guido a conscieDciosa e notável artista, manifestama profunda impressão que ella sabe produzir no desem-penho de papel tão árduo no tocante á compreheusão econstituem o merecido tributo, o dever de premiai- aarte exhibida cora tanto primor. _ . -- ""

Gustavo Bianchi e Cario Bolena, artistas de muitotalento e de grande aptidão seenica, acompanharam,no brilho da execução, a illustre protagonista e porisso tambem foram devidamente applaudidos.

Na scena do jogo, das provocações á Varvil, e á Mar-garida, o lançar da bolsa aos pés da mísera vietima deamor, em tudo quanto com a palavra, a physionomia eo gesto exprimiu nos últimos momentos da pobre sacri-ficada, o Sr. Bianchi revelou-se actor de ordem muitoelevada.

O.s meus parabéns, pois, á triade notável na exhibiçãoda Dama das Camelias.

Thespis.

EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE VIENNA

Entre os objectos expostos no Prato de Viennadistinguem-se alguns que, posto que abundantes nuncafiguraram em exposições.

São de diversos paizes os expositores e apezarde dispersos em differentes logares, o nosso corres-pondente conseguio reunir estas curiosidades que oraapresentamos aos leitores.

Não resta duvida que o nosso Brasil é riquíssimoneste ponto de exposição e por isso vamos principiarcom a prata da casa, exposta no prato de Vienna.

Uma dds cousas que é muitissimamente curiosaé a collecção dos jornaes do Rio de Janeiro, debaixode vidros em molduras douradas, para não serem to-cados com as mãos.

0 Jornal ão Commercio expôz um numero da suafolha que não é ínsipido (talvez o unico desde a suacreação) que não tem correspondências, nem publica-ções apedido, nem gazetilha, e menos ainda annuncios.

O Diário ão Rio de Janeiro está representado por umnumero sem algum dos chistosos artigos do Sr. Com-meudador Manei de Soiza.

A Reforma está sem boatos, o que é muito notável etem um artigo de fundo sem assignatura.

A Republica traz uma correspondência do Rio sobreuma Companhia Lyrica Italiana, em que esta está gabadacomo uma maravilha.

A Nação, folha governamental não traz uma únicapalavra em resposta á algum artigo da Reforma.

O Jornal da Corte, cuja côr politica ainda não estábem clara, mostra-se inclinado ao republicanismo.

O Apóstolo, defendendo os maçons de ambos osOrientes e Occidentes.

A Semana Illustrada está representada pelo seu nu-mero 658 em signal de firmeza e constância.

Fóra destas folhas, acham-se expostas outras curió-sidades, não menos interessantes, que a si chamam a'geral attenção dos visitantes da exposição.

| A primeira é um bilhete do thesouro do Brasil, deMil Réis, deixado na burra do ex-gerente da navegaçãobrasileira, o Sr. Carrere.

¦ A segunda é uma pastoral do Bispo de Pernambucoque tem o lema: amar ao nosso próximo, mesmosendo maçon, como a si próprio.

í A terceira é o retrato de uma Brasileira com cabelloslouros e olhos azues.

Uma quarta — de farinha de Suruhy.Uma quinta — da boa vista.Uma sexta — com bananas depois do jantar.

A sétima, como ultimo dos peccados mortaes, re-presenta o retrato de um Mrasileiro, tres vezes gabado,sem ter achado attaques.

Uma oitava de ouro em pó.Uma nona curiosidade é um par de botas novíssimas,

para S. S. Infallivel.Uma décima—de casa, pagii sem ter soffrido multa

ou penhora.Uma décima onsima, chineza, da casa dos Srs.

Marques e Carneiro.Ha mais outros objectos, indescriptiveis, cujos de-

senhos nos mandaram e que brevemente serão publica-dos na Semana.

O nosso correspondente promette continuar com aremessa destas curiosidades, que são mesmo curiosas.

{Continua).

0 SR. PADRE LIMANotemos o nome do Sr. padre Francisco de Paula

Lima, de Jundiahy.Disse um jornal de S. Paulo que alli fora installado

um Club republicano. O'Sr. padre contestou a noticia,que elfectivamente não era exacta. Mas acerescentou:

Até ao presente não tendo-me declarado por partido algumpolitico, professando idéas liberaes e desejando mesmo r.cr..*reformas constitucionaes, como a da abolição de uma rihgtaoile. Estudo, julgo que V. poderá ver que por esta minha declaraçãosó tenho em vista restabelecer a verdade dos factos.

Um sacerdote a pedir a abolição da religião doEstado não deixa de ser cousa, pelo menos, rara.. •neste paiz,

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SEMANA ILLUSTRADA. 5263

UMA CHARADA

Um cavalheiro, amigo nosso, e amador de cha-radas, remetteu-me a que abaixo se segue, com a qualos leitores não quebrarão a cabeça, pois a decifraçãoirá logo.

Não se zangará o meu amigo se eu lhe disser quecharadas nem boas nem más vale a pena ler. Quantoa fazel-as;... folgo de crer qúe estará muito aborrecidonessa oceasião.

Sou uma das vinte e cinco 1Chefe de repartição 3Certamente não ficava 1Nome sou de mocetão 3Terça parte de compasso 1Metade do tempo sou ,.T-.- 1Assim é quem ama muitoA mulher com quem casou.... 3Se resido entre as vogaes 1Tambem na canna resido 1Curta, extensa, estreita ou larga 2Ou bemol ou sustenido 1Nome sou de certa egreja 4Muito perto do Rocio 4

CONCEITO

Se queres adivinhar-meHasde andar n'um corrupio.

A decifração é : A directoria geral ão contencioso cna ma do Sacramento.

DUAS TOLICES

„ ... Nem podíamos haver escripto semelhantes pa-lavras em relação a S. Ex. cuja rapaciãade proclama-mos alto e bom som. "

,i Estou disposto a atacar todas as virtudes, todos osprincípios, todos os sentimentos da sociedade, a reli-gião, a ordem, a honradez, a propriedade, emfim tudo. "

Se eu disser que sahiu atacar em vez de acatar, erapaciãade em vez de capacidade, os leitores riem-se daminha ingênua solicitude, e tem razão. Por isso nãodigo nada, e assigno-me.

O MOLEQUE.

DESEJOEu não quero prodígios de opulencia,

Riqueza sem rival,Pompa, nem lustre, nem soberbo sceptro,

Nem diadema real.

. Não quero o louro com a victoria ganhoDos combates no horror,

Molhado em borbotões de quente sangue,Colhido entre ais e dôr.

Não quero maravilhas levantadasAnte mago condão,

Nem princeza gentil desincantadaD'entre roseo botão.

Além de uma harpa que acompanhe as copiasDe amorosa canção

E ajunete accordes sons ás brandas vozesDe um terno coração,

Eu só quero dos campos da innocenciaA mais mimosa flor;

Só quero, oh virgem que estremeço e adoro,Só quero o teu amor.

Ribeiro.

IPtifolieaçãoO Sr. Dr. Joaquim José Teixeira mimo3eou-nos com

um exemplar das suas Poesias, intituladas: „A' Memóriade D. Rita Manoella Duque Estrada Teixeira."

E' uma coroa de saudades offerecidapelo entristecidopoeta á memória querida da fallecida esposa, que foi naterra modelo de singulares virtudes.

Outra versão sobre a ultima paginaA União de Pernambuco,jornal dos bispos, entoaeste versículo : „ A mitrapesa mais do 'que a coroa. "

Pois tirem á mitra o cobre,que inda lhe sustenta a proae veremos como a mitrapesa menos que a coroa.

Tvp.no Imp. Inst. Artístico — Rua Primeiro de Março n. 21

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Porque será que uma conchaDesta famosa balança,Pesa mais, contendo apenasUma cabeça.... e uma pansa?

E' que a mais leve despejaMuito cobro na pesada;Tirem-lhe o cobre, e a balançaFica logo equilibrada.