Abordagens das Urgências e Emergências · Em casos de menor gravidade, o atendimento no...

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Abordagens das Urgências e Emergências Material desenvolvido e organizado pela equipe do Portal IDEA Fontes: Internet, livros, apostilas, artigos e vídeos. www.portalidea.com.br

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Abordagens das Urgências e Emergências

Material desenvolvido e organizado pela equipe do Portal IDEAFontes: Internet, livros, apostilas, artigos e vídeos.

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Qual a diferença entre negligência, imprudência e imperícia na emergência?

A negligência é uma falta de cuidado ou desleixo relacionado a uma situação. A imprudência consiste emuma ação que não foi pensada, feita sem precauções. Já a imperícia é a falta de habilidade específica parao desenvolvimento de uma atividade técnica ou científica.

O que é negligência?

A palavra negligência é utilizada para designar uma falta de cuidado em uma situação específica.

No uso cotidiano e no direito, implica falta de diligência ou preguiça, podendo também significar ausência dereflexão proposital sobre determinado assunto.

Por ser caracterizada pela falta de ação de um indivíduo, a negligência também carrega o significado depassividade e inércia. É uma omissão aos deveres que variadas situações demandam.

Na área da medicina, a negligência pode ser grave e até fatal. As ações negligentes nesseâmbito são as mais diversas, como abandonar um doente ou omitir tratamento, assim comoum médico cirurgião esquecer algo estranho no corpo do paciente após a operação.

O que é imprudência?

A imprudência também caracteriza uma falta de cuidado, mas antes disso, uma forma de precipitação. Édesrespeitar uma conduta já aprendida anteriormente e atuar sem precauções. Isto pode trazer riscos paraa situação em que o indivíduo imprudente se encontra, bem como para terceiros envolvidos.

O comportamento de uma pessoa imprudente geralmente é positivo. A culpa surge com a tomada de umaatitude. Isto é, a imprudência só fica evidente para o indivíduo ao mesmo tempo em que ele pratica aconduta de omissão e falta de precaução.

O que é imperícia?

A imperícia é uma falta de habilidade específica para o desenvolvimento de uma atividade técnica oucientífica. No caso, o indivíduo não leva em consideração o que conhece ou deveria conhecer, assumindo aação sem aptidão para desenvolvê-la.

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A diferença entre urgência e emergência

De acordo com o Médico da Família e gerente da Medicina Preventiva da Unimed Fortaleza, Dr. RômuloFernandes, emergência é tudo aquilo que implica em um risco iminente de morte, que deve serdiagnosticado e tratado nos primeiros momentos após sua constatação.

Quando a pessoa necessita de assistência médica imediata, pois há risco potencial de morte, ela deve serencaminhada ao plantão hospitalar. Confira a seguir algumas situações que inspiram um atendimento deemergência:

1. Corte profundo

2. Acidente de origem elétrica

3. Picada ou mordida de animais peçonhentos

4. Queimaduras

5. Afogamentos

6. Hemorragia (forte sangramento)

7. Infarto do miocárdio (dor forte no peito)

8. Dificuldade respiratória

9. Derrames, perda de função e/ou dormência nos braços e pernas

10. Inconsciência/desmaio

11. Intoxicação por alimento ou medicamento

12. Sangue no vômito, urina, fezes ou tosse

13. Grave reação alérgica

14. Febre alta permanente

15. Convulsões, dores intensas no peito, abdômen, cabeça e outros

16. Agressões físicas

17. Acidentes de carro, moto, atropelamento e quedas

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A urgência, pode ser entendida como uma situação clínica ou cirúrgica, sem risco de morte iminente,mas que, se não for tratada, pode evoluir para complicações mais graves, sendo necessário, assim como aemergência, o encaminhamento para o plantão hospitalar. As situações que podem necessitar de umatendimento de urgência incluem:

Fraturas

Luxações

Torções

Asma brônquica em crise

Feridas lácero-contusas (causadas pela compressão ou tração dos tecidos) sem grandes hemorragias

Transtornos psiquiátricos

Dor abdominal de moderada intensidade

Retenção urinária em pacientes idosos

Febre maior que 38 graus há pelo menos 48h que melhora com antitérmicos mas retorna antes de

completarem-se 4h da tomada do antitérmico

Mais de um episódio de vômito em até 12h

Quando o pronto-socorro não é a melhor opção?

De acordo com o Dr. Rômulo Fernandes, é importante avaliar, em primeiro lugar, se o problema é umademanda de urgência ou emergência para escolher entre um atendimento em uma unidade de saúdeambulatorial ou uma consulta eletiva.

Em casos de menor gravidade, o atendimento no pronto-socorro pode não ser a melhor opção,principalmente em épocas de viroses, período em que aumenta o fluxo de atendimento nos hospitais dacidade, e, consequentemente, a presença de pacientes com doenças sazonais nesses espaços.

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Quando agendar uma consulta eletiva?

Existem situações de caráter menos imediatista que podem ser melhor avaliadas em uma consulta eletiva,aquela consulta investigativa de acompanhamento, agendada com antecedência, que busca a causa doproblema. Já no atendimento de urgência e emergência, aquele realizado no pronto-socorro, o médicoemergencista tratará do caso de forma pontual, para amenizar os sintomas e não para tratá-lo em suatotalidade.

Segundo o Dr. Rômulo Fernandes, é importante que os pacientes não graves avaliem se, de fato, há anecessidade de ir ao hospital naquele momento ou se podem esperar para marcar uma consultaposteriormente. “O especialista vai poder ajudar a escolher as melhores opções para a sua condição desaúde, seja ela o acompanhamento de uma condição crônica, como hipertensão e diabetes ou então anecessidade de escolha por hábitos mais saudáveis de vida. Essas situações não precisam de prontoatendimento e sim de profissionais que tenham um vínculo com você e ofereçam continuidade eintegralidade do cuidado”, explica o Médico da Família.

Quem tem prioridade no atendimento de emergência do HRU

Ao chegar à emergência do Hospital Regional, o cliente é direcionado para a retirada da senha e deve

esperar o chamado que será feito através dos monitores, situados na área de espera. Em seguida, ele será

chamado e passará pela avaliação de uma profissional de enfermagem. Ela irá medir os seus sinais vitais e

classificá-lo baseado no Sistema Manchester de Classificação de Risco, que visa determinar a prioridade

clinica do paciente, garantindo que o atendimento médico ocorra no tempo adequado. Desta forma, o

paciente receberá uma pulseira com a cor que determina a urgência do atendimento, sendo elas:

VERMELHA

Indica Emergência e seu atendimento será em instantes;

LARANJA

Indica Muito Urgente e seu atendimento será realizado em até 10 minutos;

AMARELO

Indica Urgente e seu atendimento será realizado em até 60 minutos;

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VERDE

Indica Pouco Urgente e seu atendimento será realizado em até 120 minutos;

AZUL

Indica Não Urgente e seu atendimento será realizado em até 240 minutos;

O QUE É TRAUMA?

No contexto da enfermagem, define-se o Trauma como um evento nocivo que advém da liberação de

formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia.

O QUE É O ABCDE DO TRAUMA?

O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define

prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. Ou seja, é uma forma rápida

e fácil de memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o paciente em politrauma.

Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável a todos as vítimas

com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo tem como principal objetivo reduzir índices de

mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo de trauma.

QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR?

Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário atentar-se a itens

essenciais para salvaguardar a vida da equipe, como: avaliação da segurança da cena segura, uso de

EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor cones de isolamento na pista).

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Significado das Letras ABCDE (X) – Exsanguinação Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitosem um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves. (A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de ponta rígida, “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel). No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares. A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos multissistêmicos! (B) – Boa Ventilação e Respiração No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. Verificarse a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado. (C) – Circulação com Controle de Hemorragias No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte no trauma. A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa ecomprometimento do nível e qualidade de consciência.

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QUAIS SOLUÇÕES EMPREGAR NA REPOSIÇÃO VOLÊMICA? O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carrear O2 ou as plaquetas necessárias no processo de coagulação e controle de hemorragias. (D) – Disfunção Neurológica No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de goma de Glasgow atualizada. (E) – Exposição Total do Paciente No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc.A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente.

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Parada cardiopulmonar

A parada cardiopulmonar ou parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a ausência de atividademecânica cardíaca, que é confirmada por ausência de pulso detectável, ausência de responsividade eapneia ou respiração agônica, ofegante. O termo “parada cardíaca” é mais comumente utilizado quando serefere a um paciente que não está respirando e não tem pulso palpável.

A reanimação cardiopulmonar (RCP) ou reanimação cardiorrespiratória (RCR) é um conjunto demanobras destinadas a garantir a oxigenação dos órgãos quando a circulação do sangue de uma pessoapara (parada cardiorrespiratória). Nesta situação, se o sangue não é bombeado para os órgãos vitais, comoo cérebro e o coração, esses órgãos acabam por entrar em necrose, pondo em risco a vida da pessoa.

Os procedimentos básicos da respiração são:

1.desobstruir as vias aéreas (com cautela pois pode haver danos na cervical)2.afrouxar as roupas da vítima, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura;3.verificar se há qualquer coisa ou objeto obstruindo a boca ou garganta da vítima;4.iniciar a respiração de socorro tão logo tenha a vítima sido colocada na posição correta. Cada segundo éprecioso.Os procedimentos básicos da massagem cardíaca são:

1.colocar a vítima deitada de costas sobre superfície dura em decúbito dorsal;2.colocar as mãos sobrepostas na metade inferior do esterno com os braços estendidos;3.os dedos devem ficar abertos e não tocam a parede do tórax;4.a seguir, fazer uma pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o esterno cerca de 5 cm,comprimindo o coração de encontro à coluna vertebral;5.descomprimir em seguida.Mantenha a vítima deitada no chão; - Ajoelhe-se ao lado dela; - Sobreponha as mãos e posicione-as emcima do osso do peito da vítima; - Mantenha os braços esticados (nunca dobre os cotovelos); - Inicie acompressão do peito da vítima, imprimindo peso sobre ela e soltando; - Faça 100 compressões por minuto;- Se possível, a cada 100 compressões reveze com outra pessoa até a chegada do Samu 192.

De 4 a 6 minutos já pode ocorrer dano cerebral na vítima. Após 6 minutos o dano cerebral é praticamentecerto.

De acordo com o protocolo editado pela American Heart Association em 2010, ocorreu uma recomendaçãode alteração na sequência de procedimentos de SBV de A-B-C (via aérea, respiração, compressõestorácicas) para C-A-B (compressões torácicas, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês(excluindo-se recém-nascidos na frequência das compressões torácicas), O socorrista atuando sozinhodeve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação daprimeira compressão. A frequência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto (em vez de“aproximadamente” 100/minuto). A profundidade da compressão em adultos foi ligeiramente alterada para,no mínimo, 2 polegadas (cerca de 5 cm),em lugar da faixa antes recomendada de cerca de 1½ a 2polegadas (4 a 5 cm). Quando se tratar de socorrista "leigo" este deverá priorizar a aplicação dascompressões (100/minuto), caso ele possua treinamento poderá realizar as insuflações na frequência de 30compressões por 2 ventilações (uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos). Profissionais da Saúde verificamrapidamente a respiração ao verificar se o paciente está respondendo a fim de detectar sinais de PCR. Apósa aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da vítima e aplicarduas ventilações, as compressões torácicas devem ser feitas a uma frequência mínima de 100compressões por minuto e as insuflações uma ventilação a cada 6 ou 8 segundos. Fonte de referenciaAmerican Heart Association -

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Infarto

Números da doença são preocupantes As doenças cardiovasculares são as doenças que mais matam noBrasil e em todo o mundo. Só aqui, são quase 400 mil mortes por ano, segundo estimativas da SociedadeBrasileira de Cardiologia para 2018. Isso equivale a mais de 1.000 por dia e cerca de 43 a cada hora. É odobro das mortes causadas por todos os tipos de câncer juntos e mais que o dobro do número de acidentese episódios de violência fatais. Dentre as doenças que envolvem o coração e a circulação, o acidentevascular cerebral (AVC), o popular "derrame", é a principal ocorrência, seguida pelo infarto do miocárdio."Atualmente, cerca de 300 mil casos são diagnosticados anualmente.

Como acontece o infarto Eventualmente, as placas de ateroma podem sofrer fissuras ou lesões. Oorganismo se defende dessa agressão com o acúmulo de plaquetas (um dos componentes do sangue),gerando um coágulo (também chamado de trombo). Tanto as placas quanto os trombos podem impedir queo sangue passe naquele trecho da artéria em que há o entupimento. Quando a irrigação do tecido éinsuficiente, o quadro é chamado de isquemia. Já quando a irrigação é interrompida, o tecido alimentado poraquele vaso morre e, consequentemente, uma parte do músculo cardíaco também --isso é o infarto. Infartospodem acontecer em qualquer parte do corpo, mas, quando afeta o músculo cardíaco, é chamado de infartodo miocárdio.

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Tipos de infarto

Os tipos de infarto Em relação às causas, os especialistas consideram cinco tipos de infarto do miocárdio:Tipo 1 O mais comum, que envolve uma ruptura na placa de ateroma e formação de trombo, comoexplicado acima. Tipo 2 Há um prejuízo na irrigação do miocárdio em decorrência de alguma condiçãograve, por exemplo: pressão muito alta ou muito baixa, anemia profunda, ou após cirurgias em outras partesdo corpo. Tipo 3 É o que cursa para morte súbita, porque a necrose atinge uma área extensa rapidamente,ou gera uma arritmia grave. É também chamado "infarto fulminante". Tipo 4 É o que ocorre após umaangioplastia. Tipo 5 É o que ocorre após uma cirurgia de revascularização do miocárdio.

Qual a diferença entre infarto e ataque cardíaco?

Muita gente usa infarto do miocárdio e ataque cardíaco como sinônimos, mas na verdade o último termo ébem mais abrangente. Várias complicações além do infarto podem resultar em um ataque cardíaco,inclusive a parada cardíaca, geralmente provocada por uma arritmia --disfunção elétrica que faz o coraçãobater de forma desregulada e tem diversas causas. O infarto nem sempre leva imediatamente a uma paradacardíaca, mas, em alguns casos, pode provocar uma arritmia maligna e, aí sim, o coração pode parar debater.

Angina

Angina, um sinal de alerta Quando o fluxo de sangue na artéria está comprometido por um entupimento, apessoa pode não sentir nada. Porém, se ela fizer algum esforço físico maior, ou passar por uma situação deestresse, que libera adrenalina, os vasos podem sofrer espasmo, ou seja, eles se contraem, o queinterrompe temporariamente a passagem de sangue (isquemia cardíaca) e pode gerar dor no peito, ouangina. Quando o sintoma aparece só nessa situação de esforço, é chamado de angina estável. Já a anginainstável quando surge ao mínimo esforço, ou em repouso, e pode ser considerado um pré-infarto. Essasdores no peito costumam ter curta duração, mas, em ambos os casos, é preciso procurar o cardiologista.

Fatores de risco

– Colesterol elevado: o colesterol é um tipo de lipídio (gordura) fundamental para a integridade dascélulas e também para a produção de hormônios. Cerca de 30% provêm da nossa alimentação e70% do nosso próprio fígado. Existem dois tipos de lipoproteínas: o LDL (ou mau colesterol) e oHDL (ou bom colesterol). O LDL em excesso está associado à formação de placas nas paredes dascoronárias e, portanto, ao infarto. Já o HDL ajuda a remover o colesterol da parede das artérias, porisso é bom que essa lipoproteína esteja elevada no sangue. Tendências genéticas, hereditárias(hipercolesterolemia familiar), obesidade, sedentarismo e consumo excessivo de gordura animal.

Hipertensão: uma das principais causas de doença cardiovascular, a pressão alta agride a parede dasartérias e pode dilatar o coração, fazendo com que ele tenha que trabalhar mais. O problema pode sercausado por fatores genéticos e também por consumo excessivo de sódio (presente no sal de cozinha e nosalimentos industrializados), obesidade e sedentarismo.

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Diabetes

tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 interfere no processo de aterosclerose. Quando essas condições nãosão bem controladas, aumenta o risco de ruptura das placas e formação de coágulos que podem resultarem infarto ou derrame.

Dieta inadequada: embora o colesterol seja considerado o principal vilão das coronárias, há outros fatoresligados à alimentação que interferem no risco cardiovascular, como a gordura trans (que diminui o HDL,fazendo o LDL se elevar), o excesso de açúcar e carboidratos --que aumenta o nível de triglicérides, umoutro tipo de gordura "ruim" para o organismo, e gera resistência à insulina, processo que leva ao acúmulode gordura abdominal.

Obesidade: quanto maior o peso, maior o esforço para o coração. Além de elevar o risco de outrascondições associadas à doença coronariana, o tecido adiposo contribui para a produção de substânciasinflamatórias.

Tabagismo: as substâncias tóxicas do tabaco agravam a aterosclerose, fazem as artérias secontraírem e endurecerem, além de exigir maior esforço do coração. - Idade: o pico deincidência em homens costuma ser a partir de 45 anos. Já em mulheres, após os 55 anos (amenopausa aumenta o risco cardiovascular). No entanto, a exposição mais precoce aos fatoresde risco pode levar pessoas de 20 a 40 anos a ter infarto.

– Anticoncepcional: associado a outros fatores de risco, como o tabagismo, podeaumentar consideravelmente o risco de infarto e trombose. - Drogas ilícitas: substânciascomo a cocaína podem provocar infartos, inclusive em jovens, já que geram aumentoda pressão e entijecimento das artérias.

– Abuso de álcool: em excesso, o consumo de bebida alcoólica também pode prejudicar o sistemacardiovascular.

O que fazer se a pessoa estiver com sintomas de infarto?

Os primeiros socorros para infarto agudo do miocárdio ajudam a reduzir as sequelas, ou salvar a vida dapessoa que sofre o episódio. Para isto é recomendado reconhecer os sintomas, acalmar e deixar a vítimaconfortável, e chamar uma ambulância, ligando par ao SAMU 192 o mais rapidamente possível.

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Como agir em casos de convulsão

Convulsão é a contratura involuntária da musculatura, que provoca movimentos desordenados. Geralmenteé acompanhada pela perda da consciência. As convulsões acontecem quando há a excitação da camadaexterna do cérebro.

Causas:

- hemorragia;- intoxicação por produtos químicos;- falta de oxigenação no cérebro;- efeitos colaterais provocados por medicamentos;- doenças como epilepsia, tétano, meningite e tumores cerebrais.

Sintomas:

- espamos incontroláveis;- lábios azulados;- olhos virados para cima;- inconsciência;- salivação abundante.

Como agir:

- coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa semachucar, como pulseiras, relógios, óculos;- introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua;- levante o queixo para facilitar a passagem de ar;- afrouxe as roupas;- caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva;- quando a crise passar, deixe a pessoa descansar;- verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão;- nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se);- não dê tapas;- não jogue água sobre ela.

No caso de crianças, se houver febre alta, dê um banho morno de imersão, por mais ou menos dez minutos. Deite a criança envolta na toalha e chame imediatamente um médico.

Não se esqueça:

quem presta os primeiros socorros deve conhecer suas próprias limitações, pois não substitui o médico; tenha sempre à mão os números de atendimento de emergência de sua cidade.

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Primeiro atendimento a vítima de queimaduras

Em casos de queimaduras elétricas, deve-se providenciar a interrupção da corrente antes do contato com a vítima ou, se isso não for possível, tentar afastá-la com objeto isolante, como madeira seca. Em seguida deve-se providenciar o resfriamento da área queimada com água corrente fria de torneira ou ducha.

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Técnicas de transporte de vítimas

Atenção

Movimente o acidentado o menos possível.

Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte.O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a vítima.

Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte.

Logo que a vítima estiver em cima da prancha, cada socorrista deve se posicionar em uma das extremidades da prancha (o socorrista A deve colocar-se de costas para o paciente, e o B, aos seus pés);

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Para aumentar as chances de recuperação, o ideal é que a vítima seja atendida no local do acidente. Caso isto não seja possível por falta de segurança, tanto para ela como para o socorrista, deve-se transportá-la para um local seguro, porém respeitando certos cuidados específicos. Veja como:Transporte de vítimas Transporte de vítimas

Antes de retirar a vítima do local do acidente:

* preste atenção ao movimentá-la para não agravar as lesões já existentes;* examine o estado geral da vítima;* tente calcular o peso da pessoa;* considere o número de socorristas para ajudar;* retenha a hemorragia;* mantenha a vítima respirando;* evite ou controle o estado de choque* imobilize as áreas com suspeita de fraturas

O transporte da vítima pode ser feito por maca, que é a melhor forma. Se por acaso não houver uma disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões resistentes, ouaté mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.

Fontes: Unimed / univille.edu / Ministério da Saúde / UOL.com