A Origem e o Sentido Da Natureza

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A ORIGEM E O SENTIDO DA NATUREZA ARTIGAS, Mariano. Origem e sentido da natureza. Filosofia da natureza. Ed. São Paulo – 2005 A natureza é uma complexidade tamanha é na verdade muito difícil de explicá-la Desde a Antiguidade existiram cosmogonias que pretendiam representar a história do universo, mas careciam de base cientificam adequadas, que ao mesmo tempo abordavam o problema a cerca da explicação ultima do universo. Na idade moderna se formularam já tais ideias, que teriam sido precursoras das ideias atuais. Kant propôs que o universo teria se formado a partir de uma nebulosa primitiva. Ideia que foi usada por Laplace, o que o sol teria se originado de uma nebulosa incandescente, e os planetas teria se originados a partir de fragmentos desprendido do sol e que os satélites preveniam dos planetas.” Já desde muito tempo até os nossos dias, se discute se existe um sentido no Universo. Os “finalistas” afirmam que existe um sentido direcional que deve ser interpretado como uma finalidade; esta posição corresponde à atitude natural do homem diante da natureza, e relaciona-se facilmente com a afirmação de uma providência divina que governa o curso dos fenômenos naturais. Os “antifinalistas”, por sua vez, negam que exista uma finalidade na natureza ou, ao menos, que possamos conhecê-la, e costumam rejeitar a existência

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A ORIGEM E O SENTIDO DA NATUREZA

ARTIGAS, Mariano. Origem e sentido da natureza. Filosofia da natureza. Ed. São Paulo – 2005

A natureza é uma complexidade tamanha é na verdade muito difícil de

explicá-la “Desde a Antiguidade existiram cosmogonias que pretendiam

representar a história do universo, mas careciam de base cientificam

adequadas, que ao mesmo tempo abordavam o problema a cerca da

explicação ultima do universo. Na idade moderna se formularam já tais ideias,

que teriam sido precursoras das ideias atuais. Kant propôs que o universo teria

se formado a partir de uma nebulosa primitiva. Ideia que foi usada por Laplace,

o que o sol teria se originado de uma nebulosa incandescente, e os planetas

teria se originados a partir de fragmentos desprendido do sol e que os satélites

preveniam dos planetas.”

Já desde muito tempo até os nossos dias, se discute se existe um

sentido no Universo. Os “finalistas” afirmam que existe um sentido direcional

que deve ser interpretado como uma finalidade; esta posição corresponde à

atitude natural do homem diante da natureza, e relaciona-se facilmente com a

afirmação de uma providência divina que governa o curso dos fenômenos

naturais. Os “antifinalistas”, por sua vez, negam que exista uma finalidade na

natureza ou, ao menos, que possamos conhecê-la, e costumam rejeitar a

existência de uma Providência divina; os seus argumentos pretendem apoiar-

se, freqüentemente, no progresso das ciências.

A cosmologia cientifica ramo da ciência que estuda a origem do

universo, é relativamente recente. O modelo da Grande explosão fundamenta-

se na teoria da relatividade geral, formulada por Eirnstein em 1964. As

equações desta teoria teria permitido calcular o movimento local da matéria sob

a ação da gravidade e, por esse motivo, são apropriadas para descrever o

universo em grande escala, sendo o universo um sistema físico composto por

objetos com grande massa – as estrelas e as galáxias – separadas por grande

distancias , e a evolução desse sistema é determinada pela força da

gravidade.”

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A finalidade opõe-se ao acaso. Dizemos que algo acontece “por acaso” quando

é o resultado de coincidências acidentais, imprevistas, que não correspondem

a uma causa determinada. A finalidade, pelo contrário, implica que existem

causas que explicam os efeitos; o efeito deve-se diretamente a causas

próprias, e não há coincida acidental dessas causas.

A primeira versão do modelo da grande explosão foi formulada por

Georges Lameître, astrônomo e sacerdote católico belga, em 1927. A sua

hipótese supunha que o universo tivesse se formado a partir da explosão de

uma espécie de átomo primitivo e coincidia com a lei de Hubble em postular a

explosão do universo. Em 1948, Hermann Bondi e Thomas Gold formularam

um modelo diferente acerca do universo, a teoria do estacionário. Segundo

essa teoria, o universo apresenta um mesmo aspecto em qualquer época, e,

para explicar a sua expansão havia uma criação continua de matéria, de modo

que, quando as galáxias separam-se forma-se matéria nova entre elas.”

“Em 1964, Arno Pensias e Robert Wilson a radiação de fundo de

microondas, cujas características eram congruentes com os prognósticos do

modelo da Grande Explosão. Concretamente, o modelo proporciona uma

explicação coerente com a expansão do universo, propõem uma idade do

universo que esta de acordo com os estudos acerca da idade de seus

componentes e seus prognósticos que surgiram desse modelo.”

A existência de uma finalidade natural encontra tanto desafios como

confirmações em três âmbitos: a cosmologia, a evolução e a auto-organização.

No terreno da cosmologia, o modelo da grande explosão original (o big bang) e

a física atual manifestam que o nosso mundo depende de toda uma série de

coincidências e equilíbrios: se a proporção de matéria e antimatéria no início do

Universo tivesse sido um pouco diferente, ou se a massa do nêutron não fosse

ligeiramente superior à do próton, ou se não houvesse um conjunto de

propriedades físico-químicas muito específicas tanto no presente quanto no

passado, a vida na Terra e nossa própria existência não se teriam produzido.

Sobre esta base foi proposto o veio a chamar-se o “princípio antrópico”.

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No âmbito da biologia, embora o progresso dessa ciência nos permita

conhecer cada vez melhor as dimensões finalistas da natureza, uma das

principais objeções contra a finalidade natural provém da teoria da evolução. O

problema formulado pelo evolucionismo consiste em que, segundo essa teoria,

a existência dos organismos vivos poderia ser explicada a partir da sua origem

de formas menos organizadas, através de causas naturais; ou, segundo a

síntese neodarwinista, como resultado da combinação de variações aleatórias

(ao a caso) e seleção natural. o novo paradigma da auto-organização,

amplamente difundido na atualidade, abrange um conjunto de teorias relativas

aos diversos níveis da natureza.

A idéia básica é que estados mais ordenados se formariam

espontaneamente a partir de estados menos ordenados, e daí vem o nome de

auto-organização. Esse pressuposto pode ser sintetizado em poucas palavras:

a matéria possui um dinamismo próprio que, em condições adequadas, dá

lugar a fenômenos sinérgicos ou cooperativos, e, através destes, forma-se

espontaneamente uma ordem de tipo superior. Esta seria a origem da a

formação do universo e de suas partes.

A auto-organização é entendida, por vezes, como um pan-darwinismo

naturalista que eliminaria definitivamente o problema do fundamento radical da

natureza: a natureza seria auto-suficiente. No entanto, toda a reflexão rigorosa

sobre a cosmovisão atual demonstra que ela nada tem a ver com esse

naturalismo. A ciência experimental deve o seu grande progresso ao fato de ter

adotado um método que tem limites precisos: não se propõe estudar

filosoficamente a natureza como um todo, mas pressupõe a dimensão filosófica

e proporciona elementos para aprofundar nela. É somente a dimensão

filosófica que levanta a questão do fundamento radical da natureza.

A ordem seria o resultado de combinações aleatórias de processos e a

finalidade seria apenas aparente. Sob esta perspectiva, e partindo da oposição

entre acaso e finalidade, quanto mais se sublinha o papel do acaso, menos

espaço há para a finalidade. Contudo, a oposição entre acaso e finalidade m

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não é absoluta, pois o acaso exige a finalidade. Com efeito, não poderíamos

sequer falar de acaso se não existisse um sentido de direção, como também

não teria sentido falar de desordem se não existisse uma certa ordem.

Neste sentido Sublinha-se, em primeiro lugar, a racionalidade da

natureza, ao identificar a natureza com o plano de uma arte. Com efeito, o

progresso científico manifesta até extremos antes insuspeitados a eficiência e

sutileza da natureza. O sucesso da ciência amplia cada vez mais o

conhecimento da racionalidade na natureza. Embora os produtos da tecnologia

superem a natureza em alguns aspectos, sempre se baseiam nos materiais e

nas leis que a natureza põe à nossa disposição; e, evidentemente, a natureza

sempre leva vantagem sobre nós em diversos aspectos de grande importância.

Em segundo lugar, a conexão da natureza com o plano divino expressa

o fundamento radical da sua racionalidade intrínseca: a natureza é uma

manifestação do plano divino, e portanto de um plano sumamente sábio. Além

do mais, a ação divina não se limita a dirigir de fora a atividade natural: o plano

divino está inscrito nas coisas. O natural possui modos de ser próprios, com as

tendências correspondentes, que por sua vez conduzem a resultados ótimos.

Compreende-se, portanto, que não existe oposição entre a ação natural e o

plano divino; pelo contrário, o plano divino inclui o dinamismo tendencial.

Em terceiro lugar, refere-se à auto-organização como uma característica

básica da natureza. O exemplo é muito gráfico: como se se pudesse outorgar

movimento próprio aos pedaços de madeira que constituem uma nave. Esta

idéia corresponde, de um modo que não se podia suspeitar há sete séculos

(quando foi escrita), aos conhecimentos atuais de auto-organização da

natureza, que implicam um enorme nível de cooperação entre os seus

componentes, as suas leis e os diversos sistemas que se produzem nos

sucessivos níveis de organização.

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INSTITUTO CATÓLICO DE ESTUDOS SUPERIORES DO PIAUÍ

LICENCIATURA PLENA EM FILOSOFIA

Osvaldo dos Santos

CAPÍTULO 11, LIVRO FILOSOFIA DA NATUREZA. ORIGEM E SENTIDO DA NATUREZA.

(RESENHA)

TERESINA

2011

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Osvaldo dos santos

APRESENTAÇÃO

Trabalho apresentado ao Professor Gerson na disciplina de Filosofia da natureza. Este referido trabalho, é a elaboração de uma resenha sobre origem e sentido da natureza do capitulo XI do livro filosofia da natureza de Mariano Artigas .

TERESINA

2011