A Origem e o Sentido Da Natureza
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A ORIGEM E O SENTIDO DA NATUREZA
ARTIGAS, Mariano. Origem e sentido da natureza. Filosofia da natureza. Ed. São Paulo – 2005
A natureza é uma complexidade tamanha é na verdade muito difícil de
explicá-la “Desde a Antiguidade existiram cosmogonias que pretendiam
representar a história do universo, mas careciam de base cientificam
adequadas, que ao mesmo tempo abordavam o problema a cerca da
explicação ultima do universo. Na idade moderna se formularam já tais ideias,
que teriam sido precursoras das ideias atuais. Kant propôs que o universo teria
se formado a partir de uma nebulosa primitiva. Ideia que foi usada por Laplace,
o que o sol teria se originado de uma nebulosa incandescente, e os planetas
teria se originados a partir de fragmentos desprendido do sol e que os satélites
preveniam dos planetas.”
Já desde muito tempo até os nossos dias, se discute se existe um
sentido no Universo. Os “finalistas” afirmam que existe um sentido direcional
que deve ser interpretado como uma finalidade; esta posição corresponde à
atitude natural do homem diante da natureza, e relaciona-se facilmente com a
afirmação de uma providência divina que governa o curso dos fenômenos
naturais. Os “antifinalistas”, por sua vez, negam que exista uma finalidade na
natureza ou, ao menos, que possamos conhecê-la, e costumam rejeitar a
existência de uma Providência divina; os seus argumentos pretendem apoiar-
se, freqüentemente, no progresso das ciências.
A cosmologia cientifica ramo da ciência que estuda a origem do
universo, é relativamente recente. O modelo da Grande explosão fundamenta-
se na teoria da relatividade geral, formulada por Eirnstein em 1964. As
equações desta teoria teria permitido calcular o movimento local da matéria sob
a ação da gravidade e, por esse motivo, são apropriadas para descrever o
universo em grande escala, sendo o universo um sistema físico composto por
objetos com grande massa – as estrelas e as galáxias – separadas por grande
distancias , e a evolução desse sistema é determinada pela força da
gravidade.”
A finalidade opõe-se ao acaso. Dizemos que algo acontece “por acaso” quando
é o resultado de coincidências acidentais, imprevistas, que não correspondem
a uma causa determinada. A finalidade, pelo contrário, implica que existem
causas que explicam os efeitos; o efeito deve-se diretamente a causas
próprias, e não há coincida acidental dessas causas.
A primeira versão do modelo da grande explosão foi formulada por
Georges Lameître, astrônomo e sacerdote católico belga, em 1927. A sua
hipótese supunha que o universo tivesse se formado a partir da explosão de
uma espécie de átomo primitivo e coincidia com a lei de Hubble em postular a
explosão do universo. Em 1948, Hermann Bondi e Thomas Gold formularam
um modelo diferente acerca do universo, a teoria do estacionário. Segundo
essa teoria, o universo apresenta um mesmo aspecto em qualquer época, e,
para explicar a sua expansão havia uma criação continua de matéria, de modo
que, quando as galáxias separam-se forma-se matéria nova entre elas.”
“Em 1964, Arno Pensias e Robert Wilson a radiação de fundo de
microondas, cujas características eram congruentes com os prognósticos do
modelo da Grande Explosão. Concretamente, o modelo proporciona uma
explicação coerente com a expansão do universo, propõem uma idade do
universo que esta de acordo com os estudos acerca da idade de seus
componentes e seus prognósticos que surgiram desse modelo.”
A existência de uma finalidade natural encontra tanto desafios como
confirmações em três âmbitos: a cosmologia, a evolução e a auto-organização.
No terreno da cosmologia, o modelo da grande explosão original (o big bang) e
a física atual manifestam que o nosso mundo depende de toda uma série de
coincidências e equilíbrios: se a proporção de matéria e antimatéria no início do
Universo tivesse sido um pouco diferente, ou se a massa do nêutron não fosse
ligeiramente superior à do próton, ou se não houvesse um conjunto de
propriedades físico-químicas muito específicas tanto no presente quanto no
passado, a vida na Terra e nossa própria existência não se teriam produzido.
Sobre esta base foi proposto o veio a chamar-se o “princípio antrópico”.
No âmbito da biologia, embora o progresso dessa ciência nos permita
conhecer cada vez melhor as dimensões finalistas da natureza, uma das
principais objeções contra a finalidade natural provém da teoria da evolução. O
problema formulado pelo evolucionismo consiste em que, segundo essa teoria,
a existência dos organismos vivos poderia ser explicada a partir da sua origem
de formas menos organizadas, através de causas naturais; ou, segundo a
síntese neodarwinista, como resultado da combinação de variações aleatórias
(ao a caso) e seleção natural. o novo paradigma da auto-organização,
amplamente difundido na atualidade, abrange um conjunto de teorias relativas
aos diversos níveis da natureza.
A idéia básica é que estados mais ordenados se formariam
espontaneamente a partir de estados menos ordenados, e daí vem o nome de
auto-organização. Esse pressuposto pode ser sintetizado em poucas palavras:
a matéria possui um dinamismo próprio que, em condições adequadas, dá
lugar a fenômenos sinérgicos ou cooperativos, e, através destes, forma-se
espontaneamente uma ordem de tipo superior. Esta seria a origem da a
formação do universo e de suas partes.
A auto-organização é entendida, por vezes, como um pan-darwinismo
naturalista que eliminaria definitivamente o problema do fundamento radical da
natureza: a natureza seria auto-suficiente. No entanto, toda a reflexão rigorosa
sobre a cosmovisão atual demonstra que ela nada tem a ver com esse
naturalismo. A ciência experimental deve o seu grande progresso ao fato de ter
adotado um método que tem limites precisos: não se propõe estudar
filosoficamente a natureza como um todo, mas pressupõe a dimensão filosófica
e proporciona elementos para aprofundar nela. É somente a dimensão
filosófica que levanta a questão do fundamento radical da natureza.
A ordem seria o resultado de combinações aleatórias de processos e a
finalidade seria apenas aparente. Sob esta perspectiva, e partindo da oposição
entre acaso e finalidade, quanto mais se sublinha o papel do acaso, menos
espaço há para a finalidade. Contudo, a oposição entre acaso e finalidade m
não é absoluta, pois o acaso exige a finalidade. Com efeito, não poderíamos
sequer falar de acaso se não existisse um sentido de direção, como também
não teria sentido falar de desordem se não existisse uma certa ordem.
Neste sentido Sublinha-se, em primeiro lugar, a racionalidade da
natureza, ao identificar a natureza com o plano de uma arte. Com efeito, o
progresso científico manifesta até extremos antes insuspeitados a eficiência e
sutileza da natureza. O sucesso da ciência amplia cada vez mais o
conhecimento da racionalidade na natureza. Embora os produtos da tecnologia
superem a natureza em alguns aspectos, sempre se baseiam nos materiais e
nas leis que a natureza põe à nossa disposição; e, evidentemente, a natureza
sempre leva vantagem sobre nós em diversos aspectos de grande importância.
Em segundo lugar, a conexão da natureza com o plano divino expressa
o fundamento radical da sua racionalidade intrínseca: a natureza é uma
manifestação do plano divino, e portanto de um plano sumamente sábio. Além
do mais, a ação divina não se limita a dirigir de fora a atividade natural: o plano
divino está inscrito nas coisas. O natural possui modos de ser próprios, com as
tendências correspondentes, que por sua vez conduzem a resultados ótimos.
Compreende-se, portanto, que não existe oposição entre a ação natural e o
plano divino; pelo contrário, o plano divino inclui o dinamismo tendencial.
Em terceiro lugar, refere-se à auto-organização como uma característica
básica da natureza. O exemplo é muito gráfico: como se se pudesse outorgar
movimento próprio aos pedaços de madeira que constituem uma nave. Esta
idéia corresponde, de um modo que não se podia suspeitar há sete séculos
(quando foi escrita), aos conhecimentos atuais de auto-organização da
natureza, que implicam um enorme nível de cooperação entre os seus
componentes, as suas leis e os diversos sistemas que se produzem nos
sucessivos níveis de organização.
INSTITUTO CATÓLICO DE ESTUDOS SUPERIORES DO PIAUÍ
LICENCIATURA PLENA EM FILOSOFIA
Osvaldo dos Santos
CAPÍTULO 11, LIVRO FILOSOFIA DA NATUREZA. ORIGEM E SENTIDO DA NATUREZA.
(RESENHA)
TERESINA
2011
Osvaldo dos santos
APRESENTAÇÃO
Trabalho apresentado ao Professor Gerson na disciplina de Filosofia da natureza. Este referido trabalho, é a elaboração de uma resenha sobre origem e sentido da natureza do capitulo XI do livro filosofia da natureza de Mariano Artigas .
TERESINA
2011