A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos...
-
Upload
nguyenhanh -
Category
Documents
-
view
216 -
download
0
Transcript of A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos...
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros
“Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores (MIEEC)
1º ano
Projecto FEUP
Supervisor Projecto FEUP: Hélder Leite
Monitor Projecto FEUP: Luís Vieira
Porto, Outubro de 2010
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 2 de 29
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros
“Onde divulgar a minha investigação?”
Bruno Pereira de Morais
Jacinto Manuel Teixeira Rodrigues
José Miguel de Lima de Abreu
Luís Miguel da Silva Ferreira Leça
Rafael Gonçalves Paralta da Silva Pisco
Susana Oliveira Pacheco Neves
Equipa ELE313
Supervisor Projecto FEUP: Hélder Leite
Monitor Projecto FEUP: Luís Vieira
Porto, Outubro de 2010
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 3 de 29
Resumo
Neste relatório realizou-se um estudo sobre os melhores métodos para
divulgar uma investigação. Apresentam-se, e à luz da investigação específica sobre Redes
Eléctricas de Energia e respectivos Sistemas de Protecção, os melhores canais de divulgação de
uma pesquisa científica.
Informação
Público abrangido
Preço Publicação Linguagem Tamanho Relevo dado
Divulgação
Revista técnica
Essencial Profissionais
e interessados
Acessível Periódica Técnica e corrente
1-30 Páginas
Essencial Bastante
Livro técnico
Máxima Profissionais Elevado Única
(podendo ser editada)
Técnica Mais de
100 páginas
Bastante Pouca
Jornal Básica Universal Baixo Periódica Corrente 100-300 Palavras
Pouco Alguma
Tabela 2 - Comparação entre Meios de Divulgação
Compreender um processo de avaliação de métodos de divulgação de uma
investigação foi o ponto base do trabalho. Daí se apreendem a elaboração de pesquisa dos
vários canais existentes para a divulgação, nomeadamente:
Televisão;
Panfletos/Posters;
Palestras;
Conferências;
Feiras Profissionais;
Jornais;
Revistas Técnicas;
Métodos de Selecção das melhores Revistas;
Livros Técnicos;
Internet.
Outra vertente do relatório prendeu-se com a definição e caracterização desses
mesmos canais de divulgação conforme os pontos essenciais à divulgação, a definição desses
mesmos pontos essenciais de caracterização, e, consequentemente, a obtenção de
ferramentas que nos permitem chegar com o que queremos a quem queremos da forma como
queremos e desejamos.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 4 de 29
Palavras-chave ou descritores
Nada a registar.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 5 de 29
Agradecimentos
Vimos por este meio agradecer aos seguintes todo o apoio dado à elaboração deste
relatório:
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;
Supervisor Projecto FEUP, Hélder Leite;
Monitor Projecto FEUP, Luís Vieira;
Coordenador do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, José
Magalhães Cruz.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 6 de 29
Índice
Resumo ............................................................................................................................. 3
Palavras-chave ou descritores ....................................................................................................... 4
Agradecimentos ............................................................................................................................ 5
Lista de Tabelas ............................................................................................................................. 7
Introdução ..................................................................................................................................... 8
“Onde divulgar a minha investigação?” ...................................................................................... 10
Público-alvo .................................................................................................................... 10
Métodos de Divulgação .................................................................................................. 11
Televisão ......................................................................................................................... 12
Panfletos/Posters ........................................................................................................... 13
Palestras ......................................................................................................................... 14
Conferências ................................................................................................................... 15
Feiras Profissionais ......................................................................................................... 16
Jornais ............................................................................................................................. 17
Revistas Técnicas ............................................................................................................ 18
Métodos de Selecção das melhores Revistas ................................................................. 19
Livros Técnicos ................................................................................................................ 21
Internet ........................................................................................................................... 22
ISI Web of Knowledge ........................................................................................ 22
Science Citation Index ....................................................................................... 23
Universidades/Faculdades ............................................................................................. 24
Conclusão .................................................................................................................................... 25
Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 27
Apêndice...................................................................................................................................... 28
Anexos ......................................................................................................................................... 29
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 7 de 29
Lista de Tabelas
Neste relatório podem ser encontradas as seguintes tabelas:
Tabela 1 - Top 10 de Periódicos in Métodos de Selecção das melhores Revistas;
Tabela 2 - Comparação entre Meios de Divulgação in Resumo, Conclusão.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 8 de 29
Introdução
Nos tempos modernos e tecnológicos em que actualmente vivemos e pelos quais a
sociedade em que nós, Engenheiros e Cidadãos, trabalhamos e nos integramos, se rege, é
fundamental a existência de uma Rede Eléctrica de Energia que se coadune com a técnica
existente – e, ainda assim, permaneça em constante desenvolvimento – e responda com
segurança e capacidade à exigência que uma utilização pautada por uma cadência e uma
complexidade próprias desta sociedade moderna. Desta forma, esta Rede Eléctrica de Energia
da qual nós todos os dias obtemos vantagens e exigimos resposta define-se como fulcral para
ultrapassar, diariamente, os desafios que se nos colocam.
Da existência desta Rede, advêm vários conceitos essenciais para a concepção de um
sistema que funcione em conformidade com as normas e as solicitações da sociedade.
Conceitos esses que se traduzem em segurança, economia, fiabilidade e flexibilidade de
exploração e de utilização. Contudo, a utilização destas Redes Eléctricas de Energia parte de
certos propósitos que se resumem na segurança das pessoas e bens, no conforto, bem como
na qualidade do serviço e da execução.
É partindo destes pressupostos que se assume como muito importante numa Rede de
Energia Eléctrica o seu Sistema de Protecção. Estes Sistemas de Protecção existem, desde logo,
a partir da selecção, montagem de diversos equipamentos de protecção, bem como à sua
programação e parametrização com eles mesmos e com os outros aparelhos constituintes do
Sistema de Protecção para um eficaz isolamento e protecção das Redes.
Nos objectivos dos Sistemas de Protecção incluem-se a prevenção de incêndios e
explosões, danos futuros em equipamentos do utilizador (transformadores, cabos) e a
manutenção da fiabilidade e qualidade da corrente e do serviço que estão a ser prestados.
A protecção das Redes Eléctricas pode ser desenhada a partir do recurso a vários
equipamentos desenvolvidos para esse fim, tais como disjuntores e interruptores (diferenciais
ou não) fusíveis e seccionadores ou a próprios recursos da instalação como o isolamento de
cabos ou a “ligação à terra”, contribuindo para o sucesso da instalação.
Mas, e como referido anteriormente, a sociedade actual está em plena e constante
mudança. Por isso se torna imprescindível que as Redes Eléctricas de Energia e os respectivos
Sistemas de Protecção se renovem e se desenvolvam diariamente para assegurar o
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 9 de 29
desenvolvimento da técnica. É através da investigação (e sua divulgação) nestas áreas que este
desenvolvimento poderá ser alcançado e renovado.
Nesta sociedade moderna da comunicação técnica, é-nos importante comunicar e
publicar o nosso trabalho. Mas, para quê publicar? Para disseminar um trabalho, discutir as
suas implicações com os pares, progredir na carreira académica através da investigação, bem
como no método e melhorar as hipóteses de financiamento de propostas de investigação.
Assim, a investigação é ouvida pela sociedade, apoiada e assimilada para que se atinja o
objectivo da modernização da técnica e da tecnologia, que é transversal às Redes Eléctricas de
Energia e seus Sistemas de Protecção, das quais a sociedade necessita, e a todas as áreas da
modernidade.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 10 de 29
“Onde divulgar a minha investigação?”
Público-alvo
Podemos definir público-alvo como o público potencialmente consumidor para o qual
a comunicação/divulgação do produto ou serviço em questão deve ser dirigida.
Determinar esse público é fundamental pois não importa o que se tem a dizer se não
for direccionado à pessoa certa. Por exemplo, não faria muito sentido divulgar um trabalho
sobre programas informáticos numa escola primária ou, num caso mais extremo, publicitar
uma nova geladeira a esquimós. Para além disso, esta escolha permite-nos economizar o
tempo e recursos que temos disponíveis.
Assim, o primeiro passo na divulgação é encontrar o público-alvo. Para tal, pode-se ter
em conta vários critérios:
Critérios demográficos: sexo, idade, nacionalidade, etc;
Critérios geográficos: Residência (Litoral/interior), zona (urbana/rural), localização,
etc;
Critérios sócio demográficos: Educação, nível económico, classe social, etc.
Mas escolher o público-alvo não é suficiente. É também essencial aproximar-se desse
público e impressioná-lo pois só se derem a devida importância é que as pessoas estarão
dispostas a ouvir.
No nosso caso concreto, cujo objectivo é divulgar um novo sistema de protecção de
redes eléctricas de energia, o público-alvo seria a parte da população entre os 18 e os 65 anos
e ligados á área da Engenharia.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 11 de 29
Métodos de Divulgação
Após uma cuidadosa selecção do público-alvo, o segundo passo na divulgação de um
trabalho científico é a eleição dos melhores métodos de divulgação. De todos os métodos,
aqueles que mais se adequam são:
Televisão;
Panfletos/Posters;
Universidades/Faculdades;
Palestras;
Conferências;
Feiras Profissionais;
Jornais;
Revistas Técnicas;
Livros Técnicos;
Internet.
Cada um destes métodos tem as suas vantagens e desvantagens, pelo que é necessário
avaliá-los cautelosamente, de modo a determinar quais serão os mais eficientes.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 12 de 29
Televisão
A televisão é um sistema electrónico de recepção de imagens e som de forma
instantânea, sendo usada para transmitir conteúdos audiovisuais.
A televisão é então, um meio de comunicação audiovisual de grande impacto, que
constitui um excelente intermediário para quem necessita de apresentar um produto. A
televisão permite a cobertura a nível nacional (grande número de pessoas) e apresenta
elevados níveis de qualidade e de introdução em todos os segmentos da população. Apresenta
também uma grande flexibilidade, pois permite a selecção de vários períodos horários em
programas distintos, com diferentes durações e sob a forma de patrocínio, tendo assim
resultados rápidos em termos de cobertura e impacto.
No entanto, a vida de um anúncio televisivo é curta e apresenta elevados custos de
produção. Este obriga também a um planeamento a longo prazo devido à saturação
publicitária do meio. Além disso um anúncio televisivo apresenta dificuldade em conseguir
alcançar um público-alvo muito específico. Logo não podem ser divulgado muitos termos
técnicos, o que para a divulgação do nosso trabalho de redes eléctricas não é muito vantajoso.
Mas apesar de tudo este pode ser considerado um método de divulgação “aceitável” para o
nosso trabalho/estudo.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 13 de 29
Panfletos/Posters
Os panfletos são um meio de divulgação de uma ideia ou marca. São feitos de papel e
de fácil maneabilidade.
Os panfletos conseguem uma boa cobertura regional a custos relativamente baixos, e
são usados com o objectivo de atingir um grande público num espaço curto de tempo. Mas,
em contrapartida, os panfletos podem sofrer falta de adesão ou apresentarem um menor
impacto no Público-alvo. Também não conseguem atingir um Público-alvo específico.
Os posters são um suporte, normalmente em papel, afixado em locais públicos para
que sejam bem visíveis. A sua função principal é a de divulgar informação visualmente. Os
posters apresentam as mesmas vantagens dos panfletos, no entanto após a sua criação e
afixação, não acarretam mais nenhum tipo de trabalho.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 14 de 29
Palestras
Uma palestra é uma apresentação oral que tem como objectivo transmitir informação,
quer seja para informar ou ensinar uma determinado assunto, tal como fazem, por exemplo,
os professores universitários nas aulas “teóricas”. Para além do elemento humano é
frequentemente utilizado material auxiliar (slides, vídeos, imagens, etc.). A duração de uma
palestra encontra-se geralmente entre os 60 e os 120 minutos.
Neste trabalho em particular é necessário focar a atenção numa questão central: “Será
uma palestra o modo ideal de divulgar um determinado estudo/trabalho?” Para chegar a
resposta é necessário pensar em todo o processo de organização que esta requer. Para a
realização de uma palestra é necessário convidar os ouvintes (caso esta não seja aberta), cuja
selecção deve ser cuidada, tal como foi referido em “Público-alvo”. Embora o orador possa ser
muito bom as palestras têm um problema – são um método de comunicação unidireccional,
ou seja, a informação circula num único sentido (do orador para a audiência). Por outro lado,
são um modo pouco dispendioso e eficaz de transmitir uma grande quantidade de dados a
uma grande quantidade de pessoas em simultâneo. Para contrariar a referida
“unidireccionalidade” deste tipo de apresentação é cada vez mais utilizada uma sessão de
esclarecimento de dúvidas, na qual qualquer pessoa pode fazer questões que englobem o
tema em questão e até perguntar a opinião do orador sobre tópicos relacionados.
Ponderando os prós e contras deste método de divulgação e tendo em conta o que é
pretendido, seria justo considerá-lo como um processo “aceitável”.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 15 de 29
Conferências
Uma conferência, tal como uma palestra, trata-se de uma exposição de informação
oral, que pode ser acompanhada por material auxiliar. No entanto há diferenças. Numa
conferência apenas estão presentes pessoas a quem é pertinente conhecer melhor o tema em
questão. Em simultâneo, enquanto numa palestra se pode falar de diversos temas,
aprofundando cada um deles, uma conferência é algo muito mais conciso. A informação não é
exageradamente detalhada, sendo transmitido apenas os aspectos mais técnicos, pelo que o
tempo médio de uma conferência vai de 10 a 30 minutos. Geralmente, após a conferência
segue-se uma discussão aberta. Muitas vezes pode-se encontrar também integrados
workshops e sessões de “mesa redonda” sobre vários sub-tópicos.
Devido a todas estas características, as conferências são frequentemente uma das
escolhas de investigadores que pretendem dar a conhecer os seus projectos, descobertas e
conclusões.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 16 de 29
Feiras Profissionais
Feiras profissionais são exposições organizadas de modo a que determinadas
empresas possam expor os seus novos produtos, áreas de investimento, investigações
serviços, etc. Estas feiras são normalmente feitas em recintos abertos ao público, divididos em
várias secções. Em cada uma dessas secções encontra-se um agente pronto para tirar qualquer
tipo de dúvida e, se for caso disso, vender o produto em questão.
Devido ao facto de, no mesmo espaço e num curto período de tempo, proporcionarem
uma vasta oferta de produtos, as feiras profissionais são eventos com um enorme sucesso no
campo económico. Deste modo, pode-se verificar de imediato a reacção dos clientes a novos
artigos e serviços através das apresentações e demonstrações ao vivo que fornecem,
aumentando consequentemente as vendas. Os seminários ocorrem geralmente em simultâneo
com as exposições. Os média são naturalmente atraídos para este tipo de eventos, podendo os
expositores tirar proveito da projecção da sua imagem. As feiras são uma plataforma para a
internacionalização das empresas proporcionando contactos para exportação.
Posto tudo isto, é justo afirmar que as feiras são das formas mais económicas de fazer
negócios e lançar novos produtos no mercado, pois permitem uma maior aproximação entre o
produto e o comprador de uma forma real e rápida.
Para qualquer empresa, a participação neste tipo de eventos é muito benéfica, visto
que lhe possibilita reforçar (ou iniciar) a presença num mercado-alvo, aumentar as vendas,
poupar nos custos (na medida em que oferece um melhor rácio custo/contacto, dado a
maioria dos participantes serem potenciais clientes), fidelizar clientes, promover a imagem e o
prestígio de novos produtos/serviços ou testá-los directamente com a presença de técnicos
qualificados. Para além disso permitem combinar elementos que devem actuar de forma
coerente, como as forças de venda da empresa, a publicidade, a promoção e as relações
públicas.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 17 de 29
Jornais
Os jornais são os que abrangem um maior público, mas também menos conhecedor.
Abordam o tema de forma simples e concisa, mas com menos destaque dado à ideia em
benefício de outras notícias mais interessantes para todo o público.
Noticiam o estudo pouco tempo depois de este ser publicado, revelando o seu uso no
presente, capturando o impacto do momento.
A informação vem resumida a algumas centenas de palavras, explicando somente o
essencial ou o básico da ideia.
São publicados periodicamente e têm um preço baixo.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 18 de 29
Revistas Técnicas
As revistas técnicas são dirigidas ao público relacionado com a área e a possíveis
interessados no tema, pois usam uma linguagem mais acessível que os livros técnicos e
explicam o essencial do estudo, podendo apenas aprofundar numa certa secção deste.
Costumam acompanhar e divulgar teses e estudos recentes. Como resultado disto, a
informação pode estar incompleta.
Um dos objectivos destas revistas é mostrar o que a nova ideia irá mudar no presente
e acompanhar a investigação durante um período de tempo. No entanto, não divulgam
completamente a investigação, apenas os estudos obtidos a partir desta.
Uma das grandes vantagens relativamente aos livros é a facilidade de divulgação, pois
a análise é incluída na revista juntamente com outras notícias interessantes. Outros dos
factores é a classificação da revista, através de diferentes algoritmos, que é publicada por
agências noticiosas como a Thomson Reuters. Quanto maior for a classificação, mais fácil será
a divulgação.
Outra grande vantagem é a facilidade em cativar diferentes tipos de público pois a
informação está divulgada de uma forma dinâmica e mais fácil de ler. Estes artigos ocupam,
geralmente, entre uma e trinta páginas e são compostas por vários volumes publicados num
certo período de tempo (mensalmente, trimestralmente…) e têm um preço bastante acessível.
Actualmente, as melhores revistas técnicas relacionadas com sistemas eléctricos são
em inglês, havendo muito poucas em português.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 19 de 29
Métodos de Selecção das melhores Revistas
Antes de eleger uma revista para a publicação de um artigo ou trabalho
académico/científico devem-se ter em conta vários factores que nos ajudem a determinar qual
será a revista mais adequada ao nosso trabalho.
Um dos factores mais importantes a ter em conta é o factor de impacto, criado por
Eugene Garfield, que mede a importância de um periódico científico. Este factor é calculado
pelo Institute for Scientific Information (ISI Web of knowledge), para as publicações que ele
monitoriza, ficando disponível através do Journal Citation Report.
Matematicamente, o factor de impacto traduz-se pelo número médio de citações dos
artigos que foram publicados, num dado periódico, no biénio anterior. Por exemplo, o factor
de impacto de um dado periódico em 2009 será:
Entenda-se “itens citáveis” como, por exemplo, artigos, revisões, resumos de
congresso, etc.
Este factor é principalmente indicado para avaliar a importância relativa entre revistas
e jornais da mesma área científica.
Outro factor a ter em conta é o PageRank, criado por Larry Page. O PageRank é uma
família de algoritmos de análise de rede que atribui pesos numéricos a cada elemento de uma
colecção de documentos, com o objectivo de medir a sua importância nesse grupo. O
algoritmo do PageRank funciona a base da distribuição de probabilidades.
O PageRank foi inicialmente aplicado nos motores de busca Google mas pode também
ser aplicado a qualquer colecção de entidades com referências e citações recíprocas.
Lugar ISI Factor de
impacto/Nome Page rank/Nome Combinado/Nome
1º 52.28 Annu Ver Immunol 16.78 Nature 51.97 Nature
2º 37.65 Annu Ver Biochem 16.39 Journal of
Biological Chemistry 48.78 science
3º 36.83 Physiolrev 16.38 Science 19.84 New England Journal of Medicine
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 20 de 29
4º 35.04 Natrev Mol Cell Bio 14.49 PNAS 15.34 Cell
5º 34.83 New England Journal of Medicine
8.41 Phys Rev let 14.88 PNAS
6º 30.98 Nature 5.76 Cell 10.62 Journal of
Biological Chemistry
7º 30.55 Nature Medicine 5.70 New England Journal
of Medicine 8.49 JAMA
8º 29.78 Science 4.67 Journal of the American Chemical
Society 7.78 The lancet
9º 28.18 Natimmunol 4.46 Jimmunol 7.56 Nat Genet
10º 28.17 Rev Modphys 4.28 Applphys Lett 6.53 Nature Medicine
Tabela 1 - Top 10 de Periódicos Esta tabela mostra o top 10 dos Periódicos classificados pelo Factor de impacto, pelo
PageRank e por um sistema modificado que combina estes dois factores.
Para além destes dois factores, podemos também avaliar a importância de um
periódico através do Eigenfactor, Immediacy Index, do Cited Half-life e do Aggregate Impact
Factor.
O Eigenfactor mede a probabilidade de um periódico ser usado e de um comum
pesquisador aceder a conteúdo desse jornal. As classificações segundo este factor são
calculadas pelo eigenfactor.org, onde podem ser visualizadas gratuitamente.
O Immediacy Index, o Cited Half-life e o Aggregate Impact Factor são parâmetros que
envolvem o número de citações de um artigo/periódico ou de uma categoria específica, num
dado espaço de tempo.
A determinação e o estudo destes índices tem várias finalidades, como por exemplo:
avaliar a qualidade de uma revista de modo a saber se é útil ou não publicar nela; determinar
se a revista se encontra em crescimento (caso não esteja, a probabilidade de se ser citado
diminui); avaliar em que revista um autor será citado mais rapidamente.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 21 de 29
Livros Técnicos
Este tipo de livros é o melhor meio para divulgar a informação de forma completa e
totalmente desenvolvida, incluindo causas, efeitos e consequências do estudo. Usam uma
linguagem especializada e bastantes termos técnicos, sendo, por isso, dirigidos a um público
restrito e associado ao tema (neste caso, profissionais relacionados com a área como
engenheiros electrotécnicos, ou até empresas) apelando apenas a estes.
Para além disso, fazem uma análise mais aprofundada da matéria, incluem a pesquisa
e a investigação das várias experiências realizadas e têm também uma noção do tempo,
datando as várias etapas do estudo. Possuem, habitualmente, mais de cem páginas.
Mas, para fazer livros deste tipo, é preciso ter uma ideia bastante pormenorizada do
assunto em questão, ter certeza de que é uma boa tese. Só assim se pode assegurar um
contrato com uma editora, pois os custos de produção dos livros técnicos são elevados, sendo
assim mais difíceis de fazer e divulgar.
Um livro é publicado apenas uma vez, ao contrário dos jornais e revistas, apesar de
poderem ser editadas versões mais actuais com correcções.
Para além de serem dispendiosos na produção, têm também preços elevados de
compra que podem ser dissuasores.
Apesar dos custos, é uma das melhores formas de divulgação pois inclui tudo o que é
necessário para divulgar um estudo ou uma ideia, pois abrange os termos técnicos, pode
incluir diagramas, esquemas ou imagens que ajudam a compreender o tema do livro.
Outro dos benefícios de publicar um livro é que pode ser editado em diferentes
línguas.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 22 de 29
Internet
Para divulgarmos a nossa investigação ao maior número possível de pessoas a solução
mais económica e rentável é usando a Internet. Actualmente a Internet tem cerca de 1,96
biliões de utilizadores, logo, é muito provável que alguns destes utilizadores pertençam ao
nosso público-alvo. Como existem milhões de websites/blogs, para o nosso trabalho ser
divulgado podemos usar, por exemplo, motores de busca e/ou publicidade on-line.
Através da criação de websites tornámos o nosso trabalho acessível em qualquer
ponto do planeta. Os websites permitem uma grande interacção com o utilizador e podem
conter variados tipos de informações, quer para utilizadores com poucos conhecimentos ou
para utilizadores avançados.
No entanto, a criação de um website por si só não é suficiente. Existem milhões de
páginas Web mas nem todas tem um grande número de visitas. Precisamos de tornar o nosso
website reconhecido, para assim termos o maior número possível de visitas.
A utilização de motores de busca permite-nos atrair utilizadores que pertencem ao
nosso público-alvo. Esta ferramenta é muito útil porque apenas os utilizadores interessados no
nosso trabalho é que visitam o nosso website.
Existe também a possibilidade da criação de um blog. Neste caso a interactividade com
o utilizador é diminuta, uma vez que um blog não passa de um agregador de posts, que podem
conter informações ou notícias sobre a nossa investigação.
Nesta parte do relatório iremos referir apenas dois serviços que nos permitem
pesquisar bases de dados que contém um grande número de artigos científicos: a “ISI Web of
Knowledge” e o “Science Citation Index”.
ISI Web of Knowledge
É um serviço de indexação de citações destinada ao uso académico. Um dos pontos
fortes deste serviço é que várias bases de dados podem ser pesquisadas em simultâneo.
A ISI Web of Knowledge inclui nas suas bases de dados as citações presentes nos novos
trabalhos permitindo assim ao utilizador, por exemplo, pesquisar por autores influentes que
tenham publicado trabalhos relevantes em determinadas áreas. A influência, impacto e
história de um artigo podem ser seguidos desde a data da sua publicação até ao presente.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 23 de 29
A base de dados inclui:
23 000 Trabalhos académicos e científicos;
23 000 000 Patentes;
110 000 Apresentações;
9 000 Websites;
Artigos indexados incluem exemplares desde 1900.
Os conteúdos que estão presentes na ISI Web of Knowledge são avaliados segundo os
seguintes critérios:
Impacto;
Influência.
Science Citation Index
Tal como a ISI Web of Knowledge, o Science Citation Index é um serviço de indexação
de citações. A versão expandida deste website inclui mais de 6500 artigos de mais de 150
disciplinas, desde 1900 até ao presente. Estes artigos são seleccionados rigorosamente sendo
apenas escolhidos os mais relevantes.
Esta base de dados permite fazer a ligação de citações entre os artigos mais recentes e
os mais antigos. Permite também determinar quais têm sido os artigos mais citados e quais
foram os artigos citados de determinados autores.
Tanto o ISI Web of Knowledge como o Science Citation Index são ambos geridos pela
empresa Thomson Reuters.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 24 de 29
Universidades/Faculdades
Uma universidade é uma instituição que tem por objectivo fornecer ensino de nível
superior, graduação, e pós-graduação, além de realizar pesquisas/estudos científicos.
A Universidade pode também servir como meio indirecto de divulgação, isto porque
esta recorre aos meios de divulgação directa já referidos neste relatório com o intuito de
divulgar algo à comunidade académica e a pessoas de fora que se interessem pelo tema. Este
meio consegue atingir um grande público, mas ao mesmo tempo um público-alvo muito
específico Isto acontece pois os alunos vão estar num curso que vai ter algo a ver com o tema,
e os interessados que venham de fora já terão alguns conhecimentos do tema. Podendo assim
serem divulgados termos mais técnicos sem explicações prévias.
Por esta razão divulgar informação na universidade não acarreta inconvenientes, visto
usufruir de todos os convenientes dos métodos anteriormente referidos. No entanto a
Universidade não vai ser um meio directo de divulgação e sim um meio para que se possam
juntar alguns meios de divulgação directos.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 25 de 29
Conclusão
Nos tempos modernos e tecnológicos em que nós, Engenheiros e Cidadãos,
trabalhamos e comunicamos, e como introduzido neste relatório, é fundamental a existência
de uma Rede Eléctrica de Energia que se defina como fulcral para ultrapassar, diariamente, os
desafios que se nos colocam.
Essa capacitação vem a partir do desenvolvimento e da investigação, que permitem
uma técnica eficaz na resposta às diversas situações. Mas, para que isso seja possível, a
investigação terá de ser ouvida pela sociedade, apoiada e assimilada para que, logicamente, se
atinja o objectivo da modernização da técnica e da tecnologia, que é transversal a todas as
áreas da vida em sociedade. Tudo isto é facilitado pela comunicação eficaz de uma
investigação – neste caso, sobre as Redes Eléctricas de Energia e seus Sistemas de Protecção.
O grau de eficácia da divulgação de uma investigação depende de variadíssimos factores
transversais ao método que vamos escolher, nomeadamente o público-alvo, a especificidade
da informação, a quantidade de informação transmitida, entre outros. Daí a importância da
existência de métodos lógicos e fiáveis de avaliar esses mesmos canais de divulgação.
Em seguida apresentam-se, e à luz da investigação específica sobre Redes Eléctricas de
Energia e respectivos Sistemas de Protecção, os melhores canais de divulgação de uma
pesquisa científica.
Informação
Público abrangido
Preço Publicação Linguagem Tamanho Relevo dado
Divulgação
Revista técnica
Essencial Profissionais
e interessados
Acessível Periódica Técnica e corrente
1-30 Páginas
Essencial Bastante
Livro técnico
Máxima Profissionais Elevado Única
(podendo ser editada)
Técnica Mais de
100 páginas
Bastante Pouca
Jornal Básica Universal Baixo Periódica Corrente 100-300 Palavras
Pouco Alguma
Tabela 2 - Comparação entre Meios de Divulgação
É com esta escolha que definimos aquilo que foi apreendido com a elaboração deste
relatório. Com efeito, foi-nos possível adquirir uma mentalidade de trabalho e compreender
um processo de avaliação de métodos de divulgação de uma investigação. Daí se apreendem a
elaboração de pesquisa dos vários canais existentes para a divulgação, a sua definição e
caracterização conforme os pontos essenciais à divulgação, a definição desses mesmos pontos
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 26 de 29
essenciais de caracterização, e, consequentemente, a obtenção de ferramentas que nos
permitem chegar com o que queremos a quem queremos da forma como queremos e
desejamos.
Concluindo, com a elaboração deste relatório foi-nos possível adquirir maior
conhecimento acerca do tema deste relatório, que é relevante no contexto da disciplina.
Respondendo à pergunta “Como divulgar a minha investigação?”, conseguimos, para além dos
objectivos específicos pretendidos para o trabalho, conhecer os métodos de elaboração de um
relatório completo e preciso, como manda a Engenharia, bem como todos os recursos que a
FEUP nos disponibiliza no apoio à realização das nossas tarefas.
Esperamos que este relatório obedeça e cumpra todos os parâmetros de avaliação
estabelecidos aquando da proposta deste, sendo um documento que permita ao leitor uma
compreensão clara dos assuntos e temáticas que pretendíamos analisar.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 27 de 29
Referências Bibliográficas
Foram consultadas as seguintes fontes bibliográficas:
Wikipedia (2001). http://en.wikipedia.org/wiki/PageRank (accessed October 10,
2010);
Wikipedia (2001). http://en.wikipedia.org/wiki/Eigenfactor (accessed October 10,
2010);
Mkgratis - Marketing gratis (2001). http://mkgratis.com/etiquetas/publico-alvo/
(accessed October 6, 2010);
Wikipedia (2001). http://en.wikipedia.org/wiki/Science_Citation_Index (acessed
October 5, 2010);
Science Citation Index – Science – Thomson Reuters (2009).
http://thomsonreuters.com/products_services/science/science_products/a-
z/science_citation_index?parentKey=441594 (acessed October 5, 2010);
Bussman (2002).http://www.bussmann.com/library/docs/EPR_booklet.pdf
(accessed October 5, 2010);
Concepção de Instalações Eléctricas (2001).
http://paginas.fe.up.pt/~arminio/cie/apontamentos.html (acessed October 05,
2010);
CrC Net Base (2001).
http://www.crcnetbase.com/doi/pdf/10.1201/9780203486504.ch8 (acessed
October 6, 2010).
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 28 de 29
Apêndice
Nada a registar.
A Disseminação de Conhecimento na Valorização dos Engenheiros - “Onde divulgar a minha investigação?”
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – MIEEC, Outubro de 2010 Página 29 de 29
Anexos
Nada a registar.