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PROFESSORA ELEUSA SPAGNUOLO SOUZA CAPITALISMO: MARX; MATURANA; FOUCAULT; BAUMAN

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PROFESSORA ELEUSA SPAGNUOLO SOUZA

CAPITALISMO: MARX; MATURANA;

FOUCAULT; BAUMAN

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ARQUÉTIPOS

Podemos delinear quatro arquétipos básicos responsáveis pelo movimento histórico, sendo eles: arquétipo teológico; arquétipo social, arquétipo materialista e arquétipo autoreferencial.

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ARQUÉTIPO TEOLÓGICO

Define um viver fundamentado na existência de um deus externo ao homem que o governa e o julga depois de sua morte. Existem as leis que estão expressas nos livros sagrados.

O objetivo é viver tendo por meta atingir um lugar sagrado metafísico e o universo objetivo ou material como sendo um espaço a ser transcendido.

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ARQUÉTIPO SOCIAL

Elabora um viver em harmonia plena com a sociedade. A sociedade é considerada o elemento fundador dos nossos pensamentos, raciocínios, desejos e comportamentos.

O valor supremo é o bem comum, ausência da propriedade privada e a cultura é o elemento determinante de todas as nossas ações. Predominância do senso comum.

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ARQUETIPO MATERIALISTA

Impulsiona um viver com preponderância nos fatos objetivos inseridos no espaço e tempo. A consciência do ser humano resulta de fatores eminentemente materiais decorrente do cérebro, neurônios e junções de substâncias químicas. Vida em busca da posse e acumulação de bens materiais.

A sociedade é organizada pelas elites que possuem em suas mãos o controle dos meios de produção.

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ARQUETIPO AUTOREFERENCIALBusca do direito de ser o autor, o sujeito

de sua própria existência e de sua própria capacidade de resistir a tudo aquilo que dela nos priva e torna nossa vida incoerente.

Define um viver tendo por supremacia a consciência ética. O valor cultivado é a liberdade de consciência fundamentada no convívio de cooperação.

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ARQUÉTIPO PREDOMINANTE NO OCIDENTE

Predomina no Ocidente o arquétipo materialista gerador do capitalismo que possui quatro aspectos: exploração brutal do homem pelo homem; agrupamento humano; sociedade panótica e sociedade líquida.

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PRIMEIRO VIÉS DO CAPITALISMOKARL MARX

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EXPLORAÇÃO

O sistema capitalista gera uma concentração de lucro em poucas mãos e uma massa de explorados.

O antagonismo entre pobres e ricos, longe de desaparecer, tende aumentar.

A criminalidade cresce de ano para ano.O comércio se degenerou transformando em

roubo.Cresce dia a dia as deslealdades e a destruição

dos fracos pelos monopólios. Estado representante da burguesia.

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EXPLORAÇÃO

A prostituição desenvolve em proporções alarmantes. O casamento passou a ser o manto oficial com que se cobre

a prostituição seguida de uma abundância complementar de adultério.

As instituições políticas e sociais estão desacreditadas e comprometidas com a exploração do povo.

Recursos financeiros são canalizados para a indústria bélica visando a imposição do poder econômico e político.

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SEGUNDO VIÉS DOCAPITALISMO

HUMBERTO MATURANA

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AGRUPAMENTO HUMANO

Negação mútua surge hierarquia e obediência.Na competição não existe a convivência porque a

vitória de um surge da derrota do outro.Na vida mercantil não existe diferença entre ser

amigo e não ser amigo e não se conhecerem. Predominância de uma individualidade sem

cooperação e fundamentada na concorrência.

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AGRUPAMENTO HUMANO

Predomina o lucro, a capacidade de vencer o outro utilizando qualquer método.

Predomina em ser o melhor em todos os aspectos.

Toda a preparação é para vencer no mercado de trabalho.

Único conhecimento é aquele que leva ao maior lucro.

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TERCEIRO VIÉS DO CAPITALISMO

MICHEL FOUCAULT

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SOCIEDADE PANÓTICA

Vigilância integral.Cumprimento de regras impostas pelos

gerentes aos gerenciados.Qualquer comportamento desviante é

prontamente identificado, punido ou isolado.Disciplina é o método que permite o controle

minucioso do corpo realizando sujeição.

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SOCIEDADE PANÓTICA

Relação de docilidade-utilidade.Adestra, fabrica corpos submissos e

obedientes.Controla o corpo: horário, ritmo

obrigatório, articulação corpo/objeto, utilização exaustiva, tipos de roupa.

Coloca a pessoa na rotina de vida.

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QUARTO VIÉS DOCAPITALISMO

ZYGMUNT BAUMAN

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SOCIEDADE LÍQUIDA

Os lares são apenas hospedarias no meio do caminho.

Predomina a futilidade, perda da autoconfiança e com ela a coragem de imaginar e esboçar modelos de perfeição.

A vida é presidida por um mercado de consumo calcado na rápida substituição.

A beleza da pessoa é medida pelo que ela veste e por aquilo que possui.

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SOCIEDADE LÍQUIDA

A vida se resumo em ganhar dinheiro para divertir e manter o luxo.

Busca pela satisfação rápida. A classe burguesa que desfruta sem limites

dos prazeres do consumo e do lucro fácil e uma classe popular (gerenciados) sendo movimentada para atingir os mesmos objetivos da classe burguesa empregando também qualquer meio.

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EXEMPLO

Eis que o sujeito desce na estação do metrô. Vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali. Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

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EXEMPLO

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde a entrada custava 1000 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, roupas sofisticadas e indiferentes ao som do violino.

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MUDANÇA DE PARADIGMA

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MUDANÇA DE PARADIGMA

A partir do final do século XX iniciou a mudança do arquétipo mecanicista para o arquétipo autoreferencial o que está provocando mudanças profundas na racionalidades das pessoas.

A mudança de paradigma é algo profundamente abalador. Ela envolve uma profunda crise para os indivíduos e uma grande reviravolta para a sociedade, o próprio destino do planeta é colocado em questão.

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MUDANÇA DE PARADIGMA

Nós vemos à realidade através do paradigma, que são lentes coloridas e pensamos que vemos a realidade como ela é. (MALIN,2003, p. XII)

Touraine (2006) sujeito é aquele que elabora resistência ao mundo impessoal do consumo, da posse, da violência, do controle panótico e da guerra. Sujeito é aquele que reflete sobre si mesmo e se coloca em posição de criador de si mesmo..

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MUDANÇA DE PARADIGMA

O sujeito retorna a si mesmo e descobre aquilo que confere sentido à sua vida, aquilo que cria a sua liberdade. O sujeito ultrapassa a vida ordinária

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CONCLUSÃO

Temos que desvelar em primeiro lugar o arquétipo que estamos associados e através da abertura ou ampliação de consciência para possibilitar o salto da nossa estrutura para dimensões mais complexas.

O novo paradigma é o sujeito se conhecer para formar uma sociedade humana.

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CONCLUSÃO

Heller: o homem criativo, o que busca o novo não aceita o cotidiano, sentindo necessidade de transcendê-lo e se preparar para o não cotidiano. O ser humano possui uma estrutura de consciência autônoma e deve se oferecer a oportunidade de elaborar sua própria individualidade expondo o seu interior e deixando de ser o veículo da mídia, do consumo e principalmente da burguesia. Desenvolver uma criatividade cooperativa.