17550215-EEComenio
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EDIO ESPECIAL COMNIO:
A ARTE DE ENSINARE APRENDER
ISSN 1982 - 0283
Ano XX Boletim 15 - Outubro 2010
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Sumrio
Edio EspEcial comnio: a artE dE Ensinar E aprEndEr
Proposta da edio especial
Comnio: a obra de uma vida e a vitalidade de uma obra ........................... .............. 3
Francisco Marques (Chico dos Bonecos)
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3ProPoSTA DA EDio ESPECiAL
comnio: a obra dE uma vida E a vitalidadE dE uma obra Francisco Marques (Chico dos Bonecos)1
Joo Ams Comnio nasceu no dia 28 de
maro de 1592, na regio da Morvia, no
corao da Europa, atualmente Repblica
Tcheca. O seu falecimento ocorreu no dia 15
de novembro de 1670, na cidade de Amster-
d, na Holanda.
Seu nome de batismo era Jan Amos Ko-
mensky. Internacionalmente, seu nome
conhecido na verso latinizada: Comenius.
Em Portugal, usa-se Comnio. Aqui, usa-se
tambm uma verso abrasileirada: Com-
nio.
Sua vida est concentrada no sculo XVII,
mas precisamos sobrevoar tambm os scu-
los XV e XVI para compreender as aes e as
ideias do nosso professor.
Nesse perodo, a Europa vive a agitada pas-
sagem da Idade Mdia para a Idade Mo-
derna: a expanso do comrcio, as grandes
navegaes, o crescimento das cidades, a
centralizao do poder, as novas formas de
trabalho, os progressos tcnicos...
Alimentando-se dessas transformaes e
fornecendo novos alimentos a essas mesmas
transformaes, surgem dois movimentos
vigorosos: o Renascimento e a Reforma.
Os pais de Comnio e toda a sua comunidade
participavam de uma das igrejas precursoras
da Reforma: a Unidade dos Irmos Morvios.
Essas novas igrejas apresentavam muitos
pontos em comum. Por exemplo: promover
a leitura da Bblia nas lnguas nacionais.
J nos primeiros anos de 1500, a Unidade dos
Irmos Morvios publicou vrios livros para
auxiliar o trabalho de evangelizao. Em
1593, lanou a Bblia totalmente traduzida
para a lngua tcheca.
Para a Unidade dos Irmos Morvios, por-
tanto, a educao das crianas era um com-
1 Poeta e professor, formado em Letras pela UFMG. Desenvolve oficinas para professores em torno do tema dos brinquedos e das brincadeiras. autor, com Estvo Marques, da pea radiofnica Muitas coisas, poucas palavras (A oficina do professor Comnio e a arte de ensinar e aprender), lanada pela Editora Peirpolis de onde foram extrados vrios trechos que compem este texto. Consultor da edio especial.
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4promisso que se fortalecia na prpria con-
cepo religiosa.
por isso que a educao pblica e muito
especialmente o ensino fundamental pblico
se fortalece com o movimento da Reforma.
ALuno E ProfESSor
Em 1608, aos dezesseis anos, Comnio vai
estudar em Prerov, na escola mantida pela
Unidade dos Irmos Morvios. Da sua traje-
tria de aluno, Comnio reuniu experincias
e reflexes que fortaleceram o seu projeto
de mudar radicalmente a maneira de ensi-
nar:
Eu prprio, msero homnculo, sou um
desses muitos milhares que passaram e
gastaram miseravelmente a amenssima
primavera da vida e os anos florescentes
da juventude nas banalidades da escola.
Ah! Quantas vezes, mais tarde, quando
comecei a ver as coisas um pouco me-
lhor, a recordao do tempo perdido me
arrancou suspiros do peito, lgrimas dos
olhos e gritos de dor do corao (Cap-
tulo XI, 13).
Em 1614, Comnio foi nomeado professor da
escola em que estudou. E promoveu grandes
mudanas: alm de eliminar todos os casti-
gos corporais, incluiu novas disciplinas, in-
troduziu conversas, passeios, teatros, brin-
cadeiras e canes.
Em 1628, em plena Guerra dos Trinta Anos
(1618-1648), Comnio foi obrigado a deixar a
sua terra e se transformou num homem em
permanente exlio, mas sempre pensando,
escrevendo e trabalhando pela melhoria da
educao em diversos pases: Polnia, Ingla-
terra, Sucia, Hungria e Holanda.
Comnio escreveu mais de duzentas obras.
Em 1631, publicou a obra que espalhou o seu
nome por muitos pases: A porta aberta das
lnguas. Em 1658, lanou uma obra inovado-
ra: O mundo sensvel das imagens. Associando
as palavras s gravuras, esta obra um dos
primeiros livros didticos ilustrados para
criana.
Em 1632, em Leszno, na Polnia, Comnio
concluiu a obra Didtica Tcheca. Em 1638,
concluiu a traduo da Didtica Tcheca para
o latim quando foi batizada com o nome
de Didtica Magna.
Em 1657, em Amsterd, na Holanda, a Did-
tica Magna foi publicada, seguindo a reda-
o de 1638.
Esta obra um marco na histria da edu-
cao. Um marco, tambm, na histria das
reformas sociais: a ideia de escola pblica,
uma escola para todos, nasce sob a forte ins-
pirao deste autor. Esta obra clssica deu a
Comnio os ttulos de o precursor da peda-
gogia moderna e o pai da didtica.
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5AS iDEiAS funDADorAS
Em 1957, em comemorao aos trezentos
anos da publicao da Didtica Magna, a
UNESCO lanou a obra Jean Amos Comenius
(1592-1670) Pginas escolhidas. Na introdu-
o dessa coletnea, Jean Piaget aponta o
critrio fundamental de uma pedagogia
ativa:
(...) quando o aluno redescobre ou re-
constri a verdade atravs de aes ma-
teriais ou interiorizadas que consistem
em experimentar ou raciocinar por si
mesmo. Ora, este critrio decisivo nos
parece ter sido claramente percebido
por Comnio.
Dirigindo-se sempre aos pais e aos profes-
sores, o autor da Didtica Magna parte da
seguinte observao:
Quando nascemos, trazemos no corpo
a semente do movimento: pegar, puxar,
engatinhar, andar... Quando nascemos,
trazemos na inteligncia a semente do
conhecimento: investigar, experimentar,
falar, cantar... A natureza d a semente
do movimento, mas no d os movimen-
tos. A natureza d a semente do conhe-
cimento, mas no d os conhecimentos.
Ainda se dirigindo aos professores e aos pais,
Comnio arquiteta, a partir desta constata-
o, o seu desafio central:
Em se tratando do corpo e dos movimen-
tos, a criana aprende tantas coisas, e
to rapidamente, com tanta imaginao
e energia! Em se tratando da intelign-
cia e dos conhecimentos, a criana no
poderia aprender assim tambm: tantas
coisas, e to rapidamente, com tanta
imaginao e energia?
Assim, ele inicia a sua investigao sobre a
arte de ensinar e aprender: a criana apren-
de com o auxlio dos cinco mensageiros:
ver, ouvir, saborear, cheirar e pegar; a inteli-
gncia da criana se desenvolve em diferen-
tes tempos e em diferentes formas.
A sua concluso clara: se a criana no
tem vontade de aprender, o problema est
no professor, ou seja, o problema est na
sua maneira de ensinar.
Antes de expor em detalhes a sua arte, Co-
mnio salienta a importncia do profundo
envolvimento do professor: Quanto mais ar-
doroso ele for, tanto mais atento tornar os
alunos (XIX, 16).
A partir da, Comnio estabelece os passos
da prtica docente:
Levar a criana a conhecer as coisas, e
s depois falar sobre as coisas; ensinar
a fazer fazendo; misturar aquilo que
divertido com aquilo que o tema do
estudo; mostrar a utilidade daquele co-
-
6nhecimento no cotidiano das crianas;
ensinar a perguntar; ensinar a ensinar;
ensinar a criana a descobrir a prpria
fonte do conhecimento.
Perto do final da obra, Comnio dedica o pe-
queno e precioso captulo XXVI ao tema da
disciplina escolar. A clareza das suas pala-
vras e a beleza de suas imagens atualizam e
rejuvenescem as ideias:
Para a disciplina crescer e se desenvol-
ver, ns, pais e professores, devemos ser,
sempre!, exemplos constantes de todos
os bons comportamentos. Ns, pais e
professores, devemos ser, sempre!, mo-
delos vivos de todas as boas atitudes.
Ele compreende que, muitas vezes, esta pos-
tura fundamental no suficiente. Nestes
casos, o professor vai repreender o aluno
que cometeu um erro de comportamento. O
professor, entretanto, vai repreender o alu-
no para que ele no erre mais.
Por isso, a repreenso deve ser feita com
simplicidade e sinceridade, para que a crian-
a perceba que para o seu bem e para o
bem de todos para que a criana perceba
que a repreenso movida pelo afeto. As-
sim, a postura afetuosa no exclui a postura
severa e a severidade no elimina o afeto.
ArTE DA PALAvrA
Alm da arte de ensinar e aprender, Comnio
tem grande habilidade na arte da palavra.
A sua arquitetura literria est em harmonia
com a sua proposta pedaggica: o conheci-
mento deve necessariamente principiar pelos
sentidos (Captulo XX, 7. I).
Por isso, as ideias se desenvolvem, sempre,
atravs de comparaes: semente, planta,
flor, rvore, pomar, fruto, jardim, vento,
chuva, raios, troves, sol, relgio, tipografia,
navio...
Muitas vezes, as comparaes se transfor-
mam em pequenas imagens que povoam o
tecido literrio: palavras de vento e linguagem
de papagaio (XI, 10); sem dvida que andamos
a transportar gua com crivo (XVIII, 2); expli-
cado to claramente, que o tenham presente
como os cinco dedos das prprias mos (XVII,
41-II); seja como um fogo na medula dos vossos
ossos (XXXIII, 12).
Outras vezes, Comnio assume o papel de
um contador de casos: o ovo de Colombo
(XII, 4); Alexandre Magno e seu cavalo (XII,
21); os preos das aulas do professor Tim-
teo (XXV, 23).
Comnio transforma as pginas da Didtica
Magna num permanente dilogo com um
leitor imaginrio:
Se todas estas coisas so verdadeiras,
como que ns ousamos prometer um
mtodo de estudos to universal, to
certo, to fcil e seguro? Respondo: que
-
7estas coisas so absolutamente verda-
deiras, mostra-o a experincia; mas que,
para estas coisas, h remdios eficacs-
simos, mostra-o tambm a experincia
(Captulo XIV, 9).
O captulo XII, por exemplo, especialmente
construdo em torno deste jogo de pergun-
tas e respostas.
O humor comeniano se expressa tambm
atravs das perguntas:
E havemos de admirar-nos que haja
quem critique e fuja de semelhante m-
todo de educao? Devemos antes admi-
rar-nos que haja ainda quem se entregue
a tais educadores (Captulo XII, 17).
Para concluir, deixo para vocs, amigos lei-
tores, pais e professores, a belssima com-
parao do relgio conforme consta do
captulo XIV, 6.
E vou apresentar esta comparao devida-
mente recriada ao sabor comeniano:
(...) que todas as coisas, mesmo as mais
srias, sejam apresentadas num tom fa-
miliar e agradvel, isto , sob a forma
de conversas ou de charadas, que os
alunos, em competio, procurem adivi-
nhar; e, enfim, sob a forma de parbolas
e aplogos (Captulo XVII, 19).
O PRESENTE
Heitor, o inventor, inventou um drama nada original: o inventor Heitor amava a bela Estela, mas
Estela, a bela, no amava Heitor, o inventor.
Melodramtico, isbrogltico, sorumbtico, Heitor contemplava a natureza: o espetculo de uma
noite estrelada.
Observando apaixonadamente o movimento dos astros no firmamento, Heitor imaginou, finalmen-
te, uma inveno original: o relgio, um aparelho dedicado a medir o tempo, o tempo todo. Essa
mquina, complexa e delicadssima, traria em seu corao uma roda dentada, a roda-mestra, que
giraria incessantemente sobre o seu prprio eixo e ainda faria girar outras rodas dentadas.
De repente, de rompante, nesse instante de puf-puf, uma estrela cadente, que ouvia tudo atenta-
mente, riscou no cu uma pergunta surpreendente:
- Ora, ora, senhor Heitor! Aqui, no firmamento, ns, os astros, nos movimentamos, perpetuamente,
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8a partir de uma energia prpria. Onde o senhor pretende buscar essa infinita energia capaz de ofe-
recer o mesmo movimento perptuo roda-mestra, grande roda dentada? Heim? Heim? Onde?
Como?
O inventor Heitor, atingido por essa celestial pergunta, desabou em si, muito silencioso, proparoxi-
tonamente desanimoso: melodramtico, isbrogltico, sorumbtico...
J estava caindo de sono, muito sono, quando, de repente, de rompante, nesse instante de puf-puf...
A corda!
O que fez o nosso inventor?
Numa ponta da corda amarrou um peso. Amarrou a outra ponta no eixo da roda-mestra e enrolou
a corda neste eixo.
O que aconteceu?
O peso, naturalmente, pesou. A corda, naturalmente, desenrolou. E a roda-mestra, naturalmente,
girou. E fez girar as outras rodas dentadas naturalmente...
Assim, o relgio, mquina complexa e delicadssima, funcionou, na verdade verdadeira, a partir de
um simples impulso da natureza: a fora da gravidade.
Podemos comparar esse relgio com a arte de ensinar...
A educao da criana, arte complexa e delicadssima, funciona, na verdade verdadeira, a partir de
um simples impulso da natureza: o desejo de aprender.
Como? Quem?
Dizem que Heitor, o inventor, construiu o primeiro relgio e deu de presente para Estela, a bela.
No! No me digam que vocs esto pensando isso que eu estou pensando que vocs esto pensan-
do.
Dizem que Heitor e Estela viveram felizes cada hora de suas vidas s interrompiam a felicidade
para dar corda ao relgio...
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9BiBLiogrAfiA
obras de Comnio
Didctica Magna Tratado da arte universal
de ensinar tudo a todos. Introduo, tradu-
o e notas: Joaquim Ferreira Gomes. Lisboa:
Fundao Calouste Gulbenkian, 1966. Esta
traduo est disponvel em www.ebooks-
brasil.org/nacionais/ebookpro.html
Didtica Magna. Traduo: Ivone Castilho
Benedetti. Aparelho crtico: Marta Fattori. 2.
ed. So Paulo: Editora Martins Fontes, 2002.
Jean Amos Comenius (1592-1670) Pages choi-
sies. Hommenage de lUnesco loccasion
du trois centime anniversaire de la publi-
cation des Opera Didactica Omnia (1657-
1957). Introduction de Jean Piaget direc-
teur du Bureau International dducation:
Lactualit de Jean Amos Comenius. Unes-
co, Paris, 1957.
obras sobre Comnio
Comenius O pai da pedagogia moderna. Oli-
vier Cauly. Trad. Maria Joo Batalha Reis. Lis-
boa: Instituto Piaget, 1999.
Comenius: a persistncia da utopia em educa-
o. Wojciech A. Kulesza. Campinas: Editora
da Unicamp, 1992.
Comnio ou da arte de ensinar tudo a todos.
Joo Luiz Gasparin. Campinas: Editora Papi-
rus, 1994.
Comnio A emergncia da modernidade na
educao. Joo Luiz Gasparin. 2. ed. Petrpo-
lis: Editora Vozes, 1998.
Comenius: A construo da pedagogia. Sergio
Carlos Covello. 3. ed. So Paulo: Editora Co-
menius, 1999.
Comenius. Alade Lisboa de Oliveira. Revista
da Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG. Belo Horizonte, 1968.
Comenius & a educao. Mariano Narodo-
wski. Belo Horizonte: Editora Autntica,
2004.
O conceito de teologia e pedagogia na Didti-
ca Magna de Comenius. Edson Pereira Lopes.
So Paulo: Editora Mackenzie, 2003.
Comenius, a Educao e o Ciberespao. Luis
Augusto Beraldi Colombo. Bragana Paulis-
ta: Editora Comenius, 2006.
outras obras
Histria da educao e da pedagogia. Lorenzo
Luzuriaga. Trad. e notas Luiz Damasco Pen-
na e J. B. Damasco Penna. 9. edio. So Pau-
lo: Companhia Editora Nacional, 1977.
Histria do brinquedo e dos jogos brincar
atravs dos tempos. Michel Manson. Trad.
Carlos Correia Monteiro de Oliveira. Lisboa:
Editorial Teorema, 2002. (Captulo VIII: A
entrada dos brinquedos nos tratados sobre
educao)
-
10
Histria da leitura. Steven Roger Fischer.
Trad. Claudia Freire. So Paulo: Editora
Unesp, 2006.
As fbulas de Esopo. Traduo direta do gre-
go, prefcio, introduo e notas de Manuel
Aveleza de Sousa. Rio de Janeiro: Thex Edito-
ra, 1999.
internetografia
Site oficial da Repblica Tcheca:
www.czech.cz
Site oficial da Unio Europia:
www.europa.eu
Site da Rdio Praga:
www.radio.cz
Comenius e a internacionalizao do ensino.
Maria Fernanda Martins Gonalves. Mille-
nium Revista do Instituto Politcnico de
Viseu, n. 11, julho de 1998. Portugal.
www.ipv.pt/millenium
El juego y el juguete en la herencia cultural de
una nacin. Viera Zbirkov. Correo del Maes-
tro Revista para profesores de educacin
bsica, n. 43, dez. de 1999. Mxico.
www.correodelmaestro.com
Ensear com textos e imgenes. Una de las
aportaciones de Juan Ams Comenio. Maria
Esther Aguirre Lora. Revista Electrnica de In-
vestigacin Educativa. 2001, v. 3, n. 1, Mxico.
http://redie.uabc.mx
Orbis Sensualim Pictus. John A. Comenius.
The Virtual Museum Education Iconics. Mu-
seum Directory. The Galleries. The College of
Education & Human Development. Estados
Unidos: University of Minnesota.
http://education.umn.edu/EdPA/iconics/Orbis/
Orbis_Text.htm
Edio especial Comnio: a arte de ensi-
nar e aprender
A Edio especial Comnio: a arte de ensinar
e aprender, a ser veiculada no programa Salto
para o Futuro/TV Escola no dia 15 de outubro
de 2010, em homenagem ao Dia do Professor,
tem como proposta apresentar a vida de Com-
nio e a vitalidade de sua obra e, ainda, mostrar
a importncia do seu legado para a educao.
Comnio escreveu mais de duzentos livros. Sua
obra mais famosa a Didtica Magna, consi-
derada um marco na histria da educao e na
histria das reformas sociais. A ideia de esco-
la pblica, uma escola para todos, nasce sob a
forte inspirao desse autor. Esta obra clssica
deu a Comnio os ttulos de precursor da peda-
gogia moderna e pai da didtica.
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Presidncia da repblica
ministrio da Educao
Secretaria de Educao a Distncia
Direo de Produo de Contedos e formao em Educao a Distncia
Tv ESCoLA/ SALTo PArA o fuTuro
Coordenao-geral da Tv Escola
Coordenao Pedaggica
Superviso Pedaggica
Rosa Helena Mendona
Acompanhamento Pedaggico
Ana Maria Miguel
Coordenao de utilizao e Avaliao
Mnica MufarrejFernanda Braga
Copidesque e reviso
Magda Frediani Martins
Diagramao e Editorao
Equipe do Ncleo de Produo Grfica de Mdia Impressa TV BrasilGerncia de Criao e Produo de Arte
Consultor especialmente convidado
Francisco Marques (Chico dos Bonecos)
E-mail: [email protected]
Home page: www.tvbrasil.org.br/salto
Rua da Relao, 18, 4o andar Centro.
CEP: 20231-110 Rio de Janeiro (RJ)
Outubro 2010