15 - NEVES 2007 A referência e sua expressão

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UFMG - Faculdade de Letras Introduo aos Estudos Lingsticos II

NEVES, Maria Helena M. A referncia e sua expresso. CASTILHO, Ataliba T. de et al. (org.). Descrio, histria e aquisio do portugus brasileiro. So Paulo: FAPESP, Campinas: Pontes, 2007.

1 A concepo de referncia e os conceitos correlatos (1) Maria jovem, atraente.

O falante se refere a uma certa pessoa por meio de uma expresso referencial, o nome prprio Maria. Se a referncia bem sucedida, o ouvinte identificar corretamente o referente.A expresso lingustica tem seu referente, mas na verdade o falante que faz a referncia.

1.1 Referncia, verdade e existncia Uma referncia bem sucedida no depende da verdade da descrio contida na expresso referencial. Posso usar com xito o funcionrio do correio para um professor de lingustica, acreditando que o indivduo o funcionrio do correio. Mas na filosofia, para que um referente satisfaa uma descrio, necessria que ela seja verdadeira.

O rei da Frana calvo. Para a filosofia, essa frase acarretaria: (i) que existe um rei da Frana; (ii)que existe apenas um rei da Frana; (iii) que no h ningum que seja rei da Frana e que no seja calvo. Mas para a lingustica, essa frase apenas pressupe que falante e ouvinte assumem que o elemento rei da Frana participante de estado de coisas do mundo construdo no discurso. [No interessa o valor de verdade]

1.2 Referencialidade e no referencialidade 1.2.1 A lgica e o estudo das lnguas naturais

(2) O chope timo.H um X, esse X um chope; o chope timo. (3) Todos os animais esto em extino.

Para todos os X, se X um animal, ento X est em extino.

Numa lngua natural, as relaes referenciais no se definem em termos de mundo real, mas em termos de algum universo de discurso, construdo e negociado entre falante e ouvinte, o que permite que se faa referncia a entidades que no existem nesse mundo. (5) O curupira mais velho, por ser o mais velho, sabia muito bem disto. No se fala em mundo real, mas em mundo mental, uma representao ou modelo mental.

Na linguagem humana, a propriedade da referncia pode ter graus: Claramente referencial: (9) Se voc vir O CARA com o sapato dessa cor, saia correndo. Pode ser referencial ou no referencial: (10) Se voc vir UM CARA com o sapato dessa cor, saia correndo.

Grau menor de referencialidade: (11) E se voc vir ALGUM com o sapato dessa cor, saia correndo. Menos referencial ainda: (12) E se voc no vir NINGUM com o sapato dessa cor, saia correndo.

1.1.2 Mundo real e mundo construdo no discurso Tipos modais de proposies: factual (argumentos so referenciais; de fato, existentes) e no-factual (argumentos podem no ser referenciais). Factual (com pressuposio) (13) Sorridente e calmo, L.S. afirma que lamenta ter causado PROBLEMAS me na escola. Factual (com assero real) (14) No caminho, Zaidman viu UM CARRO DA ROTA.

No factual (assero irreal) (15) Bem, quem tiver tal interesse vai ver UM RETRATO INTERESSANTE de um dia-a-dia bem ordinrio.

No factual (assero negativa)(16) At aquela data Winter no vira UM nico LIVRO impresso na Provncia.

Com futuro: Em (17), h um modem que ou referencial de expresso indefinida ou no referencial (um qualquer). Se utilizssemos O MODEM, haveria um modem referencial. (17) Dvila vai comprar UM MODEM para enviar pela linha telefnica todas as informaes digitais que compem uma imagem.

1.3 Propriedades da referncia Referncia genrica:

(21) UMA PESSOA NO INFORMADA E QUE MEDIR UMA DISTNCIA DE CEM METROS VRIAS VEZES nunca encontrar a mesma metragem.Referncia individual hipotticos: referente a indivduos

(23) O turista deve (...) pesquisar OUTRAS AGNCIAS QUE FAAM O MESMO PACOTE OU ROTEIRO. (24) Se algum dia fizer UM FILME POLICIAL vou lhe dar o papel principal.

Referncia individual no identificvel para o ouvinte:

hipottica

e

no

(27) Ele alugou UM APARTAMENTO para mim em Copacabana e vai me dar tudo! Referncia individual no hipottica e identificvel para o ouvinte: (29) Mas ESTE BILHETE no meu.(32) s contentar o JOO CARLOS.

1.4. Referncia e correferncia Correferncia referncia a um elemento j introduzido no discurso. O termo correferente situa o elemento como dado e no apenas como conhecido. Antecedente referencial identificvel pelo ouvinte:

(33) Impressionado com a tristeza e o isolamento de Z Luis, Cesrio acercou-se dELE.

Antecedente referencial identificvel pelo ouvinte:

no

necessariamente

(34) Mal comeamos a conversar, entra um jornalista, que veio buscar um poema para publicar. (...). ELE junta-se nossa conversa, e divide a cerveja com Marta, enquanto tomo meu guaran.

1.5 O cruzamento de categorias referenciais(AD) anafrico e determinado (AI) anafrico e indeterminado (ND) no-anafrico e determinado (NI) no-anafrico e indeterminado Cf. exemplo pg. 250.

Anafrico e indeterminado so categorias menos compatveis. Veja-se: (42) Alguns moleques retardatrios saam ainda, os bolsos da cala estufados, ma meio comida na mo e boca cheia.

Quer UMA?

2. A expresso da referencialidade e da definitude Escala linear de Givn (1984):

definido > referencial indefinido > no referencial indefinido > genrico

Expresses referenciais segundo Lyons (1977): (i) expresses gerais, que se referem a classes de indivduos; (ii)expresses definidas, que se referem a algum indivduo especfico ou a alguma classe especfica de indivduos; (iii) expresses indefinidas, que no se referem nem a algum indivduo especfico nem a alguma classe de indivduos.

2.1. Referncia nominal definida e referncia nominal indefinida SN referencial definido o falante supe que o ouvinte capaz de atribuir-lhe referncia nica. SN referencial indefinido o falante supe que o ouvinte no capaz de atribuir-lhe referncia nica o referente entra para o arquivo ativo do ouvinte.

2.1.1. Sintagmas nominais definidosLyons considera que a descrio definida um mecanismo de referncia to importante que chega a ser mais fcil imaginar a lngua sem nomes prprios do que imagin-la sem as expresses definidas.

Em determinadas ocasies, necessrio que seja incorporado ao SN um adjetivo ou uma orao relativa para que o ouvinte identifique o referente: (48) Uma vez eu fui dizer que O MENINO novo de Dona Zulmira era bonitinho, pronto! ele envesgou. (49) AO PORTEIRO vesgo que est na entrada anuncio candidamente o objetivo da minha visita.

Entidades do arquivo permanente:Nomes prprios Entidades nicas (o sol, a lua)

Entidades facilmente reconhecidas por indivduos de certas comunidades (o lago, o pinheiro, o rio) Entidades de natureza poltica (o presidente); cultural (o carnaval), espiritual (o grande esprito), etc.(52) Conheo todo o percurso que O SOL faz neste quintal.

Disponibilidade ditica imediata (Givn, 1984: 400): a) pronomes pessoais eu e tu;

b) diticos como este, esse, l, aqui.(55) E todos AQUI NESTE PRDIO dependem de MIM. c) expresses como minha cabea, meu pai... Outras expresses com possessivo so mais dependentes de conhecimento cultural. (minha tese)

(60) Olha, Tonico, era uma vez uma mulher [REFER INDEF1] que ganhou um filhinho [REFER INDEF 2] to

pequeno, to pequeninho que cabia dentro dumchinelo. Pois um dia ela [PRON ANAF 1] estava tirando leite da vaca e o guri [SN DEF ANAF 2] se sumiu. Tu

sabes onde ele [PRON ANAF 2] estava escondido?

2.1.2. Sintagmas nominais indefinidos (60) Quero comprar UM URSINHO.

Duas interpretaes (Lyons, 1977: 190):a) referncia indefinida especfica (implica a existncia de uma entidade que satisfaa a descrio; o ouvinte no identifica o referente como se fosse o ursinho); b) referncia indefinida no especfica pressupe a existncia de uma entidade). (no

Casos de referncia indefinida especfica: (61) J no primeiro quilmetro, cruzamos com UM CAMINHO arrebentado num barranco. (64) Vi PESSOAS deitadas no cho em todas as estaes do ano. No caso abaixo, o SN indefinido no especfico insere no discurso entidade que pode ser retomada por meio de pronome pessoal. (75) natural e justo que UMA MOA goste de sair para divertir-se. Mas infeliz ser ELA se no souber apreciar tambm os verdadeiros valores da vida.

2.1.3. Sintagmas nominais genricosSNs genricos so considerados no referenciais. Mas a autora defende que possuem propriedades referenciais, pois, embora no se refiram a indivduos de um tipo, referem-se ao prprio tipo. a) singular genrico: (76) O LEO feroz. LEO feroz. UM LEO feroz. b) plural genrico: (77) OS LEES so ferozes. LEES so ferozes. c) quantificao universal: (78) TODOS OS LEES so ferozes.

Ingls/portugus:a)definido: THE ELEPHANT is a big animal. / O ELEFANTE um animal grande. b) indefinido: AN ELEPHANT is a big animal that / UM ELEFANTE um animal grande. c) plural: ELEPHANTS are big animals. / ELEFANTES so animais grandes.

Portugus:d) definido plural: OS ELEFANTES so animais grandes. e) indefinido singular sem determinante: ELEFANTE um animal grande.

Enquanto no caso dos indefinidos especficos o falante tem em mente um indivduo ao qual ele se est referindo, mas o ouvinte no, nos usos genricos nenhum dos dois interlocutores tem um referente particular em mente (p. 257) Diferena em relao maior genericidade devido ausncia do artigo em a): a)Tinha contato com PESSOAS do campo.b)Tinha contato com AS PESSOAS do campo.

2.2. Os diferentes determinantes em expresses referenciais lugar-comum dizer que a descrio definida faz a introduo da informao nova no discurso e a descrio definida se refere ao mesmo objeto de uma descrio precedente. Mas nem sempre um demonstrativo, que tambm recupera referente mencionado, pode substituir artigo definido.

2.2.2. Os usos do artigo definido

Uso anafrico(87) O menor pisou em UM DESPACHO que havia sido colocado na porta de sua casa. O DESPACHO atingiu em cheio o menor.

O nome ncleo da expresso definida no precisa ser o mesmo para que se configure uma anfora. Podem-se ter relaes de sinonmia, hiperonmia, hiponmia...

Anfora associativa: depende do conhecimento geral compartilhado que os interlocutores tm do referente. Nela, fundamental a relao meronmica, ou seja, de parte-todo, havendo um sintagma que serve de gatilho para os sintagmas associados. Charolles indica que o sintagma nominal anafrico associativo, diferentemente do correferencial, novo, isto , at que ele ocorra, a entidade no ter sido mencionada. (91) E deu o caso que quando eu pousei, foi justo pelas vsperas do casamento; estavam esperando O NOIVO e o resto dO ENXOVAL.

Usos situacionais do artigo definido Situao imediata

(94) Me d A BOLA ou eu vou lhe jogar esta pedra.Situao ampla (conhecimento dos interlocutores sobre entidades que se situam na situao noimediata relaciona-se com o arquivo permanente).

Ex. o presidente, o papa, o prefeito...(98) O senhor viu que O PRESIDENTE vai indultar mais criminosos?

Contraposio artigo definido X demonstrativo: (i) o artigo definido funciona como uma forma de instruo para o ouvinte localizar o objeto na situao de interao, e a necessidade, ou no, da visibilidade do referente depende de fatores estranhos ao significado do artigo, propriamente; (ii) o demonstrativo leva o ouvinte a identificar o objeto na situao, e requer a visibilidade como parte de seu significado

2.2.3. Os indefinidos Situao imediata, visvel ou no: (103) Vamos, rpido, passe-me UM OVO, jovem! Afonso passa-lhe o ovo que tio Oscar quebra joga com satisfao dentro da cartola. (104) (...) Pois bem! D-me UM CHEQUE EM BRANCO, e amanh tudo estar resolvido. Ao portador.

Situao ampla:

(105) Se o poder Legislativo entender que essa cobrana dever ser transitria at que o pas tenha a sua reforma tributria, me parece que seria uma posio bastante defensvel e correta, disse Loyola ontem aos deputados da Comisso de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias. Foi a primeira vez que UM MEMBRO do governo defendeu a livre negociao como alternativa indexao correo automtica pela inflao dos salrios.

Em conjunto de associaes (anfora associativa):

(106) A porta do sobrado estava apenas cerrada. Entrou NUM VESTBULO frouxamente iluminado, cheirando a mofo. NUM CANTO havia UMA MESA DE VIME, coberta com uma toalha de croch, e UMA CADEIRA DE BALANO com o assento de palha furado. No brao da cadeira, UMA ALMOFADA de cetim preto feita com as sobras de algum vestido.

Uso anafrico: (107) Ao lado, a mesinha com revistas. Pegou UMA REVISTA masculina de mulheres. caracterstica da indefinitude a no unicidade da referncia indefinida: (104) D-me UM CHEQUE EM BRANCO.

(112) a) Cortou primeiro a cauda [do co] e UMA ORELHA depois. b) Cortou primeiro a cauda [do co] e UMAS ORELHAS depois.

o artigo indefinido pode ser usado para referir-se a objetos existentes em algum conjunto compartilhado somente se a descrio indefinida puder ser compreendida como referente a um subconjunto, em oposio totalidade, isto , somente se existirem outros referentes potenciais, do mesmo tipo, que estejam sendo excludos da referncia. O artigo definido, por seu lado, refere-se a todos os objetos que satisfazem a referncia existente no conjunto compartilhado pelos interlocutores

(115) Um pouco adiante, UM HOMEM estava parado junto da cerca. Para o falante, pode tratar-se de qualquer um dos homens de conjunto, indiferentemente, como pode tratar-se de um deles, em particular, mas, para o ouvinte, trata-se sempre de qualquer um deles, indiferentemente.

2.2.4. Os demonstrativos Os demonstrativos so sempre devedores contexto (seja textual, seja situacional). do

Um dos aspectos favorecedores do emprego do demonstrativo o fato de o nome nuclear ser morfologicamente derivado do verbo da proposio nominalizada:

(127) Toda minha vida sonhei que um dia um poltico ou governante tomaria o soro da verdade e falaria o que realmente estava na sua cabea. ESSE SONHO acabou se realizando.

Embora autores indiquem que o demonstrativo no cria anfora associativa, h ocorrncias que ilustram o emprego do demonstrativo nessa funo.(135) Ao pesquisar tumbas etruscas de 26 sculos atrs, o antroplogo Marshall Becker, da Universidade da Pensilvnia, descobriu que ESSE POVO foi o primeiro a utilizar prteses dentrias.

Uso no-padro:(137) Um grande gato branco, que pertencia ao jardineiro, pulou em meus joelhos e, com ESSA SACUDIDA o livro que eu coloquei ao meu lado para acariciar o animal fechou-se.

Usos situacionais no h estrita adeso dos trs demonstrativos portugueses s trs pessoas gramaticais.

(140) E saiba, o senhor que de fora: ESSE pessoal daqui fala demais.

Funes anafricas do demonstrativo:a) Nominalizao: (127) Toda minha vida sonhei que um dia um poltico ou governante tomaria o soro da verdade e falaria o que realmente estava na sua cabea. ESSE SONHO acabou se realizando. b) Categorizao inaugural (146) Mas minha gerao acreditava e vivia repetindo que a mulher deveria trabalhar e conquistar a independncia financeira para ser feliz. At o stimo ano de casamento fui loucamente atrs dESSA CRENA.

C) Recategorizao(150) Outros que comiam a bola no campinho eram Diquinho, Frana, Arlindo, Tovar. Seu irmo Baleia, vendo AQUELA CONSTELAO DE GAROTOS PROMISSORES, teve a idia de formar um time de infantis.

Catfora (153) um bom espetculo ESSE: os homens da lei em ao. (156) Mas nunca me passou pela cabea ESSA COISA de estar sendo consumida, usada. (158) louro, moreno, alto, assim como ESSES HOMENS de cinema? Uma avaliao efetiva das possibilidades de emprego e dos efeitos obtidos com o uso de demonstrativos tem de passar, entretanto (...), pelo cotejo entre esse emprego e o de sintagmas com artigos definidos. (p. 275)

EXERCCIOS - Anlise da referncia do SN Proponha uma anlise dos sintagmas nominais destacados com base em Neves (2007):

[a ma]

[a piscina do clube] - [um biquni amarelo]

[os ces]

[isto] - [este n]

TEXTO 1

Caramba! Faz tempo que eu no escrevo... pois bem, vou tentar lembrar...Acordei tarde pra caramba, resolvi no fazer o simulado do cursinho pra sei l... tentar manter uma boa imagem de mim e no me decepcionar comigo mesma. Fui pro lindia pegar o papelzinho do tri e fui almoar com o meu pai. Eu tive que esperar um pouco pra ele sair do servio, mas conseguimos almoar. Sa do restaurante e fui pro banco pagar as passagens. Eu odeio (1a) aquele detector de metais. (1b) Mulheres no podem passar por aquilo! Eu tive que pelar a minha bolsa toda pra poder entrar! Fiquei na fila, paguei. Peguei o nibus e fui pro iguatemi. Passei no Nacional, comprei uma coca 600ml e uma caixa de sucrilhos. Liguei (1c) pra Camila Lima umas milhes de vezes pra ver horrios de filme e tal, foi uma confuso... enquanto ela no chegava, eu ficava na internet do celular falando no msn com as pessoas, matando tempo e tal. E nesse mexe-mexe de celular pra ligar pras pessoas, mexer na internet e tudo mais, acabei perdendo a capinha do celular. Tinha dinheiro nela! Entrei em desesperoDisponvel em: http://meudiapormim.blogspot.com/2010_05_01_archive.html. Acesso em 13/11/10

TEXTO 2

Este fim de semana comeou no istris istremo. Levantei cedo pra resolver um problema de cartrio que j era pra ter resolvido desde a primeira vez que fui. Queria reconhecer firma de um contrato que estou assinando, da sexta retrasada fui l, uma fila gigante, e o sistema...caiu. Fiquei l esperando, pois afinal era a primeira vez que ia, da no voltava o troo, e resolveram fazer o baguio l moda antiga "nas mo". Na minha vez, o sistema voltou, da o tiozinho atendente me diz: Vc Carla, mas no contrato est Adriana? (oi?). Tio, Carla minha mana...aaahhh t, o RG de vcs s muda o ltimo dgito. Isso, isso, isso.Mas moa, aqui vc tem firma reconhecida com nome de casada, o contrato est com nome de solteira? Saqui moo, por causa do banco que ainda tem nome de solteira... Hum...infelizmente no posso fazer, vc tem que colocar o nome de casada no contrato Mai moo, abre a uma nova firma com sobrenome de solteira mesmo... Hhh, senhora no posso.Disponvel em: http://www.driviaro.com.br/2009/11/cartorio-never-more.html Acesso em 12/11/10.