11-CancerRenalTrat

12
1 Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, tem por objetivo conciliar informações da área médica a fim de padronizar condutas que auxiliem o raciocínio e a tomada de decisão do médico. As informações contidas neste projeto devem ser submetidas à avaliação e à crítica do médico, responsável pela conduta a ser seguida, frente à realidade e ao estado clínico de cada paciente. Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia Elaboração Final: 30 de novembro de 2006 Participantes: Pompeo ACL, Martins ACP, Souza Jr AEP, Abrantes AS, Buzaid AC, Dubeux AC, Wroclawski ER, Carvalhal EF, Carrerette FB, Hering FLO, Maluf F, Carvalhal GF, Sabaneeff J, Milfont JCA, Colombo Jr JR, Sadi MV, El Hayek O, Clark O, Scaletscky R, Reis RB, Baroni RH, Marins RL, Ferreira U, Matheus WE Câncer Renal: Tratamento

description

ca renal, tratamento

Transcript of 11-CancerRenalTrat

  • 1Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    O Projeto Diretrizes, iniciativa conjunta da Associao Mdica Brasileira e Conselho Federalde Medicina, tem por objetivo conciliar informaes da rea mdica a fim de padronizar

    condutas que auxiliem o raciocnio e a tomada de deciso do mdico. As informaes contidasneste projeto devem ser submetidas avaliao e crtica do mdico, responsvel pela conduta

    a ser seguida, frente realidade e ao estado clnico de cada paciente.

    Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia

    Elaborao Final: 30 de novembro de 2006

    Participantes: Pompeo ACL, Martins ACP, Souza Jr AEP, AbrantesAS, Buzaid AC, Dubeux AC, Wroclawski ER,Carvalhal EF, Carrerette FB, Hering FLO, Maluf F,Carvalhal GF, Sabaneeff J, Milfont JCA, Colombo JrJR, Sadi MV, El Hayek O, Clark O, Scaletscky R, ReisRB, Baroni RH, Marins RL, Ferreira U, Matheus WE

    Cncer Renal: Tratamento

  • Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    2 Cncer Renal: Tratamento

    DESCRIO DO MTODO DE COLETA DE EVIDNCIA:Levantamento bibliogrfico de artigos que apresentam graus de recomenda-o de A a D, segundo Oxford Centre for Evidence-based Medicine, deacordo com o Projeto de Diretrizes da AMB/CFM.

    GRAU DE RECOMENDAO E FORA DE EVIDNCIA:A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistnciaB: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistnciaC: Relatos de casos (estudos no controlados)D: Opinio desprovida de avaliao crtica, baseada em consensos, estudos

    fisiolgicos ou modelos animais.

    OBJETIVO:Oferecer um guia prtico, adequado realidade brasileira, destacando asmelhores evidncias disponveis relacionadas ao tratamento dos pacientescom tumores renais.

    CONFLITO DE INTERESSE:Os conflitos de interesse declarados pelos participantes da elaborao destadiretriz esto detalhados na pgina 8.

  • 3Cncer Renal: Tratamento

    Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    NEFRECTOMIA RADICAL ABERTA

    A base do tratamento dos tumores malignos de rim acirurgia, a qual tem por objetivo remover completamente aneoplasia. Historicamente, o padro-ouro do tratamento ci-rrgico dos pacientes com neoplasia maligna renal e rimcontralateral normal tem sido a nefrectomia radical. Anefrectomia tambm pode ser utilizada para o tratamento depacientes selecionados com comprometimento metasttico, emcasos de realizao de tratamentos sistmicos ou na necessida-de de abordagem paliativa, tais como hematria significativa edor intensa1(C).

    Os princpios da nefrectomia radical estabelecidos incluem2(C): Ligadura precoce da artria e veia renais; Remoo completa do rim envolto pela gordura perirrenal e

    fscia de Gerota; Remoo da glndula adrenal ipsilateral; Linfadenectomia regional desde a crura diafragmtica at a

    bifurcao da aorta.

    A superioridade da nefrectomia radical sobre a nefrectomiasimples ainda no est comprovada. Contudo, seguindo a maioriados princpios originais da nefrectomia radical, a sobrevida parapacientes com estadios T1 e T2, nas sries contemporneas, superior a 75%. Dentre estes, a remoo da gordura perirrenalparece ser um procedimento consensual, uma vez que aproxima-damente 25% dos tumores de rim apresentam comprometimentodesta estrutura3(D).

    A via de acesso para a nefrectomia radical aberta depende dapreferncia do cirurgio, das caractersticas do tumor e das condi-es clnicas do paciente. O acesso pode ser por via transperitonealou extraperitoneal.

    NEFRECTOMIA PARCIAL ABERTA

    Vrias tm sido as motivaes para a realizao de nefrectomiaparcial. Dentre elas, o incremento no diagnstico de leses sli-das pequenas e cistos complexos (Bosniak III e IV), as melhorescondies de planejamento pr-operatrio possibilitadas pelos

  • Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    4 Cncer Renal: Tratamento

    mtodos de imagem recentes, o conhecimentosobre a anatomia vascular do rim e tcnicas depreveno de isquemia transoperatria, e asexcelentes taxas de sobrevida observadas emsries recentes. Alm disso, aproximadamente15% a 20% das leses de dimenses inferioresa 4 cm tm se mostrado benignas, nas sriescontemporneas4(B)5(C).

    As indicaes clssicas para a nefrectomiaparcial so aquelas que na realizao danefrectomia radical resultariam na necessidadede dilise, tais como rim nico ou tumoresbilaterais. Indicaes relativas so pacientes comleses unilaterais, mas com rim contralateralassociado a alteraes que podem comprometersua funo (por exemplo, estenose de artriarenal, litase, hidronefrose, refluxo vsico-ureteral, pielonefrite crnica ou doenassistmicas, como diabetes mellitus ounefroesclerose).

    Atualmente, a nefrectomia parcial dever serindicada nos casos de leses pequenas (< 4 cm)e perifricas, as quais apresentam baixas taxasde multifocalidade, e nos cistos complexos(Bosniak III e IV), mesmo quando o rimcontralateral for normal e sempre que se obti-ver uma margem mnima de segurana4(B). Astaxas de recorrncia no rim submetido nefrectomia parcial variam de 4% a 6%, seme-lhantes s taxas de recorrncia com a cirurgiaradical4(B).

    LINFADENECTOMIA RETROPERITONEAL

    Ainda hoje, a linfadenectomia no cncer renaltem como objetivo apenas o estadiamento localda leso. O acometimento linfonodal representaum fator de mau prognstico, uma vez que namaioria absoluta dos casos j existe a presena de

    metstases concomitantes. Desta forma, a ne-cessidade da realizao de linfadenectomiaretroperitoneal e os seus limites permanecem in-certos. No entanto, existe um estudorandomizado de nefrectomia radical, com ou semlinfadenectomia retroperitoneal, com resultadosainda no definitivos, sugerindo que possa haverbenefcio na sobrevida de um pequeno subgrupode pacientes linfadenectomizados com compro-metimento linfonodal mnimo6(B).

    Os limites da linfadenectomia retro-peritoneal para pacientes com carcinoma declulas renais podem ser variveis. A lin-fadenectomia hilar se restringe remoo doslinfonodos do hilo renal, os quais geralmentesaem juntamente com o espcime de nefre-ctomia radical; a linfadenectomia regionalincluiria os linfonodos do hilo e tambm osrelacionados ao grande vaso ipsilateral (aorta oucava) pelo menos desde a altura de L1 a L3; alinfadenectomia ampliada deveria ser feitadesde a crura diafragmtica at a bifurcao dosgrandes vasos, bilateralmente. A maioria dosautores preconiza que a linfadenectomia amplia-da, a qual se estende desde a crura diafragmticaat a bifurcao da aorta, deve ser restrita apacientes com comprometimento linfonodalmacroscpico. No restante dos pacientes, alinfadenectomia hilar suficiente7(A). No en-tanto, quando realizada a nefrectomia parcial,no existe evidncia suficiente que confirme anecessidade de linfadenectomia.

    NEFRECTOMIA RADICAL LAPAROSCPICA

    As indicaes formais de cirurgia radicallaparoscpica so para tumores cT1 (4,0 7,0cm) e relativas para tumores cT28(C), j haven-do relato em cT3 com envolvimento de veiarenal e veia cava inferior9(C).

  • 5Cncer Renal: Tratamento

    Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    a NPL sem pinamento do pedculo renal.Quando houver necessidade de pinamento dopedculo, faz-se necessria a adoo de medidaspara a preservao da funo renal, tais como ouso de manitol e o controle do tempo deisquemia quente, o qual no dever ultrapassar30 minutos. Os tumores profundos e os dosseios renais, que necessitam pinamento dopedculo renal por mais de 30 minutos, deveroser tratados com a associao de hipotermia renale por cirurgio laparoscopista de grandeexperincia16(B)17(C).

    As complicaes da nefrectomia parcial so:fstulas (7,4%), necrose tubular aguda, comnecessidade de dilise temporria (6,3%) oudefinitiva (4,9%) e sangramento (1,9%)18(C).

    A crioablao e a ablao por radiofreqnciaso alternativas minimamente invasivas, cujosresultados iniciais necessitam de maior tempode seguimento19(B).

    ADRENALECTOMIA: QUANDO INDICAR?

    A incidncia de metstases adrenais em cn-cer de rim gira em torno de 4,3% a 5,7%20,21(C).O estadio clnico da doena se correlaciona di-retamente com a incidncia de acometimentoda adrenal, sendo este de 40%, nos tumores T4,7,8%, nos T3 e 0,6%, nos T1-220(C). Outrosfatores de risco, como tumores do plo superiore leses com grande volume de doena, soresponsveis por aproximadamente 58,6% dostumores que acometem as adrenais.

    Em concluso, a remoo da glndulaadrenal s se faz necessria quando a mesmaestiver alterada em tamanho ou textura no exa-me de imagem, quando houver acometimento

    Para tumores cT1, os resultados de longoprazo so semelhantes aos da cirurgia aberta. Asobrevida livre de doena em cinco anos seme-lhante nas duas tcnicas (91% na laparoscpicae 87% na cirurgia aberta)10(D). As vantagens datcnica laparoscpica na nefrectomia radical emmos experimentadas so: menor necessidade deanalgesia ps-operatria, menor tempo deinternao hospitalar, com retorno mais rpidos atividades habituais, alm de efeito cosmticosuperior ao da cirurgia aberta11(C).

    As taxas de complicaes da cirurgialaparoscpica chegam a 16%, com 5% deconverso12(C). At a presente data, existemraros casos relatados de implante tumoral, as-sociados ao morcelamento de tumores de altograu e ou presena de ascite13(C).

    A nefrectomia radical laparoscpica tambmtem sido utilizada para controle da leso prim-ria em doena metasttica, por apresentarmenor morbidade e tempo de internao, pro-piciando o uso precoce de imunoterapiasistmica14(A).

    A nefrectomia laparoscpica assistida coma mo apresenta as vantagens de poder ser usa-da pelo cirurgio com menor experincia emlaparoscopia, permitindo melhor controlevascular nos grandes tumores, maior facilidadede remoo da pea inteira, com menor risco deimplante tumoral e maior rapidez no ato cirr-gico em doentes que apresentam co-morbi-dades15(B).

    NEFRECTOMIA PARCIAL LAPAROSCPICA (NPL)

    Os melhores casos para a NPL so os tumo-res menores do que 4 cm, exofticos e localiza-dos no plo inferior, que geralmente permitem

  • Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    6 Cncer Renal: Tratamento

    renal extenso ou em casos de tumor de plosuperior20,21(C)22(B).

    RESSECO DE METSTASES(METASTASECTOMIA)

    Em srie retrospectiva, que incluiu 278 pa-cientes, as taxas de sobrevida de cinco anos parapacientes com resseco completa foram de 44%(n = 141), 14% para pacientes aps ressecoincompleta (n = 70) e somente 11% para paci-entes no operados (n = 67). A anlisemultivariada demonstrou que os fatores progns-ticos favorveis foram: recorrncia em stio ni-co, resseco completa, tempo para a recorrnciamaior que 12 meses e aparecimento da leso nosincrnica ao tumor primrio. Quanto locali-zao, as leses solitrias do crebro apresenta-ram pior prognstico. Quando se considerourecorrncias mltiplas, a cada resseco demetstases, a chance de sobrevida em cinco anosse assemelhou aos resultados obtidos com aresseco inicial da primeira recidiva. Em con-cluso, a resseco cirrgica pode estar indicadaem pacientes com leses metastticas solitriasou em stio nico ressecvel, independentemen-te da leso j haver recidivado previamente23(B).

    PAPEL DA NEFRECTOMIA EM TUMORES DERIM METASTTICOS

    A cirurgia citoredutora para tumor de rimmetasttico, em pacientes selecionados, temfuno no tratamento dos sintomas locais, me-lhora na qualidade de vida, e parece melhorar aresposta ao tratamento sistmico24(D).

    H um benefcio na sobrevida e no tempode progresso da doena, favorvel cirurgiaassociada ao tratamento sistmico (imunoterapiacom interferon) sobre o tratamento sistmico

    exclusivo, em pacientes com boas condies cl-nicas. A sobrevida mdia no tratamento com-binado foi de 13,6 meses e de 7,8 meses, naimunoterapia isolada14,25(A).

    Pacientes tratados somente com cirurgia,sem o uso de interferon, apresentam sobrevidaem geral menor que um ano, e o tratamentosistmico exclusivo no mostrou resposta signi-ficativa no tumor primrio14,26,27(A)24,28(D).

    Em concluso, a nefrectomia radical em paci-entes com doena metasttica est indicada quan-do os mesmos apresentam bom desempenho fsi-co, ausncia de co-morbidades significativas,doena primria ressecvel ou em carter paliativo.

    TRATAMENTO ADJUVANTE

    Com relao ao tratamento adjuvante, doisestudos de fase III randomizados com interferon-alfa (INF) adjuvante versus observao, incluin-do mais de 500 pacientes com estadios II e III,no demonstraram aumento da sobrevida29,30(A).Um pequeno estudo randomizado, com somen-te 69 pacientes tratados com interleucina-2(IL-2) adjuvante em altas doses, tambm no de-monstrou benefcio na taxa de sobrevida31(A). Emrelao radioterapia ps-operatria, dois ensai-os clnicos tambm no demonstraram benefciode sobrevida com esse tipo de tratamento32(A)33(B).Finalmente, no que diz respeito quimioterapia,no existe evidncia disponvel para recomendaresse tipo de tratamento, quando utilizado deforma adjuvante.

    Em concluso, no existe indicao dequimioterapia, imunoterapia ou radioterapiaadjuvante, aps cirurgia definitiva, mesmo paratumores localmente avanados29-32(A)33(B).

  • 7Cncer Renal: Tratamento

    Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    TRATAMENTO DA DOENA DE ESTADIO IVOU RECORRENTE

    Os resultados gerais do tratamento sistmicopara pacientes com cncer renal metasttico soainda limitados. Em 2000, uma meta-anlise,com 4216 pacientes submetidos a protocolos comimunoterapia, concluiu que o INF forneceu umbenefcio modesto de sobrevida quando compa-rado aos outros tratamentos, sendo um esquemaque deveria ser o modelo de teste contra novostratamentos e que a IL-2 ainda no havia sidovalidada em estudos randomizados34(A).

    Uma atualizao desta reviso sistemticacom meta-anlise, recentemente publicada25(A),incluiu estudos com dados mais maduros, in-clusive estudos randomizados cujos resultadosisolados haviam sugerido um benefcio do usode interleucina35(A). A meta-anlise incluiu,tambm, os estudos que compararamnefrectomia mais interferon contra nefrectomiaapenas. Houve vrias avaliaes sobre vrias es-tratgias de tratamento, inclusive sobre a adi-o de quimioterapia ao interferon. As princi-pais concluses foram: que o uso de interferonisolado promove um pequeno aumento desobrevida, que a adio de outros medicamen-tos no promove melhora de sobrevida e que aabordagem teraputica que tem melhor chancede sucesso a nefrectomia seguida deinterferon25(A).

    Um outro ponto de relevncia nos pacien-tes com envolvimento sseo o uso do cidozoledrnico, na dose de 4 mg IV, a cada quatrosemanas. Anlise retrospectiva de subgrupo, apartir de estudo randomizado comparando ci-do zoledrnico com placebo, demonstrou redu-o de 61% de eventos sseos adversos, no bra-o que recebeu o cido zoledrnico36(B).

    SUMRIO DAS RECOMENDAES DETRATAMENTO

    01. A nefrectomia radical o padro-ouro dotratamento do cncer de rim;

    02. A via laparoscpica pode ser indicada emtumores T1;

    03. A nefrectomia parcial est indicada nos tu-mores < 4 cm e nos cistos complexos delocalizao favorvel. A via laparoscpica uma opo vivel em casos selecionados;

    04. Nos pacientes submetidos nefrectomiaradical, a linfadenectomia regional oumesmo a ampliada podem ser realizadas empacientes com comprometimento linfo-nodal macroscpico; nos demais casos, alinfadenectomia hilar suficiente;

    05. A adrenalectomia ipsilateral est indicadaquando a glndula estiver alterada, quandohouver acometimento renal extenso ou emtumores de plo superior;

    06. A resseco cirrgica de metstases estindicada em pacientes selecionados comleses solitrias ou em stio nico;

    07. A nefrectomia radical em pacientes sele-cionados com tumores metastticos estindicada no tratamento paliativo de sinto-mas e em associao ao interferon, comintuito de melhora de sobrevida;

    08. No existe indicao de quimioterapia,imunoterapia ou radioterapia aps cirurgiadefinitiva, na ausncia de doena residual;

    09. A imunoterapia com interferon, emboracom resultados limitados, alto custo e altaincidncia de efeitos colaterais, o nicotratamento sistmico disponvel com bene-fcio comprovado para doena metasttica;

    10. A melhor estratgia para o tratamento dadoena metasttica at o presente a asso-ciao de nefrectomia seguida de imuno-terapia com interferon.

  • Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    8 Cncer Renal: Tratamento

    CONFLITO DE INTERESSE

    Clark O: Recebeu reembolso por compa-recimento a simpsio, honorrios por apre-sentao, conferncia, palestras, organizaode atividade de ensino, consultoria e tambm

    recebeu financiamento para realizao depesquisas das empresas Schering-Plough,Astra-Zeneca, Novartis, Bayer, Bristol-Mayers, Eurofarma, Janssen-Cylag, Unimede Sociedade Brasileira de Urologia nos lti-mos 5 anos.

  • 9Cncer Renal: Tratamento

    Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    REFERNCIAS

    1. Levy DA, Swanson DA, Slaton JW,Ellerhorst J, Dinney CP. Timely delivery ofbiological therapy after cytoreductivenephrectomy in carefully selected patientswith metastatic renal cell carcinoma. J Urol1998;159:1168-73.

    2. Robson CJ, Churchill BM, Anderson W.The results of radical nephrectomy for renalcell carcinoma. J Urol 1969;101:297-301.

    3. Thrasher JB, Paulson DF. Prognosticfactors in renal cancer. Urol Clin NorthAm 1993;20:247-62.

    4. Lerner SE, Hawkins CA, Blute ML,Grabner A, Wollan PC, Eickholt JT, et al.Disease outcome in patients with low stagerenal cell carcinoma treated with nephronsparing or radical surgery. J Urol1996;155:1868-73.

    5. Fergany AF, Hafez KS, Novick AC. Long-term results of nephron sparing surgery forlocalized renal cell carcinoma: 10-yearfollow up. J Urol 2000;163:442-5.

    6. Giuliani L, Giberti C, Martorana G, RovidaS. Radical extensive surgery for renal cellcarcinoma: long-term results and prognosticfactors. J Urol 1990;143:468-74.

    7. Blom JH, van Poppel H, Marechal JM,Jacqmin D, Sylvester R, Schroder FH, etal. Radical nephrectomy with and withoutlymph node dissection: preliminary resultsof the EORTC randomized phase IIIprotocol 30881. EORTC GenitourinaryGroup. Eur Urol 1999;36:570-5.

    8. Kavoussi LR, Chan DY, Fabrizio MD,Cadeddu JA. Cancer control of laparoscopicnephrectomy for renal cell carcinoma. JUrol 1999;161(suppl 4):167.

    9. Sundaram CP, Rehman J, Landman J, OhJ. Hand assisted laparoscopic radicalnephrectomy for renal cell carcinoma withinferior vena caval thrombus. J Urol2002;168:176-9.

    10. Ono Y, Hattori R, Gotoh M, Yoshino Y,Yoshikawa Y, Kamihira O. Laparoscopic ra-dical nephrectomy for renal cell carcinoma:the standard of care already? Curr OpinUrol 2005;15:75-8.

    11. Meraney AM, Gill IS. Financial analysisof open versus laparoscopic radicalnephrectomy and nephroureterectomy. JUrol 2002;167:1757-62.

    12. Siqueira TM Jr, Kuo RL, Gardner TA,Paterson RF, Stevens LH, Lingeman JE,et al. Major complications in 213 laparos-copic nephrectomy cases: the Indianapolisexperience. J Urol 2002;168(4 Pt 1):1361-5.

    13. Castilho LN, Fugita OE, Mitre AI, ArapS. Port site tumor recurrences of renal cellcarcinoma after videolaparoscopic radicalnephrectomy. J Urol 2001;165:519.

    14. Flanigan RC, Mickisch G, Sylvester R,Tangen C, Van Poppel H, Crawford ED.Cytoreductive nephrectomy in patients withmetastatic renal cancer: a combinedanalysis. J Urol 2004;171:1071-6.

  • Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    10 Cncer Renal: Tratamento

    15. Nelson CP, Wolf JS Jr. Comparison of handassisted versus standard laparoscopic radi-cal nephrectomy for suspected renal cell car-cinoma. J Urol 2002;167:1989-94.

    16. Gill IS, Matin SF, Desai MM, Kaouk JH,Steinberg A, Mascha E, et al. Comparativeanalysis of laparoscopic versus open partialnephrectomy for renal tumors in 200patients. J Urol 2003;170:64-8.

    17. Gill IS, Desai MM, Kaouk JH, MeraneyAM, Murphy DP, Sung GT, et al.Laparoscopic partial nephrectomy for renaltumor: duplicating open surgical techniques.J Urol 2002;167(2 Pt 1):469-7.

    18. Uzzo RG, Novick AC. Nephron sparingsurgery for renal tumors: indications,techniques and outcomes. J Urol2001;166:6-18.

    19. Gill IS, Novick AC, Meraney AM, ChenRN, Hobart MG, Sung GT, et al.Laparoscopic renal cryoablation in 32patients. Urology 2000;56:748-53.

    20. Sagalowsky AI, Kadesky KT, Ewalt DM,Kennedy TJ. Factors influencing adrenalmetastasis in renal cell carcinoma. J Urol1994;151:1181-4.

    21. Sandock DS, Seftel AD, Resnick MI. Adrenalmetastases from renal cell carcinoma: role ofipsilateral adrenalectomy and definition ofstage. Urology 1997;49:28-31.

    22. Tsui KH, Shvarts O, Barbaric Z, Figlin R,de Kernion JB, Belldegrun A. Isadrenalectomy a necessary component ofradical nephrectomy? UCLA experience

    with 511 radical nephrectomies. J Urol2000;163:437-41.

    23. Kavolius JP, Mastorakos DP, Pavlovich C,Russo P, Burt ME, Brady MS. Resectionof metastatic renal cell carcinoma. J ClinOncol 1998;16:2261-6.

    24. Wood CG. The role of cytoreductivenephrectomy in the management ofmetastatic renal cell carcinoma. Urol ClinNorth Am 2003;30:581-8.

    25. Coppin C, Porzsolt F, Awa A, Kumpf J,Coldman A, Wilt T. Immunotherapy foradvanced renal cell cancer. CochraneDatabase Syst Rev 2005;(1):CD001425.

    26. Flanigan RC, Salmon SE, BlumensteinBA, Bearman SI, Roy V, McGrath PC, etal. Nephrectomy followed by interferon alfa-2b compared with interferon alfa-2b alonefor metastatic renal-cell cancer. N Engl JMed 2001;345:1655-9.

    27. Mickisch GH, Garin A, van Poppel H, dePrijck L, Sylvester R. Radical nephrectomyplus interferon-alfa-based immunotherapycompared with interferon alfa alone inmetastatic renal-cell carcinoma: a rando-mised trial. Lancet 2001;358:966-70.

    28. Flanigan RC. Debulking nephrectomy inmetastatic renal cancer. Clin Cancer Res2004;10(18 Pt 2):6335S-41S.

    29.Messing EM, Manola J, Wilding G, PropertK, Fleischmann J, Crawford ED, et al.Phase III study of interferon alfa-NL asadjuvant treatment for resectable renal cell

  • 11Cncer Renal: Tratamento

    Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    carcinoma: an Eastern CooperativeOncology Group/Intergroup trial. J ClinOncol 2003;21:1214-22.

    30. Pizzocaro G, Piva L, Colavita M, Ferri S,Artusi R, Boracchi P, et al. Interferonadjuvant to radical nephrectomy in Robsonstages II and III renal cell carcinoma: amulticentric randomized study. J ClinOncol 2001;19:425-31.

    31. Clark JI, Atkins MB, Urba WJ, CreechS, Figlin RA, Dutcher JP, et al. Adjuvanthigh-dose bolus interleukin-2 for patientswith high-risk renal cell carcinoma: acytokine working group randomized trial.J Clin Oncol 2003;21:3133-40.

    32. Kjaer M, Frederiksen PL, Engelholm SA.Postoperative radiotherapy in stage II andIII renal adenocarcinoma. A randomizedtrial by the Copenhagen Renal CancerStudy Group. Int J Radiat Oncol Biol Phys1987;13:665-72.

    33. Fugitt RB, Wu GS, Martinelli LC. Anevaluation of postoperative radiotherapy inhypernephroma treatment: a clinical trial.Cancer 1973;32:1332-40.

    34. Coppin C, Porzsolt F, Kumpf J, ColdmanA, Wilt T. Immunotherapy for advancedrenal cell cancer. Cochrane Database SystRev 2000;(3):CD001425.

    35. Yang JC, Sherry RM, Steinberg SM,Topalian SL, Schwartzentruber DJ, HwuP, et al. Randomized study of high-dose andlow-dose interleukin-2 in patients withmetastatic renal cancer. J Clin Oncol2003;21:3127-32.

    36. Lipton A, Zheng M, Seaman J.Zoledronic acid delays the onset ofskeletal-related events and progression ofskeletal disease in patients with advancedrenal cell carcinoma. Cancer 2003;98:962-9.

  • Projeto DiretrizesAssociao Mdica Brasileira e Conselho Federal de Medicina

    12 Cncer Renal: Tratamento