1 transtono (disorder) não é um conceito científico nem a cid é uma classificação...
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Questões Essenciais da
Psicopatologia Atual
Título da Aula 1
Teoria do Conhecimento e o Diagnóstico Psiquiátrico
Programa
Teoria do conhecimento médico-psiquiátrico..O diagnóstico médico e o diagnóstico psiquiátrico.Classificação científica e classificação psiquiátrica.Conclusões e o que fazer?
Qual a relação entre a Ciência e
a Filosofia ?
Disciplinas Filosóficas
Metafísica e Ontologia
Gnosiologia
Lógica e Metodologia
Praxiologia e Ética
Psicologia do Patológico
ou
Patologia do Psicológico?
A Medicina e a Psiquiatria são
Ciências?
Qual a relação entre a Medicina
e a Ciência?
Epistemologia é a disciplina filosófica
que estuda o conhecimento
científico.
Conhecimento é a apropriação pelo
sujeito de propriedades do
objeto.
Os Objetos do Conhecimento
podem ser Fatos ou Construtos
Considerando seu Objeto, o
Conhecimento pode ser
Fático, Lógico ou Convencionado.
O Critério de Verdade
eOs Tipos de
Verdade
Etapas do Conhecimento
O processo individual de conhecer divide-se em
cinco etapas intercomplementares e
interativas. Cada etapa é mais
eficiente, porque mais objetiva e mais exata que
a anterior do ponto de vista de seu objetivo
(possibilitar e aperfeiçoar o conhecimento).
Os cinco níveis do processo de elaboração do
conhecimento são:
a) Indiciação,b) Descrição,c) Nominação,
d) Explicação e e) Definição.
O desenvolvimento de cada momento cognitivo (ou subsistema funcional da
cognição), amplia os demais e enriquece o conhecimento
que aperfeiçoa este processo. Cada nível é como uma etapa
progressivamente mais elaborada do processo de
apropriação pelo sujeito das propriedades do objeto.
Cada momento do processo cognitivo, além de
fundamentar o momento seguinte, força e reforça a reelabora-ção do resultado
dos momentos ante-riores, na medida em que essas etapas
cognitivas se enriquecem reciproca-mente no processo continuado de construção e
permanente aperfeiçoamento do conhecimento.
Porque o conhecimento, tido como um processo diâmico,
não pode ser entendido como sucessão mecânica e
unidirecional de acumulação passiva de informações superpostas, mas um
processamento dinâmico, inteligente, permanentemente
reformulado e constantemente repensado,
na medida em que se amplia e se enriquece.
O conhecimento se enriquece na medida em que preenche
as condições de cada um destes momentos cognitivos,
progressivamente mais elaborados e cada um deles
propiciador de um conhecimento mais rico e
mais preciso acerca de seu objeto.
1. A INDICIAÇÃO
Indiciação
A indiciação é uma espécie de sinal de alarme que avisa haver algo novo para ser conhecido. Este primeiro
momento de construção do conhecimento marca a
emergência de uma nova imagem na consciência do
sujeito.
Há quem sustente que a indiciação, na medida em que
se dá passivamente ao sensório, não deva ser
considerada como o primeiro momento do conhecimento. A
rigor, é quando se inicia o reconhecimento das
características e a avaliação das relacões da coisa
cognoscente com o mundo.
Este primeiro momento pode resultar de diferentes
situações: da percepção do novo objeto, de uma
mensagem que comunica sua existência, ou mesmo de uma intuição ou de uma inferência
racional elaboradas pelo próprio sujeito.
Seja qual for o meio pelo qual a imagem daquele objeto novo
emerge na consciência cognoscente, a indiciação é experimentada pelo sujeito
como o primeiro momento do processo do conhecimento de
um objeto cognitivo e, com isto, produz o estágio mais
elementar de seu resultado.
A indiciação consiste na identificação do objeto a
conhecer como algo novo, diferente do que já se conhece
e sua distinção como algo singular no mundo, diferente de tudo que se conhecia. Mas este momento nem sempre é um fruto da percepção, pode
ser uma conclusão racional ou mesmo uma intuição a ser
confirmada
Os conceitos filosóficos de generalidade, particularidade e
singularidade (por causa de sua importância para o
entendimento das relações objetivas das coisas no mundo)
fornecem a base necessária para entender o momento da indiciação no procedimento
cognitivo.
Inicialmente, cada objeto aparece a quem o percebe
como singular. Em filosofia do conhecimento,
os termos individuação e individualização, como
percepção da individualidade através da identificação de
algumas de suas características distintivas,
devem ser entendidos como o fim de indiciação
O conhecimento científico e o filosófico se caracterizam pela precisão de seus símbolos e
pelo rigor dos seu procedimentos. Estes talvez sejam os elementos mais
importantes para diferenciá-los do senso comum, há de
verificar adiante. Não obstante esta questão irá se colocar
apenas no momento seguinte, na descrição.
2 A DESCRIÇÃO ou Conceituação Descritiva
Descrição.
A descrição é momento cognitivo em que se
trbalha com as características
aparentes e de forma.
O que significa descrever como procedimento da
ciência? Descrever é enumerar as características do objeto
buscando uma reprodução verbal ou gráfica de sua
imagem. Seja um objeto material ou
uma entidade abstrata, ideal.
Os antigos chamavam a descrição de definição insuficiente porque era empregada quando a
definição era desconhecida ou impossível de ser
efetuada. De fato, em qualquer processo cognitivo,
descreve-se aquilo que ainda não se pode definir.
O significado da descrição é diferente nas diferentes escolas filosóficas. Os
adeptos do fenomenologismo, os
positivistas e neopositivistas consideram-na o objetivo da ciência e
concentram nela sua atenção, principalmente por considerarem a explicação impossível ou inconfiável.
A descrição sistemática marcou o ponto mais
essencial da revolução científica no Renascimento e a ciência como instituição social (e não só acervo de
conhecimentos). Não o reconhecimento da
veracidade incompleta e provisória mas saber válido
e fidedigno.
Descrever e MedirA descrição concretiza o processo conceitual de
relacionar o objeto e seus traços descritivos
acidentais ou essenciais. Pois descobre as
características essenciais conduz o processo
cognitivo à descoberta da explicação.
Descrever e Classificar. Classificar se origina do latim, classis = divisão (divisão ordenada) +
facere = fazer. Classificar é dividir segundo um critério
(taxon).
Classificar é a operação lógica de repartir um conjunto de objetos
(quaisquer que sejam) sistematizados em
classes coordenadas ou subordinadas, segundo critérios previamente
escolhidos.
A classificação científica tem como táxon(s) uma propriedade essencial
dos objetos classificados.
E deve ser diferenciadas do da lista aleatória, de
rol e do catálogo.
A descrição é um elo lógico que que
possibilita o conceito e o liga à
explicação.
3 NOMINAÇÃO ou Conceituação Nominativa
Conceituar é sintetizar em uma palavra ou uma
expressão verbal maior, os atributos mais essenciais e
mais gerais que se reconhece em um objeto qualquer, seja materal ou ideal. Assimilado aquele conceito, sua expressão
representa e evoca a coisa nominada por ela.
Como ocorre aos demais aspectos do pensamento, distingue-se o processo psicológico do resultado
deste processo. Diferencia-se o conceito
resultante do processamento mental da capacidade mental para construir este conceito.
O conceito é a mais elementar das idéias
inteligentes e o instrumento cognitivo mais
simples. É a unidade elementar da estrutura do pensamento e constitui o
primeiro momento da edificação do
conhecimento, inclusive do conhecimento científico.
A conceituação é o passo decisivo do
conhecimento. Completa-se na
nominação, quando se atribui uma designação
ao objeto. Por isso, chama-se conceituação
nominal.
Existe ponderável diferença de
fiabilidade e de validade entre a
conceituação vulgar e a conceituação
científica.
A transformação da palavra (recurso verbal
do conhecimento vulgar) em termo (instrumento do
conhecimento científico) assinala uma diferença
essencial da comunicação.
Características da linguagem científica:
= objetividade, = clareza, = exatidão, = brevidade, = diretividade, = afirmatividade.
Os conceitos podem variar segundo o conteúdo que
comunicam (sobre o concreto e o abstrato, p.
ex); isto se observa com a diferenciação dos conceitos
do senso comum dos conceitos superiores
(filosóficos e científicos), quando são avaliados em
termos de sua exatidão e da verossimilitude de seu
significado.
O mesmo acontece quando se diferencia conceitos
referentes a uma crença, um mito ou um
conhecimento sobre a natureza ou a sociedade. Os conceitos científicos devem ser exatos e, sempre que
possível, devem ter conhecida sua probabilidade
de veracidade (verossimilitude).
Todo conceito, por maior que seja sua objetividade e por mais objetivo que seja seu objeto está, sempre, mais ou menos sujeito à influência dos valores da cultura, aos padrões de
pensamento vigentes e às atitudes de quem o
elabora.
Denominam-se construtos às criações mentais, como conceitos, proposições e
teorias. Todos sofrem infuência de fatores
objetivos e subjetivos, naturais e culturais porque são criações subjetivas, por
mais que possam corresponder ou refletir a
realidade objetiva.
Distingue-se nos conceitos a extensão (universo de objetos que abarca) e conteúdo (atributos ou qualidades da coisa
conceituada). Também se destaca seu
caráter dinâmico; enriquecem à medida que se ampliam os dados sobre o objeto e, por isto, mudam sua forma, seu conteúdo ou
ambos.
A nominação é o momento mais importante da construção
do conceito de um objeto. Construir um conceito é um processo simultaneamente psicológico, lógico e cultural pelo qual, em primeiro lugar,
tendo se evidenciado seu objeto e o sujeito estruturado alguns elementos descritivos.
Na estrutura cognitiva das enfermidades seu
diagnóstico é sempre um conceito.
No caso, um construto sobre o estado patológico de um objeto material – o enfermo
ou doente.
A descrição é o primeiro momento, quando a
pessoa que conhece se apropria das propriedades
aparentes do objeto conhecido.
e força
Em um segundo momento, estabelece-se algumas
relações entre o objeto e suas propriedades
reconhecidas na descrição (momento analítico).
O terceiro momento (momento sintético da
descrição), quem conceitua elege a(a)
propriedade(s) mais geral e mais essencial para
sintetizar a idéia do objeto ou fenômeno conceituado.
Idéia, Objeto e Palavra As 3 dimensões conceituais -
objeto, idéia e palavra, embora sejam três categorias da teoria
do conhecimento e três fenômenos individualizáveis na
medida em que cada uma destas coisas tem sua própria
definição, estão sempre inteiramente integrados na
unidade lógica e psicológica do seu conceito.
O conceito integra e sintetiza a palavra, a idéia e a coisa
conceituada em um amálgama lógico e psicológico único. Igualmente, sabe-se que o
conceito, ao apontar para as características mais gerais e
mais essenciais da coisa conceituada, cria as condições para que ela seja explicada e
definida.
Não existe qualquer conceito que não constitua uma síntese
integrada dessas três instâncias inseparáveis em sua unidade (idéia, coisa e palavra) e que, por causa de seu valor
na estrutura conceitual, podem ser denominadas dimensões conceituais, porque sem elas não pode existir um conceito
ou uma categoria.
Palavra e Significado Um vocábulo só é chamado de
palavra se tiver significado. Além de indispensáveis à
comunicação, as palavras são usadas para formar
proposições ou juízos, que são figuras lingüísticas nas quais se afirma ou nega algp em relação
a um objeto ou a processo.
Quando se considera a significação das palavras,
principalmente seus significados articulados em juízos (como os enunciados científicos, por exemplo), é
possível lhes reconhecer três espécies de significação e o conhecimento delas permite
entender melhor o emprego dos termos científicos.
Um enunciado qualquer pode ter os segintes significados:
um significado lógico quando pode ser declarado verdadeiro ou falso unicamente a partir de seus termos (como os teoremas
ou enunciados, como em: os homens não são mulheres);
um significado factual - além de incluir termos com significado,
significa algum fato ou conjunto de fatos, como nas
ciências, por isto chamadas de factuais; e
um significado expressivo quando o não tem significação (como as interjeições) ou comunicam significado diverso do que contém (como as metáforas e outras figuras de linguagem).
Define-se signo como qualquer sinal ou objeto capaz
de produzir a evocação do onjeto que ela simboliza
. O signo é um símbolo de uma coisa (objeto ou fenômeno) que permite a comunicação
sobre ela.
• O significado é a o conteúdo do conceito, apesar de seu
caráter abstrato. É seu elemento mais importante, aquele que o caracteriza e
qualifica.
• A palavra á sua forma, seu envoltório concreto, sua
dimensão material.
• O significado é a representação mental de uma forma ligüística, o
conteúdo simbólico de um signo (no caso, uma
palavra), qual objeto ou fenômeno que aquela
palavra denomina e ao qual se refere em sua função
comunicativa.
• Símbolos de símbolos
Categorias essenciais para entender o que é básico na
comunicação científica, ainda que se apliquem em
todos os processos comunicativos inteligentes,
mesmo sem qulquer pretensão de cientificidade.
Semântica é o capítulo da semiótica que estuda os sistemas de signos como meios de expressão do
significado, o significado dos signos.
A linguagem consiste na produção e no entendimento
das palavras como signos verbais, significados.
Enquanto a fala se limita à articulação, emissão e pronúncia das palavras
enquanto conjuntos vocálicos, significantes.
Os sintomas, as síndromes e outras
características clínicas das enfermidades são os signos das enfermidades e os diagnósticos seus
conceitos.
Na semiologia médica, os sintomas e outras
características clínicas, são tão importantes como as palavras.
A forma lingüística é uma maneira de mencionar a
palavra carregada com seu significado; a relação entre o significado e o significante.
Os sintomas, síndromes e enfermidades (ou doenças) são
categorias médicas.
Seus diagnósticos são signos de complexidaded diferentes.
Signos Importantes da Semiologia Médica
Sinais, Sintomas (objetivos e subjetivos), Antecedentes,
Curso da Enfermidade, Idade, Sexo Gênero, Características Físicas, Psicológicas, Sociais e
Ambientais da Pessoa.
Em geral, os conceitos descritivos (construídos a partir
do conhecimento de características da aparência e
da forma das coisas que designa) apenas se completam, na medida em que a descrição se torna mais ampla e exata,
para estabelecer as regularidades estáveis no objeto conceituado e a explicação de
sua existência.
Já os conceitos explicativos (estruturados sobre as
explicações, isto é, os dados essenciais e de conteúdo, referentes aos procesos
internos do objeto conceituado), podem mudar radicalmente por ter havido uma substituição importante
da explicação.
Os conceitos científicos devem ser, necessariamente, exatos,
estáveis e, portanto, destituídos de ambigüidade.
Um termo é o vocábulo ou um grupo vocabular simples que
tenha significação estrita e bem definida, devendo ser
empregado apenas para expressar um conceito ou uma
categoria científica.
A validade de um conceito científico é dada nas ciências factuais pelo reconhecimento
da sua consonância com a realidade que pretende
expressar.
A fidedignidade de um conceito é dado pela extensão de
indivíduos o empregue com o mesmo significado.
Uma Classificação de Enfermidades ou
Doenças deve se referir apenas àqueles objetos.
A noção de transtorno (disorder), destina-se a fugir ao conceito de enfermidade
misturando em um só conceito três objetos
qualitativamente diferentes – o sintoma, a síndrome como
se fossem enfermidades, fingindo que são iguais.
3 NOMINAÇÃOou Conceituação Designativa
A nominação conclui a estrutura conceitual e
permite a elaboração um sistema de sinais em que o nome da coisa passa a significar a idéia ou uma representação do objeto
nominado.
Os simbolos verbais da linguagem comum se denominam palavras,
enquanto os da linguagem científica são chamados termos e seu coletivo terminologia
Embora palavras e termos pareçam iguais, os tipos de conhecimento e de
simbolização, na cognição comum e na científica,
existe ponderável diferença de fiabilidade e
de validade entre a conceituação vulgar e a conceituação científica.
A transformação da palavra (recurso verbal do conhecimento vulgar) em
termo (instrumento do conhecimento científico) assinala uma diferença
essencial da comunicação (de vulgar para científica).
O significado de uma palavra pode conter numerosos sentidos.
Os termos não podem.
4 EXPLICAÇÃO ou Conceituação
Explicativa
Em Filosofia da ciência, o termo explicar pode abrigar três sentidos diferentes, ainda que bastante próximos e
estejam freqüentemente superpostos:
1. Etapa da investigação científica
que consiste em esclarecer a essência
de um objeto ou fenômeno estudado;
2. Processo do desenvolvimento
cognitivo que conduz ao esclarecimento do
conteúdo de uma certa unidade sistêmica, da
qual os seus elementos possam ser
independentes e diferenciados uns dos
outros;
3. Procedimento lógico-metodológico de
substituição de um conceito proveniente do
conhecimento comum ou da representação habitual e
corriqueira de um objeto ou fenômeno qualquer, ambos imprecisos, por um conceito
científico exato.
As explicações são análogas às conclusões lógicas e não podem ser entendidas fora
de sua referência.Tais modalidades de
explicação científica são:explicações dedutivas,
explicações probabilísticas e explicações genéticas.
A explicação dedutiva pode ser entendida em diversos
planos de significação: raciocínio imediato,
raciocínio descendente que vai do geral ao particular, derivação do concreto a partir do abstrato. Aqui, estão entendidas como
processo lógico oposto à indução.
Um conceito explicativo é um conceito cujo conteúdo
essencial ultrapassa os limites da descrição e encerra uma explicação. Assim como a
explicação completa a descrição, o conceito
explicativo completa o conceito descritivo. E a origem do objeto
estudado é uma das manifestações mais
importantes do procedimento explicativo
Em Medicina, o conceito de explicação (de uma
enfermidade) sempre se confundiu com a noção de
causalidade e o entendimento de seus
mecanismos patogênicos (etio-patogenia).
Para os médicos, explicar uma ocorrência clínica e
tretá-la depende de conhecer sua causalidade
e entender os mecanismos patogênicos
pelos quais se formam seus sintomas.
5 DEFINIÇÃO
O termo definição significa: a) o enunciado dos
atributos essenciais e específicos de algo, de
modo a fazê-lo inconfundível com outro,
ainda que semelhante; além do que pode significar
manifestar-se com exatidão, esclarecer precisamente;
b) estabelecer o significado de nomes ou de outros signos empregados;
definir também pode encerrar o sentido de
demarcar, fixar, estabelecer; decisão,
decreto; ajuizar o sentido ou o objetivo de certos
conceitos como: interpretação;
c) declaração, resolução, decisão, explicação. Estes muitos sentidos refletem a
multiplicidade de significações desta
expressão no conhecimento comum
(mesmo culto).
Classicamente se denomina definiendum ao
símbolo ou coisa que estiver sendo definido; e
definiens, os termos empregados em uma
definição.
A definição é um instrumento do
conhecimento científico que emprega o dado essencial do objeto
estudado que foi levantado na explicação. Pode-se reconhecer na definição
apenas uma maneira particular e padronizada de
expor a explicação.
Pode-se dizer que a definição é o segundo nível de sintetização do conhecimento sobre o
objeto, depois da primeira síntese havida na
conceituação; uma síntese a partir de suas relações
com outras coisas.
A definição comum é aquela da linguagem comum, com a qual é
dicionarizada. Padece do defeito adicional de
parecer conhecida pela familiaridade que se tem
com ela, o que é mais um fator de tendenciosidade.
A definição científica deve ter sentido preciso
com o qual é empregado na terminologia científica e é construída com mais
rigor e exatidão, permitindo maior certeza
e precisão.
Diretrizes para uma definição aceitável como
instrumento do conhecimento científico:
a) a definição deve ser mais clara que o ente definido e indicar seus
atributos essenciais, tanto em termos de sua situação
genérica, quanto específica;
b) a definição deve ser conversível simplesmente
com o definido (a decodificação de seu significado deve ser
imediata e direta) e não ser excessivamente ampla ou demasiadamente estreita (guardar correspondência com o definido, i. é, deve
conter todo o definido e só o definido);
c) em uma definição deve ser vedado o recurso do
círculo vicioso ou a tautologia (definir com o
definido, a fórmula definidora não deve conter
a palavra definida nem nenhum sinônimo direto
dela); d) para definir não deve ser negativa quando puder
ser afirmativa;
e) uma definição não ser expressa em linguagem
ambígua, obscura ou figurada (sendo proibido usar qualquer figura de
linguagem).
O Diagnóstico Nosológico é a melhor definição de um estado de enfermidade.