1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério,...

22
1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, [email protected] UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010 UC “Desenvolvimento Rural” Licenciatura em Engenharia Florestal

Transcript of 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério,...

Page 1: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

1

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

Luís Tibério, [email protected]

UTAD/ECHS/DESG/CETRAD19-04-2010

UC “Desenvolvimento Rural”

Licenciatura em Engenharia Florestal

Page 2: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

2

Regulamentos (CEE) 2081/92 e 2082/92: Diversificação da produção; Promoção de certos produtos; Tradicionalidade/Especificidade; Origem geográfica; Modos particulares de produção; Trunfo importante; Mundo Rural; Zonas desfavorecidas; Melhoria dos rendimentos; Fixação da população

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

Page 3: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

3

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

SUMÁRIO:

1. Revisitando conceitos associados

2. Produtos qualificados: o caminho percorrido.

3. Contributo dos produtos locais (qualificados) para o desenvolvimento local

Page 4: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

4

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

Produtos locais qualificados

Tradicional

Qualidad

e

Qualificação

Page 5: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

5

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

1. Revisitando Conceitos

A. A noção de produto agrícola e agro-alimentar tradicional

Page 6: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

6

origem geográfica ? antiguidade?

métodos de produção/ elaboração?

costumes associados à sua produção?

costumes associados ao seu consumo?

O Conceito tradicional: múltiplos significados

Page 7: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

7

típicos específicos artesanais

caseiros de qualidade

de qualidade específica

de qualidade particularde qualidade superior

produtos da terra

O Conceito tradicional: múltiplos significados

Page 8: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

8

Apresentam características específicas próprias de uma região.

Fazem parte da cultura e do património.

Possuem uma história.

São bens diferenciados, que derivam de recursos naturais locais, distintos.

Originários de zonas rurais com dificuldades de desenvolvimento.

Bens resistentes.

O Conceito tradicional: múltiplos significados

Page 9: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

9

Portadores de ligações ao território, à produção e ao consumo.

Frequentemente apelidados de típicos, específicos e de qualidade.

Fundamentais para o desenvolvimento das regiões de onde são originários.

O Conceito tradicional: múltiplos significados

Page 10: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

10

Características diferentes do produto substituto ou clássico.

Percebido como diferente pelo consumidor.

A tecnologia de produção deve ser diferente.

O Conceito tradicional: múltiplos significados

Page 11: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

11

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

1. Revisitando Conceitos

B. O conceito de qualidade

Page 12: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

12

“no nosso mundo agro-alimentar há poucas equipas comerciais, que sabem descrever o que é a qualidade. Sabem falar dela, mas quando se trata de colocar preto no branco é sempre muito mais difícil” (Eymard-Duvernay, 1995: 46), citando Boisard e Letablier (1992)

“qualidade é um conceito vazio, pese embora dela falemos constantemente” (Rosa,1994).

qualidade é um conceito relativo, subjectivo e dinâmico.

qualidade é um conceito de múltiplas dimensões.

Qualidade: Diferentes dimensões

Page 13: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

13

TECNOLÓGICA

SIMBÓLICA NUTRICIONALQ U

L

IDA

D

EA

Q

COMERCIAL

HEDÓNICA E

ORGANOLÉTICAHIGIÉNICA E

SANITÁRIA

Qualidade: Diferentes dimensões

Page 14: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

14

Ponto de vista da empresa

- QUALIDADE TOTAL -

Ponto de vista da concorrência

- QUALIDADE DIFERENCIAL -

Ponto de vista do utilizador

- QUALIDADE PERCEBIDA -

Ponto de vista da sociedade- QUALIDADE INTEGRAL -

Ponto de vista do produto

- QUALIDADE TÉCNICA -

Qualidade: Diferentes pontos de vista

Page 15: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

15

Qualidade: O tripé

Q

CONSTRUIR

DAR A

CONECERGARANTIR

Page 16: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

16

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

1. Revisitando Conceitos

C. A Qualificação

Page 17: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

17

“Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural”

1. Revisitando Conceitos

C. A Qualificação

Page 18: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

18

Qualificação: o Que é?

DOP IGP ETG

O QUE SÃO PRODUTOS QUALIFICADOS??

Page 19: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

19

DOP/IGP

Uma DOP ou uma IGP é o nome de uma região ou de um local que serve para designar um produto agrícola ou género alimentício que seja originário dessa região ou desse local e cuja qualidade ou características se devem a essa origem geográfica.

Page 20: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

20

DOP

a sua produção, transformação e elaboração tem que ter lugar numa área geográfica delimitada, com um saber-fazer reconhecido e verificado. Tem que se demonstrar que o produto potencialmente beneficiário de DOP tem origem no local que lhe dá o nome, e que tem uma forte ligação com essa região, de tal forma que é possível provar que as características e consequentemente a qualidade do produto é influenciada pelos solos, pelo clima, pelas raças animais ou variedades vegetais e pelo saber fazer das pessoas dessa região.

Page 21: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

21

Para que um produto possa beneficiar de IGP, tem que se demonstrar que pelo menos uma parte do ciclo produtivo do produto tem origem no local que lhe dá o nome e que tem uma reputação associada a essa mesma região, de tal forma que é possível ligar algumas características do produto aos solos, ao clima, ou às raças animais e variedades vegetais ou ao saber fazer das pessoas dessa região.

IGP

Page 22: 1 “Produtos locais (qualificados): que contributo para o desenvolvimento rural” Luís Tibério, mtiberio@utad.ptmtiberio@utad.pt UTAD/ECHS/DESG/CETRAD 19-04-2010.

22

Considera-se produto Específico ou Especialidade Tradicional Garantida (ETG), um produto agrícola ou um género alimentício que:

seja produzido a partir de matérias primas tradicionais, ou tenha uma composição tradicional, ou tenha um modo de produção e/ou de transformação

tradicional esta menção não faz referência à origem, mas tem por

objectivo evidenciar e valorizar uma composição tradicional de um produto ou um modo de produção tradicional

ETG