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edição gratuita ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DA HORTA - N.º 23, 26 DE MARÇO DE 2010 TRIMESTRAL 19 de Março Dia do Pai Carnaval Biodiversidade No interior deste jornal, vais encontrar um cartaz com imagens de mandalas realiza- dos pelas turmas do 6º A, B, D e E. Este trabalho foi realizado nas aulas de Educação Visual e Tecnológica e surgem no âm- bito dos encontros de escolas do Projecto Comenius sob o lema da clube de jornalismo Tendo em conta que a bio- diversidade foi o tema escolhi- do para a edição do jornl deste período, decidimos procurar conhecer um pouco mais so- bre a biodiversidade da ilha do Faial e dá-la a conhecer a quem nos lê. Foi com este propósito que entrevistámos o Director Regional do Ambiente, que tão bem conhece esta realidade na nossa ilha. pág. 2/3 pág. 11/12 pág. 6 O Carnaval também é para os professores O Dia do Pai comemo- rou-se um pouco por todas as escolas da Unidade Orgâni- ca e, no 1º ciclo, as crianças tiveram a oportu- ni- dade de fazer desenhos e criar frases alusivas a este dia especial. AGRADECIMENTOS pág. 13 Genuíno Madruga Genuíno Madruga, o primeiro açoriano a dar a volta ao mundo em solitário, aportou na nossa escola e falou-nos do que viu nas suas duas viagens à volta do mundo. pág. 4 DOP O Clube de jornalismo visita o Departamento de Oceanografia e Pescas, para conhecer o que este Departamento faz para es- tudar a Biodiversidade Marinha nos Açores. pág. 8 opinião Ester Ferraz Bullying “Que família somos? Que escola temos? Que socie- dade queremos?” Roberto Terra Jovens Reflorestadores Alunos da EBI da Horta, ajudam na reflorestação do Aterro Sanitário do Faial. pág. 14

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edição gratuita

ESCOLA BÁSICA INTEGRADA DA HORTA - N.º 23, 26 DE MARÇO DE 2010 TRIMESTRAL

19 de Março

Dia do Pai

CarnavalBiodiversidade

No interior deste jornal, vais encontrar um cartaz com imagens de mandalas realiza-dos pelas turmas do 6º A, B, D e E. Este trabalho foi realizado nas aulas de Educação Visual e Tecnológica e surgem no âm-bito dos encontros de escolas do Projecto Comenius

sob o lema da

clube de jornalismo

Tendo em conta que a bio-

diversidade foi o tema escolhi-do para a edição do jornl deste período, decidimos procurar conhecer um pouco mais so-bre a biodiversidade da ilha do Faial e dá-la a conhecer a quem nos lê. Foi com este propósito que entrevistámos o Director Regional do Ambiente, que tão bem conhece esta realidade na nossa ilha.

pág. 2/3

pág. 11/12

pág. 6

O Carnaval também é para os professores

O Dia do Pai comemo-rou-se um pouco por todas as escolas da Unidade Orgâni-ca e, no 1º ciclo, as crianças tiveram a oportu- ni-dade de fazer desenhos e criar frases alusivas a este dia especial.

AGRADECIMENTOSpág. 13

Genuíno Madruga Genuíno Madruga, o primeiro açoriano a dar a volta ao mundo em solitário, aportou na nossa escola e falou-nos do que viu nas suas duas viagens à volta do mundo.

pág. 4

DOP

O Clube de jornalismo visita o Departamento de Oceanografia e Pescas, para conhecer o que este Departamento faz para es-tudar a Biodiversidade Marinha nos Açores.

pág. 8

opinião

Ester FerrazBullying

“Que família somos? Que escola temos? Que socie-dade queremos?”

Roberto TerraJovens Reflorestadores

Alunos da EBI da Horta, ajudam na reflorestação do Aterro Sanitário do Faial.

pág. 14

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02 26 de Março de 2010

à conversa com

Soubemos que na Caldeira da nossa ilha a vegetação infes-tante está a ameaçar o habitat das espécies endémicas. O que está a ser feito para solucionar este problema?É verdade. Esse é um problema e particularmente grave no caso da Caldeira do Faial porque tem al-gumas espécies importantes para a natureza dos Açores e outras, in-vasoras, que estão a ocupar o seu espaço. Talvez seja necessário explicar o que é um organismo invasor… Sempre que uma nova espécie entra numa área, à qual não pertence naturalmente, e por acção do homem, ela ganha o nome de “exótica” ou “alieníge-na”. Se essa espécie causar danos em qualquer dos ecossistemas naturais aí existentes, então toma o nome de “invasora”. Temos então na Caldeira as es-pécies “naturais” (que existem nos Açores independentemente do auxílio do homem), como a maioria dos fetos, incluindo as “endémicas” dos Açores (que apenas existem num determinado território), como a rara alfacinha ou o cedro do mato, que lutam contra as invasoras como a con-teira e a hortênsia. Para inverter a decadência das primeiras, é necessário intervir. Nos anos anteriores estivemos retidos em áreas como o Monte da Guia e o Morro de Castelo Branco, zonas também muito importantes do ponto de vista ambiental, e, este ano, iremos encetar acções para a erradicação da flora invasora na Caldeira.Sabemos que a Secretaria Re-gional do Ambiente está a intervir na preservação do património natural do Monte da Guia. Pode contar-nos, com mais pormenor, o que está lá ser feito?A acção essencial é a erradica-ção de cana, outra invasora, e o plantio de flora natural, como o pau-branco. Algumas das acções, como a que decorrerá no dia 10

de Abril, são voluntárias, pelo que qualquer pessoa pode aparecer e participar. Participem! Outras acções são profissionais e resul-tam da contratação de empresas especializadas nesta matéria.Para além disso, para que todos entendam o nosso mundo natural, temos recuperado trilhos que per-mitem a visitação de locais sem os estragar e recuperado edifícios que funcionem como Centros de Interpretação, para explicar di-versos temas ambientais. Temos conhecimento, através do Departamento de Matemáti-ca e Ciências da Natureza da nossa escola, que a Lixeira da Praia do Norte está a ameaçar a existência da camarinha, que é uma espécie vegetal endémi-ca. Que medidas estão a ser tomadas para que a lixeira não provoque o desaparecimento da camarinha?De facto, o espaço ocupado pelo crescimento do aterro está a colo-car em causa a nossa camarinha, que era uma das espécies favori-tas do Professor Faria de Castro. Para interromper este ciclo de destruição, iremos construir um Centro de Resíduos. Ou seja, iremos deixar de enterrar os re-síduos e passaremos a convertê-los num composto utilizável em agricultura e jardinagem ou a transferi-lo para outros locais onde o volume acumulado per-mita a sua reciclagem ou valori-zação.Apesar da biodiversidade ser uma característica deste nosso planeta e que nos compete pro-teger, há determinados seres que por ameaçarem outras espé-cies ou os bens das populações, têm sido alvo de especial aten-ção, no sentido de diminuir o seu número. Estamos a referir-nos ao escaravelho japonês e aos ratos. O que está a ser feito para conter a prolife-ração destas espécies?Pois é, para além das plantas, também há animais invasores… Os ratos são um problema e estão permanentemente a ser combati-dos pelos colegas responsáveis pelo Departamento de Agricul-tura do Governo Regional. Para além destas, o nosso Departa-mento de Ambiente está, em co-laboração com a Sociedade para o Estudo das Aves, a dirigir um projecto para desenvolver méto-dos para erradicar ratos em ilhéus e ilhas. Os trabalhos estão a ser desenvolvidos na Ilha do Corvo e no Ilhéu de Vila Franca em São Miguel e podem ser seguidos através do Blog do projecto.O que acontece em relação ao es-caravelho japonês, curiosamente, é um pouco diferente. Fizeram-se grandes acções de erradicação,

“Sempre que uma nova espécie entra numa área, à qual não pertence naturalmente, e por acção do homem, ela ganha o nome de “exótica” ou “alienígena”. Se essa espécie causar danos em qualquer dos ecossistemas naturais aí existentes, então toma o nome de “invasora”.

sem grande sucesso na Ilha Ter-ceira. No entanto, recentemente, os números desta praga agrícola começaram a diminuir. Já na ilha do Faial, começaram a aumen-tar e estão aparecer os primeiros na Ilha das Flores. Ou seja, dá ideia que o ambiente das ilhas se adapta à espécies e, natural-mente, o começa a combater. Os cientistas dão um nome a esta fase final de uma invasão, chamam-lhe naturalização. Por-tanto, os escaravelhos, com o tempo, ir-se-ão também natu-ralizar na Ilha do Faial e depois nas Flores, deixando de ser um grande problema.Infelizmente, no caso dos ratos, como se alimentam de restos de alimentos e lixos humanos não se antevê uma fase de naturalização a menos que alteremos os nos-sos hábitos. Apenas com “lixo zero” poderemos combater, com eficiência, os ratos das nossas ilhas.Qual o balanço que faz da últi-ma campanha de protecção ao cagarro?Não sei bem… Ou seja, houve

mais pessoas a participar, mais entidades envolvidas, menos luzes ligadas nesse período e muita animação durante a Cam-panha desde a Ilha de Santa Maria até ao Corvo. Tudo isto é positivo. No entanto, sal-varam-se menos aves do que em 2008. Será que fomos menos eficientes? Será que há menos aves? Os cientistas dizem que como houve havia lua-cheia, devem ter caído menos aves. Se isto se confirmar, então foi uma grande Campanha, porque significa que as poucas aves que caíram ao sair dos ninhos, as tais 3866, foram salvas! Melhor que esta Campanha de 2009, apenas a 2010! Verdade?!Sente que a população tem aderido à sensibilização feita pela Secretaria Regional do Ambiente?Às vezes fico muito optimista. Quando vejo as pessoas a par-ticipar nas diferentes acções ambientais, sejam elas dinam-izadas por nós ou por outras enti-dades, como as organizações não governamentais para o ambiente

Se todos nós colabo-rarmos com a Câmara

Municipal, fazendo a separação dos resíduos em casa, na escola e no

trabalho, teremos também excelentes resultados a esse nível. Mas tem de

haver uma contribuição de todos.”

Penso que podem escrever à Câmara Mu-

nicipal a indicar sítios onde, na vossa opinião,

devessem colocar ecopon-tos. Eles iriam agradecer a

colaboração.”

a gestão dos resíduos, o combate à flora inva-

sora, a boa utilização da água doce e dependência

de combustíveis fósseis ainda nos preocupam

muito.

Algumas das acções, (de preservação do pat-

rimónio natural) como a que decorrerá no dia 10

de Abril, são voluntárias, pelo que qualquer pessoa

pode aparecer e participar. Participem!

entrevistaMilene RodriguesMarcelo SousaFilipa Silva

fotografiaJosé Junqueira

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Frederico Cardigos

26 de Março de 2010 03

Nasceu a 3 de Outubro de 1970. É licenciado em Biologia Marinha e Pescas pela Universidade do Al-garve e possui o Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza pela Universidade dos Açores. É Assistente de Investigação e desde 1994 trabalha no Departamento de Oceanografia e Pes-cas (DOP) e no Centro do Instituto do Mar da Univer-sidade dos Açores. Dirigiu diversas expedições cientí-ficas marinhas.Organizou e manteve o núcleo de imagem e multimédia do DOP, o ImagDOP, tendo dinamizado a página Internet de informa-ção interna, IntraDOP, e a base de dados de mergulho turístico nos Açores, ScubAzores. Desenvolveu uma intensa actividade na área da divul-gação científica e educação ambiental marinha tendo, nesse âmbito, publicado mais de 70 artigos e escrito 15 programas de televisão. Realizou diversas palestrasrelacionadas com ambiente marinho dos Açores.Faz fotografia subaquática, tendo publicado fotografias em livros, revistas, jornais e outros. Foi considerado um dos “Cem Nomes do Mergulho em Portugal” pela revista de actividades subaquáticas Mundo Submerso.Participou na organização de diversos projectos considerados de elevado interesse para a Região Autónoma dos Açores como o Pavilhão dos Açores na Expo98 e o Congresso Internacional sobre Política Marítima Europeia e as Regiões.Actualmente, ocupa o cargo de Director Regional do Ambiente.

Frederico Abecassis David Cardigos

“comparando os comportamentos com o que se passava há uns anos atrás, tenho a certeza que a sensibilização tem tido sucesso e tem sido eficiente. Mas ainda falta alguma coisa…”

(como a Azórica no Faial), fico realmente a pensar que os com-portamentos ir-se-ão alterar. Mas, quando vejo as pessoas a deitar lixo no chão ou a plantar flora invasora (como as hortênsias), então fico com a sensação que ainda temos um caminho longo a percorrer. De qualquer forma, comparando os comportamentos com o que se passava há uns anos atrás, tenho a certeza que a sensi-bilização tem tido sucesso e tem sido eficiente. Mas ainda falta al-guma coisa…A Câmara Municipal da Horta tem-se preocupado em criar condições para que as popula-ções possam separar os resíduos sólido urbanos. Que contributo tem dado a Secretaria Regional do Ambiente para ajudar a au-tarquia nesta missão?A responsabilidade da gestão dos resíduos em “baixa” é das Câma-ras Municipais. Ou seja, quem tem por missão colocar ecopon-tos e fazer a recolhas dos lixos, é a Câmara. No entanto, a respon-sabilidade de gestão em “alta” é do Governo. Explicado de outra

forma, é o Governo que tem que garantir que os resíduos que não forem colocados no aterro têm um destino mais nobre. É por essa razão que iremos construir o tal Centro de Resíduos que mencionava atrás. Claro que apenas é possível fazer estas obras com um entendimento perfeito entre o Governo, neste caso em particular da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, e todas as autarquias. Felizmente, esse en-tendimento existe.Como sabemos, a recolha e separação do cartão na nossa ilha está a ser um êxito. Tem a mesma opinião relativamente à recolha do plástico e do vidro?Penso que sim. Estão criadas as condições para que tudo corra bem: há ecopontos, o centro de triagem está a funcionar e o relacionamento com a Sociedade Ponto Verde, que recebe os re-síduos no Continente, é boa. Apenas falta que haja uma maior adesão das pessoas. Se todos nós colaborarmos com a Câmara Mu-nicipal, fazendo a separação dos resíduos em casa, na escola e no

trabalho, teremos também ex-celentes resultados a esse nível. Mas tem de haver uma contri-buição de todos.Uma das queixas da população é que os ecopontos se enchem muito rapidamente. Está previs-ta a colocação de mais ecopontos pela ilha?Essa é uma das questões rela-cionadas com a recolha de re-síduos em “baixa”, portanto, diz respeito à Câmara Municipal. Sem me querer substituir na res-posta, parece-me que o número de ecopontos tem crescido e já apresenta uma rede interessante. Evidentemente, ainda terá que crescer mais um pouco. Penso que podem escrever à Câmara Municipal a indicar sítios onde, na vossa opinião, devessem co-locar ecopontos. Eles iriam agra-decer a colaboração.Para quando é que está previs-ta a chegada da máquina que permitirá separar os metais na Central de Triagem?A Central de Triagem da Horta está entre a responsabilidade de re-colha em “baixa” e as obrigações

do Governo de gerir o sistema em “alta”. Assim, estabeleceu-se uma parceria para que o Governo auxilie a aquisição do separador de metais. Logo que esteja con-cluída a aquisição e a sua insta-lação poderemos começar a colo-car também as latas no ecoponto amarelo.Os Açores são ilhas muito pro-curadas pela sua beleza natural. Acha que as medidas que têm vindo a ser tomadas para a sua preservação são suficientes?Temos que ser exigentes connos-co próprios. Nunca serão “sufici-entes”. Temos sempre que ambi-cionar fazer mais e fazer melhor. De qualquer forma, pelo facto de termos sido considerados o segundo melhor arquipélago do mundo em termos de turismo sustentável (e há centenas de ar-quipélagos no mundo), o Pico ter sido considerada uma das vinte melhores ilhas para se viver (e há dezenas de milhares de ilhas no mundo), o destino Açores ser o terceiro melhor do mundo para a observação de cetáceos e termos cinco locais nos 21 finalistas das maiores maravilhas do mundo natural de Portugal, penso que estamos a percorrer um caminho muito interessante. No entanto, questões como a gestão dos re-síduos, o combate à flora invasora, a boa utilização da água doce e dependência de combustíveis fósseis ainda nos preocupam muito. Teremos que aprender a ultrapassar essas dificuldades. Para terminar. Porque razão é a Hortênsia o símbolo dos Açores, não sendo esta uma planta de origem açoriana?É uma planta bonita e é uma questão histórica. Há dezenas de anos atrás, quando se tomou a de-cisão de adoptar para símbolo do turismo dos Açores uma planta que transparecesse beleza e na-tureza, não havia sensibilidade para a importância das espécies naturais e para o perigo que constituíam os organismos inva-sores. Hoje já se sabe, mas o sím-bolo é mesmo muito conhecido a nível internacional… Que fazer? Por mim, mudava sem hesitação, mas os peritos em comunicação acham que seria uma perda, dado o investimento já realizado. E qual é a vossa opinião? Consideram que devíamos mudar? E para que símbolo? Se houvesse uma votação eu optava pela Azorina porque me parece uma das flores mais bonitas do mundo inteiro e apenas existe nos Açores. Mas também poderia ser a silhueta do Pico ou a cauda de um cacha-lote… Há tantas e boas opções que até isso seria um problema. Curiosamente, era um problema que eu gostava de enfrentar.

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Características principais:

Comprimento total: 11.4 m Comprimento do casco: 10,97 m Linha de água 10,15 m Largura 3,6 m Calado 1.71m Altura do mastro 16.65 m Área da vela descida 95,7 m2 Tanque de água doce 300 lts. Tanque de combustível(diesel) 90 lts Motorização Volvo MD 2030 (29hp) Equipamentos Extra: Paineis Solares 2x75 Watt Aerogerador 400 Watt Dessalinizador --- Lt/h Baterias 2x190A/h + 2x100A/h

Genuíno Madruga tem como fiel companheiro dos mares, o seu iate de nome Hemingway, um Bavaria 36, de construção alemã, com o interior revestido de mogno africano.

Qual a sensação de ser o primeiro açoriano a fazer uma viagem de circum-navegação?Aliás não é uma, já são duas viagens à volta do mundo. Foi qualquer coisa com que eu sonhei já há muitos anos, quando tinha a vossa idade e finalmente consegui fazer.Quando está no mar como se sente?Sinto-me muito bem, porque gosto muito de estar no mar, aliás eu não posso viver sem o mar. Comecei a ir para o mar quando tinha a vossa idade. O meu primeiro barco fui eu que o construí, quando tinha doze anos. Como é o dia-a-dia de um navegador solitário?

Bom é preciso arrumar as coisas todas a bordo, fazer a navegação, fazer a comida… enfim, fazer tudo o que é necessário para o bom funcionamento do barco no mar.Na sua primeira viagem não teve medo que algo horrível acontecesse? Não pode haver medo. Se fi-carmos com medo não consegui-mos navegar. É preciso ter em conta que o mar tem perigos, por isso é preciso ter os cuidados ne-cessários para que nenhum mal nos aconteça, a partir daí não há que ter medo. Qual foi o local mais difícil de passar?O local mais difícil de passar foi a dobragem do Cabo Horn, que fica próximo da Antárctida. Essa é a passagem mais difícil de se fazer, aliás, esse local é conhe-cido por ser o maior cemitério de navios de todo o mundo.Nesta última viagem, já a caminho dos Açores, teve um grande contra-tempo que quase o impediu de completar a viagem. Pode-nos contar o que aconteceu? Tinha saído de São Maranhão, no nordeste do Brasil há quatro dias quando, já a caminho dos Açores, apanhei uma tempestade repentina, que partiu o mastro do Hemingway. Com material que

tinha no barco improvisei uma vela mais pequena e cheguei aos Açores com oito dias de atraso, mas o que importa é que cheguei.Dormia aproximadamente quantas horas por dia?Nem sempre se pode dormir, porque o tempo não o permite. Quando está mau tempo o barco mexe muito e não se consegue descansar. Outras vezes, quando se navega junto à costa ou em sítios de muita navegação, temos de estar sempre vigilantes porque a segurança é mais importante do que dormir.Qual foi a principal dife-rença entre a primeira e a segunda viagem?Fundamentalmente foi a passa-gem do oceano Atlântico para

o oceano Pacífico. Na primei-ra viagem passei pelo canal do Panamá e nesta última, desci toda a costa da América do Sul e passei para o oceano Pacífi-co pelo Cabo Horn. Foi esta a principal diferença. De todos os sítios, e culturas que conheceu qual a que mais o fascinou?Havia muito que dizer acerca disso, mas creio que todos os Continentes me fascinaram. São culturas muito diferentes da nossa, muito interessantes de conhecer.Está a pensar fazer mais al-guma viagem?A pensar estou, mas creio que já não vou fazer mais nenhu-ma.

04 26 de Março de 2010

Genuíno Madruga, o primeiro açoriano a dar a volta ao mundo em soli-tário, aportou na nossa escola e falou-nos do que viu nas suas duas viagens à volta do mundo.

Clube do Mar traz o Navegador Genuino Madruga à nossa Escola

EntrevistaInês JunqueiraMaria Menezes

FotografiaJosé Junqueira

No dia 15 de Janeiro a convite do Clube do Mar, veio à nossa escola

o navegador Genuíno Madruga para apresentar uma palestra sobre as suas viagens à volta do mundo em veleiro solitário.Na palestra Genuíno falou-nos dos países que visitou dan-do-nos a conhecer um pouco de cada cultura. Para melhor percebermos o que dizia ia mostrando fotografias das gen-tes e dos sítios por onde passou.Alguns dos alunos, inclusiva-mente eu, ficaram espantados ao ver tantos sítios com a mar-ca da presença portuguesa, mas se pensarmos que na época dos descobrimentos os portugueses viajaram para os quatro cantos do mundo, não nos espantaría assim tanto. Além de muito esforço, Genuí-no também teve momentos de diversão, por exemplo, quando visitou um país onde as pes-soas têm o hábito de comer no chão e com as mãos. Uma das famílias desse país con-

vidou Genuíno Madruga para almoçar em sua casa e para grande espanto dele, tinham a mesa posta, com cadeiras para se sentarem e colheres em cima da mesa. Sinal do esforço que os habitantes fizeram para o receber bem.No final da palestra os alunos foram convidados a fazer algu-ma perguntas, no entanto foram poucos os que as fizeram. Não sei se por timidez ou se por ter sido uma palestra muito bem dada, não necessitando de mais perguntas. Acredito ter sido esta última, a razão pela qual poucas perguntas foram feitas. Por isso é que eu também não fiz nenhuma.

Hemingway

Inês Junqueira

http://www.genuinomadruga.com

Biografia

Açoriano de gema, nas-cido na ilha montanha (Pico, Açores), Genuíno Alexandre Goulart Madruga depressa se fez “filho do mar”. Saiu da ilha e criou raízes na vizinha ilha do Faial, onde reside.Começou cedo na faina da pesca, num pequeno barco que foi sucessivamente substituindo por outros mais apetrechados. Em 1983/84 é o pioneiro da introdução nos Açores das embarcações de pesca cabinadas em fibra de vidro.Em Novembro de 1999, Genuíno Madruga adquire na Alemanha um veleiro em fibra de vidro com 11,1 metros, que baptizou de “Hemingway”. Este experiente homem dos mares Açorianos, fez-se ao mar às 09:00 horas do dia 28 Outubro de 2000 na concret-ização dum sonho e desafio que acalentava há muitos anos: circum-navegar o planeta a bordo de um veleiro.Em 2002, quando terminou a sua viagem foi homenageado pela Assem-bleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, pelas Câmaras Municipais de vários Concelhos dos Açores, inclu-indo todas as do Faial e Pico, e por outras entidades.No dia de Portugal, a 10 de Junho 2003 foi agraciado pelo Presidente da República Portu-guesa, Jorge Sampaio, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

www.genuinomadruga.com/skipper.html

Genuíno Madruga satisfez a nossa curiosidade, sobre como é a vida de um navegador solitário, a bordo de um barco à vela numa viagem à volta do mundo

À conversa com o Clube de Jornalismo

notícia

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Maria Menezes

No dia 11 de Fevereiro realizou-se na nossa es-cola uma “festinha” a

fim de se comemorar o Dia dos Namorados, promovidoapelo Departamento de Línguas Es-trangeiras, na disciplina de In-glês.Assim, para comemoração deste dia, este Departamento

montou uma

pequena barraquinha onde foram vendidos artigos varia-dos, nomeadamente suportes para molduras, bombons, sacos com caramelos, pipocas e sa-quinhos contendo uma caneta, uma lapiseira e uma borracha. O objectivo da venda destes ar-tigos foi para angariar dinheiro para ajudar as vítimas do terra-moto que ocorreu no Haiti.Ao mesmo tempo, a professora Lúcia Serpa, juntamente com alguns alunos, percorriam a escola fantasiados de cupidos. Desconhecemos se atiraram muitas setas e se estas fizeram alguém apaixonar-se, o que é certo é que estavam muito en-graçados.Foi também colocado no átrio do edifício três, um placard para os alunos aí deixarem mensa-gens de amor ou de amizade.Esperamos que esta activi-

dade tenha sido do agrado de todos os namorados que existem na escola e para todos aqueles que ainda procuram a sua cara-metade e nada receberam, só nos resta dizer que não fiquem tristes, porque mais tarde ou mais cedo,

as setas dos cupidos que por aí andam irão acertar-vos. Até lá, não percam a ca-beça que ainda há muito que, estudar até ao fim do ano.

26 de Março de 2010 05

noticias

Filipa Rosa

As Fábulas de La Fontaine e outros contos tradicio-nais ganharam uma nova

vida pela voz da Professora Ester Ferraz, que todas as sextas-feiras à tarde se reúne, na biblioteca da escola, com quem quiser ouvir contos tradicionais.Esta actividade promovida pela professora Ester, à qual deu o nome de “Era uma vez…”, decorre até ao final do ano lec-tivo. Qualquer turma que queira ouvir um conto, pode deslocar-se

à biblioteca, juntamente com o professor com quem estiver a ter aulas, para ouvir as fábulas. To-das as histórias que a professora Ester escolhe para contar aos alunos, são retiradas de livros re-comendados pelo Plano Nacio-nal de Leitura e pretendem dar a conhecer diferentes escritores de literatura infato-juvenil. Segundo a professora Ester, o objectivo desta actividade passa por ensinar os alunos a saberem escutar, a gostarem de ouvir histórias e a procurarem outras por iniciativa própria, desper-tando neles o gosto pela leitura. As sessões contam com bastante participação dos alunos e todos os que já tiveram a oportunidade de ouvir a professora Ester con-tar histórias, manifestaram von-tade de voltar.Como eles, também eu estive lá e fiquei com vontade de voltar.

Era uma vez… O Dia dos Namorados

Colldam Ramos

Na nossa escola alguns alunos do 6º A junta-ram-se para formar o

“Clube Prós-estudantes”, reúnem

às quintas-feiras e têm como objectivo tornar a escola mais divertida. Esta ideia surgiu da ne-cessidade da criação de um espaço de convívio para os alunos que, segundo uma das suas dinamizado-ras, os alunos “já não são crianças de colo” daí pretenderem mais liberdade para decidir como pas-sar os tempos livres na escola. Este clube já existe desde o iní-cio do ano e propõe-se restaurar os quadros que se encontravam abandonados no sótão da Escola. Após esta tarefa, os mesmos serão expostos nos placares da entrada

do edifício três. A primeira iniciativa do Clube foi um Concurso de Desenho e Poesia, tendo sido premiadas as alunas Margarida Salema (6ºB) e Flora Céu (5ºA); paralelamente o Clube atribuiu um prémio de sim-patia à auxiliar de acção educativa Regina Goulart. Saliente-se que apesar de os prémios serem sim-bólicos (tabletes de chocolate), este concurso teve o mérito de en-volver alunos e funcionários, algo inédito nesta escola. Ficaremos atentos às vossas ini-ciativas. Parabéns!

Clube Prós-estudantes

AmorMaria Mendonça

Amor é algo que se senteUm sentimento muito forteMas com os azares de hoje em diaÉ preciso ter muito sorte “Amor é como fogo que arde(...)”Dizia o nosso Luís de CamõesHoje em dia ainda existe Muitos destroça-corações. Para reforçar esta paixãoCelebra-se o dia de São ValentimRecebem-se cartas e postais a perguntar:-Gostas de mim?

Professora Lúcia Serpa como os Cupidos

Ester Ferra

O Projecto de dinamização da Biblioteca “Era uma vez…” pretende reavivar a tradição da narração de histórias como nos eram contadas pelas nossas avós.Os únicos intervenientes são o narrador, o livro e quem queira ouvir uma história. O objectivo essencial é por ex-celência “ouvir as histórias” só pelo prazer de as ouvir, concen-trando toda a atenção na leitura. Lentamente… sem nos aperce-bermos vamos aumentando o nosso vocabulário e desenvol-

vendo a nossa compreensão oral. Lentamente… sem nos aperce-bermos vamos sentindo mais gosto ao folhear, manusear, ob-servar e ler os livros.Desde Janeiro que contamos histórias duas vezes por semana.Até ao dia 12 de Março já lemos: 67 histórias para 415 alunos, de-liciosos ouvintes das turmas do 1º A e B; 2º C e D; 3º F; 4º G, H e J; UNECA – Ocupacional; 5º E, F, H, I e J e 6º H da EB 1,2 António José de Ávila. Obrigado aos professores que levaram as suas turmas e que têm contribuí-do para que esta actividade seja uma realidade.

Manuel Bettencourt

Numa iniciativa do Depar-tamento de Ciências da Natureza e Matemática,

realizaram-se no dia 22 de Mar-ço, diversas actividades alusivas ao Dia Mundial da Água. De entre essas actividades desta-ca-se a recolha da água da chuva em baldes trazidos pelos alunos. A cada balde, estava ligado um cordel, no fim do qual havia um desenho com o objectivo de sen-sibilizar os demais alunos e fun-cionários para a necessidade de preservar a água, que é um bem cada vez mais escasso no planeta. A água recolhida foi, depois, uti-lizada para regar as plantas do re-cinto escolar. Além disso, os alunos elaboraram panfletos a fim de recordar que, no nosso dia-a-dia, devemos mani-festar comportamentos ecológi-cos com objectivo de minimizar os desperdícios da água.

Balanço do Projecto

Dia Mundial da Árvore

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Marcelo Sousa

No dia 12 de Fevereiro, sexta-feira, realizou-se mais uma vez o Desfile

de Carnaval que veio novamente animar as ruas da cidade da Horta. Promovido pela Câmara Municipal da Horta em parceria com a nossa escola, este evento contou com a participação da quase totalidade dos alunos da ilha do Faial, que vieram fantasi-ados conforme o tema proposto, a «Biodiversidade».Por volta das 9.30H, o desfile começava a tomar forma em frente ao Teatro Faialense com os alu-nos da Escola Profissional a abrir o cortejo, seguido dos alunos do pré-escolar, 1ºciclo, 2ºciclo, APADIF e a fechar o cortejo, encontrava-se a escola EB1/JI de Pedro Miguel com os seus fatos de pinguim. Segundo infor-mações por nós recolhidas, esta escola ficou neste lugar, devido à chegada tardia do autocarro que os trouxe de Pedro Miguel. O desfile começou às 10 hora e 30 minutos, hora marcada e todos

os alunos da nossa ilha iniciaram o Desfile de Carnaval deste ano, mostrando a todos aqueles que lá estavam para os ver, os fatos que tinham preparado com os seus professores, nas aulas de EVT e Expressão Plástica.Algumas centenas de pessoas assistiram a este desfile, que percorreu o mesmo trajecto do ano anterior: saída do Teatro Faialense e chegada à EBI da Horta.Dado que o tema proposto para o Desfile de Carnaval deste ano era a Biodiversidade, os alunos apresentaram-se fantasiados de várias espécies de animais que nalguns casos se encontram em vias de extinção: Cagarros; tubarões; leões; golfinhos; etc. As flores também estiveram pre-sentes e acrescentaram um toque mais colorido à nossa cidade, naquele dia.Algumas turmas realizaram ac-tividades para animar a «festa», que foram aplaudidos por todos aqueles que puderam assistir.O que mais me impressionou foi, como é que os alunos tão pequeninos (os do pré-escolar), conseguem fazer máscaras muito bonitas e que são mesmo muito boas. Certamente que este tra-balho só é possível com uma coisa muito importante: o tra-balho de grupo e o apoio dos professores.Quando os participantes chega-ram à nossa escola, tiveram o di-

reito a um lanche ,oferecido pela escola, para re-por as energias

gastas durante o Cortejo.Após o lanche, os alu-nos dirigiram-se para as suas casas para gozar umas «mini-férias» que

bem o mereceram…

06 26 de Março de 2010

Desfile de Carnaval 2010

Milene Rodrigues

Sabias que o Carnaval começa no dia dos amigos?A celebração do dia dos

amigos teve origem na socie-dade rural, quando nas várias freguesias as pessoas se reu-niam, às quintas-feiras, nesses serões eram declamadas poesias e entoavam-se cantigas que lou-vavam a amizade.Hoje em dia, com as suas de-nominações próprias, esses dias são marcados com convívios e

jantares onde vários grupos de amigos se juntam de forma a celebrar a ocasião predominando o divertimento e a alegria de todos.O dia das Amigas e o dia dos Amigos são comemorados por crianças, adultos e até idosos. No dia dos Amigos os homens reúnem-se à volta da mesa e ten-tam divertir-se toda a noite. Algo semelhante acontece na quinta-feira seguinte, grupos de mulheres fantasiadas ou não, tomam de assalto os restaurantes e outros lugares para se divertirem.Na quinta-feira de Amigas eu costumo organizar um jantar em minha casa, cada uma das minhas amigas leva algo para partilhar, depois do jantar vemos um filme, criando assim um ver-dadeiro ambiente de amizade.

A tradição do Dia dos Amigos

Helena Brandão

Carnaval

Ana Costa

A origem do Carnaval não é consensual.Para alguns investigadores

ele tem início no Egipto, com uma espécie de culto feito para louvar uma boa colheita agrária, em que as pessoas, se mascaram, dançam e bebem em torno de fogueiras, afastando, desse modo, as suas preocupações, e saudando o que lhes parecia um bem com danças e cânticos para espantar as forças negativas que prejudicavam a fer-tilidade. Já para outros investigadores, o

Carnaval tem origem na Grécia, em 605 a 527 a.C., com cultos agrários, uma vez que, com o apa-recimento da agricultura, o homem passou a comemorar a fertilidade e produtividade do solo. O Carnaval Cristão passa a existir oficialmente quando a Igreja Católica o oficializa em 590 d.C. Antes, condenava-o por a achá-lo “pecaminoso”. No entanto, as autoridades eclesiásti-cas da época viram-se obrigadas a aceitá-la devido ao sucesso que esta tinha junto das pessoas, tendo imposto cerimónias ofici-ais sérias para conter os excessos que se praticavam durante a festa. A seriedade imposta pela Igreja Católica entrava em contradição com o espírito do Carnaval, que era de folia e divertimento e só em 1545, no Concílio de Trento,

é que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua.A Igreja Católica, que con-siderava tais festejos mundanos, determinou que a folia deveria ser realizada dias antes do início da Quaresma - período de je-jum e abstinência que antecede a Páscoa, momento em que cristãos comemoram a ressur-reição de Cristo, a vitória da vida sobre a morte. O Carnaval, que nunca foi bem visto pela Igreja Católica, ganharia, ao menos na teoria, algum significado. “Por ser de origem pagã e obscena, a Igreja decidiu adoptar essas festas, transformando-as em libertárias na tentativa de domesticá-las. A solução foi determinar que todas as festas do género realizadas na época (século XV) fossem pro-movidas na véspera do início da Quaresma, como uma espécie de compensação para a abstinência que antecede a Páscoa”O Carnaval fixou-se nas cidades de Nice, Roma e Veneza e esp-alhou-se pelo o mundo inteiro o modelo de Carnaval que ainda hoje conhecemos. A festa chegou a Portugal nos sécu-los XV e XVI, recebendo o nome de Entrudo - isto é, introdução à Quaresma.

Biodiversidade

A Origem do Carnaval Sabias que…

Carnaval…É momento de festejar…Carnaval…Foguetes e serpentinas no ar…Carnaval…É festa, diversão e prazer! Carnaval…Vem depressa! Quero-te viver!

Carnaval…Festa e folia…É normalFestejar com alegria!Não faz malMascarar tristeza com magia,Não faz malDisfarçar o real com sabedoria!Não faz mal…Fazer pulsar o coração,Pintar a cara,Dançar até à exaustão!O que importa,É que a máscara seja ArteE não provocação…Porque no CarnavalNinguém Leva a malSe não houver malEm cada coração!

notícia em destaque

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26 de Março de 2010 07

Márcia Silva*

Grupo de alunos do 5º e 6º ano de escolaridade pré-seleccionado para representar a Escola Básica Integrada da Horta nos XXI Jogos Desportivos Escolares que decorrerão numa primeira fase – Fase Zonal – na nossa escola de 26 a 29 de Abril.Desde Outubro que todas as segundas-feiras à tarde os miúdos, acompanhados dos professores de Educação Física, se juntam para ficarem em forma e, desse modo, possam competir por um lugar que lhes permita passar à Fase seguinte – Fase Regional. A todos um bom trabalho!

* Professora de Educação Física

Milene Rodrigues

No dia 26 de Fevereiro, decorreu no Parque da Alagoa, a Fase Regional

do Corta-Mato Escolar, onde par-ticiparam os alunos vencedores da Fase Ilha.O Corta-Mato Escolar está divi-dido em vários escalões, devido à

diferença de idade, por isso é que a nossa escola apenas participou em três delas: Infantis A, Infantis B e Iniciados.No escalão Infantis A femininos ficou em 1º lugar a aluna Raquel Brasil do 6º B da nossa escola, em 2º lugar ficou a aluna Milene Rodrigues do 6ºG e em 3º lugar ficou a aluna Raquel Silveira do 6º D. No mesmo escalão, mas desta vez masculinos, ficou em 1º lugar o aluno João Pedro Vargas do 6º D, em 2º o aluno Antero Miguel, aluno da Escola Secundária Manuel de Arriaga e em 3º lugar ficou o aluno João Vargas do 6ºG, também da nossa escola.Por não nos terem sido faculta-

dos os resultados dos restantes escalões não é possível dar essa informação.Esta prova decorreu dentro de um espírito desportivo, no entanto, não podemos deixar de lamentar o comportamento anti-desportivo de um atleta que ao ver que ía ser ultrapassado impediu outro participante de o fazer com uma cotovelada no estômago. De propósito ou não, o certo é que esse concorrente teve que aban-donar a prova antes de cortar a meta, ficando por isso impos-sibilitado de lutar pelo primeiro lugar no seu escalão. Este não se-guramente o espírito desportivo a que estamos habituados e espera-mos que não se volte a repetir.

Corta-Mato Fase Regional

Decorreu, na sexta-feira dia 26 de Fevereiro, no parque da Alagoa e Fayal

Sport Club, o Mega Sprinter, o Mega Salto. Esta actividade visa a detecção de jovens com velocidade, já que esta é uma capacidade motora condicional transversal à grande maioria das modalidades desportivas. O evento contou com a participa-ção de 47 atletas dos escalões de infantis A e B e de iniciados, pre-viamente apurado na fase escola.Foi mais uma oportunidade de

demonstrar o valor que o Despor-to tem no complemento da for-mação de cidadãos responsáveis. Há regras a cumprir, há entrega e trabalho, há companheirismo, há vencedores e vencidos e, acima de tudo, integração efectiva e valorização pessoal. Parabéns a todos os participantes e em es-pecial a todos os alunos da EB 1, 2 António José de Ávila que demonstraram um espírito des-portivo e elegância.

* Professor de Educação Física

Mega Sprinter Mega Salto

Mega Sprinter Mega Salto

Miguel Mendes*

Mais uma vez o parque da Alagoa, na cidade da Horta, foi palco, no âmbito do Despor-to Escolar, de uma prova de Corta-Mato para apuramento dos atletas que irão disputar a mesma prova a nivel nacional

desporto

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O Departamento de Oceano-grafia e Pescas da Univer-sidade dos Açores (DOP/UAç) foi criado em 1976 no âmbito do então Instituto Universitário dos Açores e tem desde essa altura a sua sede na cidade da Horta. Actualmente é uma das unidades orgânicas da Uni-versidade dos Açores e o seu campus na ilha do Faial.Desde a sua fundação que o DOP assumiu como lema “o conhecimento científico, a conservação da vida marinha e o uso sustentável do Oceano Atlântico na Região dos Açores”. Este lema tem sido partilhado com as sucessivas “gerações” de investigadores e estudantes em ciências do mar que aqui têm estudado e trabalhado.

Fonte: http://www.dop.uac.pt

Departamento deOceonografia ePescas

08 26 de Março de 2010

Sofia Nunes

Sendo este o ano Mundial da Biodiversidade, de-cretado pela ONU, o clube de Jornalismo foi visitar o

Departamento de Oceanografia e Pescas para ficarmos a conhecer melhor o que este Departamento faz para estudar a Biodiversidade Marinha.Fomos amavelmente recebidos pela doutora Ana Colaço, Inves-tigadora auxiliar no DOP, que nos levou numa viagem pelas várias áreas de trabalho deste Departamento.Iniciámos a visita com a observa-ção de fotografias de várias espé-cies de peixes que existem nos Açores. A Doutora Ana falou-nos um pouco de cada um dos seus hábitos alimentares e a que pro-fundidade vivem.Depois dirigimo-nos à secção de mergulho onde se encontra o equipamento que os inves-tigadores usam para estudar os pei xes no seu habitat natural ou recolher amostras necessárias è sua investigação. Aqui fomos recebidos pelo Dr. Raul Bet-tencourt que começou por nos mostrar o compressor que enche

as garrafas com uma mistura de oxigénio e seguidamente o co-lete de mergulho, um fato e o regulador pelo qual se respira. Este equipamento apenas serve para se fazer investigação junto à costa a profundidades que po-dem chegar aos 40 metros. Para se fazer investigação além des-tas profundidades, este departa-mento tem um robot chamado ROV que é operado a partir da superfície pelo Dr. Raul, poden-do descer até uma profundidade de 300 metros, ficando apenas ligado ao barco do DOP através de um cabo.Este robot torna possível ver o que está a grandes profundidades ajudando por exemplo a desco-brir que existem corais de águas frias nos bancos dos Açores. Para termos ideia do que os investiga-dores vêem quando fazem descer o robot, vimos um pequeno vídeo filmado pelo ROV a meio do ca-nal a cerca de 185 metros de pro-fundidade e no banco do Condor.Seguidamente a Dra. Ana Co-laço levou-nos ao laboratório de Química onde fomos apresen-tados ao Dr. Humberto Lopes, responsável por esta área. Neste laboratório pudemos assistir por breves momentos, ao trabalho de uma investigadora que através da contagem dos anéis do osso do ouvido interno de um peixe, de-terminava a sua idade. A cami nho de outra dependência do labo-ratório de química parámos junto de umas arcas congeladoras onde pudemos observar uns mexilhões

que cheiravam a ovos podres e que foram capturados nas fon-tes Hidrotermais que, segundo a Dra. Ana Colaço, são as lixeiras do mar, sendo esta a razão pela qual os mexilhões não se podem comer. Já noutra dependência do laboratório de química encon-tramos outra investigadora que trabalhava num espaço chamado Hot, zona onde os investigadores trabalham e têm umas chaminés que aspiram o ar para os proteger dos gases dos produtos químicos com que estes trabalham. De seguida fomos ao Laboratório de Genética onde se estudam os genes e as moléculas dos peixes. A cientista explicou-nos como se

prepara uma amostra de ova de peixe para ser observada ao mi-croscópio, recolha de dados que serve de suporte ao estudo da sua fecundidade.Depois visitámos o ImagDOP, onde se guardam todos os arqui-vos de imagens e vídeos, que está a cargo do Dr. José Nuno.Finalmente, tivemos o privilé-gio de mergulhar num banco de corais de água fria, onde se des-tacam pela sua beleza os corais amarelos. Depois deste mergulho e regressados à superfície, isto é, já fora do contentor onde es-tavam os aquários com os corais de água fria, todos foram unâ-nimes em considerar que este

espaço foi aquele de que mais gostámos.Depois desta visita, ficámos im-pressionados com a quantidade e a qualidade do trabalho desen-volvido por estes investigadores em condições de trabalho tão pouco apropriadas. Felizmente, que está para breve a mudança para novas instalações, onde poderão desenvolver o seu tra-balho cientifico em condições mais adequadas.Por fim, não podemos deixar de referir a forma calorosa como fomos recebidos e conduzidos nesta viagem às profundezas dos mares dos Açores por parte da Dr.ª Ana Colaço. Obrigado!

Departamento de Oceanografia e Pescas

Ana Colaço*

Pediram-me para falar de biodiver-sidade marinha nos Açores. O que é isso perguntam vocês? De uma forma simples são todos os organismos que

vivem no mar dos Açores com todas as suas semelhanças e diferenças. Pensemos numa ida ao supermercado. Se for à secção de frutas e legumes temos, alfaces, cenouras, batatas, maçãs, bananas, pêras, etc. Ora as batatas podem ser para cozer ou fritar e as maçãs podem ser starking, golden, etc. Essa variedade é a biodiversidade no supermer-cado.Se formos agora até às poças junto ao mar, podemos ver imensas algas (vermelhas, castanhas ou verdes), camarões e vários tipos de peixes (cabozes, sargos, garoupas, etc.), assim como caranguejos e águas vivas. Essa é a biodiversidade das poças. Se sairmos das

poças e formos para o mar, se mergulharmos, à superfície veríamos talvez uns chicharri-nhos, uma bicuda, indo mais fundo, veríamos peixes estranhos, pequenos, escuros e com pontos brilhantes e no fundo talvez uns jar-dins de corais, esponjas, uns cavacos e umas bocas negras. Se fossemos até aonde se forma o novo fundo do mar, junto às dorsais oceâni-cas, provavelmente encontraríamos as fontes hidrotermais, com os seus animais diferentes e curiosos (tais como os mexilhões malchei-rosos, os camarões cegos, etc) e milhares de bactérias modernas e primitivas.Mas o mar é um ambiente imenso. Setenta e um por cento da superfície deste pequeno pla-neta, terceiro do sistema solar, a que chama-mos Terra, está ocupada por oceanos. O mar tem vida desde a superfície e zonas costeiras, até ao sítio mais fundo a 11000 metros de profundidade, a Fossa das Marianas.A vida começou no mar, muito antes de invadir a terra. E temos no mar alguns animais bem antigos, como os tubarões e as tartarugas. Apesar do mar ser tão grande e tão importante para a vida na Terra (diria mesmo fundamental), pouquíssimo se sabe sobre ele, e novas espécies estão sempre a ser desco-bertas pela a ciência, sobretudo nas zonas a mais de 200 metros de profundidade, que é a maioria do fundo do mar.Sabias que a lua já está toda cartografada e

que do mar profundo apenas se conhece o equivalente a um campo de futebol? Pois é... longe da vista, longe do coração...No entanto, se a vida no mar desaparecer, a maior parte do oxigénio que respiramos desaparece, pois são as plantas do mar, muito pequeninas (fitoplâncton) que vivem nas águas à superfície onde a luz penetra que uti-lizam grande parte do dióxido de carbono que libertam o oxigénio, durante a fotossíntese.A biodiversidade no mar dos Açores é grande. Estamos numa zona especial, onde existem montanhas no fundo do mar, fontes hidrotermais, jardins de corais de águas frias, esponjas maciças, falando apenas dos ambientes menos conhecidos. Somos também rota de baleias, tartarugas, atuns e várias aves marinhas, que nidificam nas nossas costas. Ocorrem várias espécies de peixe, comerciais ou não, assim como camarões, caranguejos, medusas, etc. Enumerar ou dar nome a todos eles, ultrapassa o espaço que me deram para falar da beleza e da riqueza que os nossos mares têm e que cabe a todos nós preservar, para que possamos hoje, amanhã e sempre maravilharmo-nos a observá-lo e a descobrir cada segredo seu.

* Investigadora auxiliar do Centro do IMAR da Universidade dos Açores - Departamento de Oceanografia e Pescas

Biodiversidade no mar dos AçoresSetenta e um por cento da superfície deste pequeno planeta está ocupada por oceano.

a saber

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26 de Março de 2010 09

Susana Silva, 5º D

A nossa galáxia há muito tempo sofreu alterações. Irá so-frer de novo, porque os habitantes da terra estão se descuidando e pondo o lixo para o chão.Se nós crianças apelarmos para não porem o lixo para o chão, será que o mundo vai melhorar? Será que a Terra vai desaparecer? Em que planeta viveremos?Tantas perguntas e poucas res-postas. Como será a vida daqui a cem anos? Será boa ou má?Acho que agora ninguém sabe! Temos de lutar para que o mundo possa viver e ninguém desapareça.

Inês Junqueira, 5º D

Era uma vez uma rapariga chamada Laura. Ela frequentava o 6º ano e era a melhor aluna da turma.Tinha passado o primeiro perío-do e com ele todo o esforço que Laura tivera para ter boas notas.- Mãe, pai, venham ver as minhas notas! Cinco a tudo! - disse ela muito contente.Mas tudo estava prestes a mu-dar. No segundo período Laura achava a matéria facílima, por isso, deixou de estudar com tanto esforço. Os pais bem a avisavam que assim teria notas fracas, mas ela fingia que os ouvia e continu-ava a brincar em vez de estudar.Agora Laura raramente tirava muito bom e nas aulas nem sem-pre estava atenta.

Acabara o segundo período, Laura foi ver as suas notas e de seguida foi para casa.- Mãe, pai tive três a tudo menos a Educação Musical e a Educa-ção Física…- Vês, nós avisámos-te, tu é que não ouviste! Sabes qual vai ser agora o teu castigo?- Passar as férias todas a estudar?- Não! Estudar não é um castigo, estudar é algo que deves fazer por iniciativa própria, por que te permite usar melhor a tua in-teligência e um castigo é não te deixar fazer aquilo que tu gostas.- Então…- Então?! Então vais deixar de ver Os Morangos com Açúcar.Agora, Laura sabia que mesmo achando a matéria fácil tinha sempre de estudar, para manter as boas notas.

Turma 4º J *

Na quinta-feira, dia 28 de Janeiro, festejámos na sala vinte e cinco o “Dia das Amigas”. As amigas, muito simpáticas, convidaram os amigos especi-ais, colegas de turma, para al-moçar pizzas de queijo, chou-riço e fiambre e para beber Coca-Cola.Preparámos as mesas e as ca-deiras. A Bruna e o Ricardo

colocaram os copos e os guar-danapos, o Leonardo foi ao fri-gorífico buscar as Coca-Colas e a professora Marlene foi buscar as pizzas quentinhas à pizzaria. Depois de tudo pronto comemos e bebemos. No final arrumámos e limpamos tudo, indo de segui-da para o intervalo.

*Sócio-Educativo

Texto colectivoDia das Amigas

Ana Rita Pereira

Depois do desastre, o senti-mento mais rude ataca.A dor aperta até espremer o co-ração. O lago parece negro como uma noite sem luar. Só de poder pensar que a vida de alguém acabou por causa de um

roubo pequeno.O lago negro, com árvores a que-rerem dizer: ”Foste tu, tu é que devias morrer!”A dor é tão grande, tão grande que até pode matar.A escuridão chegou e fechou-o lá dentro, a vida acabou.

Patrícia Escobar

Um lago tão bonito, talvez ontem, quando as suas mãos não cheiravam a sangue e a tortura.Agora, o lago parecia uma falé-sia, cheia de sangue e... havia monstros, monstros que se le-vantam, das trevas.“ Plum, plum, plum. “O fim estava cada vez mais per-

to… uma corda... algo que osalvasse... Ele tinha que encon-trar uma corda!Sentia as mãos a arder, como se o sangue da vítima fosse fogo. Agora estava arrependido, mas era tarde de mais, o crime já es-tava feito...Sentiu-se tonto, viu tudo às escuras, o fim tinha chegado. Ele sabia...

Leonor Machado, 6º A

Era uma vez um rato e um macaco que moravam a 2km de distância um do outro, por isso eram poucas as vezes que se viam. Mas, encontraram-se um dia na mercearia de vila.- Olá amigo rato! Como vai isso? – perguntou o macaco.- Está tudo bem. E contigo? – disse o rato muito impressiona-do ao ver o seu amigo macaco.O macaco muito impaciente e com um ar algo preocupado ex-clamou:- Estou óptimo mas há uma coi-sa que me anda a atormentar a alma. Andei a ouvir umas coisas, de que o mundo vai aca-acabar!! Vai ex-plo-dirrrrrrrrrrr!!!

- Ai! Valha-me Nosso Se nhor dos Ratos! – disse o rato a tremer. – Isso é muito mau! É péééééééééééssimo!- Sim, podes crer! Mas olha, descansa, acaba as tuas compras e vai para casa, pois eu tenho de ir para casa fazer o almoço, pois a minha mulher foi e pesca e já sabes, eu tenho de fazer tudo…- Sim, sim, vai. Adeus.O rato foi para casa muito preo-cupado e ainda a pensar naquilo. Encontrou a formiga e disse-lhe:- Olá formiga, como passas? Olha, passo-te a contar uma coisa que me anda a preocupar muito.A formiga com o seu olhar alegre e sábio, disse-lhe com muita calma:

- Olá rato. Sim, como sabes es-tou sempre bem. Mas diz lá essa coisa que tanto te atormenta a alma!- O macaco disse-me que o mun-do vai EXPLODIR!!!- Sinceramente rato, não é ver-dade! Não podes acreditar nisso!- Sim… Pois… Mas obrigada pela opinião!Passaram dias, meses… e não aconteceu nada. E aí é que o rato percebeu:- A formiga tinha razão, não posso acreditar em tudo o que me dizem!

Moral da História: Não Acre-dites Em Tudo o Que Te Di-zem!!!

Janice Brum, 5º B

A dona Miau-Miau Fru-Fru era muito curiosa, como todas as gatas.Era uma gata muito bonita, de olhos verdes e pêlo laranja.Ao amanhecer a Dona Miau-Miau Fru-Fru acordou cheia de fome e enquanto se es-preguiçava decidiu beber um leite quentinho. De repente, lembrou-se que tinha combi-nado ir com a Fli-Fli apanhar flores.-Mal posso esperar! – pensou ela para si.Fli-Fli era uma borboleta e tam-bém era a sua melhor amiga.Logo que acabou de beber o leite, foi a correr à porta e viu que estava a chover.- Oh! que tristeza. – pensou – não podemos ir à rua!De janela em janela ia vendo se ainda chovia. - Que aborrecimento - pensou - assim não posso apanhar flores

com a Fli-Fli. Já sei, vou tentar descobrir de onde vem a chuva. – decidiu ela mais animada.No dia seguinte já não chovia, por isso foi logo procurar a sua amiga Fli-Fli.-Sabes de onde vem a chuva?- Não – disse Fli-Fli um pouco envergonhada.- Vamos perguntar ao cavalo se sabe de onde vem a chuva.O cavalo não sabia. Pergunta-ram, depois, à cabra e esta também não sabia. Perguntaram ao cão, à vaca, ao porco e todos os animais da quinta responderam que não sa-biam. Sem desanimar a Miau-Mi-au Fru-Fru lem brou-se que talvez o Senhor Dourado soubesse de onde vinha a chuva. Mais ani-madas lá foram as duas amigas ter com o Senhor Dourado, que era um peixe muito velho e muito inteligente que vivia ali perto.

- Senhor Dourado, sabe dizer-nos de onde vem a chuva?- A chuva faz parte do ciclo da água, meninas. – respondeu o Senhor Dourado com ar de quem sabe tudo – O calor do sol faz evaporar a água dos rios, dos mares, dos lagos e esse vapor sobe, condensa-se for-mando as nuvens. Quando estas ficam muito pesadas, formam-se gotas que caem. Estas gotas são a chuva que todos tão bem co nhecem. Perceberam? – per-guntou o peixe satisfeito com a sua resposta.- Sim – responderam as amigas satisfeitas.Agradeceram e foram logo a correr contar a todos os animais que não sabiam de onde vinha a chuva. E foi assim que as duas amigas e todos os animais ficaram a sa-ber de onde vinha a chuva.

Uma Gata Muito Curiosa

A Minha Fábula

O RATO E O MACACOMuito Bom, Bom, Suficiente

A nossa galáxiaUm lago e um assassino como mote. O resto é pura imaginaçãoPedro Azevedo, 5º B

Era uma vez um menino chamado André. Esse menino era órfão e vivia sozinho numa casa à beira do mar. O André adorava o mar, tanto ao ponto de ficar horas a brincar no mar. O André, já que era órfão, viveu toda a sua vida ao pé do mar, por isso, aprendeu a pescar. O André só comia seres que viviam no mar: peixes, pol-vos, etc. Sempre sonhara poder transfor-mar-se num tritão para poder viver e respirar no mar. Numa manhã de madrugada, o André foi pescar, quando estava prestes a lançar o isco uma garrafa apareceu na água. Teve curiosidade e foi ver o que era. Dentro da garrafa estava um liquido e como tinha muita sede, acabou por bebê-lo. Depres-

sa começou a sentir uma dor no estômago e quando andou para ir comer qualquer coisa, reparou que se tinha transformado num tritão. O André ficou muito alegre e de-satou a correr para o mar. Uma vez lá, divertiu-se tanto durante horas até que teve sono. Decidiu, então, dormir numa rocha que lá havia. De noite, a maré começou a subir e passaram por lá alguns gol-finhos, quando um chocou contra a rocha onde estava o André, este caiu. O golfinho teve pena dele e levou-o para um sítio muito dis-tante. Quando o André acordou estava numa ilha, onde encontrou uma sereia chamada Menina do Mar. Tornaram-se os melhores amigos, cresceram e casaram num lindo casamento debaixo de água, vi-vendo os dois felizes para sempre.

com mestria

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10 26 de Março de 2010

Colldam Orion, 6º E

Era uma vez uma menina que sonhava com um mundo melhor. Essa menina chamava-se Beatriz e tinha doze anos.Na escola ela ficava muito triste, ao ver injustiças tal como os maiores a bater nos mais pequenos. Esta menina sonhava ser heroína com poderes para combater as injustiças, até já tinha pensado num nome, “Muga”, e tinha também um lema “O mundo vou ajudar e não vou deixar ninguém o pre-judicar”, mas como não tinha

poderes e nem era uma heroína, não fazia nada.Um dia esta menina viu um miúdo a bater noutro mais pequeno, e, furiosa, disse:- Ei! Tu! Sim, tu, não tens ver-gonha de bater num miúdo mais pequeno. És medricas, porque não bates num miúdo do teu tamanho?Com estas palavras o miúdo fugiu cheio de vergonha, e o mais pequeno ficou muito agra-decido. Desde então a Beatriz percebeu que não é preciso ser heroína para fazer justiça no mundo, porque por vezes, as palavras valem mais que um “murro”.

Susana Rodrigues, 6ºG

Gato siamês,Come bolo todo o mês!Gato peludo, É fofo como tudo!Gato constipado,Esteve molhado.Gato persa,É o que mais conversa!Gato guloso,É o mais preguiçoso!Gato vadio,Brinca com bolas e com fio!Gato rafeiro,Vira caixas, caixotes e cinzeiro!Gato molhado.Corre e pula no telhado.

Gato, gatinho, gatão, peludo, pelado, magrinho, anafado, pintado, riscado

Gato, gatinho, gatão salta, pula, rebola pelo chão

Gato, gatinho, gatão, faça o que fizer, seja o que for, é sempre um amigão!

Um sonho

EB/JI de Pedro Miguel

Texto Colectivo

De 15 a 19 de Março de 2010, realizou-se a semana das profissões na nossa escola. Al-guns pais deslocaram-se à escola para falarem das suas profissões.A senhora Sandra é agricultora e o senhor José Manuel é mecâni-co. Eles são os pais do Nuno. A senhora Sandra tem dez vacas e um cavalo. Todos os dias muda o gado, a pé ou numa trela, e dá-lhe de comer e beber: ervas, ração, rolos de palha e água. O senhor José Manuel desempenha a sua profissão numa oficina. Ele arranja, sobretudo, os motores dos carros, das carrinhas, das motos e dos tractores. Mostr ou- nos algu-mas das ferramentas que utiliza ao longo do seu dia-a-dia.A mãe do Guilherme, a senhora Verónica é Assistente Operacio-nal, no Hospital da Horta. Ela ajuda os enfermeiros a fazer os tratamentos, a lavar os doentes e a dar-lhes comida. Também faz todo o tipo de limpezas e tra-balha por turnos.Na Quarta-feira, à tarde, tivemos a visita do senhor Carlos Ama-ral, pai do João. A sua profissão é Técnico de Fotocopiadoras. Tal como o nome diz, o seu tra balho é consertar fotocopiadoras. Disse-nos que é uma profissão na qual tem de ler muitos manu-ais para se manter sempre infor-

mado e actualizado. Alertou-nos para o facto da Língua Inglesa ser importante, porque a maioria dos livros e panfletos estão escri-tos em Inglês. Ao longo dos últi-mos anos, tem feito formação na Holanda e as peças de que neces-sita para consertar as máquinas vêm deste país. Foi muito inte-ressante, porque tivemos a opor-tunidade de contactar com uma multifunções, um computador portátil e um aspirador especial. Mostrou-nos também uma male-ta com outras ferramentas muito úteis para realizar o seu trabalho. A senhora Vera, mãe da Ana Rita e do Paulo é Empregada Do-méstica. Trabalha apenas numa só casa onde faz as limpezas, cozinha, por vezes arranja os jardins e toma conta dos filhos dos patrões. Ela trouxe-nos umas bolinhas de chocolate caseiras. Estavam deliciosas.Na Quinta-feira, por volta das dez horas, o pai dos gémeos Gon-çalo e Guilherme Vargas, Agente da Autoridade, veio falar-nos da sua profissão. Começou por di zer que já é polícia há treze anos e que gosta muito daquilo que faz. Passou pelo trânsito, mas neste momento exerce as suas funções no aeroporto. Re-latou-nos um pouco sobre o que faz um Agente da Autoridade. Falou-nos sobre a importância de se cumprir algumas regras

quando andamos na estrada, quando estamos a conviver com outras pessoas e alertou-nos para o facto de não falarmos com desconhecidos, nem aceitarmos nada que nos queiram oferecer (rebuçados, pastilhas …) porque pode ser droga. Referiu também, que é muito importante saber escolher os nossos amigos, afas-tando-nos de más companhias e maus ambientes, mesmo que nos chamem nomes, nós não nos de-vemos importar.No período da tarde, foi a vez da mãe e do pai da Tatiana falarem da sua profissão. A senhora Alda era Manipuladora na fábrica do peixe. A sua tarefa era limpar o peixe (Bonito e Albacória), depois de cozido, na qual tinha de tirar a pele e as espinhas, que eram moídas e vendidas às pessoas para utilizarem como estrume nos terrenos. É uma profissão difícil porque têm de trabalhar sempre de pé, frente a uma passadeira rolante. Em mé-dia, durante uma hora e conso-ante o tamanho do peixe, ti nham de arranjar dez quilos. O senhor Manuel trabalha na s elecção do papel, este é enfardado e enviado para o Continente em contentores, para dar origem a novo papel. Após a sua explica-ção ficámos com curiosidade e, sugerimos às nossas professoras, fazer uma visita de estudo ao

Centro de Triagem. Na Sexta-feira, a mãe do Da-vid, que em criança queria ser C abeleireira, acabou como Em-pregada de Balcão. Ela disse que gostava muito da sua profissão, porque sempre gostou de e star em contacto com o público. Ao longo do dia tira cafés, faz galões, tostas, sandes, hambúr-gueres. Para além de estar no café também vende na mercearia. No fim ofereceu-nos bombons.Terminámos a semana das pro-fissões com a senhora Verónica, enfermeira de profissão, mãe das gémeas Vânia e Mónica.

Auxilia os médicos, dá vacinas e os me dicamentos aos doentes, faz curativos e se a ferida for muito profunda sotura. Para de-sempenhar as suas funções usa s obretudo, o medidor de tensão, o termómetro e agulhas. Refer-iu a importância das vacinas e m ediu a tensão arterial a todos os alunos que o quiseram fazer.Foi uma grande semana onde aprendemos muitas coisas n ovas. Todos os pais falaram da im-portância de estudarmos, sermos alunos empenhados e aplicados, porque é a partir de pequenino que construímos o nosso futuro.

Semana das Profissões

GatosRui Silva, 5.ºI

O meu sonho é ser ve-terinário e eu gostava muito que se realizasse. Gostava de um dia poder ser veterinário, porque gosto muito de vê-los a tratar das vacas, dos porcos, dos cavalos, dos cães, dos gatos… de todos os

animais. Se eu fosse veterinário poderia ganhar muito dinheiro para a minha família, conduzir jipes e carrinhas. Que bom que era! Eu gostaria muito de poder realizar o meu sonho, mas acho que não vou conseguir realizá-lo porque tenho algumas dificul-dades.

O meu sonho!

Na sequência de uma actividade desenvolvida na disciplina de Língua Portuguesa, os alunos da Turma I do 5.º Ano de Escolari-dade procederam à elaboração de um texto sobre um sonho que gostariam que se realizasse…

Comentário da Professora: Rui, o teu sonho só não é realizado se não te esforçares e te em-

penhares todos os dias e em todas as disciplinas. Mas, acredito em ti… acredito que um dia conseguirás realizar o teu sonho!

Sem nome de autor

Era uma vez, um menino chamado Rui. Certo dia, o Rui foi a casa do Emanuel e decidiram ir a casa de um outro menino que se chama-va Ricardo Ávila.Os três meninos foram dar um

passeio. Então, foi aí que o Emanuel o lhou e viu uma árvore esquisi-ta… com a forma de um coração. O Emanuel chamou os outros meninos e disse:- Já viram? Aquela árvore é tão esquisita, não é?- É verdade. Tem uma forma es-tranha. – respondeu o Rui.

- Parece um coração. – retorquiu o Ricardo.- Será que é a árvore dos dese-jos? – perguntou.- Hum… não me parece! – excla-mou o Emanuel.O Rui aproximou-se do Ricardo e disse-lhe que pedisse um dese-jo. O Ricardo pediu que continu-assem a ser os melhores amigos

e o seu desejo concretizou-se. Os meninos eram os melhores ami-gos.- Emanuel, acorda! Está quase na hora de ir para a escola.O Emanuel acordou muito atra-palhado, saltou da cama e disse:- Foi um sonho!E assim os meninos viveram fe-lizes para sempre.

Uma árvore esquisita

com mestria

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Pré-Escolar, 3,4 e 5 anos

Trabalhos rea-lizados pelos alunos do Jardim-de-Infân-cia para o dia do pai e elaborados em goma-eva

26 de Março de 2010 11

EB/JI da Ribeirinha

EB/JI do Pasteleiro

EB/JI do Capelo e Praia do Norte

EB/JI da Feteira

EB/JI de Castelo Branco

Nos dias 21 e 28 de Janeiro comemoramos o Dia dos Amigos/as na nossa escola. Preparámos gravatas e flores para o cabelo. Para o lanche os alunos da Pré fizeram uma surpresa confeccionando gelati-nas. E vivemos um dia em Amizade.

Nos meses de Janeiro e F evereiro comemoramos o Car-naval com várias actividades. Decorámos as salas de aula e a escola, construímos palhaços magnéticos para decoração do frigorífico, entre outras activi-dades, fizemos pinturas faciais e divertimo-nos à brava.

Dia Amigos/as

Carnaval O jardim-de-infância da escola de Castelo Branco no passado dia 1 de Março realizou uma visita à biblioteca pública. Fomos recebidos pelo palhaço “Narizinho” e pela sua amiga Tatiana, que fizeram connosco alguns jogos e pinturas, ouvimos uma história e ainda ap r endemos uma canção. No fim levámos alguns livros para a escola! Gostámos muito!

Alunos do 1º ano

Há uma gatinha chamada Fifi, que é da menina chamada Tixa. Ela dá-lhe comida e trata-a bem. Como mora ao pé da escola a gatinha vem visitar os meninos e todos lhe fazem festas.

Os meninos desta escola a ndam a cuidar do seu jardim

com plantas endémicas e aromáticas, mas o tempo não

tem deixado. Chove muito.

Há meninos que tratam mal o

jardim, mas não devem fazer isso. T emos de respeitar as plantas porque são muito importantes.No nosso jardim temos, Folhado, Pau Branco, Urze, Azevinho e aromáti-cas. Gostamos muito delas. São plantas dos Açores.

A gatinha Fifi

O nosso jardim

Alunos do 1º e 2º anosw

O Inverno é uma estação do ano que começa no dia 21 de Dezembro e acaba no dia 21 de Março.Nesta estação as árvores estão despidas, faz muito frio, vento, chuva, trovoada e em alguns lugares cai neve.Como o frio aperta usamos rou-pa mais quente: casacos, cami-solas, calças, cachecol, luvas, gorro e botas.Comemoram-se vários dias e speciais: o Natal, o Dia de Reis, o Carnaval e a Páscoa.O Inverno é uma estação muito fria, mas muito bonita.

Já é Inverno

Era uma vez…Era uma vez uma boneca que se chamava Rita.A Rita gostava muito da sua dona e de estar em casa com ela, mas também gostava de ir à rua passear. Um dia encontra uma macieira caída. A Rita ajudou a árvore a levantar-se, continua com o seu passeio e a Rita viu muitas flores, muitos pássaros e muitos meninos a brincar no parque.A Rita desejou ser uma menina de verdade para poder brincar no parque.

Pré-Escolar, 3,4 e 5 anos

Trabalho realizado pe-los alunos do Jardim-de-In-fância em copos de yogurte cheios de água destilada com brilhantes, tendo lá dentro um boneco de neve feito de fimo.

Copinhos de Inverno

Porta CD’s

Pré-Escolar, sala dos 3 e 4 anos História da bonecaEra uma vez…

Era uma vez uma menina e um menino, que estavam sentados à mesa a comer.A menina gostava muito de co-mer carne com alface, o menino gostava de comer peixe, tinham para sobremesa frutas muito boas: bananas, uvas, maçãs e pêras. Eles também gostavam muito de bolo de chocolate.Quem também tinha fome era o Black, o cão da menina Letícia e do menino Alexandre, que com os seus dentes puxou a toalha e espalhou o leite por cima de si.Os meninos puseram o Black de castigo, e depois limparam a s ujeira toda.

História do BlackTurma B, sala dos 4 anos

No dia 6 de Janeiro con-vidámos os nossos pais a virem à e scola para comemorarmos o Dia de Reis, presenteámo-los com uma linda canção e, como não p odia faltar, com uma f atia de bolo-rei. Aproveitámos esta o portunidade para abrir perante

todos os presen tes o prémio do concurso do Hi permercado Modelo “Pilhas de Livros 2009”, o qual consistia em li-vros do Plano Nacional de Lei-tura, no valor de 1000 euros. Foi um dia divertido com muitas “leituras à mistura”.

Dia de Reis

com mestria

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12 26 de Março de 2010

Texto colectivo*

No dia 8 de Março nós fizemos uma prova de chás de ervas medicinais na nossa escola e convidámos a avó do Daniel e da Ana para vir falar-nos destas plantas.Ela disse-nos que foi a sua mãe e a sua avó que a ensinaram a co nhecer as plantas e as suas a plicações.No seu quintal cultiva algumas destas plantas: cidreira, macela, arrudia, salva, limão, hor-telã e salsa.A senhora M a r i a Silvina referiu q u e

actualmente usam-se menos chás de plantas medicinais, porque as pessoas têm mais facilidade em recorrer aos médicos e comprar medicamentos.Depois de conversarmos, cheirá-mos e provámos os chás que eram de cidreira, limão, funcho, macela, hortelã, canela e neveda.Cheiravam todos muito bem mas gostámos mais dos chás de limão e de canela e menos do de mace-la porque é amargo.

*Elaborado pelos alunos do 1º ciclo

EB/JI do Salão EB/JI da Pria do Almoxarife

EB/JI do Capelo e Praia do Norte

Plantas Medicinais

A prova de chás Turma do 3º e 4º anos

O dia 21 de Março tem sem-pre um lugar de destaque no nosso calendário, porque marca o início da Primavera e o apare-cimento de uma natureza nova e do bom tempo.Este ano, esta data tem particu-lar importância, porque também v amos celebrar o Dia Interna-cional Contra a Discriminação R acial que afecta muitas pessoas no mundo.Julgamos que é importante alertar a consciência das pes-soas, desde as crianças até aos adultos, para que se elimine a

D iscriminação Racial.Temos de ser nós, na nossa e scola, no nosso grupo de ami-gos, na nossa freguesia, na nossa ilha, no nosso país e no mundo, a ter uma atitude contra o Racismo e contra qualquer outra forma de discriminação: crença religiosa, classe social, cultura e deficiên-cias físicas.É muito importante que no nosso meio social saibamos respeitar todas as pessoas, independente-mente da sua raça, cor, caracte-rísticas físicas ou de outras p articularidades.Respeita todas as diferenças de maneira igual!

Dia 21 de Março de 2010

Frases e desenhos realizados por alunos da turma B do 1º Ano de escolaridade.

EBI 1,2 António José de Ávila

EB/JI dos Cedros

Para o Dia do Pai

A EB1/JI da Praia do Al-moxarife festejou o dia de ami-gos/amigas com uns amigos es-peciais, os palhaços: Chuchu e o Pipi. Os alunos do 1ºciclo fi-zeram coreografias e a Pré uma passagem de modelos muito original.Foi divertido viver estes m omentos com os amigos/ami-gas e lancharmos junto o salame feito pela Pré e outras iguarias.

Adriano Escobar (9 anos)

Eu frequento a escola dos Cedros há seis anos. Estive dois anos na pré, um ano no primei-ro ano, outro no segundo, um ano no terceiro e estou quase a acabar o quarto ano de esco-laridade. Nestes anos todos fiz muitos amigos novos.Quando entrei para o jardim de Infância estava nervoso porque nunca na minha vida tinha visto

tanta gente. Na Pré aprendi a ser responsável, amigo, a pin-tar e a fazer trabalhos variados. Às vezes, fomos à piscina mu-nicipal para aprender a nadar. A educadora chama-se Emília.Os outros quatro anos estive com a professora Fernanda Moniz. No primeiro ano aprendi a fazer coisas mais difíceis como es-crever as letras minúsculas e maiúsculas. Às vezes, quando fazíamos as letras muito mal

feitas, a professora dizia-nos para apagar. Na Matemática aprendi a fazer números e con-tas. No Estudo do Meio aprendi as regras de segurança. Tam-bém tive Educação Física onde d esenvolvi o meu corpo. No meu ano éramos três alunos.No segundo ano aprendi coi-sas muito mais difíceis como cons truir textos, fazer contas com números maiores e a es-crever números por extenso. No E studo do Meio aprendi o si-gnificado dos sinais de trânsito, as características dos animais, … Éramos apenas dois alunos.No terceiro ano aprendi coisas

ainda mais difíceis. Tive duas disciplinas novas: TIC e Inglês. Nesta última eu confundia-me muito e no primeiro período tive suficiente. Foi a pior nota que tive.Finalmente, no quarto ano eu tenho Língua Portuguesa, Matemática, Estudo do Meio I nglês, Expressão Plástica, Música, Formação Cívica e Educação Física. Este ano e stamos a rever e a consolidar os conteúdos nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemáti-ca. Este ano está a ser o mais difícil de todos. Estou quase a fazer as PASE de

Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio e sinto-me um pouco nervoso.Apenas me falta um período para terminar uma etapa na minha vida. Eu gostei muito de estar nesta escola e sinto que não vai ser fácil deixar os meus amigos. Aqui vivi momentos bons e a lguns menos bons. Nesta escola, para além de ter aprendido a ler, escrever e a contar, também me ensinaram a ser responsável e organizado. A minha professora ensi nou-m e muitas coisas e eu sou bom aluno graças a ela.

Em jeito de despedida

No Dia dos Amigos re -a-lizou-se um Concurso de G ravatas na nossa escola, em que os rapazes tiveram a oportunidade de desfilar para as suas colegas com gravatas elaboradas em casa com a ajuda da família. O evento primou pela originalidade dos materiais utilizados, o que difi-cultou às raparigas a escolha do vencedor, tendo sido este o aluno do 3º ano Isaac Matos. Apesar de

ter havido apenas um premiado, todos os outros receberam certi-ficados de participação. A come-moração deste dia terminou com a entrega de prendas das meninas aos meninos e um lanche.

Comemorámos também o Dia das Amigas, mas com um Concurso de Penteados. Desta vez foram as meninas que tiveram direito a “brilhar” na passerelle,

onde mostraram os seus penteados elaborados em casa com muito carinho e dedicação. A vencedora foi a aluna Bruna Medeiros de quatro anos de idade, sendo que todas as concorrentes receberam certificados de participação e prendas elaboradas pelos rapazes. Houve também um lanche “muito docinho” com brigadeiros e mal-assadas. As raparigas tiveram ainda direito a uma surpresa pre-parada pelos meninos, uma coreo-grafia muito bem ensaiada! Foi um dia muito divertido no qual se celebrou a amizade e a alegria!

Vanessa Correia e Vânia Fon-seca, 5.ºJ

A amizade é uma sensaçã o bela e sentimental. Muita gente pergunta: “O que é a a mizade?”… mas muita gente sabe o que é a amizade.Para nós a amizade é ser: carinhosa, ser meiga, concordar com as ideias dos amigos, gostar das mesmas

coisas dos nossos amigos, parti-lhar com amizade e com amor… Eu e a Vânia temos uns trinta e tal amigos… na escola e fora dela. Vamos agora enumerar a lguns dos nossos amigos: os colegas da nossa turma do Pro-grama Oportunidade 5.ºJ, os nos-sos professores e a nossa família. No intervalo, nós costumamos ir ao bufete com os nossos ami-gos da turma, brincamos com eles à apanhada, conversamos e f requentamos a Sala de Estudo ou a Biblioteca juntos.Para nós é muito bom ter amigos.

A Amizade

Dia das Amigas28 de Janeiro

Dia dos Amigos21 de Janeiro

Dia de Amigos/amigas

com mestria

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26 de Março de 2010 13

EB/JI dos Flamengos EB/JI da Vista Alegre

Este ano até compreen-demos melhor a razão porque fizemos bonecos de neve na área de expressão plástica. Nevou no Faial!

Muitos de nós fomos à Cal-deira ver a neve, atirámos bo-las de neve aos nossos amigos e f amiliares e construímos bone-cos de neve verdadeiros!

Como não os pudemos trazer para a escola porque se derretiam, a nossa professora ensinou-nos a construir bonecos com caixinhas de iogurte e tampas de garrafas. Vejam lá se não estão giros!

Para oferecer ao pai, decorámos uma garrafa que de certeza irá ficar muito bonita

na sua garrafeira.

Alunos do 2ºano

2º ano Turma B

A Primavera é uma estação do ano que começa a 20 ou 21 de Março.Na Primavera a natureza enche-se d e cores vivas. Nascem

as flores e as folhas das árvores crescem muito verdinhas.

Os passarinhos, chilreando alegre-mente, fazem os ninhos e têm os seus filhotes. Os dias começam a crescer, ficam mais quentes e já podemos brincar na rua.É na Primavera que se comemora a Páscoa, que é a ressurreição de J esus. Comemos ovos, amêndoas e ovos de chocolate.

A Primavera

PASSTEMPOS

À Procura dos Sinais1 2 3 4 5 6 7 8 9 = 100

Que sinais aritméticos devem ser colocados entre os nove primeiros algarismos para c onseguir esta igualdade?

com mestria

FolhetosJornais

Autocopiativos

Carimbos LivrosEncadernações

Ex.mo Sr. Presidente daCâmara Municipal Da Horta

Eu, Beatriz Marques Penelas, aluna da Escola Básica In tegrada Da Horta, venho por este meio agradecer ao Sr. Presidente a disponibilidade, a rapidez e a vontade que teve em mandar fazer as rampas, que fazem de mim uma criança mais autónoma e mais feliz, por saber que já posso passar de cadeira de rodas a estrada sem e ncontrar grandes sobressaltos. Sem mais nada para lhe dizer despeço-me com um grande beijo desta menina que tanto lhe agradece pela felicidade que me deu.

BeijosBeatriz Penelas

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No dia 19 de Março, os alunos das turmas do 5º J e 5º L, com a colabo-ração da AZORICA, da

CMH, dos Serviços Florestais do Faial e dos Serviços de A mbiente do Faial, levaram a cabo, numa antiga célula do “Aterro Santiário do Faial”, uma acção de refloresta-mento, com plantação de algum as plantas endémicas, antecipando, assim, o Dia Mundial da Floresta (Dia da Árvore) que se comemorou no dia 21 de Março. Esta acção teve por objectivo dar início a um novo projecto do pro-grama Eco-Escolas, denominado “Jovens Reflorestadores” e tem por finalidade efectuarem-se algumas intervenções de reflorestamento naquela célula, até se conseguir por completo a sua r eflorestação, devolvendo à natureza o espaço que era dela. Em 2008, alguns alunos do 2º ciclo da EB 1,2 António José de Ávila, tinham já iniciado, na mesma c élula do aterro uma actividade

idêntica à realizada no dia 19 de Março. Assim, de forma a terminar o projecto iniciado naquele ano, foi colocada uma nova placa no lo-cal, uma vez que a que lá e xistia se encontrava danificada.O facto de se terem escolhido alunos para a realização desta ac-tividade é simbólico e pedagógico, pois assim pretende-se transmitir, através dos jovens, a necessidade de reflorestação da área envolvente ao “Aterro do Faial” requalifican-do, assim, a paisagem do local.É importante referir que a produção diária de lixo em Por-tugal mais do que duplicou nas últimas duas décadas, situando-se actualmente acima de 1,2 quilos por pessoa, e o caso dos Açores no geral e do Faial em particular não é excepção à regra. Assim, torna-se impreterível que as nossas acções em relação à forma como trata-mos os nossos resíduos tenham que passar, cada vez mais, pela reciclagem. Compete a cada um de nós olharmos para o ambiente

que nos rodeia, adoptando, dia-riamente, hábitos de reciclagem. Separar o lixo implicará que uma grande quantidade dos lixos, após passarem pelos centros de triagem, seja exportada, reduzindo, assim, a quantidade de resíduos que são colocados no “Aterro Sanitário do Faial”, diminuindo os consequen-tes problemas existentes neste.É certo que o número de faialen-ses que praticam reciclagem tem vindo a aumentar, contudo, por razões várias, este número ainda é ínfimo em relação àqueles que simplesmente colocam tudo no mesmo saco, depositando no con-tentor perto de casa o seu lixo, que tem por destino final o “Aterro do Faial”. Isto quando não é colocado numa qualquer vereda ou riban-ceira, denegrindo o que de mais belo temos para oferecer aos nos-sos visitantes, o nosso Património Natural. Assim, sugiro que leves a tua famíli a a adoptar alguns hábitos que só contribuirão para uma mel-

horia da qualidade do ambiente na nossa ilha.Solicita aos teus pais que arranjem três recipientes que permitam se-parar o lixo diariamente. No fim-de-semana convida-os a desloca-rem-se ao ecoponto mais próximo da vossa residência e coloquem o lixo reciclável nos respectivos contentores. A tua família, ao tomar estas medi-das, verá que a quantidade de lixo, que deposita no contentor comum (indiferenciáveis), diminuirá sub-stancialmente. Agora pensemos: se metade da população do Faial tomasse estas atitudes já era bom, se fossem três quartos seria ainda muito melhor, mas, o ideal seria a totalidade da população faialense. Neste sentido, contribuiríamos todos para uma gestão dos lixos, melhorando as condições do “Aterro Sanitário” e consequen-temente a qualidade de vida dos faialenses.Protege hoje para viveres bem amanhã.

14 26 de Março de 2010

Ester FerrazProfessora do Ensino Especial

Todos nós nos recordamos de já ter tido colegas de escola sempre envolvi-dos em lutas, guerras ou

discussões, muitas das vezes sem motivo real que o justificasse. Também nos lembramos, certa-mente, que tentávamos não estar perto deles nem das situações em que se envolviam. E que dizer daqueles colegas que “gozavam” permanentemente com outros c olegas? Sim, aquelas pessoas que descobriam sempre moti-vos para ridicularizar os outros e fazer deles a “chacota” de todos. Muito s de nós, se não quase todos, já i gnorámos ou fingimos que não vimos nem ouvimos nada. Naquela altura estávamos bem longe de compreender o que se passava, mas actualmente para estas situações que continuam a acontecer e que tornam a vida de muitas crianças, jovens ou adulto s quase insuportáveis surgiu um nome, adoptado de uma palavra inglesa o “bullyng”.“Bullyng” é então “um termo i nglês utilizado para descreve r actos de violência física ou p sicológica, intencionais e repetido s, praticados por um in-divíduo (bully, ou valentão) ou grup o de indivíduos com o objec-tivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivídu-os) incapaz(es) de se defender. “

O bullyng divide-se em duas ca-tegorias: O bullyng directo que é a forma mais comum entre os agressores masculinos; O bul-lyng indirecto (também chamado de agressão social) que é mais c omum no sexo feminino e crian-ças pequenas. Este, geralmente é caracterizado por forçar a vítima ao isolamento social através de uma variedade de técnicas que podem incluir: espalhar comen-tários; recusar contactos com a vítima excluindo-a do meio social em que se deveria inserir; intimi-dar outras pessoas que por acaso desejem contactar com a vítima; criticar o modo de vestir ou outros aspectos relacionados com quem se quer excluir.O bullyng pode ocorrer em locais diversificados desde a escola ao local de trabalho ou mesmo e ntre vizinhos ou localidades. Seja em que situação for a estrutura de pod-er é tipicamente um assunto entre o agressor e a vítima. Para os que estão de fora parece que o poder do agressor depende s omente da percepção da vítima que não é ca-paz de oferecer resistência. O que é certo é que a vítima tem quase sempre motivos para ter medo do agressor sobretudo devido às ameaç as ou concretizações de vio-lência física ou outras.Estes actos não são de forma a lguma lícitos. Eles desrespeitam os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e a responsabilidade pela prática de actos de bullyng enquadra-se no

Código da defesa do consumidor. Uma vez que as escolas prestam serviço aos consumidores são também responsáveis pelos a ctos de bullyng que ocorram nesse contexto.Utilizamos então o termo bullyng para descrever uma forma de assé-dio, interpretado por um indivíduo que está, de alguma forma, em condições de exercer o seu poder sobre outro ou sobre um grupo mais fraco.Alguns autores definem como três os elementos sempre presentes num acto de bullyng: o comporta-mento é sempre agressivo e negati-vo; o comportamento é executado repetidamente e o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder en-tre as partes envolvida s.Segundo estudos realizados os agressores, sobretudo os adoles-centes, podem: ter personalidades autoritárias, combinadas com uma forte necessidade de controlar ou dominar; ter alguma deficiência nas habilidades sociais; descon-trolar-se facilmente utilizando a força e encarar as acções dos outros sempre de forma hostil, evidenciando quase sempre com-portamentos agressivos. Noutros estudos refere-se que enquanto a inveja e o ressentimento podem ser causa de bullyng não é certo que estes possuam défices a nível da sua auto-estima. Frequentemente o bullyng funcion a através de abuso p sicológico ou verbal. Os agres-

sores utilizam quase sempre uma combinação de intimação e h umilhação para atormentar os outros tais como: insultam a víti-ma, acusando-a de não servir para nada; ataques físicos repetidos; danificam pertences da vítima (roupa ou objectos); espalham boatos; depreciam-na sem motivo e levam-na a fazer, sempre, o que eles querem. Os casos mais extremos deste tipo de violência podem levar ao suicídi o. Recentemente os meios de comunicação fizeram eco de dois casos ocorridos em Portugal. Estes casos ocorridos com um j ovem e outro com um professor, são bem significativos ao demons-trar-nos que os actos de “bullyng” não ocorrem só com jovens e nos casos de suicídio percebe-se que geralmente as vítimas não aguen-taram mais as pressões a que e stavam submetidos e preferiram pôr termo à vida.Muitas das vezes sugere-se que estes comportamentos agressivos têm origem na infância. Termino com uma frase para que meditemos nela: “Se o comporta-mento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torna habitual.“Existem evidências documen-tais que indicam que a prática do bullyng durante a infância põe a c riança em risco de compor-tamento criminoso e violência d oméstica na idade adulta.Que família somos? Que escola temos? Que sociedade queremos?

Hoje, vou bater em quem?...“Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torna habitual.“

Roberto TerraPresidente da Azorica

Operação de Reflorestação do Aterro Sanitário do Faial por “Jovens Reflorestadores”

“Bullyng” é (...) um termo inglês utilizado

para descrever actos de violência física ou p sicológica, intencio-

nais e repetidos”

“O bullyng pode ocor-rer em locais diversi-

ficados desde a escola ao local de trabalho ou mesmo entre vizinhos

ou localidades.”

“Os agressores u tilizam quase sempre

uma combinação de intimaçã o e humilhação

para atormentar os outros”

Programa Eco-Escolas

Adaptado da edição do dia 19 de Março de Semanário Tribuna das Ilhas

“Separar o lixo impli-cará que uma grande quantidade dos lixos, após passarem pelos centros de triagem, seja exportada, reduzindo, assim, a quantidade de resíduos que são co locados no Aterro Sanitário do Faial”

opinião

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26 de Março de 2010 15

Ficha TécnicaCoordenadores: José Junqueira, Rosário Medeiros Revisão de Textos: Rosário Medeiros Membros do Clube de Jornalismo: Ana Costa, Filipa Rosa, Inês Junqueira, Mar-celo Sousa, Maria Menezes, Milene Rodrigues, Sofia Nunes, Kolldam Ramos, Colldam Ramos Ilustração: José Junqueira Fotografia: Clube de Jornalismo Colaboraram nesta edição: Ana Colaço, Ester Ferraz, João Feitor, Laureta Silva, Manuel Bettencourt, Márcia Silva, Miguel Mendes, Roberto Terra Produção e Projecto Gráfico: Clube de Jornalismo da Escola Básica Integrada da Horta; Redacção: Escola Básica Integrada da Horta, rua Cônsul Dabney 9900 - 860 Horta Telefone: 292 208 230; E-mail: [email protected] Impressão: Ferreira & Soares, rua Manuel Inácio de Sousa, n.º 25, 9900 Horta Edição: n.º 23 de 26 de Março de 2010 Tiragem: 1200 exemplares

“As nossas vidas dependem da diversidade biológica. Alguns ecos-sistemas e espécies estão a desapa-recer a um ritmo insustentável. Nós, os seres humanos, somos a causa.”

Começa, assim, desta forma lapidar, a comunicação do Secretário-geral das Nações Unidas, Bem Ki-moon,

onde este anuncia o ano de 2010 como o Ano Internacional da Biodi-versidade. Acontece que esta ideia de que o homem é o responsável pelas alterações climáticas e consequen-temente pela extinção de algumas espécies por não se conseguirem adaptar a essas alterações, não é

consensual. São vários os cientistas que afirmam que não é legítimo fazerem-se tais afirmações, uma vez que não há ainda estudos credíveis que nos possibilitem associar a acção do homem às alterações do clima de uma forma objectiva, até porque estas alterações verifica-das nos últimos anos apresentam padrões idênticos aos registados no passado. A ciência que estuda estes fenóme-nos está num período de “descoberta negativa”, isto é, quanto mais se aprende sobre eles mais se percebe o pouco que deles se sabe. Portanto, não é de excluir que não estejamos sozinhos nesta responsabilidade, antes pelo contrário, ela até pode ser bem menor, uma vez que os fenó-menos naturais que sempre tiveram influência nas alterações do clima, terão também a sua quota-parte

dessa responsabilidade. Não os dei-xemos, pois, de fora desta discussão.Independentemente desta falta de consenso, da qual não sou a pes-soa mais habilitada para falar, um facto não se pode negar, a acção do homem junto do meio natural nunca foi inocente, nem conscienciosa para com os outros seres vivos que nele habitam. Ao homem se deve a destruição de habitats por ocupação de terras, quer para a agricultura, quer para construção de habitações. Não é por acaso que em quase todos os países foram implantadas reserva s naturais onde a acção humana é bastante limitada.

Se por um lado pouco podemo s fazer contra os fenómenos naturais, podemos sempre procurar interferir o

menos possível no equilíbrio ambi-

ental permitindo que se mantenha a continuidade de cada espécie. Para que isso aconteça, é necessário apos-tar numa acção educativa consis-tente com os seus propósitos, onde a escola terá um papel fundamental na transmissão dos conhecimentos básicos que nos permitam, a todos nós, tomar consciência de que não estamos sós neste planeta e que para sobrevivermos é necessário que todos os outros seres vivos sobreviva m também.Actividades como o desfile de Carnaval, promovido pala Câmara Municipal da Horta em parceria com a nossa Escola, são um passo, um grande passo penso eu, na pro-moção dessa tomada de consciência, fazendo com que cada um se sinta no dever de reduzir, até a um nível sustentável, a pegada ecológica que vai deixando atrás de si.

José Junqueira

E d i t o r i a l

Um dia, estava eu em casa sem fazer nada e lem brei-me «Ainda não fiz a suge s-tão de leitura para o jornal

da nossa escola!»Então meti mãos à obra. Fui à biblio-teca e escolhi um livro que falasse na Biodiversidade, já que esse era o tema da edição de Páscoa do jornal escolar Ecos.eb, do qual eu faço parte como jornalista e homem das sugestões de leitura.Então escolhi um livro de Sophia de Mello Breyner Andresen, inti-tulado «A Floresta».Este livro pertence à Editora do Minho e teve a sua primeira edição em 1983. Mas deixando-me de blá, blá passemos à história. Este livro conta a história de uma menina chamada Isabel, que não tinha irmãos e geralmente brincava sozinha. Isabel morava numa quinta cheia de arvoredos, lagos, fontes, jar-dins, pomares e muito mais.Isabel ía todos os dias para a e scola muito cedo e quando chegava a casa às quatro da tarde, ía passear pela quinta. Enquanto passeava, Isabel e ncontrava sempre o seu grande amigo Tomé. Este ensinava-lhe o nome das árvores e das flores e Isabel

ajudava-o a arrancar as ervas daninhas. Tomé levava-a a sítios onde ela não podia ir so-zinha: levava-a à estufa, ao gali-nheiro e à adega.Isabel ajudava-o a distribuir o milho e no fim, Tomé ía à adega e dava-lhe a maçã mais vermelha que lá estava.E mais não digo, porque se fosse para eu ficar a contar aqui o resto da história não ía haver espaço suficiente no jornal e vocês já não necessitavam

d e l e r

o livro.

P o r isso, se

q u i s e -rem saber

o resto, só têm uma

solução; vão à biblioteca

e requisitem o livro junto da

auxiliar Sónia ou C o n - ceição.Não te preocupes com o número de livros, porque na realidade existem bastantes.Por isso, BOA LEITURA!!!Ah!… e já agora, BOA PÁSCOA!!!

Sugestão de Leitura

Sophia de Mello Breyner Andresen, é de origem dinamar-quesa por parte do pai. Nasceu na cidade do Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática, e aí viveu até aos dez anos, altura em que se mudou para Lisboa, onde Frequentou o curso de Filologia Clássica na Faculdade de Letras. Faleceu no dia 2 de Julho de 2004.Sophia de Mello Breyner A ndresen é considerada uma das poetisas e escritoras de livros para crianças mais importantes da Literatura Portuguesa.Os seus livros relatam as vivên-cias da autora durante a infância. Por exemplo, para escrever A Floresta a autora inspirou-se na quinta da avó onde costumava passar férias em criança.

Sobre a autora

Marcelo Sousa

de Sophia de Mello Breyner Andresen

A FLORESTA

espaço ecos

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16 26 de Março de 2010

clubes

Patrícia Escobar, 6º F

A visita do clube de História ao museu do Peter foi muito divertida!Começámos por ver os ossos de baleia. Os dentes eram lindos! Tinham desenhos, até havia um que tinha o desenho da cara do dono do museu - “O Peter”.O que mais me impressionou foram as pulseiras, os anéis, os colares de dente nerval e uma foto, onde a espuma das ondas, ao bater na rocha, formavam a

cara de Neptuno.Fomos acompanhados por uma guia muito simpática que nos contou muitas histórias sobre os desenhos e sobre a forma como se caçavam as baleias. Adorei ver o âmbar de b aleia que vale milhões de euros! Também h avia livros que tin ham fotos e recortes, havia i nstrumentos de caçar baleias e uma espingarda que tinha sido uma experiên-cia dos baleeiros, mas que não foi bem sucedida. Concluindo, este dia foi muito divertido.

Laureta Silva*

A nossa escola está de novo inscrita como Escola Electrão ,que é um projecto da Amb3E, com o apoio do Ministério da Educação e da Agência Portu-guesa do Ambiente, destinado às escolas do ensino básico e do ensino secundário que, pretende sensibilizar e envolver professo-

res, alunos, funcionários, pais e comunidade em geral, no esforço global da reciclagem e valoriza-ção dos equipamentos eléctricos e electrónicos em fim de vida.Esta iniciativa inclui, tam-bém, uma acção de recolha de r esíduos de equipamentos el é ctri-cos e electrónicos nas escolas e atribui um prémio às escolas que depositarem a maior quantidade destes equipamentos em fim de

vida, avaliada em quilograma. No ano passado conseguimos juntar cerca de 3400 Kg destes materiais. Neste sentido, voltamos a s olicitamos a todos os pais e encarregados de educação, que tenham equipamentos eléctricos e electrónicos em fim de vida ,que comuniquem à Escola para que se possa programar a recolha destes equipamentos. O período de recolha decorre de 12 a 30 de Abril. No dia 15 de Abril está prevista a visita do Ponto Electrão.

* Coordenadora do projecto Eco-Escola

- Reutilizados para fins sociais (existem muitos equipamentos que podem ser recuperados e reutilizados por instituições de solidariedade social, como, por exemplo, computadores)- Desmantelados e os seus com-ponentes reutilizados na recupe-

ração de outros equipamentos- Destruídos e os seus materiais (plástico, metal, etc.) reciclados, protegendo recursos naturais, poupando energia e diminuindo a quantidade de resíduos depo-sitados nos aterros sanitários.

O Destino dos Resíduos

A visita ao museu do PeterDia 14 – 01 – 2010

João Feitor*

A Escola Básica António José de Ávila está a desenvolver, no âmbito do Projecto Europeu “Comenius” (Integrado nos Pro-gramas Comunitários Sócrates e Leonardo Da Vinci), uma parce-ria pedagógica com Escolas de dois países: Espanha e Hungria. O tema do projecto é “Healthy School - Green Environment - Liveable Europe”.Os objectivos deste tipo de pro-jectos são inúmeros, destacan-do-se entre eles: a promoção da dimensão europeia da educação, o fomento dos contactos entre alunos e professores de diferen-tes países e a contribuição para um melhor conhecimento das

culturas e línguas dos diferentes países europeus.Neste âmbito, a Escola Básica Integrada da Horta, irá receber entre os dias 25 de Abril e 2 de Maio próximos, um grupo de 10 alunos e 7 professores dos países acima referidos. Iremos pois pro-mover diversas actividades, en-quadradas no tema do projecto, onde pretendemos dar a conhecer a nossa escola e região. Entre elas salientamos uma volta turística ao Faial, um passeio pedestre em volta da caldeira, a participação em algumas actividades desporti-vas e de relaxamento (sessões de yoga, Pilates e Chi-Kung), um passeio de bicicleta pela cidade, um almoço com gastronomia representativa da nossa região e também das escolas visitantes e

uma saída de barco para obser-vação de cetáceos. Também ire-mos promover uma exposição de pintura com trabalhos de alunos da nossa escola, subordinada ao tema “O meu Mandala”, que es-tará aberta ao público nos dias 29 e 30 de Abril e outra exposição de trabalhos de alunos das três escolas participantes no projecto, subordinada ao tema “Imagina e cria a tua escola saudável”. Esta última exposição terá lugar na nossa escola e será o culminar de um concurso aberto nas três escolas a todos os alunos, que pretendeu abrir portas à criativi-dade e espírito critico dos alunos em relação ao ambiente e espaço escolar que frequentam.

* Responsável pelo projecto

Encontro Comenius no Faial

Clube do Mar

Clube de História

Clube de Jornalismo

José Junqueira*

O concurso “Eu Conto…”, visa promover a produção es-crita enquanto ferramenta de apren dizagem, uma vez que o seu exercício melhora a com-preensão, a organização e a i ntegração da informação, trans-formando-a em conhecimento. Escrever, para além de um acto criativo, que este concurso pro-move, é também um acto de comunicação e, quanto mel-hor escrevermos, melhor ex-

pressaremos as nossas ideias. R econhecemos que nem sempre escrever é uma tarefa fácil, pois requer algum esforço, mas para se escrever bem é necessário que se pratique. Este concurso é, pois, o nosso contributo para incentivar os alunos a pratica-rem a escrita da língua materna, a qual nem sempre tem sido bem tratada.

Informa-te junto do teu professor de Língua Portuguesa

*Coordenador do Clube

Com vista a incentivar os alunos para a produção escrita, sem a pressão que o currículo formal impõe, o Clube de Jornalismo pro-move o concurso “Eu Conto…”

PARTICIPA

Novamente este ano, no dia 19 de Março, o Clube do Mar ali ou--s e à campanha mundial designada por Coastwatch, com o o bjectivo de monitorizar todas a alterações observadas na costa. Como sempre estes alunos foram consciencializados para a importância desta acção e foi com um olhar atento que corresponderam com prontidão e dedi-cação a estes objectivos.

Coastwath

Dia 25 de Fevereiro 2010. Mais um marco importante na História do Clube do Mar. A visita ao Esperanza, navio da mundialmente conhecida organização Internacional, GREENPEACE. Adrian, do Panamau e Daniel, do Brasil, conduziram-no s através do navio Esperanza, explicaram-nos como se operava, como era a vida a bor-do e como se organiza e actua a GREENPEACE, na defesa do nosso planeta e da nossa biodiversidade.A certa altura um dedo se levantou e lá surgiu a pergunta: “O que é preciso, para fazer parte da GREENPEACE?”.

Navio Esperanza - Greenpeace

No dia 10 de Dezembro, o Clube do Mar assistiu, com e mpenho e entusiasmo, à descarga do peixe no porto da Horta e a todo o pro-cesso separação, medição, pesagem, classificação e arrematação do peixe na lota da Horta. Aprenderam, assim, a identificar diversas e spécies de peixe, ficando a saber o seu valor comercial e como fun-ciona todo o processo desde a faina até à sua comercialização.

Visita à Lota