Post on 25-Jan-2019
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MERCADO DO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA
Por: Maria José Salvador de Figueiredo
Orientador
Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho
Rio de Janeiro
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MERCADO DO PROFISSINAL DE ESTÉTICA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Docência do Ensino Superior. Por: Maria José Salvador de Figueiredo
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AGRADECIMENTOS A Deus por acrescentar a cada dia
experiências novas em minha vida.
Obrigada Senhor!
Aos meus filhos, noras e netos, a
compreensão pela ausência.
Aos meus professores, por
compartilharem comigo seus
conhecimentos.
Aos colegas de curso pelo incentivo.
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DEDICATÓRIA
À Paulo de Figueiredo (in memorian), meu esposo,
que sempre me apoiou em todos os momentos da minha vida.
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RESUMO
Este estudo se propõe a analisar a evolução do pessoal ocupado nas
atividades de Estética e Higiene Pessoal, tendo como base a influência do
“Mercado do Profissional de Estética”. Esta evolução é uma variável econômica
importante, inclusive, sendo a principal responsável pela modernização do
segmento em estudo, com reflexos positivos em sua estrutura ocupacional.
Pode-se constatar que os serviços são altamente personalizados e que a
evolução tecnológica não foi poupada nem tão pouco a sua mão-de-obra, pelo
contrário, o número de profissionais ligados à beleza aumentou fazendo com
que estes buscassem a melhoria dos seus perfis através do aprendizado e
qualificação contínua.
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METODOLOGIA
Os métodos de pesquisa utilizados no trabalho exposto foram de grande valia
no processo de produção desta monografia. Foram feitas pesquisas através de
referências bibliográficas, consultas à internet e pesquisa documental. Todo o
conteúdo foi usado como objeto de estudo e teve por finalidade a confecção e
o enriquecimento do trabalho proposto.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I – CORPO, BELEZA E ESTÉTICA 09
CAPÍTULO II – PROFISSIONAL DE ESTÉTICA NA
ÁREA DA EDUCAÇÃO E GRADUAÇÃO 13
CAPÍTULO III – O MERCADO ATUAL DO PROFISSIONAL DE
ESTÉTICA 16
CAPÍTULO IV – CONHECIMENTOS ESSENCIAIS DO GRADUADO
EM ESTÉTICA NO MERCADO DE TRABALHO 19
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 40
BIBLIOGRAFIA 53
ÍNDICE 54
FOLHA DE AVALIAÇÃO 57
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INTRODUÇÃO
Este estudo tem por objetivo a análise do mercado atual do profissional
de Estética. A escolha deste segmento deve-se a um conjunto de fatores
relativos à característica intrínseca do emprego gerado por ele, assim como
pelo volume de recursos que movimenta seja na indústria de bens, como de
serviços. Além disso, devido a importância que a beleza exerce no mercado de
trabalho, a sua evolução é uma importante variável econômica desta área,
conforme os capítulos citados.
No primeiro capítulo conceituaremos corpo, beleza e estética, falando da
importância histórica da estética. No segundo capítulo destacaremos a função
do profissional de estética na área da educação e graduação, sendo relevante
sua qualificação e atualização profissional. O capítulo seguinte tem como
objetivo esclarecer as oportunidades no mercado de trabalho atual deste
profissional em questão. No último capítulo citaremos os conhecimentos
essenciais para a atuação do graduado em estética, explicando suas principais
características e a importância do profissional aplicá-los corretamente.
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CAPÍTULO I
CORPO, BELEZA E ESTÉTICA
1.1– Corpo e Beleza
Em toda a história da humanidade temos exemplos da busca contínua
do Belo, quando diante do espelho procuramos a velha frase dos contos de
fadas: “Espelho, espelho meu, diga se há no mundo alguém mais bonito do que
eu?”.
Esse espelho que é o outro, que me vê, julga e transforma meu
comportamento. Capaz de influenciar na modificação de características
herdadas na busca de integração social. Valores são postos à prova pelos
sentidos. Fazemos um retorno das discussões filosóficas, estamos entre
Esparta e Atenas, a luta entre o corpo e o espírito, o dualismo cartesiano é
explorado em letras garrafais pela mídia.
O Belo é relacionado ao sucesso e diretamente a melhora financeira,
onde todas as portas sociais estenderão tapetes vermelhos. O corpo malhado,
a procura de recursos estéticos se torna uma faca de dois gumes: de um lado,
a melhora no conceito de bem-estar, pela OMS (Organização Mundial de
Saúde), sinônimo de saúde. Do outro, uma cisão em sua identidade, a
descaracterização de seu corpo, esse corpo onde escrevo minha história.
Na sociedade consumista existem alguns elementos que se encontram
interligados: a ciência, a mídia e a vida social. Esses elementos vão se
expandindo cada vez mais, levando consigo a lógica que é a característica do
mundo da técnica: o corpo produto social tende a seguir a perspectiva de ser
humano e de sociedade que se está formando.
Cuidar do corpo para possuir uma melhor aparência torna-se uma
necessidade para os indivíduos. O corpo se encontra no centro dessa nova
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utopia: os esforços em torno desse ideal são justificados pela sua identificação
com um novo arquétipo da felicidade humana.
A passagem, para esse novo universo dá-se por meio da tecnologia que
investe profundamente nas questões do corpo, a mesma identificada com o
progresso e a serviço do mercado que busca se expandir ilimitadamente.
Essa necessidade de possuir uma aparência corporal mais aceita
socialmente acontece devido aos novos conhecimentos ligados à Estética,
novas descobertas técnico-científicas e aos novos produtos e objetos típicos do
mercado da aparência.
Atualmente a “Estética” tem sido amplamente utilizada para indicar
algum tipo de especialidade ou especialização, como por exemplo: Medicina
Estética e Clínica de Estética. Ou ainda aproximando-se do sentido utilizado
de um conjunto de conhecimentos ligados à busca por um padrão de beleza
corporal reduzido à aparência exterior do corpo. 1.2 – Conceito de Estética
Podemos definir Estética como um ramo da filosofia que tem por
objetivo o estudo da natureza do belo, e dos fundamentos da arte. Ela estuda
o julgamento e a percepção do que é considerado belo (http://wikipédia.org).
Também inclui a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como
as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a idéia de obra de arte e de
criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a Estética
também pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser
considerado feio, ou até mesmo ridículo.
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1.3 – Estética como Ciência
A Estética adquiriu autonomia como ciência, destacando-se da
metafísica, lógica e da ética, com a publicação da obra Aesthética do educador
e filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, em dois volumes, 1750-1758
(Aristóteles, 1993). Baumgarten traz uma nova abordagem ao estudo da obra
de arte, considerando que os artistas deliberadamente alteram a Natureza,
adicionando elementos de sentimento a realidade percebida. Assim, o
processo criativo está espelhado na própria atividade artística.
Compreendendo então, de outra forma, o prévio entendimento grego clássico
que entendia a arte como mimesis da realidade.
1.4 – Estética na Antiguidade
Para Platão, Aristóteles e Plotino – a Estética era estudada fundida
com a lógica e a ética (Suassuna, 2004). O belo, o bom e o verdadeiro
formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançada
identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais.
1.5 – Estética na Idade Média
Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a Estética independente
de outros ramos filosóficos. Dois aspectos fundamentais podem ser destacados
no âmbito do belo:
- A Estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às
custas da lógica e da moral – os valores humanos fundamentais: o verdadeiro,
o bom, o belo. Era central a idéia de valor que enunciaria as normas gerais do
belo.
- A Estética assumiu características de uma metafísica do belo, que se
esforçava para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis:
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Reflexo do inteligível da matéria (Platão), manifestação sensível da
idéia (Hegel), o belo natural e belo arbitrário (humano).
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CAPÍTULO II
PROFISSIONAL DE ESTÉTICA NA ÁREA DA
EDUCAÇÃO E GRADUAÇÃO
O profissional de Estética é responsável por cuidar da saúde do corpo e
da pele, voltando-se para o bem-estar físico, estético e mental das pessoas.
Também atua com embelezamento, com conhecimentos científicos, teóricos e
práticos. Está apto para definir e aplicar técnicas, procedimentos e tratamentos
estéticos, faciais, corporais e capilares.
Além disso, pode elaborar protocolos de tratamentos estéticos e
trabalhar em equipe multidisciplinar com médicos, fisioterapeutas,
nutricionistas, educadores físicos e com o público em geral.
Por isso, um esteticista precisa ter plena consciência da importância que
tem para seus pacientes. Pois, além de conhecimentos científicos e
anatômicos do corpo humano, este profissional também precisa ter noções de
cosmetologia e princípios ativos de cada cosmético. Um paciente tendo a
certeza que a profissional que trata do seu corpo possui conhecimentos de
nível superior ficará mais tranqüilo ao se entregar para os cuidados
necessários.
A graduação em Estética é inovadora, tem grande proposta curricular
alinhada às tendências internacionais de ensino, na promoção do bem-estar e
melhoria da qualidade de vida da população.
Os Cursos Superiores de Tecnologia implantados em todo país,
regulamentados, avaliados e aprovados pela CNE/SENTEC/MEC representam
uma solução rápida e mais econômica para formar bons profissionais voltados
para o mercado de trabalho, principalmente em profissões que existem de fato.
(Revista Vida Estética, Barreto & Lomba, no. 123, ano 2006).
Estes cursos tornaram-se a alternativa que o mercado buscava para a
qualificação e re-qualificação de profissionais. Mais flexíveis, dinâmicos,
focados e pertinentes, esses cursos têm atraído uma população de alunos de
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mais idade, principalmente pessoas que procuram uma segunda chance de
acesso ao nível superior.
Basicamente, os cursos superiores de tecnologia representam uma
parte específica de determinado campo mais amplo do conhecimento, voltado
diretamente para a aplicação prática.
No caso da Estética, é uma área profissional cuja importância tem
aumentado, e em muito, nestes últimos anos. Realiza um programa de saúde
social, preventiva, curativa e reabilitadora, sendo a construção e a
reconstrução do equilíbrio psicofísico individual, o seu objetivo.
Hoje, em conjunto com a Medicina Estética, Cirurgia Plástica e outras
especialidades médicas, participa e atua como auxiliar em novos campos de
ação a saber:
- No tratamento da estética constitucional;
- No tratamento da seqüela inestética da enfermidade ou do
acidente traumático;
- Na prevenção do envelhecimento;
- Na educação, constante, para permitir a cada um, um manejo
racional do próprio patrimônio biológico, graças a um programa de higiene
física, alimentar e mental.
A função do Tecnólogo em Estética é cada vez mais precisa e
determinada. Dele requer-se uma preparação interdisciplinar intensiva e são
indispensáveis conhecimentos nas diversas especialidades médicas com as
quais irá trabalhar como adjunto, além de contar com um
Excelente inter-relacionamento com estes especialistas, tendo assim a
oportunidade de oferecer a sua clientela o binômio Saúde & Beleza.
Hoje, mais do que a titulação, o mercado analisa o potencial do
profissional, por isso, quanto melhor sai o aluno formado em tecnologia, maior
será sua oportunidade em concorrer no mercado.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), qualidade de vida
pode ser definida como saúde e bem-estar físico e mental do indivíduo, e
dentre os diversos fatores para alcançar esse bem-estar é fundamental estar
de bem com a própria imagem.
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O crescimento da expectativa de vida de homens e mulheres e a
valorização da qualidade de vida dos mesmos faz com que estes se
preocupem cada vez mais com a saúde física, mental e com a sua imagem
(http://uvaonline.uva.br). Aliados a estes fatores, os meios de comunicação de
massa vêm contribuindo significativamente para extrema valorização da
imagem.
É neste contexto que surge a busca pela aparência ideal ou o mito do
corpo perfeito e, com isso a necessidade da capacitação e qualificação de
profissionais e o desenvolvimento de competências específicas para que
possam atuar oferecendo à sociedade tratamentos estéticos não-médico,
facial, corporal e capilar, independente de idade ou sexo.
É preciso não esquecermos que é de suma importância que o bom
profissional de estética esteja sempre se reciclando com relação ao
aprendizado. Trabalhar com o público, mexer com a auto-estima das pessoas
faz parte da vida do esteticista.
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CAPÍTULO III
O MERCADO ATUAL DO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA
O mercado de trabalho do profissional de Estética vem crescendo, a
mão-de-obra dobrou na última década.
A análise do segmento brasileiro de Higiene Pessoal tem como objetivo
resgatar a influência da “beleza” no mercado de trabalho, não apenas na
estrutura do emprego, mas também em nível de renda individual e suas
conseqüências, entendendo-se que esse predicado, sujeito aos ditames da
moda, passou a ser uma variável-chave no desempenho dos serviços relativos
a esse segmento.
A importância da beleza como elemento do processo discriminatório
tanto pode ser analisada pelo ângulo do mercado de trabalho, como dos
capitais envolvidos na produção dos insumos requeridos ao atendimento dos
serviços de beleza. Como variável econômica tem forte impacto sobre o
mercado de trabalho.
A questão tecnológica e a internacionalização de segmento estão
diretamente ligadas à oferta dos produtos (Cosméticos/perfumaria), mas a
prestação de serviço de beleza permanece com uma marca local e individual.
Os aspectos relevantes deste estudo sobre esta atividade devem ser
principalmente, a sua geração de postos de trabalho.
O consumo de cosméticos no Brasil cresceu muito nos últimos anos,
refletindo uma mudança de hábitos dos brasileiros.
Alguns fatores explicam essa mudança de hábitos dos brasileiros que
provocou o crescimento no consumo de produtos de beleza. Em primeiro
lugar, como em outras sociedades, a maior inserção da mulher no mercado de
trabalho. Essa inserção elevou o nível de renda da população feminina e
consequentemente o consumo de produtos e serviços de beleza. Em segundo
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lugar, essa busca da beleza é reforçada pela segmentação que existe no
mercado de trabalho estimulando o sentimento de vaidade e preocupação com
a aparência. Agregados a isso, o medo de envelhecer. Em terceiro lugar, o
mercado de trabalho, cada vez mais seletivo, exigiu também que os homens
cuidassem mais da aparência física, levando o sexo masculino a procurar os
produtos e serviços de beleza.
O mais interessante é que esse comportamento da população brasileira
provocou não só a sofisticação e diversificação da produção de cosméticos,
mas também mudanças tecnológicas nos serviços de beleza que utilizam tais
produtos.
O interesse dos homens em relação aos tratamentos estéticos e
produtos cosméticos está em franca evolução. Para as clínicas de estética que
não somente tomam conhecimento da novidade, mas que ao mesmo tempo se
preparam para receber adequadamente este novo tipo de cliente, abrem-se
muitas oportunidades de largar na frente dos seus concorrentes.
O crescimento da demanda desses serviços de beleza pode ser um dos
fatores explicativos do seu aumento de preço.
O mercado de trabalho está em plena ascensão. Atualmente é o país
que ocupa o 2º lugar em número de cirurgias plásticas no mundo. A procura
por produtos para a pele e higiene hoje é muito intensa. O consumidor está
mais exigente, preocupando-se em buscar profissionais cada vez mais
qualificados tendo abolido a intervenção realizada por leigos.
A remuneração salarial é totalmente compatível com a dos profissionais
universitários. Se o profissional trabalha com embasamento científico e atua
em uma linha correta, o resultado é totalmente positivo.
Os profissionais de estética também se tornaram indispensáveis nas
clínicas dermatológicas e de medicina estética, empresas de cosméticos,
SPA´s e etc.
A preferência neste mercado é pelo profissional altamente motivado e
qualificado. Para atingir o padrão comportamental da automotivação é preciso
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adotar modelos mentais que envolvam uma postura mental positiva em face de
qualquer circunstância.
O esteticista incorpora aos seus padrões comportamentais o espírito de
empreendedor, outra característica importante é o bom-humor, pois sugere um
perfil emocionalmente equilibrado. As pessoas bem humoradas tendem a
influenciar o ambiente em que trabalham de uma forma bastante positiva.
Todas os conhecimentos citados no capítulo seguinte são importantes
para o graduado em Estética, sendo enfatizados: Anamnese, Cosmetologia,
Drenagem Linfática Manual, Massagens e Terapia Capilar.
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CAPÍTULO IV
CONHECIMENTOS ESSENCIAIS DO GRADUADO EM
ESTÉTICA NO MERCADO DE TRABALHO
4.1 - Anamnese
O diagnóstico é a base fundamental para uma orientação correta na
elaboração do plano de tratamento com êxito (Material de Apoio, Graduação
em Estética UNISUAM, 2005). A obtenção de um diagnóstico correto se
fundamenta na identificação exaustiva dos problemas e sintomas presentes no
processo, objeto do tratamento.
Os caminhos de um processo estão formados por todo aquele
conjunto de manifestações, caracteres ou alterações objetivas que causam o
dito processo.
Uma vez que sejam circunstâncias objetivas, indica que poderão ser
observadas e reconhecidas pelo profissional que realiza o diagnóstico, por isso
é importante uma correta exploração física.
No decorrer de uma anamnese é normal encontrarmos alterações
pigmentarias visíveis, estrias, edema ou tumefação, rugas, feridas e etc. O
profissional tem que estar muito preparado para reconhecê-las, tratá-las e no
momento certo, encaminha-las ao médico ou ao profissional responsável pelo
referido problema (Anexo 1,2,3,4,5 e 6).
4.2 - Afecções da pele
O diagnóstico das doenças que afetam a pele depende do apurado
exame morfológico das lesões cutâneas que as caracterizam e que são
derivadas de processos patológicos.
O estudo da pele se faz de grande importância para o profissional de
Estética, já que é nela que se vai trabalhar.
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O esteticista tem que estar atento a todas as alterações da pele, para
poder distinguir o que pode ser tratado. Ter conhecimento de alternativas de
tratamentos, caso o resultado não seja satisfatório. Saber o limite de cada pele,
pois nem sempre se obtêm os resultados totais.
4.3 – Anatomia
É parte da biologia que estuda as formas e as estruturas dos corpos
vivos de uma forma geral. O estudo da anatomia humana é macroscópico, ou
seja, é o estudo das estruturas visíveis a olho nu.
4.4 - Aromaterapia
É a arte e ciência milenar de utilizar aromas, em forma de óleos
essenciais para cuidar da beleza e da saúde física e mental.
4.5 – Biologia
É a ciência que estuda os seres vivos, na Estética tratamos de seres
humanos, daí a fundamental importância de estudarmos todos os aspectos da
vida humana, células, os componentes do corpo, para podermos cuidar da pela
dos pacientes.
4.6 - Biofísica
Estudo dos compostos e processos físicos envolvidos nos seres vivos.
4.7 – Bioquímica
Ramo da química que trata das reações ocorrentes nos organismos
vivos. A célula é a unidade básica da constituição da matéria viva e constitui
um sistema ativo e dinâmico. No entanto, é fundamental para a manutenção
da vida e que algumas características permaneçam inalteradas, como por
exemplo suas composições químicas.
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4.8 – Cosmetologia
Trata-se da preparação, estocagem e aplicação de produtos
cosméticos e das regras que regem estas atividades, sejam de natureza
química, física, biológica ou microbiológica (Material de Apoio – UNISUAM-
2005).
O termo cosmético deve se limitar aos produtos com ação superficial,
sem caráter terapêutico, não penetrando na estrutura celular ou fazendo
sinergia com o sistema circulatório. Qualquer ação em profundidade sobre a
pele e anexos, com produtos que alteram a estrutura celular, passa ao domínio
médico e deve ser visto como medicamento.
Composição:
Princípio Ativo, adjuvantes (conservantes, corantes, umectantes,
estabilizantes e emulsionantes), veículos: base, excipiente e coadjuvante.
Função dos Cosméticos:
O cosmético deve limpar, corrigir, proteger e embelezar a pele e anexos.
Higienizar:
Remover impurezas, provenientes de secreções dos resíduos celulares
e do ambiente, purificando a superfície, para facilitar suas funções (sabonetes,
emulsões de limpeza, peeling, dentifrícios).
Conservar/Proteger:
Manter a pele em bom estado, protegendo e conservando suas
características naturais permitindo o equilíbrio perfeito de suas funções
(hidratantes, nutritivos, protetores solares).
Reparar/Corrigir:
Atenuar imperfeições ocasionadas por alterações orgânicas ou causas
externas. Suprir as deficiências e carências devolvendo o equilíbrio e saúde da
pele (produtos “anti-acne”, máscaras “anti-tempo”, ampolas revitalizantes).
Dissimular/valorizar:
Manchas ou cicatrizes podem ser dissimuladas com o recurso da
maquiagem, que também serve para valoriza as formas através das cores
(batom,base, sombra).
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4.8.1 - Tipos de Cosméticos
Os produtos de beleza e tratamento cosmético dividiam-se
tradicionalmente em dois grupos: os extraídos de fontes naturais e aqueles
obtidos por síntese. Hoje se sabe que a maior parte das substâncias utilizadas
na formulação de cosméticos pertence ao grupo dos “produtos naturais
modificados” que embora obtidos natureza, foram modificados estruturalmente
para apresentar propriedades mais atenuantes ou menos tóxicas.
-Naturais (fitoterápicos) – encontramos na natureza;
-Sintéticos – feitos em indústrias, fabricados:
-Naturais modificados – utiliza o que já está pronto na natureza e
adiciona algum componente .
4.8.2 - Forma Cosmética
É a forma que apresenta o corpo do produto cosmético, de acordo com
as funções, tipo de pele e propriedades do produto. Pode se apresentar em
forma de gel, loção, emulsão, creme, suspensão, pó, barra, etc.
4.8.3 - Classificação dos Cosméticos
- Capilar (anti-queda, anti-caspa, cabelos normais, cabelos secos e
oleosos).
- Corporal (mãos, pés, resto do corpo)
- Facial (pela seca, pele oleosa e normal)
- Infantil
- Masculino
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4.9 - Drenagem Linfática Manual
Foi criada na Europa, precisamente na Alemanha, no ano de 1932,
pelo fisioterapeuta Emil Vodder e sua esposa Estrid (Santé e Beuté, Paris,
1936).
Vodder começou experimentalmente a tratar pacientes acometidos de
gripes e sinusites, manipulando seus linfonodos do pescoço través de
movimentos suaves e rotativos.
Tendo em vista os resultados satisfatórios, o casal disciplinou o
método, inicialmente, intuitivo. A partir dos anos 50, o casal Vodder deu cursos
em vários países europeus, principalmente na Alemanha.
Em 1978, Emil Vodder, abriu pessoalmente o I Congresso
Internacional da Associação para D.L.M. na Nach Vodder, em Innbrusck, na
Áustria, com as seguintes palavras:
“Acredito que virá o tempo em que a maior meta da humanidade será
ajudar o próximo. As pessoas que trabalham com D.L.M. entenderão que a
colaboração e a compreensão mútua são necessárias para mobilização de
forças positivas. Estas forças não são compreendidas, porque não são
mensuráveis. Mas o paciente sente energia, ele restabelece a saúde mais
rapidamente” (Material de Apoio-UNISUAM-2005).
4.9.1 - O que é D.L.M.?
Segundo Gallego e Expósito, 1993, é um método de massagem
específica destinada a melhoria das funções essenciais do sistema circulatório
linfático por meio de manobras precisas, leves e rítmicas. Estas manobras
atuam ativando e melhorando a circulação linfática e favorecendo a eliminação
da linfa e dos líquidos intersticiais.
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4.9.2 - Objetivos da D.L.M.
1 – Melhorar a função do retorno venoso e reduzir as estases capilares
e venosas, atuando em dois níveis: Aumentando o retorno venoso e a pressão
venosa;
2 – Aumentar a velocidade circulatória venosa e linfática, iniciando
este processo pela microcirculação;
3 – aumentara a permeabilidade capilar linfática e diminuir a hipotonia
vascular;
4 – Reduzir e tratar a sensação de peso nos membros inferiores, além
das dores, edemas, varicosidades e extremidades frias;
5 – Prevenir ulcerações cutâneas, infecções e feridas;
6 – Diminuir a pressão hidrostática venosa e a pressão capilar,
evitando o refluxo de fluidos e proteínas para os tecidos;
7 – Drenar o excesso de líquido acumulado nos espaços intersticiais,
promovendo assim, a desintoxicação do tecido, com a conseqüente melhoria
da oxigenação e nutrição celular, além do aumento da circulação sanguínea.
Os efeitos da D.L.M. podem também ser observados sobre o metabolismo, o
tecido muscular, a pele e o sistema neuro-vegetativo.
4.9.3 - Efeitos sobre o metabolismo
A D.L.M. não exerce nenhuma alteração no metabolismo geral. No
entanto, em função da modificação circulatória, alguns processos metabólicos
locais, segundo Foldi, 1993, como a nutrição celular, são beneficiados.
4.9.4 - Efeitos sobre o Tecido Muscular
A D.L.M. é realizada com movimentos leves e calmos que provocam
relaxamento da musculatura, favorecendo a eliminação de ácido lático nos
músculos que foram submetidos a exercícios prolongados. Segundo Gallego e
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Expósito, mesmo no tecido muscular que não está sob fadiga, o efeito da
drenagem é benéfico, pois melhora a nutrição das células musculares.
4.9.5 - Efeitos sobre a pele
Como os movimentos da D.L.M. são muito suaves e lentos, o
aquecimento da pele é reduzido. Esse efeito da drenagem é positivo, pois, do
contrário, a técnica não seria indicada em casos de pele com eritema.
Segundo Gallego e Expósito, os outros efeitos sobre a pele estão
relacionados com a diminuição de edema, a desintoxicação dos tecidos e a
melhoria da oxigenação e da nutrição celular.
4.9.6 - Efeitos sobre o Sistema Neurovegetativo
Os efeitos relaxantes e reparador observados na massagem, são
também alcançados na D.L.M. Os contatos no nível da pele transmitem os
receptores estímulos que serão interpretados pelo sistema nervoso autônomo,
diminuindo a sensação de dor no local massageando e promovendo bem-estar.
4.9.7 - Indicações da D.L.M.
A D.L.M. tem inúmeras indicações. Serão citadas algumas indicações,
como:
- Fibro Edema Gelóide
- Edemas Faciais
- Varicosidades e Varizes
- Pós operatório de cirúrgia estética, visando primeiramente absorção
do edema pós-cirúrgico.
- Tecidos cicatriciais
- Revitalização tecidua
-Acne
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4.9.8 - Contra-Indicação da D.L.M.:
Distúrbios Cardíacos recentes ou não; infarto, angina pectoris
Edema por insuficiência cardíaca descompensada
Tumores malignos
Alguns casos de hipertensão severas
Distúrbios tireoideanos
Zonas corporais purulentas ou supurantes
Enfermidade da pele
Edema nefrítico
Edema por infecção aguda
Infecções agudas (febre)
Flebite, trombose e tromboflebite.
Estas contra-indicações são devido a ação que a D.L.M. exerce sobre
a circulação, aumentando o fluxo e a permeabilidade dos capilares. Por
exemplo, no caso da hipertensão, a D.L.M. poderá aumentar ainda mais a
pressão arterial, devido ao fluxo aumentado de sangue e linfa no caso, da
trombose e tromboflebite a drenagem poderá mobilizar o trombo causando
assim uma embolia.
4.10 – Ética
É o estudo geral do que é bom ou mau, correto ou incorreto, justo ou
injusto, adequado ou inadequado (Glock,RS, Goldim JR, 2003)
4.11 – Fisiologia
É a ciência que tenta explicar os fatores físicos e químicos que são
responsáveis pela origem, desenvolvimento e progressão da vida. A Fisiologia
para a Estética tem como objetivo proporcionar conhecimentos sólidos e
aplicados sobre as atividades dos sistemas biológicos humanos, bem como
suas inter-relações funcionais e manutenção da homeostase, capacitando o
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futuro esteticista para o bom desempenho de suas atividades (Material de
Apoio UNISUAM – Estética-2005)
4.12 - Massagem Estética
É um férreo recurso nas mãos do massoterapeuta, porque é um meio de
buscar harmonia do cliente como um todo. Trazendo, além da beleza, o alívio
das tensões emocionais e físicas que são adquiridas no dia a dia.
Segundo pesquisas que realizei sobre o histórico de Massagem, e
estudos que fiz para graduação no Curso Superior de Estética e Cosmetologia
– UNISUAM, encontrei a que considero melhor para o nosso entendimento.
De acordo com IBRAPE, massagem é um conjunto de técnicas usadas,
aproximadamente, desde o século XV na Índia, tendo surgido na maioria das
Culturas européias por volta de 1800. É mencionada como uma forma de
tratamento nos registro médicos mais antigos, e seu uso persistiu durante toda
a história escrita. Textos médicos, filósofos, poetas e historiadores mostram
que alguma forma de fricção ou de unção era utilizada desde a mais remota
antiguidade nas culturas em todo o mundo.
Apesar de existir pouca evidência de que massagem era praticada como
uma arte curativa nos tempos pré-históricos, é muito provável que isso
ocorresse. Existe certa qualidade instintiva para o uso das mãos num
movimento de fricção carpicia e compreensão, que é tanto calmante, quanto
confortante.
Observa-se que o homem utiliza a massagem como recurso terapêutico
desde os tempos pré-históricos. A utilização da massagem na prática médica
foi descrita por Hwang Ti, o Imperador Amarelo (morreu em 2599 aC.),
seguidamente Homero em 1200 aC e por Hipócrates 460 aC.
Os gregos antigos, talvez mais do que as outras culturas são
responsáveis por dar a massagem tamanho grau de aceitação social. Este
povo estabeleceu casa de banho muito sofisticadas, onde havia a possibilidade
da prática de exercícios, massagens e banhos, mas os seus clientes amavam
mais a luxúria, em vez de buscar saúde.
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Os romanos herdaram boa parte da tradição da massagem dos gregos e
essa prática era amplamente utilizada, especialmente em conjunto com banhos
quentes.
Galeno (131 a 201 dC) o médico mais famoso do Império Romano,
escreveu especialmente sobre o tópico da massagem, tendo descrito diversos
modos pelos quais a massagem poderia ser administrada.
Em tempos mais recentes foi desenvolvida e elaborada por Ling da
Suécia e Mezger da Holanda. Posteriormente seus defensores foram Wier
Mitchell e Kellogg nos EUA, e Cyriax e Mennel na Inglaterra.
A massagem na atualidade não é mais considerada como empírica e
sim como ciência, uma vez que muitos efeitos relacionados a este recurso
foram estudados.
4.12.1 - Objetivos da massagem
Promover o alívio do estresse ocasionando o relaxamento muscular;
Mobilizar estruturas variadas;
Aliviar a dor;
Diminuir o edema, melhorando a circulação;
Prevenir deformidades;
Promover a independência funcional do indivíduo;
Beneficiar a beleza.
4.12.2 - Efeitos mecânicos
A massagem exerce efeito mecânico local decorrente da ação direta da
pressão exercida no seguimento massageado e também uma ação reflexa,
indireta, por liberação local de substâncias vasoativas. Resumidamente as
diversas técnicas de massagem podem promover:
Aumento da circulação sanguínea e linfática;
Relaxamento muscular local e geral;
29
Alívio da dor;
Aumento da perspiração;
Aumento da nutrição tecidual;
Aumento da secreção sebácea;
Remoção de produtos catabólicos;
Aumento da maleabilidade e extensibilidade tecidual;
Aumento da mobilidade Articular;
Descolamento, direcionamento e remoção de secreções pulmonares;
Estímulo de funções viscerais;
Estímulos de funções autonômicas (reflexos);
Auxílio na penetração de fármacos.
4.12.3 - Efeitos na circulação sanguínea e linfática
Considerando que todas as técnicas de massagem envolvem um certo
grau de manipulação da pele e tecidos subjacentes, é razoável esperar que
eles possam exercer um efeito considerável no fluxo sanguíneo e linfático
nestes tecidos tratados. Além disso, é de se esperara que um edema
acumulado nestes tecidos sejam similarmente afetado.
Teoricamente, se a quantidade de sangue venoso conduzida ao
coração puder ser aumentada pela massagem, a freqüência cardíaca ou o
volume de batimentos também podem aumentar e assim um maior volume de
sangue arterial pode ser transportado até a periferia..
A massagem em todo o corpo durante 20 minutos, causa um efeito
dilucional e altera a fluidez do sangue. Quando esse efeitos são associados
ao aumento do fluxo sanguíneo e linfático promovido pela massagem, pode-se
notar nitidamente que esta fórmula de tratamento tem um papel significativo a
desempenhar na manutenção e promoção geral dos tecidos.
Tem como efeito aumentar a velocidade da circulação sanguínea, a
hepiremia cutânea, a elevação de temperatura da pele, e, microscopicamente,
um enchimento de maior número de capilares da pele em atividades.
30
Estes efeitos são parcialmente reflexos e devido à liberação de
histamina e acetilcolina nos tecidos. A massagem profunda produz aumento
da circulação sanguínea no membro contra-lateral não tratado. Devido a tais
efeitos observados podemos constatar o alívio do cansaço nas pernas e
excreção renal de líquidos, assim diminuindo a retenção de líquido corporal.
Na circulação sanguínea ocorre também o chamado efeito reflexo,
verificado principalmente no deslizamento, proporcionando uma vasodilatação
capilar por desencadeamento dos mecanismos de vasos reflexos que
intensificam a circulação, melhorando as condições de trocas iônicas nos
tecidos ou por ação nervosa, produzindo sedação. Esses efeitos estão
relacionados à estimulação de terminações sensoriais, que promovem uma
resposta reflexa imediata pela medula espinhal.
Resumindo, os efeitos da massagem sobre a circulação sanguínea,
podemos concluir que a massagem aumenta transitoriamente o fluxo superficial
de sangue.
4.12.4 - Efeito no Sistema Nervoso
Sempre que a pela é tocada, ou os tecidos subjacentes são
manipulados, são ativados diversos receptores sensitivos em vários tecidos.
Sinais aferentes avançam até a medula espinhal, formam sinapses com
diversos neurônios espinhais e terminam encontrando o seu caminho até o
córtex sensitivo e outros centros cerebrais. Da coluna podem ser disparados
vários reflexos espinhais, dependendo do tipo e profundidade da técnica de
massagem e da parte do corpo que está sendo massageada, é provável que
ocorra uma atividade reflexa similar em diversos centros autônomos e núcleos
cerebrais.
A acupressura tradicional e muitas técnicas orientais de massagem se
propõe a afetar uma série de funções do sistema nervoso. Exemplos deste
princípio também podem ser encontrados nas teorias de reflexologia, que
defendem a estimulação manual direta de diversas áreas do corpo, (pés, mãos
31
e orelhas)(Material de Apoio – Curso Superior de Estética e Cosmetologia –
UNISUAM, 2005).
4.12.5 - Efeitos Metabólicos
Ao contrário do exercício, a massagem não alimenta o consumo do
oxigênio e nem causa produção do ácido lático . Há relatos de que a
massagem abdominal causa diurese e esta diurese é acompanhada de
elevada excreção de nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio, podemos
também observar o aumento da peristalse proporcionado o bom funcionamento
intestinal e a liberação de flatos.
Já era conhecido desde a década de 1940, que a massagem
isoladamente não promovia a redução ponderal. Estudos clínicos realizados
em pacientes obesos revelam que a massagem não tem efeito sobre a
obesidade generalizada ou sobre depósitos especializados de gordura, sendo
incapaz para a redução de peso considerável, podendo chegar até a 1,5 kg do
peso corporal devido a liberação dos líquidos retidos, portanto a diminuição
deste peso não é por perda de gordura, e sim, por excreção de líquidos que
estavam retidos.
4.12.6 - Efeitos reflexos
Os efeitos reflexos podem ser explicados pelas ações das massagens
nos sistemas nervosos central, autonômicos e periférico (Material de Apoio –
Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM, 2005). Esses efeitos
foram estudados por Baar e Tasiet, que analisaram as respostas autonômicas
às massagens efetuadas na coluna de pessoas normais. As respostas
encontradas foram alimentos da atividade simpática, aumento da pressão
sanguínea sistólica, da freqüência cardíaca, da atividade de glândulas
sudoríparas, da temperatura periférica da pele, da temperatura corporal e
diminuição da freqüência respiratória.
32
Os efeitos reflexos podem ser entendidos como alterações do limiar
elétrico associadas ao sistema neurológico, obtendo-se diversos efeitos
fisiológicos.
4.12.7 - Efeitos psicológicos
O contato físico transmite amor, consciente ou inconscientemente, e
pode desencadear alterações metabólicas e químicas no corpo, as quais
ajudam a curar. A estimulação tátil e as emoções podem controlar a endorfina
(hormônio natural que alivia a dor) e assim nos proporciona uma sensação de
alívio e bem estar.
O contato físico é uma necessidade biológica, o problema de saúde se
atenua bastante sob a ação do contato físico , que induz a um estado a um
estado emocional positivo que por sua vez, ajuda o corpo em seu processo de
cura.
Por meio do contato físico pode-se instigar a motivação para diminuir o
medo, a frustração, a ansiedade, e a sensação de desamparo. Infelizmente,
nossa cultura impõe limites rígidos ao nosso comportamento nesse aspecto.
Em nossa época, a muito se pratica o contato físico como meio de
comunicação e terapia, principalmente nas áreas de saúde mental e física. O
contato físico funciona bem, quando empregado com a mesma sensibilidade e
cautela observados em outros métodos terapêuticos.
Outros aspectos também influenciam psicologicamente como o
ambiente do local de atendimento, que deve ser confortável, aconchegante e
bonito, pois este local é o primeiro aspecto que o cliente observa e logo em
seguida o terapeuta, estes são os dois itens mais importantes para seduzir o
cliente.
O massoterapeuta deve estar disposto a fazer o tratamento, afinal
trocamos energia com o toque, e se isso não acontecer o cliente vai sentir algo
de diferente podendo sair da sessão insatisfeito, de mal humor e tenso. O
massoterapeuta deve estar com roupas clara ou branca, confortável, bem
disposto e simpático (sorrindo).
33
Devemos ouvir mais, falar menos e não esquecer o nosso trabalho,
afinal nós somos massoterapeutas
4.13 - Terapia Capilar
De acordo com Nunes, Porciúncula, 2003, desde os primórdios da
humanidade os cabelos tem sido alvo de preocupação e cuidados. Por
constituírem um importante adorno pois se localiza na área onde se encontra
as partes mais expressivas do nosso corpo e a que primeiro é notada pelos
que se aproximam de nós, por isso a veneração a eles invadiu os impérios, a
religião,a cultura, as classes sociais e a ciência. Além disso soma-se o fato de
ser de suma importância contra radiações solares.
Ao longo da história, desde épocas mais remotas até nossos dias, os
cabelos tem se destacado como símbolo de força, poder, superioridade, moral,
virtude, humildade, desprendimento, beleza e sedução.
O exemplo mais marcante do mito da cabeleira como símbolo de força
e poder, encontra seu fundamento Bíblico na história de Sansão.
No Oriente as longas tranças dos mandarins é símbolo de força. E as
noviças que cortam os cabelos ao entrarem para o Convento, em sinal de
desapego a vaidade (Lacerda, Gráfica Montanha, 1997).
Papiros egípcios com mais de quatro mil anos, tais como Ebers e de
Hearst, já citavam a anatomia do couro cabeludo e fórmulas para queda de
cabelos, como por exemplo, mistura de partes iguais de gordura de leão,
hipopótamo, crocodilo, ganso e cobra.
Cleópatra já receitava para seu amado Júlio César, que era calvo, rato
doméstico (nunca selvagem), dente de cavalo, gordura de urso e medula de
veado. Os papiros continham ainda fórmulas capilares para produzir o
crescimento dos mesmos em calvos, para aumentar seu crescimento, para
crescer cabelos em cicatrizes, para depilar o couro cabeludo e para tingir os
cabelos. Descreveram ainda um estudo anatômico do couro cabeludo, com
menção à existência de vasos.
34
Em todos os tempos e em todas as culturas inúmeras fórmulas,
opções, medicamentos exóticos e milagrosos foram tentados para o tratamento
da calvície e ao que se sabe todos com resultados desapontadores.
O primeiro especialista em doenças do couro cabeludo, foi o egípcio
Hakiem-el-Demagh, que idealizou várias fórmulas para calvície. As alopecias
eram conhecidas desde a antiguidade egípcia.
Foi na Grécia que nasceu o pai da medicina, Hipócrates, sendo o
primeiro a separar a medicina da religião (460 aC.) Hipócrates se interessava
pelas alopecias, recomendando para as calvícies iniciais, massagens de
láudano com óleo de rosa, de linho ou de olivas verdes. Em caso de calvície
constituída, prescrevia cataplasma a base de cominho, excremento de pombo,
alho socado e urtiga.
Percebe-se assim, que a queda de cabelos provocada por excesso de
cuidados, não é uma doença exclusivamente contemporânea.
Em 1765, na França, foi escrito o primeiro tratado completo sobre
cosméticos capilares, por um cabeleireiro francês da corte, que usava o
pseudônimo de Lê Gros.
As afecções do couro cabeludo são hoje enumeradas e tratadas. A
cosmetologia fez consideráveis progressos, proporcionando produtos eficazes,
e cada vez menos nocivos. As alopecias, ligadas a manipulação brutais dos
cabelos, ainda existem, mais são cada vez mais raras. As tinturas têm
causado cada vez menos problemas. Enfim, a garantia de cabelos
naturalmente belos, é um anseio que permanece e torna-se cada vez mais
acessível a todos, favorecido pela moderna cosmetologia.
O cabelo como moldura de nosso rosto, tem seu papel fundamental
para aumentar nossa auto-estima e fazer com que nos sintamos parte
integrante desta sociedade, onde os padrões estéticos são cada dia, mais
exigentes!
4.13.1 - Tipos de Pêlos
l) Lânugos – cobrem todo o corpo do bebê ainda no útero
35
.2) Vellum – é macio, fino, curto e despigmentado. Cobrem todo o
corpo menos a palma das mãos, planta dos pés e mucosas.
3) Pêlos cerdosos - mais ou menos ásperos que se localizam em
regiões específicas como cílios, sobrancelhas, áreas púbicas.
4) Pêlos terminais – são pêlos com capacidade de crescimento,
pesados, ásperos e pigmentados (exemplo: couro cabeludo, barba).
4.13.2 - Tipos de Couros cabeludos
Oleoso – sebo fluente e brilhante.
Seborréico - por excesso de sebo fluente; por seborréia serosa ou
exacerbada.
Sebo – por alipicia (diminuição de sebo)
Sebo por desidratação – (falta ou diminuição por retenção hídrica).
Sensível – vermelhidão, extremamente reagente (fatores exógeno e
produtos inadequados).
Normal – saudável, secreções equilibradas.
4.13.3 - Tipos de cabelos e suas características
Cabelos normais – este tipo de cabelo tem aparência saudável. São
cabelos dóceis, sedosos, brilhantes, com vida, equilíbrio e volume. Não
apresentam disfunções dos cabelos oleosos ou secos, encontramos em
crianças (2% da população).
36
Cabelos oleosos – este tipo de cabelo se caracteriza por um aspecto
de pouco volume. Tem brilho, que é decorrente do excesso de oleosidade no
couro cabeludo. É um cabelo pesado que às vezes dá aparência de sujo.
Existe uma associação freqüente com a caspa devido à maior secreção
sebácea; podendo inclusive acelerar o processo de queda (10% da população).
Cabelos secos – este tipo de cabelo apresenta falta de brilho, e
aspecto seco ou ressecado, desde a raiz até as pontas, geralmente armados,
volumosos. De toque áspero e desagradável. Tem aparência frágil e não tem
brilho (8% da população).
Cabelos mistos – atualmente, este tipo de cabelo é bastante comum,
pois as atividades do dia a dia o caracteriza de maneira bastante forte,
mudanças no visual como: tinturas, alisamentos, permanentes e etc. O efeito
do calor solar ou secador, também são bastante prejudiciais, os fios são secos
e oleosos na “raiz” (80% da população).
4.13.4 - Análise do couro cabeludo
As condições e a aparência de seus cabelos, assim como as da pele,
refletem a saúde interior do indivíduo. É do equilíbrio do couro cabeludo que
depende a vitalidade capilar.
Comece avaliando a sua mobilidade: apóie os dedos ligeiramente
afastados na cabeça e desloque o couro cabeludo, sem escorregar os dedos.
O ideal é que ele se mova facilmente. Um couro cabeludo rígido, em
geral é conseqüência do excesso de tensão, dificulta a circulação sanguínea e
a alimentação dos bulbos capilares. Com isso, encontraremos um quadro de
cabelos sem vida, sem elasticidade e, frequentemente, com uma queda
acentuada dos fios.
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a) Queda
Fazer um teste de tração, passar entre dois dedos uma dúzia de
mechas finas de cabelos, puxando levemente; conte os fios que se soltam, até
cinco é normal, mais que isso a queda exige cuidados. A não ser que a cliente
esteja com um parto recente ou tenha interrompido a ingestão de pílulas
anticoncepcionais, quando então é normal essa queda por fatores hormonais.
Uma queda intensa pode indicar reações alérgicas a produtos químicos, dietas
severas, anemia ou outros problemas de saúde. O ideal é procurar um
dermatologista ou clínico geral.
b) Couro cabeludo muito oleoso
A produção exagerada das glândulas sebáceas, em geral causada por
fatores hereditários, estresses, dieta desequilibrada, excesso de hormônios
masculinos ou de transpiração local, obstrui a saída dos folículos pilosos e
asfixia os bulbos capilares, enfraquecendo-os e comprometendo a reposição
dos fios. Deve ser evitada a água quente durante as lavagens de cabeça, que
ativa as glândulas. Antes das lavagens, pode-se espalhar pela cabeça o suco
de meio limão, ou de uma colher de vinagre, diluído em meio litro de água,
deixando agir por alguns minutos, para desintoxicar o couro cabeludo, por
dentro e pro fora.
c) Couro cabeludo seco
Isto indica na maioria dos casos, uma circulação sanguínea local
deficiente: os tecidos não são irrigados e a camada córnea resseca e descama.
Pode, também, ser resultado de permanente, tintura ou excesso de sol.
Devem ser escolhidos os xampus à base de proteínas, que revigoram o couro
cabeludo (Material de Apoio do Curso de Estética e Cosmetologia –
UNISUAM,2005).
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4.14 - Eletroterapia
Todo esteticista deve saber usar os aparelhos elétricos e suas funções, para informar ao seu cliente o tratamento que irá realizar. São eles:
• Ultra Som • Corrente Galvânica • Corrente Farádica • Corrente Russa • Microcorrente • Alta Freqüência
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CONCLUSÃO
Conclui-se que o novo comportamento da população brasileira enfatiza a
preocupação com o bem-estar físico, mental e estético, consequentemente isso
tem gerado em nossa sociedade uma grande demanda de bens e serviços
relativos à beleza, justificando parcialmente o aumento do número de
profissionais atuantes nesta área.
Cada vez mais as pessoas exigem profissionais devidamente
qualificados que consigam proporcionar ao seu cliente além de inovação de
serviços tecnológicos, segurança na utilização de produtos de qualidade,
cumprindo assim uma forte tendência no mercado de trabalho.
O curso de graduação em estética tem transformado o profissional,
sendo ele mais dinâmico, flexível, versátil e multidisciplinar, focando através da
educação adquirida a qualidade de vida para quem procura este tipo de
serviço.
40
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 – Ficha de Anamnese (Histórico)
Anexo 2 – Ficha de Anamnese (Características da Pele)
Anexo 3 - Ficha de Anamnese (Características da Pele)
Anexo 4 – Ficha de Anamnese Corporal
Anexo 5 – Ficha de Anamnese Anterior e Posterior
Anexo 6 – Ficha de Anamnese Esquerda e Direita
41
ANEXO 1
42
43
ANEXO 2
44
45
ANEXO 3
46
47
ANEXO 4
48
49
ANEXO 5
50
51
ANEXO 6
52
53
BIBLIOGRAFIA
ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Ed. Ars Poética.1993.
AZULAY, Azulay &. Dermatologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Kogan,
2004.
HEGEL, G.W. Cursos de Estética. São Paulo: Edusp, 2001/2006. 4 vols
LOMBA, Luiz Fernando. Revista Vida Estética. Rio de Janeiro: Ed. Barreto &
Lomba, nº 123, 2006.
SUASSUNA, Ariano. Iniciação à Estética. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio,
2004.
UNISUAM. Material de Apoio, Graduação em Estética. Rio de Janeiro, 2005.
www.vezdomestre.com.br, ícone monografia, Rio de Janeiro – Universidade
Cândido Mendes – 2009, acesso em 10/01/2009
http://uvaonline.uva.br. Rio de Janeiro – Universidade Veiga de Almeida –
2009, acesso em 23/03/2009
http://wikipedia.org. Rio de Janeiro, acesso em 21/03/2009
54
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
CORPO, BELEZA E ESTÉTICA 9
1.1 – Corpo e Beleza 9
1.2 – Conceito de Estética 10
1.3 – Estética como Ciência 11
1.4 – Estética na Antiguidade 11
1.5 – Estética na Idade Média 11
CAPÍTULO II
PROFISSIONAL DE ESTÉTICA NA ÁREA DA EDUCAÇÃO E
GRADUAÇÃO 13
CAPÍTULO III
O MERCADO ATUAL DO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA 16
CAPÍTULO IV
CONHECIMENTOS ESSENCIAIS DO GRADUADO EM ESTÉTICA
NO MERCADO DE TRABALHO 19
4.1 – Anamnese 19
4.2 – Afecções da Pele 19
4.3 – Anatomia 20
4.4 – Aromaterapia 20
4.5 – Biologia 20
4.6 – Biofísica 20
4.7 – Bioquímica 20
4.8 – Cosmetologia 21
55
4.8.1 – Tipos de Cosméticos 22
4.8.2 – Forma Cosmética 22
4.8.3 – Classificação dos Cosméticos 22
4.9 – Drenagem linfática Manual 23
4.9.1 – O que é D.L.M.? 23
4.9.2 – Objetivos da D.L.M. 24
4.9.3 – Efeitos sobre o Metabolismo 24
4.9.4 – Efeito sobre o Tecido Muscular 24
4.9.5 – Efeitos sobre a Pele 25
4.9.6 – Efeitos sobre o Sistema Neurovegetativo 25
4.9.7 – Indicações da D.L.M. 25
4.9.8 – Contra-Indicações da D.L.M. 26
4.10 – Ética 26
4.11 – Fisiologia 26
4.12 – Massagem Estética 27
4.12.1 – Objetivos da Massagem 28
4.12.2 – Efeitos Mecânicos 28
4.12.3 – Efeitos da Circulação Sanguínea e Linfática 29
4.12.4 – Efeitos do Sistema Nervoso 30
4.12.5 – Efeitos Metabólicos 31
4.12.6 – Efeitos Reflexos 31
4.12.7 – Efeitos Psicológicos 32
4.13 – Terapia Capilar 33
4.13.1 – Tipos de Pêlos 34
4.13.2 – Tipos de Couros Cabeludos 35
4.13.3 – Tipos de Cabelos e suas Características 35
4.13.4 – Análise do Couro Cabeludo 36
4.14 – Eletroterapia 38
CONCLUSÃO 39
ANEXOS 40
BIBLIOGRAFIA 53
ÍNDICE 54
56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 57
57
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da Entrega:
Avaliado por: Conceito:
58