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Plano de Atividades 2018
Plano de Atividades - 2018
Centro de Reabilitação Profissional de Gaia 2
Índice
1. Nota introdutória ............................................................................... 3
2. Enquadramento institucional ................................................................. 4
3. Tendências, desafios e condicionantes da envolvente externa ......................... 8
4. Condicionantes da envolvente interna .................................................... 12
5. Objetivos para 2018 .......................................................................... 13
6. Metas para 2018 ............................................................................... 15
7. Plano de Ação para Apoio aos Deficientes Militares - PADM ........................... 20
8. Participação em instituições e redes de cooperação e desenvolvimento ............ 21
9. Celebração do 25.º aniversário ............................................................. 24
10. Instalações e equipamentos ................................................................. 24
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1. Nota introdutória
Planear as metas e o desempenho de uma organização constitui-se como um exercício de
ponderação de um quadro diverso de variáveis e condicionantes. Impõe-se a desde logo a
consideração devida das tendências, desafios e oportunidades da envolvente externa, para
além naturalmente das condicionantes internas de vária ordem, onde as associadas aos
recursos e condições jogam um papel determinante.
As organizações enfrentam hoje um contínuo desafio para “fazer sempre mais e melhor”,
para otimizar a capacidade de serem eficazes, socialmente úteis e relevantes, enfrentando
simultaneamente alguns condicionamentos nas condições de apoio.
Planear um novo ano significa antes de mais fazer escolhas, tomar decisões, em termos de
focalização da organização nos problemas que pretende eleger na sua ação, nas respostas
que considera dever priorizar. Implica consequentemente fazer opções quanto à afetação
dos recursos disponíveis, no quadro de uma utilização racionalizada dos mesmos,
estabelecer metas claras e objetivas, assumir compromissos.
Este é o enquadramento do Plano de Atividades do CRPG-Centro de Reabilitação
Profissional de Gaia para 2018. Ele constitui-se como o quadro orientador do trabalho a
desenvolver pelo Centro nesse ano, mobilizando todos os seus membros para a
concretização das metas assumidas.
As atividades e metas estabelecidas, as escolhas que lhe estão associadas, refletem
naturalmente as orientações estratégicas do Centro, cuja matriz inspiradora são as
necessidades dos cidadãos e da sociedade para as quais esperam do CRPG um contributo
qualificado para a respetiva resolução.
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2. Enquadramento institucional
O CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia foi criado em 1992, através da
celebração de um Protocolo de Acordo de Cooperação entre o Instituto do Emprego e
Formação Profissional (IEFP, IP), a Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) e
a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Gaia
(CERCIGAIA), como centro de recursos especializado para as Delegações Regionais do Norte
e do Centro do IEFP, IP, no domínio da reabilitação profissional das pessoas com
deficiências e incapacidades, em particular ao nível das funções neuromusculoesqueléticas
e sensoriais.
Em 1999 viu alterado o seu enquadramento institucional, passando a entidade pública,
como centro de gestão participada, com a homologação do Protocolo de Acordo de
Cooperação pela Portaria nº 564/99, de 27 de julho.
O CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia presta serviços a pessoas com
deficiências e incapacidades, promovendo a inclusão ativa, a reabilitação e reintegração
de pessoas com deficiências e incapacidades adquiridas na sequência de doenças e
acidentes, a cidadania e a qualidade de vida. Intervém em complementaridade com os
Centros de Emprego e Formação Profissional/Serviços de Emprego do IEFP, IP e em parceria
com entidades empregadoras, organizações da área da deficiência, estruturas de saúde e
outros atores institucionais da comunidade.
Tem a sua sede em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, utilizando ainda, por amável cedência
da Fundação dos Armazenistas de Mercearia, as instalações da sua colónia de férias na
Aguda.
O Centro marca a sua presença na web através do portal e-CRPG em www.crpg.pt bem
como nas redes sociais, em particular no Facebook.
• Visão, Missão e Valores
O CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia procura em cada tempo disponibilizar
serviços adequados à satisfação das necessidades e expectativas dos seus clientes, das
entidades financiadoras e de outras partes interessadas.
A filosofia de governação do Centro radica num forte compromisso ético. Constituem-se
como referenciais éticos dos seus membros, o compromisso, o sentido do dever, o rigor, o
trabalho competente, promovendo uma organização eficaz, socialmente útil, responsável
e sustentável. Os valores referidos alicerçam a Visão e Missão do Centro.
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• Visão – uma sociedade digna, aberta e inclusiva.
• Missão – aumentar a autonomia social e económica das pessoas com deficiências e
incapacidades.
A intervenção do Centro, ao nível dos seus órgãos sociais, das equipas, colaboradores e
gestores é inspirada e orientada por um conjunto de valores que se constituem como
referenciais da cultura e filosofia da Instituição, fundamentais para a qualidade do serviço
que se pretende disponibilizar.
• Postura crítica e frontalidade - promovemos um ambiente de trabalho onde a
informação é analisada criticamente, com posicionamentos partilhados de forma
aberta e fundamentada.
• Rigor - assumimos o rigor em tudo o que fazemos, através do planeamento e
organização do trabalho, visando sempre concretizar os objetivos a que nos
propomos e assegurar o máximo valor para os clientes e outras partes interessadas.
• Iniciativa - procuramos identificar, de forma proactiva e autónoma, as
oportunidades e os caminhos de ação para assegurar a satisfação das necessidades
e expectativas dos nossos clientes e outras partes interessadas.
• Cooperação - partilhamos competências e recursos, para assegurar um serviço
integrado e personalizado aos nossos clientes, num contexto de rede de trabalho
colaborativo.
• Responsabilidade - somos responsáveis por assegurar a realização das atividades e
a concretização dos objetivos de trabalho, fazendo o que para tal for necessário,
de forma ética e de acordo com a cultura da organização.
• Ousadia - procuramos e promovemos soluções inovadoras, geradoras das melhores
soluções para os clientes, antecipando e acompanhando as mudanças do contexto
envolvente.
• Respostas e serviços prestados
A intervenção do CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia estrutura-se em torno
de três grandes eixos:
• Reabilitação e reintegração na vida ativa e profissional de pessoas com
deficiências e incapacidades adquiridas na sequência de doenças e acidentes que
interferem no normal desenvolvimento do seu projeto de vida ativa e profissional;
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• Inclusão ativa de pessoas com deficiências e incapacidades, através do apoio à
qualificação escolar e profissional e ao acesso, manutenção e retoma do trabalho
e emprego;
• Qualificação de adultos ao longo da vida.
Enquanto estrutura especializada da rede de centros do IEFP, IP para a área da deficiência,
o Centro abarca as Regiões Norte e Centro, podendo ainda atender clientes provenientes
de outros pontos do território nacional.
• Estrutura organizacional
O CRPG - Centro de Reabilitação Profissional de Gaia possui como órgãos sociais o Conselho
de Administração, o Diretor e a Comissão de Fiscalização e Verificação de Contas, conforme
definido no Protocolo de Acordo de Cooperação homologado pela Portaria nº 564/99, de
27 de julho.
A estrutura de responsabilidades do Centro configura-se na perspetiva de apoiar a
organização do seu funcionamento em moldes que permitam uma intervenção centrada na
resposta aos clientes de forma pronta, ágil e flexível, em conformidade com as
responsabilidades associadas à estrutura organizacional.
Os Serviços do Centro estão estruturados em torno de 4 Áreas de Serviço, cada uma
integrando equipas de serviço-cliente:
• Espaço Fénix - responsável pela prestação dos serviços de reabilitação e
reintegração na vida ativa e profissional de pessoas com deficiências e
incapacidades adquiridas na sequência de doenças e acidentes, que requerem
necessidade de serviços especializados para apoiar a reorganização do seu projeto
de vida ativa e profissional;
• Espaço Delta - responsável pela prestação dos serviços de orientação para a
qualificação e emprego e de apoio ao emprego de pessoas com deficiências e
incapacidades congénitas, ou adquiridas há longo tempo, com condição de
funcionalidade de algum modo consolidada;
• Espaço Minerva - responsável pela prestação dos serviços de educação e formação,
inicial e ao longo da vida, promovendo a qualificação como condição essencial para
a promoção da cidadania e da inclusão ativa;
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• Serviços de Apoio - responsável pelos serviços administrativos e logísticos de apoio
e suporte à prestação dos serviços.
Existem ainda na estrutura organizacional áreas de responsabilidade pelo enquadramento
e apoio à prestação de serviços e ao seu desenvolvimento, nos âmbitos técnico e da gestão.
A Coordenação da Gestão Operacional assegura a coordenação da gestão das operações
associadas à prestação de serviços, a monitorizando e concretização das metas
organizacionais, a conformidade do funcionamento com as orientações e definições legais
e regulamentares aplicáveis, no quadro de uma atuação colaborativa com os responsáveis
pelas áreas de serviço.
A responsabilidade de assegurar que a todo o tempo o Centro mobiliza abordagens e
metodologias de intervenção alinhadas com os referenciais concetuais adequados e
atualizados, de forma convergente e coerente, está acometida à Coordenação Técnica.
A responsabilidade pela organização e gestão contabilística e financeira, bem como pelos
sistemas e tecnologias de informação cabe à área da Gestão Financeira e Sistemas de
Informação.
As atividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação possuem uma dinâmica
própria, que apoia e dinamiza a organização na continuada pesquisa das abordagens,
modelos concetuais e de serviço, metodologias de intervenção e práticas de trabalho,
partindo da pesquisa de caracterização das problemáticas colocadas pelos clientes, das
abordagens e modelos de resposta mais atualizados, bem como da avaliação das práticas
correntes e da sua transformação.
O apoio ao nível da conceção, implementação e avaliação da estratégia, dos sistemas de
trabalho e de gestão da organização, é assegurado pelo Gabinete de Apoio Técnico.
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3. Tendências, desafios e condicionantes da
envolvente externa
Ao nível da envolvente externa, são identificadas algumas tendências que se colocam como
desafios e oportunidades, nas diferentes áreas de intervenção do Centro.
Reabilitação e reintegração de pessoas com deficiências e incapacidades adquiridas
na sequência de doenças e acidentes
- Reabilitação e reintegração na vida ativa e profissional progressivamente assumida
como desafio social e político.
- Manutenção da frequência dos pedidos de pareceres especializados na avaliação
dos impactos dos acidentes na funcionalidade, mantendo-se também como
principais entidades requerentes os tribunais e o INMLCF, IP.
- Residual procura de serviços de reabilitação e reintegração na vida ativa
profissional por parte de entidades com responsabilidade acometida pela
reabilitação e reintegração profissional.
- Aumento da procura dos serviços de reabilitação e reintegração cuja
responsabilidade não está acometida a entidade específica, por iniciativa própria
e por estruturas da comunidade.
- Insuficiente nível de conhecimento por parte da comunidade, profissionais de
saúde, de apoio social, quanto aos serviços disponibilizados pelo CRPG.
- Referenciação de pessoas com deficiências e incapacidades numa fase cada vez
mais precoce do processo de reabilitação, o que aumenta a eficácia das
intervenções, mas coloca desafios à configuração dos serviços a prestar e requer
maior intensidade e diferenciação no apoio de terceira pessoa e de transporte
adaptado.
- Não obstante o lançamento de programas de reabilitação profissional de pessoas
com lesão cerebral adquirida noutras entidades e locais do país, mantém-se
elevada a procura do apoio do Centro nesse domínio.
- Dificuldades no retorno ao trabalho de pessoas empregadas que adquiriram
deficiências e incapacidade, particularmente quando não há responsabilidade
legalmente instituída nesse sentido.
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- Aumento de situações em que as ocupações profissionais anteriores aos acidentes
e doenças não são compatíveis com o seu novo perfil de funcionalidade.
- Escassez de serviços na comunidade que respondam às necessidades de apoio
continuado das pessoas com deficiências e incapacidades adquiridas.
- Frequência de situações de grave carência económica, mesmo após a ativação dos
apoios sociais existentes.
- Necessidade crescente de apoio a familiares e outros significativos, seja para os
apoiar a lidar com as novas situações de vida com que se confrontam, seja enquanto
atores chave do processo de reabilitação.
- Dificuldade manifesta e persistente de acolhimento das pessoas com deficiências e
incapacidades adquiridas por parte das respostas de formação profissional
existentes na comunidade.
• Orientação para a qualificação e emprego, apoio ao emprego de pessoas com
deficiências e incapacidades e apoio à qualificação de adultos
- Tendência de reforço das soluções de inclusão nas respostas da comunidade,
designadamente ao nível da educação e formação.
- Alargamento da escolaridade obrigatória, com os jovens com deficiências e
incapacidades a prosseguir percursos de educação e formação em contexto escolar,
com a redução progressiva da necessidade das soluções de formação profissional
inicial do Centro.
- Crescente mobilização do CRPG enquanto Centro de Recursos pelos Serviços de
Emprego / Centros de Emprego e por parte das próprias pessoas, com tendência
para o aumento de pedidos de intervenção no apoio ao emprego.
- Ativação do CRPG como centro de recursos por Centros de Emprego e Formação
Profissional/Serviços de Emprego situados em zonas mais distantes, requerendo
intervenções realizadas em regime de itinerância.
- Aumento do n.º de clientes com alterações neuromusculoesqueléticas e
relacionadas com o movimento que requerem a mobilização de avaliação e
reabilitação físico-funcional, o que requer um aumento da capacidade de resposta
a esse nível.
- A crescente e expressiva mobilização do CRPG por centros distritais do Instituto da
Segurança Social de áreas geográficas mais distantes como centro prescritor de
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produtos de apoio, conduzindo a um aumento do tempo de resposta e induzido um
excesso a esse nível, não compatível com o padrão e as expetativas de resposta
adequadas.
- Evolução do perfil dos clientes no domínio dos apoios ao emprego, requerendo
ajustamento na estratégia de resposta:
Jovens à procura do 1º emprego, com qualificações iguais ou superiores ao nível
4, com aumento da procura por jovens licenciados;
Desempregados de longa duração, cuja profissão já não é compatível com as
necessidades do mercado de trabalho, mas competências transferíveis para
outras funções profissionais;
Generalizada precariedade económica e baixos níveis de motivação dos
clientes.
- Recuperação gradual da economia, com sinais de crescimento do emprego, que
conjugada com as medidas de apoio do IEFP, gera uma certa melhoria na inclusão
profissional.
• Qualificação escolar e/ou profissional de pessoas com deficiências e
incapacidades, e educação e formação de adultos
Pessoas com Deficiências e Incapacidades
- Crescente aumento do volume de procura de clientes com deficiências e
incapacidades adquiridas na sequência de doenças e acidentes, 75% das quais
apresentam necessidades de re/qualificação.
- Crescente aumento do volume de clientes com alterações das funções mentais, ao
nível intelectual e ao nível do temperamento e personalidade, colocando desafios
específicos em termos técnico-pedagógicos.
- Redução continuada da procura por parte dos jovens, associada a uma diminuição
da procura proativa, resultante do alargamento da escolaridade obrigatória.
- Tendência crescente de procura pelas escolas para alunos com currículos
educativos específicos, para apoio na transição para a vida pós-escolar, após a
conclusão da escolaridade obrigatória.
- Aumento da prevalência de clientes com o 3º ciclo do ensino básico, em que as
competências disponíveis estão manifestamente aquém das que são próprias da
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certificação escolar atribuída, com manifestas necessidades de desenvolvimento,
ao nível das competências de literacia e numeracia.
Pessoas sem deficiências e incapacidades
- Procura acrescida de formação associada ao Centro Qualifica, ao nível da formação
complementar dos processos de RVCC.
- Previsível redução da procura da formação modular certificada disponibilizada pelo
Centro, resultante da abertura do Serviço de Formação do Centro de Emprego e
Formação Profissional de Vila Nova de Gaia.
- Expressiva adesão às ofertas de formação disponibilizadas pelo Centro em áreas
correlacionadas com a autonomia e funcionalidade, (domínio técnico fundamental
da estratégia de intervenção do Centro), na área de educação e formação trabalho
social e orientação, com taxas de certificação e de emprego após a formação
elevadas.
• Fornecimento de produtos de apoio
- Aumento do peso relativo dos clientes com deficiências e incapacidades adquiridas
e consequente tendência de redução da produção de ortóteses.
- Persistência de muito reduzida procura por parte de financiadores privados, com
tendência para manter idêntico padrão nos próximos anos.
- Redução sustentada de fornecimento de produtos de apoio na área da mobilidade,
decorrente do acréscimo de concorrência e da concentração de representações
exclusivas das principais marcas nesse segmento.
- Tendência de envelhecimento dos deficientes militares, uma franja significativa
dos clientes do fornecimento de produtos de apoio do Centro, gerando a alteração
das necessidades funcionais e do tipo de necessidades de produtos de apoio, ou a
não necessidade, e redução do número de clientes.
- A consolidação do trabalho desenvolvido no âmbito do PADM constitui-se
potencialmente como uma oportunidade de desenvolvimento da atividade, ao nível
da avaliação de necessidades e identificação de soluções, do fornecimento e do
acompanhamento da utilização.
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• Mercado de trabalho
Ao nível do mercado de trabalho registam-se algumas tendências que relevam para o
desenho da oferta e da estratégia de serviço do Centro, considerando que se trata de uma
condicionante fundamental para o efeito.
- Entidades empregadoras ainda com insuficiente ou reduzida abertura à diversidade
funcional, à inclusão, bem como à manutenção e retoma do emprego por parte das
pessoas com deficiências e incapacidades adquiridas no decurso da sua vida
profissional.
- Predominância das micro e pequenas empresas no tecido empresarial português,
colocando barreiras significativas na manutenção do emprego das pessoas com
deficiências e incapacidades adquiridas em funções compatíveis nas próprias
entidades empregadoras.
- Mercado de trabalho em Portugal regista alguma evolução na forma como lida com
públicos socialmente desfavorecidos, mas pouco expressiva ainda (OCDE 2017).
- Crescimento explosivo da mobilização das tecnologias nos contextos de trabalho,
substituindo progressivamente funções menos qualificadas e criando necessidades
de qualificação de elevada especialização.
- Parte significativa das áreas ocupacionais em que o mercado de trabalho tem
necessidades apresenta perfis de exigência significativos ao nível dos requisitos
físico-funcionais.
- Persistência de oportunidades no mercado de trabalho em profissões
indiferenciadas e pouco qualificadas.
- Existência no mercado de trabalho de áreas ocupacionais com necessidades
expressivas de profissionais, como sejam as áreas da informática, tecnologias da
informação e comunicação, trabalho social e orientação.
4. Condicionantes da envolvente interna
No âmbito da organização, relevam algumas circunstâncias que se constituem como
desafios a considerar para o planeamento do ano, numa perspetiva de futuro.
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- Insuficiência ao nível dos recursos humanos, com saídas de colaboradores ao longo
dos últimos anos não substituídos e pela composição da sua estrutura, com um peso
excessivo de colaboradores não vinculados ao Centro de forma estrutural.
- Estrutura de recursos humanos com preparação e experiência predominantemente
orientada para as respostas e modelos de resposta questionados pelas novas
abordagens, tendências e oportunidades.
- Escassez dos espaços disponíveis para a prestação dos serviços e menor adequação
de alguns deles para os propósitos da sua utilização.
- Limitações ao nível da frota de transportes para assegurar o transporte adaptado
de clientes, seja em número, seja em termos do seu apetrechamento tecnológico
para o efeito, não permitindo fazer face à necessidade já existente e que tenderá
a crescer de forma expressiva.
- Precaridade ao nível da utilização de uma componente importante das instalações
utilizadas para as intervenções do Centro, cedidas em regime de comodato
anualmente renovável.
5. Objetivos para 2018
Os desafios e oportunidades da envolvente externa e as circunstâncias da envolvente
interna acima referenciados enquadram a definição dos objetivos de referência para o
Centro em 2018, os quais serão objeto de explicitação no ponto seguinte do Plano, em
termos de metas a alcançar.
Constituem-se assim como objetivos de referência do CRPG para 2018:
• Consolidar o modelo e a capacidade de resposta às necessidades dos cidadãos com
deficiências e incapacidades adquiridas na sequência de doenças e acidentes e das
entidades envolvidas na sua reabilitação e reintegração na vida ativa e profissional;
• Maximizar a resposta às necessidades em termos de qualificação inicial e ao longo
da vida.
• Manter resposta ao nível dos percursos de educação e formação de adultos na área
do trabalho social e orientação.
• Reorganizar o modelo e estratégia de intervenção no domínio da qualificação, com
especial enfoque ao nível das pessoas com deficiências e incapacidades, através (i)
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da redinamização das estratégias de apoio ao desenvolvimento e às aprendizagens,
(ii) do investimento na capacitação dos profissionais envolvidos, (iii) da atualização
da oferta de educação e formação e (iv) da reconfiguração dos espaços afetos.
• Responder de forma qualificada à procura dos serviços de apoio ao trabalho e
emprego, concluindo e consolidando o ajustamento na estratégia de intervenção
nessa área.
• Prosseguir o fornecimento de soluções tecnológicas que promovam a
funcionalidade e a qualidade de vida dos clientes
• Apoiar, facilitar e acompanhar, de forma integrada e articulada, as diversas
dinâmicas de inovação da estratégia, modelo e metodologias de serviço, suportadas
em conhecimento.
• Proceder à verificação estruturada e intencionalizada do nível de atualização,
coerência e conformidade dos referenciais metodológicos e da sua
operacionalização na prestação dos serviços, com identificação, planificação e
implementação dos desenvolvimentos que se revelem pertinentes.
• Consolidar os níveis de qualidade e eficácia dos serviços prestados percebidos pelos
clientes.
• Redinamizar a área de gestão dos colaboradores, membros determinantes do
projeto do Centro, reforçando a atenção a essa dimensão de gestão, visando
mobilizá-los e comprometê-los com os desafios institucionais e com as causas que
o Centro serve e promove.
• Garantir a conformidade com os parâmetros reguladores aplicáveis, de natureza
legal, regulamentar ou de práticas de referência, externos e internos.
• Rever e redinamizar a área da comunicação, divulgando o Centro e os serviços que
presta junto dos vários segmentos de público alvo, promovendo a imagem do Centro
e alavancando o desenvolvimento do seu impacto social.
• Proceder ao estudo dos desenvolvimentos necessários ao nível das instalações e
equipamentos, implementando o que for viável no ano.
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6. Metas para 2018
As metas para 2018 decorrem dos objetivos definidos e são organizadas em torno dos cinco
pilares estruturantes da filosofia de governação e de gestão do Centro.
• Sustentar os melhores resultados, reforçando o valor para os clientes
- Alcançar sustentadamente os melhores resultados, satisfazendo as
necessidades de curto, médio e longo prazo das partes interessadas, gerando
valor para os clientes de forma consistente, pela resposta efetiva às suas
necessidades e expectativas.
• Liderar e gerir com inspiração, integridade e agilidade
- Antecipar e moldar o futuro, reforçando o papel de organização-farol no
contexto dos serviços de reabilitação, no plano técnico e da gestão,
identificando e respondendo de forma proactiva, eficaz e eficiente às
oportunidades e ameaças das envolventes.
• Desenvolver a capacidade organizacional, inovando e apostando na criatividade
- Reforçar as capacidades organizacionais, através da gestão eficaz da mudança,
promover o desenvolvimento do desempenho e do valor por ele gerado, por
via da melhoria contínua e da inovação sistemática, aproveitando o contributo
criativo de todos os interessados.
• Mobilizar e estimular o máximo potencial dos colaboradores
- Valorizar os colaboradores, no quadro de uma cultura de empoderamento,
conferindo-lhes autonomia e responsabilidade, de molde a garantir a
concretização dos objetivos organizacionais e da realização pessoal.
• Contribuir para a coesão e sustentabilidade social, económica e ecológica
- Maximizar os impactos positivos na envolvente social, económica e ambiental,
através de uma gestão responsável e da melhoria permanente do desempenho.
Os objetivos operacionais e as metas respetivas são apresentados por cada um dos domínios
referidos.
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• Sustentar os melhores resultados, reforçando o valor para os
clientes
• Consolidar o modelo e a capacidade de resposta às necessidades dos cidadãos com
deficiências e incapacidades adquiridas na sequência de doenças e acidentes e das
entidades envolvidas na sua reabilitação e reintegração na vida ativa e profissional.
Indicador Un. Meta
Pareceres especializados Clientes 130
Planos de reabilitação/reintegração na vida ativa e profissional Clientes 160
Recuperação e atualização de competências Clientes 101
Horas 38.583
Acompanhamento de planos de reabilitação Clientes 80
Apoio à reintegração Clientes 55
Acompanhamento pós reintegração Clientes 20
Prestação de serviços a entidades € 51.000
• Maximizar a resposta às necessidades em termos de qualificação inicial e ao longo
da vida.
Indicador Un. Meta
Qualificação - pessoas com deficiências e incapacidades
Clientes 262
Horas 238.219
Formandos com competências escolares/ profissionais certificadas Taxa 70%
Apoio à qualificação em contexto regular Clientes 12
Indicador Un. Meta
Inscritos no Centro Qualifica N.º 400
Encaminhamentos para formação/ emprego/ RVCC N.º 360
Certificações N.º 86
Formação complementar Horas 2.750
• Manter resposta ao nível dos percursos de educação e formação de adultos na área
do trabalho social e orientação.
Indicador Un. Meta
Qualificação – outros cidadãos Clientes 19
Horas 13.173
Formandos com competências escolares/ profissionais certificadas Taxa 70%
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• Responder de forma qualificada à procura dos serviços de apoio ao trabalho e
emprego, concluindo e consolidando o ajustamento na estratégia de intervenção
nessa área.
Indicador Un. Meta
Orientação para a qualificação e emprego Clientes 260
Avaliação da capacidade de trabalho Clientes 40
Validação da elegibilidade das pessoas com deficiências e incapacidades Clientes 30
Prescrição de produtos de apoio Clientes 360
Apoio ao acesso e à retoma do emprego Clientes 180
Apoio à manutenção do emprego Clientes 89
• Prosseguir o fornecimento de soluções tecnológicas que promovam a
funcionalidade e a qualidade de vida dos clientes.
Indicador Un. Meta
Fornecimento de produtos de apoio € 400.000
Taxa de incorporação de matérias primas Taxa 71%
Proveitos operacionais/ custos operacionais N.º 1
• Liderar e gerir com inspiração, integridade e agilidade
• Consolidar os níveis de qualidade e de eficácia dos serviços prestados percebidos
pelos clientes.
Indicador Un. Meta
Índice de qualidade dos serviços prestados N.º 81
Índice de satisfação dos clientes N.º 89
Impactos das intervenções na qualidade de vida N.º 78
• Garantir a conformidade com os parâmetros reguladores aplicáveis, de natureza
legal, regulamentar ou de práticas de referência, externos e internos.
Indicador Un. Meta
Grau de conformidade – auditoria interna Taxa 95%
• Identificar e implementar oportunidades de melhoria que se traduzam em valor
acrescentado na intervenção com os clientes.
Indicador Un. Meta
Execução das ações de melhoria Taxa 95%
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• Rever e redinamizar a área da comunicação, divulgando o Centro e os serviços que
presta junto dos vários segmentos de público alvo, promovendo a imagem do Centro
e alavancando o desenvolvimento do seu impacto social.
Indicador Un. Meta
Estabilizar estratégia e dinâmicas de comunicação externa Data Mar.
Implementar ações e dinâmicas de comunicação Data 31 dez.
• Desenvolver a capacidade organizacional, inovando e
apostando na criatividade
• Proceder à verificação estruturada e intencionalizada do nível de atualização,
coerência e conformidade dos referenciais metodológicos e da sua
operacionalização na prestação dos serviços, com identificação, planificação e
implementação dos desenvolvimentos que se revelem pertinentes.
Indicador Un. Meta
Verificação concretizada, com identificação de desenvolvimentos Data 30 jun.
Dinamização da implementação dos desenvolvimentos identificados Data 31 dez.
• Reorganizar o modelo e estratégia de intervenção no domínio da qualificação, com
especial enfoque ao nível das pessoas com deficiências e incapacidades, através (i)
da redinamização das estratégias de apoio ao desenvolvimento e às aprendizagens,
(ii) do investimento na capacitação dos profissionais envolvidos, (iii) da atualização
da oferta de educação e formação e (iv) da reconfiguração dos espaços afetos.
Indicador Un. Meta
Conclusão da estabilização da estratégia de redinamização, incluindo o conceito dos espaços. Data 30 abr.
Implementação das dinâmicas de redinamização Data 31 dez.
• Consolidar o modelo e a capacidade de resposta às necessidades dos cidadãos com
deficiências e incapacidades adquiridas na sequência de doenças e acidentes e das
entidades envolvidas na sua reabilitação e reintegração na vida ativa e profissional;
Indicador Un. Meta
Sistematização e implementação dos referenciais metodológicos e instrumentais identificados Data 31 dez.
Desenvolvimento de programa de intervenção com as famílias Data 31 dez.
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• Responder de forma qualificada à procura dos serviços de apoio ao trabalho e
emprego, concluindo e consolidando o ajustamento na estratégia de intervenção
nessa área.
Indicador Un. Meta
Conclusão do ajustamento metodológico das intervenções Data 30 jun.
Implementação consolidada dos ajustamentos definidos Data 31 dez.
• Apoiar, facilitar e acompanhar, de forma integrada e articulada, as diversas
dinâmicas de inovação da estratégia, modelo e metodologias de serviço, suportadas
em conhecimento.
Indicador Un. Meta
Implementação do plano de trabalho na área da investigação, desenvolvimento e inovação Data 31 dez.
• Mobilizar e estimular o máximo potencial dos colaboradores
• Redinamizar a área da gestão dos colaboradores, membros determinantes do
projeto do Centro, reforçando a atenção a essa dimensão de gestão, visando
mobilizá-los e comprometê-los com os desafios institucionais e com as causas que
o Centro serve e promove.
Indicador Un. Meta
Conclusão da revisão do Sistema de Gestão da Colaboração Data 31 jul.
Implementação de forma consolidada da componente reconhecimento e gestão do desempenho Data 31 dez.
Elaboração de plano de desenvolvimento de competências para apoiar o desenvolvimento profissional e a inovação organizacional
Data 30 abr.
Implementação das ações previstas para o ano Data 31 dez.
Formação média por colaborador horas 35
Plano de Atividades - 2018
Centro de Reabilitação Profissional de Gaia 20
• Contribuir para a coesão e sustentabilidade social, económica
e ecológica
• Manter os níveis de satisfação nas relações do Centro com os parceiros e outras
partes interessadas
Indicador Un. Meta
Índice de satisfação dos parceiros e outras partes interessadas N.º 93
• Consolidar estratégia de controlo dos custos, assegurando o uso sistemático de
análises custo/ benefício, reforçando as condições de sustentabilidade dos
serviços.
Indicador Un. Meta
Custos totais/ proveitos totais Taxa 99%
7. Plano de Ação para Apoio aos Deficientes Militares -
PADM
O Plano de Ação para Apoio aos Deficientes Militares – PADM surgiu em 2015 por iniciativa
do Ministério da Defesa Nacional, estando acometida à Direção-Geral de Recursos da
Defesa Nacional a responsabilidade pela sua implementação. Tem como objetivo
fundamental promover a saúde, a qualidade de vida, a autonomia e o envelhecimento bem-
sucedido dos deficientes militares, particularmente dos grandes deficientes, prevenindo a
dependência, a precaridade, o isolamento e a exclusão. Resulta do reconhecimento da
necessidade de apoiar os deficientes militares no acesso às medidas de reabilitação e
assistência previstas na legislação que se lhes aplica, considerando as dificuldades
acrescidas que vivenciam na fase do envelhecimento em que se encontram.
A responsabilidade pela implementação operacional do Plano e respetiva coordenação está
acometida ao CRPG – Centro de Reabilitação Profissional de Gaia, na sequência de um
protocolo para o efeito celebrado com o Ministério da Defesa Nacional/Direção-Geral de
Recursos da Defesa Nacional, em setembro de 2015.
A responsabilidade referida situa-se no compromisso de concretização da estratégia,
objetivos e metas do Plano. Compreende o apoio na definição do modelo técnico de
trabalho, a constituição de uma equipa suplementar de intervenção, a organização e
Plano de Atividades - 2018
Centro de Reabilitação Profissional de Gaia 21
gestão do trabalho da equipa de implementação, bem como a supervisão das dinâmicas de
trabalho de apoio implementadas e dos resultados concretizados.
A equipa de implementação do PADM está sediada nos cinco polos que constituem a sua
base operacional de intervenção - Porto, Coimbra, Lisboa, Açores e Madeira - a partir dos
quais assegura a cobertura de todo o território Nacional. Esses polos estão localizados nas
Delegações da ADFA situadas naquelas regiões.
Em 2018 prosseguirá o trabalho de implementação do Plano, tendo como orientações
particulares para o ano:
• A persistência no objetivo de conseguir alcançar os deficientes militares que
estejam mais isolados, menos envolvidos em redes naturais de informação, através
de estratégias proactivas nesse sentido;
• O envolvimento ativo no apoio à estabilização de definições, orientações e
procedimentos associados à disponibilização dos apoios pelas entidades envolvidas,
visando ultrapassar limitações existentes nas dinâmicas de apoio;
• O aprofundamento das articulações com as entidades parceiras, visando continuar
o esforço de agilização da resposta às situações-problema sinalizadas;
• A avaliação da qualidade dos serviços prestados.
8. Participação em instituições e redes de cooperação e
desenvolvimento
A estratégia de atuação e de governação do Centro está estruturada em torno dos cinco
pilares anteriormente referidos:
• Sustentar os melhores resultados, reforçando o valor para os clientes
• Liderar e gerir com inspiração, integridade e agilidade
• Desenvolver a capacidade organizacional, inovando e apostando na criatividade
• Mobilizar e estimular o máximo potencial dos colaboradores
• Contribuir para a coesão e sustentabilidade social, económica e ecológica
A amplitude e ambição dessa estratégia, no seio de uma organização com a dimensão e
estrutura como o CRPG, carece de uma intensa, continuada e alargada abertura ao trabalho
Plano de Atividades - 2018
Centro de Reabilitação Profissional de Gaia 22
colaborativo com entidades externas, nacionais e internacionais. Apenas com o
envolvimento em parcerias de desenvolvimento se poderão criar condições que viabilizem
a concretização bem-sucedida da estratégia que se prossegue.
Assume especial relevância nesse quadro a retoma da participação na European Platform
for Rehabilitation (EPR), entidade europeia registada sob legislação belga, como
associação sem fins lucrativos.
Pretende contribuir para uma sociedade onde todas as pessoas com deficiências e
incapacidades e outras pessoas em situações de vulnerabilidade tenham acesso a serviços
de elevada qualidade, gerando igualdade de oportunidades para todos e apoiando a
participação plena e autónoma na sociedade.
Tem como missão desenvolver e manter atualizada a capacidade das instituições que a
constituem para disponibilizar aos seus clientes serviços sustentáveis e de elevada
qualidade, num contexto de desafios e de competitividade de mercado crescentes,
respondendo a um ambiente de mudança contínua, que requer inovação permanente nas
respostas e serviços disponibilizados.
Os membros da EPR:
• Criam e testam em conjunto produtos, instrumentos e métodos inovadores para
melhor responder às necessidades de clientes, empregadores e entidades
financiadoras;
• Reúnem-se para comparar abordagens e modelos de intervenção com vista à
melhoria dos serviços, dos modelos e metodologias de trabalho, e da qualidade de
vida dos clientes que servem;
• Atuam nos domínios da formação, reabilitação e reintegração profissional,
reabilitação médica e do apoio social.
Constituem áreas temáticas de intervenção da EPR:
• Formação e reabilitação e reintegração profissional, reabilitação médica, saúde
mental;
• Inclusão e serviços baseados na comunidade;
• Gestão da qualidade, medição de resultados e impactos dos serviços prestados,
empoderamento e cocriação;
Plano de Atividades - 2018
Centro de Reabilitação Profissional de Gaia 23
• Utilização das tecnologias de informação e comunicação, tecnologias e produtos
de apoio;
• Estratégia e desempenho organizacional.
Para além da criação de oportunidades de trabalho em rede colaborativa, a EPR facilita o
acesso a financiamentos europeus através do apoio na conceção de projetos, na
identificação de parceiros e através de sessões de formação para apoiar a obtenção desses
financiamentos.
Motivação e expectativas associadas à refiliação e à retoma da participação:
• Retoma das dinâmicas que assegurem a contínua e atempada identificação dos
desenvolvimentos de política europeia e internacional;
• Benchmarking continuado com as práticas internacionais de referência;
• Facilitação da atualização permanente dos modelos, estratégia e metodologias da
prestação de serviço;
• Apoio no aprofundamento continuado da estratégia e do desenvolvimento
organizacional;
• Formação especializada de quadros e chefias;
• Formação de técnicos em domínios de especialização;
• Participação em projetos europeus;
• Capacitação para a prestação de serviços de consultoria nacional e internacional;
• Apoio na capacitação do Centro como organização farol no domínio da reabilitação
em Portugal;
• Promoção da imagem nacional e internacional do Centro e do País.
Para além da participação na EPR, o Centro manterá o envolvimento em outras entidades
que de algum modo servem também os propósitos em causa, como sejam o Instituto de
Engenharia Biomédica (INEB), a Vocational Rehabilitation Association (VRA). Está ainda
prevista a participação na Rehabilitation International (RI).
Em termos nacionais serão mantidas as participações:
• nas entidades e dinâmicas institucionalizadas em que o Centro tem vindo a
participar, como sejam a FORMEM e a Rede Social de V. N. de Gaia;
Plano de Atividades - 2018
Centro de Reabilitação Profissional de Gaia 24
• nas oportunidades em que o Centro for solicitado e noutras em que seja
considerado oportuno.
Especial destaque neste âmbito será dado ao projeto de criação em Portugal de um centro
de estudos interdisciplinares na área da deficiência, em parceria com universidades e
institutos de investigação.
Manter-se-á a colaboração com instituições de ensino superior e outras entidades no
acolhimento de estágios e na colaboração em estudos e projetos de investigação.
As participações e envolvimentos referidos servem transversalmente os diferentes pilares
estratégicos do modelo de governação do Centro.
9. Celebração do 25.º aniversário
Decorrerão em 2018 atividades que integram a fase final do ciclo anual de comemoração do
25.º aniversário da fundação do Centro.
As iniciativas de maior relevo nesse âmbito integram o lançamento da revista do Centro, a
elaboração de um filme institucional e a realização de um evento internacional de
encerramento do ciclo.
10. Instalações e equipamentos
O desenvolvimento do projeto do CRPG- Centro de Reabilitação Profissional de Gaia vem
conhecendo incrementos continuados nas suas atividades e nos volumes de serviço de
algumas delas, seja ao nível das pessoas com deficiências e incapacidades, seja no apoio
à aprendizagem de outros cidadãos ao longo da vida, designadamente desempregados.
As dinâmicas de desenvolvimento referidas, a circunstância das infraestruturas do Centro
não terem sido concebidas paras as missões do Centro - tendo sido progressivamente
adaptadas para a instalação do Centro - a longevidade das mesmas, tornam necessário:
• Dotar o Centro de espaços de trabalho suficientes para viabilizar os crescentes
volumes de intervenção, através do aumento da capacidade das instalações;
• Proceder a readaptações de espaços existentes, adequando-os às funcionalidades
de serviço implementadas e em fase de implementação, ultrapassando não
adequações funcionais hoje existentes;
Plano de Atividades - 2018
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• Proceder a obras de manutenção e conservação das instalações, resolvendo
problemas manifestos que as mesmas apresentam;
• Realizar intervenções que assegurem a conformidade das instalações com os
requisitos legais e funcionais aplicáveis, designadamente a substituição de
coberturas com amianto, eliminação de barreiras arquitetónicas e criação de
condições de segurança.
Proceder-se-á assim ao estudo dos desenvolvimentos necessários ao nível das instalações,
em articulação com o IEFP, I.P., implementando o que for viável no ano, de acordo com
as prioridades e com as disponibilidades financeiras.
Ao nível dos equipamentos e das infraestruturas de suporte ao funcionamento, serão
implementados em 2018 alguns investimentos na/no:
• Dotação dos espaços de formação de equipamentos adequados à reorganização dos
mesmos, de acordo com as definições que forem estabilizadas na sequência do
estudo específico para o efeito;
• Atualização de equipamentos que se vão mostrando desatualizados ou não
funcionais;
• Reforço de equipamentos para apoiar desenvolvimentos de serviço;
• Atualização de tecnologias e sistemas informáticos de apoio à gestão do Centro.
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Quadro síntese das metas para 2018
Áreas De Serviço Indicadores de prestação de serviços Métrica Meta
2018
Espa
ço F
énix
Avaliação dos impactos dos acidentes e doenças na funcionalidade e das necessidades de reabilitação Clientes 290
Pareceres especializados Clientes 130 Planos reabilitação/reintegração na vida ativa/prof. Clientes 160
Reabilitação para a vida ativa e profissional Clientes 181 Horas
formação 38.583
Recuperação e atualização de competências Clientes 101 Horas
formação 38.583
Lesão cerebral adquirida Clientes 50 Horas
formação 21.713
Acidentes e doenças Clientes 51 Horas
formação 16.870
Acompanhamento de planos de reabilitação Clientes 80 Reintegração na vida ativa e profissional Clientes 75 Apoio à reintegração Clientes 55 Acompanhamento pós reintegração Clientes 20 Prestação de serviços a entidades Faturação 51.000 €
Espa
ço D
elta
Orientação para a qualificação e emprego Clientes 330 Orientação para a qualificação e emprego Clientes 260 Avaliação da capacidade de trabalho Clientes 40 Validação da elegibilidade de PCDI Clientes 30 Aconselhamento e prescrição de produtos de apoio Clientes 360
Formação profissional e emprego Clientes 210 Atividade e participação social Clientes 150 Mediação para o trabalho e emprego Clientes 269 Apoio ao acesso e à retoma do emprego Clientes 180 Apoio à manutenção do emprego Clientes 89 Inclusão ativa Taxa 60% Centro Qualifica Clientes 400 Inscritos Clientes 400 Encaminhados para formação/ emprego Clientes 144 Encaminhados para RVC Clientes 216 RVCC Clientes 110 Certificações Clientes 86
Volume de formação Horas formação 2.750
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Áreas De Serviço Indicadores de prestação de serviços Métrica Meta
2018
Espa
ço M
iner
va
Qualificação - Pessoas com deficiências e incapacidades
Clientes 262 Horas
formação 238.219
Taxa de certificação 70%
Inicial - dupla certificação
Clientes 182 Horas
formação 180.553
Taxa de certificação 70%
Inicial - sem dupla certificação
Clientes 68 Horas
formação 53.346
Taxa de certificação 70%
Contínua
Clientes 12 Horas
formação 4.320
Taxa de certificação 70%
Qualificação - Outros cidadãos
Clientes 19 Horas
formação 13.173
Taxa de certificação 70%
Inicial - dupla certificação
Clientes 19 Horas
formação 13.173
Taxa de certificação 70%
Inclusão ativa Taxa 60% Apoio à qualificação em contexto regular Clientes 12
Prod
utos
de
Ap
oio Fornecimento de produtos de apoio Faturação 400.000 €
Proveitos operacionais/ custos operacionais N.º 1
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Avaliações do SGQ Métrica Meta 2018
Qualidade dos serviços prestados
Índice (0-100)
81
Satisfação dos clientes 89
Satisfação dos parceiros e outras partes interessadas 90
Impactos das intervenções na qualidade de vida 78
Desenvolvimento e sustentabilidade organizacional Métrica Meta 2018
Conformidade - auditoria interna Taxa 95%
Execução das ações de melhoria Taxa 95%
Formação por colaborador Horas 35
Autofinanciamento % 17%
Cost to income % 99%