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EDIÇÃO MENSAL ONLINE OUTUBRO 2013
Notícias do ténis KAMAR
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Em Kuala Lumpur, João Sousa conquistou o primeiro título em singulares de um português no ATP World Tour. O vimaranense
também fez história com o ingresso no «top» 50 mundial.
Tigre da Malásia
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Tudo é possível
EDITORIAL
Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha
Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 geral@fptenis.pt www.tenis.pt
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa
Na sua imensa sabedoria, o povo diz que o esforço é sempre recompen-sado. João Sousa exemplifica que o adágio popular é verdadeiro. Com 15 anos, viajou sozinho para Barce-lona, para concretizar um sonho de criança Na Academia BTT, cresceu como homem e formou-se como tenista. As vitórias acabaram por ser o coro-lário do trabalho intenso que desen-volveu. Em Kuala Lumpur, João Sousa foi tão grande quanto as torres Petro-nas, “ex-líbris” incontornável da capi-tal malaia. Na final, frente ao francês Julien Benneteau combinou o talento de um dos seus ídolos, o suíço Roger Federer, com a garra de outro dos seus tenistas preferidos, o espanhol Rafael Nadal. João Sousa, semifinalista em São Petersburgo na semana anterior, fechou a final com uma vitória que chegou a admitir-se que não lhe pudesse pertencer no segundo “set”. Mas o vimaranense salvou um “match point” e lançou-se para um triunfo merecido. E quão emotivo foi! Este feito atirou-o para o “top” 50. Pela primeira vez, um português entra numa elite restrita e isso ape-nas pode significar que, afinal, o ténis luso reúne dos melhores prati-
cantes mundiais, capazes de encan-tar plateias, como fez João Sousa em Kuala Lumpur. Ou como antes fizeram o próprio, no Open dos Esta-dos Unidos, Michelle Larcher de Brito, em Wimbledon e também no “major” norte-americano, e Maria João Koehler, a primeira portuguesa a jogar numa temporada os quadros principais das quatro competições que integram o “Grand Slam”. A verdade é que a história do ténis português neste ano tem sido pródi-ga em êxitos e em factos inéditos. O nome de Portugal foi elevado bem alto. Este é o anverso da moeda. O reverso é a possibilidade dos suces-sos de tenistas portugueses entu-siasmarem jovens, e adultos tam-bém, para a prática do ténis. Nada melhor do que uma vitória como a de João Sousa no ATP World Tour — a primeira de um por-tuguês em singulares e convém aqui lembrar os triunfos de João Cunha e Silva, Nuno Marques, Emanuel Cou-to, Bernardo Mota e Frederico Gil em pares — para poder motivar. Nada melhor do que o exemplo de João Sousa, presentemente com 24 anos, para começar a desenhar um desígnio. A motivação vem dentro de nós e, sabe-se, é ajudada por factos reais. É que, diz o povo, numa sapiência que não vem nos códices, tudo é possível se nós quisermos.
«O ténis luso reúne
dos melhores praticantes mundiais,
capazes de encantar plateias, como fez João Sousa
em Kuala Lumpur»
VASCO COSTA
Presidente da Federação Portuguesa
de Ténis
FERNANDO CO
RREIA
Nas asas do sonho
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Com 12 anos, dividia a prática do futebol com o ténis. Chegou a ser campeão nacional naquele escalão, com a camisola do Vitória de Guima-rães, mas, mais tarde, a opção de João Sousa recaiu no ténis. Durante a pré-adolescência, alimentou o sonho de vingar na modalidade e, aos 15 anos, radicou-se em Barcelona, depois do pai, procurador da Repúbli-ca no Tribunal de Guimarães, ter con-traído um empréstimo bancário para pagar a Academia BTT. O acordo entre os dois foi reduzido a uma con-dição: se chumbasse na escola,
regressaria a Portugal. No presente, João Sousa detém o registo máximo de um português no “ranking” ATP. O vimaranense é o 49.º mundial e fez história em Kuala Lumpur, a capital da Malásia: tornou-se no primeiro tenista luso a conquis-tar um título em singulares num tor-
neio do ATP World Tour. Na semana anterior, João Sousa, de 24 anos, já tinha atingido as meias-finais do ATP World Tour São Petersburgo, na Rússia, torneio de categoria 250. Nos quartos de final na Malásia, surpreendeu o espanhol David Ferrer, primeiro cabeça de série e quarto tenista mais bem cota-do no mundo. O espanhol, finalista vencido no Portugal Open 2013, aca-bou por ser eliminado pelo português
JOÃO SOUSA conquistou, em Kuala Lumpur, o primeiro título em singulares de um português no ATP World Tour
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nos quartos de final, pelos parciais de 6-2 e 7-6 (2). Nunca antes o tenista português tinha obtido um triunfo
sobre um tenista tão bem cotado. Depois, João Sousa desembaraçou-se de Jurgen Melzer, com 6-4, 3-6 e 6-4, garantindo a presença na final. Foi a segunda final de um português no ATP World Tour, depois de, em 2010, Frederico Gil ter jogado o encontro de discussão do título no Estoril Open, acabando por ceder frente ao espa-
nhol Albert Montañes. Com o francês Julien Benneteau
... pela frente, João Sousa salvou um “match-point” no segundo “set” e arrancou para uma vitória sobre o 33.º tenista do mundo na altura, com os parcelares de 2-6, 7-5 e 6-4. No últi-mo ponto, o pupilo de Frederico Mar-ques, que amealhou um total de 250 pontos, largou a raqueta e se projetou no chão. Depois, segurou uma ban-
deira nacional nos braços abertos. João Sousa tornou-se no primeiro tenista português a vencer um torneio do ATP World Tour em singulares, obtendo o quinto título para Portugal
neste circuito. Em 1992, João Cunha e Silva, ao lado do norte-americano Mike Bauer,
venceu em Tel-Aviv, em Israel, tor-neio inserido no “Grand Prix”, desig-nação anterior do circuito mundial da
ATP. João Cunha e Silva voltou a con-quistar um título em pares em Casa-blanca, em Marrocos, desta feita com Nuno Marques como parceiro. Foi em
1997. Um ano antes, Emanuel Couto e Bernardo Mota triunfaram no torneio de pares do Oporto Open, também da
série “Grand Prix”. Mais recentemente, Frederico Gil
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JOÃO SOUSA salvou um “match-point” na final com Benneteau,
em Kuala Lumpur
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foi campeão em pares na edição de 2012 do ATP World Tour Viña del Mar, no Chile. O português, natural de Lisboa, formou par com o espanhol
Daniel Gimeno-Traver.
No «top» 50
A vitória de João Sousa na capital malaia sucedeu às meias-finais em São Petersburgo, na Rússia, na semana anterior, igualmente um tor-neio de categoria 250 do ATP World
Tour. No conjunto das duas provas, o vimaranense de 24 anos contabilizou 340 pontos, o que lhe valeu a subida da 89.ª posição, que ocupa-va antes de São Petersburgo (Rússia), para o 51.º posto da tabela ATP. Ao todo, o tenista português, que não dispensa assistir a um encontro de futebol, galgou 26 degraus na classificação mundial e
entrou na elite. O seu melhor registo pessoal de sempre foi também a posição máxima de um português no “ranking” ATP, que era pertença de Rui Machado desde 3 de outubro de 2011, com o
59.º posto. Na semana seguinte, João Sousa logrou a entrada no “top” 50 do “ranking” ATP, criado em 1973. Como admitiu o vimaranense nas múltiplas entrevistas que concedeu em Portu-gal, o ingresso na elite do ténis mun-dial não era um objetivo delineado
para esta temporada.
...
João Sousa começou a jogar ténis em criança. Acompanhava o pai, Armindo Marinho Sousa, nos encontros com amigos. O vício da raqueta entranhou-se-lhe no corpo e jogava em casa, na casa de jan-
tar, atirando bolas contra a parede. A iniciação aconteceu quando tinha sete anos, sob a orientação técnica de Luís Miguel Coutinho,
JOÃO SOUSA galgou 26 posições no “ranking” ATP com êxito na Malásia
Guimarães. Depois, passou para o
Centro de Ténis da FPT da Maia. Aos 15 anos, sem parceiro de treino e com uma vontade férrea de evoluir, mudou-se para uma academia de alto rendimento, em Barcelona, onde reside atualmen-te, tratando das suas refeições. A exceção é quando a mãe o visita e
lhe deixa comida armazenada.
Sala de jantar, Maia e Barcelona
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Os portugueses no «top» 100
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João Sousa é o quinto tenis-ta português com presença no “top” 100 do “ranking” mundial, em masculinos e femininos. O vimaranense entrou pela primeira vez na elite mundial em janeiro de 2013, depois de ter atingido a segunda ronda do quadro principal de singulares do Open da Aus-trália. Nuno Marques foi o primei-ro representante do ténis português a alcançar o “top” 100 mundial, em 1995. Mais de uma década depois, Frederico Gil inte-grou os 100 primeiros do mundo. Se Gil quase que-brou a barreira dos 60 primei-ros, Rui Machado conseguiu essa proeza, em 2011. João Cunha e Silva (108.º, a 15 de abril de 1991) e Gas-tão Elias (103.º, a 6 de maio de 2013) ficaram à porta do “top” 100. Em femininos, Michelle Larcher de Brito é, até ao presente, a única lusa no “top” 100. Tinha apenas 16 anos e ingressou após a ter-ceira ronda em Roland Gar-ros, em 2009. Maria João Koehler esteve muito perto de concretizar o seu sonho. Posicionou-se em 102.ª (25.9.2012).
JOÃO SOUSA
Fontes: ATP e WTA
Estreia no «top» 100 — 91.º (29.1.2013)
Os portugueses no «top» 100
Melhor registo pessoal — 91.º (29.1.2013)
RUI MACHADO
FREDERICO GIL
MICHELLE LARCHER DE BRITO
NUNO MARQUES
Estreia no «top» 100 — 95.º (25.10.2010)
Estreia no «top» 100 — 99.º (2.2.2002)
Estreia no «top» 100 — 99.º (11.9.1995)
Estreia no «top» 100 — 90.ª (8.6.2009)
Melhor registo pessoal — 59.º (3.10.2011)
Melhor registo pessoal — 62.º (25.4.2011)
Melhor registo pessoal — 86.º (25.9.1995)
Melhor registo pessoal — 76.ª (6.7.2209)
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Durante nove dias, a Semana do Ténis & Padel animou o CT Estoril, com o
Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto, o Campeonato Nacional de Padel/Taça Banco BIC, o
Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini. Nas três competições, distribuíram-se pré-
mios globais de 27 mil euros. O progra-ma desta iniciativa inédita da FPT inte-grou ainda outras iniciativas, sociais e
de solidariedade, e exibições de ténis de praia e em cadeira de rodas. A semana de todas as emoções recorda-se nesta
página e nas seguintes.
A semana de todas as emoções
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Glória aos campeões CAMPEONATO NACIONAL ABSOLUTO / TAÇA GUILHERME PINTO BASTO
CAMPEONATO NACIONAL TÉNIS EM CADEIRA DE RODAS TAÇA ANGELINI
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JOÃO DOMINGUES / GONÇALO PEREIRA
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MARIA JOÃO KOEHLER RUI MACHADO BÁRBARA LUZ JOÃO DOMINGUES
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JOANA VALLE COSTA / BÁRBARA LUZ
GONÇALO FALCÃO / JOANA VALLE COSTA
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JOANA BRITES / ANA FILIPA SANTOS
GONÇALO FALCÃO / FREDERICO SILVA
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MARIANA CARREIRA / FELIPE CUNHA E SILVA
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CAMPEONATO NACIONAL PADEL / TAÇA BANCO BIC
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VASCO PASCOAL / MIGUEL OLIVEIRA
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ANA CATARINA NOGUEIRA / DIOGO ROCHA
FILIPA CALDEIRA / BÁRBARA C. REAL
HELENA MEDEIROS / FILIPA MENDONÇA
MARCO SOUSA / PAULO FERRAZ
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JOÃO ROQUE / HELENA MEDEIROS
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JOÃO ROQUE / DIOGO ROCHA
KÁTIA RODRIGUES / ANA CATARINA NOGUEIRA
MIGUEL RIBEIRO / PEDRO FRAZÃO
PEDRO PINTO / JOSÉ QUEIJO JOSÉ LUÍS LEITÃO / JOÃO MARTINS DA SILVA
SANDRA MARQUES / INÊS EIRÓ
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O mérito reconhecido Pela primeira vez, a Fede-ração Portuguesa de Ténis instituiu os Pré-mios de Mérito/Vista Ale-gre, no jantar oficial da Semana do Ténis & Padel, no Centro Cultural de Cascais. Leonor Peralta, campeã nacional absoluta por 13 vezes (recorde) e Alfredo Vaz Pinto (conquistou o título em sete ocasiões) foram distinguidos com o Prémio Títulos Nacionais/Vista Alegre. Rui Machado recebeu o Prémio Melhor “Ranking” e a Paulo Espírito Santo, campeão nacional em ténis de cadeira de rodas de 2004 a 2007 e vice-campeão de 2008 a 2012, foi atribuído o Prémio Longevidade/Vista Ale-gre. O Prémio Dedicação/Vista Alegre foi entregue a Miguel Bento Monteiro e Luís Guedes (ausente), representantes de Portu-gal nos campeonatos do mundo e da Europa de transplantados.
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TOS: FERNANDO
CORREIA
Treinada por João Cunha e Silva, Patrícia Martins
começou a jogar ténis com seis anos. Nos
escalões jovens, contabi-
liza um total de 19 títulos nacionais. Foi campeã nacional em singulares
em sub-12 (2005 e 2006), em sub-14 (2006
e 2008) e em sub-16 (2010). Em sub-12, em
pares, soma dois títulos (2005, com Joana Zanat-
ti; e 2006, com Joana Valle Costa) e foi vice-campeã numa ocasião
(2004, com Mariana Sal-vador). Em sub-14,
sagrou-se campeã de pares em 2006 (com
Koehler) e 2008 (com Sofia Araújo) e foi vice-campeã em 2004 (com
Teresa Araújo). Na cate-goria sub-16, juntamente
com Sofia Araújo, foi campeã em 2010 e vice-
campeã em 2009. No ano anterior, também foi vice-campeã , ao lado de
Koehler. Em pares mis-tos, Patrícia Martins e Ricardo Martins foram
campeões em 2007. Em pares, sub-18, figura na
galeria dos campeões em 2012 (com Joana
Valle Costa), 2010 (com Sofia Araújo) e 2007
(com Charlotte Pires). Com Sofia Araújo, foi
vice-campeã em 2009. No circuito ITF Junior, fez a “dobradinha” no
ITF Kramfors Junior Challenge 2009 (Suécia).
Junta o título individual na Vila do Conde Junior
Tennis Cup, em 2012
O ténis é... a minha paixão.
Jogo ténis… porque me faz feliz e já não
imagino a minha vida sem o fazer.
O que mais gosto no ténis... é a com-
petição, a adrenalina, as vitórias.
O que mais detesto no ténis… são as
lesões.
Para mim, treinar é... trabalhar e superar-me todos os dias, com o objetivo de estar
sempre a evoluir.
O sucesso significa… alcançar os obje-
tivos que definimos.
No ténis, quero atingir... o topo no
“ranking” mundial.
Depois de vencer um encontro… fico satisfeita, corro, alongo, tomo banho e, de seguida, tento analisar o que correu melhor
e pior.
Até ao momento, a minha maior ale-gria no ténis foi… a primeira vez que fui campeã nacional e quando alcancei o título de um torneio de categoria 1 Tennis Euro-
pe, sub-14, em Piestany, em 2008.
«Jogo porque me faz feliz»
E a maior tristeza no ténis... foi não
poder representar Portugal devido a lesão.
Se eu mandasse no ténis... empenha-va-me para que ninguém deixasse de poder competir por falta de apoios finan-
ceiros.
Em Portugal, o ténis precisa de… maior divulgação, mais apoios e mais
competição feminina.
Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... ótimo para o crescimento
da modalidade.
Um bom treinador é... aquele que con-segue, acima de tudo, transmitir os seus conhecimentos com confiança e que acre-
dita genuinamente no seu atleta.
O meu ídolo no ténis é atualmente...
Rafael Nadal.
O meu torneio preferido é… Roland
Garros.
A minha superfície preferida é… terra
batida.
No meu saco, não dispenso… toalha, elásticos, pala, sapatilhas, é elástico,
“grips” e, obviamente, as minhas raquetas.
FERNANDO CO
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Patrícia Martins
19 anos
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Uma semana em grande
CARLOS FIGUEIREDO Jornalista
«TIE-BREAK»
«Antes do começo desta aventura, poucos dariam
de barato um tão agradável
sucesso»
A Semana do Ténis & Padel, orga-nizada pela Federação Portuguesa de Ténis, no Clube de Ténis do Estoril, foi uma semana em grande. Ao Campeonato Nacional Absoluto/Taça Guilherme Pinto Basto juntou-se o Campeonato Nacional de Ténis em Cadeira de Rodas/Taça Angelini e o Campeonato Nacional de Padel/Taça Banco BIC. E houve muitos mais, até uma exibição de ténis de praia, numa semana que foi um grande cometimento e que teve também espaço no programa para a solidariedade. Antes do começo desta aventura, inédita em Portugal, poucos dariam de barato um tão agradável suces-so, a deixar incrédulos não só o público em geral como os habituais “velhos do Restelo”, que mais não sabem fazer do que criticar, pois emudecem estranhamente quando é hora de prestar homenagem e reconhecimento perante as evidên-cias. É tempo de prestar justiça: uma equipa dotada ofereceu, durante uma semana, aos amantes do ténis (e do padel, do ténis em cadeira de rodas e do ténis de praia) um espe-táculo fabuloso e uma excelente prova de capacidade, transforman-do os campeonatos numa festa única, que congregou muitas pes-
soas. Foi agradável ver o rodopio de pessoas no Clube de Ténis do Esto-ril, desfrutando da oferta. Foi consolador verificar como os patrocinadores — os principais e os outros, não menos importantes — se sentiam felizes, sendo a reciprocida-de uma óbvia consequência. Das peripécias técnicas, outros falarão. Para mim, que, conhecendo as capacidades de toda esta magnífi-ca máquina de fazer milagres, não poderia ficar espantado, sobraram recordações sentimentais. Vi, com muito gosto, gente que conheço há muito. Porém, tomo a liberdade de apenas falar de uma pessoa: Leonor Peralta. Voltar a ver essa querida Leonor Peralta, com a qual tive um pequeno mal entendido, felizmente sanado, foi das coisas mais gratificantes para mim. E a sua distinção no jantar oficial, no Centro Cultural de Cascais, encheu-me de uma alegria indecifrá-vel. Leonor Peralta e Alfredo Vaz Pin-to foram merecidamente distinguidos com os “Prémios Mérito”. E em boa hora, a Federação Portuguesa de Ténis vincou com estes galardões que não esquece quem no passado — o mais longínquo e o recente — deu um contributo muito grande ao ténis português.
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