NT - fevereiro 2013
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EDIÇÃO MENSAL ONLINE FEVEREIRO 2013
Notícias do ténis
Esta newsletter foi escrita no âmbito do novo Acordo O
rtográfico. FERNANDO
CORREIA
O regresso dos heróis
Fevereiro foi o mês dos regressos à competição de Rui Machado (na foto), Leonardo Tavares, Frederico Silva e Maria João Koehler. Problemas físicos forçaram
os tenistas a períodos de recuperação, em alguns casos prolongados. Leonardo Tavares, campeão nacional absoluto em singulares em 2003, já não
competia desde maio do ano passado e foi sujeito a duas intervenções cirúrgicas. Tal como Frederico Silva (operação a um joelho impediu-o de jogar o torneio júnior do Open da Austrália), Leonardo Tavares escolheu um Future algarvio para retornar aos torneios. Machado, o tenista português mais bem cotado de sempre, voltou a competir na Taça
Davis, realizando um dos encontros de singulares do último dia da eliminatória de Portugal com o Benim, do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis.
Koehler, número um portuguesa, falhou o torneio do Grupo I da Fed Cup e reapareceu em Bogotá, pouco mais de um mês depois da inédita presença no segundo encontro do
quadro principal do Open da Austrália, a primeira prova do Grand Slam do ano.
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Estoril Open: João Sousa e Koehler são as apostas
INQUÉRITO
Federação Portuguesa de Ténis
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha
Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 [email protected] www.tenis.pt
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa
1 Qual o tenista português
que chegará mais longe no quadro principal de singulares do Estoril Open?
João Sousa
2 Qual a tenista portugue-
sa que chegará mais lon-ge no quadro principal de singulares do Estoril Open?
Maria João Koehler
3 Qual o tenista português
que poderá atingir a final de singulares do Estoril Open e repetir a proeza de Frederico Gil, que, em 2009, se sagrou vice-campeão, após embate com Albert Montañes?
João Sousa
4 Qual a tenista portugue-
sa que poderá atingir a final de singulares do Estoril Open pela primeira vez?
Maria João Koehler
João Sousa e Maria João Koehler são os dois
portugueses em quem se depositam esperanças
de chegarem mais longe nas provas individuais do Estoril
Open, o único evento português no ATP World Tour
e no WTA Tour, cuja realização se aproxima
a passos largos. No inquérito online realizado pela Notícias do Ténis, que
reuniu um total de 123 respostas, o mais bem cotado tenista português masculino e
a número um nacional no “ranking” WTA na atualidade
receberam a esmagadora maioria das preferências
nas questões formuladas na edição de
janeiro. O vimaranense recebeu mais de 98 por cento
das menções na duas perguntas destinadas ao torneio em masculinos e
a portuense ficou com esclare-
cedores 99,8 das referências. Eis o resultado de mais um
inquérito online.
FERNANDO CORREIA
JOÃO SOUSA, que alcançou os quartos de final do Estoril Open 2012, é o preferido quanto ao português que mais longe chegará no Jamor
3 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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O regresso dos heróis
Fevereiro foi o mês de Rui Machado, Leonardo Tava-res, Frederico Silva e Maria João Koehler reto-
marem a competição. A ausência de competi-ção mais prolongada foi a de Leonardo Tavares, submetido a duas opera-ções cirúrgicas, uma a um
pulso e outra a um pé. Data de meados de maio do ano passado o último torneio em que o portuen-se concorreu. Foi na Bul-gária, no ITF Futures Plo-
div. Presença assídua na Taça Davis na última
década, Leonardo Tavares
foi operado a um pulso em setembro do ano passado. Ainda não se tinha completado um mês sobre a interven-ção quando o portuense voltou à mesa das operações, para ser inter-
vencionado num pé. Esta foi a terceira operação de Leo-nardo Tavares, depois de, em 2007, ter sido submetido a uma intervenção cirúrgica ao tornozelo direito, que o afastou dos “courts” durante algum
tempo. O tenista portuense, que tem como melhor registo no ranking ATP a 186.ª posição, a 16 de agosto de 2010, programou o regresso para Vale do
Lobo, em Almancil.
IVO LEAL
Mais de oito meses após a última participação num torneio, Tavares jogou o “qualifying” de singulares do ITF Futures Vale do Lobo, ultrapas-sou-o e apenas foi travado nos quar-tos de final por Pedro Sousa, que
acabaria por se sagrar vice-campeão. No encontro com Pedro Sousa, Leonardo Tavares apenas realizou
dois jogos e foi forçado a retirar-se. Na semana seguinte, em Loulé, também Future de 10 mil dólares em prémios monetários, “Leo” apenas jogou pares, ao lado de João Domin-gues. A dupla portuguesa não foi além da primeira ronda (oitavos de
final).
Depois de uma semana dedicada à recuperação, Leonardo Tavares vol-tou a competir no “qualifying” de Faro, o terceiro dos torneios ITF de catego-ria Future programados para o Algar-
ve. O pupilo de Nuno Marques ultrapas-sou a primeira ronda da fase prévia no torneio do Clube de Ténis de Faro, mas não conseguiu evitar a elimina-ção na segunda, diante de um repre-
sentante do ténis britânico. O ITF Futures Guimarães, no Open Village Sports, será a próxima etapa
...
LEONARDO TAVARES: quase oito meses depois de ter partici-pado no ITF de Plodiv, na Bulgária, o portuense regressou em Vale do Lobo
4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
FERNANDO CO
RREIA
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do tenista, que completou 29 anos a
20 de fevereiro.
Retorno na Taça Davis Depois de Wimbledon, em junho, Rui Machado esteve um mês ausente no circuito profissional, para recuperar de lesão. Regressou no Open dos Esta-dos Unidos, mas, tal como em Ingla-terra, o algarvio não passou da pri-meira ronda do quadro principal de
singulares. No início de setembro, Rui Machado ainda jogou o Challenger de Sevilha. Também não atingiu a segunda elimi-natória. Em Espanha, o tenista portu-guês mais bem cotado de sempre — 59.º, a 3 de outubro de 2011 — res-sentiu-se da lesão no joelho direito, contraída no Open dos Estados Uni-dos, onde foi afastado pelo espanhol
Fernando Verdasco. Já em 2009, também no Open dos Estados Unidos, Rui Machado agra-vara uma lesão num pulso. E, antes, uma lesão num joelho, forçou-o a um
calvário de dois anos. O regresso à competição de Macha-do aconteceu na Taça Davis, no pri-meiro fim-de-semana de fevereiro. Portugal recebeu Benim, no centená-rio CIF, e o tenista treinado por André Lopes contribuiu com um encontro em três partidas sobre Alexis Klegou para a vitória da seleção portuguesa, por 5
-0. Nessa altura, Rui Machado revelou que os médicos lhe recomendaram “muita cautela e grande atenção às cargas físicas”. O tenista seguiu as indicações clínicas de iniciar a tempo-rada com poucos torneios, para que, a meio da temporada, possa já apre-
...
sentar-se sem quaisquer limitações. Machado, que está atualmente em 312.º na classificação mundial, referiu que “o caminho” é voltar a jogar Futu-res”, acrescentando que “não há volta
a dar”. “Não posso querer começar por cima. Há quem encare um passo atrás, mas eu não. Sempre tive res-peito por quem joga Futures”, subli-nhou, observando que pretende jogar
“mais três, quatro, cinco anos”. No Algarve, onde nasceu, Rui Machado escolheu o ITF Futures Vale do Lobo para voltar a competir, depois da experiência encorajante e
motivadora na Taça Davis. Rui Machado atingiu os quartos de final de singulares, cedendo perante o
francês Gigounon. “Infelizmente, não consegui recupe-
RUI MACHADO regressou à competição no CIF
rar do desgaste de ontem. Apesar de ter perdido, sei que tudo isto faz parte do processo de voltar a competir e ganhar forma novamente. As minhas prioridades para esta semana foram cumpridas e o joelho reagiu bem a três dias consecutivos de competi-
ção”, disse Rui Machado. Em Loulé, Rui Machado atingiu a final com Pedro Sousa, que, pela segunda vez consecutiva, discute o título, depois de ter sido vice-
campeão em Vale do Lobo.
De volta em Loulé Frederico Silva também programou o seu regresso para os Futures no Algarve. O jovem tenista das Caldas da Rainha, treinado por Pedro Felner, não teve, porém, uma estreia positiva, uma vez que claudicou logo na pri-
meira ronda do “qualifying”. O único português com um título em torneios do Grand Slam (conquistou a prova de pares do Open dos Estados Unidos) já não competia desde o Abierto Juvenil Mexicano, no qual
ganhou em pares, no final do ano. Frederico Silva optou por adiar o início da temporada, para realizar
uma operação cirúrgica a um joelho. “Não teve a ver com ligamentos ou ossos”, afirmou. Foi “uma operação s imples” , como f r i sou , com “recuperação rápida”, para que pudesse “prevenir que a situação
piorasse”. Com a intervenção cirúrgica, Frede-rico Silva não participou no torneio júnior do Open dos Estados Unidos e foi dispensado da condição de reser-
...
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5 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
FLÁVIO SANTO
S
va na seleção portuguesa de senio-res, que recebeu o Benim, em con-fronto do Grupo II da Zona Europa/África da Taça Davis. Foi a primeira chamada do tenista, que atingiu a sexta posição no ranking júnior mun-
dial, a 6 de janeiro de 2012. Em Faro, no Future de 10 mil dóla-res de prize-money, Frederico Silva juntou-se a Rui Machado no quadro principal de singulares. O tenista das Caldas da Rainha entrou diretamente no âmbito do ITF Junior Exempt Pro-ject, que lhe conferiu a possibilidade de jogar três Futures à sua escolha por ter terminado 2012 no top 10
júnior mundial. Os outros dois torneios em que Fre-derico Silva usará a faculdade de entrar diretamente para o quadro prin-cipal de singulares serão disputados
no Egito. Depois de Faro, Frederico Silva viajará para Guimarães, para se jun-tar ao lote dos portugueses no “qualifying”. Rui Machado e Frederico Gil são os únicos portugueses com entrada direta no quadro principal de singulares da competição vimaranen-se. Tal como Machado, que não joga-va um Future desde 2008, em Itália, Gil, que tem tido um arranque de épo-ca descolorido, vai regressar aos tor-
neios desta categoria.
Koehler com limitações
Maria João Koehler começou o ano com um resultado fantástico no Open da Austrália. Depois de ter ultra-passado as t rês rondas do “qualifying”, a tetracampeã nacional
...
absoluta apenas foi travada pela anti-ga número um Jelena Jankovic na segunda ronda do quadro principal, num encontro disputado em três sets. A portuense terminou o encontro com a sérvia com uma lesão muscular abdominal, que a obrigou a anular a
inscrição no torneio WTA de Paris. Tentou a recuperação para o tor-neio do Grupo I da Zona Europa/África da Fed Cup, em Eilat (Israel), mas a tenista, treinada por Nuno Mar-ques, acabou por não se juntar a Michelle Larcher de Brito, Bárbara Luz e Margarida Moura, acabando Pedro Cordeiro por chamar Joana
Valle Costa pela primeira vez. “É com imensa pena que sou obri-
Koehler voltou a competir a 18 de fevereiro, no WTA International Bogotá, na Colômbia. Porém, não conseguiu levar a melhor sobre a
romena Cadantu. Na semana seguinte, viajou para Acapulco, no México, para, no torneio da mesma série, também não conse-guir aceder à segunda ronda, acaban-do por ser eliminada pela espanhola
Estrella Candela. Os resultados nos dois encontros —6-0 e 6-3 no primeiro, na Colômbia, e 6-2 e 6-0, no México — revelam que Koehler não está ainda completamen-te restabelecida da lesão muscular abdominal que sofreu na primeira
prova do Grand Slam da temporada.
KOEHLER: lesão afastou-a da Fed Cup
gada a falhar na participa-ção nesta importante elimi-natória da Fed Cup, para a qual estava extremamente motivada. (…) A lesão não está totalmente cicatriza-da”, notou Koehler, após ter realizado uma ecogra-fia. dias antes da partida da equipa portuguesa para
Israel. Maria João Koehler refe-riu que o problema físico não impedia “a continui-dade do trabalho no court”, mas assinalou que passaria a treinar “apenas uma vez por dia” e que iria realizar “duas sessões diárias de fisioterapia, para acelerar o processo de cicatrização” da lesão muscular na região do
abdómen.
O ténis sai à rua
6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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FOTO
MONTAG
EM ITF
Com coordenação do Departamento de Desenvolvimento (DdD) da Fede-ração Portuguesa de Ténis, o Dia Mundial do Ténis terá como centro nevrálgico a cidade da Maia. A praça Professor Doutor José Vieira de Car-valho será ocupada com vários mini campos de ténis e outros espaços. Ocasião para desenvolver atividades do programa Tennis10s, lançado pela
ITF em 2007 a nível global. A pouca distância da praça fronteira ao edifício da Câmara Municipal da Maia, o Complexo Municipal de Ténis da Maia, espaço por excelência para
a prática da modalidade, também
O ténis sai à rua a 4 de março, com um conjunto de iniciativas um pouco por todo o país, para assinalar o Dia Mundial do Ténis, promovido pela ITF, que, este ano, come-mora o centenário da sua fundação. O obje-tivo é promover a modalidade em todo o Mundo. Portugal foi das primeira nações a associar-se ao Dia Mundial do Ténis, que congregará mais de meia centena de paí-
ses.
No âmbito do Dia Mundial do Ténis, o DdD lança o desafio do registo, em fotografia ou em vídeo, da iniciativa, que decorrerá um pouco por todo o país, a 4 de
março. Vítor Cabral, diretor do DdD, explica que “a melhor foto e o melhor vídeo, em que a originali-dade e a simbologia são funda-mentais, serão vistos em todo o
Mundo, divulgadas pela ITF”.
As fotografias e os vídeos devem ser enviados para um dos dois endereços eletrónicos: [email protected] ou
[email protected]. Os trabalhos selecionados serão enviados para a ITF inserir
em:
http:www.worldtennisday.com/
http://www.facebook.com/serverallyscore/photos_albuns.
Mãos à obra
7 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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Todos os dias, o ténis português está à distância de um clique!
www.tenis.pt
abre as suas portas para o Dia Mun-
dial do Ténis. Vítor Cabral, diretor do DdD, refere que “a ITF vai enviar um delegado, para viver esta experiência” em Portu-
gal. As iniciativas do Dia Mundial do Ténis não se circunscrevem à cidade maiata. De norte a sul do país, estão
programadas ações promocionais. “Destaque para mais de 30 clubes em todo o país (ainda não há um
... número definitivo), que vão realizar um ‘open day’”, nota Vítor Cabral, acrescentando que um total de 60
clubes terão atividades.. O Dia Mundial do Ténis, que mobili-zará os 150 estagiários dos cursos de treinador e os respetivos tutores, vai estar em escolas, estando dez ações
programadas. Além dos clubes, o DdD estendeu o pedido de colaboração a associações regionais de ténis, para que também contribuam com iniciativas. Tudo para
que se promova a modalidade. O Dia Mundial do Ténis é uma ini-
ciativa que decorrerá nos cinco conti-
nentes. Do conjunto de realizações, desta-
que para Nova Iorque e Hong Kong. Na “Big Apple”, no mítico Madison Square Garden, estarão Victoria Aza-renka, Serena Williams, Juan Martin del Potro e Rafael Nadal, para um
“showdown”na noite de 4 de março. Em Hong Kong, no mesmo dia, par-ticiparão Caroline Wozniacki e Agnieszka Radwanska. O “prato forte” será servido por John McEnroe e Ivan Lendl, que vão reviver a rivalidade de
décadas atrás.
Desconto na Sport Zone
Por ocasião do Dia Mundial do Ténis, a Sport Zone oferece,
a 4 de março, 25 por cento de desconto em
cartão na compra de qualquer artigo de ténis,
seja de que marca for.
D.R.
CRIANÇAS vão voltar a ter
contacto com o ténis a 4 de março
8 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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ABÍLIO COSTA em assistência a Pedro Sousa, com Pedro Cordeiro presente: o enfermeiro tem uma ligação de 18 anos à seleção masculina
expressa pelos jogadores em contar com o enfermeiro nas eliminatórias da Taça Davis, José Vilela propôs o con-curso de Abílio Costa e a direção de então da Federação Portuguesa de Ténis aceitou, passando, a partir daí, o técnico de saúde a ser presença constante na seleção portuguesa. Até aos dias de hoje, com o mesmo propósito de “assegurar as necessida-des físicas dos atletas, para o desem-penho da atividade durante o estágio e a competição, através dos procedi-mentos técnicos, com o objetivo de prevenir lesões e possibilitar a ativida-
de com melhor rendimento”. ...
Mãos de ouro
Desde 1995 que Abílio Costa, licen-ciado em Enfermagem, com especiali-zação na área da Reabilitação, está ligado à seleção masculina. Contabili-za a presença em 38 eliminatórias da Taça Davis, sempre com objetivo “e empenho” para “conseguir despistar situações de risco e contribuir para o
melhor desempenho dos atletas”. No verão de 1995, Abílio Costa aceitou prontamente o convite para integrar a seleção masculina, estrean-do-se no CT Estoril, no confronto entre Portugal e Roménia, do Grupo I da Zona Europa/África, que os rome-nos venceram, por 3-2. José Vilela era o “capitão” e João Cunha e Silva e Emanuel Couto formaram a equipa
portuguesa. “O que mais me marcou na minha estreia na seleção, em 1995, foi o fato de treino com o meu nome e o símbo-lo da seleção nacional. E também ouvir o hino nacional”, recorda Abílio
Costa. A colaboração de Abílio Costa ape-nas se resumia aos compromissos da Taça Davis em Portugal, pelo que o enfermeiro não participou nas duas eliminatórias realizadas em 1996 (na Argélia e na Eslováquia) e uma em
1997 (no Egito). Neste último ano, o selecionado luso voltou aos pisos de terra batida em solo português e Abílio Costa vol-tou a juntar-se à equipa, para os embates com Jugoslávia (Porto) e
Noruega (Maia). Depois de inteirar-se da vontade
Outra preocupação é “a identifica-ção de problemas de saúde que pos-
sam surgir”. Abílio Costa confessa ser “rigoroso no controlo da hidratação, prevenção de hipoglicémias, técnicas de massa-gem ativas, técnicas de manipulação, técnicas de estiramento no acompa-nhamento cinesiológico dos atletas, apoiados nas bases fisiológicas, fisio-patológicas e biomecânicas e a apli-
cação de bandas neuromusculares”. Todos estes procedimentos, refere
FERNANDO CO
RREIA
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9 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
FERNANDO CO
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... Abílio Costa, “são realizados em fun-ção das características dos atletas, de uma avaliação prévia e das necessi-
dades”. Em permanente “atualização de conhecimentos técnicos e científicos”, o enfermeiro da seleção vinca que a sua realização profissional “passa por tentar dar sempre o melhor em tudo” a que se propõe, “com o máximo pro-
fissionalismo e competência”.
Memórias Abílio Costa reúne muitas recorda-ções de eliminatórias da Taça Davis. Uma das mais marcantes para o enfermeiro foi a primeira vez que via-jou para o estrangeiro com a equipa
de Portugal, em julho de 1998. A comitiva integrava o selecionador nacional de então, José Vilela, e os jogadores João Cunha e Silva, Nuno Marques e Emanuel Couto. A vitória foi alcançada por Portugal, por 3-2, registando-se no confronto o jogo mais prolongado da equipa portugue-sa na Taça Davis: na quinta partida, o encontro decidiu-se sem “tie-break” e Nuno Marques venceu Nenad Zimon-
jic, por 20-18. Abílio Costa lembra esse jogo e também as eliminatórias na Croácia (1999), na Ucrânia de Andrei Medve-dev (2000) e na África do Sul de Way-ne Ferreira (no mesmo ano), todas
com José Vilela como “capitão”. O enfermeiro recorda ainda o triun-fo de Portugal na Tunísia, em 2004, “com uma equipa renovada”, integra-dando “jogadores mais novos, com
muito talento”.
ABÍLIO COSTA realça a união de grupo que, desde 1995, constata na seleção portuguesa
Abílio Costa faz referência a Frede-rico Gil, Rui Machado e Leonardo Tavares, selecionados por João Maio para juntarem-se a Bernardo Mota, da geração anterior, a primeira com quem o enfermeiro trabalhou e que
considera “a mais marcante”. “Nessa eliminatória, houve casos complicados, como o do estreante Frederico Gil, que contraiu uma entor-se de segundo grau numa tibiotársica,
no início do estágio”. Acreditando na recuperação, Abílio Costa lançou-se ao trabalho e Frede-rico Gil acabou por conseguir jogar no sábado (encontro de pares) e no domingo (o terceiro embate de singu-
lares). “Foi um trabalho com resultados
muitos bons”, diz Abílio Costa. Já com Pedro Cordeiro à frente da
seleção portuguesa, Abílio Costa recorda o triunfo de Portugal sobre a
Argélia, por 3-2, no Estádio Nacional. “Virar um resultado desfavorável de 2-0 para 3-2 é notável”, salienta o enfermeiro, que alude ainda ao triunfo sobre a Eslováquia, por 4-1, igual-
mente no Jamor, em 2011. “Um grande feito que a todos nos orgulha. A Eslováquia é uma seleção de dimensão tenística”, refere Abílio Costa, acrescentando que “para todos estes factos notáveis contribuiu um espírito de equipa forte, coeso e soli-
dário”. “Esse espírito muito se deve a Vile-la. Todos os outros selecionadores conseguiram, com todo o mérito, manter a mesma união do grupo, cujo lema é: quanto mais unido, mais forte
e vencedor se torna”, realça.
D.R.
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10 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Na elite centenária O Lawn Tennis Club da Foz integra a elite de clubes de ténis com mais de um século. A agremiação desportiva, fundada em 1895 para se dedicar exclusivamente à prática do ténis, foi admitida em 2008 como sócio do Centenary Tennis Clubs, que congre-ga os mais prestigiados clubes da modalidade, como o The Queens’s Club, o Real Club de Ténis Barcelo-na, o Royal Leopold Club, o Racing Club de France, o Roehampton Club
o o International Tennis Hall of Fame. “O convite para a fliação surgiu atra-vés dum nosso associado, que, por sua vez, é sócio do Clube de Ténis de
O LAWN TENNIS CLUB DA FOZ recebeu o Portugal-Chipre da Taça
Davis, em 2010
nacionais, com bilhetes garantidos”. Associação reconhecida pela ITF, a Centenary Tennis Clubs, que admite os membros após avaliação da sua tradição desportiva e pelo papel social relevante, tem como missão manter as tradições do ténis, bem como o
espírito do “fair play”. A organização apoia também novos talentos e promove manifestações culturais, “workshops” e seminários. E encontros amigáveis entre os clubes membros, além de um encontro anual, em que se fala de ténis e de todos os aspetos relacionados com a
vida dos clubes.
Nápoles, também inscrito no Cente-nary Tennis Clubes”, explica Luiz Megre Beça, presidente do Lawn Ten-nis Club da Foz, o único clube portu-
guês filiado na associação. Ao todo, são 62 membros, reparti-dos por 27 países, entre os quais Austrália, Japão, Inglaterra, Rússia,
África do Sul, Índia e Canadá. Luiz Megre Beça refere que o Centenary Tennis Clubs tem o obje-tivo de cultivar “uma maior aproxi-mação entre todos os membros”, possibilitando também “aos sócios dos clubes filiados usufruírem de
acesso a grandes torneios inter-
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11 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Winners
Mais um sorriso
Raqueta por um Sorriso, um projeto em desenvolvimento em Portugal desde 2010, voltou a reunir material e a enviá-lo para Cabo Verde. Desta vez, foram raquetas, que encheram de sor-risos jovens da ilha da Boavista, no barlavento de Cabo Verde. Um avião com destino a Cabo Verde levou um conjunto de raquetas, para se iniciar a práti-ca do ténis naquela ilha. Na aeronave seguiu igual-mente material para o pólo de ténis do Tarrafal, na ilha de Santiago, que integra o arquipé-lago que forma Cabo Verde. Para que este envio fosse possível, sucedendo a outros mais anteriormente realizados, Take C’Air associou-se. É uma organização de voluntários, destinada a promover , incenti-var e apoiar atividades de res-ponsabilidade social realizadas por tripulantes da aviação civil. Também a Take C’Air troca algo por um sorriso, sem pre-tender receber o que quer que seja em troca. Basta ver uma criança feliz.
Depois de Frederico Silva ter tido a experiência de treinar com o espa-nhol Rafael Nadal, João Sousa também pode recordar encontro de pre-
paração no court com o atual número cinco mundial. No seu regresso à competição após uma ausência prolongada devido a contrariedades físicas, Rafael Nadal convidou João Sousa, de 23 anos, para, no domingo 24 de fevereiro, treinar no court central do torneio de
Acapulco, de categoria 500 do ATP World Tour. João Sousa, radicado em Barcelona desde os 15 anos, acedeu e este-ve mais de uma hora em campo com Nadal, que acabou por conquistar o título de singulares em Acapulco, somando a segunda vitória consecuti-
va, após a conquista do 250 de São Paulo. Aliás, Nadal, de 26 anos, já leva três finais em igual número de tor-neios disputados este ano. Apenas não arrecadou o troféu em Viña del Mar, no Chile, o primeiro evento que o maiorquino disputou neste ano. O
espanhol não competia desde Wimbledon, em junho.
João Sousa prepara Nadal para percurso vitorioso
12 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Luís Pita é atleta da Pestana Tennis
Academy, localizada na Quinta da Beloura, próximo de Cascais.
Com 13 anos, o jovem já realizou dois estágios na
prestigiada academia IMG Nick Bollettieri, nos Estados Unidos,
onde, em 2012, conquistou o título de singulares no torneio B
de West Palm Beach. No mesmo ano, foi
semifinalista na competição B de Coral Springs e participou
igualmente no torneio reservado a sub-14
do Orange Bowl, uma das mais importantes
competições juvenis do Mundo. Em 2012, também foi campeão
no IV Torneio Juvenil da Ilha Terceira, em Angra do
Heroísmo. Aluno do 8.º ano do Colégio Vasco da Gama, em Belas, Luís Afonso Pita é treinado
por Jorge Gonçalves e tem como
preparador físico Miguel Aguiã, enquanto Miguel Silva é o seu
fisioterapeuta. A gestão da
carreira do jovem tenista é assegurada pela Prime
Stadium. Nesta temporada, Luís Pita
concilia os estudos com uma aposta em
torneios internacionais do escalão de sub-14 inscritos
na Tennis Europe e nos mais importantes eventos
nacionais.
O ténis é... o que eu quero fazer
para o resto da minha vida.
Jogo ténis… por prazer.
O que mais gosto no ténis é...
competição.
O que mais detesto no ténis é... ainda não ter ranking para entrar nos
torneios que quero.
Para mim, treinar é... Passar a ser
melhor.
O sucesso significa… evolução.
No ténis, quero atingir... o nível
máximo.
Depois de vencer um encontro...
vem o próximo.
Quando sou eliminado num tor-
neio... penso no próximo.
Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi... Partici-
par no Orange Bowl [EUA].
«Quero atingir o nível máximo»
E a maior tristeza no ténis... Foi
ir ao Chipre e perder à primeira.
Se eu mandasse no ténis... Aca-
bava com os torneios da treta. Em Portugal, o ténis precisa de...
jogadores de topo.
Um ou uma tenista português no "top" 10 seria... a Maria João Koeh-
ler.
Um bom treinador é... o Jorge
Gonçalves. O meu ídolo no ténis atualmente
é... Roger Federer.
O meu torneio preferido é... Wim-
bledon.
A minha superfície preferida é...
a terra batida.
No meu saco, não dispenso... as
raquetas Wilson.
D.R.
Pessoal
& transmissível
Luís Pita
13 anos
13 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
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Como o tempo corre, João!
CARLOS FIGUEIREDO Jornalista
«TIE-BREAK»
«João Cunha e Silva, já um garoto de barba rija, respeitado por
colegas e adversários, perdeu,
estupidamente, a decisão de São Paulo de 1985»
Tendo-se agora comemorado a presença de portugueses em mais de vinte eliminatórias da Taça Davis, ocorre-me como o tempo passa tão depressa: no lote dos cinco contemplados, João Cunha e Silva teria mesmo de sobressair, além do mais pela autoridade com quem deixou de ser número um júnior mundial, nos primeiros meses de 1985, depois de uma campanha bem sucedida na América do Sul, para uma honrosa caminhada já
entre os “homenzinhos”. Se quisermos procurar um ponto de partida, podemos sugerir o Banana Bowl de São Paulo, o famo-so torneio brasileiro que gera pré-campeões, como foram, de facto, João Cunha e Silva, único portu-guês na galeria dos campeões e vice-campeões, e outros que torna-ram essa lista tão elucidativa como
extensa. Vamos, pois, recordar como João Cunha e Silva, já um garoto de bar-ba rija, respeitado por colegas e adversários, perdeu, estupidamen-te, a decisão de São Paulo de 1985, inferiorizado que se apresen-tou nessa derradeira jornada e que
nada teve a ver com o ténis… Foi o caso que uma inoportuna infeção ocular que o “handicapou” perante o também categorizado
argentino Franco Davin, que jogou o
seu normal e arrecadou o troféu. Quase três décadas após, podemos avançar com duas confidências: por um lado, o argentino é, apenas, o atual treinador do campeoníssimo Juan Martin del Potro; por outro lado, o problema que diminuiu o português foi motivado por excesso de ternuras do nosso campeão para com a sua
namorada brasileira. Com a derrota, Cunha e Silva inter-romperia um ciclo memorável de vitó-
rias. Quanto a Franco Davin, um peque-no acrescento ao que dele já disse-mos como jogador: quando, no ano seguinte, coube a Nuno Marques representar o ténis português no cir-cuito sul-americano júnior, durante um treino já em Buenos Aires, um garoto aproximou-se do portuense e do seu treinador, Luís Sousa, e, refe-rindo a vitória que o tenista luso regis-
tara sobre Davin, perguntou: — Tu ganhaste ao Franco? Então,
deves ser muito bom jogador! Podemos acrescentar que o atual técnico do bicampeão do Estoril Open, Juan Martin del Potro, regista-va invejável colheita de sucessos durante o trajecto que começava na Venezuela e vinha por aí abaixo, num total de nove semanas. Cunha e Silva
arrecadou a parte de leão.
Associações Regionais
AÇORES ALGARVE ALTO ALENTEJO
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LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO
SETÚBAL VILA REAL VISEU