Post on 15-Mar-2016
description
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
1
CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
2
BIOLOGIA NEURONAL
SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM
PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III
Professor César Augusto Venâncio da Silva
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA
Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios
e transtornos neuropsicobiológico.
TOMO I – VOLUME II
CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS
CEREBRAIS
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
3
Neurociência.
Gravura de Santiago Ramón y Cajal (1899) de neurônios no cerebelo de um pombo.
Neurociência é o estudo científico do sistema nervoso. A Neurociência é uma ciência
interdisciplinar que colabora com outros campos do conhecimento,como exemplos...
(...)a química, ciência da computação, engenharia,
linguística, matemática, medicina e disciplinas afins,
filosofia, física e psicologia.
A neurobiologia é usualmente o termo mais usado para designar alternadamente a
definição-termo neurociência, embora o primeiro se refira especificamente a biologia do
sistema nervoso, enquanto o último se refere à inteira ciência do sistema nervoso. O
escopo da neurociência tem sido ampliado para incluir diferentes abordagens usadas
para estudar os aspectos moleculares, celulares, de desenvolvimento, estruturais,
funcionais, evolutivos, e médicos do sistema nervoso, ainda sendo ampliado para incluir
a cibernética como estudo da comunicação e controle no animal e na máquina com
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
4
resultados fecundos para ambas áreas do conhecimento. E agora mais recentemente o
discurso da neurociência educacional. Explico mais a frente. As técnicas usadas pelos
neurocientistas tem sido expandida enormemente, de estudos moleculares e celulares de
neurônios individuais até imageamento de tarefas sensoriais e motoras no cérebro.
Avanços teóricos recentes na neurociência têm sido auxiliados pelo estudo das redes
neurais. Dado o número crescente de cientistas que estudam o sistema nervoso, várias
proeminentes organizações de neurociência tem sido formadas para prover um fórum
para todos os neurociêntistas e educadores. Por exemplo, a International Brain
Research Organization foi fundada em 1960, a Society for Neurocience em 1969, a
Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento em 1976 e a Sociedade
Portuguesa de Neurociências em 1992.
Cerébro.
O que podemos esperar no futuro, em relaçao ao cerébro humano?
O cérebro humano é complexo e extenso?
O Cerébro Humano representa aproximadamente 2% da massa celular do corpo
humano, mas, apesar disso, recebe aproximadamente 25% de todo o sangue que é
bombeado pelo coração. Divide-se em dois hemisférios: esquerdo e o direito. O seu
aspecto se assemelha ao miolo de uma noz. É um conjunto distribuído de milhares de
milhões de células que se estende por uma área de mais de 1 metro quadrado dentro do
qual conseguimos diferenciar certas estruturas correspondendo às chamadas áreas
funcionais, que podem cada uma abranger até um décimo dessa área.
Imagem lateral do cérebro.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
5
Nota do Autor.
Miolo de uma noz.
Apesar de serem um alimento muito calórico, e terem fama de engordarem
muito (o que não é mentira!), as nozes contêm gorduras de excelente qualidade e
muitos outros nutrientes. As nozes são um fruto seco muito apreciado, mas comido
sempre com muita desconfiança, uma vez que se trata de um alimento muito calórico e
gorduroso. A ingestão diária de 85 g de nozes, como parte de uma dieta com
baixo teor de gorduras saturadas, pode baixar os níveis de colesterol no
sangue, segundo investigações recentes. Ao reduzir o colesterol, constitui uma
arma na luta conta as doenças cardiovasculares. O que se diz quanto ao seu elevado
teor de gordura é verdadeiro, pois as nozes contêm de fato muita gordura; mas trata-se
de uma gordura insaturada, de excelente qualidade para a saúde.
Contêm gorduras monoinsaturadas que se revelam muito úteis no
tratamento e prevenção das doenças do coração, ao diminuir os níveis
de colesterol no sangue. Contêm também gorduras poliinsaturadas, os
ácidos gordos Ómega-3, que são componentes estruturais do cérebro, e
estão implicados na redução do risco aterosclerótico, designadamente coronário e
da diminuição dos triglicerídeos do sangue. Pensa-se que podem tratar doenças
cardíacas e artrite. Cada 100 g de miolo de noz fornecem cerca de: 700 calorias.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
6
HEMISFÉRIO ESQUERDO.
Assim, é interessante analisar e comparar as características fisiológicas dos hemisférios
cerebrais
OS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
UMA COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE CADA HEMISFÉRIO
Hemisfério esquerdo Hemisfério direito
Verbal: usa palavras para nomear,
descrever e definir;
Não-verbal: percepção das coisas com uma
relação mínima com palavras;
Analítico: decifra as coisas de maneira
seqüencial e por partes;
Sintético: unir coisas para formar
totalidades;
Utiliza um símbolo que está no lugar de
outra coisa. Por exemplo o sinal +
representa a soma;
Relaciona as coisas tais como estão nesse
momento;
Abstrato: extrai uma porção pequena de
informação e a utiliza para representar a
totalidade do assunto;
Analógico: encontra um símil entre
diferentes ordens; compreensão das
relações metefóficas;
Temporal: se mantem uma noção de
tempo, uma seqüência dos fatos. Fazer
uma coisa e logo outra, etc.;
Atemporal: sem sentido de tempo;
Racional: extrai conclusões baseadas na
razão e nos dados;
Não-racional: não requer uma base de
informações e fatos reais; aceita a
suspensão do juízo;
Digital: utiliza números;
Espacial: ver as coisas relacionadas a
outras e como as partes se unem para
formar um todo;
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
7
Lógico: extrai conclusões baseadas na
ordem lógica. Por exemplo: um teorema
matemático ou uma argumentação;
Intuitivo: realiza saltos de reconhecimento,
em geral sob padrões incompletos,
intuições, sentimentos e imagens visuais;
Linear: pensar em termos vinculados a
ideias, um pensamento que segue o outro
e que em geral convergem em uma
conclusão;
Holístico: perceber al mesmo tempo,
concebendo padrões gerais e as estruturas
que muitas vezes levam a conclusões
divergentes.
Dentro da analise sugerida podemos observar as habilidades associadas às
especificidades de parte hemisféricas cerebrais.
HABILIDADES ASSOCIADAS À ESPECIALIZAÇÃO DE CADA
HEMISFÉRIO
Hemisfério esquerdo Hemisfério
direito
Escrita à mão
Símbolos Relações
espaciais
Linguagem Figuras e
padrões
Leitura Computação
matemática
Fonética Sensibilidade
a cores
Localização de fatos e
detalhes
Canto e
música
Conversação e
recitação
Expressão
artística
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
8
Seguimento de
instruções Criatividade
Escuta Visualização
Associação auditiva Sentimentos
e emoções
As maneiras de consciência de cada parte hemisférica cerebral. .
MANEIRAS DE CONSCIÊNCIA DE CADA HEMISFÉRIO
Hemisfério
esquerdo
Hemisfério
direito
Lógico Intuitivo
Seqüencial Azaroso
Linear Holístico
Simbólico Concreto
Baseado
na
realidade
Orientado
à fantasia
Verbal Não-
verbal
Temporal Atemporal
Abstrato Analógico
O desejo de compreender para intervir na melhoria é na atualidade a vocação da maioria
dos educadores, estes estão cada vez mais interessados na importância do pensamento
criativo e intuitivo, o sistema educativo em geral está estruturado de um modo
predominantemente guiado pelo hemisfério esquerdo. Os conteúdos educativos são
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
9
seqüenciais, os alunos progridem segundo seus graus (um, dos, três) em direção linear.
As principais matérias que os alunos estudam são numéricas e verbais: leituras,
escrituras, matemáticas. Tudo é regido por horários pautados. As cadeiras são dispostas
em filas. Os professores e mestres distribuem notas, mas... Está faltando algo.
O hemisfério dominante em 98% dos humanos é o hemisfério esquerdo, é responsável
pelo pensamento lógico e competência comunicativa. Enquanto o hemisfério direito, é
responsável pelo pensamento simbólico e criatividade, embora pesquisas recentes
estejam contradizendo isso, comprovando que existem partes do hemisfério esquerdo
destinados a criatividade e vice-versa. Nos canhotos as funções estão invertidas. O
hemisfério esquerdo diz-se dominante, pois nele localiza-se 2 áreas especializadas: a
Área de Broca (B), o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de Wernicke
(W), o córtex responsável pela compreensão verbal. Nos dias atuais a ciência vem
usando métodos que permite invadir os caminhos obscuros da mente humana. Entre tais
métodos podemos citar exemplos: A eletrofisiologia, na qual elétrodos são colocados
diretamente no cérebro, permite aos cientistas registrar a afetividade córtex cerebral de
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
10
neurônios isolados ou grupos de neurônios, mas como requer uma cirurgia invasiva, é
uma técnica reservada apenas para cobaias animais. A eletroencefalografia ou EEG dá-
se com a colocação de elétrodos sobre a pele, a fim de se registarem os impulsos
nervosos (de natureza eletro-química) gerados por diferentes partes do córtex cerebral.
O exame detecta apenas mudanças em larga escala e ocorridas apenas nas camadas mais
externas do órgão. Com o aparecimento dos métodos de imagem, a tomografia axial
computorizada e da imagem por ressonância magnética, vieram revolucionar o estudo
do funcionamento do cérebro e tornar o diagnóstico médico mais rigoroso.
A ressonância magnética funciona mede as mudanças no fluxo de sangue dentro do
cérebro, mas a atividade dos neurônios não é diretamente medida, e não pode se
distinguir onde a atividade é de inibição ou onde é de excitação. Testes de
comportamento podem avaliar sintomas de doenças e o desempenho mental, mas
também são medidas indiretas das funções cerebrais e podem não ser práticas em todos
os animais. Análises feitas em cadáveres de animais permitem o estudo da anatomia e
da distribuição de proteínas no cérebro. O cérebro e as funções cerebrais têm sido
estudados cientificamente por diversos ramos do saber. É um projeto pluri-disciplinar.
Nasceu assim a neurociência com o objectivo de estudar o funcionamento do Sistema
Nervoso, nomeadamente do Sistema Nervoso Central, a partir de uma perspectiva
biológica. A psicologia, depois de se ter emancipado da filosofia e de vários conceitos
religiosos, tem por objectivo estudar cientificamente o comportamento do indivíduo e
como este se relaciona com as estruturas cerebrais. A ciência cognitiva procura estudar
as funções cerebrais com objectivo de desenvolver o conceito de "inteligência
artificial". A ciência se estabelece através de métodos de observação. Nesse desiderato
os cientistas de hoje não podem deixar de conhecer os cientistas de ontem, os
precursores das idéias de hoje, avançadas ao nosso tempo.
Métodos de Observação.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
11 .
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
12
HEMISFÉRIO DIREITO.
O hemisfério direito – o sonhador, o artista – se perde muitas vezes no sistema
educativo e não é atendido. Se encontrarmos aulas de arte ou aulas de língua onde se
pratica "escritura criativa" (creative writing) e também cursos de música, mas é pouco
provável que encontremos cursos de imaginação, de visualização, de habilidades
espaciais, de criatividade, como matéria em si mesma, cursos de intuição ou em
inventiva. Todavia, os educadores valorizam estas aptidões, mas aparentemente
confiam que os alunos irão desenvolver a imaginação, a percepção e a intuição como
conseqüências naturais do desenvolvimento de suas capacidades analíticas e verbais.
Quem sabe agora os Neurocientistas proporcionaram a base conceitual para o
treinamento do hemisfério direito, poderemos começar a construir um sistema educativo
que leve em conta todo o cérebro. O autor do presente TOMO III, é professor na
educação especial, e no INESPEC se objetiva no ano de 2013 desenvolver dentro de
cada característica de seus alunos, o mapeamento e a “ginástica cerebral hemisférica
direita”.
PARA REFLETIR.
As últimas pesquisas concluem que a aprendizagem é melhor, mais agradável e mais
duradoura quando estão envolvidos os dois hemisférios. Então, por que custa tanto
integrar o hemisfério direito na sala de aula? Por que quando pensamos em Arte
instantaneamente pensamos na aula de artes? Por que deixamos este trabalho para a
professora de artes, que com sorte nos recebe uma vez por semana? Como poderíamos
envolver a arte e as habilidades do hemisfério direito em uma aula sobre:
Invasões Inglesas;
Geografia do Uruguai;
Tabelas de multiplicar;
Corpo humano;
Tempos verbais;
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
13
Idiomas, etc.
Poder-se-ia estabelecer métodos, caminhos para fomentar o desenvolvimento da
criatividade dos estudantes em suas diversas atividades curriculares e extracurriculares?
POR QUE NÃO?
Pensemos por alguns instantes em nossas aulas, em nossos conteúdos, em nossos
alunos. Tomemos uma decisão na preparação de algumas das próximas unidades,
envolvendo o hemisfério direito, o "hemisfério esquecido".
ÁREA DE WERNICKE (W)
Área de Wernicke.
Nessa zona convergem os lobos occipital, temporal e parietal que se localiza a área de
Wernicke, que desempenha um papel muito importante na produção de discurso. É esta
área que nos permite compreender o que os outros dizem e que nos faculta a
possibilidade de organizarmos as palavras sintaticamente corretas.
Áreas de Broca e de Wernicke.
Área de Wernicke é uma região do cérebro humano responsável pelo conhecimento,
interpretação e associação das informações. Graves danos na área de Wernick podem
fazer com que uma pessoa que escuta perfeitamente e reconhece bem as palavras, seja
incapaz de agrupar estas palavras para formar um pensamento coerente, caracterizando
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
14
doença conhecida como Afasia de Wernicke. A área recebe o nome em homenagem a
Karl Wernicke, um neurologista e psiquiatra alemão.
Síndrome.
Observação do autor.
Para entender as dificuldades de aprendizagem, com deficit intelectual, sem
transtornos ou distúrbios mentais, acredito ser relevante ao educador especial e ao
educador inclusivo conhecer entre várias síndromes, a AFASIA DE WERNICKE.
Já afirmei e reafirmo, existem diferenças entre inclusão educacional e educação
especial.
Afasia de Wernicke é uma alteração na linguagem oral e escrita, tornando a
comunicação sem muita precisão, que é ocasionada por uma lesão neurológica. Por ser
causado por um transtorno primário (inflamação no conduto auditivo interno), lesão
neurológica em decorrências de TCE (traumatismo crânio encefálico) e/ou problema
vasculares como AVC (acidente vascular cerebral) e AVE (acidente vascular
encefálico). Nesta afasia ocorre uma lesão na 1ª circunvolução temporal esquerda, mas
a linguagem oral e escrita não são prejudicadas. Sua maior dificuldade está na
compreensão.
Sintomas.
PERDA DA CAPACIDADE DE SIMBOLIZAR;
OBSERVA - SE ERROS DE TROCAS E REPETIÇÃO DE PALAVRAS
NA LINGUAGEM ORAL;
DIFICULDADE DE NOMEAR CORES, NÚMEROS (COM MAIS DE
2 ALGARISMOS), OBJETOS, FORMAS, LETRAS E CATEGORIAS
(EX: ANIMAIS);
EM ALGUNS CASOS, PERDA DA ESCRITA;
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
15
EM ALGUNS CASOS, PERDA DA LEITURA COMPREENSIVA E
SILENSIOSA;
JÁ NA AFASIA DE BROCA A LEITURA COMPREENSIVA E
SILENCIOSA ESTÃO PRESERVADAS OU COM CERTA
DIFICULDADES;
DIFICULDADE DE NARRAR FATOS E OUTROS;
DIFICULDADE OU INCAPACIDADE DE RECONHECER
SÍMBOLOS LINGÜÍSTICOS;
EM ALGUNS CASOS, O DIÁLOGO É DEFICIENTE OU QUASE
IMPOSSÍVEL;
DIFICULDADE DE MEMÓRIA
SINTOMAS E SINAIS: FALA E VOZ / SINTOMAS RELATIVOS À CABEÇA E AO PESCOÇO
(R47–R49, CID-9: 784)
AFASIA/DISFASIA AFASIA EXPRESSIVA · AFASIA DE WERNICKE ·
AFASIA DE CONDUÇÃO
OUTROS DISTÚRBIOS DA FALA
DISARTRIA · ESQUIZOFASIA ·
APROSODIA/DISPROSÓDIA
THOUGHT DISORDER: PRESSURE OF SPEECH ·
DERAILMENT · CLANGING ·
CIRCUMSTANTIALITY
DISFUNÇÕES SIMBÓLICAS
DISLEXIA/ALEXIA · AGNOSIA
(PROSOPAGNOSIA, ASTEROGNOSIA, SÍNDROME
DE GERSTMANN) · DISPRAXIA/APRAXIA
(APRAXIA IDEOMOTORA) ·
DISCALCULIA/ACALCULIA · AGRAFIA
DISTÚRBIOS DA VOZ DISFONIA/AFONIA
OUTROS EPISTAXE · CEFALEIA · GOTEJAMENTO PÓS-
NASAL · MASSA CERVICAL
PREDEFINIÇÃO:PSYCHOLOGY NAVSPREDEFINIÇÃO:MOUTH NAVS
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
16
ÁREA DE BROCA.
AFASIA..
Área de Broca é a parte do cérebro humano responsável pelo processamento da
linguagem, produção da fala e compreensão. Foi descoberta em 1861 pelo cientista
francês Paul Broca e denominado por David Ferrin como Aire de Broca - centre moteur
de la parole (àrea de Broca - Centro motor da fala). Broca descobriu a ligação entre a
fala e uma região específica do cérebro ao fazer, em 1861, a autópsia de M. Leborgne,
um paciente do hospital de Bicêtre que não tinha nenhuma paralisia física e
compreendia a linguagem, mas era incapaz de falar qualquer coisa além de tan. Paul
Broca descreveu nove pacientes com lesões no lobo frontal do hemisfério esquerdo. stes
pacientes apresentavam uma disfuncionalidade intensa da fala.
Nota do Autor.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
17
Paul Pierre Broca, cirurgião e antropólogo francês, nasceu em Sant-Foy-la-Grande, em
1924. Formou-se simultaneamente em literatura, matemática e física. Entrou na escola
médica aos 17 anos, formando-se aos 20, quando a maioria de seus contemporâneos
ainda estava iniciando como estudante de medicina. Broca estudou medicina na
Universidade de Paris, onde cedo se tornou professor de patologia cirúrgica e um
notável pesquisador médico, especializando-se em muitas áreas do conhecimento. Seus
primeiros estudos e trabalhos científicos se ocuparam da histologia da cartilagem e dos
ossos, mas ele também estudou a patologia do câncer, o tratamento dos aneurismas e a
mortalidade infantil. Um excelente neuroanatomista, ele fez importantes contribuições à
compreensão sobre o sistema límbico, ou rinencéfalo. Porém o campo de estudo em que
Broca ficou famoso e se destacou como uma figura proeminente na história da medicina
e das neurociências foi a descoberta do centro da fala (atualmente conhecido como área
de Broca, a terceira circonvolução do lobo frontal). Ele chegou a esta descoberta ao
estudar os cérebros de pacientes afásicos (pessoas incapazes de falar), particularmente o
cérebro de seu primeiro paciente no Hospital Bicêtre de Paris, que era alcunhado de
"Tan". Broca demonstrou, em 1861, que ele tinha uma lesão neurosifilítica em um lado
do cérebro, precisamente na área que controla a linguagem falada.
O cérebro autopsiado de "Tan",
o paciente afásico de Broca.
Broca foi também um pioneiro no estudo da antropologia física. Ele fundou a Sociedade
Antropológica de Paris em 1859, a Revue d'Anthropologie em 1872 e a Escola de
Antropologia de Paris, em 1876. Ele levou o progresso da antropometria craniana a
novas alturas, ao desenvolver novos tipos de instrumentos de medida (craniômetros) e
índices numéricos. Outro campo para o qual Broca contribuiu significativamente foi a
anatomia comparada dos primatas. Ele era muito interessado na relação entre
características anatômicas do cérebro e do crânio e as capacidades mentais, como a
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
18
inteligência. Fundou uma sociedade de livres-pensadores em 1848 e tinha simpatia pela
teoria da seleção natural de Darwin, e por conta foi acusado pelas autoridades como
sendo um subversivo aos interesses do cristianismo. Chamado também pelos seus
adversários como um materialista e um corruptor dos jovens. Ele era um trabalhador
infatigável e escreveu centenas de livros e artigos (sendo 53 deles dedicados aos estudos
sobre o cérebro). Ele também se dedicava à assistência médica aos pobres. No final de
sua vida, Paul Broca foi eleito como membro vitalício do Senado da França. Ele foi
também um membro da Academia Francesa de Ciências, e recebeu graus honoríficos de
muitas instituições do saber, na França e no exterior. Paul Pierre Broca faleceu em
Paris, em 1880, provavelmente de um aneurisma cerebral. Os primeiros 25 anos do
século XIX testemunharam um crescente interesse pela localização das funções
cerebrais. Sem dúvida, a teoria da frenologia de Franz Joseph Gall foi influente em
chamar a atenção do establishment científico para esta possibilidade, mas sua teoria
frenológica foi baseada em inferências falhas, e não no método científico. Este interesse
começou com um episódio curioso: a Academia Francesa de Ciências foi pressionada
por Napoleão Bonaparte, que aparentemente ficou furioso com Gall (que tinha se
mudado e fazia sucesso em Paris, depois de ter sido expulso de Viena pelas autoridades
políticas e religiosas), para estabelecer uma comissão científica para estudar o pedido de
Gall para entrar na Academia. Sabiamente, Gall havia submetido seu estupendo trabalho
e anatomia sobre o cérebro, que era de classe internacional, ao invés de seu trabalho
mais polêmico sobre os "órgãos da mente". A Academia pediu, então, ao principal
neurofisiologista da época, Pierre Flourens, que realizasse experimentos em animais, de
modo a certificar se as afirmativas de Gall quanto à frenologia eram verdadeiras, em
despeito ao fato de que Gall mesmo não tinha solicitado esse teste. Foi negada a sua
entrada na Academia, é lógico, mas Flourens gostou da idéia e começou uma linha de
pesquisa própria nessa área. Portanto, começando com os experimentos pioneiros de
Flourens, por volta de 1825, as primeiras descobertas relacionadas a esta questão vieram
somente quando anatomistas e fisiologistas desenvolveram novos métodos
experimentais para intervir diretamente no cérebro e para ver os resultados destas
intervenções sobre o comportamento de animais. Estes métodos eram:
A ABLAÇÃO CIRÚRGICA SELETIVA DE PARTES DO CÉREBRO
DE ANIMAIS;
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
19
A ESTIMULAÇÃO FARÁDICA OU GALVÂNICA (ELÉTRICA) DO
CÉREBRO DE ANIMAIS E SERES HUMANOS;
OS ESTUDOS CLÍNICOS, OU SEJA, PACIENTES COM DEFICTS
NEUROLÓGICOS OU MENTAIS TIVERAM SEUS CÉREBROS
ESTUDADOS APÓS A SUA MORTE, EM UMA TENTATIVA DE
CORRELACIONÁ-LOS COM ALTERAÇÕES DETECTÁVEIS NO
TECIDO CEREBRAL.
Posteriormente, por volta de 1870, ou seja, na mesma época que os estudos de Broca e
Wernicke, dois fisiologistas alemães, Gustav Fritsch e Eduard Hitzig, aprimoraram
nosso conhecimento sobre a localização cerebral da função, estimulando pequenas
regiões com eletricidade, na superfície do cérebro de cães acordados. Eles descobriram
que as estimulações de algumas áreas causavam contrações musculares na cabeça e
pescoço, enquanto que as estimulações de áreas cerebrais distintas causavam contrações
das pernas anteriores ou posteriores. Um neurocirurgião chamado F. Krause chegou ao
extremo de estimular eletricamente as circunvoluções motoras de pacientes
anestesiados, que estavam sendo operados para a remoção de tumores. Seu mapeamento
das áreas corticomotoras foi notavelmente preciso e deram um apoio às pesquisas mais
modernas, usando anestesia local, tais como nos experimentos.
Gustav Fritsch and Eduard Hitzig.
O trabalho de Fritsch e Hitzig foi consideravelmente ampliado, causando um tremendo
impacto em nosso conhecimento sobre o cérebro, por uma série de elegantes
experimentos realizados por Sir David Ferrier, um neurologista inglês. Entre 1870 e
1875 ele estimulou eletricamente os giros corticais expostos de macacos e de cães,
tendo sido capaz de mapear 15 áreas relacionadas ao controle preciso do movimento.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
20
Posteriormente ele removeu cirurgicamente alguns desses pontos, demonstrando a
abolição da função motora correspondente. Ferrier fez uma previsão ousada, ao
transferir, com boa acurácia, como esses pontos poderiam ser representados no córtex
humano, e usou este conhecimento com sucesso, pela primeira vez, para orientar
diagnósticos neurológicos e cirurgias de pacientes com lesões ou tumores corticais. Por
exemplo, ele previu corretamente a localização de uma lesão cortical em um paciente
que tinha paralisia dos dedos e do antebraço de um lado, e deu a indicação para que o
cirurgião, Macewen, operasse o paciente e removesse o tumor com maior precisão e
certeza de sucesso. As idéias de Ferrier se contrastavam fortemente com as de Flourens
com relação à localização cortical de funções superiores, assim como de outros
pesquisadores de sua época, tais como Friedrich Goltz, o qual não foi capaz de abolir
inteiramente as funções comportamentais e motoras localizadas em cães, mesmo
quando realizava extensas lesões dos hemisférios cerebrais. Isso levou a uma famosa
disputa pública entre Goltz e Ferrier, a qual foi vencida por Ferrier, principalmente
prque ele conseguiu demonstrar que as lesões cirúrgicas nos animais de Goltz tinham
poupado algumas áreas motoras e sensoriais. Além disso, era aparente que cães são
menos dependente das funções corticais dos que os primatas.
Sir David Ferrier Friedrich
Goltz Córtex de macaco com o mapeamento de
pontos de estimulação.
No final do século XIX, o conceito de localização cerebral foi firmemente estabelecido
nas neurociências. O próximo século testemunharia o uso aumentado de técnicas
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
21
sofisticadas em animais e humanos, as quais seriam capazes de construir mapas
detalhados das funções cerebrais, tais como o método estereotáxico, desenvolvido pelo
fisiologista britânico Victor Horsley.
Sir Victor A.H. Horsley.
O aparelho original de Horsley-
Clarke.
PROCESSAMENTO DA LINGUAGEM.
O Cérebro e a Linguagem.
Estruturas essenciais de mediação coordenam a atividade dos centros cerebrais. Alguns
destes centros são especializados na elaboração dos conceitos, outros, na de palavras e
frases. Os neuropsicólogos que estudam a linguagem tentam compreender como
utilizamos e combinamos palavras (ou signos, no caso de uma linguagem gestual) para
formar frases e transmitir os conceitos elaborados pelo cérebro. Investigam também
como compreendemos palavras expressas por outros e de que forma o cérebro as
transforma em conceitos. A linguagem surgiu e se manteve ao longo da evolução
porque constitui um meio de comunicação eficaz, sobretudo para conceitos abstratos.
Ela nos auxilia a estruturar o mundo em conceitos e a reduzir a complexidade das
estruturas abstratas a fim de apreendê-las: é a propriedade de "compreensão cognitiva".
O termo "chave de fenda", por exemplo, evoca várias representações dessa ferramenta:
as descrições visuais de sua aparência e utilização, as condições específicas de seu
emprego, a sensação que provoca seu manuseio ou o movimento da mão quando a
utiliza. Da mesma forma, a palavra "democracia" é associada a diversas representações
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
22
conceituais. A "economia cognitiva" que a linguagem autoriza ao reagrupar numerosas
noções sob um mesmo símbolo permite-nos elaborar conceitos complexos e alcançar
níveis de abstração elevados. Na aurora da humanidade, a palavra não existia. A
linguagem surgiu quando o homem, e talvez algumas espécies que o precederam, soube
conceber e organizar ações, elaborar e classificar as representações mentais de
indivíduos, eventos e relações. Da mesma forma, os bebês concebem e manipulam
conceitos e organizam inúmeras ações bem antes de pronunciar as primeiras palavras e
frases. Entretanto, nem sempre a maturação da linguagem depende da dos conceitos:
algumas crianças têm deficiência dos sistemas conceituais, mas possuem uma sintaxe
correta. Os centros neuronais que asseguram certas operações sintáticas parecem se
desenvolver de forma autônoma.
A ASSOCIAÇÃO DE SÍMBOLOS.
A linguagem surge como produção humana voltada para o mundo exterior (um conjunto
de símbolos corretamente ordenados, difundido para fora do organismo) e representação
intracerebral destes símbolos e regras para associá-los. O cérebro representa a
linguagem e qualquer outro objeto da mesma forma. Ao estudar as bases neuronais da
representação de objetos, eventos e suas relações, os neurologistas esperam descobrir os
mecanismos de representação da linguagem. O cérebro elabora a linguagem mediante a
interação de três conjuntos de estruturas neuronais, segundo acreditamos. O primeiro,
composto de numerosos sistemas neuronais dos dois hemisférios, representa interações
não lingüísticas entre o corpo e seu meio, percebido por diversos sistemas sensoriais e
motores; ele forja uma representação de tudo o que uma pessoa faz, percebe, pensa ou
sente. Além de decompor essas representações não lingüísticas (forma, cor,
sucessão no tempo ou importância emocional), o cérebro cria representações
de nível superior, pelas quais gere os resultados dessa classificação. Assim ordenamos
intelectualmente objetos, eventos e relações. Os níveis sucessivos de categorias e
representações simbólicas produzidos pelo cérebro gerenciam nossa capacidade de
abstração e de metáfora. O segundo, um conjunto menor de estruturas neuronais,
geralmente situadas no hemisfério esquerdo, representa os fonemas, suas combinações e
as regras sintáticas de ordenação destas palavras em frases. Quando solicitados pelo
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
23
cérebro, esses sistemas reúnem palavras em frases destinadas a ser ditas ou escritas, - se
demandados em reação a um estímulo lingüístico externo (uma palavra ouvida ou
um texto lido), asseguram os processamentos iniciais das palavras e frases
percebidas. Os Centros Cerebrais que processam a cor são organizados como
estruturas de compreensão e de utilização da linguagem. O estudo de pacientes com
lesões cerebrais mostra que um centro neuronal particular governa os conceitos
das cores (em azul); um segundo centro comanda as palavras que designam as
cores (em vermelho) e um terceiro assegura a mediação entre os conceitos e as
palavras. Os Centros Cerebrais da Linguagem, no hemisfério esquerdo, comportam
estruturas que processam as palavras e as frases, assim como estruturas que asseguram a
mediação entre os elementos do léxico e a gramática. As estruturas neuronais que
representam os conceitos são repartidas entre os hemisférios direito e esquerdo, em
numerosas regiões sensoriais e motoras. A zona das palavras pensadas corresponde às
áreas de Broca e de Wernicke. Enfim, o terceiro conjunto, também presente no
hemisfério esquerdo, coordena os dois primeiros. Produz palavras a partir de um
conceito ou conceitos a partir de palavras. Alguns trabalhos psicolingüísticos já haviam
indagado a existência dessas estruturas mediadoras. Willem Levelt, do Instituto de
Psicolingüística de Nimégue, Holanda, sugeriu que as palavras e as frases são
elaboradas a partir de conceitos por um elemento mediador chamado de "lema".
Os Centros Cerebrais que processam a cor são organizados como
estruturas de compreensão e de utilização da linguagem. O estudo de
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
24
pacientes com lesões cerebrais mostra que um centro neuronal
particular governa os conceitos das cores (em azul); um segundo
centro comanda as palavras que designam as cores (em vermelho) e
um terceiro assegura a mediação entre os conceitos e as palavras
(flechas).
Os Centros Cerebrais da Linguagem, no hemisfério esquerdo,
comportam estruturas que processam as palavras e as frases, assim
como estruturas que asseguram a mediação entre os elementos do
léxico e a gramática. As estruturas neuronais que representam os
conceitos são repartidas entre os hemisfério direito e esquerdo, em
numerosas regiões sensoriais e motoras. A zona das palavras
pensadas corresponde às áreas de Broca e de Wernicke
ENTENDENDO A COMPREENSÃO DO DIZER AS CORES.
Esta organização em três partes é bem ilustrada pelos conceitos e pelas palavras que
representam cores. Mesmo quem sofre de um déficit congênito de percepção das cores
sabe que algumas delas são próximas, independentemente de sua luminosidade e
saturação. Os conceitos de cor são universais ainda que, em certas línguas, não existam
nomes que as designem. O processamento inicial dos sinais da cor é feito pela retina
e pelo corpo geniculado lateral e então pelo córtex visual primário e por pelo
menos duas outras áreas corticais, V2 e V4, os primeiros centros de processamento da
percepção das cores.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
25
RETINA.
No processo de desvendamento do cérebro, houve várias teorias sobre como ele deveria
funcionar. Muitas destas teorias eram concorrentes. Dentre elas, ocupa destaque na
história da neuropsicologia a disputa entre o localizacionismo versus o holismo ou
globalismo. Os globalistas defendiam que as funções mentais estariam distribuídas na
massa encefálica, sem estar situada especificamente numa ou noutra região. Elas seriam
o resultado do funcionamento do cérebro como um todo. Alguns dados de pesquisa
apoiavam esta tese, visto que a remoção de grande massa encefálica causava mais
prejuízo nas funções mentais, enquanto que a remoção de massas menores, causaria
danos menores ou parcamente identificáveis. Por sua vez, os localizacionistas
apostavam que as funções mentais seriam o resultado do trabalho de neurônios
localizados em áreas específicas do cérebro; lesões nestas áreas causariam dano em
habilidades específicas. Os trabalhos de Paul Broca (1824-1880) identificaram uma área
específica do cérebro que processa a capacidade de comunicação verbal, que em sua
homenagem foi chamada de área de Broca. Atualmente, está prevalecendo a tese
de que o cérebro possui áreas especializadas, embora estudos mais recentes
apontem que uma delimitação absoluta de regiões cerebrais seja uma utopia. A
neuropsicobiologia se embasa no conhecimento do funcionamento das diferentes áreas
cerebrais, buscando correlacionar na medida do possível a função à região. Essa
associação permite ao profissional compreender, por exemplo, qual pode ser a extensão
da lesão e, ao analisar uma tomografia, estimar quais funções executivas podem estar
sendo prejudicadas.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
26
A frenologia buscava relacionar as regiões do cérebro
com funções como a comunicação e a moralidade.
Avaliação neuropsicológica.
Diagrama mostrando os lobos do córtex cerebral e
cerebelo.
A avaliação neuropsicológica consiste na utilização de exame clínico, aliado a outras
ferramentas diagnósticas (exames de neuroimagem, tais como tomografia
computadorizada, ressonância magnética, SPECT), observação do
comportamento, relatos da família do paciente e a instrumentos psicológicos, como
inventários e outros testes. É um processo complexo, que precisa ser conduzido caso a
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
27
caso, escolhendo as técnicas mais adequadas à situação real apresentada. A avaliação
neuropsicológica é o primeiro passo para a futura reabilitação neurológica, pois irá
identificar as áreas cognitivas com maior dano e, a partir disso, será elaborado o plano
de tratamento. Como em qualquer passo de avaliação, é fundamental que o profissional
conheça aspectos relevantes da vida do paciente, pregressa ao aparecimento dos
sintomas, bem como os dados que fundamentem a formulação de hipóteses de trabalho
para, em seguida, selecionar as estratégias adequadas para a avaliação. Usualmente são
avaliadas as funções de percepção, armazenamento da informação (memória),
pensamento (cognição propriamente dita) e execução (funções executivas).
Essencialmente, a avaliação psicológica não difere dos métodos desenvolvidos pela
psicometria desde as origens da psicologia ou psicologia cognitiva a não ser
quanto a especificidade de seu objeto (as funções executivas), e por estabelecer
conexões entre as funções avaliadas e a neurofisiologia. A proposição é, portanto,
avaliar, identificar e detectar a integridade das funções mentais superiores: atenção,
consciência, memória, linguagem e inteligência (principalmente através do exame de
processos lógicos e linguagem). No passado, havia um forte esforço para tentar associar,
pela avaliação neuropsicológica, um determinado déficit com uma área encefálica
lesionada, mas atualmente esta busca está em segundo plano, sendo prioridade a
avaliação das funções propriamente ditas (mesmo a questão da localização cerebral de
forma fixa está sendo questionada por Miguel Nicolelis e outros neurocientistas, como
apontado acima). E sem dúvidas o olhar expressa a compreensão do mundo que somoas
capazes de “enxergar” . Assim para enxergar necessitamos de áreas especializadas
no cerébro. E por consequência a retina.
Retina é uma parte do olho dos vertebrados responsável pela formação de imagens, ou
seja, pelo sentido da visão. É como uma tela onde se projetam as imagens: retém as
imagens e as traduz para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo
óptico. Em cada retina há cerca de 120 milhões (Gazzaniga, 2007:153)de foto-
receptores (cones e bastonetes) que libertam moléculas neurotransmissoras a uma taxa
que é máxima na escuridão e diminui, de um modo proporcional (logarítmico), com o
aumento da intensidade luminosa. Esse sinal é transmitido depois à cadeia de células
bipolares e células ganglionares. Existem cerca de 1 milhão de células ganglionares e
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
28
são os seus axónios que constituem o nervo óptico. Há, portanto, cerca de 100
fotoreceptores por cada célula ganglionar; no entanto, cada célula ganglionar recebe
sinais que provêm de um “campo receptivo” na retina, aproximadamente circular, que
abrange milhares de fotorreceptores. Assim, o ato de ouvir, enxergar e sentir são
fenômenos biológicos importantes no processo de aprendizagem e se constituem em
elementos agregados para a facilitação da linguagem verbal e não verbal. O olho
humano é um instrumento óptico altamente sofisticado, fazendo uma comparação com
os atuais padrões tecnológicos atuais, podemos concluir que seu sistema de
funcionamento pode ser comparado ao de uma câmera fotográfica, em que a pupila é o
diafragma, o cristalino é a lente, e a retina seria o filme fotográfico em cores. Neste
resumo, além do globo ocular, veremos alguns dos principais defeitos da visão e como
corrigi-los (em alguns casos) através de lentes apropriadas.
ELEMENTOS DO GLOBO OCULAR.
1. CÓRNEA - membrana transparente em forma de calota esférica;
2. ÍRIS - espécie de diafragma com abertura central variável para controlar a
entrada da luz no olho;
3. PUPILA - disco da abertura causada pela íris;
4. CRISTALINO - meio transparente com forma de lente biconvexa;
5. RETINA - membrana de natureza nervosa, sensível a luz, e está ligada ao nervo
óptico;
NERVO ÓPTICO - Transmissor das sensações luminosas captadas pela retina
para o cérebro.
CONCEITOS BÁSICOS.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
29
1. PONTO PRÓXIMO ( PP ) de um globo ocular é a posição mais próxima que
pode ser vista nitidamente, realizando esforço máximo de acomodação. Na
pessoa normal, situa-se, convencionalmente, a 25 cm.
2. ACOMODAÇÃO VISUAL é o mecanismo pelo qual o olho humano altera a
vergência do cristalino, permitindo à pessoa normal enxergar nitidamente desde
uma distância de aproximadamente 25 cm até o infinito.
3. PONTO REMOTO ( PR ) de um globo ocular é a posição mais afastada que
pode ser vista nitidamente, sem esforço de acomodação. Na pessoa normal, este
ponto está situado no infinito.
PRINCIPAIS DEFEITOS DA VISÃO:
MIOPIA; HIPERMETROPIA; PRESBIOPIA;
ASTIGMATISMO; ESTRABISMO; CATARATA;
DALTONISMO.
MIOPIA.
Apresenta como defeito o achatamento do globo ocular, provocando um alongamento
no eixo óptico. A correção é feita através de lentes divergentes. O míope tem
dificuldade de enxergar objetos mais distantes. A imagem é formada antes da retina. A
vergência ou convergência ( C ) será:
ATENÇÃO: A vergência de uma lente no S.I é medida em m-1 (dioptria = di ) que
equivale na linguagem popular ao "grau de uma lente".
HIPERMETROPIA.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
30
É corrigida com o uso de lentes convergentes. Apresenta como defeito o encurtamento
do globo ocular. Dificuldade de enxergar objetos mais próximos. Para a hipermetropia,
vale as expressões:
PRESBIOPIA.
Apresenta como defeito o endurecimento do cristalino. Perda da capacidade de
acomodação visual. Não é defeito congênito, mais decorrente da idade. É conhecida
vulgarmente como "vista cansada". A correção é feita com o uso de lentes convergentes.
ASTIGMATISMO.
Apresenta defeito na córnea, com raios de curvatura irregulares. Ocasiona uma visão
manchada dos objetos. A correção é feita com o uso de lentes cilíndricas.
ESTRABISMO.
Apresenta como defeito a incapacidade de dirigir para um mesmo ponto os eixos
ópticos dos olhos. A correção é obtida com o uso de lentes prismáticas.
CATARATA.
Defeito que apresenta como causa a opacidade do cristalino. A correção é feita com a
substituição do cristalino por uma lente artificial, através de uma cirurgia.
Geralmente este defeito é encontrado em pessoas idosas.
DALTONISMO.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
31
A retina humana dispõe de dois tipos de célula fotossensível: os cones e os bastonetes.
Os cones são os responsáveis pela nossa visão colorida, fazendo a composição das cores
primárias. Os bastonetes são mais sensíveis à luz, embora não as cores.
A ausência de certos tipos de cones na retina, determinada por características genéticas,
acarreta a falta de percepção de algumas cores, ou, às vezes, de todas. A cor que o
daltônico não consegue captar é interpretada pelo cérebro como apenas mais um tom de
cinza.
Esquema: olho humano.
O olho é o órgão da visão dos animais, que permite detectar a luz e transformar essa
percepção em impulsos eléctricos. Os olhos mais simples apenas detectam se as zonas
ao seu redor estão iluminadas ou escuras. Os olhos compostos que se encontram nos
artrópodes ( alguns insectos e crustáceos) são formados por unidades de detecção
chamadas omatídeos, que dão uma imagem pixelada dos objetos. Nos seres humanos e
em outros vertebrados a retina é constituída por dois tipos de células foto-receptoras, os
bastonetes, que permitem a percepção de claro e escuro, e os cones, responsáveis pela
percepção das cores.
SISTEMA SENSORIAL - VISÃO - OLHO
TÚNICA FIBROSA (EXTERIOR) CONJUNTIVA • ESCLERA • CANAL DE SCHLEMM • TRABECULAR MESHWORK •
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
32
LIMBUS CÓRNEA (EPITHELIUM, MEMBRANA DE BOWMAN, ESTROMA, MEMBRANA DE DESCEMET, ENDOTHELIUM)
ÚVEA (MEIO)
COROIDE (PROCESSOS CILIARES, CHORIOCAPILLARIS, MEMBRANA DE BRUCH) • ÍRIS (ESTROMA) • PUPILA • CORPO CILIAR
RETINA (INTERIOR) MÁCULA • FÓVEA • DISCO ÓPTICO
SEGMENTO ANTERIOR CÂMARA ANTERIOR • HUMOR AQUOSO • CÂMARA POSTERIOR • CRISTALINO
SEGMENTO POSTERIOR HUMOR VÍTREO • ZÔNULA DE ZINN
CORPO GENICULADO LATERAL.
O tálamo é uma região de substância cinzenta
(núcleos de neurônios) do encéfalo. São duas massas neuronais situadas na
profundidade dos hemisférios cerebrais. O tálamo é um centro de organização cerebral,
como uma encruzilhada de diversas vias neuronais em que podem influenciar-se
mutuamente antes de serem redistribuidas. Suas ligações mais abundantes são, de longe,
com o córtex. A principal função do tálamo é servir de estação de reorganização dos
estímulos vindos da periferia e do tronco cerebral e também de alguns vindos de centros
superiores. Lá fazem sinapse os axónios dos neurónios situados nesses locais, e daí
partem novos axónios que vão efetuar ligações com outros centros superiores,
principalmente o córtex. Quase todos os sinais ascendentes que vão para o córtex fazem
sinapse nos núcleos do tálamo onde são reorganizados e/ou controlados, exceptuando o
sentido do olfato. O tálamo tem também circuitos de integração dos sinais que recebe, e
julga-se que algumas das sensações menos elaboradas que o indivíduo experimenta têm
aí sua origem. Por exemplo, é sabido que animais dos quais foi retirado o córtex
continuam, de alguma forma, a reagir a estímulos de dor — ainda que esta possa não ser
a mais apropriada. Ou doentes, cujas patologias apresentam a porção correspondente do
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
33
córtex danificada, que ainda conseguem sentir um objecto na palma da mão, mesmo que
não consigam identificar exatamente sua forma, temperatura ou peso. O tálamo é um
conjunto bem definido de vários núcleos de neurónios e forma uma parte maior do
diencéfalo. Existem dois deles situados em posições simétricas, à esquerda e à direita,
cada um com cerca de 1 cm de comprimento. Sua extremidade anterior é estreita e
arredondada, e constitui a parede posterior do forame interventricular; a porção
posterior é expandida e está acima do colículo superior; a superfície inferior situa-se
continuamente ao tegmento do mesencéfalo; sua face medial está confrontada com a
mesma do outro tálamo e contém uma região de comunicação com ele, a adesão
intertalâmica, que está rodeada pelo terceiro ventrículo. O tálamo contém diversos
núcleos: anterior, dorsomedial, lateral dorsal e lateral posterior, pulvinar, ventral
anterior, ventral lateral, ventral posterior lateral e medial, intralaminares, da linha
média, reticulares, e os geniculados laterais e mediais.
1.O núcleo anterior faz relé em relação ao sistema
límbico, para os corpos mamilares, giro cingulado e
hipotálamo.
2.O núcleo dorsomedial tem conexões com o córtex pré-
central e o hipotálamo e está envolvido na transmissão de
sentimentos objetivos e emocionais, e sua relação com o
estado subjetivo do individuo (p. ex. seu estado de
controlo emocional e personalidade).
3.Os núcleos ventrais anteriores e laterais influenciam e
regulam as vias descendentes motoras do córtex e
cerebelo.
4.Os núcleos ventrais posteriores são a estação de
sinapse das vias sensitivas periféricas (lemniscos medial e
espinhal) em direção ao córtex sensorial (no giro pós-
central).
5.O núcleo geniculado lateral recebe os axónios do nervo
óptico e os transmite para o córtex visual (no lobo
occipital).
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
34
6.O núcleo geniculado medial tem idêntica função na via
auditiva.
7.Os núcleos intralâminares têm ligações com a formação
reticular e permitem ao córtex influenciar o estado de
vigília.
Coreias ou movimentos involuntários podem surgir após lesões talâmicas. A trombose
ou hemorragia, ou seja um infarto ou AVC, das artérias que irrigam o tálamo, com
necrose por isquemia (morte celular) extensa nesse órgão, leva à perda de sensação
completa ou quase completa em toda a metade do corpo oposta do individuo — i.e., se
tálamo esquerdo é afetado há perda de sensação à direita do topo da nuca à ponta dos
pés. Poderá haver também défices motores. Dor talâmica é uma síndrome que pode
ocorrer quando um paciente recupera de um infarto, mesmo que menor. Há sensação de
dor, por vezes forte, do lado oposto do corpo sem que haja qualquer lesão que a
justifique. Essa dor será devida à disfunção das vias da dor, que passam no tálamo, e
não a lesões periféricas, ainda que o doente a localize à periferia (o tálamo, assim como
o resto do cérebro, não tem receptores de dor). Em alguns doentes com lesões tâlamicas,
a mão contra-lateral está constantemente em posição atípica, com pulsos fletidos e
pronados e dedos fletidos e retos. Alguns núcleos transmitem impulsos para as áreas
sensoriais do cérebro:
Corpo (núcleo) Geniculado Medial – transmite impulsos
auditivos;
Corpo (núcleo) Geniculado Lateral – transmite impulsos
visuais;
Corpo (núcleo) Ventral Posterior – transmite impulsos
para o paladar e para as sensações somáticas, como as
de tato, pressão, vibração, calor, frio e dor.
Os núcleos talâmicos podem ser divididos em cinco grupos:
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
35
Grupo Anterior;
Grupo Posterior;
Grupo Lateral;
Grupo Mediano;
Grupo medial.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
O tálamo serve como uma estação intermediária para a maioria das fibras que vão da
porção inferior do encéfalo e medula espinhal para as áreas sensitivas do cérebro. O
tálamo classifica a informação, dando-nos uma idéia da sensação que estamos
experimentando, e as direciona para as áreas específicas do cérebro para que haja uma
interpretação mais precisa. Funções do Tálamo:
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
36
Sensibilidade;
Motricidade;
Comportamento Emocional;
Ativação do Córtex;
Desempenha algum papel no mecanismo de vigília, ou
estado de alerta.
Hipotálamo.
É uma área relativamente pequena do diencéfalo, situada abaixo do tálamo, com
funções importantes principalmente relacionadas à atividade visceral. Corpos
mamilares: são duas eminências arredondadas de substância cinzenta evidentes na parte
anterior da fossa interpeduncular. Quiasma óptico: localiza-se na parte
anterior do assoalho ventricular. Recebe fibras mielínicas do nervo
óptico, que ai cruza em parte e continuam nos tratos ópticos que se
dirigem aos corpos geniculados laterais, depois de contornar os pedúnculos
cerebrais.
O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do
III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que separa o
tálamo. Apresenta algumas formações anatômicas visíveis na
face inferior do cérebro: o quiasma óptico, o túber cinéreo, o
infundíbulo e os corpos mamilares. Trata-se de uma área muito
pequena (4g) mas, apesar disso, o hipotálamo, por suas
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
37
inúmeras e variadas funções, é uma das áreas mais importantes
do sistema nervoso.
Descobrimos que lesões nas regiões onde estão V2 e V4 provocam a perda da percepção
das cores em pacientes antes normais: eles tornam-se incapazes de imaginar as cores e
vêem o mundo em preto e branco. Quando pensam em uma imagem colorida, vêem
formas, movimentos e texturas, mas nenhuma cor: um jardim, o sangue ou uma banana
não os fazem pensar no verde, vermelho ou amarelo. Como nenhuma lesão em outras
regiões cerebrais produz semelhante deficiência, os conceitos de cor parecem depender
dessas zonas occipitais. Note que tais lesões comprometem a formação de células ou
recepção de sinais para as células “fotossensíveis”. Os cones e os bastonetes. Sendo
repetimos: os cones são os responsáveis pela nossa visão colorida, fazendo a
composição das cores primárias; os bastonetes são mais sensíveis à luz, embora não as
cores. Pacientes com lesões nos córtice temporal posterior e parietal
inferior esquerdo conservam a capacidade de elaborar conceitos, mas
pronunciam mal as palavras. Ainda que percebam corretamente uma cor
e saibam seu nome, pronunciam-no mal, dizendo, por exemplo, "zul"
em vez de "azul". Outros com lesão no segmento temporal da quinta circunvolução
occipital esquerda sofrem de anomia das cores, problema que não afeta nem os
conceitos de cor nem a pronúncia dos nomes de cor: eles percebem cores normalmente
(distinguem as diferentes tonalidades, classificam-nas corretamente segundo sua
saturação e conhecem a cor dos objetos fotografados em preto-e-branco), mas não as
nomeiam corretamente. “Utiliza a palavra “azul” ou vermelha” para designar verde ou
amarelo, mas colocam corretamente uma ficha verde ao lado de uma foto em preto e
branco de um vegetal, ou uma amarela ao lado da imagem de uma banana.
Inversamente, quando lhes dizemos o nome de uma cor, designa outra. Como
pronunciam corretamente o nome - inexato - da cor que designam e como seu sistema
de concepção da cor e de pronúncia está intacto, sua deficiência resulta do
sistema neuronal de mediação entre os dois sistemas de manipulação dos
conceitos e de palavras.
REPRESENTAÇÃO CEREBRAL.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
38
A mesma organização existe para outros conceitos. Sob que forma física eles são
representados em nosso cérebro? Supomos que não exista representação "pictórica"
permanente de objetos e pessoas, mas que o cérebro conserve uma "impressão" da
atividade neuronal que se exerce no córtex sensorial e motor durante sua interação com
um objeto. Esta impressão corresponde a um circuito de neurônios e sinapses cuja
atividade recria aquela que caracterizou cada objeto ou evento memorizado. Ativada,
uma impressão pode suscitar outras associadas. O cérebro registra não só os diversos
aspectos da realidade exterior, mas também o modo pelo qual o corpo explora o meio e
reage a ele. Os sistemas neuronais que descrevem as interações entre uma pessoa e um
objeto registram um encadeamento rápido de micro percepções e de micro ações quase
simultâneo. Modificações ocorrem em várias regiões especializadas, cada uma
subdividida em vários centros, - a área visual, por exemplo, é composta de centro
menores, especializados no processamento de cor, forma e movimento. Mas onde são
conservadas as impressões que ligam estas atividades fragmentadas? Acreditamos que
seja em grupos de neurônios para os quais convergem axônios provenientes de regiões
mais externas, de onde partem axônios que enviam retroativamente os sinais para áreas
mais internas. Uma reativação destas zonas de convergência excita simultaneamente
vários grupos de neurônios anatomicamente separados e dispersos, que reconstroem a
atividade mental previamente registrada. Se o cérebro armazena as informações
relativas aos objetos e seus usos, também ordena estas informações, de forma que
eventos e conceitos associados (formas, cores, trajetórias no espaço e no tempo,
movimentos e reações corporais) possam ser reativados simultaneamente. Estas
informações são classificadas com a ajuda de outra impressão, situada numa zona de
convergência diferente. As representações das principais propriedades dos
objetos e dos eventos estão assim imbricadas: em relação à xícara, por
exemplo, o cérebro registra dimensões, forma, matéria, estado sólido,
deslocamento ao longo de uma trajetória precisa e a sensação que
provoca nos lábios. A atividade dessas redes neuronais convergentes assegura a
compreensão e a expressão da linguagem. Ativadas, estas redes reconstituem os
conhecimentos para remetê-los à consciência, onde estimulam os centros de mediação
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
39
entre conceitos e linguagem e onde permitem a formulação correta de palavras e
estruturas sintáticas associadas aos conceitos. Como o cérebro registra simultaneamente
aspectos variados das percepções e das ações, estas redes produzem também
representações simbólicas como as metáforas. As lesões nas regiões do cérebro
correspondentes a estas redes provocam deficiências cognitivas associadas às
diversas classes de conceitos processados pelo cérebro. Podemos citar como
exemplo: acromatopsia. Elisabeth Warrington, do Hospital das Doenças Nervosas, de
Londres, descobriu que certos pacientes são incapazes de reconhecer objetos de um
determinado tipo. Junto com Daniel Tranel, mostraram que sistemas neuronais
específicos processam conceitos de certos tipos. Um dos pacientes da equipe
mencionada, por exemplo, não consegue manipular os conceitos ligados a entidades
isoladas, como uma pessoa, um lugar ou um evento particular, embora tenha conhecido
estas entidades antes de sua lesão cerebral. Ele perdeu ainda os conceitos ligados aos
membros de categorias particulares: assim, vários animais se tornaram para ele
completamente desconhecidos, embora saiba tratar-se de seres vivos. Diante da imagem
de um rato, ele disse tratar-se de um animal, mas não tinha idéia do seu tamanho, hábitat
ou comportamento. Curiosamente, as capacidades cognitivas desse paciente ainda
permitiam que ele manipulasse conceitos ligados a outra categorias contendo vários
elementos. Ele reconhecia e sabia nomear ferramentas. Dispunha também de conceitos
de atributos de objetos: sabia, por exemplo, o que era uma coisa bela ou feia; reconhecia
ainda o sentido de idéias que exprimem um estado ou uma atividade, como estar
apaixonado, saltar ou nadar, e compreendia relações abstratas entre entidades ou
eventos. Em suma, se não podia mais manipular os conceitos relativos a entidades
designadas por nomes comuns ou próprios, ele processava normalmente os conceitos
referentes a atributos, estados, atividades e relações, definidos na linguagem por
adjetivos, verbos, preposições ou conjunções; as estruturas gramaticais não lhe
apresentavam qualquer problema, e a sintaxe de suas frases era impecável.
CONES E OS BASTONETES.
Os animais tem a capacidade de reconhecer as cores. As celulas responsáveis são os
cones. Essas são celulas do olho humano com tal desiderato. Segundo a teoria
tricromática. Como já é do nosso domínio a célula representa a menor porção de
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
40
matéria viva. São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. A maioria
dos organismos, tais como as bactérias, são unicelulares (consistem em uma única
célula). Outros organismos, tais como os seres humanos, são pluricelulares(Panno, Joseph.
The Cell: Evolution of the First Organism (em inglês). New York: Facts on File, 2005. 186 p. p. 57-58. ISBN 0-
8160-4946-7).
Células do gênero Allium em diferentes fases do ciclo celular
O corpo humano é constituído por aproximadamente 10 trilhões (mais de 1013) de
células. A maioria das células vegetais e animais têm entre 1 e 100 µm e, portanto, são
visíveis apenas sob o microscópio; a massa típica da célula é um nanograma. A célula
foi descoberta por Robert Hooke em 1665. Em 1837, antes de a teoria final da célula
estar desenvolvida, um cientista checo de nome Jan Evangelista Purkyňe observou
"pequenos grãos" ao olhar um tecido vegetal através de um microscópio. A teoria da
célula, desenvolvida primeiramente em 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por
Theodor Schwann, indica que todos os organismos são compostos de uma ou mais
células. Todas as células vêm de células preexistentes. As funções vitais de um
organismo ocorrem dentro das células, e todas elas contêm informação genética
necessária para funções de regulamento da célula, e para transmitir a informação para a
geração seguinte de células.
CORES.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
41
A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fotons sobre células
especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada no nervo
óptico, impressões para o sistema nervoso. A cor de um material é determinada pelas
médias de frequência dos pacotes de onda que as suas moléculas constituintes refletem.
Um objeto terá determinada cor se não absorver justamente os raios correspondentes à
frequência daquela cor. Assim, um objeto é vermelho se absorve preferencialmente as
frequências fora do vermelho. A cor é relacionada com os diferentes comprimento de
onda do espectro eletromagnético. São percebidas pelas pessoas, em faixa específica
(zona do visível), e por alguns animais através dos órgãos de visão, como uma sensação
que nos permite diferenciar os objetos do espaço com maior precisão. Considerando as
cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores
primárias(amarelo, azul e vermelho), enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz
branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na
natureza, esta decomposição origina um arco-íris. Observação: Cores primárias são
cores indecomponíveis, sendo o vermelho, o amarelo e o azul. Desde as experiências de
Le Blond, em 1730, essas cores vêm sendo consideradas primárias. Quando se fala de
cor, há que distinguir entre a cor obtida aditivamente (cor luz) ou a cor obtida
subtractivamente (cor pigmento). No primeiro caso, chamado de sistema RGB, temos os
objectos que emitem luz (monitores, televisão, Lanternas, etc.) em que a adição de
diferentes comprimentos de onda das cores primárias de luz Vermelho + Azul (cobalto)
+ Verde = Branco. No segundo sistema (subtrativo ou cor pigmento) iremos manchar
uma superfície sem pigmentação (branca) misturando-lhe as cores secundárias da luz
(também chamadas de primárias em artes plásticas); Ciano + Magenta + Amarelo. Este
sistema corresponde ao "CMY" das impressoras e serve para obter cor com pigmentos
(tintas e objetos não-emissores de luz). Subtraindo os três pigmentos temos uma matiz
de cor muito escura, muitas vezes confundido com o preto. A fim de se poder ajustar os
emissores luminosos (lâmpadas, e monitores em geral – displays) com a percepção
natural do olho humano, para o qual são projetados e construídos, é preciso criar
parâmetros de medida das cores. Os três parâmetros básicos são:
Matiz – corresponde à intensidade espectral de cor (isto
é, qual o comprimento de onda dominante);
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
42
Brilho – corresponde à intensidade luminosa (isto é,
mais brilho, mais luz, mais "claridade");
Saturação – corresponde à pureza espectral relativa da
luz (alta saturação = cor bem definida dentro de estreita
faixa espectral; baixa saturaçao = cor "indefinida"
tendendo ao branco, ampla distribuição espectral).
Interessante notar que as cores mais claras aparentam maior brilho, mas na verdade isto
é devido ao efeito combinado de brilho e matiz. Também inclui-se a designação
intensidade de cor, que é o efeito combinado de matiz e saturação. Um outro
parâmetro que causa alguma confusão é a densidade de cor, que não diz respeito aos
emissores e sim aos meios transparentes. A densidade de cor é uma medida do grau de
opacidade (absorção da luz), combinado com a intensidade de cor; muito usado na
avaliação de pedras preciosas. Podemos dizer que quando dois diferentes espectros de
luz tem o mesmo efeito nos três receptores do olho humano (células-cones), serão
percebidos como sendo a mesma cor. A medição da cor é fundamental para se poder
criá-la e reproduzí-la com precisão, em especial, nas artes gráficas, arquitetura,
alimentação e sinalização. Existem diversos métodos para medição da cor, tais como a
tabelas de cores, o círculo cromático e os modelos de cores. A cor é percebida através
da visão. O olho humano é capaz de perceber a cor através dos cones (Células cones). A
percepção da cor é muito importante para a compreensão de um ambiente. A cor é algo
que nos é tão familiar que se torna para nós difícil compreender que ela não corresponde
a propriedades físicas do mundo mas sim à sua representação interna, em nível cerebral.
Ou seja, os objetos não têm cor; a cor corresponde a uma sensação interna provocada
por estímulos físicos de natureza muito diferente que dão origem à percepção da mesma
cor por um ser humano. Não notamos, por exemplo, nenhuma diferença fundamental na
cor dos objetos familiares quando se dá uma mudança na iluminação. Para o nosso
sistema visual, as cores da pele e dos rostos das pessoas e as cores dos frutos
permanecem fundamentalmente invariáveis, embora seja tão difícil conseguir que esse
tipo de objeto fique com a cor certa num monitor de televisão. A cor não tem só que ver
com os olhos e com a retina mas também com a informação presente no cérebro.
Enquanto, com uma iluminação pobre, um determinado objecto cor de laranja pode ser
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
43
visto como sendo amarelado ou avermelhado, vemos normalmente mais facilmente com
a sua cor certa, laranja, porque é um objeto de que conhecemos perfeitamente a cor. E,
se usarmos durante algum tempo óculos com lentes que são verdes de um lado e
vermelhas do outro, depois, quando tiramos os óculos, vemos durante algum tempo tudo
esverdeado, quando olhamos para um lado, e tudo avermelhado, quando olhamos para o
outro. O cérebro aprendeu a corrigir a cor com que “pinta” os objetos para eles terem a
cor que se lembra que eles têm; e demora algum tempo a perceber que deve depois
deixar de fazer essa correcção. A chamada constância da cor é este fenómeno que faz
com que a maioria das cores das superfícies pareçam manter aproximadamente a sua
aparência mesmo quando vistas sob iluminação muito diferente. O sistema nervoso, a
partir da radiação detectada pela retina, extrai aquilo que é invariante sob mudanças de
iluminação. Embora a radiação mude, a nossa mente reconhece certos padrões
constantes nos estímulos perceptivos, agrupando e classificando fenômenos diferentes
como se fossem iguais. O que vemos não é exatamente “o que está lá fora”, mas
corresponde a um modelo simplificado da realidade que é de certeza muito mais útil
para a nossa sobrevivência. Os organismos complexos não reagem diretamente aos
estímulos físicos em si, mas sim à informação sobre os estímulos representada
internamente por padrões de atividade neuronal. Se os estímulos fornecem informação
sobre a cor, é apenas porque a qualidade sensorial, a que chamamos cor, emerge nos
mecanismos sensoriais pelo processo de aprendizagem e é por estes projectada sobre os
estímulos. E uma grande variedade de combinações de estímulos muito diferentes
podem gerar esse mesmo padrão de atividade neuronal correspondente a um mesmo
atributo de uma qualidade sensorial. São essas qualidades sensoriais que permitem aos
seres vivos detetar a presença de comida ou de predadores, sob condições de luz
diferentes e em ambiente variados. Correspondem a um modelo simplificado do mundo
que permite uma avaliação rápida de situações complexas e que se mostrou útil e
adequado à manutenção de uma dada espécie. O nosso sistema sensorial faz emergir
todo um contínuo muito vasto de cores com as diferenças de tonalidades que nós
aprendemos a categorizar, associando determinados nomes a certas bandas de
tonalidade (com uma definição extremamente vaga). É este hábito humano de
categorizar que nos faz imaginar que o nosso sistema nervoso faz uma detecção
“objetiva» de uma determinada cor que existe no mundo exterior”.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
44
CORES DO ESPECTRO VISÍVEL
COR COMPRIMENTO DE ONDA FREQUÊNCIA
VERMELHO ~ 625-740 NM ~ 480-405 THZ
LARANJA ~ 590-625 NM ~ 510-480 THZ
AMARELO ~ 565-590 NM ~ 530-510 THZ
VERDE ~ 500-565 NM ~ 600-530 THZ
CIANO ~ 485-500 NM ~ 620-600 THZ
AZUL ~ 440-485 NM ~ 680-620 THZ
VIOLETA ~ 380-440 NM ~ 790-680 THZ
ESPECTRO CONTÍNUO
Tabela de cores
Nome Aparência
Marrom / Castanho
Preto
Cinza escuro
Cinza
Cinzento
Prata
Pele
Branco
Bege
Amarelo
Laranja
Laranja claro
Vermelho
Escarlate
Carmesim
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
45
Carmim
Bordô
Rosa
Magenta
Vinho
Violeta
Roxo
Azul escuro
Azul
Azul claro
Ciano
Turquesa
Verde escuro
Verde
Verde claro
TEORIA TRICROMÁTICA (TEORIA DE YOUNG-HELMHOLTZ)
Cor é como o olho (dos seres vivos animais) interpreta a reemissão da luz vinda de um
objeto que foi emitida por uma fonte luminosa por meio de ondas eletromagnéticas; e
que corresponde à parte do espectro eletromagnético que é visível (380 a 700
nanômetros - 4,3x10^14Hz a 7,5x10^14 Hz). A Cor não é um fenômeno físico. Um
mesmo comprimento de onda pode ser percebido diferentemente por diferentes pessoas
(ou outros seres vivos animais), ou seja, cor é um fenômeno fisiológico, de caráter
subjetivo e individual.
Nota do Autor.
Um nanómetro (ou nanômetro), milimícron ou milimicro é a subunidade do metro,
correspondente a 1×10−9 metros, ou seja, um milionésimo de milímetro ou um
bilionésimo do metro. Tem como símbolo nm. A forma não acentuada da palavra,
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
46
nanometro tem sido defendida como sendo a correcta, contudo, não está atualmente
presente em qualquer dicionário da língua portuguesa. É uma unidade de comprimento
do SI, comumente usada para medição de comprimentos de onda de luz visível (400 nm
a 700 nm), radiação ultravioleta, radiação infravermelha e radiação gama, entre outras
coisas(HOUAISS, Antônio; nanómetro( in Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa p. 5709;
Lisboa; Temas e Debates; 2005 - O Livro Preparacao & Revisao de ... - Google Livros. books.google.pt.
Página visitada em 2012, 10-09. - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. ciberduvidas.pt. Página visitada
em 2012, 10-09).
1 nm = 1000 pm
1000 nm = 1 µm
picómetro << nanómetro << micrómetro
Os comprimentos de onda visíveis se encontram aproximadamente entre os 380 e 750
nanômetros ou frequências ( 4,3x10^14Hz a 7,5x10^14 Hz). Ondas mais curtas (ou com
maiores frequências) abrigam o ultravioleta, os raios-X e os raios gama. Ondas mais
longas (com menores frequências) contêm o infravermelho, o calor, as micro-ondas e as
ondas de rádio e televisão. O aumento de intensidade pode tornar perceptíveis ondas até
então invisíveis, tornando os limites do espectro visível algo elástico.
ESPECTRO DA LUZ VISÍVEL.
COR FREQUÊNCIA COMPRIMENTO DE ONDA
VIOLETA 668–789 THZ 380–450 NM
AZUL 631–668 THZ 450–475 NM
CIANO 606–630 THZ 476–495 NM
VERDE 526–606 THZ 495–570 NM
AMARELO 508–526 THZ 570–590 NM
LARANJA 484–508 THZ 590–620 NM
VERMELHO 400–484 THZ 620–750 NM
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
47
(http://www.espacofotografico.com.br/Dicasfotografiateoriadascores.htm)
PERCEPÇÃO DAS CORES
A luz se propaga através de ondas eletromagnéticas. O olho humano é sensível à
radiação eletromagnética na faixa de 400 a 700 nanômetros, chamada espectro visível,
dentro da qual estão localizadas as chamadas sete cores visíveis, distinguidas por seus
respectivos comprimentos de onda.
Violeta Azul Ciano Verde Amarelo Laranja Vermelho
380-
450
450-
480
480-
490
490-
560 560-580
580-
600 600-700
Comprimentos de onda em nanômetros - Espectro Visível:
A percepção da luz pelo ser humano ocorre através da incidência de um raio luminoso
sobre seu olho. Este raio penetra até à retina, localizada no fundo do olho, que é
responsável pela conversão desta energia luminosa em sinais elétricos. Estes sinais
elétricos são transmitidos, através do nervo ótico, para o cérebro que os interpreta. A
retina é composta de, aproximadamente, 100 milhões de sensores, cada um responsável
pela conversão de uma porção do estímulo luminoso. Estes sensores são divididos em
dois grupos: - cones - sensíveis a alto nível de iluminação e responsáveis pela
percepção das cores; e - bastonetes - sensíveis a baixo nível de iluminação e distinguem
os tons de cinza. Um dos primeiros estudos sobre a percepção das cores foi feito por
Isaac Newton, no século 18. Newton fez incidir a luz do sol sobre um prisma e
observou que ela se decompunha em um arco-íris de cores, que ia do azul ao vermelho.
Ele foi capaz de combinar cores para formar outras cores distintas, concluindo que eram
necessários sete cores para representar todas as cores visíveis. Thomas Young, no
século 19, através de seus experimentos com superposição de luzes, provou que todas as
cores do espectro visível podiam ser representadas como uma soma de três cores
primárias. Ele concluiu que isto era conseqüência, não das características do raio
luminoso, mas, da composição do sistema visual humano. Ele pressupôs que o raio
luminoso era transportado para o cérebro através de três diferentes tipos de nervos, que
transportavam, respectivamente, o vermelho, o verde e o azul-violeta.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
48
TEORIA DE YOUNG-HELMHOLTZ
O cientista alemão Hermann von Helmholtz prosseguiu nos estudos da teoria de
Young e propôs que o olho continha apenas três tipos de receptores de cor, que
respondiam mais fortemente aos comprimentos de onda vermelho (R), verde (G) e azul-
violeta (B). Ele deduziu, ainda, que cada tipo de receptor deveria possuir grande
sensibilidade à incidência luminosa, porém, com diferentes pontos máximos. A 480 nm
a média da resposta R:G:B seria 1:5:9, dando uma sensação azul-ciano. Enquanto a 570
nm a média seria 7:7:2 que daria uma sensação de amarelo. A percepção da cor,
portanto, seria determinada pela média das três respostas.
A teoria tricromática Young-Helmholtz foi mais tarde verificada por James Clerk Maxwell, com seus
discos rotativos.
Bastonetes.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
49
Já os bastonetes, outro tipo de célula dos olhos, tem a capacidade de reconhecer a
luminosidade. Existem aproximadamente 6 milhões de cones em cada olho humano
concentrados na região fóvea. Sendo estes os responsáveis pela percepção das cores,
quando existe uma anomalia ou ausência de algum dos fotopigmentos nas terminações
dos cones estamos na presença do daltonismo.
A estrutura celular da retina. À direita, 1 cone entre dois grupos de bastonetes
Secção transversal da retina, com os bastonete no extremo direito da imagem.
Os seres humanos normalmente têm três tipos de cones. O primeiro responde à luz de
comprimentos de onda longos, chegando a uma cor amarelada, este tipo é, por vezes
designada L (Long). O segundo tipo responde à luz de comprimento de onda médio,
atingindo um máximo de uma cor verde, e é abreviado M (Medium) para médio. O
terceiro tipo responde mais a curto comprimento de onda de luz, de cor azulada, e é
designado S (Short). Os três tipos têm comprimentos de onda de pico perto 564-580 nm,
534-545 nm e 420-440 nm, respectivamente. A diferença entre os sinais recebidos a
partir dos três tipos de cone permite que o cérebro a perceber todas as cores possíveis ,
através do processo oponente da visão de cores. (Células Rod tem uma sensibilidade de
pico em 498 nm, aproximadamente a meio caminho entre as sensibilidades de pico dos
cones S e M). A cor amarela, por exemplo, é percebida quando os cones L são
estimulados um pouco mais do que os cones M, ea cor vermelha é percebido quando os
cones L são estimulados significativamente mais do que os cones M. Da mesma forma,
tons de azul e violeta são percebidos quando o receptor é estimulado S mais do que os
outros dois. Os cones S são mais sensíveis à luz em comprimentos de onda em torno de
420 nm. No entanto, a lente e córnea do olho humano estão cada vez mais absorção para
comprimentos de onda menores, e isso define o limite inferior de comprimento de onda
da luz visível humanos para cerca de 380 nm, que é, portanto, chamado de luz
'ultravioleta'. Pessoas com afacia, uma condição onde o olho não tem uma lente, às
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
50
vezes relatam a capacidade de ver na faixa do ultravioleta. Em níveis moderados a luz
brilhante, onde a função de cones, o olho é mais sensível à luz verde-amarelada do que
outros cores porque isso estimula as duas mais comuns (M e L) dos três tipos de cones
quase igualmente. Em níveis mais baixos de luz, onde só a vara função das células, a
sensibilidade é maior no comprimento de onda verde-azulado.
Células Rod.
Neurônios aferentes fotossensíveis localizados na retina periférica, com aumento da
densidade radialmente em direção à FÓVEA CENTRAL. Sendo mais sensível à luz do
que as células dos CONES (RETINA), os bastonetes são responsáveis pela visão ao
crepúsculo (em intensidades escotópicas), bem como pela visão periférica, mas não
proporcionam a discriminação de cor. Para os pesquisadores em seguimento
Neurociência: Células de Rod recomendo a análise especifica de pesquisas
direcionadas. Como exemplos:
Pesquisa sobre:CELULAS FOTORRECEPTORAS RETINIANAS BASTONETES Descritores Encontrados:1
Mostrando:1 .. 1
1 / 1 DeCS
Descritor Ingl�s: Retinal Rod Photoreceptor Cells
Descritor Espanhol: Células Fotorreceptoras Retinianas Bastones
Descritor Portugu�s: Células Fotorreceptoras Retinianas Bastonetes
Sinônimos Portugu�s:
Bastonetes (Retina)
Bastonetes Retinianos
Bastonetes da Retina
Bastonetes Fotorreceptores
Fotorreceptores Bastonetes
Bastonetes Fotorreceptores Retinianos
Bastonetes Retinianos Fotorreceptores
Células Retinianas Bastonetes
Células Bastonetes Retinianas
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
51
Bastonetes Fotorreceptores da Retina
Categoria:
A08.663.650.850.625.670.650
A08.663.650.915.937.670.650
A08.800.950.937.670.650
A09.371.729.831.625.670.650
A11.671.650.850.625.670.650
A11.671.650.915.937.670.650
Definição Portugu�s:
Neurônios aferentes fotossensíveis localizados na retina periférica,
com aumento da densidade radialmente em direção à FÓVEA
CENTRAL. Sendo mais sensível à luz do que as células dos CONES
(RETINA), os bastonetes são responsáveis pela visão ao crepúsculo
(em intensidades escotópicas), bem como pela visão periférica, mas
não proporcionam a discriminação de cor.
Qualificadores Permitidos Portugu�s:
RI cintilografia CY citologia
CL classificação DE efeitos de drogas
RE efeitos de radiação EN enzimologia
PH fisiologia IM imunologia
ME metabolismo MI microbiologia
PS parasitologia PA patologia
CH química RA radiografia
SE secreção TR transplante
UL ultraestrutura US ultrassonografia
VI virologia
Número do Registro: 31066
Identificador Único: D017948
Ocorrência na BVS:
LILACS 6
MEDLINE 2355
ADOLEC 2
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
52
IBECS 1
Similar:
DeCS CID-10 SciELO LILACS LIS
Os bastonetes são células da retina dos olhos dos
vertebrados, que detectam os níveis de luminosidade. São basicamente responsáveis
pela visão noturna (noturna), têm este nome devido à sua forma alongada e cilíndrica e
são também usados na visão periférica. Estas células estão concentradas mais
externamente na retina e existem, na retina dos humanos, cerca de 120 milhões de
bastonetes. São 100 vezes mais sensíveis à luz que os cones, mas detectam apenas tons
de cinza. A ativação de uma célula fotorreceptora, como são os bastonetes, ocorre por
meio de um processo chamado hiperpolarização. A superfície dos bastonetes que
detecta a luz é formada por um conjunto complexo de membranas que, se não estiverem
excitação/excitadas pela luz, possuem um potencial de membrana neutro, sendo
permeáveis a vários tipos de moléculas; quando excitadas pela luz, o potencial de
membrana destas células altera-se, passando estas a ser selectivas a diferentes
moléculas. Nessas condições, a rodopsinagdsgtg, o pigmento dos bastonetes
responsável pela detecção da luz, combina-se com a transducina, outra proteína da
membrana destas células, activando o transporte de substâncias que activam o impulso
nervoso(Ógãos dos sentidos (a visão) em curlygirl3.no.sapo.pt acessado a 29 de agosto
de 2012).
Conclusão.
O Educador sem formação em ciências médicas se questiona. Como
conseguimos efetivamente enxergar o conjunto de matérias que nos
circunda? A história da medicina atual ou cosmopolita é a história das grandes
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
53
contribuições de todos os povos a esta arte e prática universal que constitui a medicina.
Confunde-se portanto com a história da civilização ocidental. Nesta perspectiva pode
ser dividida em: pré história; história antiga que praticamente
corresponde à antiguidade oriental e distinguindo-se a medicina na Grécia
antiga e Roma e os clássicos períodos de divisão da história ocidental: Idade Média,
Moderna e Contemporânea(Bibliografia: História da Medicina. V. No capítulo bibliografia). De
acordo com Herdotus os babilônios não tinham médicos, o paciente (...)foi trazido para
fora no mercado e todos os transeuntes tiveram que conversar com ele "para descobrir
se eles têm-se sido afligido com a mesma doença ou ter visto outros tão aflitos e
aconselhá-lo a recorrer ao mesmo tratamento como aquele pelo qual eles escaparam de
uma doença similar, ou como eles têm conhecido para curar os outros... Mas o código
de Hamurabi com suas recompensas e sanções para os médicos, dá um vislumbre de um
sistema já mais altamente organizada em um período anterior a 2000 aC - muito antes
de Heródoto. O Código decreta que para uma operação (...)bem sucedida que salva o
olho do paciente a taxa será de dez siclos de prata, no caso de um "cavalheiro", mas
apenas cinco shekels e dois siclos, no caso de um homem pobre e escravo de
propriedade respectivamente. Para uma operação sem êxito numa morte freeman
causando ou a perda do olho, o cirurgião deve ter as mãos cortadas, no caso de um
escravo a pena foi a substituí-lo por outro(V. Referência – História da Medicina – Código de
Hamurabi - Bibliografia: História da Medicina. V. No capítulo bibliografia). Conhecer a visão
teórica aqui aplicada é contextualizar a evolução dos dias de hoje. Hamurabi foi o
primeiro grande organizador que consolidou o seu império sobre normas regulares de
administração, e talvez historicamente as regras de conduta médica surgiram com seu
governo. Tornou-se famoso por ter mandado compilar o mais antigo código de leis
escritas, conhecido como Código de Hamurabi no qual consolidou uma legislação pré-
existente, transcrevendo-a numa estela de diorito em três alfabetos distintos. A estela do
Código de Hamurabi foi encontrada em Susa em 1901. Nela, além da coleção de cerca
de 282 artigos (mais apropriadamente casos de jurisprudência), pode-se ver a imagem
de Hamurabi em frente ao trono do deus Shamash. O monumento hoje pode ser
admirado no Museu do Louvre, em Paris, na sala 3 do Departamento de Antigüidades
Orientais. Hammurabi ocupou-se pessoalmente da administração de seu império,
chegando a coordenar a construção de numerosos edifícios públicos, canais de irrigação
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
54
e açudes. Historicamente muitas pessoas, há vários milhares de anos, se interessaram
pelo conhecimento pertinente ao processo fisiológico da visão, e pela Oftalmologia em
particular. Entre esses nomes antigos, leia-se antes do Século 19 da era cristã, temos:
Alhazen, Leonardo da Vinci, Newton, Descartes, Berkeley, Peter Mark Rogget, Plateau
e Horner. No período mais remoto temos Euclides que no ano 300. A.C sentiu-se
intrigado com o processo visual e daí aplicou sua geometria matemática, criando o
estudo da Óptica. Apesar da maior parte destes estudos estarem centrados na
propagação dos raios luminosos, surgiram teorias sobre a visão.
Porém a referência no estudo da percepção visual surge no século XIX com Fechner,
Helmholtz e Wundt, conforme já comentado. Com o avanço da ciência surgem esforços
para sua difusão e vem a história da Oftalmologia nos dizer: que os primeiros esforços
para um jornal oftálmico veio com a publicação por John Richard Farre de um
Jornal de anatomia patológica, medicina oftalmológica e análise
farmacológica. Editado pela Sociedade Médico-Botânica. De certa forma o
jornal pode ser considerado como o precursor dos Royal London Hospital Reports
oftálmicos, publicado em 1857. .Enquanto isso Richard Middlemore em 1837
havia discutido a idéia de um Journal of Ophthalmology, mas nada além de um
prospecto apareceu. A revista oftálmica que teve edições exclusivamente, planejadas em
uma escala mais ampla do que os relatórios do hospital, foi “Oftalmologia”, que surge
em 1864 com a publicação do “comentário Oftálmica”, editado por João Zacarias
Laurence e Windsor Thomas. A revista, uma publicação trimestral, durou apenas quatro
anos. O segundo “comentário Oftalmologia” lhe sucede e surge em 1881. Os britânico
estudiosos da oftalmologia viu nascer o nascer o”oftalmoscópio” no ano de 1903.
Posteriormente se firmou o British Journal of Ophthalmology no ano de 1917.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
55
Por fim a de fazer mensão aos nomes que deram precursão a fixação e discução das
idéias em torno da ciência do estudo mdo olho, que com esse texto diz respeito
diretamente. Os nomes mais ilustres da história da Oftalmologia surgem no século 19 de
nossa era nas Ilhas Britânicas. São: Bowman; Laurence; Hutchinson; Tay; Argyll
Robertson; Nettleship; Doyne; Marcus Gunn; Coats, além de outros aqui não
mencionados, citamos aqui apenas alguns. Esses homens deixaram para seus sucessores
não apenas o registro do início de uma sociedade, mas uma inspiração e uma tradição
para a evolução do estudo do olho..
Jonathan Hutchinson (1828-1913)
George Coats (1876-1915)
Robert Marcus Gunn (1850-1909)
Edward Nettleship (1845-1913)
Helmholtz.
Oftalmoscópio indireto cedo. Note-se a imagem invertida é
iluminada com a luz de uma lâmpada colocada na mesa.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
56
Oftalmoscópios do século 19.
...
ilustrações iniciais da fundi a partir do século 19, quando oftalmoscópios
foram inventados. A imagem da esquerda mostra glaucoma avançado e sobre
o direito pigmentosa retinite.
Nota do Autor.
Uma pintura de Virgílio usando óculos, mas óculos não foram inventados por pelo menos 1500 anos após sua morte.
Diz à lenda que São Jerônimo (c. 340-420 dC) inventou óculos. Benjamin Franklin
desenvolveu presbiopia. Como ele também era míope, ele se cansou de ter que
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
57
constantemente trocar dois paris de óculos. Então, ele decidiu descobrir uma maneira de
fazer seus óculos deixá-lo ver de perto e longe. Ele tinha dois pares de óculos cortados
ao meio e colocou metade de cada lente em um único quadro para fazer uma bifocal.
Óculos original de Benjamin Franklin
m
A partir do momento de sua invenção, as pessoas tinham
problemas em decidir sobre como usar adequadamente os ósculos. O modelo na
imagem foi inventado por Edward Scarlett em 1730. Embora os problemas de uso de
óculos hoje em dia apresentam pequenos problemas, algumas pessoas no passado tinha
problemas e dificuldades sobre a forma correta de usar um monóculo como mostra um
artigo encontrado no Sunday Times Magazine, reeditado a matéria em 1999.
From the moment of their invention, people had problems in
deciding on how to keep glasses on. The present frame with
sidepieces resting on the were invented by Edward Scarlett
in 1730. While the problems of wearing glasses nowadays
present little problems, some poor souls are less certain
about the correct way of wearing a monocle as shown by
the following article found in Sunday Times Magazine, 1999:
Dear Mrs. Mills,
I have worn a monocle on and off for the past few years. I now feel totally
comfortable
and indeed confident with it. However, I am anxiouis to know the correct etiquette, if
any, that goes with the wearing of an eyepiece. I do entertain on a regular basis --
luncheons, dinners and so on -- and I'm desperate to ascertain the correct procedrues
when receiving dignitaries and, of course, female company.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
58
DPC, Lincs
Dear DPC,
While the monocle should be worn whenever needed for seeing clearly (ie,
reading,
shooting, neurosurgery), it is also your responsibility to maintain its silly-ass yet,
paradoxically, rakish image. So, for instance, it should be worn when eating soup
so
that you can exclaim "Gosh" (or "Crikey" in extreme duress), put on a
surprised
expression and allow the monocle to fall into the bowl -- a minor coup de théâtre
that
will give you the moral high ground. On the other hand, when being introduced
to a
lady wearing a low-cut dress, never fail to screw the monocle tightly into your
eye
socket and draw! "Hellloooo" while examining her cleavage closely. Extra kudos
is
obtained by sounding like Terry-Thomas.
Mrs. Mills
Cara Sra. Mills, Eu tenho usado um monóculo e fora para os últimos anos. Agora me
sinto totalmente confortável
e confiante de fato com ele. No entanto, estou anxiouis saber a etiqueta correta, se
houver, que vai com o uso de uma ocular. Eu entreter em uma base regular -
almoços, jantares e assim por diante - e eu estou desesperado para averiguar os
procedrues corretos
quando receber dignitários e, claro, companhia feminina.
DPC, Lincs - Caro DPC,
Enquanto o monóculo deve ser usado sempre que necessário para ver
claramente (ou seja, leitura,
gravação, neurocirurgia), também é de sua responsabilidade de manter o seu
rabo-bobo ainda,
paradoxalmente, a imagem jovial. Assim, por exemplo, deve ser usado durante a
comer sopa de modo
que você pode exclamar: "Meu Deus" (ou "Crikey" em extrema pressão),
coloque em uma surpresa
expressão e permitir que o monóculo a cair dentro da tigela - um menor de golpe
Teatro que
vai lhe dar a moral elevada. Por outro lado, ao ser apresentado a uma
senhora com um vestido decotado, nunca deixam de estragar o monóculo
firmemente em seu olho
soquete e desenhar! "Hellloooo" ao examinar seu decote de perto. Kudos extras
é
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
59
obtido por soar como Terry-Thomas.
Sra. Mills
Não vamos nos aprofundarmos em teorias complexas, e sim nos concentrar, antes de
tudo, nos processos primários da visão, aqui já apresentado em caráter de manifestação
conclusiva deste seguimento.
TEORIZAÇÃO CONCLUSIVA.
O olho humano não é uma esfera, é em formato de um globo revestido por uma camada
que possui duas partes distintas: uma transparente chamada córnea, e a opaca
esclerótica. A córnea funciona como uma primeira lente convergente para que,
grande parte dos raios luminosos, atravesse o músculo esfíncter da íris. No centro da
íris, está a abertura pupila. Ao fundo está a retina que é a zona sensível tocada pelos
raios luminosos.
Exemplo resumido da fisiologia do olho humano.
CÓRNEA.
Se a córnea for afectada por alguma doença que provoque, por exemplo, a sua
opacidade, é possível realizar um transplante de córnea a partir de tecidos pertencentes à
córnea de doadores mortos. Transplante de córnea é um procedimento cirúrgico no qual
uma córnea lesionada ou com doença é substituída por outra de um doador. Em uma
pesquisa que usa células-tronco realizada pelo oftalmologista brasileiro Francisco
Figueiredo na Universidade de Newcastle, pode ser uma alternativa em alguns casos de
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
60
necessidade de transplante. Córnea é a parte anterior transparente e protetora do olho
dos vertebrados. Fica localizada na região polar anterior do globo ocular. A córnea e o
cristalino têm a função de focar a luz através da pupila para a retina, como se fosse uma
lente fixa. São as lágrimas (secreção lacrimal) que mantêm a córnea úmida e saudável.
Anatomia do olho humano
Representação esquemática da córnea
Brasileiro desenvolve técnica para curar lesões na córnea.
Oftalmologista pernambucano, que há 20 anos trabalha na Grã-Bretanha, comanda a
pesquisa com células-tronco.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
61
Cientistas de uma universidade inglesa desenvolveram uma técnica para curar lesões na
córnea. Matéria de créditos do correspondente da REDE GLOBO, Marcos Losekann
mostra que um brasileiro está no comando da pesquisa.
“...Um senhor de 75 anos era praticamente cego até seis
meses atrás. Não conseguia ler, dirigir, nem sequer podia
sair de casa sozinho. Hoje em dia, Roger Gibbons leva
uma vida normal... Ela argumenta que ‘Feri meu olho
direito com cimento’, conta Roger, que é construtor
aposentado. ‘Passei a forçar a visão do olho esquerdo e
também quase o perdi. Graças à medicina, sou um novo
homem’.
Do olho menos comprometido, os cientistas retiraram células-tronco. Elas foram
espalhadas sobre um pequeno pedaço de membrana *amniótica, um tecido retirado da
placenta de mulheres que acabaram de dar à luz. As células-tronco se desenvolveram, e
o novo tecido foi implantado em cima da córnea danificada. E Roger voltou a enxergar.
Outras 12 pessoas com problema semelhante também foram operadas e recuperaram a
visão. A técnica desenvolvida num laboratório de oftalmologia da universidade de
Newcastle é revolucionária porque elimina totalmente o risco de rejeição, um dos piores
problemas que podem ocorrer após o transplante de um órgão. Nesse caso não tem
perigo porque os tecidos transplantados são produzidos artificialmente, com células-
tronco do próprio paciente. Para a nossa alegria e orgulho(comentário nosso), o chefe da
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
62
equipe é o doutor Francisco Figueiredo, oftalmologista pernambucano que há 20 anos
trabalha na Grã-Bretanha. Ele diz que o Brasil tem condições de aplicar a nova técnica.
“Para você crescer essas células em laboratório, você requer um laboratório especial.
Então não necessariamente você vai ter esses laboratórios em todo lugar do Brasil, mas
apenas em alguns grandes centros”. O doutor Figueiredo acaba de receber apoio do
Ministério da Saúde britânico para expandir as pesquisas. Outros 25 pacientes poderão
ser operados nos próximos meses. Vão voltar a enxergar pelas mãos de um médico
formado no Brasil. “É uma alegria enorme de ter essa oportunidade de passar esse
orgulho de ser brasileiro”.
*Imagem – Presença do líquido.
*
Líquido amniótico (ou fluido amniótico) é o fluido que envolve o embrião, preenchendo a bolsa
amniótica, que desta forma o protege de choques mecânicos e térmicos. A bolsa amniótica normalmente
forma-se na segunda semana de gravidez, assim que esta se forma enche-se de líquido amniótico que
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
63
inicialmente é apenas água proveniente da mãe. Pouco fluido amniótico (oligoidrâmnio) ou muito (poli-
hidrâmnio ou hidrâmnio) pode ser uma causa ou um indicador de problemas para a mãe e o bebê.
Pacientes com oligoidrâmnio, dependendo do grau do problema, podem ser tratadas com descanso,
hidratação oral e intravenosa, antibióticos, esteroides, e amnioinfusão.
Nota do Autor.
Análise de situação onde o líquido pode está comprometido.
PATOLOGIA DA GRAVIDEZ, NASCIMENTO E PUERPÉRIO (O)
GRAVIDEZ QUE TERMINA EM ABORTO
GRAVIDEZ ECTÓPICA · MOLA HIDATIFORME · ABORTO ESPONTÂNEO
EDEMA, PROTEINÚRIA E TRANSTORNOS HIPERTENSIVOS
HIPERTENSÃO GESTACIONAL (PRÉ-ECLAMPSIA, ECLAMPSIA, SÍNDROME HELLP) · DIABETES GESTACIONAL
OUTROS, PREDOMINANTEMENTE RELACIONADOS À GRAVIDEZ
HIPERÊMESE GRAVÍDICA · HERPES GESTACIONAL · COLESTASE INTRA-HEPÁTICA DA GRAVIDEZ · FÍGADO GORDUROSO AGUDO DA GRAVIDEZ · COREIA GRAVÍDICA
ASSISTÊNCIA POR MOTIVOS LIGADOS AO FETO E À CAVIDADE AMNIÓTICA E POR
POSSÍVEIS PROBLEMAS RELATIVOS AO PARTO
LÍQUIDO AMNIÓTICO (POLI-HIDRÂMNIO, OLIGO-HIDRÂMNIO) · CÓRION/ÂMNIO (CORIOAMNIONITE, RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS, SÍNDROME DA BANDA AMNIÓTICA) · PLACENTA (PLACENTA PRÉVIA, DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA) · FALSO TRABALHO DE PARTO · HEMORRAGIA ANTEPARTO
COMPLICAÇÕES DO TRABALHO DE PARTO E DO PARTO
PARTO PRÉ-TERMO · PARTO PÓS-TERMO · DESPROPORÇÃO CEFALOPÉLVICA · DISTOCIA (DISTOCIA DE OMBRO) · SOFRIMENTO FETAL · VASA PRAEVIA · RUPTURA DO ÚTERO · HEMORRAGIA · PLACENTA (PLACENTA ACRETA) · PROLAPSO DO CORDÃO UMBILICAL · EMBOLIA AMNIÓTICA
COMPLICAÇÕES MATERNAS NAS SEMANAS SEGUINTES AO NASCIMENTO
FEBRE PUERPERAL · CARDIOMIOPATIA PERIPARTO · TIREOIDITE PÓS-PARTO · GALACTORREIA · DEPRESSÃO PÓS-PARTO
COMPLICAÇÕES FETAIS INTERVENÇÃO FETAL · CIRURGIA FETAL
OUTROS MORTE MATERNA
ESCLERÓTICA.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
64
Sklero), também conhecida como esclerótica ou branco do olho, é a membrana
externa, branca, em crianças com tom mais azulado e em alguns animais preta, como no
cavalo, e fibrosa do globo ocular. Na fase de desenvolvimento embrionário, é formada
pela crista neural. Em alguns vertebrados, a esclera origina o anel esclerótico, resultado
de sua fusão com placas cartilaginosas. É onde estão inseridos os músculos do bulbo do
olho (extra-oculares). A superfície visível da esclera é coberta por uma membrana
transparente e fina, chamada conjuntiva, que deriva da camada epitelial externa da
córnea e que também cobre a face interna das pálpebras. É opaca e contém fibras de
colágeno e elastina. Nas crianças, é mais fina e apresenta algum pigmento, aparentando
levemente azulada. Nos idosos, entretanto, o depósito de gordura na esclera faz com que
ela aparente uma coloração levemente amarelada. Existem algumas doenças como a
esclerite que causam cegueira parcial. Essas doenças produzem uma linha vertical no
campo visual, resultando em menos de 100% de visibilidade. É correto denomina-la
esclera.
Iconografia.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
65
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
66
•
Interior da metade anterior do globo ocular.
•
Porção terminal do nervo óptico e sua entrada no olho, numa secção horizontal.
•
Interior da metade posterior do olho esquerdo.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
67
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
68
USO MEDIANTE LICENÇA. Atribuição - Compartilha Iguais 3.0 (CC BY-SA 3.0) ·
ÍRIS.
Íris é um seguimento anatômico do olho dos vertebrados, sendo a parte mais visível (e
colorida).A Íris possue um orifício em seu centro, chamado de pupila, cuja função é
controlar a quantidade de luz que entra no olho. Em um ambiente com muita luz, ocorre
a miose (diminuição do diâmetro da pupila), ao passo que, com pouca luz, ocorre a
midríase (aumento do diâmetro da pupila). Algumas pessoas (geralmente adultos
maduros a partir dos 40 ou 50 anos) apresentam uma descoloração em forma de um
círculo acinzentado ou esbranquiçado visível ao redor da íris denominada arco senil,
que é causada por depósitos de células de lipídios (gordura) nas camadas profundas da
córnea periférica sem ser contudo uma condição preocupante, já que é apenas um sinal
do envelhecimento natural do corpo na maior parte dos casos. Entretanto, uma
descoloração similar da íris dos olhos em adultos jovens, com menos de 40 anos,
denominada arco juvenil, é frequentemente associada com altas taxas de colesterol no
sangue, o que deve ser alvo de observador do educador, com a recomendação aos país
de apresentar o discente para uma avaliação especializado por parte de um médico
oftalmologista. A íris faz parte do sistema sensorial.
SISTEMA SENSORIAL - VISÃO - OLHO
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
69
TÚNICA FIBROSA (EXTERIOR)
CONJUNTIVA • ESCLERA • CANAL DE SCHLEMM • TRABECULAR MESHWORK • LIMBUS CÓRNEA (EPITHELIUM, MEMBRANA DE BOWMAN, ESTROMA, MEMBRANA DE DESCEMET, ENDOTHELIUM)
ÚVEA (MEIO) COROIDE (PROCESSOS CILIARES, CHORIOCAPILLARIS, MEMBRANA DE BRUCH) • ÍRIS (ESTROMA) • PUPILA • CORPO CILIAR
RETINA (INTERIOR) MÁCULA • FÓVEA • DISCO ÓPTICO
SEGMENTO ANTERIOR CÂMARA ANTERIOR • HUMOR AQUOSO • CÂMARA POSTERIOR • CRISTALINO
SEGMENTO POSTERIOR HUMOR VÍTREO • ZÔNULA DE ZINN
A íris é a área verde/cinza/marrom. As outras estruturas visíveis são a pupila (círculo preto no centro) e a esclera (parte
branca do olho) ao redor da íris. A córnea está presente, mas não é possível vê-la na foto, por ser transparente.
A íris será usada como uma forma, no futuro, como meio seguro de autenticação de
uma identidade. Existem três principais formas de se realizar a a autenticidade de
identidade:
A apresentação de algo que a pessoa saiba, como uma
senha.
A apresentação de algo que a pessoa possui, como um
token.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
70
A apresentação de algo que a pessoa é, como uma
característica física mensurável.
Biometria trata-se de uma ciência focada em medições relacionadas às características
intrínsecas aos indivíduos, sejam elas físicas ou de comportamento. Pode ser utilizada
tanto para identificação como para autenticação, num processo de reconhecimento de
identidade. Existem algumas diferenças entre os processos de identificação e de
autenticação. A autenticação consiste na verificação da veracidade da identidade de uma
pessoa, isto é, se a pessoa é realmente quem ela diz ser, sendo efetuada através de uma
comparação realizada de 1 para 1, dentre as amostras do sistema. O uso da Biometria
como método de autenticação tem se tornado cada vez mais constante em diversos
campos, substituindo antigas formas de autenticação, como senhas e códigos PIN
(Personal Identification Number). Estes apresentam alguns problemas relevantes:
senhas necessitam de memorização, além de poderem ser consideradas fracas e
facilmente dedutíveis ou quebráveis. Tokens são identificadores que necessitam de
transporte, podendo, dessa forma, ser interceptados ou esquecidos, não apresentando
uma maneira de controlar quem exatamente está apresentando determinado
identificador. Já um sistema biométrico exige que a pessoa esteja presente no ponto de
identificação, devido à sua base em características fisiológicas, o que aumenta a garantia
de sucesso no momento da identificação. Para que um sistema de autenticação
biométrica funcione com eficiência é preciso que haja um profundo conhecimento
relativo ao funcionamento do mecanismo de captação e análise do elemento físico do
indivíduo que está sendo avaliado. Durante a autenticação, existe o processo inicial de
registro, em que a característica biológica do indivíduo é armazenada, para depois ser
utilizada em outro processo, que consiste na identificação. Primeiramente, a
característica é digitalizada, tornando-se uma amostra, que se enquadra em um padrão
estatístico, devido à possível ocorrência de problemas no momento da captura da
amostra, como ruído ou sombra. A partir dessa amostra, comparações sucessivas são
realizadas em uma base de dados com o objetivo de encontrar o registro correto da
identidade. Tanto os sistemas de autenticação como os sistemas de identificação
possuem em comum essa fase de registro da característica biométrica no sistema,
caracterizada pela geração de um template, isto é, a representação digital da
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
71
característica do mundo real. Este template será utilizado posteriormente na negação ou
permissão de acesso do indivíduo no sistema. A Biometria estuda, analisa
e avalia características fisiológicas inerentes aos seres
humanos. Através de suas diversas técnicas, é possível
obter um processo seguro de identificação, autenticação e
verificação da identidade de indivíduos, constituindo uma
das formas mais eficazes de reconhecimento atualmente.O
reconhecimento da íris constitui uma das principais formas
de identificação baseada em sistemas biométricos, por ser
um processo altamente confiável.
O Olho Humano
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
72
Biometria - Reconhecimento de Iris.
Créditos: Priscila Pecchio Belmont Albuquerque.
Assessorado pelos Professores: Otto Carlos Muniz Bandeira Duarte.
Luís Henrique Maciel Kosmalski Costa.
Universidade Federal no Estado do Rio de Janeiro.
DISCIPLINA:REDES DE COMPUTADORES II
PUPILA.
USO MEDIANTE LICENÇA. Atribuição - Compartilha Iguais 3.0 (CC BY-SA 3.0) ·
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
73
Pupila -pupilla – menininha, popularmente conhecida como “Menina dos olhos” é o
seguimento ocular com um orifício de diâmetro regulável, que está situada entre a
córnea e o cristalino, e no centro da íris, responsável pela passagem da luz do meio
exterior até os órgãos sensoriais da retina. Localiza-se na parte média do olho, ou úvea e
tem por função regular a quantidade de luz que passa para a retina. A pupila é um
orifício que regula a entrada de luz. Por ser um orifício, não tem cor, mas sua aparência
é preta, pois não há iluminação na parte interna do olho.
Possui formatos variáveis, conforme a espécie: é circular, no ser humano; nos felinos
assume formato elipsoidal, no sentido vertical; nas cabras tem formato oval-retangular,
em sentido horizontal. Nos humanos e muitos animais (inclusive alguns poucos peixes),
o tamanho da pupila é controlada pela constrição e dilatação involuntária da íris, para
controlar a intensidade da passagem de luz, por reflexo. No homem numa claridade
normal, a pupila tem um diâmetro de 3 a 4 milímetros; em grande luminosidade o
diâmetro chega a medir 1,5 mm.; no escuro, pode atingir o diâmetro de 8 mm. O
estreitamento da pupila resulta numa maior gama focal.
Midriase.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
74
Midríase é a dilatação da pupila em função da contração do músculo dilatador da
pupila. Seu contrário, ou seja, a contração da pupila, é conhecida como miose. A
dilatação do diâmetro pupilar pode ser produzida por algumas drogas, como por
exemplo atropina, alguns tóxicos, substâncias de abuso tipo cocaína, álcool, e também
podem estar relacionadas a lesões cerebrais focais, (por exemplo, do tronco encefálico)
ou pode ser uma das reações na síndrome do pânico. É usual em animais como o boi a
caminho do abate ao perceberem o que ocorre com seus companheiros de sina mais à
frente no corredor da morte. Também a dilatação das pupilas é conhecida popularmente
como sinal de interesse amoroso da pessoa a observar o pretendente.
CID-10 - H57.0 - CID-9 - 379.42
Miose não deve ser confundida com meiose, que é o processo de divisão celular
envolvido na reprodução sexual, ou mitose, a divisão celular das células somáticas do
corpo. Miose é um termo médico para a constrição (diminuição do diâmetro) da pupila.
É o oposto da midríase. É encontrada em diversas condições médicas, e também pode
ser causada por algumas drogas. Os colírios usados para intencionalmente causar miose
são chamados de mióticos. Idade - Quanto maior a idade das pessoas, maior a
propensão de sofrerem miose.Doenças. Síndrome de Horner (um conjunto de
anormalidades no suprimento nervoso da face devido a lesões no sistema nervoso
simpático). Tumor de Pancoast (um tumor do ápice do pulmão), devido a lesões no trato
simpático ascendente que normalmente faria com que a pupila dilatasse. Hemorragia na
ponte (hemorragia intracraniana). Drogas - Opióides como codeína, morfina, heroína e
metadona. Antipsicóticos, incluindo haloperidol, thorazine, olanzapine, quetiapine e
outros. Agentes colinérgicos como os usados no tratamento da doença de Alzheimer.
Algumas drogas quimioterápicas do câncer: Mirtazapina. Trazadona. Álcool. Delta-9-
tetrahidrocanabinol - THC - Maconha. Mióticos - Uma substância miótica causa a
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
75
constrição da pupila. É o oposto de uma substância midriática, que causa a dilatação da
pupila.
Classificação e recursos externos CID-10 - H57.0 – CID-9 - 379.43 - DiseasesDB - 8603 PATOLOGIAS DOS OLHOS
PÁLPEBRA, SISTEMA LACRIMAL E GLOBO OCULAR
PÁLPEBRA: INFLAMAÇÃO (HORDÉOLO, CALÁZIO, BLEFARITE) - ENTRÓPIO - ECTRÓPIO - LAGOFTALMO - BLEFAROCALÁSIA - PTOSE - BLEFAROFIMOSE - XANTELASMA - TRIQUÍASE
SISTEMA LACRIMAL: DACRIOADENITE - EPÍFORA - DACRIOCISTITE
GLOBO OCULAR: EXOFTALMIA - ENOFTALMIA
CONJUNTIVA CONJUNTIVITE - PTERÍGIO - PINGUÉCULA - HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL
ESCLERA E CÓRNEA
ESCLERITE - CERATITE - ÚLCERA DE CÓRNEA - CEGUEIRA DA NEVE - CERATITE SUPERFICIAL PONTEADA DE THYGESON - DISTROFIA DE FUCHS - CERATOCONE - SÍNDROME DO OLHO SECO - ARC EYE - CERATOCONJUNTIVITE - NEOVASCULARIZAÇÃO DA CÓRNEA - ANEL DE KAYSER-FLEISCHER - ARCO SENIL - CERATOPATIA EM FAIXA
ÍRIS E CORPO CILIAR
IRITE - UVEÍTE - IRIDOCICLITE - HIFEMA - MEMBRANA PUPILAR PERSISTENTE - IRIDODIÁLISE - SINÉQUIA
CRISTALINO CATARATA - AFACIA - DESLOCAMENTO DO CRISTALINO
CORÓIDE E RETINA
RETINITE (POR CITOMEGALOVÍRUS - CORIORETINITE) - COROIDEREMIA - DESCOLAMENTO DA RETINA - RETINOSQUISE - RETINOPATIA (RETINOPATIA HIPERTENSIVA, RETINOPATIA DIABÉTICA, RETINOPATIA DA PREMATURIDADE) - DEGENERAÇÃO MACULAR - RETINITE PIGMENTOSA - HEMORRAGIA
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
76
RETINAL - RETINOPATIA SEROSA CENTRAL - EDEMA MACULAR - MEMBRANA EPIRETINAL - PUCKER MACULAR
NERVO ÓPTICO E VIAS ÓPTICAS NEURITE ÓPTICA - PAPILEDEMA - ATROFIA ÓPTICA - NEUROPATIA ÓPTICA HEREDITÁRIA DE LEBER
MÚSCULOS OCULARES, MOVIMENTO BINOCULAR,
ACOMODAÇÃO E REFRAÇÃO
ESTRABISMO PARALÍTICO: OFTALMOPARESIA - OFTALMOPLEGIA EXTERNA PROGRESSIVA - PARALISIA (III, IV, VI) - SÍNDROME DE KEARNS-SAYRE OUTROS ESTRABISMOS: ESOTROPIA/EXOTROPIA - HIPERTROPIA - HETEROPHORIA (ESOPHORIA, EXOFORIA) - SÍNDROME DE BROWN - SÍNDROME DE DUANE OUTRAS BINOCULARES: CONJUGATE GAZE PALSY - INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA - OFTALMOPLEGIA INTERNUCLEAR - ONE AND A HALF SYNDROME
ERROS REFRATIVOS: HIPERMETROPIA/MIOPIA - ASTIGMATISMO - ANISOMETROPIA/ANISEICONIA - PRESBIOPIA
DISTÚRBIOS VISUAIS E CEGUEIRA
AMBLIOPIA - AMAUROSE CONGÊNITA DE LEBER - SUBJETIVOS (ASTENOPIA, HEMERALOPIA, FOTOFOBIA, ESCOTOMA CINTILANTE) - DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE - DIPLOPIA - ESCOTOMA - ANOPSIA (HEMIANOPSIA BINASAL, HEMIANOPSIA BITEMPORAL, HEMIANOPSIA HOMÔNIMA, QUADRANTANOPIA) - CEGUEIRA PARA AS CORES (ACROMATOPSIA) - CEGUEIRA NOTURNA - CEGUEIRA/LOW VISION
PUPILA
ANISOCORIA - PUPILA DE ARGYLL ROBERTSON - PUPILA DE MARCUS GUNN/FENÔMENO DE MARCUS GUNN - SÍNDROME DE ADIE
DOENÇAS INFECCIOSAS TRACOMA - ONCOCERCOSE
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
77
OUTRAS
NISTAGMO - MIOSE - MIDRÍASE - GLAUCOMA - HIPERTENSÃO OCULAR - MOSCAS VOLANTES - OLHO VERMELHO - CERATOMICOSE - XEROFTALMIA - ANIRIDIA
RAIOS LUMINOSOS.
Modelos de câmeras escuras.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
78
Câmera escura do século XVIII
Câmera escura ou câmara escura (camara oscura) é um tipo de aparelho óptico
baseado no princípio de mesmo nome, o qual esteve na base da invenção da fotografia
no início do século XIX. Ela consiste numa caixa (ou também sala) com um buraco no
canto, a luz de um lugar externo passa pelo buraco e atinge uma superfície interna, onde
é reproduzida a imagem invertida. A verdade é que não vemos, com os olhos ou
simplesmente com os olhos. A visão está dividida em processos distintos e a relação dos
olhos com raios luminosos fazem parte das transformações ópticas, seguida pelas
transformações químicas e nervosas. Como o assunto é muito vasto,, assim partiremos
abordando conclusivamente para esse capítulo, o processo Óptico: O olho funciona
mais ou menos como uma Câmara Obscura. Uma fonte luminosa emite seus raios que
atingem um objeto. A reflexão desses raios passa por um pequeno orifício projetando a
“imagem” no fundo. Como já foi comentada anteriormente, inclusive com exibições
iconográficas, a imagem formada na câmara obscura é invertida, assim também
acontece com os nossos olhos. Toda imagem que vemos está de “cabeça para baixo”, e
nessa primeira fase da visão, não há reconhecimento do que se vê, estamos apenas
lidando com elementos responsáveis por absorver as imagens, que nada mais são do que
raios luminosos.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
79
Princípio da Câmara Obscura.
Se seguirmos à risca a experiência da câmara obscura, veremos que a imagem invertida
formada está totalmente “desfocada”, sem nitidez. Como podemos notar na imagem
acima, poucos raios luminosos entram pelo orifício da câmara obscura, isso se deve à
difusão, propriedade da luz refletida pelos objetos. A correção desse “problema” está
em adicionarmos uma lente no orifício. Assim, todos os raios que, por difusão estariam
espalhados, estão agora convergindo para um mesmo local, tornando a imagem mais
nítida. Foi assim durante o Renascimento, é assim com as câmeras de foto e vídeo e é
assim com os nossos olhos. Precisamos de uma lente para jogar todos esses raios para
um mesmo ponto, a fim de absorver maior quantidade de luz possível. No olho humano
a pupila é similar ao orifício da câmara obscura enquanto o cristalino é similar à lentes
utilizadas para convergir os raios luminosos. Mas a pupila tem a propriedade de abrir e
fechar, aumentar ou diminuir a quantidade de luz que passa por ela. Essa propriedade
tanto nos ajuda a enxergar em ambientes com pouca luz, como existe para nos fornecer
uma visão mais nítida. Com uma menor abertura da pupila, enxergamos com mais
profundidade de campo, e também com maior riqueza de detalhes. Quando se faz um
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
80
exame oftalmológico é usado um colírio, esse colírio faz as pupilas dilatarem, a
sensação então é que enxergamos mais desfocado, menos nítido. O cristalino
diferentemente das lentes usadas durante o Renascimento, é uma lente biconvexa, pode
convergir variavelmente. Essa variável é chamada de acomodação, portanto, é
propriedade do cristalino direcionar onde a imagem será projetada na retina. Essa
propriedade leva em conta a distância da fonte luminosa, do objeto refletido e a posição
do observador. Observe a complexidade desse processo. Vejamos, a luz que se
propagou no vácuo, entrou na atmosfera do planeta e se propagando pelo ar entra no
orifício do olho humano; irá deixar de se propagar no ar e passará a se propagar em
meio aquoso para no final atingir a retina. O cristalino por ser uma lente, irá refratar
esses raios luminosos, ou seja, todo desvio que poderia acontecer na passagem do ar
para o meio aquoso, o cristalino conserta convergindo tudo para a retina.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
81
Reafirmando posição: A fonte luminosa emite luz. A luz viaja pelo vácuo, sofre um
pequeno desvio ao entrar na atmosfera e se propagar pelo ar. Por fim, a luz atinge um
objeto. Ao atingir o objeto a luz se reflete em todas as direções. Muitos desses feixes
luminosos refletidos entram na cavidade ocular gerando nosso primeiro momento
visual. Como vimos à córnea é uma primeira lente, situada na parte exterior do globo
ocular, capaz de refratar a luz, corrigindo qualquer desvio que porventura ocorresse na
mudança do meio de propagação da própria luz. Assim a segunda lente: cristalino e seu
poder de acomodação são os responsáveis por uma projeção correta das imagens na
retina. A retina é uma membrana composta de várias camadas revestindo a parede
interna de cada globo ocular. A camada nervosa capta os impulsos responsáveis pela
visão. Existem uma média de 130 milhões de células na retina e elas estão divididos em
uma maioria chamada bastonetes- sensíveis à variação de luz – e uma minoria chamada
cones- responsáveis pela percepção das cores. A maior parte dos bastonetes está
espalhada pelas bordas da retina, deixando o centro para uma maioria de cones. Essa
região central é chamada de fóvea retiniana onde existe o “ponto cego”, ligação entre o
globo ocular e o nervo ótico, onde não há nem cones, nem bastonetes, portanto, sem
formação ou percepção de imagem.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
82
Alusão comparativa: “Grand Canyon de microuniverso”
SINTESE - Um resumo do como se comporta a visão durante o processo de
transformação química da imagem: Cada bastonete e cada cone possui cerca de 4
milhões de moléculas de pigmento, e cada uma dessas moléculas contém a Rodopsina,
substancia que absorve a luz e quimicamente se divide em duas outras substâncias. Na
seqüência uma vez absorvida a luz, a molécula não poderá realizar o mesmo processo
químico imediatamente. É preciso ficar “no escuro” por uns 45 minutos para que todas
as moléculas de todos os nossos cones e bastonetes estejam aptas a absorver a luz
novamente. Mas, se algo interromper o processo de absorção da luz, a Rodopsina
poderá se recuperar, propiciando novamente a transformação química das imagens
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
83
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO QUÍMICA DA IMAGEM.
RODOPSINA.
1* - 2* - 3* -4* -
1* - A Organização Genoma Humano (Human Genome Organization ou HUGO) é
uma organização envolvida no Projeto Genoma Humano, projeto este sobre o
mapeamento do genoma humano. A HUGO foi fundada em 1989 como uma
organização internacional no sentido de proporcionar a colaboração científica entre os
cientistas de diversos países. O Comitê de Nomenclatura Gênica HUGO, algumas vezes
referido apenas como HUGO, é um dos comitês mais ativos da instituição e que tem
como objetivo relacionar e classificar todos os genes humanos.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
84
2* - Entrez (Global Query Cross-Database Search System) é um metabuscador mantido
pelo National Center for Biotechnology Information (NCBI), uma secção da United
States National Library of Medicine (NLM). O NCBI alberga dados provenientes da
sequenciação de genomas no seu GenBank e mantém um índice de artigos de
investigação biomédica que disponibiliza nas bases de dados PubMed Central e
PubMed (inclusive Medline). Para além disso recolhe, trata e disponibiliza múltiplos
outros tipos de informação relevante para o desenvolvimento da biotecnologia e ciência
da saúde, como os bancos de dados Projeto Genoma, PubChem, Online Mendelian
Inheritance in Man, entre outros. Todas as bases de dados (39 no total) estão disponíveis
na Internet através de Entrez.(Entrez Help - Entrez Help - NCBI Bookshelf. -
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/gquery - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK3837/)
3* -O projecto Mendelian Inheritance in Man é uma base de dados que cataloga todas
as doenças humanas que tenham uma componente genética. Quando possível faz a
ligação dessas doenças aos respectivos genes. O código MIM. A cada doença e gene é
atribuido um dígito com seis algarismos. O primeiro algarismo reflete o tipo de
hereditariedade.
PRIMEIRO DÍGITO CÓDIGO MIM HEREDITARIEDADE
1 100000-199999 LOCI AUTOSSÓMICOS OU FENÓTIPOS
2 200000-299999 LOCI AUTOSSÓMICOS OU FENÓTIPOS
3 300000-399999 LOCI NO CROMOSSOMAS X OU FENÓTIPOS
4 400000-499999 LOCI NO CROMOSSOMAS Y OU FENÓTIPOS
5 500000-599999 LOCI MITOCONDRIAIS OU FENÓTIPOS
6 600000- LOCI AUTOSSÓMICOS OU FENÓTIPOS
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=omim
4* - National Center for Biotechnology Information.National Center for Biotechnology
Information (NCBI; em português: Centro Nacional de Informação Biotecnológica) é
uma secção da United States National Library of Medicine (NLM; em português:
Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos da América), um ramo dos
National Institutes of Health (em português: Institutos Nacionais de Saúde), com sede
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
85
em Bethesda, Maryland. A instituição foi fundada em 1988 em resultado de legislação
proposta pelo senador Claude Pepper. O NCBI alberga dados provenientes da
sequenciação de genomas no seu GenBank e mantém um índice de artigos de
investigação biomédica que disponibiliza nas bases de dados PubMed Central e
PubMed. Para, além disso, recolhe, trata e disponibilizam múltiplos outros tipos de
informação relevante para o desenvolvimento da biotecnologia. Todas as bases de dados
estão disponíveis na Internet através do motor de busca Entrez. – O Visible Human
Project (Projeto Ser Humano Visível , em português) é um projeto idealizado em 1986,
de longo prazo, elaborado pela National Library of Medicine (NLM), nos Estados
Unidos da América. Tal projeto se propõe a criar uma base de imagens digitais de dois
cadáveres, um masculino e um feminino, partindo de cortes anatômicos transversais,
tomografias de raios X a fresco e congelado e de ressonância magnética. O NCBI é
atualmente dirigido por David Lipman, um dos autores do algoritmo de alinhamento de
sequências genéticas BLAST e uma figura reputada do campo da bioinformática. A
instituição mantém um programa interno de investigação científica, incluindo grupos
liderados por Stephen Altschul (outro co-autor de BLAST), David Landsman e Eugene
Koonin (um autor prolífico no campo da genômica comparativa).
Homem Virtual como tecnologia para entender melhor o corpo humano.
http://www.projetohomemvirtual.com.br/
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
86
http://www.projetohomemvirtual.com.br/
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
87
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?db=gene&cmd=retrieve&dopt=default&rn=1&list_uids=6010
A rodopsina é uma proteína transmembranar que se encontra nos bastonetes,
encontrados no epitélio pigmentar da retina dos olhos. As Proteínas são compostos
orgânicos bioquímicos, constituídos por um ou mais polipeptídeos tipicamente dobrada
em uma forma globular ou fibrosa, facilitando uma função biológica. São compostos de
alto peso molecular, compostos orgânicos de estrutura complementar e massa molecular
elevada (de 100.000 a 100.000.000.000 ou mais unidades de massa atômica),
sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um grande número de
moléculas de alfa-aminoácidos, através de ligações denominadas ligações peptídicas.
São consideradas as macromoléculas mais importantes das células e, para muitos
organismos, constituem quase 50% de suas massas. Uma proteína é um conjunto de no
minimo 20 aminoácidos, mas sabemos que uma proteína possui muito mais que essa
quantidade, sendo os conjuntos menores denominados Polipeptídeos. Um polipeptídeo
corresponde a um polímero linear de mais de vinte aminoácidos estabelecendo entre si
ligações peptídicas. Por exemplo, o glucágon e a insulina, dois hormônios, incluem-se
nesta divisão. O termo proteína é usado quando na composição do polipeptídeo entram
noventa ou mais aminoácidos. A rodopsina consta de uma parte protéica, opsina, e uma
não protéica que é um derivado da vitamina A, o 11-cis-retinal. A opsina é uma cadeia
polipeptídica formada por uns 348 aminoácidos, que se distribuem em sete degraus da
"hélice alfa" que se situam perpendiculares à membrana, unidas por partes protéicas
fora da estrutura. O grupo carboxilo terminal situa-se na parte citosólica e o grupo
amino terminal na posição intradiscal. A porção C-terminal da rodopsina interage com a
proteína G transducina. O 11-cis-retinal se situa unido a uma das hélices alfa no centro
da molécula, colocado perpendicularmente, através da ligação ao resíduo de lisina-256
por uma base de Schiff. Esta colocação faz com que a luz se transforme quando incide
no 11-cis-retinal, produzindo reações que levam a um impulso nervoso. A rodopsina
dos Cones absorve fortemente a luz verde azulada e adquire portanto uma tonalidade
avermelhada. É responsável pela visão monocromática no escuro. Quando a luz atinge o
11-cis-retinal, este é convertido a trans-retinal (estado excitado da molécula); a
rodopsina interage então com a transducina, causando a substituição de guanosina
difosfato por guanosina trifosfato ligado a esta. Neste passo existe uma amplificação de
sinal, já que uma molécula de rodopsina é capaz de interagir com centenas de moléculas
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
88
de transducina. A transducina dissocia-se em dois polipéptidos, sendo que um deles
activa a cGMP fosfodiesterase; esta enzima catalisa a conversão de guanosina
monofosfato cíclico (cGMP) a 5'-GMP, o que causa o abaixamento dos níveis
intracelulares de cGMP. É este abaixamento que despoleta o sinal nervoso, pois causa o
fecho de canais transmembranares de cálcio, o que impede a entrada de ions Ca2+ e
Na+ na célula, hiperpolarizando a membrana. O ion Ca2+ continua, no entanto, a sair da
célula, o que reduz a sua concentração intracelular. Isto estimula a recuperação da
rodopsina através da fosforilação desta pela rodopsina cinase. A proteína arrestina liga-
se então à zona C-terminal fosforilada da rodopsina, inativando-a rapidamente. Ocorre
então um processo mais lento de recuperação da rodopsina, em que a arrestina se
dissocia desta, ocorre desfosforilação e o trans-retinal se converte a 11-cis-retinal.
Algumas opsinas relacionadas (fotopsinas) diferem em apenas alguns aminoácidos,
bastando isso para que absorvam a luz em comprimentos de onda diferentes. Estes
pigmentos também se encontram no cones da retina e são a base da visão a
cores. Para além da rodopsina, os seres humanos possuem três outras opsinas:
fotopsina I (absorve no espectro amarelo), fotopsina II (no verde) e fotopsina
III (no violeta). Algumas espécies de Archaea expressam uma bomba protónica
denominada bacteriorodopsina, através da qual executam a fotossíntese. Tal como a
rodopsina, também possui retinal e tem sete hélices alfa transmembranares; no entanto,
não está associada a uma proteína G. Fotopsina é um composto químico existente nas
células cone da retina, que são responsáveis pelo metabolismo desta célula.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
89
Espectro de absorção normalizado da rodopsina humana e das três fotopsinas. Eixo dos YY: absorvância (valor percentual). Eixo dos XX: comprimento de onda em nanómetros.
Segue um quadro demonstrativo de Substância Neuronais. Os Neurotransmissores
são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas com a função
de biossinalização. Por meio delas, podem enviar informações a outras células. Podem
também estimular a continuidade de um impulso ou efetuar a reação final no órgão ou
músculo alvo.
Diagrama de uma sinapse - A - Axônio Pré-sináptico.
B - Fenda Sináptica.
C - Célula Pós-sináptica.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
90
RECEPTORES TRANSMEMBRANA: RECEPTORES ACOPLADOS ÀS
PROTEÍNAS G.
Receptores acoplados às proteínas G são uma grande família proteica de receptores
transmembranares que captam sinais extracelulares e activam vias de transdução de
sinal no interior da célula. Este tipo de receptores apenas é encontrado nos eucariotas,
como é o caso das leveduras, plantas, coanoflagelados, e animais. Os ligandos que se
ligam e activam estes receptores incluem compostos sensíveis à luz, odores, feromonas,
hormonas e neurotransmissores, e variam em tamanho, desde pequenas moléculas, até
péptidos, podendo mesmo ser grandes proteínas. Estes receptores estão envolvidos
numa variedade de doenças, mas também são o alvo de cerca de metade das drogas
medicinais humanas. Proteína G é uma classe de proteínas envolvida na transdução de
sinais celulares. Elas são chamadas de proteínas G porque funcionam como "chaves
moleculares", alternando entre um estado de ligação com uma guanosina difosfato
inativa (GDP) e outro com uma guanosina trifosfato ativa (GTP). Isso leva a regulação
dos processos seguintes da célula. As proteínas G foram descobertas quando Alfred G.
Gilman e Martin Rodbell tentavam desvendar como a adrenalina estimulava as células.
Eles descobriram que quando um hormônio como a adrenalina se ligava a um receptor,
o receptor não estimulava diretamente enzimas como a adenilato ciclase. Ao invés
disso, o receptor estimulava uma proteína G, que, por sua vez, estimulava a adenilato
ciclase a produzir um segundo mensageiro, o AMP cíclico. Pela descoberta, os dois
cientistas ganharam, em 1994, o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina.
CLASSE A: TIPO RODOPSINA NEUROTRANSMISSOR
ADRENÉRGICO Α1 (A, B, D) · Α2 (A, B, C) · Β1 · Β2 · Β3
PURINÉRGICO
ADENOSINA (A1, A2A, A2B, A3) · P2Y (1, 2, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14)
SEROTONINA
(TODOS, EXCETO 5-HT3) 5-HT1 (A, B, D, E, F) · 5-HT2 (A, B, C) · 5-HT (4, 5A, 6, 7)
OUTROS ACETILCOLINA (M1, M2, M3,
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
91
M4, M5) · DOPAMINA (D1, D2, D3, D4, D5) · HISTAMINA (H1, H2, H3, H4) · MELATONINA (1A, 1B, 1C) · TAAR (1, 2, 3, 5, 6, 8, 9)
METABÓLITOS E MOLÉCULAS DE SINALIZAÇÃO
EICOSANOIDE
CYSLT (1, 2) · LTB4 (1, 2) · FPRL1 · OXE · PROSTAGLANDIN (DP (1, 2), EP (1, 2, 3, 4), FP) · PROSTACYCLIN · THROMBOXANE
OUTROS
BILE ACID · CANABINOIDE (CB1, CB2, GPR (18, 55, 119)) · EBI2 · ESTROGEN · FREE FATTY ACID (1, 2, 3, 4) · LACTATE · LYSOPHOSPHATIDIC ACID (1, 2, 3, 4, 5, 6) · LYSOPHOSPHOLIPID (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8) · NIACIN (1, 2) · OXOGLUTARATE · PAF · SPHINGOSINE-1-PHOSPHATE (1, 2, 3, 4, 5) · SUCCINATE
PEPTÍDEOS
NEUROPEPTIDE B/W (1, 2) · FF (1, 2) · S · Y (1, 2, 4, 5) · NEUROMEDIN (B, U (1, 2)) · NEUROTENSIN (1, 2)
OUTROS
ANAPHYLATOXIN (C3A, C5A) · ANGIOTENSIN (1, 2) · APELIN · BOMBESIN (BRS3, GRPR, NMBR) · BRADYKININ (B1, B2) · CHEMOKINE · CHOLECYSTOKININ (A, B) · ENDOTHELIN (A, B) · FORMYL PEPTIDE (1, 2, 3) · FSH · GALANIN (1, 2, 3) · GHB RECEPTOR · GONADOTROPIN-RELEASING HORMONE (1, 2) · GHRELIN · KISSPEPTIN · LUTEINIZING HORMONE/CHORIOGONADOTROPIN · MAS (1, 1L, D, E, F, G, X1, X2, X3, X4) · MELANOCORTIN (1, 2, 3, 4, 5) · MCHR (1, 2) · MOTILIN · OPIOID (DELTA, KAPPA, MU, NOCICEPTIN & ZETA, BUT NOT SIGMA) · OREXIN (1, 2) · OXYTOCIN · PROKINETICIN (1, 2) · PROLACTIN-RELEASING PEPTIDE · RELAXIN (1, 2, 3, 4) · SOMATOSTATIN (1, 2, 3, 4, 5) · TACHYKININ (1, 2, 3) · THYROTROPIN · THYROTROPIN-RELEASING HORMONE · UROTENSIN-II · VASOPRESSIN (1A, 1B, 2)
MISCELÂNEA ORPHAN GPR (1, 3, 4, 6, 12, 15,
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
92
17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 25, 26, 27, 31, 32, 33, 34, 35, 37, 39, 42, 44, 45, 50, 52, 55, 61, 62, 63, 65, 68, 75, 77, 78, 81, 82, 83, 84, 85, 87, 88, 92, 101, 103, 109A, 109B, 119, 120, 132, 135, 137B, 139, 141, 142, 146, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 160, 161, 162, 171, 173, 174, 176, 177, 182, 183)
OUTROS
ADRENOMEDULLIN · OLFACTORY · OPSIN (3, 4, 5, 1LW, 1MW, 1SW, RGR, RRH) · PROTEASE-ACTIVATED (1, 2, 3, 4) · SREB
CLASSE B: TIPO SECRETINA
ÓRFÃOS
GPR (56, 64, 97, 98, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 123, 124, 125, 126, 128, 133, 143, 144, 155, 157)
OUTROS
BRAIN-SPECIFIC ANGIOGENESIS INHIBITOR (1, 2, 3) · CADERINA (1, 2, 3) · CALCITONINA · CALCRL · CD97 · HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROFINA (1, 2) · EMR (1, 2, 3) · GLUCAGON (GR, GIPR, GLP1R, GLP2R) · GROWTH HORMONE RELEASING HORMONE · PACAPR1 · GPR · LATROFILINA (1, 2, 3, ELTD1) · METHUSELAH-LIKE PROTEINS · HORMONA PARATIRÓIDE (1, 2) · SECRETINA · VASOACTIVE INTESTINAL PEPTIDE (1, 2)
CLASSE C: METABOTROPIC GLUTAMATO / FEROMONA
TASTE
TAS1R (1, 2, 3) · TAS2R (1, 3, 4, 5, 8, 9, 10, 12, 13, 14, 16, 19, 20, 30, 31, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 45, 46, 50)
OUTROS CALCIUM-SENSING
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
93
RECEPTOR · GABA B (1, 2) · RECEPTOR DE GLUTAMATO (METABOTRÓPICO DE GLUTAMATO (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)) · GPRC6A · GPR (156, 158, 179) · RAIG (1, 2, 3, 4)
CLASS F: FRIZZLED / SMOOTHENED
FRIZZLED FRIZZLED (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10)
SMOOTHENED SMOOTHENED
Curiosidade Científica .
Córtex pré-frontal e funções executivas.
Caso clássico I - Paciente Phineas Gage
Caso clássico II - Paciente “O CARIOCA”
Em uma manha de agosto (15/08/2012 16h38), na cidade do Rio de Janeiro, aconteceu
um acidente com um operário. Aos 24 anos de idade, um vergalhão de ferro
acidentalmente penetrou em seu crânio, perfurando o seu cérebro e transpassando a
região entre os olhos(Relembre o caso Na quarta-feira (15), Eduardo estava agachado
usando capacete quando foi atingido pelo vergalhão. O objeto caiu do quinto andar, de
uma altura de 15 metros. Tinha dois metros de comprimento e com a queda o impacto
na cabeça do operário foi de aproximadamente 300 quilos. O vergalhão entrou pelo alto
da cabeça e atravessou a região entre os olhos. Essa é a chamada área pré-frontal do
cérebro, responsável por funções associadas ao comportamento)Antes da intervenção
cirúrgica(A cirurgia de remoção durou cerca de seis horas. Os médicos abriram parte do
crânio e puxaram o vergalhão de cima para baixo. Se puxassem pelo sentido contrário,
haveria risco levar material contaminado do nariz para dentro do cérebro) e durante todo
o socorro preliminar, para a remoção do corpo estranho - barra, o paciente mostrou-se
consciente e lúcido, sem aparente mudança comportamental Diversos estudioso da
Neurociência viram a imagem da reconstrução da região perfurada, tomando como base
a tomografia, amplamente divulgadas na mídia (figura 1). “Logo nos chama a atenção a
semelhança com o caso Phineas Gage”. Ocorreu uma semelhança atingiu a mesma
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
94
região do cérebro, a área pré-frontal do córtex cerebral (ou córtex pré-frontal) Ver figura
2.
Figura 1: Imagens feitas por tomografia computadorizada, mostrando a região perfurada pela barra no
crânio do operário carioca. A região cerebral afetada foi o córtex pré-frontal. (Imagem extraída de: The
Guardian) Figura 4 – Operário perfurado por vergalhão segue em UTI no Rio
Eduardo Leite apresenta evolução em seu quadro clínico, diz hospital.
No entanto, médicos decidem mantê-lo em observação.
Do G1 RJ
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
95
.
Figura 5 - Homem deu entrada em hospital público do Rio
com vergalhão encravado no crânio (Foto: Marcelo Elizardo/G1)
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
96
Caso clássico I - Paciente Phineas Gage
No ano de 1848, nos EUA, Phineas Gage tinha 25 anos de idade e também era um
operário da construção civil, responsável pela construção de trilhos de trem. O eminente
Neurocientista Antônio Damásio descreve e discute em detalhes o caso do Phineas
Gage em seu excelente livro O Erro de Descartes. Como descrito por Damásio
em seu livro, Gage era respeitado por seus colegas e considerado uma pessoa séria,
competente, astuta, inteligente e persistente na execução dos seus planos de ação.Na
tarde do dia 13 de setembro daquele ano, durante a execução de uma tarefa cotidiana (a
qual ele dominava muito bem), Gage cometeu um raro descuido e provocou uma
explosão de pólvora antes do tempo. Isto impulsionou violentamente uma barra de ferro
que segurava, de mais de um metro de comprimento e com uns 3 cm de diâmetro, que
penetrou sua face esquerda e saiu pelo topo do crânio, indo cair a uns 30 metros de
distância (Figura 3).
Figura 3: Esquerda: Imagens da reconstrução feita a partir das perfurações do crânio do Phineas Gage,
mostrando a provável localização da região perfurada no seu cérebro pela barra. Nota-se que a lesão foi
integralmente dentro do córtex pré-frontal. Meio: O crânio de Phineas Gage e a barra de ferro, no museu
da Faculdade de Medicina de Harvard. Direita: Foto recém-descoberta do Gage segurando sua barra.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
97
O paciente em comento permaneceu consciente e lúcido mesmo logo após o acidente,
respondendo às perguntas do médico e dos colegas e sendo capaz de descrever o
ocorrido com clareza. Sobreviveu à infecção e foi dado como plenamente recuperado
dois meses depois. Ele continuou com o mesmo quociente de inteligência (Q.I.), as
mesmas habilidades motoras, visão, audição, memória etc. Mas, apesar disso, ele teve
uma absurda mudança de personalidade, se tornando uma pessoa muito diferente do que
era antes do acidente! Tornou-se uma pessoa desequilibrada, inconseqüente,
inconveniente, incapaz de planejar e direcionar sua vida. Consideraram a época que se
transformará em “outra pessoa”, uma conversão total de personalidade e
individualidade.
Figura 2: Localização do córtex pré-frontal dentro do crânio
Perdeu o emprego não por perda da competência, mas por se tornar um individuo
sociopata, resultando dessas condutas anti-sociais a perca dos laços de amizade que
tinha antes e não foi mais capaz de estabelecer vínculos afetivos e sociais duradouros,
sem conseguir mais empregos fixos. Chegou a trabalhar como atração pitoresca de
circo, exibindo sua ferida e sua barra. Quem antes era uma pessoa de valores e séria
passou o resto da vida como um individuo socialmente rotulado de “cafajeste,
inconseqüente e indecente”., Etc. Esse caso é clássico para a História da Neurociência
porque serviu de base para a compreensão do envolvimento do cérebro na razão,
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
98
emoção e personalidade, demonstrando o envolvimento do nosso córtex pré-frontal
nessas propriedades cognitivas (provavelmente não foi o primeiro caso na história da
humanidade, mas sim o primeiro a ser estudado mais aprofundadamente).A partir do
caso Gage, a Neurociência aprofundou os estudos e hoje sabemos que o córtex pré-
frontal é responsável por um conjunto de funções cognitivas
denominadas funções executivas. No geral, é o conjunto de processos que nos
permitem planejar, tomar decisões e executar tarefas de forma organizada e
premeditada. Estes processos são a memória de trabalho, o planejamento e organização,
a atenção e concentração, o manejo do tempo, a metacognição (capacidade de “pensar
sobre o pensamento”), as respostas inibitórias, a regulação do afeto, a iniciação de
tarefas e os conceitos morais. Lesões ou disfunções em áreas específicas dentro do pré-
frontal, responsáveis por cada um destes processos, levam a alterações cognitivas
correspondentes, como a perda da inibição do medo (sendo a base dos transtornos de
ansiedade e do pânico), perda das associações morais e do sentimento de culpa (base da
psicopatia), perda da capacidade de antever as conseqüências de uma ação que se
pretende tomar, perda da capacidade de repensar sobre ações tomadas, perda da
capacidade de concentração (sendo base para o déficit de atenção) etc. Um
aspecto interessante sobre o córtex pré-frontal é que é a última região do cérebro
humano e se desenvolver completamente. Isto ocorre só a partir dos 18 anos de idade.
Portanto, o fato de os adolescentes serem normalmente impulsivos, inconsequentes,
rebeldes e desfocados não é mera coincidência! E tem mais: o fato de uma pessoa ficar
agressiva, inconveniente e descontrolada após beber muito álcool também não é mera
coincidência, uma vez que o excesso de álcool tem ação inibitória sobre o pré-frontal.
Em relação ao “PACIENTE CARIOCA” é cedo para saber que seqüelas cognitivo-
comportamentais o operário carioca terá. Mas é possível que tenha alterações
semelhantes às que ocorreram com o Phineas Gage. Podem até ser diferentes, em
função de ter afetado regiões diferentes dentro do pré-frontal, mas é provável que tenha
alguma alteração nas suas funções executivas. Ou então pode não ter seqüela alguma,
uma vez que o sistema nervoso é plástico e tem a capacidade de se reestruturar para
recuperar danos.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
99
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
100
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
101
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
102
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
103
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
104
Atualizado em 30/08/2012 - Eduardo Leite recebeu alta e deixou o Hospital Miguel
Couto no fim da manhã desta quinta (30). Em entrevista, ele disse que não via hora de
voltar pra casa e ficar com a esposa e filhos. Segundo diretor do hospital, Eduardo ainda
vai ter acompanhamento médico. Confira no vídeo abaixo.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
105
DEFICIÊNCIAS COGNITIVAS.
No meu livro Tomo II – Volume I, apontei ao público a minha linha de objetivos em
matéria de pesquisa no campo do Mapeamento Cerebral, apresentado da forma seguinte:
“Assim podemos direcionar nossa tese futura no sentido
de definir a DEFICIÊNCIA INTELECTUAL como um
conjunto de síndromes que incorpora a incapacidade
funcional neurotramissora limitada, com ou sem
incapacidade clínica. Sendo que ela está presente em
deficiências mental funcional do processo de cognição, e
que se classifica como leve. Entre o conjunto de
síndromes classificadas dentro da Deficiência Intelectual
temo: DÉCIFIT DE ATENÇÃO E DESORDEM (ADD)
DISLEXIA (DIFICULDADE EM LEITURA)
DISCALCULIA (DIFICULDADE DE
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
106
APRENDIZAGEM), dificuldades na: MEMÓRIA;
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS; ATENÇÃO;
COMPREENSÃO VERBAL, DE LEITURA E
LINGÜÍSTICA; COMPREENSÃO MATEMÁTICA E
COMPREENSÃO VISUAL”
Professor César Venâncio – Pesquisador
Tenho participado de diversas discussões no campo dos estudos do Mapeamento
Cerebral. O livro e-book acima citado foi oficialmente liberado em 11 de setembro de
2012, e publicado nos sites das Universidades do projeto OWC em 30 de agosto do ano
corrente. De 30 de agosto a 12 de setembro do ano em curso, foram baixadas
5.000(cinco mil) unidades cópias. E no site foram postados diversos questionamentos
relativos à base cientifica para a formação da “TEORIA DA DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL” proposta pelo autor. O pesquisador científico seja no mestrado ou no
doutorado, deve ter a cautela na fundamentação teórica e prática de seus estudos. Assim,
começo no marco referencial teórico, tomando como base os autores neuropsiquiátricos
internacionalmente consagrados KAPLAN, Haroldo I; SADOC, Benjamin J. e GREB,
Jack A(Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica – 7 ed. – Porto
Alegre: Artmed, 1997)para iniciar a discussão que me fundamenta para no futuro se firma
na pretensão de...
(...) direcionar nossa tese futura no sentido de definir a
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL como um conjunto de
síndromes que incorpora a incapacidade funcional
neurotramissora limitada, com ou sem incapacidade
clínica...
Nesse contexto existe uma complexidade na compreensão e interpretação dos quadros:
Transtornos de Aprendizagem; Transtornos de leitura; Transtornos da matemática;
Transtornos da expressão escrita e transtornos da aprendizagem. Principalmente se
analisarmos a linha do tempo no DSM-III, e comparar o CID-10 com o DSM-IV.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
107
Classificação internacional de doenças.
DA CID-10
A CID é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e é usada globalmente
para estatísticas de morbilidade e de mortalidade, sistemas de reembolso e de decisões
automáticas de suporte em medicina. O sistema foi desenhado para permitir e promover
a comparação internacional da colecção, processamento, classificação e apresentação do
tipo de estatísticas supra-citado. ICD A CID é uma classificação base da Família
Internacional de Clasificações da OMS (WHO-FIC). A CID é revista periodicamente e
encontra-se, à data (Novembro de 2006), na sua décima edição. A CID-10, como é
conhecida, foi desenvolvida em 1992 para registar as estatísticas de mortalidade.
Actualizações anuais (menores) e tri-anuais (maiores) são publicadas pela OMS.
Abordei em capítulos anteriores dos Tomos I e II, comentários em torno do CID-10. A
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com
a Saúde, frequentemente designada pela sigla CID (em inglês: International
Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems - ICD) fornece
códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais,
sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para
ferimentos ou doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à qual
corresponde um código, que contém até 6 caracteres. Tais categorias podem incluir um
conjunto de doenças semelhantes. Observe que o CID-10 não agrega valores descritivos
em relação as síndromes. Porém ressalva a possibilidade hermeneutica de sua existência
quando afirma em definação que... “categorias podem incluir um conjunto de doenças
semelhantes”. Atenção na hora da interpretação de quadros clínicos
médicos que podem refletir em condutas de ação psicopedagógica, por
exemplo, no caso do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
(TDAH), que é uma Síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e
impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos dois
contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho). Entre 3% e 6% das
crianças em fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno. Entre 30 a 50% dos
casos persistem até a idade adulta . Sua causa, o diagnóstico, sua utilização para
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
108
justificar mal desempenho acadêmico e o grande número de tratamentos desnecessários
com anfetaminas geram polêmica desde a década de 70. Na Classificação Internacional
de Doenças da OMS mais recente (CID-10) é classificado como um Transtorno
Hipercinético(Organização Mundial de Saúde. Classificação e Transtornos Mentais e de
Comportamento da CID-10: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Editora Artes
Médicas; 1993; TDAH:Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento. Portal Banco de Saúde. 2009. TDAH
Guia Completo; Rohde LA e Halpern. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. R.Jornal de
Pediatria - Vol. 80, Nº2(supl), 2004.); Distúrbio do déficit de atenção sem
hiperatividades. - O ADHD-I ou ADHD-PI é um dos três subtipos de transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), ou "Mal de Klosouski". Esse transtorno é
algumas vezes chamado apenas de distúrbio de déficit de atenção pelo público em geral,
mas esse termo foi modificado em 1994 pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de
Desordens Mentais (DSM-IV), quarta edição; Dificuldades de aprendizagem por
vezes referida como desordem de aprendizagem ou transtorno de aprendizagem, é um
tipo de desordem pela qual um indivíduo apresenta dificuldades em aprender
efetivamente. A desordem afeta a capacidade do cérebro em receber e processar
informação e pode tornar problemático para um indivíduo o aprendizado tão rápido
quanto o de outro, que não é afetado por ela. Observe que no tomo dois se abordou
descrições anatomicas do ouvido, dos olhos, e nesse se detalhou áreas do cérebro
envolvidos com a visão e captação externa de linguagem simbólica. Uma das perguntas
expostas no site de uma das universidades que detem a cópia para reproduzir, dessa
obra, foi: POR QUE EU EDUCADOR PRECISO CONHECER
ANATOMIA E FISIOLOGIA EM DETALHES PARA MELHOR
ASSISTIR MEU ALUNADO? Se o ilustre educador estive diante de um
quadro de dificuldades de aprendizagem, para interagir é importante ter noções de
neurociência. Pois no quadro de Dificuldades de Aprendizagem envolvem muitas
áreas de percepção, entre as quais: discriminação visual ou auditiva; percepção das
diferenças em ambos as vistas ou ouvidos; impedimento visual ou auditivo;
preenchimento da falta de peças de imagens ou sons; discriminação figura-fundo
visual ou auditiva; focalização de um objeto, ignorando os seus antecedentes;
memória visual ou auditiva, nem a curto nem a longo prazo; sequenciamento visual
ou auditivo; colocação do que é visto ou ouvido na ordem certa; associação e
compreensão auditiva; relacionamento do que é ouvido a outras coisas, incluindo
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
109
definições de palavras e significados de sentenças; percepção espacial;
lateralidade (acima e abaixo, entre, dentro e fora) e posicionamento no espaço;
percepção temporal; intervalos de tempo de processamento da ordem de
milissegundos, fundamental para o desenvolvimento da fala de transformação;
incapacidade de Aprendizado Não-Verbal ("Nonverbal Learning Disability");
processamento de sinais não-verbais em interações sociais, etc; Discalculia -
Discalculia, não deve se confundir com acalculia, pois essa é definido como sendo uma
desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender
e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit de percepção
visual. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à
inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por
alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para
conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas. Isso
ocorre porque o cérebro cria uma “competição” entre recordar os dados antigos e os
novos que estão vinculados à mesma coisa, relatam pesquisadores de Yale e Stanford na
última edição de “The Proceedings of the National Academy of Sciences” – Ver
tomografia – DISCALCULIA – (IMAGEM 1). É uma inabilidade menos conhecida,
bem como e potencialmente relacionada a dislexia e a dispraxia. A discalculia ocorre
em pessoas de qualquer nível de QI, mas significa que têm frequentemente problemas
específicos com matemática, tempo, medida, etc. Discalculia (em sua definição mais
geral) não é rara. Muitas daquelas com dislexia ou dispraxia tem discalculia também.
Há também alguma evidência para sugerir que este tipo de distúrbio é parcialmente
hereditario. A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e do Latin (calculare, contar)
formando: contando mal. Essa palavra calculare vem, por sua vez, de cálculo, que
significa o seixo ou um dos contadores em um ábaco. Discalculia é um
impedimento da matemática que vá adiante junto com um número de
outras limitações, tais como a introspecção espacial, o tempo, a
memória pobre, e os problemas de ortografia. Há indicações de que é um
impedimento congênito ou hereditário, com um contexto neurológico. Discalculia
atinge crianças e adultos. Discalculia pode ser detectada em uma idade nova e medidas
podem ser tomadas para facilitar o enfrentamento dos problemas dos estudantes mais
novos. O problema principal está em compreender que o problema não é a matemática e
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
110
sim a maneira que é ensinada às crianças. O modo que a dislexia pode ser tratada de
usar uma aproximação ligeiramente diferente a ensinar. Entretanto, a discalculia é o
menos conhecida destes tipos de desordem de aprendizagem e assim não é reconhecida
frequentemente; Dislalia- A dislalia (grego dys + lexia) é um distúrbio da fala,
caracterizado pela dificuldade em articular as palavras. Basicamente consiste na má
pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema
por outro ou ainda distorcendo-os ordenadamente. A falha na emissão das palavras pode
ainda ocorrer em fonemas ou sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem
em omissão, substituição ou deformação dos fonemas. De modo geral, a palavra do
dislálico é fluida, embora possa ser até ininteligível, podendo o desenvolvimento da
linguagem ser normal ou levemente retardado. Não se observam transtornos no
movimento dos músculos que intervêm na articulação e emissão da palavra. Dificuldade
na linguagem oral, que pode interferir no aprendizado da escrita. A criança omite, faz
substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos: Omissão: não
pronuncia sons - "omei" = "tomei"; Substituição: troca alguns sons por outros - "balata"
= "barata"; Acréscimo: introduz mais um som - "Atelântico" = "Atlântico"; Dislexia-
Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da
linguagem escrita expressiva.Esta dificuldade pode ocorrer associada ou não a
dificuldade de leitura, isto é, a dislexia.Considera-se que 90% das disortografias têm
como causa um atraso de linguagem; estas são consideradas disortografias verdadeiras.
Os 10% restantes têm como causa uma disfunção neuro-fisiológica; .Disortografia-
Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da
linguagem escrita expressiva.Esta dificuldade pode ocorrer associada ou não a
dificuldade de leitura, isto é, a dislexia.Considera-se que 90% das disortografias têm
como causa um atraso de linguagem; estas são consideradas disortografias verdadeiras.
Os 10% restantes têm como causa uma disfunção neuro-fisiológica.
http://wwwpsicopedagogiadceuvarmf.blogspot.com.br/2008/04/cid-10-classificao-estatstica.html
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
111
DO DSM-IV.
TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM - DSM.IV
A seção sobre Transtornos da Aprendizagem inclui:
1 - Transtorno da Leitura;
2 - Transtorno da Matemática;
3 - Transtorno da Expressão Escrita e;
4 - Transtorno da Aprendizagem Sem Outra
Especificação.
Os Transtornos da Aprendizagem são diagnosticados quando os resultados do indivíduo
em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou
expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para sua idade,
escolarização e nível de inteligência. Os problemas de aprendizagem interferem
significativamente no rendimento escolar ou nas atividades da vida diária que exigem
habilidades de leitura, matemática ou escrita. Variados enfoques estatísticos podem ser
usados para estabelecer que uma discrepância é significativa. Substancialmente abaixo
da média em geral define uma discrepância de mais de 2 desvios-padrão entre
rendimento e QI. Uma discrepância menor entre rendimento e QI (isto é, entre 1 e 2
desvios-padrão) ocasionalmente é usada, especialmente em casos onde o desempenho
de um indivíduo em um teste de QI foi comprometido por um transtorno associado no
processamento cognitivo, por um transtorno mental comórbido ou condição médica
geral, ou pela bagagem étnica ou cultural do indivíduo. Em presença de um déficit
sensorial, as dificuldades de aprendizagem podem exceder aquelas habitualmente
associadas com o déficit. Os Transtornos da Aprendizagem podem persistir até a idade
adulta.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
112
Características e Transtornos Associados.
Desmoralização, baixa auto-estima e déficits nas habilidades sociais podem estar
associados com os transtornos da aprendizagem. A taxa de evasão escolar para crianças
ou adolescentes com Transtornos da Aprendizagem é de aproximadamente 40% (cerca
de 1,5 vezes a média). Os adultos com Transtornos da Aprendizagem podem ter
dificuldades significativas no emprego ou no ajustamento social. Muitos indivíduos (10-
25%) com Transtorno da Conduta, Transtorno Desafiador Opositivo, Transtorno de
Déficit de Atenção / Hiperatividade, Transtorno Depressivo Maior ou Transtorno
Distímico também têm Transtornos da Aprendizagem. Existem evidências de que
atrasos no desenvolvimento da linguagem podem ocorrer em associação com os
Transtornos da Aprendizagem (particularmente Transtorno da Leitura), embora esses
atrasos possam não ser suficientemente severos para indicarem o diagnóstico adicional
de Transtorno da Comunicação. Os Transtornos da Aprendizagem também podem estar
associados com uma taxa superior de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação.
Anormalidades subjacentes do processamento cognitivo (por exemplos., déficits
na percepção visual, processos lingüísticos, atenção, memória ou uma
combinação destes) freqüentemente precedem ou estão associadas com os
Transtornos da Aprendizagem . Os testes estandardizados para a medição desses
processos em geral são menos confiáveis e válidos do que outros testes
psicopedagógicos. Embora predisposição genética, danos perinatais e várias
condições neurológicas ou outras condições médicas gerais possam estar associados
com o desenvolvimento dos Transtornos da Aprendizagem, a presença dessas condições
não o prediz, invariavelmente, e existem muitos indivíduos com Transtornos da
Aprendizagem sem essa história. Esses transtornos, entretanto, freqüentemente são
encontrados em associação com uma variedade de condições médicas gerais (por
exemplos, envenenamento por chumbo, síndrome alcoólica fetal ou síndrome do X
frágil).
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
113
Características Específicas à Cultura.
O profissional da Psicopedagogia, do AEE e da Educação Especial, devem assegurar-se
de que os procedimentos de testagem da inteligência refletem uma atenção adequada à
bagagem étnica ou cultural do indivíduo. Isto geralmente pode ser conseguido com o
uso de testes nos quais as características relevantes do indivíduo são representadas na
amostra de estandardização do teste ou pelo emprego de um examinador familiarizado
com aspectos da bagagem étnica ou cultural do indivíduo. A testagem individualizada
sempre é necessária, para fazer o diagnóstico de Transtornos da Aprendizagem.
Prevalência.
Estimativas da prevalência dos Transtornos da Aprendizagem variam de 2 a 10%,
dependendo da natureza da averiguação e das definições aplicadas. Um Transtornos da
Aprendizagem é identificado em aproximadamente 5% dos estudantes de escolas
públicas americanas.
Diagnóstico Diferencial.
Os Transtornos da Aprendizagem devem ser diferenciados das variações normais na
realização acadêmica e das dificuldades escolares devido à falta de oportunidades,
ensino fraco ou fatores culturais. A escolarização inadequada pode resultar em fraco
desempenho em testes estandardizados de rendimento escolar. Crianças de bagagens
étnicas ou culturais diferentes daquelas dominantes na cultura da escola ou cuja língua
materna não é a língua do país, bem como crianças que freqüentaram escolas com
ensino inadequado, podem ter fraca pontuação nesses testes. As crianças com essas
mesmas bagagens também podem estar em maior risco para faltas injustificadas à
escola, em virtude de doenças mais freqüentes ou ambientes domésticos empobrecidos
ou caóticos. Um prejuízo visual ou auditivo pode afetar a capacidade de aprendizagem
e deve ser investigado, por meio de testes de triagem audiométrica ou visual. Um
Transtornos da Aprendizagem pode ser diagnosticado na presença desses déficits
sensoriais apenas quando as dificuldades de aprendizagem excedem aquelas
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
114
habitualmente associadas aos mesmos. As condições médicas gerais ou neurológicas
concomitantes devem ser codificadas no Eixo III.
O RETARDO MENTAL.
No Retardo Mental, as dificuldades de aprendizagem são proporcionais ao prejuízo
geral no funcionamento intelectual. Entretanto, em alguns casos de Retardo Mental
Leve, o nível de realização na leitura, matemática ou expressão escrita está
significativamente abaixo dos níveis esperados, dadas a escolarização e a gravidade do
Retardo Mental do indivíduo. Nesses casos, aplica-se o diagnóstico adicional de
Transtornos da Aprendizagem. Um diagnóstico adicional de Transtornos da
Aprendizagem deve ser feito no contexto de um Transtorno Invasivo do
Desenvolvimento apenas quando o prejuízo escolar estiver significativamente abaixo
dos níveis esperados, levando em conta o funcionamento intelectual e a escolarização
do indivíduo. Em indivíduos com Transtornos da Comunicação, o funcionamento
intelectual pode precisar ser avaliado por medições estandardizadas da capacidade
intelectual não-verbal. Em casos nos quais o rendimento escolar estiver
significativamente abaixo desta medida de capacidade, aplica-se diagnóstico de
Transtornos da Aprendizagem. O Transtorno da Matemática e o Transtorno da
Expressão Escrita ocorrem, com maior freqüência, em combinação com o Transtorno da
Leitura. Quando são satisfeitos os critérios para mais de um Transtornos da
Aprendizagem, todos devem ser diagnosticados.
(NA CID.10 É F81.0) 315.00 TRANSTORNO DA LEITURA - DSM.IV
A característica essencial do Transtorno da Leitura consiste em um rendimento da
leitura (isto é, correção, velocidade ou compreensão da leitura, medidas por testes
padronizados administrados individualmente) substancialmente inferior ao esperado
para a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade do indivíduo (Critério
A). A perturbação da leitura interfere significativamente no rendimento escolar ou em
atividades da vida cotidiana que exigem habilidades de leitura (Critério B). Na presença
de um déficit sensorial, as dificuldades de leitura excedem aquelas habitualmente a este
associadas (Critério C). Caso estejam presentes uma condição neurológica, outra
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
115
condição médica geral ou outro déficit sensorial, estes devem ser codificados no Eixo
III. Em indivíduos com Transtorno da Leitura (também chamado "dislexia"), a leitura
oral caracteriza-se por distorções, substituições ou omissões; tanto a leitura em voz alta
quanto a silenciosa caracterizam-se por lentidão e erros na compreensão.
Características e Transtornos Associados.
Revisar a literatura exposta em relação as "Características e Transtornos Associados"
referente aos Transtornos da Aprendizagem. É importante para a conexão do texto
seguinte. O Transtorno da Matemática e o Transtorno da Expressão Escrita em geral
estão associados ao Transtorno da Leitura, sendo relativamente rara a apresentação de
qualquer destes transtornos na ausência do Transtorno da Leitura.
Características Específicas ao Gênero.
Dos indivíduos diagnosticados com Transtorno da Leitura, 60 a 80% são do sexo
masculino. Os procedimentos de encaminhamento podem com freqüência apresentar a
tendência à identificação de indivíduos do sexo masculino, uma vez que estes exibem,
com maior freqüência, os comportamentos diruptivos associados aos Transtornos da
Aprendizagem. O transtorno ocorre em proporções mais equilibradas entre ambos os
sexos quando se empregam cuidadosa determinação diagnóstica e critérios rígidos, ao
invés dos procedimentos tradicionais de encaminhamento realizados por escolas.
Prevalência.
A prevalência do Transtorno da Leitura é difícil de estabelecer, pois muitos estudos se
concentram na prevalência dos Transtornos da Aprendizagem, sem uma cuidadosa
separação em transtornos específicos da Leitura, Matemática ou Expressão Escrita. O
Transtorno da Leitura, sozinho ou em combinação com o Transtorno da Matemática ou
Transtorno da Expressão Escrita, responde por aproximadamente quatro em cada cinco
casos de Transtorno da Aprendizagem. A prevalência do Transtorno da Leitura nos
Estados Unidos encontra-se em torno de 4% entre as crianças em idade escolar,
conforme estimativas. Estatísticas inferiores da incidência e prevalência do Transtorno
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
116
da Leitura podem ser encontradas em outros países nos quais são usados critérios mais
rígidos.
Curso e Evolução do problema.
Embora os sintomas de dificuldade de leitura (por exemplos, incapacidade de
distinguir entre letras comuns ou de associar fonemas comuns com as
letras) possam ocorrer já na pré-escola, o Transtorno da Leitura raramente é
diagnosticado antes do final desta ou no início da primeira série, já que a instrução
formal da leitura geralmente não se inicia até este ponto na maioria dos contextos
escolares. Particularmente quando o Transtorno da Leitura está associado com alto QI,
a criança pode funcionar adequadamente ou quase tão bem quanto seus colegas durante
os primeiros anos escolares, podendo o Transtorno da Leitura não se manifestar
totalmente até a quarta série ou depois dela. Com a identificação e intervenção precoces,
o prognóstico é bom em uma percentagem significativa dos casos. O Transtorno da
Leitura pode persistir até a idade adulta.
Padrão Familial.
O Transtorno da Leitura apresenta agregação familial, tendo maior prevalência entre
parentes biológicos em primeiro grau de indivíduos com Transtornos da Aprendizagem.
Diagnóstico Diferencial.
Recomendo a releitura do procedimento para compreensão do "Diagnóstico
Diferencial" relativa aos Transtornos da Aprendizagem .
Critérios Diagnósticos para F81.0 - 315.00 Transtorno da Leitura.
A. O rendimento da leitura, medido por testes padronizados,
administrados individualmente, de correção ou compreensão da
leitura, está acentuadamente abaixo do nível esperado, considerando
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
117
a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade
apropriada à idade do indivíduo.
B. A perturbação no Critério A interfere significativamente no
rendimento escolar ou atividades da vida diária que exigem
habilidades de leitura.
C. Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades de leitura
excedem aquelas geralmente a este associadas.
Nota para a codificação: Se uma condição médica geral (por exemplo, neurológica)
estiver presente, codificá-la no Eixo III. Surge então uma questão do profissional não
médico. Se o ato médico é do médico, só ele pode identificar e coodificar. Errado, ao
entender um procedimento operacional especificado no CID-10 ou DSM-IV, o educador
ou profissional não médico, poderá intervir em programas de reabilitação pedagógica ou
psicopedagógica. Pois não haverá intervenção clínica. Não se medica nem prescreve
ações privativas do médico. Facilita até o encaminhamento para a confirmação ou
negação do laudo sugerido.
(NA CID.10 É F81.2) 315.1 TRANSTORNO DA MATEMÁTICA -
DSM.IV.
A característica essencial do Transtorno da Matemática consiste em uma capacidade
para a realização de operações aritméticas (medida por testes padronizados,
individualmente administrados, de cálculo e raciocínio matemático) acentuadamente
abaixo da esperada para a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade do
indivíduo (Critério A). A perturbação na matemática interfere significativamente no
rendimento escolar ou em atividades da vida diária que exigem habilidades matemáticas
(Critério B). Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades na capacidade
matemática excedem aquelas geralmente a este associadas (Critério C). Caso esteja
presente uma condição neurológica, outra condição médica geral ou déficit sensorial,
isto deve ser codificado no Eixo III. Diferentes habilidades podem estar prejudicadas no
Transtorno da Matemática, incluindo habilidades "lingüísticas" (por exemplos.,
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
118
compreender ou nomear termos, operações ou conceitos matemáticos e transpor
problemas escritos em símbolos matemáticos), habilidades "perceptuais" (por
exemplos,. reconhecer ou ler símbolos numéricos ou aritméticos e agrupar objetos em
conjuntos), habilidades de "atenção" (por exemplos., copiar corretamente números ou
cifras, lembrar de somar os números "levados" e observar sinais de operações) e
habilidades "matemáticas" (por exemplos., seguir seqüências de etapas matemáticas,
contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação).
Características e Transtornos Associados.
Rever o texto vinculado a seção "Características e Transtornos Associados" referente
aos Transtornos da Aprendizagem. O Transtorno da Matemática em geral é encontrado
em combinação com o Transtorno da Leitura ou o Transtorno da Expressão Escrita.
Prevalência.
A prevalência do Transtorno da Matemática é difícil de estabelecer, uma vez que muitos
estudos se concentram na prevalência dos Transtornos da Aprendizagem, sem o cuidado
de separar transtornos específicos da Leitura, Matemática ou Expressão Escrita. A
prevalência do Transtorno da Matemática isoladamente (isto é, quando não encontrado
em associação com outros Transtornos da Aprendizagem) é estimada como sendo de
aproximadamente um em cada cinco casos de Transtorno da Aprendizagem. Estima-se
que 1% das crianças em idade escolar têm Transtorno da Matemática.
Curso e Evolução do problema.
Embora os sintomas de dificuldade na matemática (por exemplos, confusão para
conceitos numéricos ou incapacidade de contar corretamente) possam aparecer já na
pré-escola ou primeira série, o Transtorno da Matemática raramente é diagnosticado
antes do final da primeira série, uma vez que ainda não ocorreu suficiente instrução
formal em matemática até este ponto na maioria dos contextos escolares. O transtorno
em geral torna-se visível durante a segunda ou terceira série. Particularmente quando o
Transtorno da Matemática está associado com alto QI, a criança pode ser capaz de
funcionar no mesmo nível ou quase no mesmo nível que seus colegas da mesma série,
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
119
podendo o Transtorno da Matemática não ser percebido até a quinta série ou depois
desta.
Diagnóstico Diferencial.
Rever a literatura "Diagnóstico Diferencial" relativa aos Transtornos da Aprendizagem.
Critérios Diagnósticos para F81.2 - 315.1 Transtorno da Matemática .
A. A capacidade matemática, medida por testes padronizados,
individualmente administrados, está acentuadamente abaixo do nível
esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e
a escolaridade apropriada à idade do indivíduo.
B. A perturbação no Critério A interfere significativamente no
rendimento escolar ou atividades da vida diária que exigem
habilidades em matemática.
C. Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades na
capacidade matemática excedem aquelas geralmente a este
associadas.
Cabe aqui a mesma referência seguinte: Nota para a codificação: Se uma condição
médica geral (por exemplo, neurológica) estiver presente, codificá-la no Eixo III. Surge
então uma questão do profissional não médico. Se o ato médico é do médico, só ele
pode identificar e coodificar. Errado, ao entender um procedimento operacional
especificado no CID-10 ou DSM-IV, o educador ou profissional não médico, poderá
intervir em programas de reabilitação pedagógica ou psicopedagógica. Pois não haverá
intervenção clínica. Não se medica nem prescreve ações privativas do médico. Facilita
até o encaminhamento para a confirmação ou negação do laudo sugerido.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
120
(NA CID.10 É F81.8) 315.2 TRANSTORNO DA EXPRESSÃO
ESCRITA - DSM.IV
A característica diagnóstica essencial do Transtorno da Expressão Escrita consiste de
habilidades de escrita (medidas por um teste padronizado individualmente administrado
ou avaliação funcional das habilidades de escrita) acentuadamente abaixo do nível
esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade
apropriada à idade do indivíduo (Critério A). A perturbação na expressão escrita
interfere significativamente no rendimento escolar ou nas atividades da vida diária que
exigem habilidades de escrita (Critério B). Em presença de um déficit sensorial, as
dificuldades nas habilidades de escrita excedem aquelas geralmente a este associadas
(Critério C). Caso esteja presente uma condição neurológica, outra condição médica
geral ou déficit sensorial, isto deve ser codificado no Eixo III. Geralmente existe uma
combinação de dificuldades na capacidade do indivíduo de compor textos escritos,
evidenciada por erros de gramática e pontuação dentro das frases, má organização dos
parágrafos, múltiplos erros ortográficos e caligrafia excessivamente ruim. Este
diagnóstico em geral não é dado quando existem apenas erros ortográficos ou fraca
caligrafia, na ausência de outros prejuízos na expressão escrita. Em comparação com
outros Transtornos da Aprendizagem, sabe-se relativamente menos acerca dos
Transtorno da Expressão Escrita e sobre seu tratamento, particularmente quando
ocorrem na ausência de Transtorno da Leitura. À exceção da ortografia, os testes
padronizados nesta área são menos acuradamente desenvolvidos do que os testes de
leitura ou capacidade matemática, podendo a avaliação do prejuízo nas habilidades
escritas exigir uma comparação entre amostras amplas do trabalho escolar escrito do
indivíduo e o desempenho esperado para sua idade e QI. Este é especialmente o caso de
crianças pequenas, das séries escolares iniciais. Tarefas nas quais a criança é solicitada a
copiar, escrever um ditado e escrever espontaneamente podem ser necessárias para o
estabelecimento da presença e extensão deste transtorno.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
121
Características e Transtornos Associados.
Rever a literatura "Características e Transtornos Associados" relativa aos Transtornos
da Aprendizagem. O Transtorno da Expressão Escrita em geral é encontrado em
combinação com Transtorno da Leitura ou Transtorno da Matemática. Existem algumas
evidências de que déficits de linguagem e percepto-motores podem acompanhar este
transtorno.
Prevalência.
A prevalência do Transtorno da Expressão Escrita é difícil de estabelecer, uma vez que
muitos estudos se concentram na prevalência dos Transtornos da Aprendizagem em
geral, sem ter o cuidado de separar transtornos específicos da leitura, matemática ou
expressão escrita. O Transtorno da Expressão Escrita é raro, quando não associado a
outros Transtornos da Aprendizagem.
Curso e Evolução do problema.
Embora as dificuldades na escrita (por exemplo., caligrafia ou capacidade de copiar
particulamente fracas ou incapacidade de recordar seqüências de letras em palavras
comuns) possam aparecer já na primeira série escolar, o Transtorno da Expressão
Escrita raramente é diagnosticado antes do final da mesma, uma vez que a instrução
formal da escrita habitualmente ainda não ocorreu até este ponto na maioria dos
contextos escolares. O transtorno em geral é visível na segunda série. O Transtorno da
Expressão Escrita ocasionalmente pode ser visto em crianças mais velhas ou em
adultos, e pouco se sabe sobre seu prognóstico a longo prazo.
Diagnóstico Diferencial
Rever a literatura pertinente a "Diagnóstico Diferencial" relativa aos Transtornos da
Aprendizagem.. Um transtorno apenas de ortografia ou caligrafia, na ausência de outras
dificuldades da expressão escrita, em geral não se presta a um diagnóstico de Transtorno
da Expressão Escrita. Quando a má caligrafia se deve a um prejuízo na coordenação
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
122
motora, cabe considerar um diagnóstico de Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA F81.8 - 315.2 TRANSTORNO
DA EXPRESSÃO ESCRITA.
A. As habilidades de escrita, medidas por testes padronizados,
individualmente administrados (ou avaliações funcionais das
habilidades de escrita), estão acentuadamente abaixo do nível
esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a
escolaridade apropriada à idade do indivíduo.
B. A perturbação no Critério A interfere significativamente no
rendimento escolar ou atividades da vida diária que exigem a
composição de textos escritos (por ex., escrever frases
gramaticalmente corretas e parágrafos organizados).
C. Em presença de um déficit sensorial, as dificuldades nas
habilidades de escrita excedem aquelas habitualmente a este
associadas.
Nota para a codificação: Se uma condição médica geral (por exemplo., neurológica) ou
déficit sensorial estiverem presentes, codificar no Eixo III. Cabe aqui a recomendação já
amplamente transcrita, e que repito: Surge então uma questão do profissional não
médico. Se o ato médico é do médico, só ele pode identificar e coodificar. Errado, ao
entender um procedimento operacional especificado no CID-10 ou DSM-IV, o educador
ou profissional não médico, poderá intervir em programas de reabilitação pedagógica ou
psicopedagógica. Pois não haverá intervenção clínica. Não se medica nem prescreve
ações privativas do médico. Facilita até o encaminhamento para a confirmação ou
negação do laudo sugerido.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
123
(NA CID.10 É F81.9) - 315.9 TRANSTORNO DA APRENDIZAGEM
SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO
Esta categoria envolve os transtornos da aprendizagem que não satisfazem os critérios
para qualquer Transtorno da Aprendizagem específico, podendo incluir problemas em
todas as três áreas (leitura, matemática, expressão escrita) que, juntos, interferem
significativamente no rendimento escolar, embora o desempenho nos testes que medem
cada habilidade isoladamente não esteja acentuadamente abaixo do nível esperado,
considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade apropriada à
idade do indivíduo. Esta categoria envolve os transtornos da aprendizagem que não
satisfazem os critérios para qualquer Transtorno da Aprendizagem específico, podendo
incluir problemas em todas as três áreas (leitura, matemática, expressão escrita) que,
juntos, interferem significativamente no rendimento escolar, embora o desempenho nos
testes que medem cada habilidade isoladamente não esteja acentuadamente abaixo do
nível esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a escolaridade
apropriada à idade do indivíduo. Recomendo promover exercícios práticos de
interpretação com seus alunos no AEE, na Educação Especial e nos casos de dúvidas
provavéis de existência de conduta que se encaixa nos quadros acima descritos.
ASPECTOS DA BAGAGEM ÉTNICA OU CULTURAL DO
INDIVÍDUO.
O ser humano resulta de vários elementos condicionantes, e sua formação como pessoa
será influenciada pelas condições sociais, econômicas, políticas e históricas as quais
está inserido. As objetividades das relações sociais se impõem sobre as relações
humanas, pois o ser humano vive em conseqüência de vários elementos condicionantes,
que o levam a ser o que aparenta ser; mas também lhe fazem ser o que é. Isso implica
necessariamente em indivíduos diferentes uns dos outros. (CAMPOS, Ricardo Bruno
Cunha. Sociedades Complexas: indivíduo, cultura e individualismo. Revista Eletrônica
de Ciências Sociais, n. 7, p. 8-22, set. 2004). Dentre as várias instituições onde os
indivíduos estão inseridos, a escola é uma das mais importantes e responsáveis pela
construção da identidade. É na escola que os indivíduos entram em contato com as
diferenças que os constituem como indivíduos únicos. A identidade é construída à
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
124
medida que os sistemas de significação e representação cultural se ampliam permitindo
ao indivíduo localizar-se de diferentes formas na sociedade. (NASCIMENTO, Margaret
Dias do. OLBZYMEK, Marilda Regiane. Ética na Educação Escolar. Revista de
Divulgação Científica do ICPG, v. 3, n.10, jan./jun. 2007)O termo estigma surgiu na
Grécia e era utilizado para se referir a sinais corporais que evidenciavam algo mau sobre
o status moral de quem os apresentava. Esses sinais serviam para avisar que a pessoa
marcada era um escravo um criminoso ou um traidor. Atualmente o termo estigma é
utilizado de maneira semelhante ao sentido literal original, e
caracteriza o indivíduo que está inabilitado para a aceitação social
plena. (GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade
deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1988. 158 p)A própria
sociedade estabelece os meios de categorizar as pessoas e os atributos considerados
comuns para elas. Ao conhecer uma pessoa, os primeiros aspectos permitem observados
permitem prever a sua "identidade social". Com isso, muitas vezes lhes são imputadas
características que nem sempre são reais. Muitas vezes podem surgir evidências de que
a outra pessoa possui um atributo que o torna diferente dos outros. Esse indivíduo pode
deixar de ser considerado em sua plenitude e pode ser reduzido, até mesmo, a uma
pessoa inferior. Tal característica é um estigma, principalmente quando seu efeito de
descrédito é grande, muitas vezes considerado até como um defeito. (GOFFMAN,
1988). O processo de estabelecimento das relações humanas provoca problemas práticos
entre os indivíduos. Entretanto, as decisões e as ações a serem tomadas baseiam-se na
em escolhas que extrapolam a própria vontade individual e afetam aqueles que sofrerão
as conseqüências desta ação. Diante desses problemas práticos do cotidiano, os
indivíduos terão uma forma de se comportar e que pode se caracterizada pelo conceito
de moral. Existem ainda, juízos que aprovam ou desaprovam moralmente estes mesmos
comportamentos ou atos. Assim, pode-se afirmar que a moral regula os valores
considerados genuínos por uma determinada sociedade, cultura e época, não sendo,
portanto, universalista. O que pode ser moralmente aceitável para um indivíduo, pode
não ser para o outro. (VAZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. (Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1996) A regulação individual ou grupal não satisfaz a necessidade de
referência a princípios básicos extensíveis a toda a humanidade, justamente por não ser
universal não se aplica a todos os povos, nem fornece a compreensão racional do real e
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
125
efetivo comportamento humano. Estas exigências são alcançadas somente pelas
condutas éticas, e esta não basta apenas como teoria, é preciso que cada indivíduo
incorpore princípios éticos e os utilizem na prática da vida cotidiana. (NALINI, José
Renato. Ética geral e profissional. (São Paulo: Editora da Revista dos Tribunais, 1997).
Com base nas discussões realizadas através da literatura analisada pode-se constatar que
os processos de discriminação e estigmatização são inerentes ao ambiente educacional
típico de uma sociedade competitiva e produtivista. A escola está inserida em um
modelo de sociedade multicultural que não respeita as diferenças. Os indivíduos com
características vulneráveis não conseguem escapar do estigma a eles imposto, bem
como da discriminação que sofrem. A própria sociedade estabelece modelos
padronizados de indivíduos e busca estabelecer quais são os atributos considerados
“normais” conforme o padrão sócio-histórico cultural vigente. Cria-se um modelo social
do indivíduo que nem sempre corresponde à realidade. Alguém que pertença a uma
categoria com atributos diferentes ou incomuns, é pouco aceito pelo grupo social e até
mesmo discriminado. O indivíduo em condição de vulnerabilidade pode não ser
considerado em sua totalidade e sua capacidade de ação e de transformação, tornando-se
assim ameaçado e podendo até mesmo, limitar o desenvolvimento de suas
potencialidades. A escola pode tanto reforçar como combater estes processos, de forma
que nas próprias situações de conflitos, gerados pelo estigma e pela discriminação,
busque resolvê-los respaldando-se em valores éticos. O indivíduo, independente de
qualquer característica que venha a ser enquadrado, merece que sua dignidade seja
respeitada. Deste modo, o educador tem papel fundamental, sendo o principal mediador
durante os conflitos entre aqueles considerados “normais” e os “estigmatizados”. Por
isso, a conduta ética deve balizar as ações cotidianas e ser o cerne de sua prática
profissional, pois caso não adote esta perspectiva de atuação, ao invés de contribuir para
a quebra de barreiras e preconceitos, estará reforçando atitudes que diminuem a
dignidade humana e atrasam o desenvolvimento social.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL.
A importância dessa seção, se justifica, pois no texto acima se fez muita menção ao
termo diagnóstico diferencial. Em medicina, diagnóstico diferencial é um método
sistemático usado para identificar doenças. É feito, essencialmente, por processo de
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
126
eliminação. Nem todo diagnóstico médico é diferencial. O diagnóstico diferencial pode
ser definido como uma hipótese formulada pelo médico - tendo como base a
sintomatologia (sinais e sintomas) apresentada pelo paciente durante o exame clínico -
segundo a qual ele restringe o seu diagnóstico a um grupo de possibilidades que, dadas
as suas semelhanças com o quadro clínico em questão, não podem deixar de ser
elencadas como provável. A partir do diagnóstico diferencial, o médico pode selecionar
testes terapêuticos, ou ainda, exames complementares específicos a fim de se obter um
diagnóstico final ou de certeza. Na prática médica existem requisitos para a emissão de
um diagnóstico diferencial. Existe uma série de fatores necessários prévios à emissão de
um diagnóstico diferencial. Em primeiro lugar, o processo não é unilateral, então requer
sensibilidade e responsabilidade de ambas as partes: profissional e paciente. O médico
deve ter grande técnica clínica, a qual é formada pelo conjunto de experiência médica e
capacidade cognitiva. Para que as hipóteses sejam válidas, estas devem ter consistência
lógica e fundamentação científica, além de haver a possibilidade de serem diferenciadas
experimentalmente. No processo de geração e refutação de hipóteses, persiste a que, sob
avaliação crítica, se considera a mais possível. Esta ação é a característica fundamental
do diagnóstico diferencial e acontece durante todo o ato médico
ORTOGRAFIA.
Observamos na literatura que NA CID.10 É F81.8 - 315.2 TRANSTORNO DA
EXPRESSÃO ESCRITA - DSM.IV, a característica diagnóstica essencial do
Transtorno da Expressão Escrita consiste de habilidades de escrita acentuadamente
abaixo do nível esperado, considerando a idade cronológica, a inteligência medida e a
escolaridade apropriada à idade do indivíduo. Esse é o primeiro critério; a perturbação
na expressão escrita interfere significativamente no rendimento escolar ou nas
atividades da vida diária que exigem habilidades de escrita. Segundo critério. Pode ser
que o individuo com DEFICIÊNCIA INTELECTUAL tenha dificuldade de entender e
compor textos escritos por falta de formação, didática adequada do seu professor. Então
no INESPEC vamos implantar no ano de 2013, uma pesquisa no AEE direcionada a
inclusão de um quesito: BASE CURRICULAR DA FORMAÇÃO DO ALUNO
ATENDIDO NO AEE; SEGUNDO CRITÉRIO: CAPACIDADE DO
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
127
ALUNO ENTENDER CRITÉRIOS GRAMATICAIS A PARTIR DO PLANO
DE CURSO DA LÍNGUA PORTUGUESA DA SUA ESCOLA DE ORIGEM.
Pespectiva ai é encontrar a negação desse quadro. Pois sendo deformação na base do
processo ensino aprendizagem, este diagnóstico em geral não é dado, pois nessa
situação os erro gramaticais existentes, como: erros ortográficos ou fraca caligrafia, na
ausência de outros prejuízos na expressão escrita, pode ser DEFICIÊNCIA NA
PROGRAMAÇÃO ESCOLAR VISTA SOB O PRISMA SUBJETIVO DO
ALUNO EM EXAME. Ao Psicopedagogo é bom ficar atento. A ortografia atual do
português brasileiro é bastante fonética do que etimológica, assim, pois em
comparação com outros Transtornos da Aprendizagem, sabe-se relativamente menos
acerca dos Transtorno da Expressão Escrita e sobre seu tratamento, particularmente
quando ocorrem na ausência de Transtorno da Leitura. À exceção da ortografia, os
testes padronizados nesta área são menos acuradamente desenvolvidos do que os testes
de leitura ou capacidade matemática, podendo a avaliação do prejuízo nas habilidades
escritas exigir uma comparação entre amostras amplas do trabalho escolar escrito do
indivíduo e o desempenho esperado para sua idade e QI. Este é especialmente o caso de
crianças pequenas, das séries escolares iniciais. Tarefas nas quais a criança é solicitada a
copiar, escrever um ditado e escrever espontaneamente podem ser necessárias para o
estabelecimento da presença e extensão deste transtorno. Porém é necessário para
conhecer na prática as hipoteses apresentadas, sabermos as definições exatas do que é...
Ortografia. Essa deriva das palavras gregas ortho (ορθο no alfabeto grego) que significa
"correto" e graphos (γραφος) que significa "escrita". A ortografia é a parte da gramática
normativa que ensina a escrever corretamente as palavras de uma língua definindo,
nomeadamente, o conjunto de símbolos (letras e sinais diacríticos), a forma como
devem ser usados, a pontuação, o uso de maiúsculas, etc. Apesar de oficialmente
sancionada, a ortografia não é mais do que uma tentativa de transcrever os sons de uma
determinada língua em símbolos escritos. Esta transcrição é sempre por aproximação e
raramente é perfeita e isenta de incoerências. Um dos sistemas ortográficos mais
complexos é o da língua japonesa que usa uma combinação de várias centenas de
caracteres ideográficos kanji, de origem chinesa, dois silabários, katakana e hiragana, e
ainda o alfabeto latino, a que dão o nome romaji. Todas as palavras em japonês podem
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
128
ser escritas em katakana, hiragana ou romaji. E a maioria delas também pode
identificada por caracteres kanji. A escolha de um tipo de escrita depende de vários
fatores, nomeadamente o uso mais habitual, a facilidade de leitura ou até as opções
estilísticas de quem escreve. Analisando as línguas europeias podem identificar-se duas
ortografias diferentes: Ortografia fonética, em que a cada som corresponda uma letra ou
grupo de letras únicos e a cada letra ou grupo de letras um som único, e, ainda, em que
seja sempre assinalada a sílaba tónica. Ortografia etimológica, em que a um mesmo som
podem corresponder diversas letras e a cada letra ou grupo de letras diversos sons,
dependendo da história, da gramática e dos usos tradicionais. Tirando o caso do
Alfabeto Fonético Internacional -- que consegue fazer a transcrição para caracteres
alfabéticos de todos os sons -- não há sistemas ortográficos pura e exclusivamente
fonéticos. No entanto, podemos dizer que são eminentemente fonéticas as ortografias
das línguas búlgara, finlandesa, italiana, russa, turca, alemã e, até certo ponto, a da
língua espanhola. No caso particular do espanhol, podemos admitir que se trata de uma
ortografia fonética em relação ao espanhol padrão falado em Espanha, mas não tanto em
relação aos falares americanos, nomeadamente os da Argentina e de Cuba, nos quais os
princípios de a cada som corresponder uma letra ou grupo de letras nem sempre se
verifica. A ortografia atual do português é, também, bastante mais fonética do que
etimológica. No entanto, antes da Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal, a escrita
oficialmente usada era marcadamente etimológica. Escrevia-se, por exemplo,
pharmacia, lyrio, orthographia, phleugma, diccionario, caravella, estylo e prompto em
vez dos actuais farmácia, lírio, ortografia, fleuma, dicionário, caravela, estilo e pronto.
A ortografia tradicional etimológica perdurou no Brasil até à década de 1930. Um
exemplo típico de ortografia etimológica é a escrita do inglês. Em inglês um grupo de
letras (por exemplo: ough) pode ter mais de quatro sons diferentes, dependendo da
palavra onde está inserido. É também a etimologia que rege a escrita da grande maioria
das palavras no francês, onde um mesmo som pode ter até nove formas de escrita
diferentes, caso das palavras homófonas au, aux, haut, hauts, os, aulx, oh, eau, eaux.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
129
Tabela completa do alfabeto fonético internacional (em inglês).RECOMENDO O LABORATÓRIO Aux Rendez-vous d’Anatole - http://etablissements.ac-amiens.fr/0601178e/quadriphonie/spip.php?article727
CALIGRAFIA.
Seguindo o mesmo racíocinio anterior, é necessário para conhecer na prática as
hipoteses apresentadas, sabermos as definições exatas do que é... Caligrafia (grego
κάλλος kalli "beleza" + γραφή graphẽ "escrita") é um tipo de arte visual. É muitas vezes
chamada de a "arte da escrita bela". Uma definição contemporânea da prática caligráfica
é "a arte de dar forma aos sinais de uma maneira expressiva, harmoniosa e habilidosa".
A história da escrita é uma evolução estética enquadrada dentro das competências
técnicas, velocidade de transmissão(ões) e as limitações materiais das diferentes
pessoas, épocas e lugares. Um estilo de escrita é definido como sistema de escrita,
caligrafia ou alfabeto. A caligrafia moderna varia de inscrições funcionais até criações
utilitárias para magníficas obras de arte, onde a expressão abstrata pode tornar-se mais
importante do que a legibilidade das letras. A caligrafia clássica difere da tipografia e da
escrita manual não clássica, apesar de um calígrafo ser capaz de criar todos estes; os
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
130
caracteres são historicamente disciplinados e ainda fluíam espontaneamente, no
momento da escrita. A caligrafia ainda costuma ser utilizada principalmente em
convites de casamento e eventos importantes, no design de fontes, de logótipos, na arte
sacra, no design gráfico, nos anúncios, em inscrições em pedra e em documentos
memoriais. A caligrafia é também utilizada em propriedade teatral, em imagens em
movimento para cinema e televisão, em certidões de nascimento e de óbito, em mapas e
em outros trabalhos envolvendo a escrita. Alguns dos melhores trabalhos da caligrafia
moderna são os utilizados em cartas régias e em cartas-patentes emitidas por monarcas e
oficiais de estado em vários países. Reconhecer sinais, simbolos é um procedimento que
requer desenvolvimento cognitivo. A exemplo do que foi comentado anteriormente,
para chegarmos a um conceito sobre DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, ligado a negação
cognitiva, surgem auto-questionamento:
O que é desenvolvimento cognitivo?
O desenvolvimento cognitivo nada mais é do que
um desenvolvimento no conhecimento, todos os
dias temos um tipo de conhecimento e com isso
passamos cada vez mais aprofundar nesse
conhecimento, tendo então um desenvolvimento
cognitivo. O desenvolvimento cognitivo é bastante
complexo, devido o fato de que sempre estamos
colocando esse conhecimento em prática e
desenvolvendo a parte do intelecto subjetivo ou
seja, de cada pessoa.
Para que serve o desenvolvimento cognitivo?
O desenvolvimento cognitivo é fundamental para
que possamos ter um desenvolvimento mental,
intelectual, colocando em prática o nosso o
conhecimento que adquirimos numa prova de
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
131
raciocínio e assim estaremos desenvolvendo várias
partes cognitivas como o intelecto esta relacionado
com a inteligência, entendimento, raciocínio,
reflexão e o intelectual.
Quem é beneficiado com o desenvolvimento
cognitivo?
Todas as pessoas são beneficiadas com o
desenvolvimento cognitivo, com a cognição
colocamos em prática tudo aquilo que aprendemos,
O fato de estarmos adquirindo conhecimento e que
está desenvolvendo o raciocínio, a reflexão, o
entendimento e outros, contribuem grandemente
para todos. O desenvolvimento cognitivo beneficia
os bebês, as crianças, os adolescentes, os jovens,
adultos e idosos.
O que é desenvolvimento e cognitivo?
DESENVOLVIMENTO: Desenvolvimento é tudo
aquilo que desenvolve que está sendo aperfeiçoado,
mudado.
COGNITIVO: Faz parte de cognição que significa
adquiri um conhecimento, já a cognitiva faz tudo
isso na parte do intelecto que está relacionado com
cinco fatores sendo a inteligência, o entendimento,
o raciocínio, a reflexão e o intelectual.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
132
O desenvolvimento cognitivo de uma criança faz parte da psicologia cognitiva que
estuda o intelectual de cada infantil (criança), assim, sendo, podemos compreender que
tem um pensamento diferente em relação à outra, seja a imaginação, o afeto, a
criatividade e muitos outros. O intelecto é baseado naquilo que a mesma sonha,
podendo ser reflexo da realidade. Existem vários autores que falam sobre o intelecto de
crianças e o desenvolvimento cognitivo destas. Porém poucos educadores observam o
que estudaram na “psicologia da aprendizagem” que esses “baixinhos” podem ter seu
desenvolvimento afetado, quando se sente humilhada, triste e solitário, se escondendo
do mundo e fechando seu intelectual para as outras coisas, vendo apenas o lado ruim.
Nessa fase ela tem o intelecto diferente, ela aprende de forma diferente, tem uma linha
de raciocínio diferente, muda de opinião diversas vezes e tem um entendimento mais
avançado, isso, porém ocorre quando se sente amada, vimos muitas crianças sofrendo
bullying e vemos também as conseqüências desses atos, porém o desenvolvimento
cognitivo de uma criança é afetado quando ocorre esse ato. O desenvolvimento
cognitivo nessa fase está relacionado com a reflexão, raciocínio, entendimento e
inteligência, na escola ela está a todo o momento desenvolvendo todas essas áreas do
seu intelecto. A pedagogia tem como função o ensino educacional com as crianças de
forma mais dinâmica, mas diferenciada, para que assim possa trabalhar todos os ares do
intelecto de uma criança. O desenvolvimento cognitivo de uma criança é fundamental,
pois ela adquire um conhecimento, proporcionando mais entendimento, mais raciocínio,
inteligência e reflexão, seja da idade que for uma criança pode sim aprender e
desenvolver seu intelecto através de aulas mais dinâmicas, pois não são
sentadas as aulas todas, copiando que irão aprender, mas brincando,
lendo, se relacionando com outras crianças, cantando, dançando,
correndo, etc.- EDUCADORES RELITAM. SER PROFESSOR É INSTIGAR
MENTES E ALMA, MENTES PARA O MUNDO, ALMA PARA A REFLEXÃO DO
REENCANAR.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
133
TRANSTORNO DO DESENVOLVIMENTO DA COORDENAÇÃO.
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)
Algumas crianças parecem ser mais desajeitadas ou estabanadas que as outras. Elas
ficam tristes por não conseguir acompanhar os colegas nas brincadeiras motoras e,
muitas vezes, são alvo de comentários de professores e colegas, devido à letra feia,
cadernos bagunçados, o cabelo mal penteado e as roupas em desalinho. Essas crianças,
às vezes, se envolvem em situações embaraçosas, como tropeçar e cair no meio da
apresentação de teatro da turma, não conseguir agarrar uma bola chutada pelos colegas,
escorregar na carteira e cair no chão e acabam ganhando nomes ou apelidos, que
sinalizam sua condição e as excluem de certas atividades ou grupos sociais. Um
exemplo é aquela criança mais quieta, que nunca é chamada para brincar com os
colegas no recreio ou, ainda, ela é a última a ser convidada para entrar no jogo de bola.
Muitas pessoas, inclusive pais e professores, acham que a criança é apenas preguiçosa,
insegura ou desinteressada, mas deve-se observar com mais cautela, pois muitas dessas
crianças apresentam o que é chamado de Transtorno do Desenvolvimento da
Coordenação ou TDC. O diagnóstico de TDC é dado pelo médico quando observa
atraso no desenvolvimento das habilidades motoras, grossas e finas, que resultam em
dificuldades no desempenho das atividades escolares e de vida diária. Geralmente são
crianças inteligentes, mas que não conseguem desempenhar tarefas motoras com a
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
134
mesma rapidez e eficiência que os colegas de mesma idade. Como indicado nos
exemplos acima, o TDC não á apenas um problema motor, pois a criança que é
desajeitada tem dificuldade em socializar com os colegas e, devido às situações
freqüentes de frustração, acaba por ter baixa auto-estima e outras questões
comportamentais. O TDC, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam
que este transtorno afeta 5% a 6% das crianças em idade escolar, tendendo a ocorrer
com maior freqüência em meninos – proporção de 4 ou 5 meninos para cada menina. A
literatura sobre o TDC é vasta, sendo evidente que essa é uma condição que persiste até
a idade adulta, tendo impacto tanto na vida da criança, como nos outros membros da
família. Os primeiros sinais do transtorno surgem cedo na infância. Alguns pais mais
experientes, logo começam a notar que alguma coisa é diferente, pois o bebê é mais
lento e demora mais a sentar, andar e manusear objetos com destreza. Com o aumento
na mobilidade, algumas crianças tendem a serem mais passivas, evitando desafios e
atividades motoras novas, outras são mais impulsivas, destruindo brinquedos na
tentativa de descobrir como funcionam. À medida que a criança cresce, começam a
aparecer dificuldades ou lentidão para desempenhar atividades de auto-cuidado como
usar fechos, botões e amarrar sapatos, e para usar utensílios, como talheres e tesoura.
Não é que a criança não consiga fazer as tarefas, mas se observa esforço aumentado,
frustração e cansaço, sendo que, com o tempo, a criança acaba evitando as atividades
mais desafiantes. Atividades que requerem boa coordenação olho-mão, equilíbrio e
planejamento motor, como arremessar, agarrar e chutar bolas, também se constitui em
desafio para crianças com TDC. Embora muitas dessas dificuldades possam passar
despercebidas, ou serem interpretadas como variações do normal (exemplo: eu também
era desajeitado quando criança; o fulano também era assim e hoje é um grande atleta),
com a entrada na escola e aumento de demanda por escrita rápida e legível, o problema
é detectado pela professora, o que acaba levando ao diagnóstico. É importante observar
que a criança pode apresentar apenas TDC ou o TDC associado ao distúrbio de
aprendizagem, problemas de linguagem ou ao transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH). A fim de minimizar os problemas no dia-a-dia das crianças,
pais e professores podem auxiliá-las, modificando o ambiente e adaptando as tarefas,
para permitir o sucesso e aumentar o senso de competência. A melhor forma de ajudar a
criança é entender o que é o TDC. Só compreendendo a situação individual da criança
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
135
podemos pensar em estratégias para ajudá-la a dominar os problemas que enfrenta no
dia-a-dia.
Algumas das características da criança com TDC:
1. DESAJEITADA OU INCOORDENADA EM SEUS
MOVIMENTOS. TROMBA EM OBSTÁCULOS, DERRAMA
OU DERRUBA COISAS COM MAIS FREQÜÊNCIA QUE
CRIANÇAS DE MESMA IDADE;
2. APRESENTA ATRASO NO DESENVOLVIMENTO DE
HABILIDADES MOTORAS GROSSAS E FINAS; DEMORA
MAIS PARA APRENDER NOVAS HABILIDADES
MOTORAS;
3. TEM DIFICULDADE PARA FAZER ATIVIDADES QUE
REQUEREM O USO COORDENADO DOS DOIS LADOS
DO CORPO (EX.: RECORTAR COM TESOURA,
ESCREVER, CORTAR ALIMENTO USANDO GARFO E
FACA, AGARRAR BOLA E ANDAR DE BICICLETA);
4. PODE APRESENTAR PROBLEMAS EMOCIONAIS
SECUNDÁRIOS, COMO BAIXA TOLERÂNCIA À
FRUSTRAÇÃO, AUTO-ESTIMA DIMINUÍDA E POUCA
MOTIVAÇÃO PARA FAZER ATIVIDADES ESPORTIVAS;
TEM DIFICULDADES PARA ORGANIZAR SUA
CARTEIRA/MESA, ARMÁRIO, MOCHILA, CADERNOS,
OU MESMO OS BRINQUEDOS;
5. MAIS LENTA NAS ATIVIDADES ESCOLARES QUE
EXIGEM DESEMPENHO MOTOR, COMO COPIAR DO
QUADRO, USAR RÉGUA, FAZER O DEVER DE CASA;
6. ESTÃO MAIS PROPENSAS A APRESENTAR PROBLEMAS
ACADÊMICOS, POUCA COMPETÊNCIA SOCIAL
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
136
TENDEM A NÃO PARTICIPAR VOLUNTARIAMENTE DE
ATIVIDADES MOTORAS E TÊM MENOS
OPORTUNIDADES PARA FAZER EXERCÍCIOS E
MANTER BOA FORMA FÍSICA.
Dentre os profissionais envolvidos na atenção à criança que apresenta atraso motor,
destaca-se o Terapeuta Ocupacional. Partindo da análise minuciosa das tarefas exigidas
no contexto escolar e familiar, o terapeuta ocupacional pode sugerir estratégias para
adaptar o ambiente e as tarefas, reduzindo, assim, a demanda motora o que vai melhorar
o desempenho da criança. O terapeuta pode também recomendar atividades e
brincadeiras, com desafio na medida certa, para estimular o desenvolvimento das
habilidades motoras finas e grossas. O trabalho do terapeuta inclui a educação de pais,
professores e demais profissionais da saúde sobre o que é o TDC e quais as melhores
estratégias para facilitar o dia-a-dia da criança. Modificação do ambiente, adaptação de
tarefas e o uso de estratégias cognitivas, são apenas alguns exemplos do que pode ser
feito para melhorar o desempenho, a auto-estima e a qualidade de vida de crianças com
transtorno do desenvolvimento da coordenação.
Alerta aos Educadores Especiais.
No processo referente ao conhecimento e tratamento do Transtorno do
desenvolvimento da coordenação, existem literaturas e instrumentos de
avaliação?
Diversos pesquisadores estão desenvolvendo estudos párea mapear os artigos
publicados sobre as avaliações e escalas utilizadas para o diagnóstico de Transtorno do
Desenvolvimento da Coordenação (TDC). Existem respeitáveis bancos de dados
disponíveis, a partir do da base de dados PubMed, com fins de analisar descritivamente
aspectos específicos dos textos: ano de publicação da pesquisa, local, suporte de
publicação e forma de coletar os dados; e verificar os tipos de avaliação e escalas
utilizadas para o diagnóstico de crianças com TDC. É interessante notar que as
pesquisas em curso tem como base de dados descritores em língua inglesa e portuguesa:
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
137
Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação, avaliação, instrumentos, diagnóstico,
escala, combinando dois termos. Os resultados indicaram aumento crescente das
pesquisas a partir de 2004. Apesar do aumento das pesquisas sobre TDC, ainda são
escassos os artigos publicados no Brasil. Quanto aos instrumentos de avaliação
encontrados nos artigos científicos, há uma recomendação sobre a associação de
instrumentos de avaliação motora e entrevista ou questionários que investiguem o
comportamento motor das crianças com pais e professores para melhor definição do
diagnóstico de TDC. Os movimentos desajeitados em crianças é uma desordem que
agora vem despertando interesse considerável na literatura. Esta síndrome é conhecida
como Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). Crianças com TDC
possuem dificuldades em realizar atividade de automanutenção, como se vestir, higiene
pessoal e alimentação, quando comparadas a crianças de mesma faixa etária. Na área
educacional, a disgrafia é relatada como a área de dificuldade mais prevalente. A
desordem motora é descrita como sendo um sério comprometimento no
desenvolvimento da coordenação motora, que não é explicável unicamente em termos
de retardo intelectual, global ou qualquer desordem neurológica congênita ou adquirida
específica (a não ser aquela que possa estar implícita na anormalidade da coordenação).
É usual que a inabilidade motora esteja associada a algum grau de desempenho
comprometido em tarefas cognitivas visos espaciais. O diagnóstico do TDC pode ser
realizado de acordo com critérios de Manual de Diagnóstico e Estatístico de Doenças
Mentais (DSM-IV) e as manifestações variam de acordo com a idade e o estágio do
desenvolvimento. A prevalência estimada na população infantil entre 5 e 11 anos de
idade é de 6%1, porém estes valores podem variar de acordo com os critérios utilizados
e a população avaliada. Para a realização do diagnóstico, deve-se levar em consideração
a presença das seguintes características: um prejuízo acentuado no desenvolvimento da
coordenação motora (Critério A); a interferência significativa deste prejuízo no
rendimento escolar ou em atividades da vida diária (Critério B); se as dificuldades de
coordenação não ocorrem devido a uma condição médica geral (por exemplo, paralisia
cerebral, hemiplegia ou atrofia muscular) ou devido à presença de Transtorno Invasivo
do Desenvolvimento (Critério C), e se, na presença de retardo mental, as dificuldades
motoras excedem aquelas habitualmente associadas ao transtorno (Critério D) Crianças
que apresentam TDC, porém que não são identificadas como tal rapidamente, passam
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
138
por experiências de fracasso e frustração em sua vida diária e acadêmica. São muitas
vezes rotuladas como preguiçosas, descoordenadas, desmotivadas, desajeitadas, etc.
Podem desenvolver complicações secundárias, como dificuldades de aprendizagem,
bem como problemas sociais, emocionais e comportamentais. A avaliação mais
utilizada para avaliar crianças com desordem motora, conforme descrito na literatura, é
o Moviment Assessment Battery for Children (MABC). Porém, esta mesma literatura
aponta a necessidade de serem desenvolvidos novos testes ou avaliações que
especifiquem melhor o controle e o desenvolvimento motor. No Brasil, ainda são
escassos os estudos com o TDC. Os artigos científicos existentes na literatura enfocam a
avaliação de crianças em idade escolar e de crianças com dificuldades de aprendizagem,
dislexia e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Além disso, a
presença de comorbidades associadas ao TDC é relatada na literatura, como o TDAH e
dislexia, por isso há a necessidade do uso de instrumentos de avaliação em escolares
que permitam identificar as habilidades e dificuldades motoras finas e globais, uma vez
que o diagnóstico correto é a base da intervenção adequada. Importante refeltir que a
partir dos resultados encontrados em diversas bibliografias que definem estudos sobre
TDC, pode-se deferir o entendimento de que as publicações internacionais sobre o TDC
vêm aumentando nos últimos anos, progressivamente, entretanto o número de
publicações brasileiras ainda é inferior ao de outros países. Após a realização do
mapeamento dos artigos, conclui-se que as publicações na área em relação ao tema vêm
crescendo gradativamente, pois os pesquisadores buscam analisar e validar instrumentos
de avaliações mais adequados para diagnosticar os problemas motores das crianças,
porém poucos artigos encontrados tiveram como objetivo principal descrever os
critérios diagnósticos do TDC. Quanto aos instrumentos de avaliação encontrados nos
artigos científicos, há uma recomendação sobre a associação entre procedimentos de
avaliação motora e entrevista ou questionários que investiguem o comportamento motor
das crianças com pais e professores para melhor definição do diagnóstico de TDC.
Como o TDC interfere nas atividades diárias e escolares, os profissionais da área da
educação e da saúde devem estar preparados para investigar e tratar as alterações de
coordenação motora fina e global para, dessa forma, minimizar o impacto do TDC na
qualidade de vida social e escolar das crianças. Tratarei em capítulo especifico sobre a
idéia da ESTIMULAÇÃO PRECOCE e ESTIMULAÇÃO TARDIA, dentro de uma
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
139
dialética que possa trazer ao educador especial uma noção ampla para reflexão de
condutas.
Transtornos da Aprendizagem
Vivemos em busca do perfeito. Não sabemos lidar com o diferente. Tudo está em torno
do comum. Somos tomados por um senso comum e por nossos saberes cotidianos e
deixamos de buscar um conhecimento científico. Marilena Chauí nos alerta que uma das
características do senso comum e dos saberes cotidianos é por serem subjetivos,
generalizadores, nossas certezas cotidianas e o senso comum de nossa sociedade ou do
nosso grupo social, cristalizam-se em preconceitos com a qual passamos a interpretar
toda a realidade que nos cerca e todos os acontecimentos. Temos que formar melhor
nosso professores, o meio educacional está em profunda mudança tanto no ponto de
vista de conceitos e valores, como da prática. Apesar de tantas mudanças, o professor
ainda resiste em mudar as práticas pedagógicas justificando essa resistência com
argumentos do senso comum. Hoje trabalhamos com uma nova realidade, que é
Educação Inclusiva, que tem gerado muitas dúvidas em seu processo de implementação.
Como diz Carl Rogers: “Os educadores precisam compreender que ajudar as pessoas a
se tornarem pessoas é muito mais importante do que ajudá-las a tornarem-se
matemáticos, poliglotas ou coisa que o valha. Sendo assim percebemos a imensa
responsabilidade do educador para com o educando, ainda mais quando este tem
necessidades educacionais especiais. Nós educadores temos uma
responsabilidade social, cabendo a nós orientar, direcionar e formar cidadãos
capacitados para lidar com as dificuldades presentes no cotidiano. Não
devemos temer o novo, temos que buscar subsídios dentro do conhecimento
científico para encontrar soluções cabíveis dentro das problemáticas educacionais.
Temos que juntar teoria e prática, como diz David Rodrigues (Doutor em Ciências da
motricidade humana na área de educação especial e reabilitação (UTL/FMH - professor da
universidade Técnica de Lisboa, coordenador do Fórum de estudos de educação inclusiva)
deve-se proporcionar ao professor um conjunto de experiências que só lhe revelem
novas perspectivas sobre o conhecimento, mas que também impliquem em situações
empíricas que lhe permitam aplicar estes conhecimentos num contexto real. Vivemos na
era da inclusão, segundo Mantoam “Inclusão é a nossa capacidade de
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
140
entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e
compartilhar com pessoas diferentes de nós.” (MANTOAM, M.T.E.
Pensando e fazendo educação de qualidade. São Paulo, Editora Moderna,
20010) Trabalhar com o DEFICIENTE INTELECTUAL nos coloca diante de uma
responsabilidade moral: “DAR UM POUCO DE NÓS, PARA AQUELE QUE A
PROVIDENCIA DIVINA LHE CARENCIOU”, (grifo nosso) é acima de tudo
aprender constantemente, é ver o mundo de forma diferente.
QUESTÃO: Então. Doença Mental, Transtorno Mental ou Deficiência
Intelectual?
Os termos transtorno, distúrbio e doença combinam-se aos termos mental, psíquico e
psiquiátrico para descrever qualquer anormalidade, sofrimento ou comprometimento de
ordem psicológica e/ou mental. Os transtornos mentais são um campo de investigação
interdisciplinar que envolves áreas como a psicologia, a filosofia, a psiquiatria e a
neurologia. As classificações diagnósticas mais utilizadas como referências no serviço
de saúde e na pesquisa hoje em dia são o Manual Diagnóstico e Estatístico de
Desordens Mentais - DSM IV, e a Classificação Internacional de Doenças - CID-10. Em
psiquiatria e em psicologia prefere-se falar em transtornos ou perturbações ou
disfunções ou distúrbios (ing. disturbs, alem. Störungen) psíquicos e não em doença;
isso porque apenas poucos quadros clínicos mentais apresentam todas as características
de uma doença no sentido tradicional do termo - isto é, o conhecimento exato dos
mecanismos envolvidos e suas causas explícitas. O conceito de transtorno, ao contrário,
implica um comportamento diferente, desviante, "anormal". No Brasil, a Câmara
Federal aprovou em 17.03.09, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei 6013/01, do
deputado Jutahy Junior (PSDB-BA), que conceitua transtorno mental, padroniza a
denominação de enfermidade psíquica em geral e assegura aos portadores desta
patologia o direito a um diagnóstico conclusivo, conforme classificação internacional. O
projeto determina que transtorno mental é o termo adequado para designar o gênero
enfermidade mental, e substitui termos como "alienação mental" e outros equivalentes.
José Luís Pio Abreu, no seu livro provocador Como tornar-se doente mental, alerta para
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
141
toda a problemática da doença mental em que certos problemas seriam melhor
resolvidos com psicólogos, advogados ou polícias.
Situação da Norma – Projeto da Lei de Direitos dos portadores de Patologia
Mental. Definição.
Localidade: Brasil
Autoridade: Câmara dos Deputados
Título: PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 00106, de 2009
Data: 21/12/2001
Ementa: Acrescenta dispositivos à Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe
sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e
redireciona o modelo assistencial em saúde mental (define "tratamento mental" como
enfermidade psíquica em geral).
Nome: Uniformeurn: Lex: br: camara. deputados:projeto.lei;pl:2001-12-21;6013
Nome: Uniformeurn: Lex: br: senado. federal:projeto.lei;plc:2009-06-04;106
Mais detalhes Câmara dos Deputados (text/html) Câmara dos Deputados
[http://www.camara.gov.br/sileg/Prop_Detalhe.asp? id=42755]
Mais detalhes Senado Federal (text/html)
PL 6013/2001 INTEIRO TEOR PROJETO DE LEI
SITUAÇÃO: AGUARDANDO RETORNO NA MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (MESA)
IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSIÇÃO
AUTOR JUTAHY JUNIOR - PSDB/BA
APRESENTAÇÃO 21/12/2001
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
142
EMENTA ACRESCENTA DISPOSITIVOS À LEI Nº 10.216, DE 06 DE ABRIL DE 2001, QUE DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO E OS DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS DE TRANSTORNOS MENTAIS E REDIRECIONA O MODELO ASSISTENCIAL EM SAÚDE MENTAL.
EXPLICAÇÃO DA EMENTA CONCEITUA "TRANSTORNO MENTAL" COMO ENFERMIDADE PSÍQUICA EM GERAL; SUBSTITUI A EXPRESSÃO "ALIENAÇAÕ MENTAL" E QUAISQUER OUTRAS DESIGNAÇÕES; GARANTE O DIREITO DA PESSOA PORTADORA DE TRANSTORNO MENTAL, QUANDO SUBMETIDA À PERÍCIA MÉDICA, SER EXAMINADA, POR JUNTA COM MAIORIA DE PSIQUIATRAS.
INDEXAÇÃO
INFORMAÇÕES DE TRAMITAÇÃO
FORMA DE APRECIAÇÃO PROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO CONCLUSIVA PELAS COMISSÕES - ART. 24 II
REGIME DE TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA
DESPACHO ATUAL:
DATA DESPACHO
11/03/2002 DESPACHO À CSSF E CCJR (ARTIGO 54 DO RI) - ARTIGO 24, II.
ÚLTIMA AÇÃO LEGISLATIVA
DATA AÇÃO
19/05/2009 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (CCJC) APROVADA A REDAÇÃO FINAL POR UNANIMIDADE.
02/06/2009 MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (MESA) REMESSA AO SENADO FEDERAL POR MEIO DO OFÍCIO Nº 570/09/PS-GSE.
ÁRVORE DE APENSADOS E OUTROS DOCUMENTOS DA MATÉRIA
DOCUMENTOS ANEXOS E REFERENCIADOS
• AVULSOS • DESTAQUES (0) • EMENDAS AO PROJETO (1) • EMENDAS AO SUBSTITUTIVO (0) • HISTÓRICO DE DESPACHOS (1)
• LEGISLAÇÃO CITADA • HISTÓRICO DE PARECERES, SUBSTITUTIVOS E VOTOS (5) • RECURSOS (1) • REDAÇÃO FINAL
• MENSAGENS, OFÍCIOS E REQUERIMENTOS (0) • RELATÓRIO DE CONFERÊNCIA DE ASSINATURAS
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
143
PARECERES APROVADOS OU PENDENTES DE APROVAÇÃO
COMISSÃO PARECER
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
06/11/2007 - PARECER DO RELATOR, DEP. JOÃO BITTAR (DEM-MG), PELA APROVAÇÃO. INTEIRO TEOR 05/12/2007 05:00 REUNIÃO DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (CCJC)
05/03/2009 - PARECER DO RELATOR, DEP. JOÃO CAMPOS (PSDB-GO), PELA CONSTITUCIONALIDADE, JURIDICIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA, COM EMENDA. INTEIRO TEOR 17/03/2009 05:30 REUNIÃO DELIBERATIVA ORDINÁRIA APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER.
CADASTRAR PARA ACOMPANHAMENTO TRAMITAÇÃO
OBS.: O ANDAMENTO DA PROPOSIÇÃO FORA DESTA CASA LEGISLATIVA NÃO É TRATADO PELO SISTEMA, DEVENDO SER CONSULTADO NOS ÓRGÃOS RESPECTIVOS.
DATA ANDAMENTO
21/12/2001
PLENÁRIO (PLEN)
APRESENTAÇÃO E LEITURA DO PROJETO DE LEI PELO DEPUTADO JUTAHY JUNIOR (PSDB-BA). INTEIRO TEOR
11/03/2002
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (MESA)
DESPACHO À CSSF E CCJR (ARTIGO 54 DO RI) - ARTIGO 24, II.
01/04/2002
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP)
PUBLICAÇÃO INICIAL NO DCD DE 27/3/2002 PÁG 11276 COL 02. INTEIRO TEOR
01/04/2002
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
RECEBIMENTO PELA CSSF.
04/04/2002
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
DESIGNADO RELATOR, DEP. EDUARDO BARBOSA
05/04/2002
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
ABERTURA DE PRAZO PARA EMENDAS AO PROJETO
15/04/2002 COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
ENCERRADO O PRAZO PARA EMENDAS. NÃO FORAM APRESENTADAS
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
144
DATA ANDAMENTO
EMENDAS.
31/01/2003
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
DEVOLVIDA SEM MANIFESTAÇÃO.
31/01/2003
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (MESA)
ARQUIVADO NOS TERMOS DO ARTIGO 105 DO REGIMENTO INTERNO. DCD 01 02 07 PAG 131 COL 01 SUPLEMENTO 01 AO Nº 21. INTEIRO TEOR
10/03/2003
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (MESA)
DESARQUIVADO NOS TERMOS DO ARTIGO 105 DO R.I
20/03/2003
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
DESIGNADO RELATOR, DEP. EDUARDO BARBOSA
21/03/2003
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
ABERTURA DE PRAZO PARA EMENDAS AO PROJETO
31/03/2003
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
ENCERRADO O PRAZO PARA EMENDAS. NÃO FORAM APRESENTADAS EMENDAS.
31/01/2007
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (MESA)
ARQUIVADO NOS TERMOS DO ARTIGO 105 DO REGIMENTO INTERNO. DCD DE 01 02 07 PÁG 131 COL 01. SUPLEMENTO A AO Nº 21. INTEIRO TEOR
14/02/2007
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (MESA)
APRESENTAÇÃO DO REQUERIMENTO N.º 254, DE 2007, PELO DEPUTADO (A) JUTAHY JUNIOR, QUE SOLICITA O DESARQUIVAMENTO DE PROPOSIÇÃO. DCD DE 15 02 07 PÁG 4543 COL 01. INTEIRO TEOR
DESARQUIVADO EM VIRTUDE DO DEFERIMENTO DO REQ 254/2007. DCD DE 15 02 07 PÁG 4543 COL 01. INTEIRO TEOR
14/02/2007
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
RECEBIMENTO PELA CSSF.
15/02/2007 COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
145
DATA ANDAMENTO
DESIGNADO RELATOR, DEP. JOÃO BITTAR (PFL-MG)
21/02/2007
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
PRAZO PARA EMENDAS AO PROJETO (5 SESSÕES ORDINÁRIAS A PARTIR DE 22/02/2007)
05/03/2007
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
ENCERRADO O PRAZO PARA EMENDAS AO PROJETO. NÃO FORAM APRESENTADAS EMENDAS.
06/11/2007
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
APRESENTAÇÃO DO PARECER DO RELATOR, PRL 1 CSSF, PELO DEP. JOÃO BITTAR INTEIRO TEOR
PARECER DO RELATOR, DEP. JOÃO BITTAR (DEM-MG), PELA APROVAÇÃO. INTEIRO TEOR
05/12/2007
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF) - 14h00min REUNIÃO DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA
APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER
11/12/2007
COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA (CSSF)
ENCAMINHAMENTO DE PARECER À CCP PARA PUBLICAÇÃO.
12/12/2007
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP)
PARECER RECEBIDO PARA PUBLICAÇÃO.
12/12/2007
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (CCJC)
RECEBIMENTO PELA CCJC.
20/12/2007
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES (CCP )
ENCAMINHADA À PUBLICAÇÃO. PARECER DA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA PUBLICADO NO DCD DE 21/12/07, PÁG 68380 COL 02, LETRA A. INTEIRO TEOR
12/03/2008
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC )
DESIGNADO RELATOR, DEP. JOÃO CAMPOS (PSDB-GO)
13/03/2008 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC )
PRAZO PARA EMENDAS AO PROJETO (5 SESSÕES ORDINÁRIAS A
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
146
DATA ANDAMENTO
PARTIR DE 14/03/2008)
26/03/2008
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC )
ENCERRADO O PRAZO PARA EMENDAS AO PROJETO. NÃO FORAM APRESENTADAS EMENDAS.
05/03/2009
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC )
APRESENTAÇÃO DO PARECER DO RELATOR, PRL 1 CCJC, PELO DEP. JOÃO CAMPOS INTEIRO TEOR
PARECER DO RELATOR, DEP. JOÃO CAMPOS (PSDB-GO), PELA CONSTITUCIONALIDADE, JURIDICIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA, COM EMENDA. INTEIRO TEOR
17/03/2009
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC ) - 14:30 REUNIÃO DELIBERATIVA ORDINÁRIA
APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER.
24/03/2009
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC )
ENCAMINHAMENTO DE PARECER À CCP PARA PUBLICAÇÃO - OFÍCIO N° 30/2009-CCJC.
24/03/2009
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
PARECER RECEBIDO PARA PUBLICAÇÃO.
25/03/2009
COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANENTES ( CCP )
ENCAMINHADA À PUBLICAÇÃO. PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PUBLICADO NO DCD 26 03 09 PAG 9821 COL 01, LETRA B. INTEIRO TEOR
26/03/2009
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ( MESA )
PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 58 COMBINADO COM O § 2º DO ART. 132 DO RICD (5 SESSÕES ORDINÁRIAS A PARTIR DE 27/03/2009).
01/04/2009
PLENÁRIO ( PLEN )
APRESENTAÇÃO DO REC 252/2009, PELO DEP. CHICO D'ANGELO, QUE "CONTRA A APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E DE CIDADANIA DO PROJETO DE LEI Nº 6013/2001" INTEIRO TEOR
07/04/2009 MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ( MESA )
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
147
DATA ANDAMENTO
TENDO EM VISTA A RETIRADA DE ASSINATURAS NECESSÁRIAS AO TRÂMITE DA PROPOSIÇÃO, NOS TERMOS DO QUE DISPÕE O ART. 102, § 4º DO RICD, DETERMINO O ARQUIVAMENTO DO REC 252/09, POR NÃO CONTER O NÚMERO MÍNIMO DE SIGNATÁRIOS EXIGIDO NO ART. 58 § 3º C/C O ART. 132 § 2º DO REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. OFICIE-SE E, APÓS, PUBLIQUE-SE.
08/04/2009
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ( MESA )
ENCERRAMENTO AUTOMÁTICO DO PRAZO DE RECURSO. FOI APRESENTADO UM RECURSO.
20/04/2009
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ( MESA )
APRESENTAÇÃO DO REQ 4531/2009, PELO DEP. VICENTE ARRUDA, QUE "REQUER A RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO REC 252/2009."
APRESENTAÇÃO DO REQ 4532/2009, PELO DEP. EDUARDO CUNHA, QUE "REQUER A RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO REC 252/2009."
APRESENTAÇÃO DO REQ 4533/2009, PELO DEP. MARCOS MEDRADO, QUE "REQUER A RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO REC 252/2009."
APRESENTAÇÃO DO REQ 4534/2009, PELO DEP. FERNANDO COELHO FILHO, QUE "REQUER A RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO REC 252/2009."
APRESENTAÇÃO DO REQ 4536/2009, PELO DEP. BONIFÁCIO DE ANDRADA, QUE "REQUER RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO RECURSO Nº 252/2009."
APRESENTAÇÃO DO REQ 4537/2009, PELO DEP. ELIENE LIMA, QUE "REQUER RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO RECURSO Nº 252/2009
APRESENTAÇÃO DO REQ 4535/2009, PELO DEP. MARCOS MEDRADO, QUE "REQUER RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO RECURSO Nº 252/2009."
APRESENTAÇÃO DO REQ 4544/2009, PELO DEP. PASTOR PEDRO RIBEIRO, QUE "REQUER A RETIRADA DE ASSINATURA APOSTA AO RECURSO Nº 252/2009."
07/05/2009
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ( MESA )
OFÍCIO SGM-P 746/2009 À CCJC ENCAMINHANDO ESTE PROJETO PARA ELABORAÇÃO DA REDAÇÃO FINAL, NOS TERMOS DO ARTIGO 58, §4 E ARTIGO 24, II, DO RICD.
ENCAMINHADO À CCP
08/05/2009
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC )
RECEBIMENTO PELA CCJC.
13/05/2009
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC )
DESIGNADO RELATOR DA REDAÇÃO FINAL, DEP. COLBERT MARTINS (PMDB-BA)
APRESENTAÇÃO DA REDAÇÃO FINAL, RDF 1 CCJC, PELO DEP. COLBERT MARTINS INTEIRO TEOR
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
148
DATA ANDAMENTO
19/05/2009
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA ( CCJC ) - 14:30 REUNIÃO DELIBERATIVA ORDINÁRIA
APROVADA A REDAÇÃO FINAL POR UNANIMIDADE.
02/06/2009
MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ( MESA )
REMESSA AO SENADO FEDERAL POR MEIO DO OFÍCIO Nº 570/09/PS-GSE.
PROTEÇÃO E OS DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS DE
TRANSTORNOS MENTAIS.
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 10.216, DE 6 DE ABRIL DE 2001.
Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em
saúde mental.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, de que
trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação quanto à raça, cor,
sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, idade, família, recursos
econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou
qualquer outra.
Art. 2o Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e seus
familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos enumerados no
parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades;
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
149
II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua
saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na
comunidade;
III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou
não de sua hospitalização involuntária;
VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu
tratamento;
VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Art. 3o É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde mental, a
assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, com
a devida participação da sociedade e da família, a qual será prestada em
estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as instituições ou unidades que
ofereçam assistência em saúde aos portadores de transtornos mentais.
Art. 4o A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os
recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do paciente
em seu meio.
§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer
assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços
médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em
instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos
mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os direitos enumerados no
parágrafo único do art. 2o.
Art. 5o O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize situação
de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou de ausência de
suporte social, será objeto de política específica de alta planejada e reabilitação
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
150
psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade sanitária competente e
supervisão de instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade
do tratamento, quando necessário.
Art. 6o A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico
circunstanciado que caracterize os seus motivos.
Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação psiquiátrica:
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a
pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Art. 7o A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve
assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de
tratamento.
Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do
paciente ou por determinação do médico assistente.
Art. 8o A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por médico
devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM do Estado onde se
localize o estabelecimento.
§ 1o A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser
comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do
estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado
quando da respectiva alta.
§ 2o O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do familiar, ou
responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista responsável pelo
tratamento.
Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente,
pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do
estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e
funcionários.
Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e falecimento serão
comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental aos familiares, ou ao
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
151
representante legal do paciente, bem como à autoridade sanitária responsável, no prazo
máximo de vinte e quatro horas da data da ocorrência.
Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não poderão ser
realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, e
sem a devida comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho
Nacional de Saúde.
Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará comissão
nacional para acompanhar a implementação desta Lei.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 6 de abril de 2001; 180o da Independência e 113o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Jose Gregori
José Serra
Roberto Brant
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 9.4.2001
Nota do Autor.
Memória gera competição no cérebro humano - The New York Times.
É sempre um desafio se lembrar de uma nova senha para o computador, quando a antiga
expirou, ou memorizar um novo número de telefone. Isso ocorre porque o cérebro cria
uma “competição” entre recordar os dados antigos e os novos que estão vinculados à
mesma coisa, relatam pesquisadores de Yale e Stanford na última edição de “The
Proceedings of the National Academy of Sciences”. Brice Kuhl, psicólogo de Yale, e
colegas descobriram que, quando o cérebro está cheio de eventos similares, a
dificuldade de se lembrar de apenas um deles é visível por meio de uma tecnologia de
mapeamento cerebral – conhecida como imagem funcional por ressonância magnética.
No estudo, os pesquisadores distribuíram aos participantes palavras que podiam ser
associadas, ao mesmo tempo, por rosto e por cena. Quando executaram o mapeamento e
pediram que os participantes se lembrassem da associação que haviam visto mais
recentemente, o sangue fluiu nas partes do cérebro que são acostumadas a recordar
rostos e cenas. A maioria das pessoas encontra regularmente essa competição.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
152
Exemplos: “Estaciono na garagem do trabalho diariamente e a cada dia paro numa vaga
diferente, dependendo da disponibilidade”, disse Kuhl. “Muitas vezes, caminho para a
vaga onde havia estacionado no dia anterior. Não é como se eu tivesse esquecido
completamente onde estacionei hoje; acontece que eu ainda me lembro da vaga de
ontem”.
IMAGEM DE UM CÉREBRO VIVO - DISCALCULIA – (IMAGEM 1)
HOMEM HIBRIDO.
Será que no futuro teremos o homem HIBRIDO?
Pesquisadores americanos conseguiram fazer células nervosas de ratos se ligarem umas
às outras em uma rede de pequenos tubos semicondutores. O trabalho pode ser o
primeiro passo para um mecanismo híbrido homem/máquina ou, ainda mais plausível e
desejável, uma forma de reconectar terminações nervosas interrompidas. A equipe
liderada por Minrui Li, da Universidade de Winsconsin Madison, usou pequenos tubos
de diferentes tamanhos feitos de semicondutores como silício e germânio. Esses objetos
eram pequenos o bastante para que os dendritos de uma célula nervosa (prolongamentos
do neurônio) passassem através deles, porém não era grande o bastante para que o corpo
da célula coubesse inteiro nele. Os tubos foram recobertos com células nervosas de ratos
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
153
e os pesquisadores então observaram para ver como reagiriam. As células começaram a
enviar seus dendritos através dos túneis com semicondutores, como que procurando
caminhos. Os prolongamentos das células nervosas percorriam os trechos sinuosos
projetados pelos pesquisadores para conseguir encostar-se a suas vizinhas. Em outras
palavras: os pesquisadores determinaram, na maioria das vezes, o caminho a ser
seguido. Sabe-se que as células nervosas têm um mecanismo de busca, que as faz
procurar uma companheira para, fisicamente, se ligar a ela. No entanto, ninguém sabe
exatamente como funciona esse mecanismo. O próximo passo da pesquisa pretende
responder a essa pergunta e também checar se as células, que agora formam uma
estrutura híbrida com os semicondutores, se comunicam de forma normal entre si. Para
tanto, os pesquisadores instalarão dispositivos elétricos que poderão gravar a
comunicação entre elas. A esperança é que os resultados da pesquisa ajudem a achar
uma forma de fazer com que alguma espécie de componente elétrico ajude a
restabelecer conexões interrompidas em células nervosas – como, por exemplo, em
pessoas que tiveram rompimento da medula. A pesquisa foi comentada e publicada pela
Academia Americana de Química em seu jornal ACS Nano.
Os pequenos tubos semicondutores por onde os dendritos das células nervosas passam.
DOMINÂNCIA CEREBRAL.
Lesões semelhantes às deste paciente (estudado por Elisabeth Warrington, do Hospital
das Doenças Nervosas, de Londres, em conjunto com Daniel Tranel) nas regiões
anteriores e médias dos dois lóbulos temporais deterioram o sistema conceitual do
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
154
cérebro. As lesões do hemisfério esquerdo, próximo à cissura de Sylvius, perturbam
mais a formação de palavras e frases. Essa área é a mais estudada pelos especialistas em
linguagem, desde que Paul Broca e Carl Wernicke descobriram, há mais de 150 anos,
que as estruturas da linguagem aí se localizam. Broca e Wernicke comprovaram
também o fenômeno da dominância cerebral: na maioria dos seres humanos - 99% dos
destros e 30% dos canhotos - os centros da linguagem estão no hemisfério esquerdo.
Tomografia cerebral sem contraste do paciente 16,
evidenciando múltiplas calcificações cerebrais e
dilatação da cissura de Sylvius
J Pediatr (Rio J) 2001;77(6):475-80
O estudo de pacientes afásicos (que perderam parcial ou totalmente o uso da palavra)
confirma a importância de estruturas do hemisfério esquerdo na linguagem. Edward
Klima, da Universidade de San Diego, e Ursula Bellugi, do Instituto de Estudos
Biológicos, em San Diego, mostraram que lesões nas estruturas cerebrais de formação
das palavras são acompanhadas por afasias da linguagem gestual. Assim, alguns surdos
que apresentam uma lesão cerebral do hemisfério esquerdo perdem a faculdade de
compreender ou de produzir os signos da linguagem gestual. Como o córtex visual deles
está intacto, a deficiência não provém de uma má percepção visual dos signos, mas da
incapacidade de interpretá-los.
COMPONENTES DE UMA LINGUAGEM ARTICULADA.
FONEMAS - Elementos sonoros cujo encadeamento em
uma ordem determinada forma os morfemas.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
155
MORFEMAS - Unidades lingüísticas mínimas que têm um
sentido ou cuja combinação forma as palavras (nas
linguagens gestuais, os equivalentes dos morfemas são os
signos visuais-motores).
SINTAXE (OU GRAMÁTICA) - Arranjo de palavras em
frases segundo uma ordem que obedece regras precisas.
LÉXICO - Conjunto de palavras de uma língua. Cada
elemento do léxico indica os morfemas e a sintaxe da
palavra correspondente, mas não fornece seu sentido.
SEMÂNTICA - Sentido correspondente a cada elemento
do léxico e a cada frase possível.
PROSÓDIA - Entonação vocal suscetível de modificar o
sentido literal das palavras e frases.
DISCURSO - Seqüência de frases que forma uma
narração.
Por outro lado, os surdos que apresentam lesões no hemisfério direito, longe das áreas
da linguagem, tornam-se por vezes incapazes de ver os objetos situados na metade
esquerda de seu campo visual, ou de perceber as relações espaciais entre os objetos,
embora conservem a capacidade de compreender e utilizar a linguagem gestual.
Portanto, o hemisfério esquerdo contém os centros de processamento da linguagem,
quaisquer que sejam as vias de transmissão dos signos lingüísticos. Alguns
neurologistas mapearam os sistemas neuronais da linguagem ao localizarem as lesões de
pacientes afásicos, - outros analisaram estes sistemas estimulando o córtex cerebral de
pacientes epiléticos que passavam por uma cirurgia, registrando depois suas respostas
eletrofisiológicas. As lesões da região perisilviana posterior perturbam a composição
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
156
dos fonemas em palavras e a seleção das palavras. Pacientes com lesões como esta são
incapazes de pronunciar corretamente certas palavras (dizem "felefante" em vez de
"elefante", por exemplo) e substituem por vezes palavras que lhes faltam por outras de
sentido mais geral ("pessoa" em vez de "mulher") ou por uma cujo sentido está ligado
ao conceito que querem exprimir ("chefe" em vez de "presidente"). Victoria Fromkin,
da Universidade de Los Angeles, elucidou vários mecanismos lingüísticos responsáveis
por tais erros. As lesões da região perisilviana posterior não perturbam o ritmo, a
rapidez de elocução ou a sintaxe das frases desses pacientes, ainda que às vezes eles se
enganem na utilização de pronomes e conjunções. Essas lesões alteram também o
processamento dos sons ouvidos: eles têm dificuldade para compreender as palavras e
frases faladas. Este problema não se deve, como se pensava, à degradação de um centro
de armazenamento do sentido das palavras, que estaria presente no setor perisilviano
posterior,- decorre, sim, de uma interrupção na análise acústica das palavras ouvidas,
desde as primeiras etapas de seu processamento. Os sistemas neuronais da região
perisilviana posterior registram as informações auditivas e cinestésicas relativas aos
fonemas e às palavras. A descoberta de projeções neuronais recíprocas entre as
diferentes zonas que memorizam estas informações revela a importância das interações
entre elas. A região perisilviana posterior está conectada ao córtex motor e pré-motor,
diretamente e por uma via subcortical que inclui os gânglios da base e da parte anterior
do tálamo esquerdo. A dupla conexão desempenha um papel crucial na produção dos
fonemas, que pode ser governada pelos circuitos cortical e subcortical ou pelos dois ao
mesmo tempo. A via subcortical assegura a aquisição dos automatismos lingüísticos,
enquanto a cortical governa a linguagem consciente adquirida pela aprendizagem
associativa. Quando uma criança aprende, por exemplo, a palavra “amarela”, os
sistemas de formação das palavras e de controle motor seriam ativados mediante as vias
corticais e subcortical; a atividade desses sistemas seria correlacionada à atividade dos
sistemas neuronais que governam os conceitos de cor e a mediação entre conceitos e
linguagem. “O sistema neuronal de mediação conceito - linguagem parece estabelecer
uma via direta para os gânglios de base, de tal forma que uma fraca ativação da região
perisilviana posterior basta para desencadear a produção da palavra amarela”. A
aprendizagem posterior da palavra que designa a cor amarela em outra língua colocaria
novamente em jogo a região perisilviana posterior, que então estabeleceria as
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
157
correspondências auditivas, cinestésicas e motoras entre os fonemas. O sistema
associativo cortical e o sistema automático subcortical parecem operar paralelamente no
processamento da linguagem. O prevalecimento de um ou outro depende do nível de
domínio da linguagem e da natureza dos elementos lingüísticos. Segundo Steven Pinker,
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, a maioria dos indivíduos memoriza as
formas do passado dos verbos irregulares ingleses por meio da aprendizagem
associativa e as formas dos verbos regulares por aquisição automática. A região
perisilviana anterior, próxima à cissura de Rolando, parece conter as estruturas que
comandam o ritmo da elocução e a gramática. Os gânglios da base são elementos ativos
desse sistema, como o são também nas conexões da região perisilviana posterior. O
conjunto está fortemente ligado ao cerebelo e recebe projeções de várias regiões
sensoriais do córtex, reenviando projeções às regiões motoras. Entretanto, ainda é
desconhecido o papel dessa estrutura na linguagem e no conhecimento. Pessoas com
lesões na região perisilviana anterior falam com uma voz monocórdica, longos silêncios
entre as palavras, utilizando estruturas gramaticais defeituosas. Omitem freqüentemente
os pronomes e as conjunções e raramente respeitam a ordem gramatical. Como têm
mais facilidade para encontrar substantivos que os verbos, supomos que diferentes
regiões cerebrais processam essas duas classes de palavras.
Imagens do Cérebro Humano obtidas por tomografia de
emissão de pósitrons revelam que a circulação sanguínea
no cérebro aumenta em certas regiões, que diferem
segundo o tipo de tarefa efetuada (aqui ligadas ao exame
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
158
das palavras e à sua berbalização). Pensá-las (embaixo, à
direita) ativa a área de Broca, que produz a linguagem.
Como as lesões nessa região perturbam tanto a expressão como a compreensão das
estruturas gramaticais, acreditou que os sistemas neuronais desta área contenham os
centros de composição sintática. Os gânglios da base, que coordenam os movimentos
elementares em um conjunto harmonioso, poderiam cumprir uma função análoga na
reunião de palavras em frases. A descoberta de estruturas similares, embora menos
desenvolvidas, no macaco indica que estas estruturas neuronais estão estreitamente
conectadas aos sistemas de mediação sintática do córtex fronto-parietal nos dois
hemisférios cerebrais.
SISTEMAS DE MEDIAÇÃO.
Os sistemas neuronais de mediação estariam entre aqueles que processam os conceitos e
os que produzem palavras e frases. Estudos neuropatológicos sugerem que esses
sistemas mediadores governariam a seleção das palavras que exprimem conceitos e
determinariam a sintaxe que exprime relações entre eles. Quando falamos, os sistemas
mediadores governam os sistemas que comandam a formação das palavras e a sintaxe/
inversamente, quando escutamos um interlocutor, os sistemas que asseguram a
formação das palavras e a sintaxe comandam os sistemas de mediação. Os cientistas
tentam, atualmente, mapear os sistemas que processam os nomes próprios e os nomes
comuns associados a entidades de diversas classes. Dois dos pacientes da ELIZABETH,
com lesões no córtex anterior temporal e mediano, eram capazes de reconhecer
conceitos de qualquer classe (rostos humanos, partes do corpo, espécies animais ou
vegetais, veículos, construções, ferramentas e utensílios); sabiam definir funções, local
ou valor das coisas e, quando produzíamos sons associados a estes objetos, reconheciam
os últimos; enfim, quando vendávamos seus olhos, conseguiam identificar um objeto
colocado entre suas mãos. Entretanto, eram incapazes de encontrar o nome de vários
desses objetos familiares. Diante da imagem de um rato, um deles disse: "Sei do que se
trata: é um animal horroroso; fareja nossos restos; seu focinho e seu rabo são
característicos. Conheço esse animal, mas seu nome me escapa". Em média, esses
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
159
pacientes encontram metade dos nomes que procuram, ao passo que seus sistemas
conceituais permanecem intactos. A proporção de palavras esquecidas varia segundo a
classe conceituai das entidades que tentam nomear. Eles têm mais dificuldade com
nomes de ferramentas e utensílios que com nomes de animais, frutas e plantas, mas a
distinção em jogo não é aquela que separa objetos naturais dos fabricados pelo homem:
estes pacientes são perfeitamente capazes de nomear as partes do corpo e não consegue
nomear corretamente os instrumentos musicais, objetos tão artificiais e manipuláveis
quanto ferramentas de jardim. Por que as lesões causam o esquecimento do
nome de certos objetos e não de outros? Provavelmente porque o cérebro
utiliza diferentes sistemas neuronais para representar entidades que diferem por sua
estrutura, seu comportamento ou pelo modo como as consideramos. Os nomes próprios
também representavam problemas para esses dois pacientes. Eles eram incapazes, com
raras exceções, de nomear amigos, parentes, pessoas ou lugares célebres. Diante da foto
de Marilyn Monroe, por exemplo, declararam: "Não encontro seu nome, mas sei quem
ela é: assisti a seus filmes, - ela teve um relacionamento com o presidente, - ela se
matou ou foi assassinada, talvez pela polícia". Esses pacientes não sofriam do que
chamamos de agnosia dos rostos ou prosopagnosia (eles reconheciam, sem hesitação,
um rosto), mas eram incapazes de nomear a pessoa que reconheciam.
OS COMPONENTES DE UM CONCEITO
Os conceitos são armazenados no cérebro sob a forma de registros "inativos". Quando
são reativados, esses registros recriam as sensações a as ações associadas a uma
entidade ou a uma classe de entidades. Uma xícara de café, por exemplo, evocam ao
mesmo tempo representações visuais ou táteis de sua forma, cor, textura e temperatura,
o odor e o gosto do café, assim como a trajetória da mão e do braço quando levam a
xícara à boca. Todas estas representações são criadas simultaneamente em distintas
regiões do cérebro. Curiosamente, utilizavam verbos sem dificuldade e indicaram, com
a mesma precisão que pessoas normais, os correspondentes a mais de 200 estímulos
relativos a estados ou ações. O uso que faziam das preposições, conjunções, pronomes e
da sintaxe era correto. Quando falavam ou escreviam, substituíam os nomes que
faltavam por termos como "objeto" ou "coisa" ou por pronomes como "ele(s)" ou
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
160
"ela(s)". Os verbos de seus discursos eram, contudo, cuidadosamente escolhidos,
pronunciados e conjugados. Enfim, sua pronúncia e prosódia (entonação das palavras e
frases) eram perfeitas. Parece claro hoje que os centros de mediação léxica estão
localizados em determinadas regiões cerebrais e que as estruturas neuronais que ligam
os conceitos e as palavras se encontram ao longo do eixo occipitotemporal do cérebro.
Para numerosos conceitos gerais, a mediação parece ocorrer nas zonas posteriores da
região temporal esquerda, enquanto que para os conceitos mais especializados ela
ocorre mais para frente, perto do pólo temporal esquerdo. Observamos vários pacientes
que haviam perdido a memória dos nomes próprios, mas conservavam a maior parte dos
nomes comuns: suas lesões limitavam-se ao pólo temporal esquerdo e à superfície
temporal mediana do cérebro, poupando as regiões temporais laterais e inferiores. Por
outro lado, estas últimas áreas sempre estavam lesadas em pacientes com dificuldade
para encontrar os nomes comuns. As lesões que atingem o córtex temporal anterior e
mediano perturbam a utilização dos nomes comuns, mas não a dos nomes de cores. As
correlações entre estas lesões cerebrais e os problemas da linguagem revelam que o
segmento temporal da quinta circunvolução occipital governa a mediação entre os
conceitos e os nomes de cor, enquanto as estruturas neuronais situadas na extremidade
oposta da rede, no lóbulo temporal anterior esquerdo, governam a mediação entre os
conceitos e os nomes de pessoas. Um paciente examinado recentemente, que
apresentava lesões em todo o eixo occipitotemporal esquerdo do cérebro, era incapaz de
encontrar os nomes de várias entidades, das cores e das pessoas, mas suas capacidades
conceituais permaneciam intactas. O estudo desses pacientes confirmou enfim que o
processamento da linguagem é perturbado por uma estimulação elétrica das áreas
corticais, situadas fora das regiões geralmente atribuídas à linguagem.
SISTEMA DE MEDIAÇÃO DOS VERBOS.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
161
Se, para os nomes, os sistemas de mediação parecem localizados, onde
se encontram os sistemas que processam verbos?
Como os pacientes com lesões no córtex temporal anterior e mediano conservam a
capacidade de encontrar verbos, pronomes e conjunções, os sistemas que processam
estas classes de palavras não estão na região temporal esquerda. Algumas observações
clínicas indicam que esses sistemas se encontram na região frontal e parietal: os
pacientes afásicos, que sofrem de lesões frontais no hemisfério esquerdo, têm mais
dificuldade para expressar os verbos que os nomes. Essa localização foi indiretamente
confirmada por estudos de tomografia de emissão pósitrons. Steven Petersen, Michael
Posner e Marcus Raichle, da Universidade de Washington, pediram os voluntários para
pronunciar os verbos correspondentes à imagem de um objeto, - por exemplo, a imagem
de uma maçã devia suscitar a expressão do verbo "comer". A tomografia revelou a
ativação de uma região do córtex frontal dorsolateral inferior que corresponde
aproximadamente às regiões que a equipe de ELIZABETH havia localizado
anteriormente. Uma lesão dessas regiões perturba não só a expressão dos
verbos, pronomes e das conjunções, mas também a sintaxe. Durante os
últimos 20 anos, progrediu rapidamente o nosso conhecimento das
estruturas cerebrais que governam a linguagem. Graças a técnicas como
o imageamento por ressonância magnética, localizamos precisamente as
lesões cerebrais de pacientes que sofrem de afasia e as correlacionamos
aos problemas de linguagem correspondentes. Atualmente, podemos estudar a
atividade cerebral de pessoas normais realizando diferentes processos lingüísticos. Os
mecanismos lingüísticos são tão complexos que algumas pessoas duvidam que a
maquinaria neuronal que os governa seja inteiramente elucidada. O registro dos
conceitos pelo cérebro ainda é um mistério. Conhecemos mal os sistemas
de mediação para outros elementos da linguagem além de nomes, verbos,
pronomes e conjunções. E mal compreendemos as estruturas que
asseguram a formação das palavras e das frases, estudadas desde meados
do século XIX. Mas os consideráveis progressos dos últimos anos sugerem que a
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
162
cartografia destas estruturas e a análise de seu funcionamento não são inacessíveis.
Quando o objetivo será alcançado? Eis a questão.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
163
BIOLOGIA NEURONAL
SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM
PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III
Professor César Augusto Venâncio da Silva
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA
Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios
e transtornos neuropsicobiológico.
TOMO I – VOLUME II
CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS
CEREBRAIS
BIBLIOGRAFIA DO CAPÍTULO
Bibliografia.
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
164
BIOLOGIA NEURONAL - SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III -
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA - Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios e transtornos neuropsicobiológico. TOMO I
– VOLUME II CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS CEREBRAIS - Professor César Augusto Venâncio da Silva – 3/24
165
BIOLOGIA NEURONAL
SÉRIE PREPARATÓRIA PARA O MESTRADO E DOUTORADO EM
PSICOLOGIA CLÍNICA – SÍNDROMES - TOMO III
Professor César Augusto Venâncio da Silva
NEUROCIÊNCIAS PSICOBIOLOGIA
Síndromes com repercussão na deficiência intelectual, distúrbios
e transtornos neuropsicobiológico.
TOMO I – VOLUME II
CAPÍTULO I
SINOPSE DE ANATOMOFISIOLOGIA DOS HEMISFÉRIOS
CEREBRAIS
ÁLBUM ICONOGRÁFICO DO CAPÍTULO