Post on 18-Apr-2015
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DIA
AUTOFERTILIDADE, DEPRESSÃO ENDOGÂMICA E PLOIDIA EM Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers E Tecoma stans
(L.) Kunth (Bignoniaceae)Jefferson RODRIGUES-SOUZA1, 4, Thaíssa Brogliato Junqueira ENGEL1,
Clesnan MENDES-RODRIGUES1, Felipe Wanderley AMORIM2, Diana Salles SAMPAIO1,
3.
1.Universidade Federal de Uberlândia. 2.Universidade Estadual de Campinas. 3.Bolsista CAPES/PNPD. 4.Autor para correspondência: jeff_biologi@yahoo.com.br
2. Polinizações Experimentais
Figura 2: Polinização experimental em T. stans
utilizando uma pinça cirúrgica.
3. Germinação , Massa Seca e Sobrevivência das Plântulas
Sementes obtidas dos tratamentos
de polinizações experimentais de P.
venusta e T. stans foram semeadas
(Fig. 3). Analisou-se a porcentagem
e o tempo médio de emergência, a
massa seca das partes aérea e
subterrânea e a sobrevivência das
plântulas.
Figura 3: Sementes de T. stans semeadas em bandejas de isopor. Utilizou-se como substrato uma mistura de Plantmax® e vermiculita na proporção de 1:1.
4. Número de Embriões por Semente e Ploidia
Diplóide2n = 40
Poliploidia?
Diplóides
Pyrostegia venustaCipó-de-São-João
Poliembrionia e poliploidia?
Mutações em diplóides?
Polinizações experimentais
Pyrostegia venusta Tecoma stans
Nº Flores Nº Frutos (%) Nº Flores Nº Frutos (%)
Polinização manual cruzada 73 7 (9,59%) 47 22 (46,81%)
Autopolinização manual 71 2 (2,81%) 47 14 (29,79%)
Autopolinização espontânea 71 0 (0,00%) 46 0 (0,00%)
Emasculação 67 0 (0,00%) 42 0 (0,00%)Polinização natural 110 0 (0,00%) 53 16 (30,19%)ISI - 0,29 - 0,64RE - 0,00 - 0,64
Polinizações experimentais
Pyrostegia venusta Tecoma stans
E (%) TME (dia) Sobrevivência% E (%) TME (dia) Sobrevivência%
Polinização natural 75,60±11,64ab 35,88±1,19b 67,86a 62,50±28,67b 15,16±1,53b 46,43c
Polinização manual cruzada 83,33±6,36a 35,18±1,71b 70,83a 94,64±3,15a 29,57±6,95a 91,07a
Autopolinização manual 60,53±3,72b 39,80±3,58a 47,37b 85,83±4,75ab 17,40±1,78b 71,67b
Análise estatística
F e t (P < 0,05)F2,13=5,252 (P=0,021)
F2,13=5,860 (P=0,015)
Teste t de proporções
F2,16=6,770 (P=0,007)
F2,16=20,279 (P<0,001)
Teste t de proporções
Tabela 1: Desenvolvimento de frutos em polinizações experimentais em Tecoma stans e Pyrostegia venusta (Bignoniaceae).
Tabela 2: Medidas de emergência (média ± DP) e sobrevivência de plântulas em P. venusta e T. stans. E: emergência; TME: tempo médio de emergência; Análise de variância (F) e teste t de proporções foram utilizados para avaliar diferenças entre os tratamentos.
Valores seguidos por letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste de Tukey ou pelo teste t de proporções.
http://plantas-ornamentais.blogspot.com/2009/03/ipe-de-jardim-tecoma-stans.html
• As polinizações experimentais (natural,
polinização cruzada, autopolinização,
autopolinização espontânea e emasculação)
foram realizados com as populações de Pv 1 e
Ts 1.• Os botões em pré-antese foram ensacados com
sacos de organza. As flores de primeiro dia
foram polinizadas (Fig. 2) e novamente
ensacadas.
Pv 1-Uberlândia, MG
Pv 2-Córdoba, AR
Ts 1-Uberlândia, MGTs 2-Ribeirão Preto, SP
Ts 3-Juiz de Fora, MG
Tecoma stans
Pyrostegia venusta
Figura 1: Localização e código das populações de P. venusta e T. stans estudadas no Brasil e na Argentina.
1. Populações Estudadas (Fig. 1)
As populações Pv
1 e Ts 1
corroboram a
autofertilidade
descrita por outros
autores nas duas
espécies
estudadas (Tabela
1).Plântulas de polinizações cruzadas são mais vigorosas, com maior
emergência, enquanto as de autopolinizações têm maior tempo
médio de emergência e menor sobrevivência em P. venusta (Tabela
2).
Em T. stans, plântulas de polinizações cruzadas apresentam maior
emergência, tempo médio, sobrevivência (Tabela 2) e massa seca
subterrânea (Tabela 3).
O número de embriões por
semente foi verificado através
de dissecação de sementes
para todas as populações.
O número cromossômico foi
verificado nas populações Pv
1, Ts 1 e Ts 2 através células
mitóticas de pontas de raízes. Foram analisadas 20 células em
metáfase mitótica para cada população. Foram analisadas de 50 a 200 sementes
por população.
Todas as populações são
monoembriônicas, reforçando
a ausência de apomixia. As
populações deT. stans são
diplóides, enquanto a de P.
venusta é tetraplóide (Fig. 4).
Tabela 3: Massa de plântulas (média ± DP) em Tecoma stans (Bignoniaceae). MSPA: Massa seca da parte aérea; MSPS: massa seca da parte subterrânea; MST: massa seca total.
Em P. venusta não houve
diferença nas medidas de
massa seca das plântulas
entre os tratamentos
(dados não apresentados).
Objetivou-se estudar a relação entre sistema reprodutivo,
ploidia e número de embriões por semente, além da ocorrência
de depressão endogâmica através do desenvolvimento de
plântulas nestas espécies.
PPG
Valores seguidos por letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste de Tukey
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS
Figura 4: Células em metáfase mitótica. A. População Ts1 deT. stans diplóide com 2n=36. B. População Pv1 de P. venusta é poliplóide com 2n=80. Barras = 10µm.
A B
A autofertilidade pode estar relacionada ao amplo cultivo de
T. stans e à poliploidia em P. venusta. Os dados de
emergência e desenvolvimento de plântulas indicaram a
ocorrência depressão endogâmica para ambas as espécies.
CONCLUSÃO
Polinizações experimentais MSPA (mg) MSPS (mg) MST (mg)
Polinização natural 43,28±15,57a 16,00±6,39ab 59,28±20,96a
Polinização manual cruzada 45,77±17,73a 18,76±9,40a 64,53±26,06a
Autopolinização manual 37,55±18,33a 13,60±6,15b 51,15±23,54a
Análise de variância: F (P < 0,05)
F2,87=1,791 (P=0,173)
F2,87=3,318 (P=0,041)
F2,87=2,446 (P=0,093)