Estruturas organizacionais e comportamentos profissionais

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Estruturas organizacionais e

comportamento profissional

Uma análise do trabalho na sociedade pós-industrial

Ralph J. R. Filho

Considerações

Dois pontos

1. Organização industrial

2. Postura profissional

Considerações

Organização industrial

◦ Formato adequado a organizações cujo

negócio é a produção de bens de consumo

através de um processo mecânico repetitivo e

braçal

Organização industrial

Organização industrial

Características

◦ Repetição

◦ Trabalho supervisionado

◦ Hierarquia verticalizada

◦ Horários rígidos

◦ Pouco ou nenhum crescimento profissional

◦ Pouco ou nenhuma realização pessoal

◦ Pouco ou nenhuma qualificação necessária

Organização industrial

Consequências

◦ Frustração do profissional, stress

◦ Desqualificação

Organização industrial

Organização industrial

Realidade

◦ Mais de 200 anos desta estrutura aculturaram

as pessoas

◦ O modelo continua sendo utilizado em vários

lugares pelo costume e pela facilidade de

compreender o método organizacional

Organização industrial

Sociedade pós-industrial (De Masi)

◦ Pessoas menos preocupadas com o consumo,

mais preocupadas com qualidade de vida

◦ Profissionais buscam realização no trabalho e

não apenas o seu sustento

◦ O modelo é o trabalho do artista, que mistura

diversão com produtividade

◦ Trabalho intelectual

Sociedade pós-industrial

A estrutura organizacional industrial

provavelmente não é a ideal para

profissionais que produzem um trabalho a

partir do seu intelecto

Sociedade pós-industrial

Premissas

Empresários que compreendem a relação

entre

◦ Produtividade e Inspiração

Publicitários

Engenheiros

Analistas e Desenvolvedores de software

Arquitetos

Designers

Etc...

Sociedade pós-industrial

Premissas

Empresários que compreendem a relação

entre

◦ Qualidade e Qualificação

Profissionais qualificados adquirem maior

conhecimento que, com o tempo, resultará em

maior habilidade e irá gerar impacto na qualidade

do produto e/ou serviço

Sociedade pós-industrial

Premissas

Empresários que compreendem a relação

entre

◦ Ócio criativo (De Masi)

Tempo livre não é necessariamente um desperdício

O trabalhador intelectual não se desliga do trabalho

quando vai para a sua casa, diferente do trabalhador

braçal

Quantidade de tempo não significa produtividade

Sociedade pós-industrial

Premissas

Profissionais que estejam

◦ Identificados com o que fazem

Sentir-se bem com o trabalho que faz é parte

fundamental da mudança organizacional

Foco na sua área de domínio buscando boas

condições de trabalho

Sociedade pós-industrial

Premissas

Profissionais que estejam

◦ Com consciência de responsabilidade

profissional

Respeito aos valores da organização em que atuam

Tratar a organização em que atua como seu cliente

Sociedade pós-industrial

Exemplos de empresas que modificaram a

forma de gerenciar seus colaboradores

resultaram em sucesso

Sociedade pós-industrial

Revolucionou a indústria de automóveis

dos anos 60, 70 e 80 tornando-se um

sucesso mundial

Trabalha com times de alto desempenho,

aonde especialistas se auto-gerenciam

Incentivo à qualificação profissional

Sociedade pós-industrial

Responsável pela disseminação dos

computadores pessoais é uma das

maiores empresas de software do mundo

Aloca os profissionais aonde eles tem

maior afinidade

Permite a personalização do ambiente de

trabalho

Microsoft

Considerações

Estas organizações não fazem isto porque

são “boazinhas”

Intelectuais felizes e satisfeitos criam

soluções melhores e de maior qualidade

Em cenários de alta competitividade é

preciso ser diferente e atrativo para

contratar e manter talentos

Manter talentos é um grande desafio

Considerações

Postura profissional

◦ Mesmo em postos de trabalhos intelectuais,

algumas pessoas mantém o pensamento da

estrutura industrial

No caso dos empresários

◦ Criam cabides de empregos preenchidos por

“coordenadores”, “supervisores” e “gerentes”

cujo papel é “chicotear as costas dos

trabalhadores”

Postura profissional

No caso de alguns profissionais

◦ Acomodam-se quando alcançam um cabide,

caso lhe falte a responsabilidade profissional

O trabalhador “escravo”

◦ Passa a ser dependente da empresa

◦ Raramente evolui

◦ Raramente busca qualificação

◦ Raramente critica uma atividade recebida

Consequências do trabalhador que

não se identifica com o que faz http://www.youtube.com/watch?v=mmW

ODyD6_XE

00:00 a 01:14

Mudança cultural

Ao invés de gerentes, as empresas adaptadas a sociedade pós-industrial busca líderes

Um líder pode ser um profissional competente na sua área que também apoia o time para buscar objetivos em comum para a organização, remove obstáculos e serve como referência

Nem todo gerente é líder e nem todo líder é gerente

Mudança cultural

Além de líderes, as empresas buscam

empreendedores. Pois é possível ser

empreendedor dentro de uma

organização.

Conhecer o negócio da empresa

Busca novas oportunidades

Waldez: os novos líderes e o

colaborador empreendedor http://www.youtube.com/watch?v=_ixT4

MSxjmE

00:00 a 04:20

Mudança cultural

Portanto, para estar identificado com o

que faz é preciso saber qual o teu perfil,

quais as tuas maiores competências,

conhecer as tuas fraquezas e gerenciá-las.

Um profissional bem colocado no

mercado de trabalho tende a estar mais

motivado e fazer o seu trabalho com

maior satisfação buscando a realização

pessoal.

Organização pós-industrial

Os empresários podem facilitar a

realização pessoa dos profissionais

fazendo com que estes sintam-se parte

do sucesso da empresa, da qualidade dos

produtos/serviços e da satisfação dos

clientes.

Waldez e a motivação do

profissional http://www.youtube.com/watch?v=_ixT4

MSxjmE

04:30 a 05:49

Motivação do profissional

Os empresários podem

◦ Ajudar os funcionários entenderem as estratégias de negócios da empresa

◦ Ajudar os funcionários a compreender como eles contribuem para que os objetivos de negócio da empresa sejam realizados

◦ Compartilhar informações com os funcionários sobre como a empresa está “indo” nos seus negócios e como está a movimentação de contratações, promoções e saídas de funcionários

Motivação do profissional

Segundo o portal Right Management, baseado em um estudo feito com mais de 30.000 funcionários

Os cinco maior produtores de saúde e bem-estar são ◦ Deixar que os funcionários estabeleçam um equilíbrio

razoável entre trabalho e vida familiar

◦ Garantir que existem pessoas prontas para ocupar cargos quando as posições tornarem-se disponíveis

◦ Assegurar que a organização participe de apoio à comunidade

◦ Agir com eficácia na atração e preservação de talentos

◦ Investir no aprendizado e no desenvolvimento das pessoas

http://www.gaterlist.com/portal/right-management-aponta-os-efeitos-

dos-investimentos-em-bem-estar-nas-empresas/

Motivação do profissional

Right Management

◦ O desenvolvimento de oportunidades de

carreira inspira o colaborador a dar o melhor

de si e a usar todos os seus recursos e

habilidades, o que, consequentemente, eleva o

nível de desempenho organizacional

Aptidões

Para os profissionais é importante

equilibrar aptidões técnicas com pessoais.

Os 15 clichês de carreira

Estudo realizado pela revista Exame da

editora Abril

Cliches de carreira que a maioria das

pessoas repete mas não deveria

Os 15 clichês de carreira

1. “Você tem que planejar os

próximos cinco anos da sua

carreira”

◦ O planejamento não precisa ser estático

2. “Faça o que você ama que o

dinheiro te seguirá”

◦ Fazer o que gosta sim, mas não é garantia

de dinheiro. A tragédia é fazer o que não

gosta ganhando pouco

Os 15 clichês de carreira

3. “Se você gosta do seu trabalho,

será sempre feliz”

◦ Todo trabalho tem altos e baixos.

4. “Para ter sucesso na carreira, é

preciso ser chefe”

◦ Nem sempre. É preciso conciliar satisfação

pessoal com o sucesso. Líderes recebem

mais pressão e tem desafios diferentes.

Os 15 clichês de carreira

5. “Para ficar rico, você tem que ser empreendedor”

◦ A maioria das empresas não sobrevive ao primeiro ano. É preciso ter perfil empreendedor e ter conhecimento em administração.

6. “Existe um limite pra o crescimento profissional”

◦ O conhecimento não tem fim. Sempre existirá algo para aprender e se atualizar

Os 15 clichês de carreira

7. “Profissões em alta são garantia de

emprego”

◦ A demanda elevada de hoje pode ser a

saturação do amanhã.

8. “Quem tem um salário maior é

mais feliz”

◦ “Isso faz parte de um clichê macro da vida

que diz que dinheiro traz felicidade”

Os 15 clichês de carreira

9. “Ideias boas se vendem sozinhas”

◦ A sua sacada pode até ser sensacional, mas

se você não souber como embalá-la, as

chances da ideia não ser aceita aumentam.

◦ “As pessoas tendem a se apaixonar pelas

próprias ideias e não levam em conta as

questões políticas, nem como deve

apresentá-las. Não é bem assim”

Os 15 clichês de carreira

10. “Fazer hora extra no trabalho é sinônimo de produtividade”

◦ “Quem tem a mesa lotada de afazeres, vira a noite trabalhando, não necessariamente é o mais produtivo”.

11. “A fórmula do sucesso alheio terá o mesmo efeito para você”

◦ Não é porque o caminho escolhido pela concorrência deu certo, que você deve segui-la.

Os 15 clichês de carreira

12. “Faça o curso que todo mundo

fez|faz”

◦ “Aposte em um curso diferente que torne

você especial, que traga uma contribuição

diferente para a companhia”. E que seja

coerente com suas aspirações profissionais.

Os 15 clichês de carreira

13. “Ter uma carreira internacional é

essencial – e vai fazer você feliz”

◦ Carreira internacional não é para todo

mundo.

◦ “Você passa metade do mês dentro de um

avião, dormindo em hotel. É difícil ter rotina,

dificulta o relacionamento”.

Os 15 clichês de carreira

14. “Mercado de trabalho é ruim para

todos que têm mais de 40 anos”

◦ Com o descompasso entre procura e oferta

de profissionais qualificados, os recrutadores

estão de olho nos currículos cheios de

experiência. Para profissionais atualizados.

Os 15 clichês de carreira

15. “Se mudar de carreira, tudo que

aprendi até agora será em vão”

◦ “O conhecimento sempre é aproveitado.

Talvez você não utilize as mesmas

competências, mas, indiretamente, você pode

transformar a experiência em

conhecimento”

Considerações Finais

Pode-se misturar o trabalho com a

diversão e o jogo

O compulsivo pelo trabalho pode virar

escravo de processos, documentos,

planilhas e não utiliza tempo para criar,

ter ideias, inovar

Considerações Finais

Devemos nos libertar dos cargos

gerenciais e aplicar a liderança que faz a

diferença e traz os resultados

Tanto o líder quanto os colaboradores

destacam-se no mercado de trabalho se

tiverem um perfil empreendedor

“Gostar daquilo que faz”