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EGRÉGORA
Por causa da Egrégora, Grupos Iniciáticos costumam se reunir sempre nos mesmos dias
e horários da semana. Desta maneira, mesmo se um membro não puder comparecer, ele
pode emanar pensamentos para colaborar na Grande Obra. O simples fato dele se
posicionar mentalmente dentro do templo durante o período de trabalho já o coloca em
sintonia com a egrégora que estiver ativada.
Qual é o coletivo dos pensamentos?
“Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.
Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar”
- Johann Wolfgang von Goethe -
Uma Egrégora representa o conjunto de formas-pensamento de duas ou mais pessoas,
voltado para uma determinada finalidade. O conhecimento a respeito de Egrégoras
talvez seja uma das coisas mais importantes. A Egrégora forma o coração e o espírito de
todas as Ordens Iniciáticas e profanas. É ela quem protege e auxilia em nos trabalhos.
Embora a palavra não exista em nosso idioma, não ser listada em nossos dicionários, e o
seu aparecimento na maçonaria tenha acontecido nos anos 80, a egrégora existe desde
os primórdios da humanidade, desde o aparecimento da criatura humana.
A utilização do Termo Egrégora pode gerar aos pesquisadores diferentes compreensões,
mas afinal o que exatamente significa Egrégora?
Segundo as doutrinas que aceitam a existência de egrégoros, estes estão presentes em
todas as coletividades, sejam nas mais simples associações, ou mesmo nas assembléias
maçônicas e religiosas, gerado pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais
de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.
Algumas definições são bastante enfáticas: “Palavra que se tornou popular entre os
espiritualistas, significa a aura de um local onde há reuniões de grupo, e também a aura
de um grupo de trabalho”
Outras definições são mais exóticas: “Egrégoras são entidades autônomas, semelhantes
a uma classe de “devas” que se formam pela persistência e a intensidade das correntes
mentais realizadas nos centros verdadeiramente espiritualistas; pois nos falsos tais
criações psicomentais se transformam em autênticos monstros, que passam a perseguir
seus próprios criadores, bem como os freqüentadores desses centros”.
Egrégora, provém do grego “egregoroi”, do latim “gregariu”, do celta “egregor”, do
francês “égrégor”, do alemão “eggregore”, do finlandês “egregoi”…
Egrégora, ou egrégoro para outros, (do grego egrêgorein, velar, vigiar), é como se
denomina a entidade criada a partir do coletivo pertencente a uma assembléia.
A definição um pouco mais clássica: “designa a força gerada pelo somatório de energias
físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer
finalidade. A egrégora acumula a energia de várias freqüências. Assim, quanto mais
poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela
incorpore às dos demais”.
Vem a ser uma “forma-pensamento?
Existem dimensões físicas fora do que chamamos “plano material”, que os ocultistas
dominam há séculos, mas que os cientistas ortodoxos ainda estão engatinhando em suas
experiências. Nestas outras faixas vibratórias residem os pensamentos, emoções e
conceitos, além dos chamados “fantasmas” ou “espíritos”. O plano sutil mais próximo
do Plano Material é o Plano Astral.
Uma egrégora é o conjunto é a somatória de energias mentais, de formas-pensamento
criadas por um grupo ou agrupamentos, com uma mesma finalidade. Como disse a
bíblia, “Onde dois ou mais se reunirem em meu nome, eu estarei entre eles”. Ou seja:
quando duas ou mais pessoas se reúnem ao redor de um único objetivo, estas formas-
pensamento se somam e geram algo maior, mais dinâmico. E quanto mais concentrados,
intensos e constantes forem estes pensamentos, maior o campo de atuação desta
egrégora. Aqui está o segredo e a base da Ritualística, ou seja, da repetição. Aliás, a
título de curiosidade, “ritual” vem do grego “Arithmos”.
Se considerarmos esta como sendo uma definição mais ou menos válida, podemos tecer
algumas conclusões.
Se a Egrégora é a somatória de energias, não há limites para que nível de freqüência
seja a sua fonte criadora, assim pode existir em potencialidade Egrégoras com
freqüências elevadas e egrégoras com freqüências vibratórias menos elevadas ou se
preferirem “negativas”.
A existência de diferentes freqüências reforça a antiga lei da dualidade entre o positivo e
o negativo, ou ainda entre o claro e o escuro e o bem e o mal, embora esta última
definição careça de uma analise mais profunda.
Se for então verdadeiro que a somatória de forças vibratórias ressonantes se soma no
Éter é provável que esta força criada seja capaz de prover seus geradores de
potencialidades, esta hipótese se confirma pela manifestação material do que pode se
chamar de energia construtiva (ou destrutiva) dos diversos grupos religiosos, esotéricos
ou metafísicos.
Quer me parecer que o mais correto seria considerarmos a hipótese de que realmente
possa existir uma Egrégora positiva construtiva, assim como pode haver uma egrégora
negativa ou destruidora, até porque, se existe como conhecemos uma arvore da vida
cuja existência representa o caminho da queda e da reintegração em ultima analise,
também devemos considerar que para que esta arvore exista e permaneça ereta é
necessário raízes ou outra arvore imersa na escuridão da terra. Em ultima analise o bem
e o mal competem para o equilíbrio das forças. Alias o equilíbrio é o objetivo e não o
caminho entre os extremos.
Talvez a pergunta mais enfática seja: qual é exatamente a fonte geradora desta energia
potencial que anima e mantém uma Egrégora? Como fisicamente isto ocorre? Como as
energias vibram em ressonância?
A resposta talvez esteja na Constância, na geração uniforme e linear da mesma e única
energia. Como isto pode acontecer?
Possa aí estar depositada a tradição do ritual e das cerimônias Templárias das diferentes
tradições, inclusive a Martinista. Tal qual um gerador ou dínamo, a permanência do eixo
girando sempre no mesmo sentido, velocidade e harmonia é garantia da geração da
energia elétrica que é o seu resultado.
O trabalho templário regular, constante, harmônico somado aos interesses superiores de
seus praticantes é a fonte geradora de um nível vibratório elevado, alimentador
constante de uma Egrégora capaz de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos
que dela usufruem.
Esta tese também responde a uma questão importante, diz a tradição Martinista que para
trabalhar no caminho do equilíbrio não é permitido a “venda”, negociação ou
pagamento de graus ou conhecimentos, ou seja, num grupo Martinista o dinheiro não
pode e não deve ser uma preocupação, muito menos um objetivo, tais necessidades
dentro de um Templo prejudicaria a própria energia potencialmente criadora.
Se os Martinista almejam um dia virem a ser os Soldados de Nosso Senhor, os
Guardiões do Vaso Sagrado, os Sentinelas do Santo Sepulcro, certamente devem
primeiro ser os combatentes fervorosos do Bem sobre o mal, das virtudes sobre os
vícios, da riqueza espiritual sobre a mediocridade material.
Se isto não é possível em cada segundo de sua vida, uma vez que estamos
invariavelmente imersos num mundo globalizado e repleto de necessidades sociais, que
o seja pelo menos em espírito, na vontade, em seu Templo.
Sempre e Sempre para a Glória de Yeschouá o Grande Arquiteto do Universo!
A Egrégora Maçônica
O nosso Irmão Castellani, discorda do culto à egrégora maçônica, por julgá-la um termo
novo em nossa Ordem e, quem somos nós para contestá-lo? Acontece que há duas
correntes entre os escritores maçônicos, os ocultistas e os mais tradicionalistas, que
crêem apenas no palpável.
Eu sou ledor, admirador e seguidor do “castelanismo”, por entender que o irmão
Castellani é o “papa” dos escritores maçônicos, mas, creio nas coisas que podemos ver,
desde que vemos os seus efeitos; é apenas uma questão de ponto de vista.
Nós somos por células, e estas por átomos, moléculas e núcleos e, em sendo assim,
somos um condensador de energia; somos um corpo energizado. Sabemos também que
a energia pode ser positiva, ou negativa, dependendo, no caso do ser humano, do seu
estado de saúde física, e ou psíquica Eric Bern, em Relações Transacionais
(psicologia) afirma que a peso pode estar OK, ou não OK. Querendo dizer, positiva, ou
negativa.
Quando estamos com a saúde perfeita, bem com a família, bem com os irmãos da
Ordem, nós estamos positivos, e em caso contrário, estamos negativos, é claro.
Já existe prova científica da existência da aura humana, vista através da fotografia
Kirlian, que mostra a nossa aura com as suas cores e segundo os doutos no assunto, são
as cores que determinam o estado de saúde física e ou psíquica, da pessoa no momento.
Hoje já se conhece a cromoterapia, ou seja, a cura através das cores, mas por ser uma
ciência nova, ainda é um pouco desacreditada.
É claro, lógico, matemático, óbvio, evidente e axiomático, (pleonasmos à parte) que não
detenho provas científicas da existência da Egrégora, e expresso apenas o conhecimento
empírico, como o meu modo de pensar, de ver, de acreditar. Acredito que a egrégora
seja a soma algébrica das auras positivas e negativas das pessoas que estejam num
determinado local. Como exemplo, na formação de uma Cadeia de União, as auras
positivas anulam as negativas e daí se forma a egrégora positiva. No caso das auras
negativas serem em número maior do que as positivas, a egrégora será negativa ou não
se formará.
Podemos verificar isto quando estamos em um ambiente que deveria ser de alegria,
uma festa, mas, as pessoas não se congregam, de uma ou de outra maneira e o ambiente
se torna tenso, pesado. As vezes numa sessão maçônica nós sentimos que a coisa não foi
bem, não foi positiva. Talvez a causa seja o número de auras negativas maior do que as
positivas dos irmãos ali presentes.
Entendo pois, que a egrégora é a congregação de várias pessoas voltadas para um
pensamento afim, que a egrégora maçônica é formada pelo desejo dos irmãos voltados
para o seu semelhante, é o desejo da liberdade, da igualdade e da fraternidade, tríade de
sustentação na formação de uma sociedade justa e perfeita.
Egrégora – Fenômeno da Força Incógnita
Com a vontade pura e a retidão de propósitos deverá estar o Iniciado Maçom revestido
ao ingressar junto à soleira do Templo para início de mais uma jornada de trabalho.
Exotericamente o fará sempre com o lado esquerdo ligeiramente avançado para que os
caminhos do magnetismo destrocêntrico possam se manifestar com maior amplitude já
logo de sua chegada para o convívio inicial com seus irmãos que o aguardam.
Quanto mais se repete a ritualística, maior e mais forte é a Egrégora; Quanto mais
concentração se coloca nos pensamentos, maior e mais forte é a Egrégora; quanto mais
emoção se coloca nesta ritualística, mais forte é a Egrégora. Em algum tempo, este
verdadeiro colosso de energia mental, emocional, espiritual adquire “vida própria” e
passa a auxiliar a causa para qual aquele grupo trabalha.
Começa a ser desencadeada nesta hora, quando não por vontade própria, mas por dever
anímico, o maçom deverá entrar em um processo de “escaneamento das impurezas
profanas”, senão extirpando, pelo menos lutando para cauterizar de seu âmago as
amarguras da vida externa.
É bom notar que não apenas pessoas no Plano Material colaboram com a Egrégora, mas
também as Pessoas que estiverem no Plano Astral (é extremamente comum que antigos
mestres que já faleceram continuem a participar de reuniões dentro das ordens e
instituições que faziam parte).
É nessa hora que o primeiro passo, de um fenômeno que adiante será descrito começa a
se apontar. Daí, temos a importância do sentido de introspecção de que o maçom deve
estar imbuído, pois o elo que nos une como se verdadeiros irmãos fôssemos, começará
dentro da mística maçônica a se formar. Os comportamentos profanos nesta hora hão de
cessar para dar lugar senão ao respeito à cerimônia que se inicia ao menos em respeito à
ética maçônica de que todos indistintamente devem observar.
Esotericamente antes dos irmãos adentrarem ao templo, com um único golpe mântrico
do bastão no chão mosaico o Augusto Irmão Mestre de Cerimônias ordena que os
espíritos se elevem, pois os trabalhos logo se iniciarão. Exotericamente com esse golpe
mântrico o som Se propaga e atinge o cérebro, já intimamente ligado ao significado
egregoral que, – disciplina e ordena à mente – a augusta sessão irá começar, o sinal foi
dado.
Mas é na abertura da loja, o Irmão Orador, que o fenônemo da Egrégora toma força. É
quando acena com a agradabilidade da convivência em união fraterna, e compara com
“o óleo precioso sobre a cabeça o qual desce para a barba, a barba de Aarão… é como o
orvalho do Hermon que desce sobre os montes de Sião… ali ordena o Senhor sua
benção e a vida para sempre…” que o amor fraterno é comparado ao óleo santo de
consagração e ao orvalho que umedece Jerusalém dando vida à natureza. Assim deve
ser a convivência fraternal, a tudo que permeia e umedece como a fina borrasca de um
final de madrugada.
No preciso momento da abertura e no curso da leitura de uma passagem do Livro da Lei
conforme o grau em que se abre a loja inicia-se a formação da Egrégora, se entrelaça
com o da espiritualidade.
Para se crer e entender o significado da Egrégora impõe-se primeiramente acreditar na
existência do espírito. Neste sentido a Constituição de Anderson em seu 20º Landmark,
– os landmarks da Maçonaria são um conjunto de princípios que não podem ser
alterados para que se mantenha a unidade maçônica mundial, criado em 1723 por James
Anderson – exige do maçom uma crença na vida futura. E para não incorrer em erro
substancial neste assunto de tamanha profundidade “que não sabe ler nem escrever” e
está longe de dominar, mas podemos ficar com a lição de Aristóteles (Estagira – Grécia
384 a.C) e sua sabedoria grandiosa que distingue a alma do espírito: “A alma é o que
move o corpo e percebe os objetos sensíveis; caracteriza-se pela auto-nutrição,
sensibilidade, pensamento e mobilidade; mas o espírito tem função mais elevada do
pensamento que não tem relação com o corpo, nem com os sentidos”.
Quanto à referência à doutrina, pode-se colher no ensinamento a seguinte lição.
“Chama-se egrégora uma entidade, um ser coletivo originado por uma assembléia, cada
Loja possui a sua egrégora, cada obediência possui a sua, e a reunião de todas essas
egrégoras forma a grande Egrégora Maçônica”.
Ensinam que Egrégora deriva do grego: `egregorien`, com o significado de velar ou
vigiar.
Serge Marcotoune, iminente mestre do Martinismo russo, constata que a energia
nervosa se manifesta por raios no plano astral. O plano astral estaria cheio de miríades
de centelhas, flechas de cores das idéias-força. “Cada pensamento, cada ação a que se
mistura um elemento passional de desejo, se transmite em idéia-movimento dinâmica,
completamente separada do ser que a forma e a envia, mas seguindo sempre a direção
dada. Essas idéias seguem sua curva traçada pelo desejo do remetente”. É por isso que
precisamos controlar nossos desejos a fim de que eles não pesem sobre nós,
acorrentando-nos, imprimindo à nossa aura cores diferentes. A meditação e a prece do
iniciado regeneram seu ser, permitindo emitir idéias sadias e tranqüilizantes para que no
plano astral, os espíritos guias canalizem as idéias-força para zonas determinadas.
O maçom pode assim se aproximar dos seres superiores e elevados através somente do
seu livre-arbítrio. No astral nascerão os germes das grandes associações, das grandes
amizades, das grandes proteções. Mas como as egrégoras estão em constante
modificação, por força das variações das idéias-força, não possuem um ponto de apoio.
Por isso a necessidade da concentração sem esforço durante a ritualística, para que essa
egrégora possa permanecer o maior tempo possível ativa, constante e homogênea.
Emanuel Swedenborg diz que viajaremos em grupos unidos, sendo ensinados pelos
diversos grupos de anjos que formam sociedades a parte agrupadas em um grande corpo
por que segundo ele “o céu é um grande homem”.
O mestre Yeshuah – (עושי) é considerado por muitos ser o nome hebraico ou aramaico
de “Jesus”. Este nome é usado principalmente pelos judeus messiânicos – ou por
pesquisadores, historiadores e outras pessoas que crêem ser essa a pronúncia original. O
nome “Yeshua” deriva-se de uma raiz hebraica formada por quatro letras – ישוע (Yod,
Shin, vav e Ain) – que significa “salvar”, sendo muito parecido com a palavra hebraica
para “salvação” – hauhsey ,ישועה– e é considerada também uma forma reduzida pós-
exilio babilônica do nome de Josué em hebraico – ’auhsoheY ,יהושע– que significa “o
Eterno que salva” -, citado pelo apóstolo Mateus, disse: “Onde dois ou três estiverem
reunidos em meu nome, eu estarei entre eles”.
O Martinismo – Ordem Esotérica criada por Papus baseada nos escritos de Saint-Martin
que hoje faz parte dos Graus Superiores da Ordem Rosa- Cruz -, escreveu que “todo
coletivo constitui na verdade, uma família no plano espiritual. Por isso jamais se deve
responder ao ódio com o ódio, porque então as duas egrégoras formariam uma aliança
estreita para o mal.
Egrégora é uma forma pensamento que é criada por pensamentos e sentimentos, que
adquire vida e que é alimentada pelas mentalizações e energias psíquicas. É uma
entidade autônoma que se forma pela persistência e intensidade de correntes emocionais
e mentais. Pensamentos e sentimentos fracos criam egrégoras mal definidas e de pouca
vida ou duração, porém pensamentos e sentimentos fortes criam egrégoras
poderosíssimas e de longa duração.
Existem egrégoras positivas que protegem, atraem boas energias e afastam cargas
negativas, e egrégoras negativas que fortalecem o mal, canalizam forças negativas e
repelem forças positivas.
Locais sagrados como as localidades de Aparecida do Norte (Brasil), Lourdes (França)
e Fátima (Portugal), têm egrégoras poderosíssimas, formadas pela fé e mentalizações
dos devotos, que acumulam as energias psíquicas dos fiéis, e quando alguém consegue
canalizar para si as energias psíquicas acumuladas na egrégora provoca o conhecido
“milagre”. Esta é a explicação oculta da realização de grande parte dos milagres que
acontecem. Os locais possuem egrégoras formadas pelas energias psíquicas de seus
freqüentadores que as canalizam em seu benefício através da fé.
A origem do termo Egrégorra é a mesma de “gregário”, do latim gregariu: o que faz
parte da grei, ou seja, rebanho, congregação, sociedade, conjunto de pessoas. No plano
da espiritualidade, usa-se o nome egrégora para designar um grupo vibracional, um
campo de energia sutil em que se congregam forças, pensamentos ou vibrações com um
determinado objetivo.
A egrégora pessoal é formada pelas energias psíquicas da pessoa e principalmente pelos
seus pensamentos. Assim, uma pessoa psiquicamente equilibrada e com pensamentos
positivos, cria uma egrégora positiva. Do mesmo modo, uma pessoa desequilibrada
emocionalmente e negativa cria uma egrégora negativa. Porque a egrégora é como um
filho coletivo que se realimenta das mesmas emoções que a criaram.
O maçom correto deve ter plena convicção de que as suas aspirações e desejos de bem,
ainda que em pensamentos, nenhuma se perde. Nossa vida deve produzir idéias-força
poderosas. Esse é o segredo da prece dos ditos “fracos”.
A maçonaria aceita a presença da Egrégora em suas sessões litúrgicas. A egrégora é
uma “entidade” momentânea que subsiste enquanto o grupo está reunido.
Para que ela surja é necessária a preparação ambiental, formada pelo som, pelo perfume
do incenso e pelas vibrações dos presentes. Estas vibrações devem ser puras.
O maçom deve eliminar, ainda no átrio, todos os pensamentos inapropriados para o
culto maçônico. A ritualística e a liturgia – o vocábulo “Liturgia”, em grego, formado
pelas raízes leit- (de “laós”, povo) e – urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou
trabalho público.
Por extensão de sentido, passou a significar também, no mundo grego, o ofício
religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um caráter eminentemente
público -, prepara o surgimento da egrégora, no exato momento em que o Irmão Orador
termina a leitura em voz alta, do trecho do livro sagrado, a egrégora forma-se brotando
do altar como tênue fio espiritual para adquirir corpo etéreo com as características
humanas.
Os mais sensitivos percebem esta entidade, ela se mantém silenciosa, mas atua de
imediato, em cada maçom presente, dando-lhe a assistência espiritual de que necessita,
manipulando as permutas de maçom para maçom, construindo assim a Fraternidade –
segundo o apóstolo Pedro era o tipo de união que identifica os verdadeiros cristãos. Para
cada loja forma-se uma egrégora específica.
Os céticos não aceitam esta entidade, porém os estudos aprofundados revelarão a
possibilidade de seu surgimento. Porém, esta entidade não deve ser motivo de adoração,
pois é uma entidade formada pela força mental e pelas vibrações do conjunto. A
egrégora é a materialização da força do maço enquanto em loja.
Conclusões
“Aqueles que “nada vêem”, que “nada sentem” e que atuam “mecanicamente” que
participam da cerimônia porque a isso foram conclamados pelo Venerável Mestre,
devem aceitar o desafio de participação efetiva e espiritual. Então, só assim, hão de se
dar conta que maçonaria não é um clube social ou recreativo. ”
Todo trabalho e operação são compostos de três partes: a “Abertura dos Trabalhos”, o
“Trabalho” e o “Fechamento dos Trabalhos”.
Abrindo e Fechando as Egrégoras. Esta ritualística de abrir e fechar egrégoras se repete
em absolutamente todos os lugares: desde os maçons, rosacruzes e demolays que se
paramentam para seus trabalhos até patricinhas e dançarinas de bailes funk que se
vestem e se maquiam antes de sair para a balada, passando por médicos, bombeiros,
policiais, professores, cientistas, trabalhadores que “batem cartão”, padres com suas
batinas rezando uma missa, pais-de-santo com suas roupas brancas, médiuns kardecistas
com seus aventais, sacerdotes e sacerdotisas wiccans com seus mantos (ou sem roupas),
torcedores de times de futebol que vestem a camisa de sua torcida antes de irem ao jogo,
lutadores que vestem seus kimonos antes de praticarem seus treinos e assim por diante.
Tudo o que envolver estar “no mundo profano”, uma transição para um ato e um
posterior retorno ao mundo profano está ligado diretamente a uma Egrégora. Assistir
passivamente uma novela é pertencer a uma egrégora.
A egrégora pode ser associada à consciência do grupo, mas ela é, ao mesmo tempo, algo
mais do que isso.
Aprendemos que quando dois ou mais se reúnem em um esforço conjunto, é criado algo
maior que a soma de seus esforços pessoais. Daí, podemos comparar essa idéia, a idéia
de que o Todo é maior do que as partes que o compõem. Também não devemos nos
esquecer que a egrégora de nossa Ordem inclui todos os maçons vivos e também
aqueles que passaram pela transição e hoje vivem no Oriente Eterno. A egrégora é,
portanto o resultado de nosso pensamento criativo nos planos exotérico e esotérico do
pensamento.
A egrégora surge em loja a partir do esforço e da meditação de cada irmão. É um ser
diáfano – em que a luz passa parcialmente; translúcido -, que apesar de compacta deixa
transparecer a luz que mesmo emana e absorve.
Ela atua equilibrando as desigualdades emocionais e espirituais dos Irmãos em loja.
Grande é sua atuação na Cadeia de União. E somente em Loja existe e existe oriunda da
formação assemblear, onde todos nós irmãos, somos condôminos deste fenômeno.
Representa na sua forma mais sublime a expressão “Estar a Coberto”. Mais do que um
manto protetor, configura para o maçom a materialização de sua fraternidade quando
um pouco de si é ofertado, por um mecanismo sobrenatural e divino ao Irmão
necessitado.
Para tanto se impõem as posturas mentais, espirituais e corpóreas mencionadas, não
somente como um exercício de Virtudes Teologais – têm este nome porque são
ordenadas direta e imediatamente para Deus como fim último.
Têm Deus como origem, motivo e objeto – (Fé, Esperança e Caridade) e Cardiais – elas
são derivadas inicialmente do esquema de Platão e foram adaptadas por: Santo
Ambrósio, Agostinho de Hipon e Tomás de Aquino – (Prudência, Temperança, Justiça e
Coragem), mas como também na visão Aristotélica de perfilar pelo caminho do justo
meio o bem absoluto e teleológico do ser humano: a felicidade; que para nós pode ser
simbolizada pelo alcançar do cume da Escada de Jacó, para que possamos um dia gozar
com firme fé da glória do Grande Arquiteto Do Universo e ao seu lado tomarmos
assento, para que possamos descobrir em cada Irmão nossos dons espirituais mais
acanhados e possamos sempre nos orgulhar dos verdadeiros motivos que nos levam a
estar em fraternidade, na esteira do pensamento do filósofo Immanuel Kant, em seu
imperativo categórico “age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser elevada, por
sua vontade, à categoria de lei, e de lei de universal observância”.
Tudo isso para que possamos sempre contribuir para o crescimento espiritual de nossa
loja, alijando o comportamento profano que obscurece a formação da egrégora.