EGRÉGORA

9
EGRÉGORA Por causa da Egrégora, Grupos Iniciáticos costumam se reunir sempre nos mesmos dias e horários da semana. Desta maneira, mesmo se um membro não puder comparecer, ele pode emanar pensamentos para colaborar na Grande Obra. O simples fato dele se posicionar mentalmente dentro do templo durante o período de trabalho já o coloca em sintonia com a egrégora que estiver ativada. Qual é o coletivo dos pensamentos? “Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és. Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar” - Johann Wolfgang von Goethe - Uma Egrégora representa o conjunto de formas-pensamento de duas ou mais pessoas, voltado para uma determinada finalidade. O conhecimento a respeito de Egrégoras talvez seja uma das coisas mais importantes. A Egrégora forma o coração e o espírito de todas as Ordens Iniciáticas e profanas. É ela quem protege e auxilia em nos trabalhos. Embora a palavra não exista em nosso idioma, não ser listada em nossos dicionários, e o seu aparecimento na maçonaria tenha acontecido nos anos 80, a egrégora existe desde os primórdios da humanidade, desde o aparecimento da criatura humana. A utilização do Termo Egrégora pode gerar aos pesquisadores diferentes compreensões, mas afinal o que exatamente significa Egrégora? Segundo as doutrinas que aceitam a existência de egrégoros, estes estão presentes em todas as coletividades, sejam nas mais simples associações, ou mesmo nas assembléias maçônicas e religiosas, gerado pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. Algumas definições são bastante enfáticas: “Palavra que se tornou popular entre os espiritualistas, significa a aura de um local onde há reuniões de grupo, e também a aura de um grupo de trabalho” Outras definições são mais exóticas: “Egrégoras são entidades autônomas, semelhantes a uma classe de “devas” que se formam pela persistência e a intensidade das correntes mentais realizadas nos centros verdadeiramente espiritualistas; pois nos falsos tais criações psicomentais se transformam em autênticos monstros, que passam a perseguir seus próprios criadores, bem como os freqüentadores desses centros”. Egrégora, provém do grego “egregoroi”, do latim “gregariu”, do celta “egregor”, do francês “égrégor”, do alemão “eggregore”, do finlandês “egregoi”… Egrégora, ou egrégoro para outros, (do grego egrêgorein, velar, vigiar), é como se denomina a entidade criada a partir do coletivo pertencente a uma assembléia. A definição um pouco mais clássica: “desig na a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. A egrégora acumula a energia de várias freqüências. Assim, quanto mais

description

egregore

Transcript of EGRÉGORA

Page 1: EGRÉGORA

EGRÉGORA

Por causa da Egrégora, Grupos Iniciáticos costumam se reunir sempre nos mesmos dias

e horários da semana. Desta maneira, mesmo se um membro não puder comparecer, ele

pode emanar pensamentos para colaborar na Grande Obra. O simples fato dele se

posicionar mentalmente dentro do templo durante o período de trabalho já o coloca em

sintonia com a egrégora que estiver ativada.

Qual é o coletivo dos pensamentos?

“Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.

Saiba eu com que te ocupas e saberei também no que te poderás tornar”

- Johann Wolfgang von Goethe -

Uma Egrégora representa o conjunto de formas-pensamento de duas ou mais pessoas,

voltado para uma determinada finalidade. O conhecimento a respeito de Egrégoras

talvez seja uma das coisas mais importantes. A Egrégora forma o coração e o espírito de

todas as Ordens Iniciáticas e profanas. É ela quem protege e auxilia em nos trabalhos.

Embora a palavra não exista em nosso idioma, não ser listada em nossos dicionários, e o

seu aparecimento na maçonaria tenha acontecido nos anos 80, a egrégora existe desde

os primórdios da humanidade, desde o aparecimento da criatura humana.

A utilização do Termo Egrégora pode gerar aos pesquisadores diferentes compreensões,

mas afinal o que exatamente significa Egrégora?

Segundo as doutrinas que aceitam a existência de egrégoros, estes estão presentes em

todas as coletividades, sejam nas mais simples associações, ou mesmo nas assembléias

maçônicas e religiosas, gerado pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais

de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.

Algumas definições são bastante enfáticas: “Palavra que se tornou popular entre os

espiritualistas, significa a aura de um local onde há reuniões de grupo, e também a aura

de um grupo de trabalho”

Outras definições são mais exóticas: “Egrégoras são entidades autônomas, semelhantes

a uma classe de “devas” que se formam pela persistência e a intensidade das correntes

mentais realizadas nos centros verdadeiramente espiritualistas; pois nos falsos tais

criações psicomentais se transformam em autênticos monstros, que passam a perseguir

seus próprios criadores, bem como os freqüentadores desses centros”.

Egrégora, provém do grego “egregoroi”, do latim “gregariu”, do celta “egregor”, do

francês “égrégor”, do alemão “eggregore”, do finlandês “egregoi”…

Egrégora, ou egrégoro para outros, (do grego egrêgorein, velar, vigiar), é como se

denomina a entidade criada a partir do coletivo pertencente a uma assembléia.

A definição um pouco mais clássica: “designa a força gerada pelo somatório de energias

físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer

finalidade. A egrégora acumula a energia de várias freqüências. Assim, quanto mais

Page 2: EGRÉGORA

poderoso for o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela

incorpore às dos demais”.

Vem a ser uma “forma-pensamento?

Existem dimensões físicas fora do que chamamos “plano material”, que os ocultistas

dominam há séculos, mas que os cientistas ortodoxos ainda estão engatinhando em suas

experiências. Nestas outras faixas vibratórias residem os pensamentos, emoções e

conceitos, além dos chamados “fantasmas” ou “espíritos”. O plano sutil mais próximo

do Plano Material é o Plano Astral.

Uma egrégora é o conjunto é a somatória de energias mentais, de formas-pensamento

criadas por um grupo ou agrupamentos, com uma mesma finalidade. Como disse a

bíblia, “Onde dois ou mais se reunirem em meu nome, eu estarei entre eles”. Ou seja:

quando duas ou mais pessoas se reúnem ao redor de um único objetivo, estas formas-

pensamento se somam e geram algo maior, mais dinâmico. E quanto mais concentrados,

intensos e constantes forem estes pensamentos, maior o campo de atuação desta

egrégora. Aqui está o segredo e a base da Ritualística, ou seja, da repetição. Aliás, a

título de curiosidade, “ritual” vem do grego “Arithmos”.

Se considerarmos esta como sendo uma definição mais ou menos válida, podemos tecer

algumas conclusões.

Se a Egrégora é a somatória de energias, não há limites para que nível de freqüência

seja a sua fonte criadora, assim pode existir em potencialidade Egrégoras com

freqüências elevadas e egrégoras com freqüências vibratórias menos elevadas ou se

preferirem “negativas”.

A existência de diferentes freqüências reforça a antiga lei da dualidade entre o positivo e

o negativo, ou ainda entre o claro e o escuro e o bem e o mal, embora esta última

definição careça de uma analise mais profunda.

Se for então verdadeiro que a somatória de forças vibratórias ressonantes se soma no

Éter é provável que esta força criada seja capaz de prover seus geradores de

potencialidades, esta hipótese se confirma pela manifestação material do que pode se

chamar de energia construtiva (ou destrutiva) dos diversos grupos religiosos, esotéricos

ou metafísicos.

Quer me parecer que o mais correto seria considerarmos a hipótese de que realmente

possa existir uma Egrégora positiva construtiva, assim como pode haver uma egrégora

negativa ou destruidora, até porque, se existe como conhecemos uma arvore da vida

cuja existência representa o caminho da queda e da reintegração em ultima analise,

também devemos considerar que para que esta arvore exista e permaneça ereta é

necessário raízes ou outra arvore imersa na escuridão da terra. Em ultima analise o bem

e o mal competem para o equilíbrio das forças. Alias o equilíbrio é o objetivo e não o

caminho entre os extremos.

Talvez a pergunta mais enfática seja: qual é exatamente a fonte geradora desta energia

potencial que anima e mantém uma Egrégora? Como fisicamente isto ocorre? Como as

energias vibram em ressonância?

Page 3: EGRÉGORA

A resposta talvez esteja na Constância, na geração uniforme e linear da mesma e única

energia. Como isto pode acontecer?

Possa aí estar depositada a tradição do ritual e das cerimônias Templárias das diferentes

tradições, inclusive a Martinista. Tal qual um gerador ou dínamo, a permanência do eixo

girando sempre no mesmo sentido, velocidade e harmonia é garantia da geração da

energia elétrica que é o seu resultado.

O trabalho templário regular, constante, harmônico somado aos interesses superiores de

seus praticantes é a fonte geradora de um nível vibratório elevado, alimentador

constante de uma Egrégora capaz de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos

que dela usufruem.

Esta tese também responde a uma questão importante, diz a tradição Martinista que para

trabalhar no caminho do equilíbrio não é permitido a “venda”, negociação ou

pagamento de graus ou conhecimentos, ou seja, num grupo Martinista o dinheiro não

pode e não deve ser uma preocupação, muito menos um objetivo, tais necessidades

dentro de um Templo prejudicaria a própria energia potencialmente criadora.

Se os Martinista almejam um dia virem a ser os Soldados de Nosso Senhor, os

Guardiões do Vaso Sagrado, os Sentinelas do Santo Sepulcro, certamente devem

primeiro ser os combatentes fervorosos do Bem sobre o mal, das virtudes sobre os

vícios, da riqueza espiritual sobre a mediocridade material.

Se isto não é possível em cada segundo de sua vida, uma vez que estamos

invariavelmente imersos num mundo globalizado e repleto de necessidades sociais, que

o seja pelo menos em espírito, na vontade, em seu Templo.

Sempre e Sempre para a Glória de Yeschouá o Grande Arquiteto do Universo!

A Egrégora Maçônica

O nosso Irmão Castellani, discorda do culto à egrégora maçônica, por julgá-la um termo

novo em nossa Ordem e, quem somos nós para contestá-lo? Acontece que há duas

correntes entre os escritores maçônicos, os ocultistas e os mais tradicionalistas, que

crêem apenas no palpável.

Eu sou ledor, admirador e seguidor do “castelanismo”, por entender que o irmão

Castellani é o “papa” dos escritores maçônicos, mas, creio nas coisas que podemos ver,

desde que vemos os seus efeitos; é apenas uma questão de ponto de vista.

Nós somos por células, e estas por átomos, moléculas e núcleos e, em sendo assim,

somos um condensador de energia; somos um corpo energizado. Sabemos também que

a energia pode ser positiva, ou negativa, dependendo, no caso do ser humano, do seu

estado de saúde física, e ou psíquica Eric Bern, em Relações Transacionais

(psicologia) afirma que a peso pode estar OK, ou não OK. Querendo dizer, positiva, ou

negativa.

Quando estamos com a saúde perfeita, bem com a família, bem com os irmãos da

Ordem, nós estamos positivos, e em caso contrário, estamos negativos, é claro.

Page 4: EGRÉGORA

Já existe prova científica da existência da aura humana, vista através da fotografia

Kirlian, que mostra a nossa aura com as suas cores e segundo os doutos no assunto, são

as cores que determinam o estado de saúde física e ou psíquica, da pessoa no momento.

Hoje já se conhece a cromoterapia, ou seja, a cura através das cores, mas por ser uma

ciência nova, ainda é um pouco desacreditada.

É claro, lógico, matemático, óbvio, evidente e axiomático, (pleonasmos à parte) que não

detenho provas científicas da existência da Egrégora, e expresso apenas o conhecimento

empírico, como o meu modo de pensar, de ver, de acreditar. Acredito que a egrégora

seja a soma algébrica das auras positivas e negativas das pessoas que estejam num

determinado local. Como exemplo, na formação de uma Cadeia de União, as auras

positivas anulam as negativas e daí se forma a egrégora positiva. No caso das auras

negativas serem em número maior do que as positivas, a egrégora será negativa ou não

se formará.

Podemos verificar isto quando estamos em um ambiente que deveria ser de alegria,

uma festa, mas, as pessoas não se congregam, de uma ou de outra maneira e o ambiente

se torna tenso, pesado. As vezes numa sessão maçônica nós sentimos que a coisa não foi

bem, não foi positiva. Talvez a causa seja o número de auras negativas maior do que as

positivas dos irmãos ali presentes.

Entendo pois, que a egrégora é a congregação de várias pessoas voltadas para um

pensamento afim, que a egrégora maçônica é formada pelo desejo dos irmãos voltados

para o seu semelhante, é o desejo da liberdade, da igualdade e da fraternidade, tríade de

sustentação na formação de uma sociedade justa e perfeita.

Egrégora – Fenômeno da Força Incógnita

Com a vontade pura e a retidão de propósitos deverá estar o Iniciado Maçom revestido

ao ingressar junto à soleira do Templo para início de mais uma jornada de trabalho.

Exotericamente o fará sempre com o lado esquerdo ligeiramente avançado para que os

caminhos do magnetismo destrocêntrico possam se manifestar com maior amplitude já

logo de sua chegada para o convívio inicial com seus irmãos que o aguardam.

Quanto mais se repete a ritualística, maior e mais forte é a Egrégora; Quanto mais

concentração se coloca nos pensamentos, maior e mais forte é a Egrégora; quanto mais

emoção se coloca nesta ritualística, mais forte é a Egrégora. Em algum tempo, este

verdadeiro colosso de energia mental, emocional, espiritual adquire “vida própria” e

passa a auxiliar a causa para qual aquele grupo trabalha.

Começa a ser desencadeada nesta hora, quando não por vontade própria, mas por dever

anímico, o maçom deverá entrar em um processo de “escaneamento das impurezas

profanas”, senão extirpando, pelo menos lutando para cauterizar de seu âmago as

amarguras da vida externa.

É bom notar que não apenas pessoas no Plano Material colaboram com a Egrégora, mas

também as Pessoas que estiverem no Plano Astral (é extremamente comum que antigos

Page 5: EGRÉGORA

mestres que já faleceram continuem a participar de reuniões dentro das ordens e

instituições que faziam parte).

É nessa hora que o primeiro passo, de um fenômeno que adiante será descrito começa a

se apontar. Daí, temos a importância do sentido de introspecção de que o maçom deve

estar imbuído, pois o elo que nos une como se verdadeiros irmãos fôssemos, começará

dentro da mística maçônica a se formar. Os comportamentos profanos nesta hora hão de

cessar para dar lugar senão ao respeito à cerimônia que se inicia ao menos em respeito à

ética maçônica de que todos indistintamente devem observar.

Esotericamente antes dos irmãos adentrarem ao templo, com um único golpe mântrico

do bastão no chão mosaico o Augusto Irmão Mestre de Cerimônias ordena que os

espíritos se elevem, pois os trabalhos logo se iniciarão. Exotericamente com esse golpe

mântrico o som Se propaga e atinge o cérebro, já intimamente ligado ao significado

egregoral que, – disciplina e ordena à mente – a augusta sessão irá começar, o sinal foi

dado.

Mas é na abertura da loja, o Irmão Orador, que o fenônemo da Egrégora toma força. É

quando acena com a agradabilidade da convivência em união fraterna, e compara com

“o óleo precioso sobre a cabeça o qual desce para a barba, a barba de Aarão… é como o

orvalho do Hermon que desce sobre os montes de Sião… ali ordena o Senhor sua

benção e a vida para sempre…” que o amor fraterno é comparado ao óleo santo de

consagração e ao orvalho que umedece Jerusalém dando vida à natureza. Assim deve

ser a convivência fraternal, a tudo que permeia e umedece como a fina borrasca de um

final de madrugada.

No preciso momento da abertura e no curso da leitura de uma passagem do Livro da Lei

conforme o grau em que se abre a loja inicia-se a formação da Egrégora, se entrelaça

com o da espiritualidade.

Para se crer e entender o significado da Egrégora impõe-se primeiramente acreditar na

existência do espírito. Neste sentido a Constituição de Anderson em seu 20º Landmark,

– os landmarks da Maçonaria são um conjunto de princípios que não podem ser

alterados para que se mantenha a unidade maçônica mundial, criado em 1723 por James

Anderson – exige do maçom uma crença na vida futura. E para não incorrer em erro

substancial neste assunto de tamanha profundidade “que não sabe ler nem escrever” e

está longe de dominar, mas podemos ficar com a lição de Aristóteles (Estagira – Grécia

384 a.C) e sua sabedoria grandiosa que distingue a alma do espírito: “A alma é o que

move o corpo e percebe os objetos sensíveis; caracteriza-se pela auto-nutrição,

sensibilidade, pensamento e mobilidade; mas o espírito tem função mais elevada do

pensamento que não tem relação com o corpo, nem com os sentidos”.

Quanto à referência à doutrina, pode-se colher no ensinamento a seguinte lição.

“Chama-se egrégora uma entidade, um ser coletivo originado por uma assembléia, cada

Loja possui a sua egrégora, cada obediência possui a sua, e a reunião de todas essas

egrégoras forma a grande Egrégora Maçônica”.

Ensinam que Egrégora deriva do grego: `egregorien`, com o significado de velar ou

vigiar.

Page 6: EGRÉGORA

Serge Marcotoune, iminente mestre do Martinismo russo, constata que a energia

nervosa se manifesta por raios no plano astral. O plano astral estaria cheio de miríades

de centelhas, flechas de cores das idéias-força. “Cada pensamento, cada ação a que se

mistura um elemento passional de desejo, se transmite em idéia-movimento dinâmica,

completamente separada do ser que a forma e a envia, mas seguindo sempre a direção

dada. Essas idéias seguem sua curva traçada pelo desejo do remetente”. É por isso que

precisamos controlar nossos desejos a fim de que eles não pesem sobre nós,

acorrentando-nos, imprimindo à nossa aura cores diferentes. A meditação e a prece do

iniciado regeneram seu ser, permitindo emitir idéias sadias e tranqüilizantes para que no

plano astral, os espíritos guias canalizem as idéias-força para zonas determinadas.

O maçom pode assim se aproximar dos seres superiores e elevados através somente do

seu livre-arbítrio. No astral nascerão os germes das grandes associações, das grandes

amizades, das grandes proteções. Mas como as egrégoras estão em constante

modificação, por força das variações das idéias-força, não possuem um ponto de apoio.

Por isso a necessidade da concentração sem esforço durante a ritualística, para que essa

egrégora possa permanecer o maior tempo possível ativa, constante e homogênea.

Emanuel Swedenborg diz que viajaremos em grupos unidos, sendo ensinados pelos

diversos grupos de anjos que formam sociedades a parte agrupadas em um grande corpo

por que segundo ele “o céu é um grande homem”.

O mestre Yeshuah – (עושי) é considerado por muitos ser o nome hebraico ou aramaico

de “Jesus”. Este nome é usado principalmente pelos judeus messiânicos – ou por

pesquisadores, historiadores e outras pessoas que crêem ser essa a pronúncia original. O

nome “Yeshua” deriva-se de uma raiz hebraica formada por quatro letras – ישוע (Yod,

Shin, vav e Ain) – que significa “salvar”, sendo muito parecido com a palavra hebraica

para “salvação” – hauhsey ,ישועה– e é considerada também uma forma reduzida pós-

exilio babilônica do nome de Josué em hebraico – ’auhsoheY ,יהושע– que significa “o

Eterno que salva” -, citado pelo apóstolo Mateus, disse: “Onde dois ou três estiverem

reunidos em meu nome, eu estarei entre eles”.

O Martinismo – Ordem Esotérica criada por Papus baseada nos escritos de Saint-Martin

que hoje faz parte dos Graus Superiores da Ordem Rosa- Cruz -, escreveu que “todo

coletivo constitui na verdade, uma família no plano espiritual. Por isso jamais se deve

responder ao ódio com o ódio, porque então as duas egrégoras formariam uma aliança

estreita para o mal.

Egrégora é uma forma pensamento que é criada por pensamentos e sentimentos, que

adquire vida e que é alimentada pelas mentalizações e energias psíquicas. É uma

entidade autônoma que se forma pela persistência e intensidade de correntes emocionais

e mentais. Pensamentos e sentimentos fracos criam egrégoras mal definidas e de pouca

vida ou duração, porém pensamentos e sentimentos fortes criam egrégoras

poderosíssimas e de longa duração.

Existem egrégoras positivas que protegem, atraem boas energias e afastam cargas

negativas, e egrégoras negativas que fortalecem o mal, canalizam forças negativas e

repelem forças positivas.

Page 7: EGRÉGORA

Locais sagrados como as localidades de Aparecida do Norte (Brasil), Lourdes (França)

e Fátima (Portugal), têm egrégoras poderosíssimas, formadas pela fé e mentalizações

dos devotos, que acumulam as energias psíquicas dos fiéis, e quando alguém consegue

canalizar para si as energias psíquicas acumuladas na egrégora provoca o conhecido

“milagre”. Esta é a explicação oculta da realização de grande parte dos milagres que

acontecem. Os locais possuem egrégoras formadas pelas energias psíquicas de seus

freqüentadores que as canalizam em seu benefício através da fé.

A origem do termo Egrégorra é a mesma de “gregário”, do latim gregariu: o que faz

parte da grei, ou seja, rebanho, congregação, sociedade, conjunto de pessoas. No plano

da espiritualidade, usa-se o nome egrégora para designar um grupo vibracional, um

campo de energia sutil em que se congregam forças, pensamentos ou vibrações com um

determinado objetivo.

A egrégora pessoal é formada pelas energias psíquicas da pessoa e principalmente pelos

seus pensamentos. Assim, uma pessoa psiquicamente equilibrada e com pensamentos

positivos, cria uma egrégora positiva. Do mesmo modo, uma pessoa desequilibrada

emocionalmente e negativa cria uma egrégora negativa. Porque a egrégora é como um

filho coletivo que se realimenta das mesmas emoções que a criaram.

O maçom correto deve ter plena convicção de que as suas aspirações e desejos de bem,

ainda que em pensamentos, nenhuma se perde. Nossa vida deve produzir idéias-força

poderosas. Esse é o segredo da prece dos ditos “fracos”.

A maçonaria aceita a presença da Egrégora em suas sessões litúrgicas. A egrégora é

uma “entidade” momentânea que subsiste enquanto o grupo está reunido.

Para que ela surja é necessária a preparação ambiental, formada pelo som, pelo perfume

do incenso e pelas vibrações dos presentes. Estas vibrações devem ser puras.

O maçom deve eliminar, ainda no átrio, todos os pensamentos inapropriados para o

culto maçônico. A ritualística e a liturgia – o vocábulo “Liturgia”, em grego, formado

pelas raízes leit- (de “laós”, povo) e – urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou

trabalho público.

Por extensão de sentido, passou a significar também, no mundo grego, o ofício

religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um caráter eminentemente

público -, prepara o surgimento da egrégora, no exato momento em que o Irmão Orador

termina a leitura em voz alta, do trecho do livro sagrado, a egrégora forma-se brotando

do altar como tênue fio espiritual para adquirir corpo etéreo com as características

humanas.

Os mais sensitivos percebem esta entidade, ela se mantém silenciosa, mas atua de

imediato, em cada maçom presente, dando-lhe a assistência espiritual de que necessita,

manipulando as permutas de maçom para maçom, construindo assim a Fraternidade –

segundo o apóstolo Pedro era o tipo de união que identifica os verdadeiros cristãos. Para

cada loja forma-se uma egrégora específica.

Os céticos não aceitam esta entidade, porém os estudos aprofundados revelarão a

possibilidade de seu surgimento. Porém, esta entidade não deve ser motivo de adoração,

Page 8: EGRÉGORA

pois é uma entidade formada pela força mental e pelas vibrações do conjunto. A

egrégora é a materialização da força do maço enquanto em loja.

Conclusões

“Aqueles que “nada vêem”, que “nada sentem” e que atuam “mecanicamente” que

participam da cerimônia porque a isso foram conclamados pelo Venerável Mestre,

devem aceitar o desafio de participação efetiva e espiritual. Então, só assim, hão de se

dar conta que maçonaria não é um clube social ou recreativo. ”

Todo trabalho e operação são compostos de três partes: a “Abertura dos Trabalhos”, o

“Trabalho” e o “Fechamento dos Trabalhos”.

Abrindo e Fechando as Egrégoras. Esta ritualística de abrir e fechar egrégoras se repete

em absolutamente todos os lugares: desde os maçons, rosacruzes e demolays que se

paramentam para seus trabalhos até patricinhas e dançarinas de bailes funk que se

vestem e se maquiam antes de sair para a balada, passando por médicos, bombeiros,

policiais, professores, cientistas, trabalhadores que “batem cartão”, padres com suas

batinas rezando uma missa, pais-de-santo com suas roupas brancas, médiuns kardecistas

com seus aventais, sacerdotes e sacerdotisas wiccans com seus mantos (ou sem roupas),

torcedores de times de futebol que vestem a camisa de sua torcida antes de irem ao jogo,

lutadores que vestem seus kimonos antes de praticarem seus treinos e assim por diante.

Tudo o que envolver estar “no mundo profano”, uma transição para um ato e um

posterior retorno ao mundo profano está ligado diretamente a uma Egrégora. Assistir

passivamente uma novela é pertencer a uma egrégora.

A egrégora pode ser associada à consciência do grupo, mas ela é, ao mesmo tempo, algo

mais do que isso.

Aprendemos que quando dois ou mais se reúnem em um esforço conjunto, é criado algo

maior que a soma de seus esforços pessoais. Daí, podemos comparar essa idéia, a idéia

de que o Todo é maior do que as partes que o compõem. Também não devemos nos

esquecer que a egrégora de nossa Ordem inclui todos os maçons vivos e também

aqueles que passaram pela transição e hoje vivem no Oriente Eterno. A egrégora é,

portanto o resultado de nosso pensamento criativo nos planos exotérico e esotérico do

pensamento.

A egrégora surge em loja a partir do esforço e da meditação de cada irmão. É um ser

diáfano – em que a luz passa parcialmente; translúcido -, que apesar de compacta deixa

transparecer a luz que mesmo emana e absorve.

Ela atua equilibrando as desigualdades emocionais e espirituais dos Irmãos em loja.

Grande é sua atuação na Cadeia de União. E somente em Loja existe e existe oriunda da

formação assemblear, onde todos nós irmãos, somos condôminos deste fenômeno.

Representa na sua forma mais sublime a expressão “Estar a Coberto”. Mais do que um

manto protetor, configura para o maçom a materialização de sua fraternidade quando

um pouco de si é ofertado, por um mecanismo sobrenatural e divino ao Irmão

necessitado.

Page 9: EGRÉGORA

Para tanto se impõem as posturas mentais, espirituais e corpóreas mencionadas, não

somente como um exercício de Virtudes Teologais – têm este nome porque são

ordenadas direta e imediatamente para Deus como fim último.

Têm Deus como origem, motivo e objeto – (Fé, Esperança e Caridade) e Cardiais – elas

são derivadas inicialmente do esquema de Platão e foram adaptadas por: Santo

Ambrósio, Agostinho de Hipon e Tomás de Aquino – (Prudência, Temperança, Justiça e

Coragem), mas como também na visão Aristotélica de perfilar pelo caminho do justo

meio o bem absoluto e teleológico do ser humano: a felicidade; que para nós pode ser

simbolizada pelo alcançar do cume da Escada de Jacó, para que possamos um dia gozar

com firme fé da glória do Grande Arquiteto Do Universo e ao seu lado tomarmos

assento, para que possamos descobrir em cada Irmão nossos dons espirituais mais

acanhados e possamos sempre nos orgulhar dos verdadeiros motivos que nos levam a

estar em fraternidade, na esteira do pensamento do filósofo Immanuel Kant, em seu

imperativo categórico “age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser elevada, por

sua vontade, à categoria de lei, e de lei de universal observância”.

Tudo isso para que possamos sempre contribuir para o crescimento espiritual de nossa

loja, alijando o comportamento profano que obscurece a formação da egrégora.