Post on 25-Jan-2019
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE
Por: Bárbara Ann Pereira Lima
Orientador
Prof. Jorge Tadeu
Rio de Janeiro
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
2014
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do grau
de especialista em GESTÃO DE SISTEMAS
INTEGRADOS EM QSMS/SGI
Por: . Bárbara Ann Pereira Lima.
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus que sem a vontade dele, eu não teria chegado até
aqui.
Agradeço a minha mãe que sempre acreditou nos meus estudos e dedicação.
Agradeço ao meu pai, que já não esta mais comigo, porém, sempre me apoiou
muito nos estudos, até onde ele pode.
Agradeço ao meu filho, pelas noites que ficou sem minha presença, apesar de ser
ainda uma criança, foi compreensivo.
Agradeço a minha família por ter me apoiado e ser meu alicerce para todas minhas
decisões.
Agradeço a todos os meus amigos e amigas pela companhia e apoio em vários
momentos difíceis da vida.
Agradeço a todos os professores que percorreram nos meus caminhos desde
minha infância, sem a presença deles não seria a pessoa que sou.
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DEDICATÓRIA
Dedico a meu filho, minha mãe e meu pai (em memória) com muito amor
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RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso apresentará alguns casos sobre os resíduos
de serviço de saúde ou lixo hospitalar. Os resíduos dos serviços são gerados por
unidades de assistência básica, clínicas odontológicas, laboratorios, farmacêutica,
instituições de ensino e pesquisa médica, e clínica veterinária . Estes resíduos
representam risco a vida humana por seu risco biológicos. Para que este tipo de
resíduos não tenha uma destinação incorreta, ocasionando risco a saúde humana
e ao meio ambiente, a manipulação destes materiais compreende uma série de
processos que devem começar assim que o uso de materiais até a sua destinação
final, em condições adequadas para mantê-los com sem risco a coletividade. O
Brasil é um país que seus resíduos sólidos na sua grande maioria são dispostos
em lixões, assim poluindo o ar, o solo e os corpos hidrícos, o que favorece a de
vetores. O objetivo é poder contribuir para o melhoria no processo de
gerenciamento de resíduos sólidos de saúde em unidade básica de saúde,
demostrando os problemas que ocorrem nos processos de segregação, coleta,
manejo e disposição final. A base textual foi levantada através de estudos de
casos em unidades básicas de saúde e bibliografia atualizada junto com pesquisas
realizadas em sites especializados no assunto. Infelizmente temos pouca literatura
para ser analisada no Brasi, sobre o assunto é resíduo de serviço de saúde. O que
se vê ainda é uma despreocupação da sociedade, governos em geral com a
manipulação e destinação final deste tipo de resíduo, o que é muito grave, pois
este tipo de resíduo tem uma carga biológica que podem vir trazer graves impactos
ambientes e a saúde humanda. Com isso conclui-se que é de extrema importância
que os riscos que representam ao meio ambiente sejam explicitos a sociedade.
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METODOLOGIA
Pretende – se realizar estudos de casos através de pesquisas de dados de
pesquisas, em órgãos governamentais e pesquisas em unidades básicas de saúde
visando conceber boas práticas do gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde. Realizarei pesquisas bibliográficas também.
A partir dos dados coletados pretende-se sugerir uma metodologia eficaz para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde e conseguir estabelecer metas,
objetivos e indicadores que orientem as unidades de saúde básica.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Resíduos sólidos de serviços de saúde 11
CAPÍTULO II - Legislações e normas que norteiam os resíduos sólidos de serviços
de saúde 20
CAPÍTULO III – Problemáticas, Impactos e solução 39
CONCLUSÃO 47
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 52
BIBLIOGRAFIA CITADA 52
8
INTRODUÇÃO
A medida que aumentam as preocupações com a manutenção e melhoria da
qualidade do meio ambiente e com a proteção e promoção da saúde humana,
organizações de todos os tamanhos e ramos de atividades vêm crescentemente
voltando suas atenções para os potenciais impactos ambientais de suas
atividades, produtos ou serviços.
Não só as organizações como também toda a população cada vez mais vêm se
preocupando com os impactos ambientais, pois as consequências já são vista e
sentidas nos dias de hoje.
Os recursos naturais vêm se esgotando e os resíduos gerados por toda a
população humana para sua sobrevivência vêm se acumulando no meio ambiente.
Preservar o meio ambiente e a saúde humana dos potenciais efeitos nocivos de
suas atividades e geração de seus resíduos ajuda a manter e aprimorar a
qualidade do meio ambiente.
Na temática que vivemos, os resíduos é um dos maiores problemas que o homem
esta tendo a urgência de ter que resolver. Temos a cada dia mais quantidades de
resíduos a serem tratados dentre eles um dos mais graves que são os resíduos
provinientes dos serviços de saúde. Os resíduos dos serviços de saúde ou lixo
hospitalar como também é conhecido, representam uma fonte vinculadora de
doenças quer para a comunidade em geral quer para o trabalhador e em particular
para os trabalhadores de serviços de saúde.
Desta forma o manejo adequado deste resíduo é uma maneira de promover à
saúde a população.
Visando assegurar a saúde de todos os colaboradores de unidades de saúde
básica assim como a qualidade do meio ambiente.
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CAPÍTULO I
1.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
O CONCEITO
1.1.1 - RESÍDUOS SÓLIDOS A Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT define o lixo como os "restos
das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis
ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido,
desde que não seja passível de tratamento convencional”.
1.1.2 - RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE
Resíduos sólidos de serviços de saúde são todos os resíduos gerados em
unidades de saúde, assistência médica, odontológica, laboratorial, farmacêutica,
instituições de ensino e pesquisa, relacionados à assistência humana e animal,
entre outros. Este tipo de resíduo é um resíduo que tem por sua característica
carga biológica e alto risco para os profissionais de saúde que o manuseia, a
sociedade e ao meio ambiente. O seu manejo é composto por um processo
diferenciado, exigi – se um tratamento prévio até a sua disposição final. Este tipo
de resíduo é um resíduo que tem contato com secreções humanas tais como em
fezes, aerossóis, secreções de ferida e, algumas vezes, no sangue, urina e em
outros fluidos corpóreos.
Apesar de Pesquisas apontarem que no Brasil são geradas 228 toneladas
aproximadamente de resíduos e apenas 1% destes resíduos correspondem aos
resíduos de serviços de saúde, é preocupante, pois 1% é o equivalente a 2300
toneladas, sendo particularmente importantes, pois seu manuseio inadequado
compromete a segurança ocupacional dos funcionários que o manuseiam como
para a saúde pública e para a qualidade do meio ambiente. A disposição
inadequada destes ao meio ambiente confere aos resíduos um caráter de poluente
da água do solo e do ar, atuando sinergicamente por meio de fatores físicos,
químicos e microbiológicos (COELHO, 2000).
10
Sendo assim, na área da saúde, é imprescindível a adoção de procedimentos
eficazes visando controlar a geração e disposição dos resíduos de serviços de
saúde, principalmente devido a sua complexidade.
Conforme Orlandin e Schneider (2001), os RSS apresentam riscos e dificuldades
especiais no seu manuseio devido ao caráter infectante de alguns de seus
componentes. Além de apresentarem uma grande heterogeneidade e a presença
freqüente de objetos perfurantes e cortantes, possuem ainda em sua massa
quantidades menores de substâncias tóxicas, inflamáveis e radioativas de baixa
intensidade.
Segundo Mansur (2003), a responsabilidade pela disposição final dos RSU
(resíduo de serviço da unidade) é das prefeituras, e os resíduos sólidos industriais,
de serviços de saúde e agrícola são do próprio gerador.
Assim sendo, o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, órgão
consultivo e deliberativo do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA,
criado através da Lei Federal nº 6.938, de 31/08/81, aprovou a RESOLUÇÃO Nº
358 DE 29 DE ABRIL DE 2005 , que Dispõe sobre o tratamento e a disposição
final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências.
Já na RESOLUÇÃO RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004 - Dispõe sobre o
Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde -
Diretrizes Gerais que constam do Anexo desta Resolução. Compete às Secretarias
de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, em conjunto com os Órgãos
de Meio Ambiente e de Limpeza Urbana, e à Comissão Nacional de Energia
Nuclear – CNEN, no que lhe for pertinente, divulgar, orientar e fiscalizar o
cumprimento desta Resolução.
11
1.2 – CLASSIFICAÇÕES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
As classificações de resíduos de serviços constitui-se de uma das etapas
fundamentais para o correto gerenciamento de resíduos de saúde.
Segundo Nóbrega (1993) as etapas envolvidas no trato desses resíduos são
importantes, desde o acondicionamento e o transporte no interior dos
estabelecimentos de saúde até as operações envolvidas na coleta externa,
tratamento e destino final.
Estabelecimentos de atenção a saúde geram grande quantidade de resíduos, mas
representam apenas cerca de 1% do total de resíduos sólidos, totalizando
aproximadamente 2.300 toneladas diárias produzidos em uma cidade. (RUTALA,
1992)
GRUPO A1 - culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de
produtos biológicos, exceto os hemoderivados; meios
de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de
culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética. Estes resíduos não
podem deixar a unidade geradora sem tratamento prévio.
GRUPO A2 - Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos
provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com
inoculação de microorganismos, bem como suas forrações, e os cadáveres de
animais suspeitos de serem portadores de microrganismos de relevância
epidemiológica e com risco de disseminação, que foram submetidos ou não a
estudo anátomo-patológico ou confirmação diagnóstica.
GRUPO A3 - Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação
sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25
centímetros ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor
científico ou legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.
GRUPO A4 - Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e
gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equipamento
médico-hospitalar e de pesquisa, entre outros similares; sobras de amostras de
laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções, provenientes de
12
pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de
Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou
microrganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido ou com suspeita
de contaminação com príons; tecido adiposo proveniente de lipoaspiração,
lipoescultura ou outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de
resíduo; recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde,
que não contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre; peças
anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de procedimentos
cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica;
carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
não submetidos a processos de experimentação com inoculação de
microorganismos, bem como suas forrações; cadáveres de animais provenientes
de serviços de assistência; Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual
póstransfusão.
GRUPO A5 - Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou
escarificantes e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou
animais, com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
GRUPO B - As características dos riscos destas substâncias são as contidas na
Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ, conforme
NBR 14725 da ABNT e Decreto/PR 2657/98.
Resíduos químicos que apresentam risco à saúde ou ao meio ambiente, quando
não forem submetidos a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem,
devem ser submetidos a tratamento ou disposição final específicos.
GRUPO C - Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com a
natureza física do material e do radionuclídeo presente, e o tempo necessário para
atingir o limite de eliminação, em conformidade com a norma NE - 6.05 da CNEN.
Os rejeitos radioativos não podem ser considerados resíduos até que seja
decorrido o tempo de decaimento necessário ao atingimento do limite de
eliminação.
13
1.1.3 – ETAPAS DE SEGREGAÇÃO E MANEJO
O tratamento e gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) é
constituído por etapas e procedimentos. Os procedimentos são previamente
planejados a serem implementados de acordo com bases científicas, técnicas,
normativas e legais, o objetivo central é mitigar a sua geração resíduos de serviços
de saúde e proporcionar aos resíduos gerados, com a destinação segura, de forma
eficiente, o intençã é à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde
pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Primeiramente organize-se gerenciamento se planejando dos recursos físicos e
dos recursos materiais fundamentais para sua funcionalidade, culminando na
capacitação dos recursos humanos envolvidos.
1.1.3.1 - Segregação – Nesta etapa do processo é realizada a separação dos
resíduos no local de sua geração, de acordo com as características físicas,
químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
1.1.3.2 – Acondicionamento - Consiste no ato de embalar os resíduos
segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações
de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve
ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.
1.1.3.3 – Identificação - Esta etapa do manejo dos resíduos, permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, fornecendo
informações ao correto manejo dos RSS.
1.1.3.4 – Transporte interno - Esta etapa consiste no translado dos resíduos dos
pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou
armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta.
O transporte interno de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro previamente
definido e em horários não coincidentes com a distribuição de roupas, alimentos e
medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades.
1.1.3.5 - Armazenamento Temporário - Consiste na guarda temporária dos
recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos
14
de geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e otimizar o
deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para
coleta externa. Não pode ser feito armazenamento temporário com disposição
direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a conservação dos sacos em
recipientes de acondicionamento.
1.1.3.6 – Tratamento - O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos
resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou químicos, realizado em
condições de segurança e eficácia comprovada, no local de geração, a fim de
modificar as características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e
promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos agentes nocivos à saúde
humana, animal e ao ambiente.
1.1.3.7 - Armazenamento Externo - Consiste na guarda dos recipientes de
resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com
acesso facilitado para os veículos coletores. Neste local não é permitido a
manutenção dos sacos de resíduos fora dos recipientes ali estacionados.
1.1.3.8 - Coleta e Transporte Externos - Consistem na remoção dos RSS do
abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições
de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza
urbana.
1.1.3.9 - Disposição Final - Consiste na disposição de resíduos no solo,
previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de
construção e operação.
1.1.4 – PGRSS - Plano de gerenciamento de resídos de serviços de saúde
1.1.4.1 - Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de
gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas,
15
normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e
proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma
eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde
pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
O gerenciamento dos RSS é de responsabilidade de seus próprios geradores,
cabendo aos orgãos publicos a gestão, regulamentação e fiscalização.
O orgão fiscalizador é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e o
Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA que em conjunto têm
assumido o papel de orientar, definir regras e regular a conduta dos diferentes
agentes, no que se refere à geração e ao manejo dos resíduos de serviços de
saúde, com o objetivo de preservar a saúde e o meio ambiente, garantindo a sua
sustentabilidade.
1.1.4.2 - Etapas de elaboração e implantação do PGRSS
Constituir uma equipe multidisciplinar: administrativo, equipe de higiene e
limpeza, gerente ou enfermeiro RT ou analista ambiental, SESMT, SCHI (para
hospitais e unidades de pronto atendimento), ACS e APAS (em caso de UBS),
médico, manutenção e empresas terceirizadas;
Deve ter um responsável técnico – Profissional responsável pelo PGRSS – emitir
um ART.
Elaboração e aplicação de treinamentos a comissão de GRSS: instrumentalizar
a comissão sobre os deveres/ responsabilidade do equipamento de saúde quanto
a implantação do gerenciamento adequados de TODOS os resíduos gerados;
Definir cronograma de reuniões / responsabilidades e construir um regimento
interno: quem ficará responsável por realizar qual atividade, em quanto tempo e
como será feito, quais serão as “regras” da comissão.
Registrar atas/memórias das reuniões e atividades realizadas: deixar registro
em pasta de fácil acesso a quaisquer interessados em saber como tem sido
organizado o gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde.
16
Figura: 1 – Resíduos não perigosos ou perigosos
17
Figura 2: PGRSS
18
CAPÍTULO II
1.1.5 - LEGISLAÇÕES E NORMAS QUE NORTEIAM OS RESÍDUOS SÓLIDOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE
1.1.5.1 - RDC 306/2004 – Regulamento Técnico para o Gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde - concentra sua regulação no controle dos
processos de segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final. Estabelece procedimentos operacionais em
função dos riscos envolvidos e concentra seu controle na inspeção dos serviços de
saúde.
1.1.5.2 - CONAMA 358/2005 – Resolução que dispõe sobre o tratamento e a
disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências -
trata do gerenciamento sob o prisma da preservação dos recursos naturais e
do meio ambiente. Promove a competência aos órgãos ambientais estaduais e
municipais para estabelecerem critérios para o licenciamento ambiental dos
sistemas de tratamento e destinação final dos RSS.
1.1.5.3- Lei nº 12.305 - POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
direta ou indiretamente – responsáveis pela geração de resíduos sólidos e as que
desenvolvem ações relacionadas à gestão integrada ou gerenciamento de
resíduos sólidos a encaminharem adequadamente os resíduos gerados em
suas atividades de forma socialmente responsável.
1.1.5.4 - Manual de Gerenciamento de Resíduos de Saúde – ANVISA, 2006
19
1.1.5.5 – APOIADORES
NBR 7500:2003 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio,
movimentação e armazenamento de produtos.
• NBR 9191:2002 – Sacos plásticos para acondicionamento de lixo - Requisitos e
métodos de ensaio.
• NBR 10004:1987 – Resíduos sólidos.
• NBR 12235:1992 – Armazenamento de resíduos sólidos perigosos.
• NBR 12807:1993 – Resíduos de serviços de saúde.
• NBR 12809:1993 – Manuseio de resíduos de serviços de saúde.
• NBR 12810:1993 – Coleta de resíduos de serviços de saúde.
• NBR 13221:2003 – Transporte terrestre de resíduos.
20
CAPÍTULO III
1.1.6 – PROBLEMÁTICAS, IMPACTO E SOLUÇÃO
Fotos 01, 02 e 03: Abrigo de resíduo comum.
ü Fotos 1, 2 : Abrigo de resíduos comum sendo utilizado para depósito de materiais.
ü Quando o abrigo de resíduo é utilizado para guarda de materiais pode provocar contaminação dos materiais no momento do manuseio.
ü Remanejar os materiais que estão no interior do abrigo de resíduos infectantes para outro local.
ü Foto 03: Iluminação do abrigo de resíduo comum danificada, sem ponto de iluminação.
ü O abrigo sem ponto de iluminação dificulta a eficácia da higienização.
ü Levantar a possibilidade de instalação de um ponto de iluminação.
21
Foto 4: Coletor de perfuro cortante ultrapassando o limite. ü Foto 04: Coletor de resíduos perfuro cortante, ultrapassando o limite.
ü O coletor de resíduo perfuro cortante ultrapassando o limite de armazenagem, pode prejudicar ao meio ambiente no momento da coleta, pois pode impedir que o coletor se feche corretamente e ocorrer o seu derramamento em algum momento até o seu destino final.
ü Organizar o fluxo de manejo (segregação, armazenamento e descarte final) adequados dos RSS por meio de: ü Realização de treinamentos e momentos de sensibilização aos profissionais de saúde quanto ao descarte adequado de resíduos.
Foto 5: Coleta de resíduo sendo executada de forma inadequada.
ü Foto 5: Sinalização inadequada, em desacordo com a NBR 7500.
ü A ausência de sinalização ou sinalização inadequada das lixeiras dificulta na eficiência da segregação dos resíduos.
ü Adequar as sinalizações das lixeiras, com a colocação dos símbolos referentes a cada tipo de resíduo, para o resíduo infectante em acordo com a NBR 7500.
22
Fotos 06, 07 e 08: Resíduos infectantes e comuns ultrapassando o limite de armazenagem dos contêineres.
ü Fotos 06, 07 e 08: Resíduos infectantes e comuns ultrapassando o limite de armazenagem dos contêineres.
ü Quando o resíduo infectante ultrapassa o limite aumenta a possibilidade de contaminação e disseminação biológica.
ü Realização levantamento referente à demanda da geração de resíduos. ü Realização treinamentos e momentos de sensibilização aos profissionais de saúde quanto ao descarte adequado de resíduos, com o interesse de reduzir a geração dos resíduos infectantes. ü Organizar o fluxo de manejo (segregação, armazenamento e descarte final). ü Monitorar as ações realizadas in loco.
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CONCLUSÃO
O gerenciamento de resíduos de saúde pode ser eficaz como pode ser um
problema complexo, porém, com planejamento, recursos humanos e financeiros e
controle é possível de ser implantado e deve ser implantado de maneira eficaz.
A geração desses tipos de resíduos pode variar conforme tempo e sazonal
de acordo com a época do ano, como em campanhas de vacinação, transição de
estações do ano, pois aumenta-se a demanda de atendimento em unidades de
saúde básica e essas sazonalidades deve ser prevista e acompanhada.
Para que não haja um mau gerenciamento dessses resíduos pode – se
deve ser investir em educação permanente na matéria, reciclagem com oficinas de
sensibilização, investimentos em infraestutura e maquinários e até mesmo
motivação profissional. O profissional de saúde dentre todos os profissionais da
equipe responsável multidisciplinar são peças fundamentais para o processo de
gerenciamento, pois são eles os principais responsáveis para que os processos
funcionem. Esses profissionais podem impactar positivamente ou negativamente
consideravelmente no processo de gerenciamento de resíduos sólidos de saúde.
Ou seja, para o processo ocorrer de forma eficaz o fator humano é fundamental.
Situações diferentes e adversas aos procesos sempre poderão ocorrer, porém o
gerenciamento sendo eficaz facilitará a melhoria ou solução de qualquer problema
adverso.
Com as tarefas e procedimentos sendo executados de forma coerente e
eficazer trará benefícios ao meio ambiente, a saúde do trabalhador e todos as
partes interessadas e envolvidas na unidade de serviço de saúde.
24
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
REFERÊNCIAS BRASIL. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
ANVISA. Resolução RDC 306, de 07 de fevereiro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico Para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Diário Oficial da União 2003. ANVISA Resolução RDC nº 33, de 25 de fevereiro de 2003. Disponível em: http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao_sanitaria/33.pdf>. Acesso em: 29 Set. 2014.
CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL PELOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
SOUZA, E. http://www.pos.ajes.edu.br/arquivos/referencial_20140403171833.pdf.
Disponivel em 30 Set 2014
BRASIL, Ministério da Educação, Esplanada dos Ministérios. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: MEC, 1988. COELHO, H. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde. Rio de Janeiro: CICT/FIOCRUZ, 2000. p. 87l. COELHO, H. Gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde. Boletim de Pneumologia Sanitária - Vol. 9, Nº 2 - jul/dez 2001.
BIBLIOGRAFIA CITADA
1 - COELHO, H. Manual de gerenciamento de resíduos sólidos de serviço de saúde. Rio de Janeiro: CICT/FIOCRUZ, 2000. p. 87l. 2 - COELHO, H. Gerenciamento de resíduos sólidos de serviços de saúde. Boletim de Pneumologia Sanitária - Vol. 9, Nº 2 - jul/dez 2001.
25
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
11
1.1 RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
O CONCEITO
1.2 CLASSIFICAÇÕES DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 11 E 12
1.3 .1 - RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 9
1.1.2 - RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 9 E 10
1.1.3.1 – ETAPAS DE SEGREGAÇÃO E MANEJO 13
1.1.3.2 – ACONDICIONAMENTO 13
1.1.3.3 – IDENTIFICAÇÃO 13
1.1.3.4 – TRANSPORTE INTERNO 13
1.1.3.5 – ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO 13
26
1.1.3.6 – TRATAMENTO 14
1.1.3.7 – ARMAZENAMENTO EXTERNO 14
1.1.3.8 – COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS 14
1.1.3.9 – DISPOSIÇÃO FINAL 14
1.1.4 – PGRSS – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS
DE SAÚDE
1.1.4.1 – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE 14
1.1.4.2 – ETAPAS DE ELABORAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PGRSS 15
FIGURA 1 – RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS E PERIGOSOS 16
FIGURA 2 – PGRSS 17
1.1.5 – LEGISLAÇÕES E NORMAS QUE NORTEIAM OS RESÍDUOS SÓLIDOS
DE SERVIÇOS DE SAÚDE
1.1.5.1 – RDC – 306 /2004 - 17
1.1.5.2 – CONAMA 358 / 2005 18
1.1.5.3 – LEI 12.305 – POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 18
27
1.1.5.4 – MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SAÚDE – ANVISA,
2006 18
1.1.5.5 – APOIADORES 18
1.1.6 - PROBLEMÁTICA, IMPACTO E SOLUÇÃO 19
FOTO 01,02,03 – ABRIGOS DE RESÍDUOS COMUM 19
FOTO 4– COLETOR DE PERFURO CORTANTE ULTRAPASSANDO LIMITE 20
FOTO 5 – COLETA DE RESÍDUO SENDO EXECUTADA DE FORMA
INADEQUADA 20
FOTOS 06,07,08 – RESÍDUOS INFECTANTES E COMUNS ULTRAPASSANDO O
LIMITE DE ARMAZENAGEM DOS CONTEINERES 21
CONCLUSÃO 22
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 23
BIBLIOGRAFIA CITADA 23
ÍNDICE 24,25,26