Potencialidades Turisticas em Alcochete

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Pós – Graduação em Marketing Turístico Tema: Potencialidades Turísticas em Alcochete Cadeira: “Análise Global do Turismo” Docente: Prof. Doutor Eduardo Moraes Sarmento Discente: Cláudia Sofia Rodrigues Samouqueiro e Vasconcellos N.º 20095935 Local: Campo Grande, Lisboa Data: 2010/02/01

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Page 1: Potencialidades Turisticas em Alcochete

Pós – Graduação em Marketing Turístico

Tema: Potencialidades Turísticas em Alcochete

Cadeira: “Análise Global do Turismo”

Docente: Prof. Doutor Eduardo Moraes Sarmento

Discente: Cláudia Sofia Rodrigues Samouqueiro e Vasconcellos

N.º 20095935

Local: Campo Grande, Lisboa

Data: 2010/02/01

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LISTA DE ABREVIATURAS

AML – Área Metropolitana de Lisboa

CMA – Câmara Municipal de Alcochete

INE – Instituto Nacional de Estatística

NAL – Novo Aeroporto de Lisboa

NUT - do francês nomenclature commune des unités territoriales statistiques, é uma nomenclatura que

define sub-regiões estatísticas em que se divide o território dos Estados-Membros União Europeia.

NUT III - unidades territoriais com menos de 800.000 habitantes e mais de 150.000, como é o caso da

Península de Setúbal

OEA – Organização dos Estados Americanos

OMT – Organização Mundial do Turismo

PDM – Plano Director Municipal

PROTAML – Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa

RNET – Reserva Natural do Estuário do Tejo

TGV - sigla da marca comercial da alta velocidade francesa que significa Train à Grande Vitesse. Em

Espanha a alta velocidade é designada pela marca comercial AVE que significa Alta Velocidad

Española.

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4

2. POTENCIAL TURÍSTICO .................................................................................................................... 6

3. CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE ALCOCHETE ........................................................................ 8

ACESSIBILIDADES .............................................................................................................................. 11

4. RECURSOS TURÍSTICOS ................................................................................................................. 12

5. ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS ................................................................................................ 21

EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS .................................................................................................... 23

6. NOVO AEROPORTO DE LISBOA e PLATAFORMA LOGÍSTICA DO POCEIRÃO – IMPACTOS ........... 25

7. CONCLUSÕES ................................................................................................................................ 27

8. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 29

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1. INTRODUÇÃO

Desde a construção da Ponte Vasco da Gama, que Alcochete começou a ser mais conhecido, mais

divulgado e mais visitado.

a) O tema escolhido deve-se ao facto de Alcochete ter inúmeros recursos turísticos que

eventualmente poderão trazer uma mais-valia para o concelho caso sejam valorizados,

tornando-se numa potencialidade turística para o Concelho. Existem inúmeros recursos

turísticos no concelho, desde a Reserva Natural do Estuário do Tejo, festividades, passeios

na embarcação tradicional ao longo do Rio Tejo devem ser contemplados num plano

estratégico e ser trabalhados para dar a conhecer aos Turistas esta bela vila plantada à beira

Tejo. Neste momento não estão a ser valorizados muitos deles, por outras palavras, os

recursos turísticos não estão a tomar o valor de deveriam assumir perante o turismo.

b) Embora o tema Potencialidade Turística de Alcochete seja muitas vezes abordado em

conferências, palestras, aparecimento em Jornais, não existem estudos de aprofundamento

desta matéria, não havendo por conseguinte autores que se debrucem sobre a

potencialidade turística de Alcochete ou qualquer outros temas relacionados com o Turismo

em Alcochete.

c) Será que Alcochete é uma Potencialidade Turística?

Ao longo deste trabalho iremos analisar vários pontos que poderão determinar Alcochete

como um potencial turístico. Passaremos pela construção da Ponte Vasco da Gama que

trouxe grande desenvolvimento para o concelho e, abordaremos também os impactos da

construção do Novo Aeroporto de Lisboa. A construção de novos empreendimentos

turísticos, bem como os recursos turísticos existentes em Alcochete serão outros pontos a

serem analisados.

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d) O trabalho está organizado por pontos:

No ponto 1, é feita uma breve introdução.

No ponto 2, é introduzida a definição de Potencial Turístico.

No ponto 3, é caracterizado o concelho de Alcochete ao nível geográfico, demográfico e

acessibilidades.

No capítulo 4, é realizado um levantamento dos recursos turísticos existentes no concelho

de Alcochete, de acordo com a metodologia adoptada pela OEA, que para além da

classificação contempla também a hierarquização dos recursos turísticos.

No ponto 5, é abordado a questão dos estabelecimentos hoteleiros existentes e dos novos

empreendimentos turísticos a construir.

No ponto 6, é analisado a construção do Pólo Logístico do Poceirão e do NAL e respectivos

impactos ambientais, económicos na região.

No ponto 7 é apresentada a Conclusão do trabalho e por fim, o ponto 8 com a Bibliografia.

e) A metodologia adoptada para a realização deste trabalho consistiu na consulta através da

internet de vários sites, consulta do PDM de Alcochete e do PROTAML, consulta de

Produções da Câmara Municipal de Alcochete e Jornal do Montijo.

f) Surgiram várias dificuldades ao longo da elaboração deste trabalho, nomeadamente falta de

informação sobre o turismo em Alcochete e défice de informação estatística do Concelho de

Alcochete, pelo facto do INE não apresentar dados concretos de um determinado ano, mas

sim intervalos de confiança, o que torna a análise um pouco abstracta (exemplo: Alcochete

no ano de 2008, teve uma afluência de turistas no intervalo entre 0 a 9,1%).

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2. POTENCIAL TURÍSTICO

Segundo o Professor Licínio Cunha (2008), as potencialidades de desenvolvimento turístico de uma

localidade são produto dos recursos, mas o seu crescimento depende da capacidade de os valorizar

e da criação de novos factores de atracção.

Para tal torna-se necessário, em primeiro lugar, proceder à inventariação dos recursos e à sua

classificação. Após esta variação poderá proceder-se à avaliação do potencial turístico com o

propósito de estabelecer uma medida de valor que permita fundamentar as decisões relativas ao

aproveitamento de certos territórios ou recursos. (CUNHA, 2008)

Os atractivos turísticos baseiam-se fundamentalmente na natureza, história e na cultura mas são os

elementos ou os factores naturais que, principalmente, originam a estruturação e organização da

maior parte dos destinos turísticos. À medida, contudo, que o turismo foi evoluindo, estes

elementos não perderam nem o seu significado nem a sua capacidade de atracção, mas

apareceram novos atractivos e operaram-se transformações em elementos existentes, sem

qualquer ligação ao turismo, com o fim de dar resposta a novas solicitações da procura. Outros

factores de atracção se têm desenvolvido em resultado da inovação, do progresso tecnológico e de

novos estilos de vida. Nem todos os recursos oferecem as mesmas possibilidades: alguns exercem

um forte poder de atracção e só por si dão origem a correntes turísticas que justificam o

desenvolvimento de um vasto complexo de actividades, mas outros desempenham, principalmente

um papel de fortalecimento ou de diversificação da atracção existente. Assim, a capacidade de

atracção de cada localidade depende dos recursos existentes e as potencialidades turísticas variam

de localidade para localidade. Cada recurso oferece um potencial que difere de outro em vários

aspectos que necessitam ser avaliados.

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Contudo, a necessidade de garantir o desenvolvimento sustentável, de evitar a excessiva utilização

dos recursos que provoca o seu desgaste ou de promover o desenvolvimento de novos destinos

torna indispensável dispor de avaliações rigorosas que permitam gerir com maior eficácia os

produtos e destinos (CUNHA, 2008).

RECURSOS TURÍSTICOS

A actividade turística baseia-se em recursos turísticos que se definem como todos os elementos

naturais ou actividades humanas que dêem origem a deslocação de visitantes. Os recursos

constituem os elementos essenciais do desenvolvimento turístico pois são eles que determinam a

atracção de um país ou região e definem as suas potencialidades turísticas. (CUNHA, 2008).

A OMT distingue dois conceitos: Património Turístico e Recurso Turístico (OMT, 1978). O primeiro é

considerado como sendo “o conjunto potencial dos bens materiais ou imateriais à disposição do

homem e que podem utilizar-se, mediante um processo de transformação para satisfazer as

necessidades turísticas”. O segundo é definido como que “todos os bens e serviços que, por

intermédio da actividade humana, tornam possível a actividade turística e satisfazem a necessidade

de procura. É necessária a construção de equipamentos que, por um lado permitam a deslocação

(acessibilidades e facilidades) e, por outro lado, assegurem a permanência (alojamentos,

restaurantes).

São a importância e as características dos recursos turísticos que definem a maior ou menor

potencialidade dos destinos turísticos. Esta identificação processa-se através do inventário dos

recursos turísticos que consiste na elaboração de elementos naturais, estabelecimentos que pelas

suas características, originem a deslocação de visitantes e tornam possível o desenvolvimentos de

actividades turísticas (CUNHA, 2008).

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3. CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO DE ALCOCHETE

GEOGRÁFICA

Alcochete é um concelho do distrito de Setúbal e é um dos 18 municípios da AML, inserindo-se na

sub-região da Península de Setúbal (NUTS III), e confinando com os Concelhos do Montijo, Palmela

e Benavente.

O concelho tem uma área de aproximadamente 128,5 km2, é composto por três freguesias:

Alcochete, Samouco e São Francisco, registando, de acordo com os Censos de 2001, 13 010

habitantes, ainda que actualmente o número de habitantes esteja estimado na ordem dos 16 000

habitantes.

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Situado na margem sul do Estuário do Tejo, e porta de entrada para a mais importante zona húmida da Europa, beneficia de um acesso privilegiado à capital através da Ponte Vasco da Gama, além dos acessos à auto-estrada do Norte, IC 32, e a ligação à A2.

Os lugares de Passil, localizado no centro geográfico do território do Concelho, e da Fonte da Senhora, integram a freguesia de Alcochete, e revelam no seu quotidiano, pleno de tranquilidade, as

características rurais que estão na origem do território. (CMA)

A proximidade com a Reserva Natural do Estuário do Tejo, considerada uma das mais importantes áreas em termos de invernada na Europa, para diversas espécies de aves aquáticas, confere-lhe uma importância e constituem, por si, só um atractivo para os que gostam de desfrutar de momentos únicos de proximidade com a Natureza. (CMA)

O cenário ímpar produzido pelo singular alinhamento das salinas, habitadas por uma população de elegantes flamingos, visível para quem chega pela ponte Vasco da Gama, e a belíssima paisagem rural típica da Lezíria, constituem mais motivos de interesse para visitar o Concelho. (CMA)

A zona ribeirinha de Alcochete alicia o visitante para um passeio encantador pela rica e diversificada paisagem, em termos de avifauna e flora, que culmina na zona ribeirinha de Samouco, totalmente requalificada e devolvida à população. (CMA)

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DEMOGRÁFICA

O Concelho de Alcochete apresenta os valores mais altos de Taxa de Natalidade (dados de 2004) da

Sub-Região e da Região em que se insere, o que indicia uma tendência positiva em termos de

rejuvenescimento da população, que é reforçada pelo facto do Índice de Envelhecimento situar-se

abaixo da média da Região de Lisboa.

Com efeito, o crescimento populacional evidenciado desde a década de 90 até hoje, gerou

significativas alterações na estrutura de povoamento e no sistema urbano, face a um forte processo

de ocupação e de densificação espacial. A evolução demográfica dos aglomerados, ocorrida a partir

da década de 90, confirmou que os aglomerados a que se referem as sedes de Freguesia registaram

fortes acréscimos do ponto de vista demográfico e do edificado, sendo de destacar o centro urbano

de Alcochete.

ACTIVIDADES ECONÓMICAS

Em termos dos sectores de actividade (dados de 2001), constata-se uma afectação maioritária no

sector terciário (61,5%), face aos sectores secundário (31,8%) e primário (6,8%), sendo o peso do

sector primário bastante mais expressivo do que na generalidade da Região. A evolução da

economia de Alcochete é influenciada pelos territórios que a circundam. Nesse sentido,

comparando o Concelho face aos restantes da Península de Setúbal, constatamos que Alcochete

apresenta o menor número de empresas no seu território, ao contrário de Almada, Seixal e Setúbal.

Ao nível de ESTABELECIMENTOS DE RESTAURAÇÃO, o concelho de Alcochete conta com inúmeros

restaurantes especializados em peixes grelhados,

caldeiradas, massa de choco, ensopado de enguias.

Quando está bom tempo poderá apreciar estas delícias

nas esplanadas com vista para o rio. Muitos destes

restaurantes estão localizados junto ao casario das Barrocas do Mar. (CMA)

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A freguesia de Alcochete contempla 34 restaurantes, a freguesia do Samouco com

4, S.Francisco com 5 e Passil com 1 restaurante.

Ao todo são 44 restaurantes, oferecendo uma rica e variada gastronomia

tradicional.

ACESSIBILIDADES

A existência de boas acessibilidades e de uma boa rede de transportes é fundamental para o

desenvolvimento de qualquer município.

A posição relativa de Alcochete alterou-se de forma significativa com a enorme redução da sua

distância-tempo a Lisboa (entre 15 a 20 minutos), decorrente da expressiva melhoria da

acessibilidade rodoviária regional e nacional resultante da construção da ponte Vasco da Gama, o

que se traduziu num aumento expressivo dos pedidos de licenciamentos para habitação e espaços

comerciais. Paralelamente, face à saturação da condição urbana que se evidenciou no Concelhos

integrados no Arco Ribeirinho Oeste, nas décadas transactas, Alcochete passou a ser visto como um

território com inequívoco potencial para fixação de residência, levando o Concelho a transformar-

se num dos territórios de grande centralidade no contexto da AML. (JORNAL do MONTIJO, 2009)

Neste sentido, a construção da Ponte Vasco da Gama e do troço do IC32, consubstanciam-se como

factores fundamentais para as mudanças significativas que ocorreram em termos de ocupação e

transformação do solo. Alcochete foi um dos Concelhos da AML que registou maiores índices de

crescimento em termos demográficos, tendo registado um aumento da população residente de

27,9%, entre 1991 e 2001, bem como ao nível dos fogos, onde se verificou um aumento de 39,5%,

em igual período.

De acordo com os dados do estudo do INE “Movimentos Pendulares e Organização do Território

Metropolitano - 1991-2001”, a população que reside no Concelho de Alcochete e que efectua

deslocações casa - trabalho e casa - escola aumentou, ao longo da década de 90, cerca de 34%,

fruto, sobretudo, do aumento da população residente, estando necessariamente em causa a

população residente no concelho que diariamente se desloca para Lisboa.

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Para além da rede viária já existente, existem propostas na revisão do PDM de Alcochete, um

conjunto de acessibilidade que permitem assegurar a malha urbana do Município e de ligação à

rede regional e nacional, como é o caso da construção de um nó de ligação da A33/A12 à EN4 na

localidade do Passil, o acesso à Academia do Sporting e um novo acesso sul à Ponte Vasco da Gama.

(JORNAL do MONTIJO, 2009)

Por outro lado, encontra-se em estudo uma proposta de alargamento do Metro Sul do Tejo,

fazendo a ligação Alcochete/Montijo/Moita, articulada com a ligação Montijo/Pinhal Novo,

potenciando a articulação entre os principais pólos urbanos da zona norte do Arco Ribeirinho e as

principais infra-estruturas de transporte pesado de passageiros da AML. (SOL, 2009).

4. RECURSOS TURÍSTICOS Neste capítulo apresenta-se um quadro com o levantamento dos recursos existentes no Concelho

de Alcochete com a respectiva classificação, segundo a OEA, nomeadamente (CUNHA, 2008):

- Hierarquia 5: recurso com características excepcionais de grande significado para o mercado turístico internacional, capaz de originar por si só uma corrente de visitantes (actual e potencial) (interesse internacional).

- Hierarquia 4: atractivo excepcional capaz de motivar uma corrente (actual e potencial) de

visitantes nacionais ou estrangeiros, seja por si só ou em conjunto com outros atractivos locais (interesse nacional).

- Hierarquia 3: com alguma capacidade de atracção, capaz de interessar visitantes de longa distância, mas que se deslocam ao local por outras razões turísticas.

- Hierarquia 2: atractivo com interesse, capaz de originar correntes turísticas regionais ou locais.

- Hierarquia 1: atractivos sem méritos suficientes para considerar o recurso como relevante mas que desempenha um papel complementar, diversificado e potenciando os restantes recursos.

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RECURSOS TURÍSTICOS (Identificação e Hierarquização)

SÍTIOS NATURAIS

(fauna, flora, caça, pesca)

MUSEUS E

MANIFESTAÇÕES

CULTURAIS

HISTÓRICAS

FOLCLORE

(manifestações

c/acervo cultural,

costumes,

tradições)

REALIZAÇÕES

TÉCNICAS,

CIENTÍFICAS E

ARTÍSTICAS

CONTEMPORÂENAS

ACONTECIMENTOS

PROGRAMADOS

Reserva Natural do Estuário do

Tejo

(HIERARQUIA 5)

Núcleo Sede de

Alcochete

(HIERARQUIA 2)

Rancho Folclórico

do Passil, S.

Francisco e Fonte

da Senhora

(HIERARQUIA 1)

Moinhos de vento

(existência comprovada desde o

século XVI), localizados junto às

margens do rio

(HIERARQUIA 1)

Círio dos Marítimos de Alcochete

(durante a Páscoa)

(HIERARQUIA 2)

Sítio do Pólo das Hortas

(HIERARQUIA 2)

Núcleo de Arte Sacra

(HIERARQUIA 2)

Lenda da Nossa

Sra. Da Atalaia

(HIERARQUIA 1)

Antigas Secas do

Bacalhau

(HIERARQUIA 1)

Concurso Gastronómico

d’Alcochete (Maio)

(HIERARQUIA 1)

Salinas

(HIERARQUIA 5)

Núcleo do Sal

(HIERARQUIA 2)

Bolo quinhentista

designado de

Fogaça

(HIERARQUIA 2)

Centro de Estágios do

Sporting

(HIERARQUIA 2)

Festival das Flores (Maio)

(HIERARQUIA 1)

Rio Tejo (paisagem)

(HIERARQUIA 3)

Barrocas do Mar

(Núcleo Histórico de

Alcochete)

(HIERARQUIA 4)

Gastronomia típica

(HIERARQUIA 2)

Freeport Outlet Designer

(HIERARQUIA 5)

Feira do Damasco (Julho)

(HIERARQUIA 1)

Praia Fluvial de Alcochete

(HIERARQUIA 2)

Estação arqueológica

do Porto dos Cacos

(HIERARQUIA 4)

Arroz doce

alcochetano (feito

sem ovos)

(HIERARQUIA 2)

Embarcação tradicional

“Alcatejo”

(HIERARQUIA 4)

Feira d’Alcochete – do Cavalo, do

Fado e do Forcado (bianual)

(Maio)

(HIERARQUIA 5)

Praia Fluvial do Samouco

(HIERARQUIA 2)

Ermida de Santo

António da Ussa, na

Barroca D’Alva

(Património de

Interesse Histórico e

Artístico de âmbito

local)

(HIERARQUIA 4)

Independência do

Concelho de

Alcochete em

1895 (torna-se

independente do

Montijo)

(HIERARQUIA 1)

Fórum Cultural de

Alcochete

(HIERARQUIA 1)

Festival Internacional de

Papagaios de Alcochete (bianual –

Maio)

(HIERARQUIA 5)

Museu Taurino, no

Aposento do Barrete

Verde

(HIERARQUIA 2)

Touros

(HIERARQUIA 4)

Biblioteca Municipal de

Alcochete

(HIERARQUIA 1)

Alcofeira (Fevereiro e Julho)

(HIERARQUIA 1)

Pórtico do extinto

Convento de S.

Francisco (Imóvel de

Interesse Concelhio)

(HIERARQUIA 5)

Fado

(HIERARQUIA 3)

Jardim d’Arte – Feira de

Artesanato e Doçaria (Julho)

(HIERARQUIA 1)

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RECURSOS TURÍSTICOS (Identificação e Hierarquização)

SÍTIOS NATURAIS

MUSEUS E

MANIFESTAÇÕES

CULTURAIS

HISTÓRICAS

FOLCLORE

REALIZAÇÕES

TÉCNICAS,

CIENTÍFICAS E

ARTÍSTICAS

CONTEMPORÂENAS

ACONTECIMENTOS

PROGRAMADOS

Solares de Alcochete

- Solar dos Pereiras (edifício

Paços do Concelho)

- Solar do Netos

- Solar dos Patos (Centro

Paroquial de Alcochete)

- Solar dos Soydos (Quinta

Praia das Fontes)

(HIERARQUIA 1)

Foral atribuído por

D. Manuel I a

Alcochete e Aldeia

Galega (Montijo)

em 1515

(HIERARQUIA 2)

Passeios semanais no Tejo, na

embarcação tradicional “Alcatejo”

até à RNET, Parque das Nações,

Belém.

(HIERARQUIA 4)

Pelourinho D. Manuel

I

(HIERARQUIA 2)

Nascimento do

Rei D. Manuel I

em Alcochete

(HIERARQUIA 2)

Festival de Expressões Ibéricas

de Alcochete (Outubro)

(HIERARQUIA 3)

Casas senhoriais

(inúmeras)

(HIERARQUIA 1)

Nascimento do

Padre Cruz em

Alcochete (1859-

1948)

(HIERARQUIA 2)

Festas do Barrete Verde e das

Salinas (Agosto)

(HIERARQUIA 5)

Igreja Matriz de

Alcochete (Património

de Interesse Nacional)

(HIERARQUIA 5)

Raid Fotográfico de Alcochete

(Páscoa)

(HIERARQUIA 1)

Igreja da Nossa Sra.

da Vida (Património

de Interesse Público)

(HIERARQUIA 5)

Igreja da Misericórdia

(Património de

Interesse Público)

(HIERARQUIA 5)

Igreja de S. Brás no

Samouco (Património

de Interesse Histórico

e Artístico de âmbito

local)

(HIERARQUIA 5)

Ermida de Nossa

Conceição dos Matos

dependência de uma casa

solarenga, propriedade da

família do navegador Tristão

da cunha (1º Governador da

Índia)

(HIERARQUIA 1)

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Recursos Turísticos de maior importância, de acordo com a hierarquia

a) RNET

O Concelho de Alcochete apresenta uma das zonas húmidas mais extensas do país, classificada como Reserva Natural, um estatuto que lhe foi atribuído devido à diversidade de aves migratórias que por ali passam. Em alturas de migração, a RNET é local de abrigo para mais de 120.000 aves, com destaque para a comunidade de flamingos que, durante todo o ano. Numa extensão até Vila Franca de Xira, a Reserva Natural do Estuário do Tejo é ainda constituída por uma zona de lezírias, onde são criados toiros e cavalos para a lide taurina. Rica em diversidade, a Reserva Natural é uma área que está à espera de ser explorada, seja de bicicleta, de carro, num passeio pedestre e, porque não, na embarcação tradicional “Alcatejo” que permite ao visitante adquirir uma visão completamente diferente desta área. (Site CMA)

b) IGREJA MATRIZ DE ALCOCHETE

A Igreja de São João Baptista, Matriz de Alcochete foi declarada Monumento Nacional por decreto de 16 de Junho de 1910.

O Monumento mais importante do Concelho, situada no Largo de S. João em pleno centro da vila de Alcochete.

Uma construção quatrocentista, claramente associada ao Infante D. Fernando (1433-70), pai de D. Manuel I e Mestre das ordens de Santiago, Avis e Cristo, como se pode comprovar pela presença das cruzes das ordens de Santiago e Cristo

inserida e a rematar o gablete do portal principal. Contudo o imóvel sofreu algumas alterações ao longo do tempo, em que já foi adoptado o estilo manuelino. (Site CMA)

c) IGREJA DA NOSSA SENHORA DA VIDA

A Igreja de Nossa Senhora da Vida, classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 2/96, de 6 de Março de 1996, encontra-se construída com edifícios nos lados sul e nascente.

Antiga igreja do Espírito Santo mandada construir, no terceiro quartel do século XVI, pelo Dr. Afonso Figueira e sua mulher Júlia Carvalho, ambos sepultados no local.

O revestimento azulejar setecentista enquadra cenas alusivas à vida da Virgem. (Site CMA)

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d) IGREJA DA MISERICÓRDIA

A Igreja da Misericórdia, classificada como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 2/96 de 6 de Março de 1996, apresenta um porte imponente com uma localização importante no contexto urbano.

Segundo a tradição oral, esta igreja teria feito parte do antigo palácio dos Infantes de Beja, onde teria nascido D. Manuel I (1469). A inexistência de provas documentais ou arqueológicas não nos permitem confirmar essa suposição, no entanto, nas imediações da igreja existem alguns elementos construtivos que indiciam a existência de uma importante construção, da qual, provavelmente a igreja faria parte. A Igreja da Misericórdia foi recuperada e adaptada para albergar o Núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal de Alcochete, que aqui se encontra desde 1993. (Site CMA)

e) IGREJA DE S. BRÁS

A Igreja de São Brás, situada na vila de Samouco, proposto pelo PDM como Monumento de Interesse Histórico e Artístico de âmbito Local – Diário da República de 22 de Agosto de 1997.

Enquadrada em ambiente urbano, isolada e em destaque na principal praça da localidade, a Praça da Republica. No séc. XVI as visitações da Ordem de Santiago referem os azulejos com cenas da vida de São Brás e o tecto pintado. No séc. XVIII a igreja sofreu obras de remodelação, sendo por isso uma igreja de arquitectura quinhentista, barroca e rococó. (Site CMA)

f) PÓRTICO DO EXTINTO CONVENTO DE S. FRANCISCO

O Pórtico do Convento de S. Francisco ou de Nossa Senhora do Socorro classificado como Imóvel de Valor Concelhio pelo decreto nº 2/96 de 6 de Março de 1996 é o que resta de um convento do século XVI.

Em 1571 os frades descalços da província dos Algarves da Ordem de S. Francisco solicitaram, a D. Sebastião, a doação da ermida de Nossa Senhora da Sabonha para ai construírem um mosteiro.

Face ao abandono em que se encontrava a antiga matriz de Alcochete e Aldeia Galega a doação foi concedida. E a construção do convento iniciou-se em 1572,

tendo-lhe sido dado o título de Nossa Senhora do Socorro. O século XVII e o início do século XVIII corresponderam ao período de maior prosperidade do convento, altura em que as instalações foram ampliadas e em que maior número de frades teve. Em 1834 o convento de S. Francisco ou de Nossa Senhora do Socorro foi extinto e em 1838 é vendido em hasta pública e demolido, restando apenas o pórtico de acesso ao recinto do convento. (Site CMA)

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g) ERMIDA DE SANTO ANTÓNIO DA USSA

A Ermida de Santo António da Ussa, proposta pelo Plano Director Municipal (PDM) como monumento de Interesse Histórico e Artístico de âmbito local – Diário da Republica de 22 de Agosto de 1997.

Localizada em ambiente rural, isolada no meio de uma lagoa na Herdade da Barroca d’Alva, apresenta planta circular com cobertura em cúpula esférica, rodeada por muralhas de ameias quadrangulares que lhe conferem um aspecto fortificado. Um templo de modelo invulgar, com características renascentistas. (Site CMA)

h) SALINAS

Situadas na margem do rio Tejo, as Salinas constituem ainda um exemplo vivo daquela que foi, durante muito tempo, a principal actividade económica de Alcochete – a salicultura. O enfraquecimento da navegação à vela, a auto-suficiência dos países tradicionalmente consumidores de sal, o aparecimento dos sistemas de refrigeração e a sua implementação nos navios de pesca do bacalhau foram alguns dos factores que enfraqueceram a produção do sal e, consequentemente, a sua perda económica. Perante este cenário,

raras foram as salinas que conseguiram resistir à nova conjuntura. Alcochete também não fugiu à regra.

Existem as Salinas da Fundação João Gonçalves Júnior e o complexo das Salinas do Samouco que abrangem uma área de 410 hectares.

As salinas da Fundação João Gonçalves Júnior são, actualmente, as únicas que se encontram em actividade contínua, não deixando cair em esquecimento uma das actividades que em muito contribuiu para a formação da identidade cultural da população deste Concelho.

Além de manter viva a tradição de Alcochete, as salinas são cada vez mais reconhecidas pela sua importância ecológica, visto serem um local de abrigo e refúgio para muitas aves aquáticas, contribuindo para a sua

conservação e preservação. No Inverno, as salinas assumem-se como um importante local, onde as aves vão procurar abrigo e alimentos alternativos aos espaços que já se encontram cobertos de água. No Verão, as salinas são um local privilegiado de nidificação, nomeadamente para o perna-longa. (Site CMA)

i) BARROCAS DO MAR – INSERIDA NO NÚCLEO ANTIGO DE ALCOCHETE

É uma das poucas zonas de Alcochete que resistiu ao terramoto de 1755 pelo que mantém inalterado o seu traçado medieval, perpendicular ao rio. Outrora este bairro, Pela sua localização e pelo tipo de construção económica constituído com cerca de 150 fogos, era destinado às actividades tradicionais, nomeadamente ao

salineiros, pescadores e marítimos, actividades de grande importância no início do século XX.

Esta ocupação contrastava com o Largo de São João, habitado pela burguesia. Com uma forte raiz popular, o Bairro das Barrocas ainda hoje assenta em fortes e sólidas relações de vizinhança. (Site CMA)

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j) ESTAÇÃO ARQUEOLÓGICA DO PORTO DOS CACOS

Sítio localizado na margem direita da ribeira das Enguias, cujas escavações arqueológicas nos anos 80, permitiram identificar um centro oleiro especialmente vocacionado para o fabrico de ânforas.

Foram identificados três fornos (com produção contínua entre os séculos I e V d.C.), um alinhamento de ânforas e uma área de necrópole. Apesar do abandono da actividade, a necrópole terá funcionado até ao século VIII. Permanece ainda por identificar a área residencial. (Site CMA)

l) FESTAS DO BARRETE VERDE E DAS SALINAS

Com mais de 60 anos de história, as Festas do Barrete Verde e das Salinas representam o que de mais genuíno e verdadeiro os Alcochetanos têm para oferecer. O segundo fim-de-semana de Agosto é esperado por todos com grande ansiedade, porque marca o início de umas festas reconhecidas nacionalmente pelo

seu carisma e tradição tauromáquica.

As Festas do Barrete Verde e das Salinas reúnem anualmente milhares de visitantes, que atraídos pela festa brava, pela fé, pela tradição e pela forma espontânea e entusiasta de receber que o povo alcochetano tem, enchem as ruas da vila de grande animação e prolongam a noite até ser dia.

As festividades preservam na sua génese um culto religioso, muito vincado nas gentes, e uma grande paixão pela tauromaquia, consolidada na homenagem a três figuras basilares: o Campino, o Forcado e o Salineiro. Um dos momentos altos é a Noite da Sardinha Assada durante a qual seguem alegremente atrás da Charanga, milhares de pessoas, que enchem de cor e de vida as ruas da Vila, com coreografias criadas de forma espontânea e que perduram noite dentro até o sol nascer/ raiar.

A procissão por Terra e por Mar é uma das mais intensas manifestações religiosas, reflexo da fé de um povo que teve, no passado, no rio o seu modo de sustento.

As tradicionais largadas de touros são outra componente da festa a par com as corridas de touros, os espectáculos musicais, as exposições e actividades desportivas que integram um programa que mantém a Vila envolta de alegria.

As Festas do Barrete Verde e das Salinas são um misto de sentimentos, emoção e diversão, onde o fado acontece em cada esquina, o flamenco ecoa por becos e vielas e onde os aficionados manifestam o seu “salero” frente ao touro nas arenas improvisadas nas ruas.

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m) CÍRIO DOS MARÍTIMOS DE ALCOCHETE

A devoção a Nossa Senhora da Atalaia mantém viva em Alcochete uma tradição com mais de cinco séculos. Alicerçada nas raízes marítimas deste povo que durante anos encontrou no Tejo a sua forma de sustento, esta festa tem sido mantida pelos marítimos ou barqueiros, que através de tradição oral, a mantiveram viva até aos nossos dias. Actualmente, a Festa do Círio dos Marítimos, ou Festa da Páscoa, como também é conhecida, mobiliza muita gente, quer na sua organização, quer no

número de devotos, que durante o fim-de-semana da Páscoa participam activamente nos rituais muito próprios que ela integra.

O início das festividades é marcado pela música do “Chininá”, tocadores de gaita-de-foles e caixa que percorrem as ruas da Vila, no Sábado de Páscoa, anunciando a todos a realização de mais um Círio dos Marítimos de Alcochete. Na tarde de Domingo de Páscoa realiza-se o primeiro cortejo do Círio, que além das gentes locais, atrai muitos forasteiros à vila ribeirinha. Este desfile de solteiras e casadas, montadas em burros, percorre as principais ruas da vila na segunda e terça-feira seguintes.

Contudo, o momento alto da festa, tão esperado pelas gentes locais, acontece na segunda-feira, com a realização da Missa na Igreja de Nossa Senhora da Atalaia, seguindo-se a Procissão no Adro da Igreja da Atalaia e o leilão de bandeiras e fogaças, no mesmo local. (Site CMA)

n) FESTIVAL INTERNACIONAL DOS PAPAGAIOS DE ALCOCHETE (FIPA)

O FIPA é um projecto inovador que conta já com 8 edições e é considerado um dos melhores festivais a nível europeu.

Tem como principais objectivos: promover e divulgar a prática de desportos náuticos/eólicos não poluentes aproveitando as condições naturais para fazer de Alcochete um pólo importante de desportos radicais e de actividades aquáticas; sensibilizar a população para as questões de carácter ambiental; recriar hábitos de práticas desportivas ao ar livre, promovendo estilos de vida mais saudáveis; revitalizar a zona ribeirinha de Alcochete.

Da sua programação habitual constam espectáculos de lançamento e voo de papagaios (estáticos e acrobáticos), combates de papagaios, animações musicais, exposições, ateliês de construção de papagaios, bem como exibições de Kite Surf/Board Cross. Pelo FIPA já passaram equipas europeias (Portugal, Espanha, França, Itália, Suíça, Alemanha, Grã-Bretanha), da América (Brasil), Ásia (China) e Oceânia (Nova Zelândia).

O FIPA dirige-se a todos aqueles que conhecem e apreciam a prática de “lançar o papagaio”, aos que praticam desportos náuticos e radicais (Kite Surf), aos amantes da vida ao livre, mas também ao público em geral pois proporciona momentos de extraordinária beleza. (JORNAL do MONTIJO, 2008)

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o) FEIRA D’ALCOCHETE, DO CAVALO, DO FADO E DO FORCADO (FA)

A FA incide sobre três dimensões fundamentais da cultura e tradição alcochetana altamente valorizadas e muito atractivas não só a nível local, como regional e nacional: o cavalo, o fado e forcado. Para além das questões relacionadas com o desporto equestre (concurso completo de saltos, raid hípico de nível nacional de derby de atrelagem, concursos de equitação de trabalho, provas de horseball), apresentar-se-ão também na FA as principais coudelarias nacionais, criadoras do cavalo Lusitano com aptidão para toureio havendo este propósito um concurso específico.

O Fado ocupa um lugar de destaque em toda a animação estando a cargo de uma importante associação local – “A Casa da Malta” a quem compete a coordenação e a dinamização de todos os eventos e espectáculos a realizar. Por último, Alcochete afirma-se como terra mãe dos forcados contando com o apoio do Grupo de Forcados Amadores de Alcochete e com o Grupo de Forcados do Aposento do Barrete Verde

para organizar todos os concursos e provas de valentia associados à sua mestria. Apoiam e organizam todas as casetas dos dez grupos de forcados convidados a estarem presentes. Para além desta dimensão cultural e desportiva e pela natureza altamente apelativa deste certame teremos um espaço dedicado ao artesanato e gastronomia tendo sido convidados a participar todos os artesãos locais, regionais e nacionais com interesse na natureza deste evento. A FA realizar-se-á no espaço da Fábrica do Alumínio de Alcochete, na entrada nascente de Alcochete com boas acessibilidades e com bom

parque de estacionamento. A feira ocupará um espaço coberto de 6.800 m2 e um espaço exterior onde funcionará a Feira Franca e a zona de provas equestres com estacionamentos e áreas de apoio logístico com cerca de 6 hectares. (JORNAL do MONTIJO, 2009)

p) EMBARCAÇÃO TRADICIONAL “ALCATEJO”

A “Alcatejo” proporciona ao longo do ano, agradáveis passeios ao longo de toda a zona ribeirinha de Alcochete Desde 1989 que esta embarcação tradicional realiza passeios no rio Tejo, recordando as antigas

práticas de navegação e as viagens efectuadas nas inúmeras embarcações que se cruzavam no Tejo como forma de transporte de mercadorias para a Capital, como o sal, o peixe, o bacalhau para a capital.

Actualmente esta embarcação tradicional realiza passeios até à : RNET, Ponte Vasco da Gama, Belém e Marina do Parque das Nações. (Site CMA)

q) FOGAÇA

As fogaças perduram na doçaria tradicional de Alcochete há mais de 500 anos. Segundo a lenda, a fogaça “nasceu” em honra da Nossa Senhora da Atalaia, pelas mãos dos barqueiros de Alcochete que, em plena tempestade no alto mar, foram salvos pela Senhora. (Site CMA)

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5. ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS

São considerados Estabelecimentos Hoteleiros, os hotéis, pensões, pousadas, estalagens, motéis e hotéis-

apartamentos (aparthotéis); para fins estatísticos incluem-se, ainda, os aldeamentos e os apartamentos

turísticos. (INE)

- Capacidade de alojamento nos estabelecimentos hoteleiros por 1000 habitantes

Alcochete encontra-se no intervalo entre 17 e 50 camas. Neste intervalo encontram-se Municípios, como o

Montijo, Palmela, Setúbal, Almada, Sesimbra. (INE, 2008)

- N.º de Dormidas nos estabelecimentos hoteleiros no município de Alcochete 2008

É integrado no primeiro intervalo até às 12.86 dormidas por ano.

Neste intervalo também está incluído o Município do Montijo, Benavente. O Município da Moita e

Seixal apresentam um maior n.º de dormidas que os anteriores concelhos e estão incluídos no

quartil com 12.865 a 24.983 dormidas (INE, 2008).

- N.º de Estabelecimentos hoteleiros no Município de Alcochete

Neste indicador Alcochete enquadra-se no intervalo de 4 a 6 estabelecimentos hoteleiros. Nas

mesmas condições encontra-se Benavente e Loures. O Município da Moita tem menos

estabelecimentos hoteleiros (INE, 2008)

Actualmente, Alcochete tem seis estabelecimentos hoteleiros com capacidade para 233 camas.

- Hotel Al-Foz (64 camas)

- Pousada Quinta Praia das Fontes (12 camas)

- Residencial Casablanca (20 camas)

- Pensão Alfredo (14 camas)

- Apartamentos Gouveia (3 apartamentos)

- Albergue da Juventude (68 camas)

- Hotel Rural Barroca d’Alva (49 camas)

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Para além das dormidas, existem actividades de lazer associadas às unidades de alojamento como

por exemplo, pequeno-almoço á beira da piscina rodeada pelo Tejo com vista para Lisboa, ténis,

actividades equestres, passeios de bicicleta, lições de sela individual, lição de volteio, passeio a

tractor com atrelado, birdwatching- Tours para observação de aves.

- N.º médio de Estada nos estabelecimentos hoteleiros no município de Alcochete

Os turistas permanecem em Alcochete até ao máximo de 1 dia e meio.

O mesmo acontece com outros Municípios, Montijo e Benavente.

No Município da Moita e do Seixal a média é ligeiramente mais alta, os turistas poderão ficar até 2

dias. (INE, 2008).

- N.º de Hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros no município de Alcochete

O nº de hóspedes que frequentaram os estabelecimentos hoteleiros se enquadra no 1º quartil, até

7.951. O mesmo sucede com os Municípios do Montijo, Benavente. Moita e Seixal têm um nº maior

de hóspedes entre 7951 a 14495. (INE, 2008).

- Proporção de hóspedes estrangeiros no município de Alcochete,

Os estrangeiros que visitaram Alcochete, no ano de 2008 encontram-se num intervalo até 9,3%.

Montijo e Benavente encontram-se no mesmo intervalo.

Moita e Seixal mais uma vez se destacam dos Municípios vizinhos, enquadram no intervalo de 9,3%

a 18,1% (INE, 2008)

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EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

1. Barroca d’Alva – Projecto de Desenvolvimento Turístico

Reforçando a internacionalização da Herdade da Barroca d’Alva, pretende-se com este projecto:

a) Contemplar e reforçar o conjunto de equipamentos de projecção nacional e internacional;

b) Qualificar e diversificar as diversas actividades já existentes;

c) Estabelecer um núcleo turístico internacional, ancorado num conjunto de equipamentos e

infra-estruturas não só de recreio e de lazer, mas também voltados para a alta competição

(práticas equestres, futebol e golfe);

O projecto Integrado no Plano de Pormenor do Núcleo de

Desenvolvimento Turístico da Barroca d'Alva, contempla:

- Hotel de 5 estrelas e diversas infra-estruturas de apoio,

- Campo de golfe com 18 buracos, de desenho internacional da autoria de

Arnold Palmer, apoiado por um Clube de Golfe

- Parque ambiental numa área de 120 hectares, contemplando a

renaturalização e criação de zona húmida, com cerca de 50 hectares, para acolhimento de aves,

- Aldeamentos turísticos de 4 e 5 estrelas de moradias, apoiados por um conjunto de

equipamentos, serviços e comércio.

Constitui-se como o Núcleo de Desenvolvimento Turístico-T1 previsto nos artºs 55º e 56º do PDM Terá num máximo 3 andares, um total de 818 unidades e capacidade para 3.485 camas. (CMA,

2008)

2. Hotel de Apartamentos e Conjunto Turístico da Praia dos moinhos

Conjunto de intervenções de âmbito turístico, complementares com equipamento e comércio, a

par do arranjo da frente ribeirinha requalificando uma área de grande potencial paisagístico-

ambiental.

Programa multifuncional no âmbito turístico com:

- Um Hotel de Apartamentos,

- Um Conjunto Turístico constituído por um Hotel de

Apartamentos complementado com Health Club e Spa,

apartamentos em bandas edificadas independentes e moradias

isoladas dispersam formando várias frentes, com respectivas

áreas de estacionamento, serviços e lazer, espaços verdes.

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- Um conjunto de usos de utilização pública, a par das forças equipadas, onde se localizam uma

galaria comercial, com esplanada superior, que define o limite Oeste da praça do museu, 3

unidades comerciais resultado da reabilitação de três existentes, um museu no sítio e um cento

de interpretação e educação ambiental.

Terá num máximo 2 pisos, um total de 380 unidades de alojamento e capacidade para 868

camas.

Integra o Espaço de Recreio e Lazer previsto no PDM como espaço com vocação turística através

da reconversão de duas antigas unidades industriais de seca do bacalhau. (CMA, 2008)

Antigas unidades de seca do bacalhau

3. Tagus Spa Resort, na Praia dos Moinhos

Este projecto caracteriza-se por um Hotel de Apartamentos de estrelas com 169 unidades de

alojamento, um SPA, Piscina exterior e interior, Restaurante e Bar com Esplanada, Centro de

Negócios, Spa & Fitness com seis salas de tratamento, "Heating Experiences", hidroterapia e

duas salas de fitness. Inclui um Centro de Conferências de 380 lugares com oito salas de reunião.

Cumpre as especificações para 5 estrelas

Integra o Espaço de Recreio e Lazer previsto no PDM como espaço

com vocação turística através da reconversão de uma antiga

unidade industrial de seca do bacalhau.

Terá num máximo 3 pisos, um total de 169 unidades de

alojamento e capacidade para 410 camas. (CMA, 2008)

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6. NOVO AEROPORTO DE LISBOA e PLATAFORMA LOGÍSTICA DO POCEIRÃO – IMPACTOS

Sublinham-se, em particular, dois projectos que terão efeitos potencialmente significativos na

dinâmica económica, social e urbanística do Concelho.

Em primeiro lugar a construção da futura Plataforma Logística do Poceirão, incluída no Plano

Portugal Logístico e cujas previsões indicam que entrará em funcionamento em 2010, com fortes

impactos ao nível da estruturação logística de toda a AML e respectivo território de polarização

Em segundo lugar, a construção do NAL, no Campo de Tiro de Alcochete, projecto de âmbito e de

interesse nacional que terá um forte impacto, mais objectivo que o anterior, nomeadamente ao

nível das transformações que irão surgir em termos de ordenamento do território e da paisagem,

face à instalação de um conjunto alargado de actividades directas e indirectas ligadas à cidade

aeroportuária, prevendo-se, assim, um novo ciclo/paradigma de crescimento urbano a que o

Concelho de Alcochete estará sujeito.

De acordo com a alteração do PROTAML, o NAL representa um dos elementos importantes que

levaram à necessidade de proceder à revisão deste instrumento de Gestão Territorial.

O NAL abre um conjunto de oportunidades potenciais, a saber:

• Permite encarar a possibilidade de rever o trajecto da linha do TGV no sentido de assegurar uma

ligação de Lisboa e não só a Madrid como a uma segunda cidade de Espanha de primeiro nível – ou

seja Sevilha – explorando as vantagens de localização do NAL na margem sul do Tejo, e em

particular a sua localização em Alcochete;

• Permite encarar uma ascensão de funções económicas da margem sul do Tejo, pela criação de

uma oferta de emprego nos serviços que contribuirá para recentrar a Península de Setúbal fazendo-

a desempenhar um papel de “segunda margem” da AML;

• Permite encarar uma concentração de funções logísticas internacionais a sul do Tejo que poderão

incluir o porto de Sines, o porto de Setúbal, um novo terminal de contentores na margem sul do

Tejo e uma plataforma de carga aérea no NAL que assegure simultaneamente acesso à Europa;

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• Permite conceber de forma nova o trajecto de saída de Lisboa na nova infra-estrutura ferroviária

Norte-Sul tornando-a independente do Vale do Tejo, actualmente congestionando em termos

ferroviários, e oferecendo novas hipóteses à localização da estação terminal do TGV em Lisboa, em

estreita ligação com a nova travessia ferroviária do Tejo;

• Permite encarar novas funções para os espaços dos actuais aeroportos da Portela e da Base Aérea

da Ota.

Por outro lado, o NAL arrasta riscos que terão de ser tidos em conta na reformulação do PROTAML,

a saber:

• A localização do NAL em Alcochete, se nada for feito para o travar, irá desencadear uma vaga de

urbanização e edificação do território e em zonas particularmente sensíveis do ponto de vista

ambiental e de recursos hídricos da Península de Setúbal;

• A localização do NAL em Alcochete pode reforçar, se nada for feito em contrário, esvaziar ainda

mais as funções económicas de Lisboa, ao transferir o potencial de criação de desemprego

associado ao NAL para a margem sul, nomeadamente se vingar o conceito da cidade aeroportuário

concentrada em torno do NAL;

• A localização do NAL em Alcochete exige uma reformulação geral e fortemente articulada de toda

a rede ferroviária convencional no espaço da AML e da rede dos metropolitanos de Lisboa e da

Margem Sul sem o que se poderá por em causa o fácil acesso ao NAL de toda a AML bem como a

melhor cobertura do espaço AML em transportes colectivos em massa. (PROTAML, 2009)

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7. CONCLUSÕES

- Da análise dos indicadores do INE relacionados com o Turismo, poder-se-ão constatar várias

hipóteses para o município de Alcochete e outros, terem indicadores mais baixos que outros

Municípios vizinhos,

a) Falta de promoção turística, fora de portas.

b) Falta de eventos generalizados aos fins-de-semana que possam levar os turistas a pernoitar

mais que um a dois dias em Alcochete nos estabelecimentos hoteleiros existentes no

Concelho.

c) Actualmente o que acontece, é que inúmeros excursionistas visitam Alcochete, mas ao final

do dia regressam a Lisboa ou a outras localidades para pernoitar, porquê?

d) Organização de várias eventos anuais de marca, em que os turistas associem o evento a

Alcochete e àquela data. Já acontece com outros municípios, como é o caso do Seixal com o

Festival internacional Seixal Jazz, com a Moita com a Automobilia Ibérica da Moita, o III

Salão do Casamento e Eventos, Festas Multiculturais.

De salientar que Alcochete organiza alguns eventos com prestígio de dois em dois anos,

como é o caso do Festival internacional de Papagaios de Alcochete (bianual), Festival de

Expressões Ibéricas (bianual), Feira d’Alcochete – do cavalo, do fado e do forcado (bianual).

Porque não apostar nos eventos de excelência, de uma forma anual como a Famosa Festa

do Barrete Verde e das Salinas? Provavelmente, se o evento fosse acompanhado com uma

publicidade orientada para o tipo de turista e planeada a todos os níveis, por ventura as

receitas geradas poderiam superar as despesas incutidas no evento.

e) Falta de articulação entre os operadores de viagens, unidades hoteleiras, os

estabelecimentos de restauração. É fundamental a articulação destes elementos através da

criação de um Conselho Municipal do Turismo onde todos os eventos planeados possam ser

debatidos nesse conselho e elaborar uma estratégia de marketing para que os eventos

possam ser divulgados fora de portas. Será também necessário sensibilizar as unidades

hoteleiras e unidades de restauração em conjunto com a autarquia e operadores de viagens

para a elaboração de pacotes turísticos de acordo com os turistas que Alcochete queira

captar (criação de público-privadas).

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- No que refere a Empreendimentos Turísticos, num espaço de 5-10 anos, o município de Alcochete

irá ter 3 empreendimentos turísticos. Com a concretização destes 3 empreendimentos a

capacidade de camas sobe de 233 para 4.996 camas turísticas.

Mas será que esta oferta está equilibrada com a procura? Existem turistas para tanta oferta?

Entrando no campo da especulação, com a vinda do NAL irão surgir turistas em massa?

- Queremos um turismo de qualidade, não um turismo de massas.

- Que tipo de turistas é que o Concelho de Alcochete pretende atrair?

- O que queremos vender aos turistas?

- um turismo de natureza?

- um turismo relacionado com festa brava?

- turismo cultural?

- ou um turismo religioso?

- É condição si ne qua non o Plano Estratégico de Turismo ser concluído o quanto antes, que deverá

estar articulado com a revisão do PDM e PROTAML.

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8. BIBLIOGRAFIA

CÂMARA MUNICIPAL de ALCOCHETE (2007), Alcochete, Um Passeio À Beira Tejo

CÂMARA MUNICIPAL de ALCOCHETE (2008), Mostra de Estudos e Projectos.

CÂMARA MUNICIPAL de ALCOCHETE (2010), “Património cultural”, consultado em 1 de Fevereiro de 2010 em http://www.cm-alcochete.pt/pt/conteudos/areas+interesse/patrimonio+cultural/. CÂMARA MUNICIPAL de ALCOCHETE (2010), “Património natural”, consultado em 1 de Fevereiro de 2010 em http://www.cm-alcochete.pt/pt/conteudos/areas+interesse/patrimonio+natural/. CÂMARA MUNICIPAL de ALCOCHETE (2010), “Turismo”, consultado em 1 de Fevereiro de 2010 em http://www.cm-alcochete.pt/pt/conteudos/areas+interesse/turismo/. CUNHA, Licínio (2008), Avaliação do Potencial Turístico, COGITUR - Journal of Tourism Studies, consultado em 30 de Janeiro de 2010 em http://recil.grupolusofona.pt/handle/10437/384. INE et Al (2003), Movimentos Pendulares e Organização do Território Metropolitano 1991-2001, consultado em 30 de Janeiro de 2010 em www.moptc.pt/tempfiles/20080116153633moptc.pdf. JORNAL do MONTIJO (2009), Alcochete mostra-se na Bolsa de Turismo de Lisboa.

JORNAL do MONTIJO (2009), Novo Aeroporto de Lisboa.

JORNAL do MONTIJO (2009), Plataforma Logística do Poceirão.

PROTAML (2009), (documento de trabalho).

SOL (2009), Alargamento do Metro Sul do Tejo, consultado em 1 de Fevereiro de 2010 em http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=141842.