A MEMÓRIA NA LITERATURA · • O indianismo surgiu dentro do Romantismo brasileiro para: •...

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A MEMA MEMÓÓRIA NA RIA NA LITERATURALITERATURA

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O MEMORIALISMO OCASIONALO MEMORIALISMO OCASIONALUma confissão Uma confissão indireta, uma indireta, uma revelarevelaçção camuflada, ão camuflada, ààs vezes inconsciente, s vezes inconsciente, do que do que sepassasepassa na na cabecabeçça do escritor, a do escritor, das suas experiências das suas experiências e das recordae das recordaçções que ões que marcaram suamarcaram sua vida.vida.

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O MEMORIALISMO DELIBERADOO MEMORIALISMO DELIBERADO

�� ÉÉ aquele em que o aquele em que o escritor visa, escritor visa, conscientemente, a conscientemente, a narrar os fatos de sua narrar os fatos de sua vida passada que vida passada que ficaram mais ficaram mais marcadamente marcadamente guardados na guardados na memmemóória.ria.

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A INFÂNCIA NA POESIA A INFÂNCIA NA POESIA BRASILEIRABRASILEIRA

Alguns poetas Alguns poetas escreveram suas poesias escreveram suas poesias deixando expldeixando explíícita a vida cita a vida na infância. Casimiro de na infância. Casimiro de Abreu Abreu éé um deles e sua um deles e sua poesia poesia éé marcada por marcada por temas como: saudades temas como: saudades da infância e da terra da infância e da terra natal, o nacionalismo, a natal, o nacionalismo, a religiosidade, a religiosidade, a melancolia, a tristeza, o melancolia, a tristeza, o pessimismo, a exaltapessimismo, a exaltaçção ão da natureza e a da natureza e a idealizaidealizaçção da mulher.ão da mulher.

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ADOLESCÊNCIA

� A Segunda Geração Romântica, denominada de geração do “mal-do-século”, caracterizou-se pelo pessimismo, pela melancolia, pelo tédio, pela idéia fixa da morte. Esses aspectos ganharam ênfase nesta Geração.

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POETAS

• Álvares de Azevedo

• Casimiro de Abreu

• Manuel Bandeira

• Carlos Drummond de Andrade

• Mário Quintana

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ROMANTISMO: A CONQUISTA ROMANTISMO: A CONQUISTA DO PDO PÚÚBLICO LEITORBLICO LEITOR

�� Romances folhetinescos;Romances folhetinescos;�� Surgiu como uma forma de Surgiu como uma forma de

suprir a escassez de suprir a escassez de editoras e tambeditoras e tambéém para m para popularizar leitura dos popularizar leitura dos folhetins;folhetins;

�� Enredos simples e Enredos simples e previsprevisííveis que mexiam veis que mexiam com as emocom as emoçções do ões do ppúúblico;blico;

�� A Moreninha: o primeiro A Moreninha: o primeiro grande romance brasileirogrande romance brasileiro

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REALISMO E NATURALISMOREALISMO E NATURALISMO

�� O Realismo/Naturalismo assumiu uma O Realismo/Naturalismo assumiu uma

atitude de cratitude de críítica tica àà sociedade burguesa, sociedade burguesa,

ao moralismo hipao moralismo hipóócrita, ao endeusamento crita, ao endeusamento

idealizador dos personagens, ao idealizador dos personagens, ao

falseamento da lfalseamento da lóógica e da gica e da

verossimilhanverossimilhanççaa

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O REALISMO• Os realistas propõem uma explicação racional para o comportamento do homem, baseada na análise psicológica e num estudo do comportamento humano em que se leva em conta o íntimo das pessoas, suas ações e reações, e suas intenções mais escondidas.

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O NATURALISMO

� Os naturalistas rebaixam ainda mais a condição humana, nivelando-a à dos animais irracionais;

� O homem é produto do determinismo biológico, com a hereditariedade do caráter e não só dos elementos físicos;

� As pessoas agem e reagem em função dos instintos e da ocasião.

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ROMANCE DE 30: OS MENINOS DE ENGENHO E AS CRIANÇAS DA SECA

� A literatura surge como instrumento de denúncia, de protesto e de mudança;

� Alguns temas referentes à realidade do Nordeste foram discutidos e sugeridos como temas de uma literatura engajada, que denunciasse as barbaridades na região;

� Os autores buscavam a verossimilhança, ou seja, uma correspondência entre o fato histórico e o fato narrado.

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AS OBRAS

• Menino de Engenho - José Lins do Rego

• Vidas Secas – Graciliano Ramos

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O romance de 30 trabalha O romance de 30 trabalha fatos reais, fatos que fatos reais, fatos que pertencem a uma realidade pertencem a uma realidade concreta misturados a uma concreta misturados a uma linguagem llinguagem líírica, uma rica, uma linguagem polinguagem poéética;tica;

Maneira sutil e lapidada de Maneira sutil e lapidada de apresentar uma dura e triste apresentar uma dura e triste realidade.realidade.

Os personagens são calados, Os personagens são calados, revoltados, impotentes;revoltados, impotentes;

O vaqueiro, o coronel, o O vaqueiro, o coronel, o jagunjagunçço, o retirante, o o, o retirante, o sertanejo, etc.sertanejo, etc.

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O O ÍÍNDIO COMO SUJEITONDIO COMO SUJEITO

�� Homens bons por natureza;Homens bons por natureza;

�� Homens felizes, que viviam Homens felizes, que viviam inocentemente em estado inocentemente em estado natural;natural;

�� Sem malSem malíícia;cia;

�� Ignoravam os nomes de Ignoravam os nomes de virtude e vvirtude e víício;cio;

�� Defendiam suas tribos com Defendiam suas tribos com unhas e dentes;unhas e dentes;

�� Viviam da caViviam da caçça e da pesca.a e da pesca.

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O O ÍÍNDIO NA LITERATURANDIO NA LITERATURA

•• Os Os ííndios foram empurrados para o interior distante, ndios foram empurrados para o interior distante, exterminados, esmagados culturalmente, escravizados e tiveram exterminados, esmagados culturalmente, escravizados e tiveram destrudestruíídos todos os seus valores coletivos ou individuais;dos todos os seus valores coletivos ou individuais;

•• O indianismo surgiu dentro do Romantismo brasileiro para:O indianismo surgiu dentro do Romantismo brasileiro para:

•• Atender aos desejos, aos sentimentos e ao conteAtender aos desejos, aos sentimentos e ao conteúúdo emocional do emocional dos leitores que pertenciam dos leitores que pertenciam àà classe dominante e utilizavamclasse dominante e utilizavam--se da se da mãomão--dede--obra, sendo, portanto, impensobra, sendo, portanto, impensáável para os autores vel para os autores valorizar o negro;valorizar o negro;

•• Valorizar o nacional.Valorizar o nacional.

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OBRASOBRAS

�� II--Juca Juca PiramaPirama (Gon(Gonççalves Dias): neste alves Dias): neste poema são enaltecidos os valores fpoema são enaltecidos os valores fíísicos e sicos e morais do morais do ííndio;ndio;

�� Os Os TimbirasTimbiras (Gon(Gonççalves Dias): vemos a alves Dias): vemos a previsão do extermprevisão do extermíínio que os nio que os ííndios ndios sofrerão com a chegada dos brancos;sofrerão com a chegada dos brancos;

�� CanCançção dos Tamoiosão dos Tamoios (Gon(Gonççalves Dias): alves Dias): como um filcomo um filóósofo ou conselheiro, o sofo ou conselheiro, o ííndio ndio ensina ao filho uma liensina ao filho uma liçção de bravura, ão de bravura, perseveranperseverançça e auda e audáácia; entre outras cia; entre outras obras...obras...

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O indianismo firmou-se e tornou-se popular no Brasil durante o período romântico, em meados do século XIX;

Esse indianismo idealizador teve um cunho folclórico;

Esse indianismo, símbolo da nacionalidade e da liberdade, exaltava o nobre selvagem que exercia um controle fantástico sobre o ambiente paradisíaco da flora tropical e da fauna exótica.

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�� No comeNo começço do so do sééculo XX, com o advento culo XX, com o advento do Modernismo, desaparece o mito em do Modernismo, desaparece o mito em torno do torno do ííndio, e a temndio, e a temáática passa a tica passa a revestirrevestir--se de aspectos ainda se de aspectos ainda nacionalistas, mas tambnacionalistas, mas tambéém crm crííticos, ticos, cientcientííficos, polficos, polííticos e acusatticos e acusatóórios, rios, principalmente a partir da dprincipalmente a partir da déécada de 60.cada de 60.

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O NEGRO COMO SUJEITO

� O negro é aquele ser humano que veio da África para trabalhar como escravo aqui no Brasil;

� Trouxe na “bagagem” sua cultura, sua linguagem e seus rituais;

� Foi tratado como subordinado e bruto que só servia para o trabalho braçal;

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O NEGRO NA LITERATURAO NEGRO NA LITERATURA

�� Nossa literatura glorificou o Nossa literatura glorificou o ííndio como herndio como heróói nacional, i nacional, pois o negro escravo, humilde representante da forpois o negro escravo, humilde representante da forçça de a de trabalho e submisso ao senhor, não servia como modelo trabalho e submisso ao senhor, não servia como modelo de herde heróói de forma alguma;i de forma alguma;

�� No final da fase No final da fase ““indianistaindianista””, o negro surge na literatura , o negro surge na literatura como uma antcomo uma antíítese do tese do ííndio: o ndio: o ííndio era apresentado ndio era apresentado como um mito, era orgulhoso, corajoso e independente, como um mito, era orgulhoso, corajoso e independente, enquanto o negro era de enquanto o negro era de ííndole humilde, resignada e ndole humilde, resignada e escrava.escrava.

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Quando, em 1850, foi abolido o tráfico, a literatura passa a focalizar o negro com um misto de piedade, horror e desgosto e o senhor como protótipo da maldade;Os autores começam a apresentar o preconceito criando personagens negros com uma imagem imoral dominada pela sexualidade, feroz, animalesco, estuprador e demoníaco

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AUTORES

� Castro Alves: Vozes d’África� Cruz e Sousa: Praticamente todos os

seus poemas;� Bernardo Guimarães: A Escrava Isaura� Entre outros....

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NATURALISMONATURALISMO

A conclusão prA conclusão práática dos racistas que tica dos racistas que tambtambéém eram republicanos e, portanto, m eram republicanos e, portanto, abolicionistas, era de que a aboliabolicionistas, era de que a aboliçção era ão era necessnecessáária para o progresso econômico e ria para o progresso econômico e social, pois evitaria que os senhores de social, pois evitaria que os senhores de terras dependessem de uma raterras dependessem de uma raçça inferior a inferior que, justamente por ser inferior, não seria que, justamente por ser inferior, não seria nenhuma ameanenhuma ameaçça apa apóós a abolis a aboliçção.ão.

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A animalizaA animalizaçção do homem e sua ão do homem e sua dependência de fatores bioldependência de fatores biolóógicos, gicos, ambientais e histambientais e históóricos deram aos ricos deram aos naturalistas carta branca para naturalistas carta branca para descrever o negro dominado pelos descrever o negro dominado pelos instintos bestiais, ou seja, ele era instintos bestiais, ou seja, ele era visto como um animal.visto como um animal.

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OBRASOBRAS

�� O CortiO Cortiççoo –– AluAluíísio Azevedosio Azevedo�� O MulatoO Mulato –– AluAluíísio Azevedosio Azevedo�� Clara dos AnjosClara dos Anjos –– Lima BarretoLima Barreto�� Entre outras....Entre outras....

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A FORMAA FORMAÇÇÃO DO POVO ÃO DO POVO BRASILEIROBRASILEIRO

�� Quando os Quando os portugueses portugueses

chegaram aqui no Brasil, chegaram aqui no Brasil, encontraram os encontraram os ííndiosndios;;

�� Para trabalharem como Para trabalharem como escravos, vieram da escravos, vieram da ÁÁfrica os frica os negrosnegros;;

�� Cada povo com sua cultura e Cada povo com sua cultura e com sua linguagem tcom sua linguagem tíípica.pica.

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MISCIGENAÇÃO RACIAL E CULTURAL

� Quando se trata da sexualidade, Gilberto Freyre defende a tese de que a influência negativa do negro sobre a sexualidade do branco era incentivada pelos senhores brancos;

� Desses relacionamentos sexuais, começaram a surgir indivíduos miscigenados, ou seja, apresentando a mistura das raças.

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Continuando....

� Com a vinda de outros povos para o Brasil e a instalação deles em várias regiões, a mistura continuou e hoje temos um povo extremamente miscigenado;

� A obra de Antônio Alcântara Machado – Brás, Bexiga e Barra Funda – apresenta a chegada dos imigrantes italianos à cidade de São Paulo e que lá se instalaram também participando desta mistura

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MULHER BRASILEIRA EM PRIMEIRO LUGAR

Zélia Gattai é uma das poucas mulheres escritoras que, no Brasil, teve a coragem de escrever obras no gênero memorialístico. Este gênero, como afirmam os estudiosos, étipicamente feminino e, no entanto, sempre foi praticado quase que somente pelos homens. Por quê?

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�� Porque as memPorque as memóórias foram quase sempre marcadas rias foram quase sempre marcadas pela histpela históória oficial e pela importância dada pela ria oficial e pela importância dada pela sociedade sociedade àà ““verdadeverdade”” dos depoimentos masculinos;dos depoimentos masculinos;

�� Em Em Anarquistas, GraAnarquistas, Graçças a Deusas a Deus, Z, Zéélia Gattai conta lia Gattai conta sua prsua próópria vida de menina, que acompanha com pria vida de menina, que acompanha com olhos deslumbrados e inteligentes as transformaolhos deslumbrados e inteligentes as transformaçções ões por que passava a cidade de São Paulo, a sociedade e por que passava a cidade de São Paulo, a sociedade e a pola políítica brasileiras.tica brasileiras.

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AS MULHERES DE JORGE AS MULHERES DE JORGE AMADOAMADO

�� A mulher A mulher éé o eixo ao redor do qual tudo gira. o eixo ao redor do qual tudo gira. Mulheres do povo, morenas, sensuais. Mulheres Mulheres do povo, morenas, sensuais. Mulheres positivas que melhoram a vida dos homens e dos positivas que melhoram a vida dos homens e dos lugares a que pertencem. Essas mulheres lugares a que pertencem. Essas mulheres encarnam a paixão de Jorge Amado pelo feminino encarnam a paixão de Jorge Amado pelo feminino e por isso a presene por isso a presençça delas em sua obra a delas em sua obra éé muito muito forte e tão importante quanto o amor que ele forte e tão importante quanto o amor que ele tem tem àà Bahia, o carinho pelo povo pobre de sua Bahia, o carinho pelo povo pobre de sua terra e a aversão, dissimulada pelo humor, terra e a aversão, dissimulada pelo humor, contra os aristocratas e os poderosos;contra os aristocratas e os poderosos;

�� ÉÉ o que podemos notar em o que podemos notar em Gabriela, Cravo e Gabriela, Cravo e CanelaCanela