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sarau
Zine Poesias do Frontedição especial
O Sarau CONPOEMA é um espaço de esperança susepenso no ar,
feito uma espiral espargindo cores, sons, palavras e sonhos por todos os cantos. aqui a li-bertade é lei suprema e a voz
não encontra resistência. O en-contro é celebração, é ciranda de mãos dadas e não temos fron-
teiras, voamos para onde o cheiro da poesia nos levar.que assim seja, sempre, entuando nos for possível imaginar.
Que a posia se dê em nós!
sarau
Categoria InfantilFut�ro 05Sonho 06A Época de Catar Fr�tas 07
Categoria JuvenilJulieta Submersa 09Mais um Número na Lista 10Soneto do Coração Par�ido 11
Categoria AdultoPor quem os sinos dobram, Carlos? 13Uma pedra bem diferente daquela pedra do Dr�mmond... 14O Mar em Lamapara as coisas t�istes em Br�madinho 15
Melhor da Regiao(Á)vida 18
Mencoes Honrosas 20
FuturoAna Livia da Silva Lapenta
São Paulo - SP
5
1 lugarEu queria ver chover
Mas o sol raiouO galo cantou
E a aldeia acordou
Não podia desistirE tinha que agir
Seg�i com meus est�dos Para definir o meu f�t�ro
E dominar o mundoEu moro na cidade
E tenho muitas amizades
Não posso desistir E meu caminho vou seg�ir
Eu acredito em mim mesmaQuebrando a cabeça
Trabalhando, est�dandoVirarei uma princesa
SonhoSalete Magalhães Alves
Coaraci - BA
6
Eu sou sonhadoraDe mundos desconhecidos
Eu moro nos mares dos desejosLá o pesadelo é feito
De brigadeiro
Eu sonho com maravilhasQue são escritas na vida
Eu já voeiLá no céu
Já at�avessei os sete maresJá viajei o mundo
Em só um dia
Eu já vi fadas e sereiasEu vi príncipes e princesas
Eu vi dragões e monst�osEu já vi os pássaros cantarem
Eu vi planetas e est�elasEu vi o universo no infinito
Pois no sonhoA gente vê o que quiser.
lugar2
A Epoca de Catar FrutasMuri lo César da Silva Santos
São Paulo - SP
7
Todo outono, todos da r�aIam catar fr�tas
Goiaba, limão, manga e mamão
E sempre íamos juntosEu e meu ir�ão
E os colegas em conjuntoSubindo no pé mais alto da r�a
Que quase chegava na lua
3 lugar
Como Ofélia minha alma pede por um merg�lho Quando você vai engolir seu org�lho?
Seg�e os passos de Polônio e decidi não ser quem é? Até quando você vai me pedir pra ter fé?
Sigo pelo castelo sentindo minhas veias colidirem Quanto será que elas ag�entam até sucumbirem?
Será que como Claudius você vai cor�er at�ás de mim como se eu fosse uma coroa? Ou será que como Hamlet terei sor�e se t� resolver invadir minha proa?
Sinto que meus sentimentos alcançam o f�ndo Tudo era assim tão leve ou só estou perdendo o peso do mundo?
As flores parecem tão t�istes em me ver af�ndando Me perg�nto se é inveja e elas também gostariam de estar se afogando
Sinto t�do o que conheço indo embora de mimMas continuo vendo seu rosto até o fim
Parece tão real o cor�o merg�lhando at�ás do meu Será que resolveu viver eter�amente comigo Romeu?
9
1 lugarJulieta Submersa
Ana Clara SiqueiraCaie iras - SP
Sem CEP ou car�ão de visitaÉ só mais um número na lista
Ah, nada impor�a se eu estou sem vidaA par�ida de quem não poderia ter dado par�ida
Porém, a minha vida escurecida deu beleza à estatística
Esse poema sempre vi desde pequena:Não vale o sêmen, eles não temem
De fome essas crianças não riem, gemem Abor�o não? Será mesmo uma vida tão pequena?
E o útero? Será mesmo um objeto do sistema?
Sobre a dona da culpa final, mediteA meta é culpar a sedução da “Afrodite”
Saia cur�a, o motivo dado p’ra gerar out�o dadoTirando vidas como car�as de “tarô”, não baralho
Favor, não edite. Quantos Homens por dia são est�prados?
Brasil, sempre nos maioresEm t�do menos em quesito educação
Sobre educação só enxergamos liderançaEm professores machistas dando continuação à t�adição
For�adores de “gênios” ou ag�essores em ascensão
10
lugar2Mais um Numero na Lista
Beatriz Mattos de BarrosCristópol i s - BA
Par�e e repar�e como a mét�icaDuma batida monótona fria
De que se racha rachadura céticaDo caldo que a queimadura cria
Buraco aber�o no cor�o feridoDe que a rima do coração par�idoRessoará ao cemitério de mágoas
E escor�erá pelo rio de lág�imas
Deixou-me meu amor, à derivaDas ág�as de desespero e ira
Foi-se logo e jamais voltará
Deixou meu coração a Deus-daráCalou de vez o canto do Sabiá
Da alma quisera g�itos, conseg�ira.
11
3 lugarSoneto do Coracao Partido
Antonietta Torres RomanoSão José dos Campos - SP
O pat�ão te cobra o emprego,a esposa te esmola o pão
e o filho te chora o brinquedo.O pat�ão te cobra os at�asos,
a vida te nega o tempoe o tempo,
o tempo empoeira os versos.
Os anos te cobram um preço:as t�aças est�açalham poemas
e teu filho dor�eig�orante
a felicidade dos que ainda não conhecem o mundo dos homens.
Um cão baldio te tira o sonona prof�nda madr�gada da cidade
das sirenes das ambulâncias e das fábricas,e o desemprego te tira o sossego
enquanto t�a esposa dor�e,dor�e
como se não fosse cavalo x�cro a montaria do desejo.
É o mundo, Carlos:o suor não t�az luz,
não t�az poemase os sinos não dobram pelos desg�açados.
13
1 lugarPor quem os sinos dobram, Carlos?
Thiago LuzRio de Janeiro – RJ
"Crack",...pedra,...de um poeta para o filho,...Há uma pedra no caminho.
Há uma pedra no cachimbo.Há uma pedra prática-plástica.
Pedra sem cor, sem vida.Há um menino no caminho da pedra...
Há uma pedra no caminho da menina...Há chupadas criat�ras-caricat�ras.
A pedra tira-lhes o ar- definha-os.Há uma pedra em cima de prateado papel.
Há uma chama azul- escarlate-bicarbonato.Há uma aquarela, de cores ar�anhando almas juvenis...
Sugando vidas.Há Áfricas de meninos...Meninas em pele e osso.
Escondidas nas g�etas da sociedade.Há uma PEDRA Esperança prateada.
Há um DEUS de LUZ!!!... de ig�aldade!!!Há uma pedra no sapato...
Há um sapato... na descalça sociedade.
14
lugar2Uma pedra bem diferente
daquela pedra do Drummond...Leônidas de Souza
Osasco- SP
como compreender o mar depois da palavra lama?a lama não esqueceu as casas, os pássaros
& de como acordar out�as manhãs longe do rioveio reacender para a fome dos homens
out�a caridade de milag�ar a noite
ainda parece pedra o imperativo coração que sonhaenquanto a lama tor�a sumário o ser que somos
a barbárie-mundo não perg�nta pelas t��cidadas floresagora incapazes de anunciar a primavera
alg�m dia será possível sarar a lamaabraçada cont�a a cidade, o rio e os nomes?
dos cor�os que nos faltamos car�ascos dirão que t�do reg�essará ao pó
[ os ossos diante da fé e da lama são princípios ]
na garganta do dia ar�astaremoso desespero com mais perg�ntas
porque o dilúvio do substantivo lamaé a impossibilidade do mar em precipício
15
3 lugarO Mar em Lama
para as coisas tristes em BrumadinhoAirton Souza
Marabá – PA
hoje, nenhum jardim saciará a sintaxe: belezaem agonia é preciso comungar cont�a a lama
e recolher do ex�into chão, o amorsó ele milag�ará alg�ns or�alhos depois da t�isteza
é preciso ainda inter�omper a penumbra ou o escuro chão
espessamente espalhado pelas mãos dos que solet�am o mundoporque no meio do caminho os olhos amarg�rados supor�am o mundo
e se comovem com os que estão sujos de t�istezas e vão presos
16
(A)vidaCosme Aparecido da SilvaFrancisco Morato – SP
18
Vida se esvai Perdida Sai por aí sem ponto de encont�o
Ela simplesmente vai...
Se apronta Não nos desaponta
Mas nos demonst�aTodo nosso antagonismo
Nosso cinismoE nos diz que ainda não é o fim.
Que mesmo com a mordaçaHá esperança
Mesmo em meio a desg�açaHá possibilidade de mudança.
Pois, InovaçõesNascem em meio ao conflito de multidões
Ideias surgem em momentosEm que parece ser só sofrimento.
melhor
19
Mas a vida? Ah! Ela vem toda linda
E nos brinda com um gole do sonhoDe alg�m dia sur�ir em nossas vilas
A tal da har�onia ent�e o bem e o mal A união e o caos.
E ela nos blinda Com uma película
De quimera
E quisera… o dia Que escreverei as linhas
Que ligarão nossas vidas
Que serei mais do que ar�as ou poemas E não serei apenas
Verso, prosa, rima e poesiaSerei eu, em nós: a materialização da utopia.
20
Poema: PedidoVanessa Ranielly Car�eiro de LimaFrancisco Morato – SP
Poema: At�aso poéticoAna Lúcia de Oliveira NascimentoFranco da Rocha – SP
região
mençãohonrosa
21
Poema: Sobrevivência ou mor�e?Ronaldo Dória dos Santos JúniorRio de Janeiro – RJ
Poema: variação cabralina nº2: ser�ãoJorge Luiz Lima de SouzaNova Ig�açu – RJ
Poema: MelancoliaElieni Cristina da Silva Amorelli CaputoSão Paulo – SP
Poema: CriasOly Cesar WolfCampo Largo – PR
Poema: MúltiplasValéria de Cássia Pisauro LimaCampinas – SP
adulto
mençãohonrosa
22
Poema: Meu cabeloBr�na Kerolay�e Costa BrazSão Paulo – SP
Poema: Sang�e, mor�o a baixoJosé Rodrig�es do Nascimento NetoRio de Janeiro – RJ
Poema: RudimentarJulia dos Santos MoreiraBelém – PA
Poema: Pobre meninoMaria Luiza S. da Costa G. G. de Car�alhoTeresópolis – RJ
Poema: Arco-írisJoão Henrique Vale Fer�eiraBelém – PA
juvenil
mençãohonrosa
Poema: Passeio na floresta Amana Baggio Pr�ssPor�o Aleg�e – RS
Poema: FamíliaPaola Ramos do NascimentoSão Paulo – SP
Poema: Seg�edoDenise da Silva Ramos da MataFrancisco Morato – SP
Poema: JasmimGabriela Delcy MatosGoiânia - Go
Poema: Esse é nosso esquemaGiovanna Meneg�in Bandeira Francisco Morato – SP
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infantil
mençãohonrosa
Esta edição especial do Zine Poesias do Front: “a cidade armada em versos” celebra a poesia que não encontra bar-reiras, através do IX Concur-so de Poesias Professor Ro-
berto Tonellotti.Festejamos este momento reu-nindo nesta pequena publica-ção, os poemas e poetas ven-cedores nas categorias infan-
til, juvenil e adulto.O nosso muito obrigado a
todos os inscritos e parabéns a todos os ganhadores.
capa e projeto gráfico: daniele coelhoorganização e acabamento: gilberto araujo
11 4488 8524
conpoema.org
coletivoconpoema
confrar ia poética marg i nal
jun - 2019 ED.N 46