Pontos turísticos »Por: Ana Carla Molina e Janaina Quitério Fotos: Fernando de Santis
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Methona themisto, umas das espécies mais comuns no viveiro
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Se você fosse uma borboleta, viveria até um ano — idade suficiente para se metamorfosear e ganhar asas para
voar. De lagarta com aparência de verme, transformar-se-ia em borboleta com graça de bailarina. E, quando voasse, daria ares de flor — não de pássaro, pois não canta-ria — com sua formosura multicolorida de diamante curvilíneo: flores levadas ao vento, cujas asas descansariam em...flores. Se você fosse uma borboleta, seria uma flor que poliniza e irradia o jardim. Borboletas sempre profetizam acon-tecimentos alegres, coloridos como elas.
Para a civilização asteca, a metamorfose pela qual passam expressava a metáfora da saída do túmulo (casulo) para o renascimen-to — algo como a autotransformação. Bor-boletas, como flores, inspiram o romantismo. Então, se vir duas borboletas juntas, ali está representado o amor conjugal. Borboletas bailam com a luz do sol. Assim, luz é movimento. Escuridão, des-canso. Para cultivá-las, basta dedicar-se à jardinagem. É que corre por aí o poema com a letra: “O segredo é não correr atrás das borboletas, mas sim cuidar do jardim para que elas venham até você”.
A Eueides aliphera se alimenta do néctar das flores
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Para elas voarem Fundado em 2007, o Borboletário Flores que Voam é um espaço que abriga somente espécies regionais, com o principal objetivo de cultivar a cultura de conservação das espécies. ”A questão da cons-cientização é muito importante. Nosso papel aqui é alertar para que as pessoas cuidem das borboletas e prestem mais atenção nelas, pois são animais que au-xiliam na manutenção do ecossistema“, explica umas das monitoras do local, Adriana de Fátima dos Santos. Na estufa — que tem aproximadamente 400 metros quadrados — existem cerca de 20 espécies (chegam a até 35 ao longo do ano) que ocorrem so-mente na Serra da Mantiqueira. Lá é realizado todo um trabalho que, diariamente, desenvolve pesquisa sobre as quatro fases de desenvolvimento do animal: ovos, lagartas, crisálidas e, enfim, borboletas. Se-gundo a monitora, os ovos que são depositados nas folhas são recolhidos e encaminhados ao laboratório de estudos e pesquisa para, então, poderem iniciar sua metamorfose.
Durante o passeio pelo local, uma série de acontecimentos surpreende os visitantes. Com um pouco de sorte é possível observar o curioso com-portamento das borboletas com relação à formação dos ovos e até mesmo o desabrochar da pupa — momento em que surge pela primeira vez mais uma florzinha que voa. “Embora já esteja acostumada, é emocionante poder vê-las nascendo e, em seguida, batendo suas asas em dias ensolarados”, entusias-ma-se Adriana.
Serviços
Caminho do Horto, Km 10 Avenida Pedro Paulo, 7997
(12) 3663-6444
»Borboletário Flores que Voam
www.floresquevoam.com.br
Lagarta
Romantismo entre borbo-
letas. Na foto, a Anarthia
amathea