Relatório Ambiental Termo de compromissoCOPEL – GERAÇÃO COPEL – IAP – 30/03/99GESPR/SPRGPR/EQGMA09/99
Licença de Operação de Usinas HidrelétricasAnteriores Resolução CONAMA 001/86e atendimento Resolução CONAMA 006/87
USINA HIDRELÉTRICA CHOPIM I
Protocolo IAP n.º 4.018.764-2Vistoria IAP – Esc. RegionalPato Branco em 14/07/1999
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ÍNDICE
1. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO..................................................2
1.1. HISTÓRICO.............................................................................................................2
1.2. LOCALIZAÇÃO.......................................................................................................2
1.3. ACESSO...................................................................................................................2
1.4. DADOS TÉCNICOS................................................................................................2
1.5. OPERAÇÃO.............................................................................................................3
1.6. ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS ......................................................................4
1.7. ASPECTOS GERAIS DA REGIÃO......................................................................6
1.7.1. ASPECTOS DO MEIO FÍSICO.....................................................................6
1.7.2. ASPECTOS DO MEIO SÓCIO ECONÔMICO...........................................6
1.8. ASPECTOS DA ÁREA ESPECÍFICA DO EMPREENDIMENTO....................7
1.8.1. MEIO FÍSICO...................................................................................................7
1.8.2. MEIO BIOLÓGICO........................................................................................14
1.8.3. MEIO SÓCIO ECONOMICO.......................................................................15
2. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS .............................................................................16
3. MEDIDAS MITIGADORAS......................................................................................17
3.1. NO MEIO BIOLÓGICO.........................................................................................17
3.2. NO MEIO SÓCIO ECONÔMICO........................................................................17
4. MONITORAMENTOS...............................................................................................18
4.1. ATENDIMENTO ÀS VISTORIAS DO IAP.........................................................18
4.2. AVALIAÇÃO FINAL DO IAP................................................................................18
5. EQUIPE DE TRABALHO........................................................................................19
6. BIBLIOGRAFIA E INSTITUIÇÕES DE APOIO...................................................20
7. ANEXOS ....................................................................................................................21
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1. DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO
1.1. HISTÓRICO
Após 250 Km de percurso, o Rio Chopim que tem suas nascentes no
município de Palmas, formando vários desníveis (4 saltos), desemboca no
Rio Iguaçu pela sua margem esquerda. O último salto, denominado de
Salto Grande do Rio Chopim, situado no município de Itapejara do Oeste,
foi o primeiro aproveitamento hidrelétrico realizado neste curso d’água. E
tem como marca, ter originado a construção da primeira hidrelétrica por
parte da Copel, quando no período de 1961 a 1965, no primeiro plano de
eletrificação do estado projetou-se a Usina Chopim I.
Seu projeto inicial previa a utilização de 3.000 KW, mediante construção
de barragem de concreto com 385 m de comprimento. Todavia, foram
realizados novos estudos, minimizando os impactos ambientais e custos,
que redundaram em barragem mista, de gravidade e armada, com 270 m
de comprimento, para geração de 2.200 KW. Captação por “fio d’água”,
situada na margem esquerda, tinha a finalidade de orientar as águas para
a tomada d’água que seria construída no próprio corpo da barragem.
1.2. LOCALIZAÇÃO
Situa-se na margem esquerda do Rio Chopim, a 12 Km do município de
Itapejara do Oeste, com área de drenagem de 3.800 Km2, com posição de
52º45’ de longitude W-GR e 25º29’ sul de latitude.
1.3. ACESSO
A 439 Km da Capital. Distante de Pato Branco, cerca de 30 Km até
Itapejara do Oeste, acrescentando mais 08 Km de estrada rural, em pedra
irregular, até a usina.
1.4. DADOS TÉCNICOS
Trata-se de pequena central hidrelétrica, cujos itens principais são:
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- Início operação – 1963 VERTEDOURO
- Potência efetiva (MW) – 2,08 - Descarga máxima (m3/s) – 550,0
- Energia firme (MW) – 1,40
- Queda bruta (m) – 15,2 RESERVATÓRIO
- N.º de unidades – 2 - Nível d’água máxima(m) – 885
- Tipo de turbina – Kaplan - Nível d’água a jusante (m)– 873,2
- BARRAGEM
- Altura máxima (m) – 7,0
- Comprimento (m) – 170
- Tipo – Concreto
1.5. OPERAÇÃO
A partir de maio de1996, a usina foi semi-automatizada e demanda a
permanência de 01 operador e 01 jardineiro terceirizado, cabendo às
equipes do polo de Guarapuava as manutenções técnicas periódicas.
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1.6. ILUSTRAÇÕES FOTOGRÁFICAS
Acesso vicinal – pedras irregulares
Barragem tipo – Fio d’água
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Reservatório
Itapejara do Oeste
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1.7. ASPECTOS GERAIS DA REGIÃO
1.7.1. ASPECTOS DO MEIO FÍSICO
Sua localização situa-se no Terceiro Planalto Paranaense, no extremo
sudoeste do estado, na bacia hidrográfica do rio Iguaçu.
O relevo da região é acidentado, destacando-se a ocorrência de solos
Litólicos, pouco profundos e muito susceptíveis a erosão e Latossolos
roxo e bruno, de baixa fertilidade natural, onde ocorre o processo de
lixiviação muito intensa, provocada pelo regime de chuvas.
O clima na maior da zonas de maiores altitudes, ao longo dos principais
divisores de água se apresenta do tipo Cfb – Subtropical úmido
mesotérmico, de verões frescos e geadas severas e demasiado
freqüentes, sem estação seca, cujas médias anuais são: temperatura nos
meses mais quentes, inferior a 22ºC e nos meses mais frios inferior a 18ºC,
temperatura média anual de 17ºC; chuvas entre 1.700 e 1.800 mm;
umidade relativa do ar 80%; índice hídrico igual a 100, sem deficiência
hídrica.
A cobertura florestal original, tem o predomínio da Floresta com
Araucária, denominada atualmente de Floresta Umbrófila Mista, registram-
se ainda a presença de Floresta do Rio Paraná e representa na região,
3,83% da massa de florestas nativas do estado.
1.7.2. ASPECTOS DO MEIO SÓCIO ECONÔMICO
Tomando como referência o município de Itapejara do Oeste, os índices
principais seriam:
- População total : 8.737 hab. - Urbana – 4.198
- Rural – 4.539
- Taxa anual de crescimento - Urbana – 1,0%
- Rural – (-)1,32%
- Participação PIB Municipal - Agropecuária – 40,49%
- Indústria – 7,41%
- Serviços – 52,10%
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- Produtos Agro-silvopastoris: pastagens e forragens, aves de corte.
- Indústria dominante: vestuário, calçados e tecidos, produtos minerais não
metálicos, metalurgia, produtos alimentares.
1.8. ASPECTOS DA ÁREA ESPECÍFICA DO EMPREENDIMENTO
No que diz respeito à área afeta ao empreendimento da Usina Chopim I e
tendo como referência a planta de situação (Anexo I) e sua descrição
sucinta, citamos:
1.8.1. MEIO FÍSICO
a) Área
O perímetro total abrange glebas apenas na margem esquerda do Rio
Chopim, com aproximadamente 8,8 ha, dos quais cerca de 2,0 ha
compõe áreas de interesse operacional (usina, subestação, condutos,
acesso) e 6,8 ha compõem as demais áreas verdes remanescentes à
jusante da barragem. Por questões documentais a empresa detém a
posse, mas não o domínio da área.
a.1) Referencial – Observa-se pelas cartas de uso do solo, de
declividade e de drenagem (Anexos II, III e IV IPARDES) e foto aérea
IAP/1980 (Anexo V), que no contexto da micro região, a área
possivelmente impactada à época da construção da obra e já
reestabilizada ambientalmente, representou em termos de escala
relativa, impactos ambientais insignificantes em relação ao todo. Além
do que, não ocorriam naquele trecho outros atributos geográficos
relevantes que inviabilizassem a localização do empreendimento. Este
inclusive foi reduzido no seu porte, evitando barramento maior, mesmo
com prejuízos à geração inicialmente projetada, mas por conseguinte,
minimizando impactos através da barragem do tipo “fio d’água”.
b) Margens
Apenas as áreas da margem esquerda são de posse da empresa,
distribuidas cerca de 50% a jusante e 50% a montante da barragem.
Não registram-se processos de assoreamento perceptíveis nas
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margens, no âmbito do rio/reservatório, no trecho afeto ao
empreendimento.
b.1) O reservatório não interfere no nível d’água, tanto a montante como
a jusante. Embora crie um canal preferencial, não desvia água do leito
do rio, não interferindo tanto no seu fluxo como no seu volume,
permanecendo fluxos de água mesmo em épocas de estiagens.
c) Qualidade da água
Foram realizados em Ago/99 monitoramentos contratados junto ao
LACTEC – “Instituto Tecnológico do Laboratório Central de Pesquisa e
Desenvolvimento” -, cujos índices de qualidade de água, em pontos à
jusante e a montante acusaram em resumo o seguinte diagnóstico,
melhor detalhado no Anexo VI.
c.1) Definição das estações de amostragem
Foram definidas três estações de amostragem para a qualidade das
águas do rio Chopim, sendo duas a montante da PCH Chopim I e uma
a jusante, mostradas na Tabela 1. Este delineamento amostral teve
como objetivo a avaliação da qualidade da água na porção mais
próxima do ambiente rio, na região lacustre (de maior profundidade e
próxima da barragem) e na saída das turbinas.
TABELA 1 - Estações de amostragem de água na região da PCH Chopim I.
DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO
E1 rio Chopim - montante do reservatório
E2 rio Chopim - reservatório
E3 rio Chopim - jusante da PCH Chopim I
• A estação E1, localizada no rio Chopim, cerca de 3 a 5 km a montante da área
do reservatório.
• A estação E2, localizada no reservatório, cerca de 500 m da barragem.
• A estação E3, localizada no rio Chopim, cerca de 300 a 500 m a jusante da
PCH Chopim I.
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As Figuras de 1 a 3 ilustram cada uma das estações de amostragem
mencionadas na Tabela 1. O Anexo 1 apresenta o trecho do rio Chopim
selecionado para o estudo ambiental em questão e as 3 (três) estações de
amostragem de águas acima descritas.
FIG. 1. Rio Chopim - a montante do reservatório da PCH Chopim I.
FIGURA 2. Rio Chopim - reservatório da PCH Chopim I.
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FIGURA 3. Rio Chopim - a jusante do reservatório da PCH Chopim I.
c.2.) Avaliação da qualidade das águas pelo IQA
Para o cálculo do IQA foi utilizado o programa Índice de Qualidade das
Águas, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná -
PUC10.
Os resultados obtidos mostram que as águas do rio Chopim se
encontraram na faixa entre 52 e 80 do IQA (Tabela 4), indicando que
são águas de BOA QUALIDADE para fins de potabilização, desde que
não apresentem níveis quaisquer de toxicidade.
TABELA 4. Resultados analíticos e IQA nas estações deamostragem - julho / 99.
ESTAÇÕES E1 E2 E3
ALTITUDE (m) 525 525 515
COLIFORMES FECAIS (NMP/100 ml) 10 31 10
DBO5 (mg/L) 1,13 <1 <1
FOSFATO TOTAL (mg/L P) 0,016 0,015 0,016
11
OXIGÊNIO DISSOLVIDO (mg/L) 8,8 8,2 8,6
NITROGÊNIO TOTAL (mg/L N) <0,50 <0,50 1,0
pH (adimensional) 6,4 6,4 6,4
TEMPERATURA DA ÁGUA (°C) 16,8 16,3 16,3
TURBIDEZ (NTU) 3 3 3
SÓLIDOS TOTAIS (mg /L ) 25,5 27,2 26,6
COLIFORMES TOTAIS (NMP/100 ml) 1 529 3 448 1 576
CONDUTIVIDADE (µS/cm) 25,7 27,2 26,6
SECCHI (m) 2,0 2,0 2,0
IQA
QUALIDADE
71,60
BOA
68,80
BOA
71,39
BOA
A Figura 4 mostra o gráfico do Índice de Qualidade da Água nas trêsestações de amostragem no rio Chopim, no presente estudo.
0102030405060708090
100
E1 E2 E3
estações de amostragem
IQA
FIGURA 4. Índice de Qualidade de Água na região da PCH Chopim I.
Estudos realizados pela COPEL em 1998, relativos ao aproveitamento
energético do rio Chopim, obtiveram IQA = 65, na foz do rio Vitorino e
IQA = 46, na foz do rio Ligeiro, indicando águas de QUALIDADE BOA e
ACEITÁVEL, respectivamente, segundo este índice4. Pode-se observar
que o rio Ligeiro, afluente de margem esquerda do rio Chopim, a
montante da PCH Chopim I, que traz contribuições do município de
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Pato Branco e Mariópolis, pode ocasionalmente, diminuir a qualidade
das águas no reservatório desta usina. Tal fato ocorre a jusante, pela
influência do rio Santana, que passa pelo município de Francisco
Beltrão.
Como o IQA não leva em conta os elementos tóxicos, como poluentes
orgânicos, pesticidas e metais pesados, eles devem ser avaliados,
obrigatoriamente, em estudos futuros, para validação deste índice. Pato
Branco, Francisco Beltrão e Coronel Vivida são municípios
industrializados, próximos de Itapejara do Oeste, sede da PCH Chopim
I. Entre as várias atividades econômicas da região, metalúrgicas,
indústrias relacionadas ao beneficiamento da madeira, e, em menor
número, têxteis, de couro e peles, de papel, papelão e celulose e
químicas, são fontes de elementos-traço (metais pesados) e outras
formas de caráter tóxico para as águas, como fenóis e dioxinas, que
podem resultar do processo Kraft de manufaturação do papel7,9,14.
c.3) Conclusões
Com base no exposto e, principalmente, nos resultados obtidos, destacam-se:
1. Os resultados do IQA nas estações de amostragem de águas no rio
Chopim, no presente estudo, classificam as águas como de BOA
QUALIDADE para fins de potabilização para o abastecimento doméstico.
2. Os índices de coliformes, no presente estudo, indicaram baixa
contaminação fecal, mas a presença destes contaminantes nas águas as
torna impróprias para o consumo humano in natura e irrigação de frutos e
hortaliças consumidas cruas. Para a balneabilidade, as águas
apresentaram qualidade muito boa, a montante do reservatório e a jusante
da PCH Chopim I e satisfatória, no reservatório.
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3. As principais violações à CLASSE 2, enquadramento das águas do
rio Chopim, com relação aos parâmetros que compõem o IQA, dizem
respeito aos coliformes totais, no presente estudo.
4. Os valores de fósforo e nitrogênio, principalmente registrados em
estudos anteriores na bacia do rio Chopim, sugerem que os corpos d’água
da região recebem contribuição de áreas agrícolas e de esgotos
domésticos provenientes dos municípios circunvizinhos.
5. O rio Chopim, na região amostrada, apresentou bons níveis de
oxigenação, boa capacidade de autodepuração e de tamponamento e
moderado estímulo à eutrofização, pelas concentrações detectadas dos
nutrientes fósforo e nitrogênio.
6. No presente estudo, a melhor resposta do IQA é como instrumento
de gestão ambiental, sugerindo que a utilização das águas do rio Chopim
para a produção de energia elétrica não vem causando problemas de
relevância para os demais usos.
c.4) Parecer SUDERSHA
O Anexo VII. cópia da declaração da “Superintendência de
Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental”,
afirma que nada tem a opor-se quanto à utilização da água e que não
existem usuários significativos da água à jusante do empreendimento
da Usina Hidrelétrica do Rio dos Patos.
d) Atributos Relevantes
Presença de exuberante cachoeira a jusante e a poucos metros da
barragem, seguida da presença de ilha com vegetação nativa em fase
de 3.º estágio de sucessão natural (capoeirinha), compõe uma
paisagem singular e de destaque.
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1.8.2. MEIO BIOLÓGICO
a) Vegetação
Na margem esquerda sob domínio da empresa os 8,8 ha, apresentam-
se 80% recobertos por vegetação e 20% utilizados pelas infra estruturas
afetas ao empreendimento, destas distribuídas nas seguintes
proporções:
- Matas ciliares, (estágio secundário) – 40% (em fase de 5.ºestágio de
sucessão natural – capoeirão)
- Bosques, pomares, paisagismo – 10%
- Vegetação rasteira (capins, gramados) – 10%
- Áreas de capoeiras em regeneração – 20% (em fase de 3.º estágio
de sucessão natural – capoeirinha)
- Áreas sujeitas a alagamentos (enchentes) – 5%
- Acessos, vila, infra estruturas – 15%
Não há registros de ocupações indevidas, na faixa de preservação
permanente. E percebe-se, que mesmo em um local fora da faixa de
P.P. utilizado antigamente pela Associação de empregados, para lazer
de finais de semana, a vegetação principal está preservada
adequadamente.
b) Fauna íctica
A empresa implementou (1992) uma Estação Experimental de Estudos
Ictiológicos na Us. Segredo (EEEIS), a qual realiza com equipe própria
levantamentos Ictiológicos e Limnológicos em seus reservatórios.
Através de intercâmbio de cooperação técnica, o material coletado nas
campanhas de esforço de pesca é analisado pela UEM/NUPELIA (Univ.
Est. de Maringá - Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e
aquicultura) que diagnostica os resultados destes levantamentos.
Tais levantamentos constam da síntese, denominada “Pequenos
Reservatórios” (Anexo VIII), que avalia individualmente e também
comparativamente os resultados entre os reservatórios.
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As inferências científicas para o reservatório de Chopim I são as
seguintes:
Localizado no rio Chopim, bacia do rio Iguaçu, esse reservatório foi construído em 1969(Tab.1).
A única campanha de amostragem realizada nesse reservatório revelou a presença de 10espécies, todas nativas. A espécie dominante foram o mandi P.ortmanni, responsável por 50%das capturas e o lambari Astyanax sp B, com 17,1%. Nenhuma espécie exótica foi registrada.
As capturas foram realizadas apenas em uma região do reservatório.
Tabela 10. Capturas totais e Captura por Unidade de Esforço (CPUE = no. ind./1000m2 derede/24 horas) no reservatório CHOPIN
CHOPIM I LACUSTRE
Espécie N CPUE
Astyanax sp B 13 18,15Astyanax sp C 1 1,40
Astyanax sp E 2 2,79C.iguassuensis 1 1,40
H. derbyi 2 2,79H. myersi 1 1,40H.malabaricus 3 4,19
O. longirostris 11 15,35P.ortmanni 38 53,04
R. branneri 4 5,58
TOTAL 76 106,08
1.8.3. MEIO SÓCIO ECONOMICO
Visando atender aspectos de interesses mútuos, voltados à preservação e
educação ambiental agregados ao lazer, via ecoturismo, a empresa
assinou em 03/07/98 um convênio de parceria com a Prefeitura Municipal
de Itapejara do Oeste. Seu objeto, a implementação do “Centro de
Educação Ambiental e Lazer”, cujo escopo principal além do ecoturismo,
seria a garantia da preservação ambiental local e na micro região, através
da educação orientada.
SITUAÇÃO – encontra-se protocolado no IAP – escritório regional de Pato
Branco, um pedido de anuência e licença prévia, para estudo de viabilidade
para o empreendimento. E mais adiante, obter licenças de instalação e
operação, se julgado coerente, dentro dos critérios da legislação ambiental
no que concerne às normativas para uso de solos próximos as margens de
rios/reservatórios.
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2. DESCRIÇÃO DOS IMPACTOS
Este pioneiro empreendimento, o 1º construído pela empresa e como já foi
realçado no seu histórico, teve seu projeto inicial alterado e diminuída sua
previsão original de geração. Em decorrência com a diminuição da barragem,
os ganhos ambientais na minimização dos impactos foi expressiva, conforme
descrito no sub ítem (b.1.) do capítulo do meio físico.
Decorridas quase 4 décadas, percebe-se que em relação à sua área de
influência, os impactos foram positivos ao meio sócio econômico, entre eles
a estrada rural construída em piso de pedras irregulares para acesso à Usina,
e utilizada para desenvolvimento da micro região, atém de suscitar tentativa de
viabilização de um centro de educação ambiental e lazer, já descrito no
ítem1.8.3.
O meio biológico, no que concerne à vegetação nativa, na época da
construção do empreendimento, teve seus impactos minimizados, face as
localizações definidas para as infra estruturas civis bem como, dos seus
reduzidos portes. Atualmente, nas glebas de margem esquerda, áreas do
empreendimento, apresentam-se melhor preservadas do que na outra margem
pertencente à terceiros. Na faixa de P.P. sua densidade, porte e uniformidade,
apresenta aspecto de mata secundária (5.º estágio sucessional) e nas demais
áreas remanescentes alterna-se em tipologias de vegetações diferenciadas.
Não denotam impactos a serem minimizados.
Quanto a fauna íctica - a única campanha de amostragem, realizada em
agosto de 99, em época invernal, revelou a presença de 10 espécies, todas
nativas, sendo o Mandi responsável por 50% das capturas.
No que diz respeito à qualidade, os resultados de IQA, classificam as águas
do Rio Chopim como de boa qualidade para fins de potabilização para o
abastecimento doméstico. Todavia, embora a baixa contaminação fecal, as
águas são impróprias para o consumo humano “in natura” e irrigação de
frutas e hortaliças consumidas cruas. Para balneabilidade a qualidade é muito
boa no reservatório.
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3. MEDIDAS MITIGADORAS
3.1. NO MEIO BIOLÓGICO
a) Vegetação
Pelo descrito anteriormente, para o estagio atual do empreendimento da
Usina hidrelétrica de Chopim I, não cabem medidas mitigadoras no que
concerne ao aspecto da vegetação, a qual encontra-se estabilizada.
b) Ictiologia
No que concerne à ictiofauna, conforme análises e recomendações
emitidas no Anexo VIII, a empresa pretende realizar mais uma campanha
científica, no período do verão, para melhores conclusões.
Da forma como já vem realizando para os demais reservatórios, a
empresa realizará repovoamentos periódicos com espécies ícticas nativas,
desde que os monitoramentos acusem alta deficiência para a área
alagada.
Dando ciência todavia, de que nem sempre será possível, diante das
dificuldades técnicas e de mercado quanto ao domínio da biologia e da
produção daquelas espécies. Quando não viabilizada a opção com
espécies nativas, será consultado o IAP quanto a liberação de autorização
para peixamentos com espécies exóticas de outras bacias,
comprovadamente não agressivas ao meio e já constantes com
presença significativa nos reservatórios amostrados.
3.2. NO MEIO SÓCIO ECONÔMICO
Se oportunamente for liberada pelo IAP a licença prévia para estudos da
implementação do Centro de Educação Ambiental, e se liberadas as
licenças de instalação e operação e o empreendimento vier a ter a
administração eficaz através da parceria conveniada, a micro região terá
significativo ganho ambiental, em relação à educação ambiental, lazer
contemplativo e ecoturismo.
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4. MONITORAMENTOS
Independentemente da viabilização ou não, dos repovoamentos
ictiofaunísticos e do empreendimento do Centro de Educação Ambiental e
Lazer, a empresa continuará procedendo a vigilância técnica e ambiental, com
vistorias periódicas às áreas remanescentes do empreendimento.
4.1. ATENDIMENTO ÀS VISTORIAS DO IAP
Tendo como referência o relatório de inspeção ambiental procedido pelo
Escritório Regional do IAP de Pato Branco, realizado em14/07/1999, o
atual relatório diagnostica de forma coincidente a maioria dos aspectos
ambientais citados.
Exceção feita, quanto à questão de ausência de matrícula do registro de
imóveis, citada no relatório de inspeção do IAP, visto que existem
problemas documentais, não foi ainda procedida a averbação de reserva
legal. Este assunto, foi direcionado às áreas sócio-patrimonial, fundiária e
jurídica da empresa, para as análises e sugestões pertinentes ao impasse.
4.2. AVALIAÇÃO FINAL DO IAP
Aguarda-se avaliação do IAP em relação ao aqui descrito, de forma a
atender o termo de compromisso para obtenção da Licença de Operação
para a Usina Hidrelétrica Chopim I. Bem como, se julgar pertinente e
considerar o processo ambientalmente estabilizado nos moldes de um
P.C.A. – “Plano de Controle Ambiental” como referencial a novas
inspeções quando das renovações periódicas de L.O.s. para este
empreendimento.
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5. EQUIPE DE TRABALHO
ÁREA COPEL
EMPRESA DE GERAÇÃOSuperintendente Geral – Eng. Luiz Fernando Leone Viana
GESPR – Superintendência da Produção– Eng. Sérgio Luiz Lamy
SPRGPR – Gestão da Produção – Eng. Takao Paulo HaraEQGMA – Equipe de Meio Ambiente – Biol. Luiz Augusto Marques Ludwig
ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
Coordenação: Luiz Benedito Xavier da Silva - Eng. Florestal – Msc
Consultor Técnico AmbientalRegistro IBAMA 3/41/1999/000154-0
Tecnogarden –CGC 02.549.606/0001-06
Registro IBAMA 4/41/1999/0001104-8
Biólogo Pleno: Luiz Augusto Marques Ludwig
Eng. Florestal Sênior: Mario Antonio Virmond Torres
Téc. Florestais Pleno Edson Mulinari Cabral
Jorge Pedrozo
Equipes de apoio: Equipe de Ictiologia Usina de Segredo
Coordenação – Claiton Bastian
Téc. Piscicultura
Equipe de Limnologia LACTEC
Coordenação – Dra. Sandra Mara Alberti
Engenheira Química
Equipe Sócio Patrimonial
Coordenação – Albino Mateus Neto
Equipe de Ictiologia NUPELIA
Coordenação – Dr. Angelo AgostinhoBiólogo
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6. BIBLIOGRAFIA E INSTITUIÇÕES DE APOIO
Nossas Árvores – Manual para Recuperação da Reserva Florestal Legal SPVS –
1996.
Acta – Forestalia Brasiliensis – Volume 1, Junho 1993 – ISSN 0103 – 1279,
publicação científica da Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia Florestal.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Maack, R. – Geografia Física do Estado do Paraná – 1968.
Maack, R. – Mapa Fitossanitário do Estado do Paraná – Curitiba 1950
Programa Paraná Cidade – Atualizado 03/06/98
IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social
LACTEC – Instituto Tecnológico do Laboratório Central de Pesquisa e
Desenvolvimento
FUEM/NUPELIA – Fundação Universidade Estadual de Maringá / Núcleo de
Pesquisa em Limnologia e Aquicultura
SUDERSHA – Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e
Saneamento Ambiental
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7. ANEXOS
I – Planta de situação e mapa de localização / bacia hidrográfica
II – Carta uso do solo
III – Carta relevo
IV – Carta drenagem
V – Foto aérea IAP 1980
VI - Relatório LACTEC
VII – Ofício SUDERHSA
VIII – Relatório NUPELIA
IX – Relatório de vistoria IAP Cascavel
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