UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM EM ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL
Por: Simone Pereira de Alvarenga
Orientadora
Prof. ª. Marta Pires Relvas
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
CONTRIBUIÇÃO DA NEUROCIÊNCIA NO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM EM ALUNOS COM PARALISIA
CEREBRAL
Apresentação de monografia à AVM
Faculdade Integrada como requisito
parcial para obtenção do grau de
especialista em Neurociência
Pedagógica.
Por. Simone Pereira de Alvarenga.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, a
minha orientadora Marta Pires Relvas,
pelo incentivo, simpatia, dedicação nas
atividades e discussões sobre o
andamento desta monografia de
conclusão de curso.
Especialmente a professora Marta
Pires Relvas. Pelo espírito inovador e
empreendedor na tarefa de multiplicar
seus conhecimentos, pelas suas
disciplinas durante o curso que fez o
meu lado profissional e pessoal evoluir.
Aos colegas de classe pela alegria e
troca de informações, demonstração de
amizade e solidariedade.
A minha família que teve paciência e
tolerância com o meu nervosismo.
DEDICATÓRIA
Dedico a concretização desta etapa da
minha vida, primeiramente a DEUS,
aos meus pais, meus filhos meus tios e
aos meus irmãos.
Ao meu marido (in memorian) que tanto
colaborou para a minha permanência e
sucesso no curso. Também a minha
sogra que contribuiu para essa vitória
alcançada, com tanto esforço e amor.
Não poderia deixar de fora os meus
verdadeiros amigos, em especial Eloar
Cristina que através do incentivo me
motivou a prosseguir na minha
caminhada acadêmica que apenas está
começando.
A estas pessoas eu ofereço o meu
sonho de ser uma profissional
capacitada e dedicada. O meu abraço,
o meu beijo, o meu diploma e o meu
muito obrigada por me ajudarem a
escrever estas linhas da minha vida.
“Se não posso, de um lado, estimular
os sonhos impossíveis, não devo de
outro, negar a quem sonha o direito de
sonhar” (Paulo Freire).
RESUMO
O presente estudo tem como objetivo analisar a contribuição da Neurociência
com alunos com Paralisia Cerebral no processo ensino-aprendizagem. Que
cada vez mais os alunos da inclusão necessitam de profissionais capacitados
para desenvolver um trabalho de transformar o educando com Paralisia
Cerebral junto á uma plasticidade no processo de estímulos e interação, assim
desenvolver á parte motora e cognitiva dessas crianças. A pesquisa foi
elaborada com algumas Bibliografias, artigos e sites.
METODOLOGIA
Este estudo ocorrerá através de pesquisas bibliográficas em
livros, artigos acadêmicos e sites especializados em Neurociência cognitiva. A
pesquisa se desenvolverá por meio de leituras e investigações sobre as
dificuldades que afetam a aprendizagem em crianças com Paralisia Cerebral. O
conteúdo cientifica do trabalho permeará a relação entre as bases neurais da
aprendizagem, junto á plasticidade, a descrição das dificuldades de
aprendizagem e o papel das emoções e do Sistema Límbico nesse processo.
Nesse sentido, o enfoque será dado aos aspectos neurocientíficos
especializados e atualizados sobre o funcionamento do sistema. Nervoso no
processo de aquisição do conhecimento, as consequências das lesões no
aluno e outros aspectos das vias neurais envolvidas com as emoções.
SUMÁRIO
Introdução.................................................................................................. 07
Capítulo I
Contribuição das Neurociências: o novo paradigma da Educação sobre
a extraordinária história do cérebro........................................................... 09
Capítulo II
Paralisia Cerebral...................................................................................... 21
Capítulo III
Teorias da Aprendizagem.......................................................................... 26
Considerações finais................................................................................. 36
Bibliografia................................................................................................. 37
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INTRODUÇÃO
Grande momento de muitas mudanças no panorama educacional.
Experimentam-se no processo formativo educacional certos conceitos como
construtivismo, sóciointeracionismo, psicogênese, ressignificação da educação,
legitimação do ensino e epistemologia, porém em certas situações as ações
pedagógicas fogem desse contexto. Atualmente, a pluralidade de situações
com que nos deparamos nas instituições de ensino evidência, que para
inclusão ser completa em todos os ângulos pedagógicos e físico da instituição
para com o aluno necessita de capacitação de profissionais e estrutura física.
O momento de ensino-aprendizagem com os alunos de paralisia cerebral fica a
critério do profissional que direciona os conteúdo mecanicamente com pouca
profundidade e bastante estímulos para que haja uma aprendizagem
significativa.
Portanto, conhecer os diferentes espaços cerebrais e a Neurociências
como um todo é fundamental para compreender o processo de aprender e até
mesmo fazer relações com outros conteúdos e com o cotidiano das pessoas.
Percebeu-se ao longo trajetória da pesquisa o quantos os fundamentos da
Neurociências são ainda distanciados da Educação . Tal percepção direcionou
os estudos, abrindo novos caminhos, e aos poucos passo-a- passo , foi- se
construindo um texto capaz de orientar educadores na utilização do
conhecimento das Neurociências e apresentar o estudo do cérebro como dos
elementos essências para o processo de ensino-aprendizagem com os alunos
de paralisia cerebral. Tal preocupação, a construção de um texto esclarecedor
adveio da vontade de ajudar o educador a conhecer de forma mais dinâmica o
funcionamento do cérebro e o avanço da Neurociências no século XXI, e a
partir dai fazer as mudanças necessárias como uma possibilidade de evolução
e crescimento. Logo, analisar e compreender a dimensão do cérebro e da
Neurociências são elementos fundamentais e norteadores ao processo de
ensino- aprendizagem com as habilidades da plasticidade cerebral nos alunos
com paralisia cerebral. Por isso, descobrir respostas a essas questões me fez
utilizar leituras e praticas,com o intuito de legitimar o tema que tanto busca
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descobertas e soluções para ajudar e desenvolver um trabalho construtivo e
significativo para a educação evoluir.
Durante muito tempo ao longo da história, o entendimento do cérebro
tem ser tornado um desafio em diferentes momentos da sociedade e ao tipo de
tratamento que estamos dando para as nossas práticas em sala de aula. A
aprendizagem não é uma simples conquista de conteúdos, entender como este
processo acontece tornou-se um desafio para os educadores. Para que ela se
concretize é preciso agregar novas informações à nossa memória e , ao
mesmo tempo, interliga-la a práticas diferenciadas em sala de aula para que
posteriormente, deêm as respostas mais adequadas. É importante frisar que na
construção dessa pesquisa em busca de novas informações na área da
Neurociências com o contexto das habilidades da plasticidade cerebral para
um desenvolvimento cognitivo no processo de ensino-aprendizagem de alunos
com paralisia cerebral venha formar significações e conexões entre os
conteúdos estudados visando atender aos objetivos propostos, esta monografia
apresenta a seguinte estrutura.
O primeiro capítulo proporciona aos leitores, em especial aos
educadores uma visão de como o cérebro aprende e orienta na utilização do
conhecimento da Neurociências, aplicado no processo de ensino-
aprendizagem fazendo um abordagem em cinco dimensões a primeira trata de
uma fundamentação para mostrar a dimensão da Neurociência, fazendo um
percurso da sua história e do estudo do cérebro, a segunda refere-se à uma
nova fase do cérebro, ou seja a nova era cerebral numa perspectiva da
Neurociência, a terceira dentro da formação de conceitos, associa elementos
fundamentais do cérebro e suas conexões no desenvolvimento da
aprendizagem. A quarta e quinta refere-se a nova cérebro e o processo do
sistema nervoso . Em seguida, no segundo capítulo a história da paralisia
cerebral, sua etiologia e as classificações. No terceiro capítulo abrange
algumas teórias de aprendizagem com conexões a Neurociências e concepção
de alguns teóricos e habilidades da plasticidade cerebral a seguir temos as
considerações finais.
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CAPÍTULO I
CONTRIBUIÇÃO DAS NEUROCIÊNCIAS: O NOVO PARADIGMA DA
EDUCAÇÃO SOBRE EXTRAORDINÁRIA HISTÓRIA DO CÉREBRO
Atualmente a Neurociências é uma das áreas que mais avançou
em termos de indagação e investigação, nos últimos tempos. Pensar e
escrever sobre Neurociências, a primeira impressão que será algo difícil,
incompreensível afinal falar a respeito do cérebro parece coisa do outro mundo
ou, assunto específico de médicos. Agora iniciando a história da Neurociências,
para a origem dessa ciências há evidências que sugerem que até mesmo
nossos ancestrais pré-históricos compreendiam que o encéfalo era vital para a
vida. Os registros pré-históricos são ricos em exemplos de crânios de
hominídeos, datado de um milhão de anos ou mais, apresentando sinais de
lesões cranianas letais infligidas por outros hominídeos. Há cerca de
7.000anos, as pessoas já faziam orifícios no crânio de outros( um processo
chamado trepanação) com intuito de curar e não de matar. Tais crânios
mostram sinais de cura e que eram feitas em sujeitos vivos e muitos indivíduos
sobreviviam a essas cirurgias cranianas.
Com pouco esclarecimento do que esses cirurgiões primitivos
queriam realizar, embora haja quem especule que esse procedimento poderia
ter sido utilizado para tratar dores de cabeça ou transtornos mentais, talvez
oferecido aos “ maus espíritos ’’ uma porta de saída. Escritos recuperados
desses médicos do Egito antigo, de quase 5000 anos atrás indicam que eles já
estavam bastante ciente de muitos dos sintomas de lesões cerebrais. Para
esses médicos estava bem claro que, o coração, e não o encéfalo era a sede
do espírito o supositório de memória. Até então o pensamento de que o
coração era a sede de consciência e do pensamento permaneceu até a época
de Hipócrates.
Na Grécia antiga foi observado que á cabeça é especializada em
perceber o ambiente, nela estão os olhos e as orelhas, o nariz e a língua
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mesmo dissecções grosseiras mostram que os nervos desses órgãos podem
seguidos através do crânio.
Segundo Hipócrates o pai da medicina ocidental acreditava que o
encéfalo não apenas estava envolvido mas sensações, mas ela era também a
sede da inteligência, isto é, a mente estava no cérebro.
Para Aristóteles se agarra á crença de que o coração era o centro
do intelecto. Defendeu a hipótese que a mente tinha sede no coração e o
cérebro resfriava o sangue. Tipo um sistema hidráulico, os nervos ocos que
circulavam o espírito animal.
Segundo Galeno que concordava com a ideia de Hipócrates sobre
o encéfalo, como médico dos gladiadores ele deve ter testemunhado, as
infelizes consequências de lesões cerebrais e da medula espinhal.
De acordo com a informação que Galeno obteve sugeriu que o
cérebro deveria ser o receptáculo das sensações, e o cérebro deveria
comandar os músculos. Ele teorizava que se retirassem as ramificações de
suporte dos ventrículos, ficava o esférico e que o poder da sensação, do
nascimento fluía no cérebro e ainda o que é racional na alma tem ali a sua
existência. Com essa teoria de localização do espirito no fluido dos ventrículos
perdurou por vários séculos. Assim, no século XVI Andreas Versalius que
realizou várias dessecações, sobre em crânios de criminosos executados,
assim contesta a ideia de Galeno, relatando que os asnos tinham ventrículos e
não tinham capacidades intelectuais e que a sede funcional deve ser mais
cerebral. Uma das observações for a de que o tecido cerebral era dividido em
duas partes ; A substancias cinzenta e a substancia branca. Um importante
passo da neuroanatomia foi a observação de que o mesmo tipo de padrão de
saliências (os giros) e sulcos (ou fissuras) podia ser identificada na superfície
cerebral de cada indivíduos, com esses padrão que permite a decisão do
cérebro em lobos, isso foi a base da especulação de que diferentes funções
estariam localizadas em diferentes saliências do cérebro.
1. A Visão do Sistema Nervoso no Século XIX
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Durante o século XVIII a compreensão do sistema nervoso foi
assim, a lesão no encéfalo pode causar desorganização das sensações,
movimentos e pensamentos, podendo levar á morte. O encéfalo opera como
uma maquina e segue as leis da natureza. Em 1751 Benjamin Franklin publicou
um panfleto intitulado experimentos e observações em eletricidade, que levou a
uma nova compreensão dos fenômenos elétricos.
Durante a virada do século o cientista italiano Luigi Galvani (1737-
1798) em seus experimentos descobriu que os músculos podiam gerar
eletricidade por si própria e que o próprio encéfalo gerava eletricidade. O novo
conceito era de que os nervos eram como ‘’fios’’ que conduzem sinais elétricos.
Para Charles Bell fisiologista Francês respondeu que justamente
antes dos nervos se conectarem á medula espinhal, as fibras se dividem em
dois ramos, ou raízes : A raiz dorsal entra pela parte de trás da medula
espinhal e a raiz espinhais carregassem informações em diferentes sentidos
cortando cada raiz separadamente e observando as consequências em
animais experimentais, que cortando as raízes ventrais havia paralisia
muscular. Sendo que, Magendie demonstrou que ás raízes dorsais levaram
informações sensoriais para a medula espinhal Bell e Magendie concluíram
que em casa nervo existia uma mistura de muitos ‘’fios’’, alguns deles
carregando informação para o encéfalo e para a medula espinhal, e outros
levando a informação para os músculos.
Para a evolução do sistema nervoso ao longo de várias gerações,
esse processo distinguem as espécies hoje em dia : nadadeiras nas focas,
pelos nos cachorros, mãos nos guaxinim, e assim por diante. Os cientistas não
podiam discernir se os processos de diferentes células se fundiam, como os
vasos sanguíneos do sistema circulatório, de não se eles fundissem o termo
‘’rede nervosa’’ de células neurais conectadas, poderia representar a unidade
elementar da função cerebral nervosa individual hoje chamada de ‘’neurônio’’,
foi reconhecido como sendo a unidade funcional básica do sistema nervoso.
Era fundamental saber a importância do encéfalo humana,
quando J. Hunghlengs concluiu que muitas regiões do encéfalo contribui para
dado comportamento, então nessa época na França que surge talvez o caso
mais famoso da neurologia relatado por Paul Broca, ele tratou um paciente com
acidente vascular cerebral, ele entendia a linguagem, mas não conseguia falar,
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entretanto, murmurava. A exata parte do cérebro que estava lesionada no
paciente de Broca era o lobo frontal esquerdo, que posteriormente denomina-
se área de Broca. Havia aqui uma parte exclusiva da linguagem prejudicado
por uma lesão especifica, tema escolhido pelo neurologista Carl Werneck que
relatou um caso de um paciente também com acidente vascular cerebral que
podia falar quase normalmente, diferente do paciente de Broca, porém o que
falava não fazia sentido, era uma lesão na parte mais posterior do hemisférico
esquerdo onde se encontram os lobos parietal e temporal.
Contudo, há pouco mais de cem anos, as descobertas de Broca e
Werneck e fizeram revolucionar. Naquela época os médicos eram limitados em
suas habilidades para identificar as lesões dos pacientes em alguns casos isso
só era possível após a morte do paciente. Atualmente , o local da lesão pode
ser identificado em poucos minutos com o auxilio de imagens que mapeiam e
fotografam o encéfalo vivo. No entanto, a grande revolução sobre o sistema
nervoso estava ocorrendo mais ao sul da Europa, Itália e na Espanha entre o
italiano Camilo Golgi que desenvolveu uma coloração que penetrava os
neurônios com prata o que permitia a visualização completa de um único
neurônio e o espanhol Santiago Ramón y Cajal , que ao contrário da visão de
Golgi os neurônios eram únicos. Ele foi o primeiro a identificar não somente a
natureza única do neurônio, mas também a transmissão de informação elétrica
em uma única direção dos dendritos para extremidades do axônio. Ramón y
Cajal foi o pai da Neurociências moderna por honra de várias descobertas
partiram da utilização do corante descoberto por Golgi, que continuava a ver o
neurônio como uma só unidade e Ramón y Cajal via o neurônio como uma
unidade independente.
No Brasil, o imperador Pedro amante das artes e das ciências se
correspondeu com o eminente fisiologista alemão Du Bois Reymond acerca da
fundação de um instituto de ¨Phycologia¨ na cidade do Rio de Janeiro, mas
que jamais teve efetividade prática. A história da Neurociências no Brasil se
confunde com a própria história da fisiologia brasileira. O estudo experimental e
sistemático da fisiologia começou sem dúvida com irmão Álvaro e Miguel
Ozório de Almeida, no Rio de Janeiro, os quais também iniciaram
principalmente Miguel as pesquisas em neurofisiologia. Álvaro criou uma
escola nesse campo, que culminou com seu discípulo Paulo Enéas Galvão,
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que foi para o instituto Biológico de São Paulo e tornou-se o segundo
professor de fisiologia da recém criada escola paulista de medicina ,
substituindo outros discípulo carioca, Thales Martins que com Ribeiro do Valle
ajudou fundar a neuroedocrinologia brasileiro. No final da década de 1950 dois
iminentes fisiologistas. Saíram das fileiras da faculdade da Nacional de
Medicina e se juntaram a Carlos Chagas Filho e Carlos Eduardo Guinle da
Rocha Miranda no departamento de neurofisiologia, as primeiras experiências
em sistema nervoso central com registro da atividade elétrica no córtex
cerebral de mamíferos anestesiados foram de Alberto-Fessard e os estudantes
de medicina Eduardo Oswaldo Cruz e Carlos Eduardo Miranda.
O Brasil foi agraciado com vários pesquisadores que lutaram para
postular o conhecimento cientifico em solo brasileiro, permitindo a sociedade
atual o contato com a Neurofisiologia, Neurobiologia, Fisiologia, Biofísica entre
outros.
1.2 As Neurociências do século XXI
Estudo do desenvolvimento histórico da Neurociência do sec. XX
e XXI, o ultimo século veio revolucionar o modo como hoje é possível entender
as funções (e disfunção) do sistema nervoso. Os progressos observado nas
áreas da Neuroimagem e da Neurofisiologia vieram dar um novo folego aos
projetos ancestrais de correlacionar localização e função, resultando em
grandes avanço na identificação e diagnostico da grande parte dos distúrbios.
Como legado da Década do cérebro, é hoje seguro antecipar que a genética e
a biologia molecular serão o motor dos mais importantes progressos futuros da
Neurociências reformular a nossa forma de encarar e pensar a mente humana.
Se o século XX foi o berço da Neurociências moderna, o século XXI será o
aprendizado da Neurociências. Sendo assim escritas e suas descoberta fica
sendo experimental como é chamado de abordagem reducionista, e por isso
que existe níveis de análise sobre a Neurociências como níveis,molecular,
celular de sistema, comportamental e cognitivo.
Neurociências moleculares o encéfalo tem sido considerado, a
mais complexa porção de matéria no universo. A matéria encefálica consiste
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em uma fantástica variedade se moléculas, muitos das quais exclusivas do
sistema nervoso. Essas diferentes moléculas tem diferentes papeis, os quais
são cruciais para a função cerebral: mensageiros que permitem aos neurônios
comunicarem-se uns com os outros, sentinelas que controlam quais matérias
podem entrar ou deixar os neurônios, guiam que direcionam o crescimento
neuronal arquevistas de experiências passadas. Este estudo do encéfalo mais
elementar é chamado de neurociências molecular.
1.3. O cérebro
O século XX foi notável para o estudo do cérebro que é
verdadeira caixa preta, o cérebro pode ser despido e visto através do raio X,
uma técnica conhecida como Position Emission Tomogrophy possibilita marcar
o oxigênio e glicose permitindo o cientista acompanhar seus passos ¨cérebro¨
com essa técnica é possível discriminar áreas cerebrais em pessoas com
atividades diferentes. O cérebro humano constitui-se por dois hemisférios
cerebrais esquerdo e direito. O hemisfério esquerdo controla o lado direito e o
hemisfério direito controla o lado esquerdo. Cada hemisfério divide-se em lobo
frontal, lobo parietal, lobo occipital e lobo temporal. Eram vistos como dois
irmãos, um ativo, dinâmico e falante e outro tolo e mudo. De acordo com
alguns pesquisas chegaram a conclusão que exercícios que estimulassem a
ação cerebral como exercícios neuróbicos é uma combinação de neurônios e
atividades física ou aeróbicos, sendo assim conservar a juventude do cérebro
não é difícil . As células nervosas quando excitadas produzem neurotrofinas ,
moléculas que estimulam seu crescimento e reação.
Essa fantástica aparelhagem orgânica pesa aproximadamente 1,2
kg e tem capacidade de registrar 100 milhões de sensações por segundo.
No estado de vigília, produz, pelo menos, 3 bilhões de impulsos
nervosos por segundos (resposta ao estimulo) façanha que não é possível de
ser realizada por qualquer computador de ultima geração. Cada um dos 100
milhões de neurônios do córtex é capaz de se relacionar com, no mínimo, 30
outros neurônios originando-se, assim, uma rede de fibras nervosas, que, se
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colocadas em fila, alcançariam o comprimento de aproximadamente 160.000
km.
Essa rede, em razão direta de uso, está sujeita a constantes
alterações pela formação de novos colaterais, o que determina aumento de
intercomunicação. Isso é chamado de plasticidade cerebral, isto é, a
capacidade de constante modificação funcional, podendo até mesmo serem
criadas funções em áreas que não são especificas para a mesma (como
exemplo, pode ser criada uma área de fala no hemisfério direito, sendo que a
mesma é especifica da área de Broca, no hemisfério esquerdo; essa
‘’especifecidade’’, portanto é relativa.
Ramón Y Cajal, já demostraram, há cem anos, que é possível
aumentar a capacidade cerebral através de estímulos, e que também e
possível atrofiar ou até mesmo fazer desaparecer certa área cortical através da
inativação ou desuso. Os cientistas acreditam que o homem utilize com maior
intensidade apenas pouco mais de um terço da capacidade cerebral, por falta
de estimulação, treinamento e aprendizagem.
Determinadas áreas de cérebro, permanecem pouco ativas,
desconhecidas e inexploradas. Assim sendo permite compreender por que o
funcionamento do cérebro ainda não for esclarecido em sua totalidade e por
que ainda há tanto a ser descoberto. A uma conclusão, entretanto, já podemos
chegar. A capacidade do cérebro é praticamente inesgotável, e, mesmo se o
homem vivesse 500 anos (em condições saudáveis), ainda assim poderia
esgotar essa capacidade.
Sendo que em relação a capacidade cerebral quer dizer que é a
lei do uso e do desuso estimulação e falta de estimulação. Por enquanto
podemos apenas afirmar que a vontade de captar novos estímulos, ligada á
aprendizagem, é o caminho para uma evolução cerebral.
Considerando o estudo evolutivo, observa-se que o cérebro
humano pode ser dividido em três partes distintas, funcional e evolutivamente:
O cérebro reptiliano (primitivo-R), cérebro límbico (das emoções-L) e neocórtex
(cérebro evolutivo-N).
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O cérebro reptiliano é assim chamado por ter sido evolutivamente
dos répteis (embora já existisse em escalas animais inferiores).Podemos
considerar como cérebro reptiliano mais especificamente a região hipotalâmica,
sendo está a responsável pelo comportamento sexual, alimentar, de sono
vigília, agressivo e social (sendo este último referente ao ângulo de hierarquia
social, em grupo ou em bando). O cérebro reptiliano contribui decisivamente
para a sobrevivência da espécie ou do individuo.
O cérebro límbico desenvolveu-se evolutivamente em tronco do
cérebro a partir dos mamíferos primitivos. Constitui o centro das emoções
(embora ainda primitivas), possuindo, entretanto, uma intensa ligação com o
cérebro R.
Na espécie humana, o cérebro L é o substrato das emoções
primitivas, realizando uma constante troca de feedback com o neocórtex para o
aprimoramento dessas emoções.
O cérebro neocórtex também conhecido como cérebro humano,
pois compreende a parte evolutivamente mais recente. Apesar desse nome,
não é somente na espécie humana que aparece, pois animais inferiores, como
cão e os macacos, por exemplo, já o tem bem desenvolvido. Mesmo assim, é
no homo sapiens (Sp. humana) que ele atinge o máximo de seu
desenvolvimento e aperfeiçoamento.
Formou-se gradativamente pela evolução em torno de cérebro L,
possibilitando o cumprimento de tarefas mais associadas ao intelecto e a gnose
(poder criativo), conferindo ao homem as capacidades de fala, escrita,
motricidade elaborada, realização de cálculos matemáticos, composição
artística, enfim, tudo aquilo que nos diferencia e identifica como seres
humanos. Através do neocórtex, portanto, a natureza tirou o homem da
condição simples de animal tornando-o racional e ampliando suas emoções e
seu intelecto. (Como exemplo, o sentimento familiar, antes restrito aos
componentes da própria espécie, torna-se extensivos aos demais seres vivos e
também ao meio em que vive).
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Essa estrutura orgânica poderosa pode, entretanto, a partir do seu
próprio poder, tanto criar como destruir, se poder, tanto criar como destruir se
não for bem utilizada e preservada.
Considera-se como cérebro as estruturas situadas acima do
hipotálamo, ou seja, os hemisférios cerebrais e as outras estruturas que fazem
do telencéfalo. Como já foi citado anteriormente os hemisférios cerebrais direito
e esquerdo compreendem a maior parte do cérebro, sendo unidos por um
poderoso feixe de fibras, o corpo caloso, que os inter-relaciona, tornando a
mensagem captada por um hemisfério disponível no hemisfério oposto. Além
dessa estrutura comissural (de ligação) os hemisférios cerebrais são unidos
pela comissura anterior e pela comissura hipotalâmica.
Em níveis inferiores a essas estruturas citadas grandes vias
ascendentes e descendentes (aferentes e eferentes) ligam o córtex e o tálamo
com os pedúnculos cerebrais, a ponte, o bulbo e a medula espinhal. A região a
seguir, abaixo do córtex, é a subcortical construída de axônios, ou seja, fibras
mielinizadas (de colaboração branca, portanto) que realizam um feedback
constante com o córtex onde o impulso levado pelas fibras será decodificado e
registrado, sendo elaborada uma resposta ao mesmo. A superfície do cérebro
não é lisa, ela apresenta saliências e reentrâncias chamadas cercumoluções
que aumentaram gradativamente com a evolução, sendo que o homem a
espécie que apresenta maios quantidade deste ‘’enrugamento’’ da superfície
cerebral. Sua função é aumentar a área do córtex, ou seja, aumentar a área de
registro e decodificação de estímulos e a capacidade de elaboração de
respostas ao mesmos.
Através das circunvoluções, o córtex penetra no interior do
cérebro, formando o córtex límbico, que fica situado em torno das estruturas
límbicas (daí o nome). Essas estruturas corticais também estão relacionadas
com as emoções. Os sulcos cerebrais são os sulcos que dividem o cérebro em
hemisfério e lobos, sendo as principais as que seguem.
Cissura inter-hemisférica ou longitudinal situa-se na parte superior
do cérebro, sendo a mais profunda e dividindo-a em hemisférios (direito e
esquerdo). Ela é tão perceptível e separa os hemisférios de tal forma que
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alguns autores (como Popper e Ecles. 1991) fazem diferença entre eles.
Chamando de ‘’cérebro maior’’ o hemisfério esquerdo e de ‘’cérebro maior’’ o
hemisfério direito. Essa diferenciação é considerada pelas características
próprias de cada um. O hemisfério esquerdo por ser dominante e o hemisfério
direito relacionado com o simbolismo e o abstrato.
Os lobos cerebrais apresentam especializações funcionais, sendo
que essas funções sofrem maior aprimoramento e especificidade em regiões
que circundam as áreas de funções mais amplas.
Como exemplo, o lobo occipital (córtex occipital) tem como função
à visão de uma forma ampla. Em torno dessa área, ainda no lobo occipital,
ficam as áreas de associação visual. Assim, com a área ampla, ‘’vejo’’, e como
as áreas circundantes à mesma, ‘’interpreto o que vejo’’.
Apesar da especificidade dos lobos, as mesma é relativa, pois
suas funções se inter-relacionam funcionalmente. Assim com o lobo frontal,
‘’penso’’, mais, ao mesmo tempo, ‘’enxergo’’ meu pensamento (lobo occipital),
penso ‘’sentir o cheiro’’ do que penso (lobo temporal) ou até mesmo ‘’ter a
sensação tátil’’ do que estou pensando (lobo parietal).
A)Lobo frontal situa-se na frente da cissura central e acima da
cissura lateral de uma forma ampla, estar relacionada com a
motricidade.
No homem, o lobo frontal sofreu uma proeminência na parte
anterior formando a região pré-frontal.
Essa região é considerada superior pois tem como função a
elaboração do pensamento, capacidade de atenção e a idealização e
adequação comportamental a cada situação social ou física. É considerada a
sede da Psique. A região pré-frontal possui grandes números de fibras que a
ligam ao cérebro límbico ( emoções primitivas), e essas fibras tem como função
coibir ou censurar a manifestação do límbico. Quando há lesão na área pré-
frontal, o individuo se comporta de uma forma primitiva, irracional e inadequada
porque o límbico fica livre e sem censura.
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Abaixo do lobo frontal, fica localizado o bulbo olfatório. Que é o órgão sensorial
do olfato, também ligado às emoções. Acima do bulbo olfatório, fica localizado
o córtex olfatório que realiza o registro e a decodificação dos estímulos
olfatórios.
B)Lobo parietal situa-se atrás da cissura central e à da cissura
parietoccipital. É importante na percepção do tato, da dor e da posição dos
membros. Também integra as experiências sensoriais provenientes do corpo,
permitindo, perceber o tamanho, a forma e a textura dos objetos (identificação
sem visualização). Estar relacionado com o sensório-motor. A parte superior do
lobo parietal é fundamental para uma autoimagem completa, ou seja, uma
percepção global do próprio corpo em relação a si mesmo ou aos estímulos
que o atingem. Uma lesão nessa área pode ocasionar alterações neurológicas
estranhas, como a negação de partes do próprio corpo: Uma paciente, por
exemplo, passa a vestir somente uma perna da calça e a outra não, porque
‘’aquela perna não existe’’.
A porção parietal inferior (próxima ao lobo temporal), esta com a
integração de informações sensoriais relacionados à fala e à percepção, por
estar próxima às áreas de Broca e de Werneck.
C) O Lobo occipital situa-se abaixo da cissura parietoccipital e
acima do cérebro. É responsável pela visão, sendo este centro localizado na
região inferior situada em torno de si, e que nos permite identificar a forma, a
cor e o tamanho dos objetos.
Na porção mais profunda do lobo occipital, acima do tronco
encefálico e do cerebelo, está uma parte do lobo occipital que faz parte da
função de reconhecimento e de fisionomias. A lesão nessa área pode causar
uma reação patológica que leva a confundir faces com objetos inanimados ou
outras manifestações bizarras, todos relacionados alterações fisionomias.
D)Lobo temporal situa-se à frente do lobo occipital e a abaixo do
lobo parietal. Está relacionado com a audição, a memoria e as emoções. O
córtex auditivo amplo fica situado na sua porção superior, e, em torno,
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localizam-se ás áreas interpretativas auditivas (identificam de som, timbre,
intensidade e etc.)
Também na porção temporal superior fica situada a área de
expressão sensorial ou de interpretação (Werneck), importante para o
reconhecimento da palavra, possuindo interconexões com a área frontal da
linguagem (Broca), responsável pela articulação da palavra: A área da
expressão motora (Broca). Articulação da palavra; área sensorial da palavra
(Werneck) reconhecimento e interpretação da palavra.
As emoções são também mediadas pelo lobo temporal
juntamente com o frontal, considerando-se sempre suas interligações com o
sistema límbico (emoções intentivas e irracionais) donde emergem as emoções
básicas sob o ponto de vista animal.
Sendo assim a área de Broca é responsável pela capacidade de
expressão ou a fala, essa característica é a que mais diferencia a nossa
espécie das outras espécies animais. Quando há lesão nessa área, ocorre a
afasia motora, que é a incapacidade de expressão, embora haja compreensão.
É a área de Werneck que é pela interpretação geral ou global dos estímulos.
Por isso é considerada como a área do gnose, do reconhecimento profundo ou
da memória terciária.
21
CAPÍTULO II
PARALISIA CEREBRAL
2. Conceito
No meado do século XIX um ortopedista inglês de nome William
Little fez os primeiros relatos de uma enfermidade que afetava crianças nos
primeiros anos de vida, caracterizada por rigidez muscular, em especial nos
membros inferiores e em menor grau nos membros superiores, Estas crianças
tinham dificuldades em pegar objetos, engatinhar e andar e não melhoravam
com seu crescimento, nem tão pouco pioravam. Tal condição foi chamada de
¨Síndrome de Little¨ por muitos anos e hoje é conhecida como ¨Diplegia
Espática¨. Esta enfermidade apresenta várias manifestações de dificuldades
no controle de movimento devido a um insulto ao cérebro em desenvolvimento
agrupado atualmente sob termo de Paralisia Cerebral (PC). Muitas dessas
crianças nascendo prematuras ou por partos complicados e Little sugeriu que
esta condição resultaria de asfixia perinatal. Ele propôs que a pouco
oxigenação danificaria tecidos cerebrais responsáveis pelos movimentos.
A expressão Paralisia Cerebral surgiu durante a fase neurológica
de Freud, em 1987 ao estudar a síndrome de Little, nesse caso o termo
paralisia cerebral a tem de diferencia-lo do termo Paralisia Infantil, a
poliomielite que consiste em paralisias flácidas , Freud descordava Little ao
observar que crianças com paralisia cerebral geralmente apresentam outros
problemas como por exemplo: retardo mental, distúrbios visuais, convulsões,
entre outros. Então, ele sugeriu que a desordem poderia algumas vezes afetar
o cérebro antes do nascimento durante o desenvolvimento cerebral fatal.
Apesar da observação de Freud, a crença de que complicações
do nascimento causaram a paralisia cerebral foram difundidas entre médicos,
familiares e até mesmo cientistas médicos. Por volta dos anos 80 do XX
cientistas analisaram extensivamente dados de um estudo governamental de
mais de 35 mil nascimentos e se surpreendem ao descobrir que tais
complicações aconteciam em apenas parte dos casos, provavelmente em
22
menos de 10%. Estes achados do estudo Perinatal do Instituto de Distúrbios
Neurológicos (National Instituto of Neurological Disordes and stroke NNDS)
alteravam profundamente as teorias acerca da Paralisia Cerebral e
estimularam os pesquisadores a descobrirem outras causas. Paralisia Cerebral
á uma expressão abrangente para diversos distúrbios que afetam a capacidade
infantil para se moer e manter a postura e o equilíbrio. Uma vez que a Paralisia
Cerebral influencia o modo como as crianças se desenvolvem, ela é conhecida
como uma deficiência (distúrbio) do desenvolvimento. Atualmente o Estados
Unidos, existem mais pessoas com Paralisia Cerebral do que com outro
distúrbio do desenvolvimento, incluindo a Síndrome de Down, a epilepsia e o
autismo. Nos Estados Unidos anualmente, cerca de 5 mil crianças até 5 anos e
1.200-1.500 Pré-escolares são diagnosticados com Paralisia Cerebral. Ao todo,
aproximadamente 500 mil pessoas naquele país tem algum grau de Paralisia
Cerebral.
Ainda que as crianças com Paralisia Cerebral muito leve
ocasionalmente se recuperem na época da idade escolar, a Paralisia Cerebral
geralmente é uma deficiência que dura para toda a vida.Toda criança com
Paralisia Cerebral tem uma lesão na área do Cérebro que controla. O Tônus
muscular. Consequentemente pode ter um tônus muscular aumentado reduzido
ou uma combinação dos dois( Tônus variável ou flutuante).
2.1 Classificação
A Paralisia Cerebral pode ser classificada de acordo com o tipo e
a distribuição da anormalidade motora. As formas de classificação mudaram
pouca desde a obra de Freud em 1897. Entretanto, deve ser notado que
geralmente a apresentação clinica não é pura. Movimentos involuntários
anormais podem ser vistos nas síndromes espásticas e sinais pirâmides podem
ser vistos nas síndromes discinéticas e atóxicas.
Classificação baseada no envolvimento motor.
Espasticidade: O quadro mais frequente, correspodendo em até 70%
dos casos. A criança espática existe um comprometimento do Sistema
23
Piramidial com a Hipertonia dos músculos. É caracterizada pela lesão do
motoneurônio superior do córtex ou nas vias que terminam na medula
espinhal. A espasticidade ciumenta com a tentativa da criança em
executar movimentos, o que faz com que estes sejam bruscos, lentos e
anárquicos. Os movimentos são excessivos divido ao reflexo de
estiramento estar exagerado.
Atetose: Comprometimento do sistema extra-piramidal ; O sistema
muscular é instável e flutuante; numa ação, apresenta movimentos
involuntários de pequena amplitude. O controle da cabeça é fraco e as
respostas e estímulos são instável e imprevisíveis. Apresentam um
quadro de flacidez e respiração anormal. Corresponde de 20% a30%
dos casos.
Rigidez: Este distúrbio de movimento também é consequente a lesões
nos núcleos da base, relacionados a uma hipertonia generalizada
secundária a uma contração contínua da musculatura flexora e
extensora .
Ataxia: Comprometimento do cérebro e vias cerebelares. Manifesta– se
por uma falta de equilíbrio e falta de coordenação motora e em
atividades musculares voluntária. Há sinais de tremor intencional e
disartria. A ataxia pura na paralisia cerebral é rara e início não é fácil de
ser reconhecida. Há pouco controle de cabeça e do tronco, a fala é
frequentemente é retardada e indistinta, caracteristicamente com a boca
aberta e salivação considerável corresponde a 10% dos casos.
Levando-se em costa os membros atingidos pelo
comprometimento neuromuscular, podem ter:
a) Paraplegia: Comprometimento dos membros inferiores.
b) Triplegia: Comprometimento de três membros.
c) Quadriplegia: Comprometimento de quatro membros.
d) Hemiplegia: afetado dois membros do mesmo lado.
e) Monoplegia: Um membro comprometido.
f) Hemiplegia dupla: Afetados dois membros do mesmo lado e mais um
membro superior.
24
O grau de incapacidade ligada ao transtorno neuromuscular pode
ser leve, moderado e severo.
2.3. Condições Associadas a Paralisia Cerebral
Além dos prejuízos nos nascimentos, as crianças com Paralisia
Cerebral frequentemente tem outras condições que podem impedir o seu
desenvolvimento e aprendizagem. Isso se deve ao fato de que a mesma lesão
cerebral que causa os problemas de tônus muscular pode causar ou contribuir
para problemas em outras áreas. Por exemplo, um dano cerebral pode causar
deficiência mental, convulsões, problemas de aprendizagem e problemas de
visão e audição exatamente como os problemas de movimentos fazem, muitos
dessas condições tornam mais difíceis a aprendizagem intelectual, a fala e a
linguagem, além de outras habilidades.
2.4 Tratamento: uma avaliação interdisciplinar
Uma vez que a extensão dos problemas da criança com paralisia
cerebral não será esclarecida durante algum tempo, os seus sintomas
precisam ser monitorizados por uma equipe interdisciplinar – um grupo de
profissionais com especialidades em diferentes áreas. Esses profissionais pode
reunir informações sobre suas habilidades e fazer comparações ao largo dos
meses e anos.
O Pediatra do desenvolvimento, esse pediatra reservará
cuidadosamente a anaminese e os registros médicos da criança realizando
exames físico completo e uma avaliação do desenvolvimento, para determinar
se alguns fatores clínico estão afetando a saúde e o desenvolvimento da
criança.
Neurologista. O médico especializado em doenças do Sistema
Nervoso fará mais exames neurológicos, para detectar a extensão do dono
cerebral.
25
Cirurgião Ortopedista, durante os exames avalia as condições e o
alinhamento dessas estruturas ósseas da criança especialmente do quadril, do
dorso e das pernas.
Terapeutas, Avaliação das Capacidades Motoras, problemas de
movimento como tônus muscular alto ou baixo ou fraqueza muscular e facilita o
desenvolvimento das habilidades motoras- rolar, sentar, engatinhar, levantar-
que exigem o uso de músculos mais fortes.
Fisiatra Avaliação e no tratamento de deficiência física em
reabilitação e fisiologia.
Otorrinolaringologista – Avaliação da frequência, as intensidades
e os tipos de sais da criança pode dever ou não.
Nutricionista verificará as suas habilidades alimentares e
proporcionará auxilio terapêutico para os transtornos motores orais que afetam
a mastigação ou a deglutição.
O paciente com paralisia cerebral necessita também de
investigações perante alguns distúrbios que ficam associados à paralisia
cerebral, durante o tratamento para uma resposta coerente ao sucesso do
desenvolvimento motor e cognitivo do aluno.
O retardo mental é mais comumente observado nas crianças com
tetraplegia espástica. As crises de epilepsia generalizados e parciais, a
generalizadas evoluem o cérebro como um todo.
As parciais permanecem restritas a certa área do cérebro e os
sintomas dependem da área envolvida. Uma criança com paralisia cerebral
pode apresentar qualquer tipo de crise.
Na paralisia cerebral, o estrabismo é frequente, catarata
(opacidade do cristalino), coriorretinite (inflamação da coroide e da retina) e
glaucoma (aumento da pressão ocular) são desordens oculares comumente
encontradas nas infecções congênitas.
A criança com paralisia cerebral também necessita de diagnostico
em relações a opção para ser avaliado e observadas nos primeiros meses.
26
CAPÍTULO III
TEORIAS DA APRENDIZAGEM
3.1. Jean Piaget: Princípio da Teoria Cognitiva
Jean Piaget, nasceu em Neuchâtel, uma pequena cidade
localizada na Suíça Francesa, a 9 de agosto de 1896 e falecido em 1980.
Desde muito cedo tinha interesses pela natureza e pelas ciências; com 10 anos
escreveu seu primeiro trabalho cientifico, um artigo que foi publicado em uma
revista de história natural com esse trabalho ele relata observações feitas com
uma andorinha albina.Logo depois começou a trabalhar como voluntário no
Museu de Ciências Naturais de Neuchâtel, no setor da coleção de Zoologia do
Museu. Piaget licenciou-se em Ciências Naturais na Universidade de Neuchâtel
em 1915 seguindo o sua meta doutorando-se três anos mais tarde com uma
tese sobre os moluscos da região de Valois na Suíça.
Para Piaget a grande dificuldade de criar um modelo teórico que
fosse capaz de explicar a estrutura de conhecimento poderia ser no campo da
filosofia, sendo que o procedimento metodológico era especulativo e na
biologia esbarrava na parte da experimentação. Foi quando Piaget recorre
então à Psicologia tomando a como base para sua proposta teórica através
dessa ciência psicologica conseguiu conhecer as devidas conexões entre
filosofia e a biologia, já que o procedimento era experimentais.
O teórico radifica que o conhecimento é construído da interação
do sujeito com o meio, a partir de estruturas existentes. Assim sendo a
aquisição de conhecimento depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito
,como de sua relação com o objeto. Ele afirma que, as etapas do
desenvolvimento cognitivo estão classificadas das seguintes formas:
I. Estágio Sensório-Motor (0 a 2 anos) a criança desenvolve um conjunto
de “esquemas de ação” sobre o objeto, que lhe permite construir um
27
conhecimento físico da realidade. A criança consegue fazer imitações
e construir representações mentais cada vez mais complexas.
II. Estágio Pré- Operatório (2 aos 6 anos) a criança inicia a construção
da relação causa e efeito, bem como das simbolizações. É a fase dos
porquês e do faz- de –conta.
III. Estágio Operatório- Concreto (7aos 11 anos) a criança começa a
construir conceitos, através de estruturas lógicas consolida a
conservações de quantidade e constrói o conceito do número. Seu
pensamento apesar de lógico, ainda está preso aos conceitos
concretos não fazendo ainda abstrações.
IV. Estágio Operatório Formal (11 aos 16 anos) desta fase o sujeito é
capaz de raciocinar com hipóteses verbais e não apenas com objetos
concretos.
Segundo Piaget (1994), à aprendizagem só ocorre mediante a
consolidação das estruturas do pensamento da mesma forma a passagem de
um estágio para o outro estaria dependente da consolidação e superação do
anterior. Neste caso, para que ocorra uma construção de um novo
conhecimento é, preciso que os conceito já assimilados sejam desorganizados
e passe por um novo processo reorganização, ou seja a transformação de um
conhecimento prévio em um novo.
“Identificar estes períodos é de grande relevância para o trabalho pedagógico, pois é baseado neles que o professor saberá quais atividades mais adequadas para cada atividades maias adequadas para cada idade.É este um dos grandes problemas enfrentados pelos alunos e que aparentemente ainda não foram solucionados. Professores aplicam problemas matemáticos correspondentes ao nível de inteligência operatória formal( a partir dos 12 anos) para que estas crianças, que ainda atuam no operatório concreto tentem solucionar, levantar hipóteses, fazer suposições ainda não correspondem a está faixa etária, isto só irá acontecer mais tarde”. (ARAUJO,2003 apud SAMPAIO, 2009).
28
Sampaio (2009) afirma que o crescimento cognitivo da criança se
dá por assimilação e acomodação. Na assimilação o sujeito incorpora a
realidade a seus esquemas de ação impondo-se ao meio, o conhecimento que
se tem da realidade não é modificado. Já na acomodação o sujeito não
consegue assimilar a situação da realidade. Não há acomodação sem
assimilação, pois acomodação reestruturação da assimilação.
3.2. Vygostky: Teoria Social Cultural
Diferentemente de Piaget, que supõe a equilibração como um
princípio básico para explicar o desenvolvimento cognitivo. Lev Vygotsky
(1896-1934) parte da premissa que esse desenvolvimento, o qual concebe o
homem inserido num contexto sócio- cultural, que interfere diretamente na
produção de sua consciência e seus comportamentos sociais através da
valorização que o meio sócio- cultural oferece no processo de desenvolvimento
humano.
Os processos mentais superiores do sujeito têm origem em
processos sociais é um dos pilares da teoria de Vygotsky. Segundo Palangana
(2002), pelo olhar de Vygotsky que o sujeito internaliza comportamentos, e
desenvolve-os segundo as relações vivenciadas no cotidiano. Neste caso o
comportamento humano é construído a partir das relações externas com o
meio sócio-cultural contrapondo-se neste caso a concepção defendida por
alguns teóricos que, o homem ao nascer traz o comportamento defendido.
O desenvolvimento cognitivo é a conversão de relações sócias
em funções mentais. Não é por meio do desenvolvimento cognitivo que o
indivíduo se torna capaz de socializar, é na socialização que se dá o
desenvolvimento dos processos mentais superiores.
Vygotsky (1998 apud Moreira, 1999) concebe o homem como um
ser histórico e produto de um conjunto de relações sociais. Os signos são os
instrumentos que, agindo internante no homem , provocam lhe transformações
internas que o fazem passar de ser biológico a ser sócio- histórico.
O teórico a cima mencionado afirma que, a aprendizagem da
criança inicia-se muito antes de sua entrada na escola, isto porque desde o
primeiro dia de vida ela já exposta aos elementos da cultura e a presença de
29
outro, que se torna mediador pra ela. Ele construiu o conceito de zona de
desenvolvimento proximal, no qual diz respeito a zona de desenvolvimento
proximal, Bock (2002), afirma que:
“E a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas pela criança, e o nível de desenvolvimento potencial determinado pela solução de problemas sob a orientação de um adulto ou colaboração com companheiros”.
Sendo assim, poderíamos dizer que para ele,as relações entre a
aprendizagem e o desenvolvimento são indissociáveis.
Segundo Vygotsky (2006) Zona de Desenvolvimento Proximal
(ZDP) é a distancia entre o nível de desenvolvimento real, isto é ser
determinado pela capacidade de resolver problemas independentemente,
porém o nível de desenvolvimento proximal desmarcado pela capacidade de
solucionar problemas com ajuda de um parceiro mais experiente. É justamente
nesta zona de desenvolvimento proximal que a aprendizagem vai ocorrer, o
educador durante essa passagem serve como mediador entre a criança e o
mundo.
Assim Rabello (apud Vygotsky 1998), relata que a aquisição da
linguagem passa por três fases: a linguagem social que tem por função
denominar e comunicar, foi a primeira linguagem que surgiu. Depois teríamos a
Linguagem Egocêntrica e a linguagem interior, interligada ao pensamento.
A Linguagem Egocêntrica é quando o sujeito faz a progressão da
fala social, para a fala interna um processamento de perguntas e resposta
dentro de nós mesmos. Esse “falar sozinho” é importante, porque ajuda a
organizar melhor as idéias planejar melhor as ações, seria o modo mais
adequado a resolver os problemas delas.
30
3.3. Henri Wallon: Desenvolvimento e Afetividade
Henri Wallon nasceu na França em 1879, viveu toda sua vida
marcada por intensa produção intelectual e ativa participação nos
acontecimentos que marcaram sua época. Sua biografia nos apresenta o perfil
de um homem que buscou integrar a atividade cientifica á ação social, numa
atitude de coerência e engajamento. Quando chegou a Psicologia ele passou
por filosofia e medicina que formulou a sua teoria.
Durante sua carreira foi cada vez explícita a sua aproximação da
educação, buscava através da psicologia uma curiosidade pessoal pelos
motivos e razões que levam as pessoas a agir. Muito mais envolvido e
interessado pela psicologia, Wallon publica sua tese de doutorado a criança
turbulenta: com esse trabalho aumentou sua produtividade sempre voltado
para o domínio da Psicologia da criança. O ultimo deles, origens do
pensamento na criança, é de 1945, seu interesse teórico por problemas da
educação e sua participação no debate educacional de sua época.
Segundo Galvão (1995), o desenvolvimento atinge os vários
campos funcionais nos quais se distribui a atividade infantil (afetividade,
motricidade, inteligência) , sendo desta forma o desenvolvimento humano é
geneticamente social um processo concreto em que ocorre, uma relação do
homem nas suas relações com meio. Para maior entendimento da teoria
Walloriana passemos a uma descrição das característica centrais de cada um
dos cinco estágios proposto pela psicogenética: .
I. Estágio impulsivo emocional que atinge o primeiro ano de vida, nesta
fase é dado pela emoção, instrumento privilegiado da interação da
criança com o meio resposta do seu estado de impércia, a afetividade
orienta as primeiras reações do bebê às pessoas, as quais intermediam
sua relação com o mundo físico ; a exubêrancia de suas manifestações
afetivas é diretamente proporcional a sua inaptidão para agir
diretamente sobre a realidade exterior.
II. Estágio sensório- motor é projetivo, que vai até o terceiro ano, o
interesse da criança se volta para a exploração sensório-motora do
mundo físico. A aquisição da marcha e da preensão possibilitam-lhe
31
maior autonomia na manipulação de objetos e na exploração de espaço.
Outro momento fundamental deste estágio é o desenvolvimento da
função simbólica e da linguagem. O termo “projetivo” nomeado a este
estágio é característica do funcionamento mental neste período: o
pensamento precisa do auxílio do gesto para se exteriorizar, ato mental”
projeta-se “em atos motores. Ao contrário do estágio anterior, neste as
relações cognitivas com o meio (inteligência prática e simbólica).
III. Estágio do personalismo, que cobre a faixa dos três aos seis anos, a
fase central é a da personalidade a construção da consciência de si, que
se dá por meio das interações sócias reorienta o interesse da criança
para as pessoas defenindo o ritmo o retorno da predominância das
relações afetivas. Por volta dos seis anos,inicia-se o estágio categorial
,que graças a união segura da função simbólica e a diferenciação da
personalidade realizadas no estágio anterior traz importantes avanços
no plano da inteligência.
Estágio da adolescência, a crise purbetária rompe a tranqüilidade
afetiva que caracterizou o estágio categorial e impõe a necessidade de uma
nova definição dos contornos da personalidade.
3.4. Plasticidade e Aprendizagem
Plasticidade Cerebral é a denominação das capacidades
adaptativas do SNC- sua habilidade para modificar sua organização estrutural
própria e funcionamento. É a que permite o desenvolvimento de alterações
estruturais em resposta á experiência, e como adaptação a condições
mutantes e a estimulos repetidos.
Segundo Relvas (2008) Á Plasticidade Cerebral é o ponto
culminante da nossa existência e seu desenvolvimento se dá ao longo da vida.
Deste desenvolvimento defende todo o processo de aprendizagem e também
de reabilitação das funções motoras e sensórias. Este fato é melhor
compreendido através do conhecimento do neurônio da natureza das suas
conexões sinápticas e da organização das áreas cerebrais. A cada nova
32
experiência do individuo, portanto, reder de neurônios são rearranjadas, outras
respostas ao ambiente tornam-se possíveis.
Até bem pouco tempo, existia ideia que a falta de capacidade dos
neurônios se dividirem supunha a impossibilidade de se fazer algo quanto as
conexões de neurônios, impedindo assim o individuo aprender.
As reconexões neuronais é uma reorganização responsável pelas
modificações que são observadas no sistema nervoso do individuo.
Sendo que por esses meios diz-se que o individuo pode aprender
e reaprender atividades desenvolvidas por ele previamente de forma
espontânea e harmoniosa.
Ao encontrar várias teorias sobre como se dá a recuperação das
funções perdidas em uma lesão cerebral: ela poderia ser medida por partes
adjacentes de tecido nervoso que não foram lesadas e o efeito da lesão
dependeria mais da quantidade de tecido poupado do que da localização da
lesão; Pela alteração qualitativa da função de uma via nervosa integra
controlando uma função que antes não era sua através de estratégias motoras
diferentes para realizar uma atividade que esteja perdida, sendo o movimento
recuperação diferente do original embora o resultado final seja o mesmo.
Estudos com neuro-imagens de individuo com AVC indicaram
modelos de ativação pós-lesão que sugerem reorganização funcional.
Foram feitos a partir de lesões focais corticais experimentais, que
induziram mudanças no córtex adjacente e no hemisfério contralateral.
Investigações morfológicas mostraram que este tipo de plasticidade é mediado
por proliferação de sinapses e brotamento axonal (apenas pouco milímetros).
As alterações celulares que acompanham estas teorias são:
Brotamento: é definido como um novo crescimento a partir de axônios. Envolve
a participação de vários fatores celulares e químicos.
1-A resposta do corpo celular e a formação de novos brotos;
2-Alongamentos de novos brotos.
3-Cessação do alongamento axonal e sinaptogênese.
33
Existem duas formas de brotamento neural do SNC: Regeneração
que diz respeito a um novo crescimento em neurônios ilesos adjacentes ao
tecido neural destruído. Essas alterações sinápticas difusas podem ser o
mecanismo fisiológico subjacente a uma reaprendizagem ou processo
compensatório. O tratamento é caracterizado por uma fase inicial rápida,
seguida de outra muito mais lenta que dura meses. Brotamento a partir de
axônios preservados aparecem e se propagam sobre os campos próximos,
entre 4 a 5 dias após a lesão.
Ativação de Sinapses latentes: quando um estimulo importantes
ás células nervosas é destruído sinapses residuais ou dormentes previamente
ineficazes podem se tornar eficientes.
Supersensitividade de desnervação quando ocorre desnervação a
célula pós sináptica torna-se quimicamente supersensível. Dos possíveis
mecanismos são responsáveis pelo fenômeno: Desvio na supersensitividade
(pré sináptica) causando acumulo de acetilcolina na fenda sináptica; Alterações
na atividade elétrica das membranas.
Estas Formas de regeneração no Sistema Nervoso (SNC) são
crucialmente dependentes do ambiente tissular no qual os novos axônios estão
crescendo.
Eles podem não conseguir estabelecer conexões sinápticas
apropriadas, devido aos fatores tróficos, condições desfavoráveis de substratos
extracelulares, barreiras mecânicas, como de cicatrizes glias densas ou outros
mecanismos inibitórios.
Ainda em fase de testes é o transplante de células. O uso do
transplante, combinado com um treinamento adequada, demonstra que pode
haver recuperação através deste associado com programa de reabilitação com
melhora nas habilidades motora como o Sistema Nervoso de uma criança em
desenvolvimento é uma criança em desenvolvimento é mais plástico que o
Sistema Nervoso do adulto. A atuação da plasticidade eficaz na estimulação da
plasticidade é de fundamental importância para a máxima a função motora
sensitiva do aprendente visando facilitar o processo de aprender o aprender no
cotidiano escolar.
A Plasticidade cerebral no adulto durante muitas décadas
acreditou-se que o cérebro de um adulto maduro não possuía capacidade de
34
regenerar suas células nervosas, ou seja, formar novas sinapses, e que as
conexões entre os neurônios congelavam-se em posições imutáveis. Alguns
exercícios como estimulador para esse adulto, tal como jogo de tabuleiro, ler e
refletir em texto estimula o cérebro. As atividades físicas, caminhar
alongamento aumentam a produção de endorfina responsável pela sensação
de bem-estar, e retarda problemas cognitivos associados ao envelhecimento.
Dessa forma com atividades físicas o sangue passa circular e
levar mais oxigênio as áreas menos, irrigadas do cérebro aumentando a
quantidade de conexões neurais, melhorando a memória é a capacidade de
raciocínio.
A Plasticidade Cerebral na criança logo depois do nascimento
diversos processor são desencadeados no desenvolvimento das atividades
cerebrais. Um recém nascido possui cerca de um quarto da massa cerebral de
um adulto, mas já tem quase todos os neurônios que precisará por toda a sua
vida, sendo assim os neurônios se expandirão e se organizaram em grandes
redes de processamentos. Logo os primeiros anos de vida todo contrato com a
criança e fundamentos, seja o ouvir da mãe, as diferentes entanações, luzes,
cores e outros contatos faz-se a realização de conexões sináptica e cria-se
condições favoráveis para o surgimento de determinados competências e
habilidades tais como: musicalidade, raciocínio lógico matemático, inteligência
espacial.
São capacidades que se estabelecem na primeira infância.
Estudos comprovam a hipótese sobre o desenvolvimento neural e a
aprendizagem na qual funções particulares de processamento de informações
são controladas por grupos especiais de neurônios mas quando uma dessas
funções fica inutilizada, os neurônios associados a ela passam a controlar outra
função.
A aprendizagem é o resultado da estimulação do ambiente sobre
o individuo já maduro, que se expressa diante de uma situação problema, sob
a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência. O
processo de aprendizagem sobre interferência de vários fatores intelectual,
psicomotor, físico, social, mas é do fator emocional que depende grande parte
da educação infantil. Para que a aprendizagem provoque uma afetiva mudança
35
de comportamento e amplie, cada vez mais o potencial do educando, é
necessário que ele perceba relação entre o que está aprendendo e a sua vida.
O aluno precisa ser capaz de reconhecer as situações em que
aplicará o novo conhecimento, tanto que é aprendido precisa ser significativo
para ele, e plasticidade aprendizagem com os alunos com Paralisia Cerebral
depende de estímulos para esse haja uma aprendizagem significativa.
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que a Neurociência está sendo processo inovador na
área pedagógica perante ás situações com que nos deparamos nas instituições
de ensino.
Portanto conhecer os diferentes espaços cerebrais para
compreender o processo cognitivo, dos nossos alunos com distúrbios e
dificuldades de aprendizagem é necessário refletir sobre a inclusão de crianças
portadoras de Necessidades Educativas Especiais no ensino regular á
importância e responsabilidade de toda equipe desenvolver uma pedagogia
centrada e com profissionais capacitados nesta revolução que é a
Neurociências, para usar uma pedagogia capaz de educar com êxito os
educandos da inclusão na escola, pois o trabalho será muito lento o processo
de ensino-aprendizagem, os alunos com Paralisia Cerebral é necessário a
interação, afetividade e plasticidade á todo momento muito estimulo para que
haja uma aprendizagem significativa.
Os distúrbios associados ao aluno com paralisia cerebral que são
dependentes da lesão, podendo ocorrer também uma variação do quadro
motor de acordo com o critério da neuroplasticidade e do desenvolvimento
neuromaturacional.
A conscientização dos profissionais e familiares perante ao
portador de necessidades especiais precisa ser respeitada e abordada, sem
preconceito respeitando seus direitos e deveres.
37
BIBLIOGRAFIA
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Nervoso.2ed- São Paulo: Artmed.2002.
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http:// www.icpg.com.br Acessado no dia 08 de Fevereiro de 2012.
39
ÍNDICE
Introdução 7
Capítulo I 9
A visão do sistema nervoso no século XIX 11
As neurociências do século XXI 13
O cérebro 14
Capítulo II 21
Conceito 21
Classificação 22
Condições associadas a paralisia cerebral 24
Tratamento: uma avaliação interdisciplinar 24
Capítulo III 26
Jean Piaget: Princípio da teoria cognitiva 26
Vygostky: teoria social cultural 28
Henri Wallon: desenvolvimento e afetividade 30
Plasticidade e aprendizagem 31
Considerações finais 36
Bibliografia 37
Webgrafia 38
Índice 39
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