A inauguração do tráfego público na E.F. Corcovado.
Só ocorreu a 1° de Julho de
1885, tornando-se assim a primeira
ferrovia turística da América Latina.
O passeio por esta ferrovia tornou-se mais
uma grande atração turística
da Cidade Maravilhosa.
Sua estação inicial, no nível do mar, era denominada
Cosme Velho, atingindo o Alto do Corcovado após passar pelas estações intermediárias de Silvestre e Paineiras.
Houve várias mudanças de concessionários ao longo dos
anos, enquanto que as despesas de manutenção da ferrovia aumentavam, sem
poder ser compensada pelo aumento no número de viagens, dada a incapacidade
do equipamento disponível.
Em 1903 a companhia vai à falência e seus bens são arrematados pelo advogado Rodrigo Otávio de Langard, que repara a linha e restaura o
tráfego na E.F. Corcovado.
Contudo, os equipamentos são basicamente
os mesmos já disponíveis e a
companhia continuava deficitária.
Foi então ...que ocorreu
uma conjunção favorável de
interesses que permitiu reativar
a ferrovia.
A 30 de maio de 1905 a empresa canadense The Rio de Janeiro Tramway Light and Power Co. iniciou suas operações como concessionária pública
para o fornecimento de energia elétrica no Rio de Janeiro
E estava procurando novos consumidores para a significativa sobra de energia que
estava prevista. Nada mais natural que desejasse que um dos cartões postais do Rio fosse um
desses novos clientes. Dessa forma, a 22 de maio
de 1906 o Governo Federal transferiu a concessão da E.F. Corcovado para a Light através do Decreto n° 6040, efetivada no
mesmo ano.Contudo, a eletrificação da E.F. Corcovado teve de esperar a construção da
usina hidrelétrica do Ribeirão das Lages pela Light, cujas obras se iniciaram em
1906.
E somente a 29 de julho de 1909 é que foi assinado o
decreto 7480 obrigando a
concessionária a transferir a tração da
E.F. Corcovado do vapor pela elétrica.
Conforme acordo celebrado pelo
Ministro da Viação, Eng° Francisco Sá, e o
representante da Light,
como Ministro da Viação do governo Arthur Bernardes.
As obras da eletrificação da E.F. Corcovado foram iniciadas a 18 de
Novembro de 1909, sendo realizadas pela firma suíça Oerlikon e fiscalizadas pelo engenheiro
Álvaro Rodovalho Marcondes dos Reis.
Foi adotado o padrão de corrente elétrica de 750 volts, corrente alternada trifásica a 50Hz, para
alimentação das composições elétricas.A ferrovia era alimentada
pelo concessionário público com uma linha trifásica de 6 kV, proveniente da usina
hidrelétrica do Ribeirão das Lages.
A subestação para conversão de energia ficou localizada em Paineiras, onde três
transformadores estáticos reduziam a voltagem da corrente primária a 750 volts, mantendo sua
intensidade em 600 ampères.
Dos três transformadores dois forneciam corrente de 150 ampères cada um, enquanto que o terceiro proporcionada 300 ampères.
A partir de 2 de Dezembro de 1909 até a total supressão dos trens
a vapor, que ocorreu em
fevereiro do ano seguinte.
Do ponto de vista formal, a E.F. Corcovado pode ser considerada como sendo a primeira estrada de ferro
elétrica do Brasil, já que seus trens
eram compostos de uma locomotiva e um
carro de passageiros...
O sucesso dessa nova tração foi inegável, permitindo que a E.F. Corcovado recebesse milhares e milhares de turistas ao longo de
décadas sem nenhum tipo de acidente.
A inauguração da estátua do Cristo Redentor no alto do Corcovado, em
outubro de 1931, foi representou mais um forte atrativo para a visitação daquele ponto
turístico.
Note-se que a E.F. Corcovado contribuiu de forma decisiva para a construção desse monumento, transportando os materiais
e mão de obra necessários.
A 10 de Janeiro de 1966 uma tromba d'água destruiu a seção da linha de
bondes da antiga Companhia Ferro-Carril Carioca terminando a antiga conexão que havia
entre esses dois meios de transporte.
Após alguma discussão, o
governo do então estado da
Guanabara retomou o serviço a 19 de
abril de 1970.
Contudo, um acidente mostrou que o
equipamento, com mais de 60 anos de
uso constante, estava superado e
precisava ser modernizado.
Essa modernização, contudo, só começou a ser providenciada em
1976, quando foram encomendados à empresa suíca SLM/BBC sete novos carros de cremalheira,
sendo quatro carros-motor e três carros-reboque, com comandos acoplados ao carro
motor.
Em abril de 1977 foi interrompido o tráfego pela E.F. Corcovado para que pudesse ser feita uma
profunda reforma em sua via permanente e sistema de eletrificação, adequando-os aos
novos carros que haviam sido encomendados. Essa modernização permitiu à E.F. Corcovado
continuar se mantendo como um dos mais importantes e concorridos cartões turísticos do
Rio de Janeiro.
De acordo com Allen Morrison a E.F. Corcovado é uma das únicas quatro ferrovias de cremalheira
ainda existentes no Hemisfério Ocidental.
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TEXTO /AUTOR
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FORMATAÇÃO ALVARO
CARDOSO
MUSICA/ARTISTA
ALEMÃO&ZÉ RIBEIRO
ALTAMIRO CARRILHO
JACOB DO BANDOLIN
XAVIER CUGAT
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