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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
ARQUITETURA E URBANISMO
TRELIA ESPACIAL, VIGA GERBER E VIGA VIERENDEEL
MA5
GRUPO 9
SO PAULO
2013
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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI
ARQUITETURA E URBANISMO
TRELIA ESPACIAL, VIGA GERBER E VIGA VIERENDEEL
Trabalho de avaliao para compor a nota N2 da matria
Sistemas Estruturais Materiais e Tecnologia da
Universidade Anhembi Morumbi do
curso de Arquitetura e Urbanismo, MA5.
Prof Orientador: Jos Henrique Costalonga Seraphim.
MA5
BRBARA SAMPAIO R.A. 20122157
DANIELLE MENEZES R.A. 20132640
JAQUELINE KOENIGKAN R.A. 20140490
KAREN RODRIGUES R.A. 10120199
KEROLIN AMARAL R.A. 20138009
SO PAULO
2013
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SUMRIO
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1. INTRODUO
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2. TRELIA
2.1 CONTEXTO HISTRICO
As primeiras estruturas reticuladas tridimensionais surgiram aps o
sculo XVIII, coincidindo com o incio da utilizao do ferro fundido como
material estrutural.
O uso do ao nas estruturas reticuladas tridimensionais tem incio por
volta de 1811 com a cpula de BELLANGE e BRUNET.
Atualmente, o ao e as ligas de alumnio so os materiais mais
empregados na construo dessas estruturas.
No incio do sculo XX Alexandre Graham Bell desenvolveu um sistema
estrutural em trelias espaciais formado por barras de ao com dimenses
iguais, conectadas por ns simples e repetitivos, permitindo a total pr-
fabricao da estrutura e vislumbrando, desde ento, as vantagens da
construo industrializada. Na Figura 1 uma foto de Bell com sua trelia
espacial.
Figura 1 Trelia espacial: Alexandre Graham Bell (1907) Fonte: DU
CHATEAU (1984)
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Entre 1942-43 surge o primeiro sistema industrializado de ligao para
trelias espaciais. Criado na Alemanha, o sistema MERO formado por uma
esfera de ao onde so conectadas, por meio de parafusos, barras de seo
tubular circular. O sistema MERO foi amplamente difundido em todo o mundo,
inclusive no Brasil, onde se encontram vrios exemplos de obras construdas
com o sistema alemo.
Salienta-se que o n, sistema de ligao entre barras, sempre foi uma
das principais dificuldades para o desenvolvimento e utilizao das trelias
espaciais.
Outro obstculo ao desenvolvimento e utilizao das trelias espaciaisera a dificuldade de se determinar os esforos internos e deslocamentos nestas
estruturas devido ao grande nmero de barras e ao alto grau de
indeterminao esttica. Este problema foi minimizado com a popularizao do
uso dos computadores, aliado ao desenvolvimento de tcnicas numricas que
permitem anlises estruturais mais rpidas e precisas.
Restava ainda, at a dcada de 60, uma certa dvida sobre as
vantagens da utilizao das trelias espaciais. Os arquitetos eram defensores
do sistema, principalmente devido sua leveza e beleza, o que permitia maior
integrao da estrutura ao ambiente arquitetnico desejado. No entanto, alguns
engenheiros, embora reconhecessem mritos nas trelias espaciais, referiam-
se a elas como estruturas exticas ou no convencionais.
Na dcada de 60, foi criado pelo ASCE (American Society of Civil
Engineers) um grupo de estudo sobre estruturas reticuladas tridimensionaisque promoveu, desenvolveu e divulgou uma srie de pesquisas sobre trelias
espaciais, abordando diferentes aspectos de seu comportamento, projeto e
construo. A partir de ento, as pesquisas e a utilizao de trelias espaciais
em ao e alumnio foram difundidas e se desenvolveram de diferentes formas,
em vrios pases do mundo.
No Brasil, o desenvolvimento e a utilizao de trelias espaciais teve
grande impulso com a construo, na cidade de So Paulo, do Centro de
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Exposies do Anhembi, no final da dcada de 60. A trelia espacial, projetada
pelo engenheiro canadense Cedric Marsh, composta por cerca de 48.000
barras tubulares de alumnio para uma rea coberta de 62.500m2 sendo, at
hoje, a maior estrutura em alumnio do mundo.
Figura 2 Exemplo de trelia espacial.
As dcadas seguintes, as estruturas espaciais se multiplicaram noBrasil, com obras de relevante importncia e repercusso internacional como
por exemplo: a estrutura da cobertura da Cervejaria Brahma, no Rio de Janeiro,
que a maior trelia espacial do mundo com 132.000 m2 de rea coberta
(vos livres de 30m e 60m) e o Pavilho de Feiras e Exposies de Braslia
com 57.000 m2 de rea coberta, montada em apenas 100 dias - Figura 1.3.
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Figura 3 Cervejaria Brahma Rio de Janeiro Centro de Exposies de
Braslia
A grande maioria das trelias espaciais construdas no Brasil formada
por elementos de seo tubular circular com extremidades amassadas
(estampagem) para facilitar as ligaes. As ligaes entre as barras so feitas
com a superposio das extremidades estampadas das mesmas, unidas por
um nico parafuso, sendo denominada neste texto de n tpico.
Utiliza-se tambm, ns formados pela associao de chapas planas,
(ns de ao) ligadas diretamente s extremidades amassadas dos tubos, ou
por meio de chapas de ponteira soldadas internamente ao tubo, neste caso
sem estampagem das extremidades (ns com ponteiras).
Ressalta-se que as denominaes indicadas para esses sistemas de
ligao so utilizadas no mbito da Escola de Engenharia de So Carlos, e por
no serem padronizadas pode-se encontrar os mesmos ns com
denominaes diferentes.
As trelias espaciais so utilizadas sobretudo em cobertura de grandes
reas livres como ginsios esportivos, parques de exposies, hangares,
supermercados, aeroportos, terminais rodovirios, etc.
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Figura 4 - Exemplo de trelia espacial.
Na Figura 4 esto apresentados exemplos de aplicao de trelias
espaciais em coberturas de terminal rodovirio e ginsio de esportes.
Figura 5 Terminal Rodovirio de Russas, CE.
2.2 DEFINIO
Estruturas reticuladas tridimensionais so estruturas formadas por
elementos lineares (barras) dispostos em planos diversos. As trelias
tridimensionais, objeto de estudo deste trabalho, so um caso particular das
estruturas reticuladas tridimensionais, sendo formadas por duas ou mais
malhas planas, em geral paralelas, conectadas por meio de diagonais e/ou
montantes. As conexes devem ser rotuladas e os carregamentos aplicados
aos ns. A Figura 6 ilustra exemplos de trelias tridimensionais.
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Figura 6 Reticulados tridimensionais (trelias tridimensionais)
comum os termos trelia espacial e estrutura espacial para referir-
se s trelias tridimensionais. Esse conflito de terminologias deve-se a
tradues de textos em ingls, que nem sempre so feitas de forma adequada.
Aliado a isto, existe a simplificao, muitas vezes adotada na comunicao
oral, contribuindo para a disseminao destas terminologias.
Figura 7 - Exemplo de Trelias Espaciais
Neste texto, decidiu-se utilizar o termo trelia espacial para designar as
trelias tridimensionais, visto que o mesmo j est enraizado e utilizado no
meio tcnicocientfico brasileiro.
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2.3 TIPOS DE TRELIAS ESPACIAIS
O comportamento estrutural das trelias espaciais funo do arranjo
dos elementos que a compem. Para se obter uma trelia espacial possveldistribuir de diferentes formas os elementos ou barras, tanto em planta como
em elevao. A seguir so apresentadas e discutidas as formas de arranjo
mais comuns.
2.3.1 Classificao das trelias espaciais quanto ao arranjo doselementos em elevao
Em elevao, as trelias espaciais podem ser formadas por duas ou trs
malhas (tambm denominadas de camadas) de banzos.
O uso de duas malhas de banzo o mais comumente adotado nas
aplicaes prticas. No entanto, as trelias espaciais com trs malhas de
banzo podem ser uma alternativa econmica em substituio as de duas
malhas quando, em funo de vos elevados, a altura da estrutura torna-se
grande. A utilizao de trelias espaciais com trs camadas pode reduzir os
comprimentos das barras, homogeneizar os esforos nas barras e,
consequentemente, reduzir o consumo de material, alm de torn-las mais
estveis. Vale ressaltar que esta anlise deve levar em conta outros aspectos
interdependentes como, por exemplo, o sistema de ligao.
Existe ainda a possibilidade da utilizao de trs camadas somente no
alinhamento dos apoios, onde os esforos so mais elevados. Anlises
realizadas por SOUZA, A.N.(2002) demonstram que a utilizao da terceira
camada no alinhamento dos apoios torna a estrutura mais rgida flexo, em
relao a trelias com duas camadas, e a distribuio de esforos nas barras
resulta mais homognea.
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Segundo MAKOWSKI (1987), a empresa alem Mero tem como padro
utilizar trelias com trs camadas para vos superiores a 60m. Um exemplo
apresentado pelo autor o ginsio de esportes Phillips-Halle no oeste da
Alemanha, que cobre uma rea de 75m x 66m sem apoios intermedirios,
resultando numa estrutura com consumo de ao de 36kg/m2.
Quando se utilizam trs camadas aumenta-se o nmero e a
complexidade dos ns ou sistema de ligao entre barras; segundo IFFLAND
(1982) o custo das ligaes pode representar de 25% a 35% do custo total de
uma trelia espacial e portanto, este aspecto no pode ser negligenciado no
processo de deciso do nmero de camadas a utilizar.
2.3.2 Classificao das trelias espaciais quanto ao arranjo doselementos em planta.
A classificao das trelias espaciais quanto ao arranjo dos elementos
em planta est relacionada com a figura geomtrica formada pela interseodas barras dos banzos, e pela direo destas barras. Alguns arranjos
geomtricos empregados em trelias espaciais apresentados por ZIGNOLI
(1981), IFFLAND(1982), MAKOSWKI(1981), AGERSKOV(1981), LAN &
KIAN(1989) e WALKER(1986), so descritos e discutidos a seguir:
2.3.2.1 Quadrado sobre quadrado sem diagonais esconsas
Este arranjo estrutural que tem como base de formao um cubo, nada
mais do que trelias planas paralelas e perpendiculares ligadas entre si
formando um reticulado tridimensional.
As ligaes entre barras resultam simples, facilitando a fabricao e
montagem da estrutura. Esse arranjo apresenta baixa rigidez toro devido
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ausncia de diagonais esconsas, o que tambm pode comprometer a
estabilidade da estrutura, sendo necessrias estruturas auxiliares de
travamento.
2.3.2.2 Quadrado sobre quadrado
o arranjo predominante no Brasil e um dos mais utilizados tambm em
outros pases. formado por duas malhas paralelas, superior e inferior
(banzos), com a mesma geometria, defasadas meio mdulo entre si e
conectadas por diagonais esconsas.
O elemento bsico na lei de formao deste arranjo de trelia espacial
uma pirmide de base quadrada. Para cada n podem convergir at oito barras
em planos diversos, dificultando o detalhamento da ligao. Como ser
discutido adiante, grande parte dos sistemas de ligao disponveis, e em
desenvolvimento, so aplicveis ao arranjo quadrado sobre quadrado. Em
estruturas retangulares alongadas, os esforos so maiores ao longo da maior
direo; neste caso, com o uso deste arranjo comum resultar barras de
banzo com dimetros muito diferentes, gerando bruscas transies na regio
das ligaes. Transies bruscas de dimetro na ligao podem comprometer
seu desempenho, alm de ser esteticamente desagradvel.
2.3.2.3 Quadrado sobre quadrado com aberturas internas
Alternativamente pode se remover banzos e diagonais em algumas
regies da trelia com arranjo quadrado sobre quadrado, diminuindo a
densidade de barras na estrutura.
Desta forma, pode-se reduzir o peso prprio da estrutura sem prejuzosignificativo na sua rigidez flexo.
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2.3.2.4 Quadrado sobre quadrado diagonal
A malha que forma o banzo superior constituda por elementos
paralelos aos lados da trelia, enquanto os elementos do banzo inferior formam
um ngulo de 45 com estes lados, ou vice-versa.
Este arranjo bastante utilizado em pases da Europa, sendo apontado
como vantagem, o fato de se poder utilizar as barras do banzo comprimido com
comprimento inferior as do banzo tracionado, minimizando problemas de
flambagem e facilitando a uniformizao e padronizao das sees. Em
contrapartida, este arranjo pode resultar em aumento na densidade de barras e
ns na estrutura.
2.3.2.5 Quadrado diagonal sobre quadrado diagonal
Neste arranjo tanto as barras do banzo inferior como do superior formam
ngulos de 45 com os lados da trelia.
A utilizao de arranjo com banzos em diagonal, ou seja, com barras do
banzo a 45 com os lados torna-se difcil em edificaes com planta no
retangular ou com aberturas. Em estruturas de planta retangular alongada,
onde a tendncia que a estrutura seja mais solicitada na maior direo, este
arranjo pode ser vantajoso resultando em melhor homogeneidade de esforos
nos banzos.
O arranjo que resultar em menor nmero de barras e principalmente de
ns, independente do consumo de material (peso total da estrutura), pode ser a
soluo mais econmica.
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Diferentes arranjos dos elementos conduzem a diferentes distribuies
de esforos entre as barras, e diferentes rigidezes globais da estrutura. Em
geral, arranjos com barras em diagonal resultam em estruturas mais rgidas.
Alm do arranjo dos elementos, outros fatores como altura da trelia,
comprimento das barras ou mdulo e inclinao das diagonais so parmetros
importantes que devem ser avaliados com rigor.
2.4 ANLISE DE TRELIAS ESPACIAIS
Ao analisar uma estrutura objetiva-se conhecer deslocamentos e
esforos internos, consequncia de aes externas aplicadas. Ao longo da
histria da Engenharia Estrutural foram desenvolvidas diferentes tcnicas de
anlise, desde mtodos grficos como o CREMONA at refinados sistemas
computacionais utilizando o mtodo dos elementos finitos.
comum a todas as tcnicas de anlise, a idealizao de um modeloque deve representar, o mais fielmente possvel, o comportamento da
estrutura.
Esses modelos podem ser um sistema fsico, cujas medies de
deformaes e deslocamentos so realizadas em laboratrios, ou modelos
mecnicos cuja soluo, deformaes e deslocamentos, obtm-se por meio de
diferentes mtodos, como por exemplo: diferenas finitas, elementos finitos,
elementos de contorno e etc.
Alm do modelo mecnico que representa a estrutura real, necessrio
conhecer como se comporta o material que a constitui. Outro aspecto de
relevante importncia a idealizao e quantificao das aes que atuaro na
estrutura.
O conhecimento sobre o comportamento da estrutura de fundamental
importncia no desenvolvimento de modelos de anlise e procedimentos de
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dimensionamento dos elementos. necessrio conhecer o tipo de resposta
(linear ou no-linear) da estrutura a determinados carregamentos, como a
rigidez das ligaes pode alterar essa resposta, os modos de colapso possveis
e, outras particularidades ou caractersticas de cada sistema estrutural.
Na fase de projeto realiza-se uma previso de todas as aes que
atuaro na estrutura durante a fase de construo e de utilizao, abrangendo
toda sua vida til. Em geral, essa previso obedece a critrios estabelecidos
em normas e funo do sistema estrutural, da utilizao e dimenses do
edifcio, dos materiais empregados e das condies meteorolgicas do local da
construo.
No Brasil, a determinao das aes em estruturas, bem como a
possibilidade de atuao simultnea de diferentes aes baseada na NBR
8681(1984). Para o caso especfico de estruturas de ao podem ser utilizadas
as prescries da NBR 8800(1986). Para as aes do vento devem ser
observadas as recomendaes da NBR 6123(1988).
As aes podem ser dinmicas ou estticas; aes dinmicas produzem
respostas dependentes do tempo de atuao do carregamento.
Sempre que possvel as aes dinmica devem ser substitudas por
aes equivalentes. No Brasil, a ao dinmica que pode atuar em trelias
espaciais , predominantemente, a ao do vento. Em geral, esta ao
tratada como uma ao esttica equivalente. No entanto, para trelias com
grandes vos e baixa rigidez, essa aproximao pode ser contra a segurana.
2.5 FABRICAO
Os elementos ou unidades bsicas que formam as trelias espaciais so
as barras e os ns que, pelas suas dimenses e peso prprio, facilitam o
transporte e a montagem da estrutura. Em alguns sistemas, a estrutura
transportada para a obra em unidades piramidais prfabricadas. Medidas
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como restrio de comprimentos e proteo da peas devem ser previstas na
definio do tipo de transporte destes elementos.
Caso sejam utilizadas barras com sees laminadas, o processo de
fabricao destes elementos resume-se ao corte, nos comprimentosadequados, e preparao das extremidades das barras para a conexo.
Para sees formadas a frio, alm do corte e preparao das
extremidades, necessrio um processo de conformao da seo que pode
ser por dobramento, perfilagem ou calandragem.
A preparao da extremidade da barra depende do tipo de ligao que
se vai utilizar, podendo envolver: execuo de furos, soldas e reduo deseo por corte ou amassamento (estampagem) das extremidades.
A estampagem de extremidade feita em uma prensa com duas
ferramentas, sendo uma fixa, onde a extremidade do tubo posicionada e uma
mvel, que produz o impacto para a estampagem e executa, ao mesmo tempo,
os furos necessrios. No recomendvel a utilizao de extremidades
estampadas em tubos com dimetro superior a 127mm pois, alm de exigir
equipamentos de grande capacidade para executar a estampagem, a reduo
de seo pode comprometer o desempenho estrutural do elemento e da
estrutura como um todo. Neste caso, normalmente utilizam-se chapas de
ponteira nas extremidades das barras.
2.6 ASPECTOS CONSTRUTIVOS
A reduo de custos devido economia de material, advinda da
utilizao de trelias espaciais, em alguns casos pode ser superada por
acrscimo nos custos de fabricao e montagem.
Segundo CUOCO (1997), nos Estados Unidos, os custos de montagem
de uma trelia espacial podem representar de 30% a 40% do custo total da
obra, exigindo uma preocupao muito grande com esta etapa do processo
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desde a concepo estrutural e, principalmente, a escolha do sistema de
ligao.
O sistema de ligao deve ser o mais simples e repetitivo possvel e,
como comentado anteriormente, a utilizao de ns patenteados apesar daqualidade e facilidade de montagem inquestionveis, pode aumentar o custo da
estrutura devido aos processos de fabricao e ao pagamento de patentes.
A padronizao de sees, em alguns casos, pode aumentar o consumo
de material, mas, em contrapartida, facilita bastante a fabricao e montagem
reduzindo os custos globais. Uma soluo econmica deve ter, no mximo,
duas a trs dimenses de sees diferentes nos elementos de cada banzo e
das diagonais e, seis a nove diferentes sees na estrutura como um todo. No
recomendada a utilizao de barras com o mesmo dimetro e espessuras
diferentes, pois podem causar problemas de troca de posio de elementos
durante a montagem.
Devido ao grande nmero de elementos que compem uma trelia
espacial, as tolerncias de fabricao devem ser pequenas para se evitar erros
ou problemas na montagem.
Inspees na fabricao da estrutura, pelos projetistas, so importantes,
pois podem ser corrigidos eventuais erros de projetos e/ou fabricao, evitando
problemas durante a montagem da estrutura. Imperfeies de fabricao e
montagem podem alterar sensivelmente o comportamento da estrutura.
2.7 MONTAGEM
O mtodo de montagem mais simples e que exige menor nmero de
equipamento a montagem por elementos. Nesta tcnica, a estrutura
montada elemento por elemento j em seu local definitivo.
Desta forma, pode se montar grandes estruturas dispondo de
equipamento bastante simples como cordas, polias e andaimes para apoio
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temporrio. No entanto, para grandes estruturas, com alturas elevadas, esse
mtodo de montagem pode apresentar baixa produtividade, exigindo grande
quantidade de elementos de escoramento e, consequentemente, aumentando
os custos.
Para grandes estruturas mais racional utilizar a montagem por
iamento. Neste caso, a estrutura ou partes dela, montada no solo (ou
plataforma de trabalho especial), sendo posteriormente iada, colocada em seu
local definitivo e conectada aos pilares ou a dispositivos de apoio. Para o
iamento da estrutura so necessrios equipamentos apropriados como, por
exemplo: talhas, guindastes ou gruas, dependendo do peso prprio da
estrutura e do espao disponvel para movimentaes de montagem. A Figura8 apresenta uma seqncia de montagem de estrutura por iamento, tcnica
que tambm denominada de LIFT-SLAB.
Figura 8 - Tcnica LIFT-SLAB de montagem para trelias espaciais
Obviamente, comum empregar-se diferentes tcnicas de montagem
numa mesma obra, so as denominadas tcnicas mistas.
Um exemplo bastante interessante de montagem o centro de
convenes do Anhembi em So Paulo, onde a estrutura com peso total de
650 t e dimenses em planta de 260m x 260m, foi totalmente montada no solo,
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sendo posteriormente iada e conectada aos pilares a 14m de altura. O
iamento da estrutura durou cerca de 27 horas.
Ressalta-se que a trelia espacial deve ser verificada para uma situao
transitria de montagem quando for utilizada a tcnica LIFT-SLAB, pois podem
surgir esforos importantes na estrutura durante o iamento.
2.8 COMPORTAMENTO DE TRELIAS ESPACIAIS
A referncia ao comportamento de um sistema estrutural est ligada ao
tipo de resposta da estrutura em relao aos carregamentos que lhe so
impostos. Os deslocamentos e deformaes nos elementos e o carregamento
que causa o colapso da estrutura compem a resposta estrutural.
O colapso de trelias espaciais pode est relacionado s seguintes
causas:
Colapso dos elementos (barras) por esgotamento da capacidade
resistente por trao, ou por instabilidade;
Colapso das ligaes;
Instabilidade global da estrutura.
Estudos tericos e experimentais apontam como principais fatores
intervenientes no comportamento de trelias espaciais, as caractersticas das
barras comprimidas e das ligaes empregadas.
Idealmente, as trelias espaciais possuem ligaes (ns) rotuladas e
carregamentos concentrados nos ns. Na realidade, poucos detalhes de
ligao aproximam-se de uma rtula, portanto, na maioria dos casos existem
restries ao giro causando flexo nas barras. Excentricidades nas ligaes,
oriundas dos processos de fabricao ou do detalhamento da ligao podem
alterar o comportamento do sistema.
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A instabilidade das barras comprimidas afetada pelo comportamento
das ligaes e, tambm, pode alterar a resposta estrutural e o modo de
colapso. Para efeito de projeto deseja-se conhecer o carregamento ltimo ao
de colapso e sua resposta fora aplicada x deslocamento. Dependendo das
caractersticas da estrutura, esta resposta pode ser linear ou no-linear.
2.9 ASSOCIATIVIDADE
Observa-se, nas ltimas dcadas, um expressivo desenvolvimento e
utilizao de trelias espaciais para as mais diversas aplicaes como, porexemplo, ginsios de esportes, pavilhes de exposies, hangares e etc. Ou
seja, coberturas onde so necessrias grandes reas livres, resultando em
vos de comprimentos elevados.
A escolha do sistema estrutural em trelia espacial deve-se a algumas
de suas caractersticas, que resultam em vantagens estruturais e construtivas
em relao aos sistemas planos convencionais.
As principais vantagens da utilizao de trelias espaciais so
apontadas por MAKOWSKI (1981):
Comportamento tridimensional permite uma distribuio de esforos
bastante homognea entre as barras que compem a estrutura,
permitindo a padronizao das sees e reduo de peso prprio da
estrutura;
Possuem grande rigidez a flexo, alto grau de indeterminaoesttica e podem apresentar grande nmero de barras redundantes,
o que segundo o autor pode representar uma reserva de segurana
do sistema;
Podem ser fabricadas em pequenas partes ou elementos de peso
prprio reduzido facilitando o transporte e a montagem, resultando
na reduo de custos;
O espao entre os banzos superiores e inferiores pode ser utilizadopara passagem de instalaes diversas;
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As trelias espaciais propiciam grande liberdade aos arquitetos,
permitindo projetar grandes vos, atendendo necessidade de espao e
tirando partido arquitetnico da estrutura, cujo aspecto visual pode ser
integrado s edificaes, conferindo-lhes esttica e funcionalidade.
Para se explorar da melhor forma possvel as vantagens das trelias
espaciais, como em qualquer sistema estrutural, necessrio um projeto
coerente. O projeto deve considerar a integrao da estrutura com a arquitetura
aliando durabilidade com economia de material, fabricao e montagem.
2.9.1 Rodoviria do Tiet
Localizao: Avenida Cruzeiro do Sul, 1800 Santana
Arquitetos: Renato Vigas e Roberto Mac Fadden
Inaugurado em 1982
Figura 9 Trelia espacial rodoviria do Tiet
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Figura 10 Detalhamento
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3. CONCLUSO
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4. BIBLIOGRAFIA
Livros
Sites
Trelias espaciais. Disponvel em:
Acesso em Maio
de 2013.
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/trelicas/http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2003-2/trelicas/Top Related