Rev. Saúde Integral 2019 – v.1, n.3, 2019.
ISSN: 2595.5039
RICK WAKEMAN COSTA SANTOS
Centro de Estudos de Enfermagem e
Nutrição/PUC-GO, e-mail:
MARISLEI ESPÍNDULA BRASILEIRO
Doutorado em Ciências da Saúde pela
Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Goiás, Doutorado em Ciências
da Religião pela Faculdade de Filosofia da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás,
Mestrado em Enfermagem pela Faculdade
de Enfermagem da Universidade Federal
de Minas Gerais); Especialização em
Planejamento Educacional,
Graduação/Bacharelado/Licenciatura em
Enfermagem e Obstetrícia pela
Universidade Federal de Goiás.
TRAUMAS OFTALMOLÓGICOS E A IMPORTÂNCIA
DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NO PRÉ-
ATENDIMENTO
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de pessoas que sofreram os
principais tipos de trauma oftalmológicos e a atuação do enfermeiro no pré-
atendimento. O estudo descritivo foi realizado com 17.616 vítimas de traumas
oculares nos períodos de 2008 a 2018. Avaliou-se quanto a: sexo, mecanismo,
tipo de trauma, natureza da injúria, acuidade visual, incidência. Coleta de dados
através da literatura disponível nos mostrou que a predominância em média
(85%) do sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi a de adultos jovens
de 20 a 39 anos (58%). Os resultados indicam que neste estudo de traumas
oftalmológicos, houve prevalência do sexo masculino, de pacientes na faixa
etária economicamente ativa e de casos de corpo estranho ocular, o que reforça
a importância de medidas de prevenção dos traumatismos oculares.
Descritores: traumas oculares, oftalmologia, enfermagem, emergência, corpos
estranhos.
ABSTRACT
The objective of this study was to analyze the profile of people who suffered the
main types of ophthalmic trauma and the nurse's performance in the pre-care.
The descriptive study was performed with 17.616 ocular trauma victims in the
2008 to 2018. We evaluated the sex, mechanism, type of trauma, nature of the
injury, visual acuity, incidence. Data collection through available literature
showed us that the predominance in mean (85%) males. The most affected age
group was young adults aged 20 to 39 years (58%). The results indicate that in
this study of ophthalmological traumas, there was a prevalence of males,
patients in the economically active age group, and ocular foreign body cases,
which reinforces the importance of ocular trauma prevention measures.
Descriptors: ocular trauma, ophthalmology, nursing, emergency, foreign bodies.
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INTRODUÇÃO
O olho é um órgão do corpo humano responsável por um dos sentidos mais
importantes: a visão. Sendo um dos meios mais importantes para nossa comunicação com
o ambiente, cerca de 80% das informações são obtidas por intermédio dela.
No entanto, os traumas oftalmológicos, ou oculares, vêm sendo relatados como um
importante problema social, o que tem gerado um impacto no sistema de saúde pública e
bem-estar de pacientes, devido ao alto risco de perda irreversível da visão (CECCHETTI et
al., 2008).
Visto que esses traumatismos oculares, dependendo da sua gravidade, são
responsáveis pela perda de dias de trabalho, e segue ocorrendo devido ao não uso de
Equipamentos de segurança, ou Equipamentos de proteção individual (EPIs) adequado
para cada atividade exercida, esses riscos diminuem severamente quando utilizados
corretamente (HUSSEIN et al.,2015; FERREIRA et al., 2016).
No cotidiano, estamos expostos a diversos fatores de riscos. Sendo que esses
fatores atinge a faixa etária mais produtiva da população. A perda unilateral da visão é um
dos traumas oculares mais importantes, no entanto cerca de 90% dessas lesões poderiam
ser evitadas. (FERREIRA et al., 2016).
Em urgências oftalmológicas, embora sua maioria não tenha relação com risco de
morte, possuem importantes causas na morbidade populacional, onde indivíduos
necessitam de atendimento especializado e tratamento adequado, diminuindo assim, a
acuidade visual (AV) e a baixa qualidade de vida, que possa vir a ocorrer (CABRAL et al.,
2013; ALMEIDA et al., 2016).
Além disso, o profissional de enfermagem tem uma atuação ímpar no primeiro
atendimento, pois é ele que tem o primeiro contato com o paciente, e por meio da anamnese
ele poderá identificar acuidade visual e encaminha-lo ao especialista (AGUIRRE, 2014).
Normalmente, o paciente após ser avaliado por um médico não especialista em
oftalmologia, geralmente plantonistas, clínicos gerais de prontos socorros, chegam ao
oftalmologista, onde os próprios deverão reconhecer os tipos de traumas e assim indicar o
tratamento adequado diante de cada situação. Evitando assim, falta de habilidades frente
a tais situações (LEONOR et al., 2009).
Os traumas oculares são aqueles que atingem o globo ocular e seus anexos.
Podendo ser mecânicos, traumas abertos e fechados de acordo com a parede ocular
(córnea ou esclera), químicos, elétricos ou térmicos (CABRAL et al., 2013; TAKAHASHI,
2003).
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Quanto à lesão, ou duas lesões, por um objeto cortante que provoca ferimento do
globo e lacerações perfurantes (orifício de entrada e de saída), chamamos de traumas
abertos. Onde o globo ocular em lugares mais delicados e de maior fraqueza, não
necessariamente, pode romper-se no local do impacto (TAKAHASHI, 2003).
Já traumas fechados são provenientes de impacto, as contusões com objetos não
pontiagudos, lacerações lamelares, lesões que podem ocorrer no local do impacto ou não,
e corpos estranhos superficiais (CABRAL et al., 2013).
Urgências oftalmológicas, de danos oculares, às vezes irreversíveis, representam
um perigo iminente devendo ser diagnosticadas e tratadas o mais rápido possível (CABRAL
et al., 2013).
Estima-se que, a frequência mundial anual de traumas oculares é de cerca de 55
milhões por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) sendo que ocorrem
interferências nas atividades laborais por pelo menos um dia (FERREIRA et al., 2016).
No mundo, cerca de 750.000 necessitam de hospitalização acometida por trauma
ocular. O trauma é responsável por 1,6 milhões de cegos, 2,3 milhões de indivíduos com
baixa acuidade visual bilateral e 19 milhões com cegueira ou baixa visão unilateral. Entre 0
e 10 anos de idade, o trauma ocular, é uma das causas mais frequentes de perda da visão,
sendo que 58,04% ocorrem em ambientes domésticos onde deveriam ser preveníveis
(TAKAHASHI, 2003).
Tanto em países desenvolvidos, como nos subdesenvolvidos, os traumas oculares
por acidente de trânsito e por acidentes de trabalho prevalecem em jovens adultos e
adultos, principalmente do sexo masculino.
1.2. PRINCIPAIS TIPOS DE TRAUMAS
1.2.1 Fisiopatologia
Do ponto de vista fisiopatológico, o traumatismo se estabelece quando há ruptura
da integridade tecidual anatômica. A intensidade do agente agressor associado à
resistência tecidual determinará a extensão da lesão. O paciente portador de traumatismo
facial pode apresentar lesões de tecidos moles e/ou duros. (AGUIAR et al., 2005).
1.2.2 Trauma ocular aberto
Define-se trauma ocular aberto como sendo a perda da continuidade da túnica
externa ocular e em toda sua espessura. Tem-se observado que, a uma alta frequência de
trauma ocular aberto em jovens adultos e crianças, principalmente do sexo masculino.
Segundo Kuhn, o trauma ocular aberto pode ser classificado em:
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• Ruptura: ferimento do globo ocular em toda a sua espessura, causado por objeto
rombo, não cortante. O impacto resulta num aumento momentâneo da pressão
intraocular (PIO) e um mecanismo de lesão de dentro para fora;
• Laceração: ferimento do globo ocular em toda a sua espessura, normalmente
causado por objeto cortante. O ferimento ocorre no sítio do impacto através de um
mecanismo de lesão de fora para dentro;
• Ferimento penetrante: laceração simples do globo ocular, usualmente causada por
objeto cortante;
• Ferimento com corpo estranho intraocular (CEIO): objeto estranho retido, causando
laceração de entrada;
• Ferimento perfurante: duas lacerações em toda a espessura (entrada e saída) do
globo ocular, normalmente causada por um objeto cortante ou tipo míssil (KUHN et
al., 1996; WEYLl et al., 2005).
São considerados sinais de trauma ocular aberto: laceração profunda de pálpebra,
laceração conjuntival, hemorragia conjuntival importante pós-trauma, adesão localizada
íris-corneana, câmara anterior rasa, defeito iriano, hipotonia, defeito em cápsula
cristaliniana, opacidade cristaliniana aguda, hemorragia ou a ruptura retiniana (REDER et
al., 2002; WEYLL et al., 2005).
1.2.3 Trauma ocular fechado
Trauma ocular contuso, também chamado de fechado, são lesões teciduais sem que
haja solução de continuidade aparente, produzidas geralmente por um agente mecânico
rombo, mas, também, são encontradas associadas a traumatismos dento-alveolares ou
fraturas dos ossos faciais. (AGUIAR et al.,2004).
Esse tipo de trauma é mais frequente em adultos jovens do sexo masculino, na
proporção de 4:1, em relação ao sexo feminino (MENESES et al., 1996; TONGU et al.,
2001).
O traumatismo contuso está frequentemente associado à rotura dos vasos anteriores
do corpo ciliar e da periferia da íris levando a sangramento e formação de hifema (TONGU
et al., 2001). Alguns casos graves de trauma contuso o resultado envolve uma diminuição
do diâmetro anteroposterior com expansão do plano equatorial, podendo ainda estar
associado a um aumento da pressão intraocular. A ocorrência desse tipo de trauma, o
impacto é absorvido pelo diafragma cristalino-íris e base do vítreo, podendo ainda a lesão
envolver sítios distantes tais como seguimento anterior quanto posterior (KANSKI, JACK,
2004; OLIVEIRA et al., 2008).
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As lesões que envolvem o segmento anterior são: lesões de córnea, lesões de íris,
hemorragia na câmara anterior (hifema), lesões de úvea anterior, de cristalino e ruptura do
globo ocular. Já as que envolvem o segmento posterior são: descolamento posterior do
vítreo, opacidade vítrea, concussão de retina, ruptura e descolamento de retina, ruptura de
coróide, ruptura corio-retiniana traumática, lesões de nervo óptico e ruptura posterior da
esclera. (VAUGHAN et al., 1998; OLIVEIRA et al., 2008). A ocorrência de trauma ocular no
seguimento posterior pode resultar em perda da visão permanente. (STONE et al., 2000;
TONGU et al., 2001).
1.3. EPIDEMIOLOGIA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorrem, por ano, cerca
de 55 milhões de traumatismos oculares que restringem as atividades por pelo menos um
dia; dentre estes, 750.000 necessitam de hospitalização; cerca de 200.000 são
traumatismos abertos do globo ocular. No mundo, por lesões traumáticas do globo ocular,
há em torno de 1,6 milhões de cegos, 2,3 milhões de indivíduos com baixa acuidade visual
bilateral e 19 milhões com cegueira ou visão baixa unilateral (TAKAHASHI, 2003).
Há uma predominância do trauma ocular em homens - 72 a 95% - em todos os
estudos e mesmo em idosos, embora menos evidente e estima-se que 90% dessas lesões
sejam evitáveis. O trauma ocular atinge a faixa etária mais produtiva da população, já que
é muitas vezes incapacitante e pode resultar em aposentadoria por invalidez em indivíduos
jovens (TAKAHASHI, 2003).
A causa das perfurações oculares tem variado conforme a faixa etária, sendo que,
entre as crianças, os acidentes domésticos e atividades de lazer compreendem a maioria
dos casos. Acidentes de trânsito, traumatismos ocupacionais e violência constituem as
principais causas de lesões oculares em adultos jovens (ALVES and KARA, 1997; SILBER
et al., 2002).
A epidemiologia do trauma de face sofre interferência de medidas de impacto, como
a obrigatoriedade no uso do cinto de segurança (VIANA et al., 1995). No entanto, o
conhecimento da epidemiologia e da tendência dos traumas oculares ao longo dos anos
permite propor e rever estratégias de prevenção.
OBJETIVO
O objetivo do presente estudo é analisar o perfil das pessoas que sofreram os
principais tipos de trauma oftalmológicos e a atuação do enfermeiro no pré-atendimento.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Estudo tipo descritivo exploratório, com análise bibliográfica da literatura
disponível. Os critérios de utilizados foram estudos publicados nas últimas décadas, nos
idiomas português e inglês, além de estudos específicos sobre o tema. Abordamos sobre
os seguintes assuntos os principais tipos de trauma oftalmológicos.
1ª Etapa: A identificação do tema. Traumas oftalmológicos e a importância do
profissional de enfermagem no pré-atendimento. De acordo com os estudos publicados em
períodos nacionais e internacionais acerca dos principais tipos de trauma oftalmológicos.
2º Etapa: Amostragem: realizou-se a busca de estudos publicados da Biblioteca
Virtual de Saúde (BVS), base de dados da Literatura, revistas e artigos especializados no
tema escolhido. As palavras-chave utilizadas foram: trauma, oftalmologia, urgência e
emergência. Como os critérios de inclusão dos artigos completos, publicados nas últimas
décadas.
3º Etapa: Categorização dos estudos. As informações extraídas dos artigos
selecionados se referiram aos seguintes itens: título do periódico e do artigo; titulação dos
autores; ano, local, volume e número da publicação. Além desses itens, nos estudos foram
observadas as informações sobre as metodologias utilizadas, os resultados alcançados e
as conclusões a que os autores chegaram.
4º Etapa: Organização de dados. Realizou-se a busca inicial pelos resumos dos
artigos que respondiam às descrições adotadas e, selecionados aqueles que mencionavam
os principais estudos relacionados aos traumas oftalmológicos.
5º Etapa: Interpretação dos resultados. A partir da leitura das revisões
bibliográficas selecionados, extraíram-se aqueles estudos de maior relevância a respeito
dos traumas oftalmológicos e a importância do profissional de enfermagem no pré-
atendimento.
Em relação ao tratamento dos dados, os conteúdos dos seguintes estudos foram
analisados, o que propiciou o agrupamento de informações a serem descritas a respeito do
tema em questão. A análise seguiu-se primeiramente com a exploração e leitura dos artigos
selecionados afim de obter informações para a construção e conhecimento dos temas
abordados nesse trabalho.
Após a categorização dos estudos por meio de leitura profunda do material
distribuído nas categorias, foram realizadas interpretações abstraídas no intuito de obter
novos conhecimentos selecionando estudos que se destacaram na literatura pesquisada,
como por exemplo: TAKAHASHI WY. Traumatismos e emergências oculares. Atualidades
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Oftalmologia. ROCA; 2003. USP, v.5., onde foram destacados sentenças, frase e
parágrafos que se apresentavam informações importantes para a construção da unidade
temática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Perfil dos estudos
Dos mais de 30 estudos selecionados, 20 foram publicados entre os anos de 2008
a 2018 sendo estes, estudos, do tipo descritivo. A partir desses estudos é possível somar
suas amostras e chegar a um total de 17.616 pessoas pesquisadas ao longo desses anos,
sendo destas, 11.120 do sexo masculino e 6.490 do sexo feminino. Observou-se que, de
12 estudos analisados, a uma predominância de traumas oculares do tipo, corpo estranho
e principalmente por acidentes de trabalho em pessoas do sexo masculino, e 6 estudos do
tipo, acidente doméstico, em pessoas do sexo feminino.
4.2. As principais vítimas e os tipos de traumas oftalmológicos
No presente estudo, realizado através da revisão da literatura, confirma dados
epidemiológicos, onde houve um predomínio de traumatismos oculares graves no sexo
masculino, concordando assim, com a literatura que sempre aponta o sexo masculino como
o mais afetado (WEYLL et al., 2005; LEAL et al., 2003; TEIXEIRA et al., 2014; CHEUNG et
al., 2014).
Urgências oftalmológicas representam perigo iminente de dano ocular, devendo ser
diagnosticadas e tratadas o mais breve possível a fim de evitar baixa visual irreversível e
limitação na qualidade de vida dos pacientes (KARA-JÚNIOR et. al., 2001; ALMEIDA et al.,
2016). Assim como no estudo atual demonstramos prevalência do gênero masculino,
encontrou em outros estudos o mesmo padrão, observado pelo fato de os homens estarem
mais suscetíveis a fatores de risco, como profissões perigosas, trânsito e esporte (KARA-
JUNIOR et al., 2001; VIEIRA, 2007).
Os dados obtidos através da literatura confirmam os estudos de diferentes regiões,
onde indicam que o local de trabalho, seguido do ambiente doméstico, como um dos locais
de maior frequência de acidentes com corpo estranho de córnea (ARAUJO et al., 2002;
KRISHNAIAH et al., 2006).
A faixa etária observada como a mais frequente, entre 26-55 anos, aponta para o
impacto socioeconômico do trauma, pois refere-se a uma faixa etária economicamente
ativa, que geralmente se trata do responsável pela renda familiar (Figura 1).
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Figura 1. Faixa etária com acometimento traumático (CABRAL et al., 2013).
Os acidentes de trabalho foram os predominantes (31%), seguidos de perto pelos
acidentes de trânsito (29%) e violência (21%), o que levanta a questão de que a
conscientização da população é um importante fator de prevenção. Pesquisas semelhantes
reforçam a exposição dos indivíduos a traumas que podem ser preveníveis com simples
medidas que deveriam ser empregadas rotineiramente, como uso de cinto de segurança,
não ingerir bebidas alcoólicas e a utilização de EPI (THOMPSON and MOLLAN, 2009;
KUHN et al., 2006; BALAGHAFARI et al., 2013).
Das lesões traumáticas observadas, o trauma mecânico por corpo estranho
superficial representou 66,4% das lesões (LEONOR et al., 2009). No entanto, pessoas do
sexo masculino, este tipo de trauma foi ainda maior em 44% dos casos.
Observa-se que os traumas oftalmológicos mais frequentes em homens, de corpo
estranho superficial, ocorrem principalmente em locais de trabalho devido ao uso
inadequado ou não uso da proteção ocular em atividades de risco, como por exemplo,
soldar, dirigir moto, furar, afiar, martelar, lixar e outros (NASH and MARGO, 2008).
Já o trauma térmico representou 13,3%, sendo o segundo tipo de trauma mais
frequente, como por exemplo, o aumento significativo da temperatura do olho, e podem ser
ocasionadas por fogo, ao utilizar o isqueiro e a chama estiver alta, por produtos quentes
como leite quente e gordura de frituras; cinza de cigarros e fogos de artifício, e também por
solda térmica. Geralmente as queimaduras térmicas são restritas ao local acometido. As
lesões são mais graves quando há ocorrência de perfuração ou presença de corpo estranho
retido na área intraocular, o que prolonga o contato do objeto com o tecido (NASSARALLA
and NASSARALLA, 2003).
Esse tipo de lesão deve-se encaminhar o paciente a serviços especializados após
lavagem dos olhos, em casos de dores extremas, usam-se analgésicos ou anti-
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inflamatórios ao tratamento. Contudo, o uso de proteção ocular é essencial para a
prevenção de acidentes (NASSARALLA and NASSARALLA, 2003).
O terceiro tipo de trauma mais frequente, e não menos importante, foi o trauma
fechado por contusão, representando 9,1% dos casos, observados na literatura. Os
traumas contusos podem ocorrer devido a algumas situações: agressão física, acidente
automobilístico, atividade esportiva, acidente de trabalho (TONGU et al., 2001).
Nos casos com situações de trauma contuso, no primeiro atendimento, deve-se
padronizar a avaliação inicial sugerida pelo ATLS (Advanced Trauma Life Support) para
afastar o risco de vida, em lesões de órgãos vitais, já que ferimentos na face são
decorrentes de traumas automobilísticos, quedas ou assalto. Em seguida devem-se
investigar possíveis lesões na órbita, pálpebras e globo ocular, já que lesões oftalmológicas
podem levar a alterações importantes da função visual, como perda da acuidade visual e
alterações da motilidade ocular (Colégio Americano de Cirurgiões, 2009).
Em casos de trauma fechado por laceração lamelar foi o quarto mais frequente
representando 4,9% e tem como principais causas o contato de objetos cortantes com o
globo ocular de maneira superficial (TAKAHASHI, 2003). Nesses casos realizam-se
medidas de primeiros socorros e orientações quanto às urgências oftalmológicas,
encaminhando o paciente ao serviço especializado (TAKAHASHI, 2003).
O trauma químico representou 2,8% de casos, e foi o quinto mais frequente. As
queimaduras oculares geralmente estão relacionadas a acidentes domésticos ou no local
de trabalho. Podendo ser causados por ácidos ou bases.
Em queimaduras ácidas encontra-se geralmente uma necrose importante e a
coagulação das proteínas em contato. Substâncias químicas mais comuns encontradas são
a amônia (produtos de limpeza, detergentes, amaciantes de roupas, fertilizantes), hidróxido
de sódio ou soda cáustica (fabricação de sabão caseiro), cal ou óxido de cálcio (uso
industrial como regulador de pH, componente de argamassa), ácido sulfúrico (uso industrial
como catalisador), ácido sulfuroso (componente da chuva ácida) e ácido acético (vinagre).
Nesses casos, o tratamento imediato é realizado em ambiente pré-hospitalar, com lavagem
abundante em solução isotônica ou água limpa e ser encaminhado para o oftalmologista
(NASSARALLA and NASSARALLA, 2003).
O trauma perfurante foi menos frequente representando 1,4% dos casos, e os
traumas menos frequentes foram o penetrante, observados na literatura. As lacerações
abertas e as rupturas representaram cada 0,7% dos casos. Traumas perfurantes são
ocasionados principalmente por acidentes automobilísticos e ocupacionais, que podem ter
medidas preventivas (OUM et al., 2004). Em pré-atendimentos, também deve ser feito com
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a padronização do ATLS (Advanced Trauma Life Support), para afastamento de risco de
vida e lesão de órgãos vitais (Colégio Americano de Cirurgiões, 2009), (Figura 2).
Figura 2. Frequência dos tipos de trauma (CABRAL et al., 2013).
Os resultados deste estudo bibliográfico mostram que as principais vítimas de
traumas oftalmológicos são do sexo masculino, adultos, por acidentes de trabalho com
corpo estranho.
A partir desses resultados é possível inferir que a atuação do enfermeiro no pré-
atendimento deve ser voltada para assegurar que a prevenção, educação e a orientação é
o melhor tratamento para os traumas oculares, é de fundamental importância que um pré-
atendimento em serviços de urgência seja realizado por um profissional de enfermagem
especializado, onde ele irá avaliar e conduzir adequadamente de acordo com a gravidade
de cada caso. Isto porque uma correta avaliação inicial possibilita ao paciente atendimento
adequado em tempo hábil.
4.3 O atendimento de enfermagem frente ao trauma oftalmológico
O acolhimento hoje em dia vem sendo utilizado com maior ênfase, na área da
saúde. Contudo, o acolhimento de fato requer algumas condições para que sejam
satisfatórias (ISERSON and MOSKOP 2007).
Uma das condições, diz que, nem todos os pacientes podem ser atendidos de
imediato após um acidente, seja ele moderado ou grave, visto que o local tende não a ter
recursos necessários e disponíveis naquele momento (ISERSON and MOSKOP 2007).
Outras condições nos dizem que, através de uma pré-avaliação, onde o profissional
de saúde, geralmente um enfermeiro especialista em oftalmologia, irá decidir qual a
necessidade clínica daquele paciente, determinando uma prioridade específica ou um
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tratamento específico. Essa avaliação distingue a prática de triagem (ISERSON and
MOSKOP 2007).
Em um processo de acolhimento, independente do grau de gravidade, prioriza
pacientes que dão entrada no serviço de urgência. Nesse sentido, criam-se alguns valores
como, por exemplo:
Vida Humana – o acolhimento deve preservar e proteger a vida, alguns sistemas
esquecem a individualidade humana de um paciente tendo apenas em consideração as
necessidades de outro paciente;
Saúde Humana – com a priorização do cuidado alguns pacientes poderão ter de
aguardar mais tempo e a esse espaço de tempo poderá corresponder a aumento da dor,
maiores complicações ou até piores resultados de saúde (ISERSOn and MOSKOP 2007).
O acolhimento realizado por um profissional de enfermagem inicia-se com uma
avaliação inicial, acorrendo no serviço de urgência, seguido pela identificação das
necessidades, prestando cuidados tais como analgesia, para que o paciente seja movido
rapidamente para uma área apropriada de tratamento, diminuindo assim, o tempo de
espera (FUNDERBURKE 2008).
A rápida implementação de tratamentos através do acolhimento, nos reforça a
importância de um profissional de enfermagem, orientando e avaliando no pré-atendimento,
nesses casos oftalmológicos.
A) Ação do Enfermeiro frente aos traumas por fragmento
Primeiramente deve-se acalmar o paciente e estabilizar o olho atingido. Trabalho
que geralmente é realizado por um profissional da área da saúde, enfermeiros ou técnicos
em enfermagem. No primeiro instante não se deve tentar remover os fragmentos ou realizar
qualquer tipo de tratamento, pois corre-se o risco de agravar o quadro. Esses
procedimentos secundários são realizados por equipes médicas treinadas para tal
atendimento (CERPO, 2016).
B) Produtos Químicos
Nesses casos o mais importante em acidentes que envolvam contato com produtos
químicos (de limpeza, tintas, combustíveis, ácidos e etc.) é tentar minimizar o tempo de
exposição do olho ao produto, através de lavagem com água, continuamente, por pelo
menos 15 minutos. Caso a pessoa utilize lentes de contato, essas devem ser retiradas
imediatamente, para facilitar a lavagem e aumentar a sua eficácia. Após, e se necessário
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procurar um oftalmologista para avaliar as lesões e indicar o tratamento adequado (CERPO,
2016).
C) Corpo Estranho
Traumas que envolvam a presença de corpo estranho (poeira, areia, vidro, madeira,
objetos ponte agudos e etc.) na superfície ocular, deve-se evitar esfregar os olhos. Se o
corpo estranho se movimentar, é preciso piscar os olhos para estimular a lacrimejamento
e, assim, desloca-lo até a sua saída; nesses casos, lave as mãos com água e sabão. Se o
corpo estranho tiver aderido à região das pálpebras, pode-se tentar removê-lo com o auxílio
de cotonete. Contudo, se ele não se deslocar com a ação ao piscar, não se deve removê-
lo; o indicado é procurar atendimento de emergência com um oftalmologista para fazer a
adequada remoção com segurança (CERPO, 2016).
No pré-atendimento a pacientes com trauma ocular deve-se primeiramente realizar
uma avaliação de suas condições clínica e neurológica e, só posteriormente, deverá ser
feita a avaliação oftalmológica o que depende muito da habilidade do profissional que
realizou o primeiro atendimento para fazer a avaliação das consequências do
comprometimento (ROMÃO, 1997).
Em paciente com trauma ocular, em atendimentos de urgências, faz-se necessária
à existência de um espaço específico para esse atendimento, bem como de equipamentos
normalmente utilizados em exame ocular:
- tabelas de acuidade visual (longe e perto)
- lanternas
- régua com orifício estenopéico
- filtro de luz cobalto
- oftalmoscópios
- lâmpada de fenda
- tonômetro de aplanação
- gazes, monóculos, esparadrapos, seringas, agulhas, etc.
- medicamentos (colírios anestésicos, midriáticos, fluoresceína, antibióticos, etc) de uso
oftalmológico.
Antes de realizar os exames deve ser obtida uma detalhada história, sempre que
possível, da natureza e forma do acidente. Dever-se-á avaliar a acuidade visual (AV)
monocular, utilizando-se tabelas, a contagem de dedos, a percepção da luz ou a falta de
informação, tudo deverá ser anotado (ROMÃO, 1997).
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Em exames externos devem-se observar lesões e deformações da região orbitária,
da pálpebra e dos cílios devem ser descritas, assim como o globo ocular deve ser
observado a sua forma. Exames de seguimentos anteriores observam-se a conjuntiva e
esclera: hemorragias, edemas, quemose, irregularidades, corpos estranhos, exposição de
tecidos intraoculares. Córnea: brilho, embaçamento, lesões, corpos estranhos, teste da
fluoresceína devem ser observados. Câmara anterior: profundidade, deformações,
presença de sangue, transparência. Íris: irregularidades, defeitos periféricos, movimentos,
pupila e suas irregularidades. Cristalino: posição, transparência, etc. devem ser anotadas
(ROMÃO, 1997).
Exames de seguimento posterior: com auxílio da lâmpada de fenda e oftalmoscópio
devem ser examinados o vítreo e a retina, observando-se suas irregularidades como
também a pressão intra-ocular deve ser avaliada (ROMÃO, 1997).
O primeiro atendimento nas unidades de saúde, passando pelo processo de
acolhimento, sejam nas redes particulares ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS), são de
extrema importância para classificação e priorização de pacientes nos níveis de
atendimento de urgência, afim de serem atendidos o mais rápido possível primeiramente
pelo enfermeiro de plantão e em seguida pelo médico plantonista e encaminhado para
tratamento adequado e especializado dependendo da gravidade de cada caso (ISERSON
and MOSKOP 2007).
No entanto podemos perceber que muito dos traumas oculares podem ser evitados,
contudo, medidas de prevenção devem ser realizadas, assim, como a fiscalização e
educação, tanto em acidente de trânsito, como na prática de esportes e lazer, em locais de
trabalho, com o uso dos EPIs, em áreas domiciliares, tanto com crianças, jovens e adultos,
evitando assim, problemas graves e até mesmo cegueira (FERREIRA et al., 2016).
O objetivo do presente estudo é analisar a frequência de traumas oculares
relacionado a seus tipos, sexo, idade e procedência, de acordo com a literatura.
4.4 A prevenção e tratamento das lesões oftalmológicas
Dentre as causas evitáveis, torna-se importante a educação e fiscalização, com
medidas de prevenção de acidentes de trânsito. Em locais de trabalho, deveria haver rigor
na obrigatoriedade de equipamentos de proteção individual (EPIs) para atividades laborais,
com risco de traumatismos oculares, e instruírem o uso de proteção para a visão em
atividades de esportes e lazer (TAKAHASHI, 2003; BALAGHAFARI et al., 2013).
Ao se tratar de crianças, durante atividades recreativas, a supervisão contínua por
adultos, mesmo quando em contato com animais. Medida importante, como orientações
Rev. Saúde Integral 2019 – v.1, n.3, 2019.
para evitar acidentes domésticos – com álcalis, ácidos, objetos pontiagudos, entre outros,
pois muitos acidentes ocorrem em ambiente domiciliar.
Podemos, com isso, assegurar que a educação e a orientação é o melhor
tratamento para o traumatismo ocular, e acredita-se que 70% dos traumas poderiam ser
evitados com adequada medida de proteção (BALAGHAFARI et al., 2013). As maiorias dos
produtos produzidos para facilitar a vida da sociedade trazem consigo uma grande
capacidade lesiva, o que nem sempre é observado pela população. Informar a sociedade
quanto aos riscos, obrigar o uso de óculos, capacetes, cintos de segurança e tomar outras
medidas para proteção contribuem para prevenir os traumas oculares. Na atualidade,
podemos destacar também, os traumas provocados por agressão (ROMÃO, 1997).
O tratamento varia de acordo com a gravidade e o tipo de lesão. A maioria dos
casos deve ser avaliado por um médico. Visto que lesões químicas exigem atenção
imediata (BALAGHAFARI et al., 2013).
As informações obtidas por meio da avaliação oftalmológica são fundamentais para
equipe multiprofissional de saúde, assistentes sociais, fisioterapeutas, terapeutas
ocupacionais, enfermeiros, psicólogos, que irão atuar junto ao paciente para seu
desenvolvimento, autonomia e independência. Diante desse cenário, é fundamental, que o
paciente seja informado quanto ao aspecto temporário da fase de adaptação de suas
habilidades que lhe permitam voltar à vida normal.
CONCLUSÃO
O trauma ocular grave ainda permanece como uma importante causa de morbidade
e cegueira monocular preveníveis. No entanto, com um pré-atendimento e um tratamento
adequado, ou em alguns casos de cirurgias bem conduzidas, podem minimizar o prejuízo
da função visual, porém deve ser reforçada a necessidade de medidas de prevenção como
uso de cinto de segurança e de EPI.
• Destacaram-se como principais agentes causadores dos traumatismos oculares os
acidentes de trabalho, acidentes domésticos e automobilísticos.
• Nos estudos dos traumas oftalmológicos, houve prevalência do sexo masculino
sobre o feminino, na faixa etária de 20 a 29 anos de idade.
• O perfil masculino as principais causas foram de traumas de corpo estranho, sendo
o perfil feminino a maior incidência de acidentes domésticos.
• É imprescindível o atendimento imediato do enfermeiro, no processo um
acolhimento, a forma de diagnosticar e tratar precocemente traumas oculares.
Rev. Saúde Integral 2019 – v.1, n.3, 2019.
Além disso, um auxílio médico especializado conduzirá o paciente, determinando a
sua prioridade, indicando qual o melhor tratamento. Medidas preventivas como essas,
reduzem os riscos de lesões mais graves.
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