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Page 1: Tecnologja, inovação e desigualdade social - CORE · aos novos circllitos decomputadores, menores emais eficientes, como a microeletJõnica,ananotecnologia, omicrochip, omicrotransmissor

filÁRIO DA MANI1Ã Sexta -feira & Sábado, DI & 02 de janeiro de 2010 Social .11

fluem vigorosamente pelo nossocorpo. A pele como que se revita-liza. O sorriso é espontâneo efre-quente. Os olhos brilham e bri-lham mais ainda frente ao seramado. No momento presentevivo esta situação.10. As mulheres estãôganhan-do espaço consideradamente noMundo Profissional. Acreditas queuma mulher possa governar oPaís? Explique:

Acho que a mulher aindaprecisa evoluir muito, pois temmuita gente parada no tempo, vi-vendo a sombra de seus "Senho-res ". Acredito sim em GrandesPersonalidades Femininas no Po-der, alicerçadas de conhecimen-tos, com bagagem cultural, e comuma boa índole. Penso que é pre-ciso ler boa formação intelectual,uma história de vida e uma carrei-ra política digna, um equilíbrioafetivo, muito senso de responsa-bilidade e honra.11. Dizem que cada um tem o seu próprio tempo:Em que tempo você se encontra profissionalmente?

Em tempo de colheita! Atualmente colho osfrutos que semeei nestes 25 anos de Profissão. Assimcomo no empenho da educação eformação das mi-nhas quatro filhas. Atualmente todas com Curso Su-perior completo iniciando exitosamente suas carrei-ras profissionais constituindo seus lares embasadosnos valores que eu transmiti.12. Que nota,de 5 a tO,atribuis a AdministraçãoFetter Júnior? Explique:

ElI dou nota dez a Administração atual. Por-que ele vem desempenhando um trabalho onde estácumprindo' os objetivos traçados e as promessas decampanha. É uma pessoa com uma lisura de caráter,sério e honesto. Além disso, tendo uma herança ge-nética de Políticos sérios que sempre trabalharampara o desenvolvimento de nossa cidade.13. Que tipo de pessoa você não sentaria a mesapara umjantar? Explique:

Com hipócritas, pessoas do mal, duas caras,que não demonstrem clareza nos seus atos.14. O que te faz chorar com facilidade?

Eu não choro com facilidade! Posso até la-crimejar; às vezes, com as lembranças das etapas decrescimento das minhasfilhas. Mas rapidamente su-pero isso; por saber que elas alçaramvôos seguros e

que não são mais somente minhas, 'mas como flechaslançadas ao mundo, que com seus próprios conheci-mentos e estudos, contribuem para a melhora daSaúde da Coletividade como um todo.t5. Como diz o ditado: "Se correr o bicho pega, seficar o bicho come". Faça a sua escolha:

Eu escolho correr sempre, mas eu atrás dobicho! É preciso sempre ter 'metas na vida e é práfrente que se anda, corfiante.firme e determinada.16. Comentam por ai que sem fé não se vive ou,se vive muito pobre espiritualmente. Quem rege tuaforça?

Deus Criador do Universo, como um EspíritoSuperior: Eu tenho dois Salmos que regem minhavida:,/ "Nas horas difíceis segura na mão de Deus esegue emfrente ".,/ "O Senhor é o meu Pastor e nada mefaltará ".17. Quando rezas em tua ótica no exato momentoenxerga o quê?

Sempre que eu oro a Deus, e o faço com fre-qüência, costumo sentir um par de mãos abertas as-pergindo luz e conforto sobre mim.18. As telhas quando se quebram dizem que só astrocando. No amor quando uma situação de traiçãoconjugal acontece em tua opinião se faz o mesmo queas telhas ou não? Explique:

Amor tem que ser recíproco,verdadeiro, leal e companheiro.Se houver rachas é tempo de pa-rar, repensar, de tomar decisõese de seguir adiante. Cada situa-ção é individual e tem que servisto e elaborado cada proces-so. Para que possamos ter rela-ções mais estáveis e seguras.19.Em uma música gravada pelacantora Gal Costa, em um trechodiz: "Brasil teu Cartão de Créditoé uma navalha", O que você diz arespeito?

Isto reflete a verdadeira situa-oção que vem desde o Descobrimen-to. Iniciamos a construir uma Na-ção cheia de Dívidas Externas ehoje também Internas. Dívidas queapenas vem sendo renegociadas.Isto vem rolando até a atual con-juntura. Dívidas Econômicas,Morais e Sociais. Tudo'" maquia-do. O processo é antigo. Inicia-mos a Colonização já com Degra-dados e Feitores. Miseráveis eTodo-Poderosos. Casa Grande e

VERisSIMO Albaini e Silvia Helena Senzala.

Tecnologja, inovação e desigualdade social. ANTÔNIO HEBERLÊJomaIisfa.pesquisadorda Embrapaaima Temperadoe prclessorda UCPeIEslamos vivendo o que se convencionou chamar de terceira revolu-

ção industrial ou revolução técnico-cientltica, demarcada pelo desenvolvi-mento indus1rial com aplicação de tecnologias de ponta em todas as etapasprodutivas. Ou seja. tecnologias que embutem técnicas e processos que lheconferem alto valor de mercado e que representam, hoje, um dos maispromissores negócios de ãrnbtto global, especialmente com as regras depatenteameníoe propriedade intelectual quese espalharam pelo mundo egarantem que o "invento!" recolha seus lucros.

Trata-sede uma nova fase produtiva. que já não se limita a produtosde pouco valor agregado, como nas revoluções industriais anteliores. Nesta, nova ordem, ganha o conhecimento inovador, noqual foram gastos muitosanos de esíudose pesquisas e que conferem efevados valores ao produtofinal. Note-se que o grosso da matéria-prima, aqui, é o próprio conhecimento,ou a informaçãoquaJificada.

Não por acaso as tecnoloçías que brilham são as que estão ajustadasaos novos circllitos de computadores, menores e mais eficientes, como amicroeletJõnica, a nanotecnologia, o microchip, o microtransmissor de circui-tos eletrÕllicosde alta performance. Tudo que cabe na mão ou se adere aocorpo e/ou se move ganiria status com facilidade e, assim, enírano mercadocom velocidadeasstJSladora, ccmonansmssores de rádio e tefevisão, teleftrnia fixa, móvel, interne~ nanofecnologia e muitas outras inovações. Observa-se que, no mundo capitalista, a inserção de tecnologias intensifica o trabalho,porque, naveróade, praíícamente já não se podedesligrurdele. Quemdomi-na os processos de informação desse novo modelo da indústria acumulacapital e, aos poucos, vai se tornando dono dos meios de produção e servi-ços, haja vista a mobilidade das corpo rações que hoje dominam os servçosde transmissão de todo tipo. São os mesmos que financiam novos produtospara geração de inéditas tecnologias de ponta, sempre a serviço da indústria

Em contraponto com a realidade tecnificada e rica dessa revolução,aparecem os dados divulgados pelam Organização das Nações Unidas, quemostramoutIa face. Salientam que mais de l' bilhão de pessoas vivem commenos de 1 dólar por dia (menos de 2 reais) e cerca de 2,5 bilhões vivemcom menos de 2 dólares por dia (menos 4 reais). Cerca de 75% da popula-ção pobre mundial vive em áreas rurais e mais da metade da populaçãoextremamente pobre depende do trabalho nas lavouras e fazendas. Mais de2 bilhões de pessoas sofrem de anemia, quase 2 bilhões tem uma alimenta-ção defICiente em iodo e 254 milhões de crianças em idade pré-escolarapresenlam deficiência de vitamna A. De 146 milhões de crianças em paisesem desenvolvimento, uma a cada quatro crianças com menos de cincoanos 'estão abaixo do peso e correndo graves riscos de morte prematuraSão 10milhões de crianças abaixo de 5 anos que morrem todo ano. Cerca de100 milhões de crianças em idade escolar primária não chegam à escola.1mpressiona saber que 800 milhões de pessoas no mundo não têm as habi-lidades básicas de alfabetização e 213 delas são mulheres, de acordo com oBanco Mundial.

Mas, qual a relação entre esse mundo tecnológico e inovador e osdados da ONU. Acontece que ao induzira-inovação, pelas regras do merca-do, o Estado relega sua função essencial através da qual regula as forçasobjetivas de desenvolvimento, sob sua responsabilidade. Julgamos. que amaioria de desenvolvimento não depende de inovação, mas de informaçãoelementar, há muito conhecida, relativa a procedimentos de melhoria deprocessos intemos e agregação de valor aos produtos, o que pode aconte-cer com um processo de interação dos diferentes agentes interessados nodesenvolvimento e o setor produtivo, articulando e, assim, aproximando arelação entre o ambiente illtemo e extemo às unidades produtivas maiscarentes.

Para compreender porque pessoas passam fome e isso acontecetambém nocampo é preciso saber da complexidade que éproduzir alimentosnum pais como o Brasil, que começa com a especificidadeda região produ-tora e tem vários falores propulsores e outros tantos [mitantes. Todo.o riscofca por conta do produtor, e a possibilidade de falir e/ou perder a proprieda-de é constante. M,esmo diante de boa produção, geralmente o processo seestrangula na componente logistica, que requer práticas de intercãmbiotecnológico que oferte informação boa: que apresente soluções corretas nahora certa. E sso não acontece e os prazos são curtos. Somente a primeiraparte deste complexo, a predução, está sob domínio do agricultor, que lutasempre com os fatores incontroláveis, como as condições do tempo e domercado, por exemplo.

lnovaçâo.nesteorcuitoque lida com muitos fatoresimponderáveis, éum componente que por si não resolve os problemas das pequenas unida-des produtivasoudecornunidades de risco. Afinal, não se pode negfigenciarque a mudança tecnológica resulta em algum tipo de impacto que estáconãt-cionado pekl conrole social sobre os meios de produção e pela organizaçãodo processo de trabalho e da divisão social da mão de obra De um lado,portanto, as tecoologias fruto da inovação são poderosas ferramentas demudança social, mas, poroutro, podem ser apenas um argumento, um dis-curso que esconde uma parcela significativadbs agudos problemas munãlaisque exclui partedasociedade, a que passaao largo das evoluções. Estreitaressa realidade é; sim, o desafio de sempre, mas que deve ser assumidocomo prioridade.