UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
FCSAC – FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E
COMUNICAÇÃO
Carina Tavares
Diego Claret
Gean Pitta
Helen Martins
PROJETO INTEGRADO EM COMUNICAÇÃO II
TRABALHO SOBRE O MUSEU HISTÓRICO PROFESSOR
PAULO CAMILHER FLORENÇANO
São José dos Campos – SP
2011
Carina Tavares
Diego Claret
Gean Pitta
Helen Martins
PROJETO INTEGRADO EM COMUNICAÇÃO II
TRABALHO SOBRE O MUSEU HISTÓRICO PROFESSOR
PAULO CAMILHER FLORENÇANO
Trabalho de conclusão da disciplina
Projeto Integrado em Comunicação II,
ministrado pela Professora Hellen
Pacheco, apresentado como exigência
dos cursos de Jornalismo, Publicidade e
Rádio TV da FCSAC, da UNIVAP -
Universidade do Vale do Paraíba.
São José dos Campos – SP
2011
Agradecemos à todos que nos ajudaram a viabilizar a execução
deste trabalho, em especial aos funcionários do DMAPH.
Pessoas sempre solícitas, que com suas informações enriqueceram
este trabalho e a nós mesmos.
Índice
1. Resumo......................................................................................................... 2
2. Introdução ..................................................................................................... 3
3. Histórico......................................................................................................... 4
4. Professor Paulo Camilher Florençano.......................................................... 7
5. Análise Comunicacional................................................................................ 9
6. Diagnóstico da Situação.............................................................................. 12
7. Plano de comunicação................................................................................. 13
8. Considerações Finais.................................................................................. 20
9. Referências Bibliográficas........................................................................... 21
Resumo
Por ter sido construído relativamente há pouco tempo, menos de vinte e cinco
anos, o prédio onde está localizado o Museu Histórico Professor Paulo
Camilher Florençano não é tombado como patrimônio histórico, e não existe
projeto nesse sentido.
Este fato, somado ao local ter como finalidade ser utilizado pelo público,
facilitou o acesso a todas as salas do museu e aos materiais disponíveis. A
partir do vasto acervo oferecido, foi direcionado o trabalho no sentido de
valoriza-lo para todos os públicos, aumentando o número de visitas através de
estratégias de comunicação.
Palavras chave: divulgação; memória; museu.
Introdução
O trabalho busca apresentar o museu histórico Professor Paulo Camilher
Florençano, enaltecendo todos os fatos importantes relativos ao museu, desde
sua fundação, trajetória e momento atual. O museu histórico, atualmente
dirigido pelo Prof. Fred Humbert Reis, fica localizado no DMPAH –
Departamento de Museus, Patrimônios e Arquivos Históricos, que responde à
SETUC – Secretaria de Turismo e Cultura e por sua vez à Prefeitura Municipal
de Taubaté.
Abordamos neste trabalho apenas as salas localizadas dentro do Edifício Prof.
Paulo Camilher Florençano, que são elas a Pinacoteca Anderson Fabiano, a
Hemeroteca Antônio Mello Júnior, o Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, a
biblioteca pública e a exposição permanente “Taubaté na História do Brasil”.
Apesar de estarem localizados no DMPAH, não abordamos o MISTAU –
Museu da Imagem e do Som, como também não o Museu dos Transportes e
Tecnologia Rural, por não serem parte do museu histórico.
Além dos museus, mostramos um breve texto sobre a figura do Prof. Paulo
Camilher Florençano, idealizador do museu, falecido no ano de sua
inauguração.
Após a apresentação do patrimônio, são expostas todas as dificuldades de
criar um plano comunicacional para um museu com rara renovação do acervo,
focando nosso plano de comunicação na riqueza deste acervo e na valorização
da memória da cidade de Taubaté e do Vale do Paraíba.
Histórico
Em 12 de dezembro de 1975, através da Lei Municipal n° 1.559, o Prefeito de
Taubaté criou a Divisão de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico de Taubaté
(DMPAH), com duas salas de exposições no Colégio de Nossa Senhora do
Bom Conselhoo (hoje, faculdade de medicina da UNITAU), sendo seu primeiro
diretor o professor Paulo Camilher Florençano, museólogo e históriador.
Após ser trasferido para o Solar dos Oliveira Costa, na Rua Visconde do Rio
Branco, foi constatado, em 1987, a falta de espaço físico para todos os objetos
disponíveis ficarem em exposição. Foi idealizado então, a construção de um
prédio amplo, para ser a definitiva instalação do museu e todo o acervo
disponível ter a devida exposição.
Em 05 de dezembro de 1988, durante as comemorações dos 343 anos da
fundação de Taubaté, foi inaugurada a nova instalação permanente do museu.
Situado no Jardim Ana Emília, à rua Thomé Portes Del Rey, 925, a imponente
construção evoca os grandes casarões das ricas fazendas de café do Segundo
Reinado.
No complexo museológico construído, funcionam três museus: Museu Histórico
Paulo camilher Florençano, o MISTAU - Museu da Imagem e do Som e Museus
dos transportes e tecnologia rural. O museu histórico é formado por várias
salas. A primeira é a Pinacoteca Anderson Fabiano, com pinturas e esculturas
produzidas predominantemente por artistas valeparaibanos paulistas, sendo
algumas obras de pintores taubateanos que retratam a realidade e história da
região. Outra sala é a Hemeroteca Antõnio Mello Júnior, com jornais e revistas
datados desde 1861, como o primeiro jornal da cidade, "O Taubatéense". O
Arquivo Histórico Félix Guisard Filho, composto por escrituras, documentos
oficiais e documentos cartorários em geral, datados a partir de .Compõe
também o museu histórico uma biblioteca pública com mais de 50.000 volumes
e a exposição permanente "Taubaté na História do Brasil", que descortina a
História de Taubaté, levando o visitante em uma viagem no tempo de forma
cronológica, desde os primeiros habitantes do Vale do Paraíba, os grupos
indígenas Puris, Jerominis e Guianás, passando pela fundação da cidade por
Jacques Félix em 1640, e por vários fatos marcantes na história do Brasil, onde
Taubaté e Vale do Paraíba fizeram parte, através de painéis com textos
didáticos e gráficos, móveis, louças e outros objetos referentes a cada período
histórico.
Aproximadamente 30% do acervo é proveniente do primeiro Museu Histórico
de Taubaté, que existiu na década de 1940, por volta de 50% do acervo
restante é resultado de doações particulares e 20% foi aquisição da Prefeitura
Municipal.
Além de seu acervo o museu histórico proporciona regularmente atividades de
integração com a comunidade, visitas monitoradas, estabelece políticas de
aquisição, cuidado e seleção de peças, identificação de obras e a pesquisa nas
disciplinas básicas das ciências humanas.
Imagem 1 – Fachada do Museu Professor Paulo Camilher Florençano.
Imagem 2 – Entrada da Exposição Permanente “Taubaté na História do Brasil”.
Em destaque, busto de D. João VI.
Imagem 3 – Pinacoteca Anderson Fabiano. Pinturas e Esculturas em
exposição.
Professor Paulo Camilher Florençano
Nasceu em Taubaté, em 18 de abril de 1913. Faleceu em 28 de maio de 1988.
Foi Professor primário e secundário de Desenho e História na Escola Normal
do Município de Taubaté.
Foi desenhista-projetista do Departamento de Educação Física e desenhista-
chefe da Secção de Propaganda e Educação Sanitária de Departamento de
Saúde (São Paulo).
Mais tarde, foi ilustrador do jornal O Correio Paulista, da Capital. Seus
desenhos ilustraram livros e revistas culturais da Capital do Estado. Foi
colaborador de assuntos de História em diversos jornais paulistanos e cariocas.
Foi descobridor da velha mansão setecentista que mais tarde passou a abrigar
o Museu “Casa do Bandeirante”, da qual foi responsável pelo plano de “Ensaio
de Recomposição do Ambiente Rural-Doméstico”, de sua época (meados do
séc. XVIII); e do Museu “Casa do Grito”, ensaio de recomposição do ambiente
de um “Pouso Tropeiro”, que planejou e instalou; conservador do Museu “Casa
do Bandeirante”.
Foi diretor da Divisão do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, tendo,
nessa função conseguido reatar a publicação da Revista do Arquivo e salvar
dois importantes edifícios do passado paulistano, ameaçados de desabamento
por imposições urbanísticas: o sobrado que pertenceu à Marquesa de Santos
(na rua Roberto Simonsen) e o antigo Mercado Municipal de Santo Amaro.
Ainda na chefia do Arquivo Histórico, propôs a criação do “Centro de Estudos e
Bibliotecas Especializadas em Assuntos Bandeirantes”, anexo à “Casa do
Bandeirante”, sugerindo que à referida Casa fosse dado o nome do historiador
Afonso E. Taunay.
Como museólogo, planejou e dirigiu a instalação dos museus “Regional de
Ubatuba”; do “Ciclo Sócio-Econômico do Vale do Paraíba”, em Aparecida;
“Museu de Artes Plásticas”; “Museu de Arte Sacra, Arquivo e Patrimônio
Históricos”, de Taubaté. Planejou os museus “Dona Beja”, em Araxá-MG; de
“Arte Brasileira”, em Serra Negra-SP , e a reforma do Museu da Infância
“Monteiro Lobato” a fim de torná-lo “Sítio do Pica-Pau-Amarelo”.
Exerceu, desde 1976, com dedicação e proficiência inexcedíveis, o cargo de
diretor da Divisão de Museus, Patrimônio e Arquivo Histórico da Prefeitura
Municipal de Taubaté, instituição que planejou e organizou dentro dos
modernos conceitos do ICON – unidade especializada da UNESCO.
Exerceu, também, a Presidência da Comissão Municipal de Cultura e da
Comissão Técnica de Tombamento.
Destacou-se como fotógrafo, recebendo vários prêmios retratando das
edificações paulistanas às casas dos antigos caboclos do Vale do Paraíba.
É autor de vários livros publicados e trabalhos jornalísticos.
Análise Comunicacional
Mídias: Não foi encontrado nada além de trabalhos universitários no site
www.youtube.com, sem qualquer autorização dos responsáveis pelo museu
histórico e com vídeos de baixíssima qualidade e sem um roteiro trabalhado.
Trabalhos Jornalísticos e Clipping: As três únicas notícias referentes ao
museu histórico foram encontradas em seu próprio arquivo histórico e remetem
a data de 05 de dezembro de 1988, dia da fundação do Museu. As notícia
foram veiculadas pelo Jornal Diário de Taubaté, O Taubateano e Gazeta de
Taubaté, principais jornais taubateanos da época, sendo que apenas o primeiro
ainda está em atividade. Todas as notícias com assinaturas do próprios jornais.
Imagem 4 – Notícia de 05/12/1988 do Jornal Diário de Taubaté, informando a
inauguração do local
Imagem 5 – Notícia de 05/12/1988 do Jornal O Taubateano, informando a
inauguração do local. A notícia encontra-se no canto inferior esquerdo.
Imagem 6 – Notícia de 05/12/1988 do Jornal O Taubateano, informando a
inauguração do local. A notícia encontra-se no canto inferior direito.
Trabalhos publicitários Impressos: Não existiu qualquer tipo de publicidade
que pudesse ser relevante no caso do patrimônio. Fomos informados que
folhetos simples são feitos esporadicamente para divulgação de algum evento
no local. Não conseguimos um exemplar destes folhetos.
O museu não tem nenhum tipo de tipografia ou cores padrões, apenas usam
em todos os seus documentos oficiais o logotipo do DMPAH – Departamento
de Museus, Patrimônios e Arquivos Históricos.
Imagem 7 – Logotipo utilizado nos documentos do museu histórico.
Diagnóstico da Situação
Oportunidades e Ameaças: Por ser o único museu histórico da cidade, a
capitação de visitantes é facilitada. Porém, o baixo orçamento disponibilizado
pela Prefeitura é um dificuldade encontrada.
Pontos Fortes e Fracos: O museu goza de um vasto acervo, bem conservado
e dispõe de funcionários muito bem capacitados e está bem localizado próximo
a rodoviária intermunicipal de Taubaté. Porém, a falta de divulgação do local é
o principal problema, oferece apenas esporadicamente atividades culturais.
como também sua administração centralizada são problemas do local.
Análise de cenários: O museu tem potencial, espaço e material para tornar-se
um dos mais conhecidos museus do Vale do Paraíba. Todos os fatos
apresentados anteriormente, mostram que a administração pública deixa a
desejar na divulgação do local, bem como em sua utilização para promover
eventos culturais para todas as classes sociais, disseminando a cultura e se
auto-promovendo.
Imagem 8 – Jornalistas utilizando o acervo histórico. Há espaço e material para
receber um volume maior de visitantes, pesquisadores e outros profissionais.
Plano de comunicação
Blog: O patrimônio, em questão, não possui um site oficiais, tendo apenas seu
endereço disponibilizado na seção museus, do site oficial da cidade de
Taubaté. Por conta disso criamos, não só um blog, mas um portal, para todo
tipo de informação, referente ao museu, ser disponibilizada no site.
Procuramos um layout sem poluição visual, facilitando o acesso e sendo mais
atraente ao público. As principais seções seriam as de “Eventos”, atualizado
semanalmente e a seção “Vídeos”, com os vídeos institucionais, vídeos virais e
postagens do vlog. Por ser um local público, em atividade, não foi permitido sua
publicação na internet.
Imagem 9 – Página principal do Portal proposto. Cada janela leva a categoria
marcada acima. E a porta leva ao histórico do museu. Ao clicar no texto “Blog
do Museu Histórico Professor Paulo Camilher Florençano” o internauta é
levado a página do Blog, atualizada semanalmente.
Flyer: Por não ter sido encontrado material publicitário do local, criamos um
flyer do museu histórico, apelando em sua linguagem para o lado emocional.
Imagem 10 – Impresso de divulgação proposto. Podendo ser utilizado como
flyer, cartaz, página de revista ou jornal.
Vídeo Viral: Para atrair o público mais jovem, foi proposto um vídeo viral,
utilizando um jogo de imagens entre o museu e o site de buscas mais
conhecido da internet, o Google. No final, uma frase de humor, para criar
empatia com o público mais jovem.
Imagem 11 – Storyboard do vídeo viral.
Vlog: O vlog foi desenvolvido para mostrar um jovem e seu pensamento sobre
cultura e museus. Atraindo a atenção daqueles que pensam da mesma forma e
dos que não pensam e querem criticar.
Imagem 12 – Storyboard do vlog.
Considerações Finais
É visível, com este trabalho, que a cultura local deve ser valorizada. Porém,
atualmente, o Museu Histórico Professor Paulo Camilher Florençano é um
oásis de cultura escondido em um deserto de descaso.
Através deste trabalho propomos vários tipos de mídias para divulgar o museu
histórico.
O projeto inicial, principalmente as storyboads dos vídeos foram modificadas
diversas vezes para que possa ser bem recebido pelo grande público, sendo
desenvolvidas peças com apelo emocional, didático e humorístico.
Que essas peças possam sair do trabalho e ganhar as ruas, para o bem do
Museu Histórico e para o bem da cultura Vale Paraíbana.
Referências Bibliográficas
Dados históricos fornecidos pelos funcionários do DMPAH – Departamento de
Museus, Patrimônio e Arquivos Históricos e documentos do próprio arquivo
histórico do local.
www.taubate.sp.gov acessado em 01/12/2011
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