nº 1548 – 04 abr. 2019 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.
Sumário
Palavra da Casa
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Olerícolas
Frutícolas
Outras Culturas
Criações
Preços Semanais
Notas Agrícolas
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar
I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2019. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.
Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
CDU 63(816.5)
© 2019 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 2, 04 abr. 2019
Palavra da Casa
Emater/RS-Ascar amplia atuação com novo escritório metropolitano
Estamos às vésperas de completar 64 anos de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e
Social (Aters) no Rio Grande do Sul. Isso porque no dia 2 de junho comemoramos mais um aniversário da
Ascar, a segunda instituição oficial de Aters criada no Brasil em 1955, logo após a Emater de Minas Gerais,
fundada em 6 de dezembro de 1948, Dia Nacional da Extensão Rural.
Nesse período, conquistamos muitos avanços, que desde então se refletem na melhoria das
condições de vida das famílias que vivem no meio rural.
Através de parcerias e de inúmeras políticas públicas que foram executadas pela nossa Instituição
ao longo desses anos, estamos hoje em 99,39% dos municípios gaúchos, ou seja, dos 497, a Emater/RS-
Ascar atua em 494, sendo o município de Esteio nossa mais recente conquista.
Inaugurada na manhã desta quinta-feira (04/04), a nova unidade da nossa Instituição se destina a
prestar atendimento nas áreas de agricultura urbana e educação ambiental. Com esse novo escritório,
ampliamos nossa atuação junto ao público urbano, ocupando, durante todo o ano, o espaço da
Emater/RS-Ascar junto ao Parque de Exposições Assis Brasil, e aproveitando a estrutura, hoje
permanente, que utilizamos no período de Expointer.
Nesse sentido, esse novo espaço se destina a ser um verdadeiro laboratório para o
desenvolvimento de hortas urbanas, chás medicinais e plantas bioativas, atendendo a outras demandas
dos municípios metropolitanos. Com o Escritório em Esteio vamos estabelecer uma proximidade ainda
maior com as escolas, fazendo ao longo do ano o mesmo trabalho de conscientização e sensibilização com
as crianças que fazemos em todo o Estado e durante a Expointer, divulgando e demonstrando técnicas
eficientes e novas tecnologias, perfeitamente aplicáveis a nossa diversidade agrícola e cultural.
É importante ressaltar que os serviços de Aters são fundamentais ao desenvolvimento do RS, e
refletem no fortalecimento de todos os setores da sociedade gaúcha, seja no meio rural ou urbano.
Para se ter uma ideia do que representa esses quase 64 anos de Extensão Rural e Social no RS,
destacamos que em 2018 atendemos a 230 mil famílias gaúchas, público formado por agricultores e
pecuaristas familiares, indígenas, quilombolas e pescadores profissionais artesanais. Além disto,
desenvolvemos ações com agricultores urbanos, apenados e Pessoas com Deficiência (PCDs).
Na região de atuação do Escritório Regional de Porto Alegre, também em 2018, foram atendidas
mais de 20 mil famílias, em 69 dos 72 municípios que compõem os Coredes Litoral, Metropolitano,
Centro-Sul, Paranhana e Sinos.
Instalado no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, ao lado do Pavilhão da
Agricultura Familiar, o mais novo Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar representa a celebração de
mais uma oportunidade para a população gaúcha ter acesso a serviços de Assistência Técnica e Extensão
Rural e Social de qualidade.
Parabéns, Esteio! Parabéns, população gaúcha!
A Emater/RS-Ascar se fortalece e garante mais saúde na mesa de todos!
Iberê de Mesquita Orsi
Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar
DESTAQUES
Passa da metade das lavouras de grãos de verão colhidas.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 3, 04 abr. 2019
Condições Meteorológicas
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA
DE 28/03/2019 A 04/04/2019
A última semana permaneceu praticamente sem chuva na maior parte do RS. Na
quinta (28) e sexta-feira (29) o tempo continuou seco, com grande variação de nuvens e
registro de chuvas fracas e isoladas nas faixas Leste e Norte. Entre o sábado (30/03) e a
quarta-feira (03/04), a presença de ar quente e úmido manteve temperaturas elevadas e
grande variação de nuvens, com ocorrência de pancadas isoladas de chuva devido ao calor.
Novamente os valores de chuva foram inferiores a 5 mm na maioria dos municípios,
com registro entre 10 e 20 mm em áreas isoladas do Estado. Somente no Litoral Norte os
volumes se aproximaram de 30 mm. Os volumes mais expressivos observados na rede de
estações INMET/SEAPI ocorreram em Santana do Livramento (18 mm), Lagoa Vermelha (23
mm), Torres (29 mm) e Tramandaí (34 mm).
A temperatura mínima ocorreu em 28/03 em Hulha Negra (6,9°C), e a máxima do
período foi registrada em Taquari (34,3°C) em 02/04.
Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 03/04/2019.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 4, 04 abr. 2019
PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 04 A 10/04/2019
O período de 4 a 10 de abril poderá apresentar volumes expressivos de chuva em
algumas regiões do Estado. Entre a quinta-feira (04) e o sábado (06), o deslocamento de uma
frente fria deverá provocar chuva em todo RS, com possibilidade de chuva forte e temporais
isolados, especialmente na Metade Norte. No domingo (07) e na segunda-feira (08), a
presença de uma nova massa de ar seco afastará a nebulosidade e provocará um ligeiro
declínio da temperatura, sobretudo durante a noite e madrugada. A partir da terça-feira
(09/04), o ingresso de uma massa de ar quente e úmido favorecerá o aumento da
nebulosidade e temperatura, com valores próximos de 30°C em diversas localidades.
Os totais previstos oscilarão entre 25 e 45 mm na maioria dos municípios do Estado,
com valores inferiores a 20 mm na Fronteira Oeste. No Alto Vale do Uruguai, Planalto e na
Serra do Nordeste os totais oscilarão entre 60 e 80 mm, e poderão alcançar 100 mm em
localidades dos Campos de Cima da Serra e Litoral Norte.
Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 5, 04 abr. 2019
Grãos
CULTURAS DE VERÃO
Milho
O clima seco, com muito sol e baixa umidade relativa do ar, favoreceu o avanço da
maturação e da colheita das lavouras. A colheita de milho atingiu 70% da área, com 19%
maduro e 10% em enchimento de grãos.
Fases da cultura do milho no Rio Grande do Sul
Milho 2019
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04 Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 1% 1%
Floração 1% 2% 3% 4%
Enchimento de grãos 10% 12% 15% 15%
Maduro e por colher 19% 21% 21% 18%
Colhido 70% 65% 60% 62%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, as lavouras maduras que
ainda estão para ser colhidas não apresentam perdas de qualidade até o momento; colheitas
interrompidas para recebimento da soja.
No Alto da Serra do Botucaraí, mais da metade da área cultivada com a cultura foi
colhida; as produtividades das lavouras estão acima da média prevista para a região, e é
ótima a qualidade do grão colhido. Lavouras com semeadura tardia seguem em
desenvolvimento considerado normal, apesar do período de duas semanas sem chuvas. Em
pontos isolados – com solo raso e compactados, a cultura começa a manifestar sintomas de
déficit hídrico.
Nas regiões Fronteira Noroeste e Missões, foi colhido o maior percentual de área do
Estado, atingindo 80%. As lavouras em formação de espiga e maturação apresentam bom
aspecto, devido às condições climáticas do período, com temperaturas amenas à noite e boa
irradiação durante o dia. A falta de umidade decorrente da ausência de chuvas nestes
últimos dias tem sido amenizada pela condição de orvalhos consistentes e uma
evapotranspiração menor no período.
Nas regiões acima, as lavouras da safrinha têm apresentado bom desenvolvimento
das plantas, a maioria entrando em floração e formação das espigas. Entretanto, já
necessitam de chuva para evitar problemas de formação de espiga e de grãos.
Na região Central, 43% da área foi colhida, com média de produtividade de 90 sacas
por hectare. Em específico, no município de Tupanciretã, onde a maior parte da lavoura é
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 6, 04 abr. 2019
irrigada com pivô central, a área está 95% colhida, com produtividade de 210 sacas por
hectare.
Na região da Produção, a colheita avançou para 75% da área; na região Sul, em 22%
da área. Na região da Serra e Campos de Cima da Serra, a colheita do milho segue em ritmo
lento.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio do milho no Estado foi cotado a R$ 31,80/sc., com leve queda de -
0,16%, segundo levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar (Cotações
Agropecuárias nº 2069).
Soja
No Estado, avançou muito a atividade de colheita da soja, passando da metade das
lavouras implantadas. Outras 33% estão maduras, e em 15% delas a fase é de enchimento
de grãos. Isso se reflete pelo tempo seco e ensolarado da semana. A produtividade em geral
é boa e dentro da expectativa.
Fases da cultura da soja no Rio Grande do Sul
Soja 2019 Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04 Plantio 100% 100% 100% 100% Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%
Floração 0% 2% 0% 0%
Enchimento de grãos 15% 26% 14% 16%
Maduro e por colher 33% 40% 37% 33%
Colhido 52% 32% 49% 51%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
Na semana, o clima seco e as temperaturas elevadas durante o dia foram propícios
para a colheita, com a umidade do solo ideal para esta operação. Nas regiões do Alto Jacuí,
Celeiro e Noroeste Colonial, a maturação das lavouras foi mais acelerada em função do
29,00
30,00
31,00
32,00
33,00
34,00
35,00
36,00
37,00
Semanaatual
Semanaanterior
Mêsanterior
Ano anterior Média geral Média abril
31,80 31,85
32,35
36,64
35,24
36,08
R$
Milho - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
-0,16
-1,70
-13,21
-9,76
-11,86
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
%
Comparativo percentual do preço médio semanal do Milho (R$ 31,80/saca de 60 kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 7, 04 abr. 2019
clima; as plantas apresentam vagens secas nas extremidades e ainda não completamente
maduras na sua base. Há aumento da debulha das vagens superiores na plataforma de corte,
devido a impacto com as partes metálicas da plataforma. O produto final apresenta elevada
quantidade de grãos quebrados e trincados e em final de maturação (verdolengos). A
tecnologia de trilha e separação das colheitadeiras está sendo fundamental para a produção
de sementes.
Nos Altos da Serra do Botucaraí, estima-se que 35% da área esteja colhida e, apesar
das doenças de solo terem diminuído o stand de plantas, a produtividade média da cultura
poderá ser superior à média prevista, devido às condições climáticas favoráveis e ao bom
manejo da adubação.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, já foi realizada colheita em 56% da
área, com perspectiva de avançar ainda mais a área colhida se o tempo permanecer seco
com sol. Nas lavouras em enchimento de grãos, os produtores ainda estão atentos às pragas
e doenças de final de ciclo; além disso, muitos realizam dessecação para forçar a maturação
das áreas de replantio e uniformizar as áreas visando antecipar a colheita.
Nas regiões acima, em relação às lavouras de soja safrinha, é esperado o retorno das
chuvas de forma consistente para a retomada do desenvolvimento, crescimento e boa
floração, pois esses dez dias sem chuvas já podem reduzir o potencial produtivo dessas
lavouras.
Na região da Produção houve aumento de produtividade informada, chegando à
média de 3.800 quilos por hectare. Nas regiões do Médio Alto Uruguai e do Rio da Várzea, a
colheita evoluiu bastante, chegando a 80% das lavouras colhidas, e na região Norte alcançou
75% da área. Se o tempo favorecer, a atividade da colheita finaliza até meados de abril.
Na região Central do Estado, a colheita ainda não avançou tanto, com apenas 18%
colhido. Nas lavouras plantadas no tarde e de ciclo mais longo, há forte pressão de ferrugem
asiática. Em Tupanciretã, mesmo com as aplicações dentro do período e intervalo
recomendados, algumas lavouras apresentam alta infestação da doença.
Na região Sul do Estado, os produtores estão otimistas; a safra vem acontecendo
dentro da normalidade, com expectativa de ótimos rendimentos nas áreas de coxilha. Já nos
municípios de fronteira, as produtividades serão menores em razão da menor quantidade de
chuvas ocorridas nas últimas semanas, que afetou o enchimento dos grãos. Nas áreas planas
e em rotação com arroz irrigado, também houve perdas localizadas em áreas com problemas
de drenagem, devendo ocorrer diminuição da produtividade. A colheita está se
intensificando na região, totalizando 22% da área colhida. A produtividade das lavouras é
distinta: nas coxilhas, tem sido de 75 sacas por hectare; na fronteira, a produtividade não
deve ultrapassar 40 sacas por hectare; e na região da Encosta da Serra do Sudeste, a
expectativa é de produtividade acima de 60 sacas por hectare.
Mercado (saca de 60 quilos)
Houve redução no preço da soja disponível em Cruz Alta, cotado a R$ 72,50/sc. Nas
Missões, a denominada soja livre – isto é, estocada pelos produtores nos seus silos e
armazéns, está sendo paga na faixa de R$ 76,00/sc.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 8, 04 abr. 2019
O preço médio estadual da soja na semana ficou cotado a R$ 71,33/sc., com leve
queda em relação à semana anterior, conforme levantamento semanal de preços da
Emater/RS-Ascar (Cotações Agropecuárias nº 2069).
Arroz
A safra de arroz teve sua colheita acelerada na última semana, atingindo 60% da
área. As lavouras da Campanha e Fronteira Oeste, regiões de grande importância da cultura
no Estado, estão com bom ritmo de colheita, avançando em todos os municípios: Itacurubi,
com 90% colhido; Caçapava, com 80%; Barra do Quaraí e Maçambará, com 75%; Itaqui, 74%;
Rosário do Sul 70%; Aceguá e Alegrete, com 50% das áreas colhidas; Dom Pedrito e São
Borja, 60%; Hulha Negra, 40%; Quaraí, 56%; São Gabriel, com 35% e Uruguaiana com 53%
das áreas colhidas.
Fases da cultura do arroz no Rio Grande do Sul
Arroz 2019 Fases
Safra atual Safra anterior Média* Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04
Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%
Floração 0% 1% 0% 0%
Enchimento de grãos 10% 16% 15% 11%
Maduro e por colher 30% 44% 45% 37%
Colhido 60% 39% 40% 52%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
Em Uruguaiana, a média vem sendo de nove toneladas por hectare, superior à
produtividade prevista no início do plantio.
Na Zona Sul, outra região de grande expressão da cultura no RS, também prossegue
a colheita, intensificando-se em todos os municípios. Estão colhidos aproximadamente 51%
da área. Até o momento, a produtividade de referência é de 8,2 toneladas por hectare.
Na região Central do Estado, outra importante área de produção de arroz, a colheita
chega próximo aos 30%. Já nas regiões do Litoral Norte, Centro-Sul e áreas lagunares, a
colheita atinge 80% das lavouras, sendo as mais adiantadas do Estado.
64,00
66,00
68,00
70,00
72,00
74,00
76,00
78,00
80,00
82,00
Semanaatual
Semanaanterior
Mêsanterior
Anoanterior
Média geral Média abril
71,33 71,5270,55
78,18
81,3780,32
R$
Soja - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
-0,27
1,11
-8,76
-12,34
-11,19
-14
-12
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
Comparativo percentual do preço médio semanal da Soja (R$ 71,33/saca de 60 kg)
%
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 9, 04 abr. 2019
Mercado (saca de 50 quilos)
Nessa semana, segundo levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar
(Cotações Agropecuárias nº 2069), o valor médio estadual da saca do arroz em casca ficou
em R$ 39,18, com pequeno aumento de 0,75% sobre a semana anterior.
Feijão 1ª e 2ª safras
A colheita do feijão primeira safra do Estado avança rapidamente para finalização,
restando apenas 5% das lavouras a serem colhidas, todas nos Campos de Cima da Serra. As
condições de clima seco no período permitiram esse avanço e também a manutenção da
excelente qualidade dos grãos da leguminosa, com rendimentos próximos do esperado
inicialmente, 2,5 toneladas por hectare.
Fases da cultura do feijão 1ª safra no Rio Grande do Sul
Feijão 1ª safra 2019
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04
Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. vegetativo 0% 0% 0% 0%
Floração 0% 0% 0% 0%
Enchimento de grãos 0% 2% 1% 2%
Maduro e por colher 5% 8% 16% 13%
Colhido 95% 90% 83% 85%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
A safrinha gaúcha está praticamente toda implantada, restando nessa semana
apenas pequenas áreas a serem semeadas. Como a segunda safra é basicamente cultivada
pela agricultura familiar e para autoconsumo ou reserva de sementes, ela se estende por um
período maior, pois enquanto algumas áreas ainda estão sendo semeadas, boa parte das
lavouras já foi colhida.
0,75
-1,63
5,66
-19,68
-15,96
-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
%
Comparativo percentual do preço médio semanal do Arroz (R$ 39,18/saca de 50 kg)
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
45,00
50,00
Semanaatual
Semanaanterior
Mêsanterior
Anoanterior
Média geral Média abril
39,18 38,89 39,8337,08
48,78 46,62
R$
Arroz - preço médio pago ao produtor - R$/saca 50 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 10, 04 abr. 2019
Fases da cultura do feijão 2ª safra no Rio Grande do Sul
Feijão 2ª safra 2019
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 04/04 Em 29/03 Em 04/04 Em 04/04 Plantio 99% 96% 100% 98%
Germinação/Des. vegetativo 15% 30% 15% 15%
Floração 30% 33% 34% 29%
Enchimento de grãos 35% 23% 27% 35%
Maduro e por colher 11% 7% 10% 10%
Colhido 9% 7% 14% 11%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. *Média safras 2014-2018.
Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a redução das precipitações
vem comprometendo o desenvolvimento final da cultura. A cultura apresenta sintomas de
déficit hídrico nos horários mais quentes do dia. As primeiras lavouras colhidas nessas
regiões foram as cultivadas para subsistência, com menor tecnologia, que apresentaram
produtividade menor, abaixo de 20 sacas por hectare.
No Alto da Serra do Botucaraí e no Vale do Rio Pardo, a elevação da temperatura na
semana favoreceu a cultura que se encontrava em desenvolvimento vegetativo e floração.
Porém, a ausência de chuva nos últimos 15 dias reduziu a umidade do solo; assim, lavouras
em florescimento poderão ter queda de flores, afetando o potencial produtivo. O aspecto
geral da cultura até o momento ainda é de normalidade.
Segue o monitoramento de doenças e pragas, principalmente ácaros, praga comum
em lavouras de feijão safrinha.
Na região Sul, a semeadura do feijão de segunda safra está finalizada. Cultura
predominantemente nos estágios de crescimento vegetativo e em florescimento, com bom
desenvolvimento em razão das chuvas frequentes.
Também nas regiões do Médio Alto Uruguai e Rio da Várzea encontra-se finalizado o
plantio da cultura do feijão segunda safra. As primeiras lavouras plantadas já estão na fase
reprodutiva; uma menor parte delas, em fase vegetativa, as quais vêm recebendo
tratamentos fitossanitários para manter a sanidade das plantas. O clima se mostra favorável,
e o desenvolvimento inicial é satisfatório, vislumbrando-se boas produtividades. Além disso,
há boa perspectiva de preços para esta cultura.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, as primeiras a iniciarem a colheita da
safrinha, a semana foi de tempo seco. Isso facilitou a maturação das lavouras em fase final
de formação do grão, com as primeiras lavouras em colheita, embora boa parte delas ainda
esteja em final de floração e formação de vagem. A safrinha vem apresentando boas
perspectivas. As lavouras colhidas estão com melhores produtividades, se comparadas com
a safra anterior. Segundo os produtores, o preço do feijão está muito bom, em torno de R$
5,00/kg.
Mercado (saca de 60 quilos)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 11, 04 abr. 2019
Mesmo que a procura nacional pelo feijão mantenha aquecidos os negócios, o valor
médio da saca do feijão preto aqui no RS manteve-se estável na semana, ficando em R$
175,00/sc. (Cotações Agropecuárias nº 2069).
CULTURAS DE INVERNO
Trigo
Para a cultura do trigo – safra 2019, os agricultores procuram crédito a fim de
financiamento de custeio das lavouras na parte Norte do Estado. Também está sendo
realizado encaminhamento de amostras de solo para análise a fim de correção de
nutrientes. Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, já foram liberados os primeiros
recursos de custeio de insumos para lavouras de trigo.
Em função do acordo firmado entre EUA e Brasil para importação de trigo daquele
país, sem tarifas, muitos produtores manifestaram preocupação com a comercialização
desta safra, podendo diminuir a área plantada. No geral, não há expectativa de muita
alteração de área a ser implantada nesta safra de trigo, podendo ser próxima à do ano
passado.
Nas regiões Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, os altos custos dos insumos
também estão interferindo na tomada de decisão para definição da área a ser cultivada.
O preço para o produto com pH 78 é de R$ 41,53/sc. de 60 quilos, em média. Produto
disponível em Cruz Alta a R$ 48,00/sc.
Cevada
No Norte, há expectativa de aumento de área a ser implantada com a cultura, em
função de especulações de bons preços pagos pela AMBEV.
30,00
50,00
70,00
90,00
110,00
130,00
150,00
170,00
190,00
210,00
230,00
Semana atual Semanaanterior
Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
175,00 175,00 177,38
140,90
203,69214,94
R$
Feijão - preço médio pago ao produtor - R$/saca 60 kg
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
0,00
-1,34
24,20
-14,09
-18,58-25
-20
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
25
30
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
%
Comparativo percentual do preço médio semanal do Feijão (R$ 175,00/saca de 60 kg)
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 12, 04 abr. 2019
Canola
Para implantação de lavouras da cultura, os produtores de canola do Estado estão
buscando crédito para custeio junto aos agentes financeiros.
Há perspectiva de diminuição da área na região do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste
Colonial. O preço praticado é de R$ 65,50/sc. de 60 quilos.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, há expectativa de aumento
significativo da área a ser implantada com a cultura em relação ao ano anterior, devido ao
fomento de empresas agrícolas que estão fazendo pré-contratos de compra com
fornecimento de insumos. Outro fator motivador para ampliação da área de canola é que
essa cultura vem sendo incentivada como alternativa ao cultivo do trigo.
Foi realizada uma reunião técnica em 28 de março, em Giruá, visando o fomento
deste cultivo como boa alternativa de inverno para a região; preço de R$ 70,66/sc.
Aveia branca
Nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a tendência para a safra 2019
é de que produtores com tradição no cultivo diminuam a área; no entanto, produtores sem
tradição de cultivo pretendem migrar a produção do trigo para aveia branca.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, os produtores também buscam crédito
para custeio da aveia branca, que deverá ocupar algumas áreas de produtores que não
conseguem financiar trigo, devido à solicitação sequencial de seguro/Proagro.
Hortigranjeiros
SITUAÇÕES REGIONAIS
Nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, a mandioca e a batata ainda estão em
colheita. O mesmo ocorre com o morango, cujo manejo inclui poda para manter a produção
por maior tempo. Os cultivos hidropônicos e semi-hidropônicos, em ambientes protegidos,
têm mantido a oferta de produtos, porém em volumes menores e com preços mais
elevados. As oliveiras estão em fase de colheita e vêm apresentando boa produção. Em
Candiota alguns pequenos produtores entregam a produção para a indústria, que está
pagando R$ 3,00/kg.
Nas regiões do Noroeste Colonial, Celeiro e Alto Jacuí, na semana ocorreram alta
insolação e temperaturas ideais para o desenvolvimento das culturas, embora tenham
exigido grande aporte de irrigação. Com essa condição climática, as folhosas apresentaram
excelente desenvolvimento e diminuição dos sintomas de doenças. As plantas
apresentaram-se com folhas bem desenvolvidas e coloração verde intenso. Na cultura da
alface, houve aumento da incidência de pulgões. Ocorreu redução na oferta de brássicas em
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 13, 04 abr. 2019
virtude do período de troca de cultivares de verão para as adaptadas ao inverno. As culturas
de batata-doce e mandioca apresentam-se com boa produção e sanidade, tanto da parte
aérea quanto nas raízes. A mandioca está com bom cozimento. Com o solo mais seco, os
produtores têm encontrado dificuldade na colheita destas culturas. Os produtores seguem
com o preparo de canteiros para a implantação das cultivares de estação fria. A cultura do
tomate em cultivo protegido está com diminuição de produção devido à menor área
cultivada neste período. As compras institucionais vêm impulsionando o aumento da área
cultivada com hortaliças. O período de clima quente e seco vem estimulando o
florescimento de rosáceas. Percebe-se aumento da incidência de ácaro da falsa ferrugem em
bergamotas. A produção de figo apresenta-se baixa e vem sofrendo ataques de pássaros nos
frutos. Na cultura da laranja, os produtores vêm monitorando o ataque de percevejos.
Nas regiões dos vales do Taquari e Caí, o tempo se manteve estável nas últimas
semanas, com boa insolação e diminuição das temperaturas extremamente altas, que
vinham baixando a qualidade e a produtividade das culturas. As precipitações foram baixas
(18,4 mm no período, com chuva em cinco dos últimos 21 dias). Nas três semanas
anteriores, período de desenvolvimento vegetativo da maioria das culturas, em geral os
olericultores fizeram o uso intenso da irrigação para o bom desenvolvimento dos cultivos,
gerando maior custo de produção. À exceção do preço do tomate, o dos demais produtos
declinou no período; destaque para o chuchu, com forte baixa.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, o tempo seco e ensolarado dos
últimos dias possibilitou os trabalhos nas hortas que vêm sendo realizados com boa
intensidade e qualidade. Os agricultores estão plantando as variedades de outono-inverno,
períodos propícios para a produção, devido à condição climática. Principalmente tomate,
feijão-vagem, abóbora, pimentão, alface, cultivados apenas na primavera-verão, apresentam
bom desenvolvimento, com boa produção.
OLERÍCOLAS
Cebola
Tem início a semeadura das variedades superprecoces produzidas na região Serra.
Na segunda quinzena de maio, os cebolicultores fazem a semeadura das tardias, que
representam 90% da área de 1.500 hectares, com destaque para a Crioula. Dois fatores
antagônicos estão em destaque para a decisão da área a ser cultivada: positivamente, a
precificação que vem sendo obtida no mercado, muito em função da reduzida oferta. São
negativas as elevadas perdas da produção a campo, causadas pelo temporal de final de
outubro passado; também em decorrência do temporal, há consideráveis descartes da
cebola armazenada em função de podridões decorrentes das lesões sofridas antes da
colheita. O preço médio na propriedade para bulbo Classe 1 toaletado, classificado e
embalado é de R$ 2,00/kg.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 14, 04 abr. 2019
Tomate Cereja
O cultivo do produto, realizado praticamente durante todo o ano nas regiões dos
vales do Caí e Taquari, se encontra no início de um novo ciclo de produção. O clima dos
últimos dias foi favorável à cultura, exigindo o fechamento das estufas durante a noite devido
à queda na temperatura; mas, até o momento, a condição sanitária da maioria das áreas é
satisfatória. Produtores que estão colhendo comercializam o produto a valores de R$ 6,00 a
R$ 7,00/kg.
Pepino
Nas regiões dos vales do Caí e Taquari, a produção de pepino salada e conserva foi
considerada boa, mesmo com a temperatura elevada em março. Muitos produtores estão
contentes com a melhora do preço na última quinzena. Em algumas propriedades, ocorreu a
queima das folhas pela ocorrência de temperaturas mais baixas à noite, exigindo-se mudança
de manejo com o fechamento das cortinas laterais no período da tardinha para noite. Não
foram registrados significativos problemas fitossanitários no período, destacando-se a
presença da mosca-branca, sob relativo controle nas propriedades visitadas. A procura pelo
produto foi baixa, mas está em recuperação. O pepino conserva está sendo entregue com
valores de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg na propriedade. A produção do pepino salada também vem
se recuperando após as perdas consideráveis ocorridas em fevereiro. A queda na oferta de
produtos no mercado não culminou no aumento de preços.
O pepino Japonês tem sido comercializado a R$ 50,00/cx. de 20 quilos. Apesar de ter
crescido o consumo dessa variedade de pepino, ainda é bem menos comercializada que o
pepino salada convencional. Devido aos altos preços do pepino Japonês, há um movimento
crescente de olericultores que estão substituindo o plantio do pepino salada pelo Japonês.
Contudo, como o mercado olerícola responde forte e rapidamente às oscilações entre oferta
e demanda, a partir do momento que o mercado estiver sobrecarregado de pepino Japonês,
o preço tende a cair.
Brássicas
Em Linha Nova, há relatos de que as perdas por excesso de calor, ocorridas no forte
do verão, causaram retração no plantio por parte dos produtores que não tinham irrigação.
Esse fato se reflete agora com a redução de oferta, principalmente de couve-flor e brócolis.
A couve-flor, com preços em pequena elevação, tem sido comercializada a R$ 25,00/dz. no
município e a R$ 36,00 na Ceasa. O brócolis, na mesma situação, é comercializado a R$
35,00/dz. na Ceasa, com produtos oriundos do município e de parcerias, principalmente de
São Francisco do Sul. O repolho, com preços em pequena baixa, tem sido comercializado a
R$ 2,50/unid. no comércio local e entre R$ 3,50 e R$ 4,00 na Ceasa. O repolho roxo é
comercializado por R$ 40,00/dz.
Chuchu
Nas regiões dos vales do Caí e Taquari, apesar de passar por oscilações nas cotações,
no final do período o preço do chuchu caiu em virtude de um novo período de colheita típico
desta época, aquecendo a oferta do produto. A cultura encontra-se na fase de
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 15, 04 abr. 2019
desenvolvimento da frutificação e início de colheita, com os produtores realizando as
manutenções necessárias nas áreas, mesclando atividades como condução da planta e ao
mesmo tempo ações de manutenção da lavoura como um todo. Nas últimas semanas, os
preços se situaram entre R$ 1,20 e R$ 1,30/kg.
Batata-doce
O clima dos últimos dias foi favorável para colheita nas regiões dos vales do Caí e
Taquari. O preço médio do produto é de R$ 1,50/kg, o que equivale a R$ 30,00/cx. de 20
quilos.
Rúcula
No município de Feliz, onde a cultura é produzida o ano inteiro, a safra encontra-se
em plena fase de produção em diversas propriedades. O diferencial é que produtores estão
cultivando também em substrato (tanto em sacola quanto em caixas de isopor). O clima dos
últimos dias foi favorável para a cultura, com temperatura mais amena, e o único relato de
praga e doença até o momento é o aparecimento de pythium em cultivo em hidroponia. Os
produtores estão comercializando o produto por valores em torno de R$ 1,25/molho.
Alface
Nas regiões dos vales do Caí e Taquari, a produção de alface vem se recuperando
após a perda observada em fevereiro. O grande volume do produto no mercado se reflete
na redução do preço, que está em aproximadamente R$ 8,00/dz. A qualidade da alface
começou a melhorar nas últimas semanas, quando a temperatura ficou mais amena e as
noites mais frias. Na Ceasa o preço da alface cultivada em ambiente protegido varia entre R$
10,00 e R$ 13,00/dz.
Abobrinha
As áreas cultivadas nas regiões dos vales do Caí e Taquari apresentam bom
desenvolvimento e sanidade, não havendo relatos de ocorrência de pragas ou doenças. Em
geral os produtores realizam tratamentos preventivos. O preço médio da abobrinha se
manteve estável, na faixa de R$ 20,00/cx.
Aipim
Na região do Vale do Caí, observou-se a queda do preço do aipim em virtude da
elevada oferta de produto. O preço médio na propriedade é de R$ 12,00/kg; na Ceasa, de R$
18,00/kg.
Na região do Vale do Taquari, a cultura está com bom desenvolvimento em geral. Há
algumas lavouras com manchas, tomadas pela bacteriose. A colheita está em andamento, e
o produto apresenta bom rendimento, sendo comercializado com valores entre R$ 12,00 e
R$ 15,00/cx.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 16, 04 abr. 2019
Beterraba
Período de colheita nas regiões dos vales do Caí e Taquari; em geral a cultura está
com produção de qualidade e há poucos relatos de ocorrência de pragas ou doenças. Os
preços estão estáveis. O produtor recebe entre R$ 20,00 e R$ 22,00/dz. no comércio local, e
R$ 30,00/dz. na Ceasa.
Pimentão
Beneficiada pelo clima, observa-se que vem melhorando a qualidade do produto nas
regiões dos vales do Caí e Taquari. O pimentão verde está sendo comercializado entre R$
30,00 e R$ 35,00/cx. de 20 quilos.
Vagem
No município de Feliz, a cultura é produzida o ano inteiro. Em plena fase de produção
em diversas propriedades, a vagem foi favorecida pelo clima dos últimos dias. Embora a
ferrugem seja citada como problema recorrente nessa cultura, não houve relatos de doença.
O produto colhido, de boa qualidade, está sendo comercializado com valores entre R$
4,00/kg e R$ 5,50/kg.
Moranga Cabotiá
Na região do Vale do Taquari, no cultivo da safrinha, o produto está com bom
desenvolvimento vegetativo, iniciando o período reprodutivo. Os produtores realizam a
polinização hormonal. Alguns ceaseiros estocaram o fruto da safra nos galpões, para garantir
a comercialização por mais alguns dias. O produto é comercializado a R$ 18,00/sc. de 20
quilos.
FRUTÍCOLAS
Citros
Na região do Vale do Caí, maior região produtora de citros do Rio Grande do Sul, a
colheita foi iniciada com a da bergamota Satsuma, fruta cítrica sem semente e com baixa
acidez, características que permitem ser colhida com a casca ainda verde. Para esta fruta, os
citricultores estão recebendo em média R$ 25,00/cx. de 25 quilos. Também está em colheita
a lima ácida Tahiti, o conhecido limão de caipirinha, para o qual o citricultor está recebendo
em média R$ 28,00/cx. de 25 quilos.
Na região predomina o cultivo de bergamoteiras, cujas frutas estão em processo de
crescimento. Nesta fase, a boa umidade do solo é crucial para o crescimento das
bergamotas, e as chuvas têm sido suficientes para seu bom desenvolvimento. Nesta época, a
principal atividade dos citricultores é o raleio das frutas, que consiste na retirada de parte
das frutas ainda pequenas, para favorecer o crescimento das frutas que ficam nas plantas.
Pela competição por nutrientes, o excesso de frutas reduz o calibre das mesmas,
depreciando-as no comércio. O raleio está na fase final, restando ralear 25% das frutas da
cultivar Montenegrina. O raleio das cultivares Caí e Pareci já foi encerrado.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 17, 04 abr. 2019
Morango
Nos municípios de Feliz e Bom Princípio, que anualmente cultivam cerca de 70
hectares de morango, observa-se a redução da produção, como esperado para essa época
do ano. No entanto, ainda há produtores comercializando o produto. Nas propriedades
visitadas, os agricultores já realizaram a limpeza das mudas das estufas e, em alguns casos,
recém-fizeram o plantio em solo ou em ambiente protegido, com mudas importadas da
Espanha. Outros esperam a chegada de mudas importadas do Chile ou da Argentina, prevista
entre abril e junho. O mercado vem mostrando uma relativa alta no preço. Morangos com
bom padrão estão sendo comercializados entre R$ 12,00 e R$ 15,00/kg. Contudo, a maior
parte dos morangos produzidos tem sido comercializada por preços que vão de R$ 10,00 a
R$ 12,00/kg, pois apresentam tamanho ainda abaixo do considerado ideal pelo mercado.
Na região do Vale do Taquari, já foi realizado o plantio de mudas importadas da
Espanha; as outras que virão da Patagônia, de Farroupilha e Bom Princípio deverão chegar
entre abril e maio. Verificou-se um pequeno aumento do número de produtores no cultivo
da fruta.
Quivi
O produto está em plena colheita das variedades glabras (peladas) e de polpa
amarela – espécie Actinidia chinensis, com frutos de bom calibre e altos teores de açúcar.
Em breve, terá início a colheita das variedades mais expressivamente cultivadas na Serra
gaúcha. Essas são mais tardias, com película recoberta de pelos e com polpa verde, sendo da
espécie Actinidia deliciosa. De maneira geral, as plantas apresentam bom vigor e sanidade;
no entanto, a cultura passa por um período delicado de manutenção da área cultivada, em
função de uma fitopatia altamente destrutiva e de difícil controle. Além disso, nessa safra,
considerável parte da área foi afetada pelo temporal de final de outubro passado. Ambos os
fatores convergem para um volume a ser ofertado abaixo do esperado, refletindo-se num
mercado aquecido, comprador e com cotações remuneradoras. O preço médio na
propriedade é de R$ 2,75/kg.
COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS
Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da
Ceasa/RS, tivemos 23 produtos estáveis em preços, cinco em alta e sete em baixa. São
analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação
de 25% para cima ou para baixo. Não ocorreram destaques em alta ou em baixa.
Nesta primeira semana do mês de abril, com movimentos comerciais mornos, a
oferta relativa à maior parte dos hortigranjeiros está normal para o período. O universo
varejista, por sua vez, evidenciou moderação nas aquisições, encontrando praticamente
todos os produtos procurados, mantendo assim estabilizadas as cotações da maior parte dos
produtos ofertados.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 18, 04 abr. 2019
Apenas um produto enfatizou-se com queda nas cotações, o chuchu, embora não
tenha alcançado o percentual histórico de 25% em variação. Desde o início deste ano, esta
olerícola encontrava-se com as cotações elevadas devido ao clima extremamente quente
nos principais estados produtores, como São Paulo, Paraná e Espírito Santo. Além disto,
lembramos que a produção gaúcha é bastante desorganizada, com poucas lavouras que
usam boa tecnologia, o que não contribui com uma oferta mais regular no período em que o
clima permite a produção no RS. Há também o problema da interrupção quase total da
produção devido aos meses frios, o que não estimula os produtores. Tal comportamento da
produção do chuchu no RS não influencia no incremento da oferta implicada na queda nos
preços.
Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 26/03/2019
(R$) 02/04/2019
(R$) Aumento
(%)
Beterraba kg 2,25 2,50 +11,11
Brócolis und. 2,92 3,33 +14,04
Moranga Cabotiá kg 1,25 1,35 +8,00
Pepino salada kg 2,22 2,50 +12,61 Vagem kg 6,00 6,50 +8,33
Produtos em baixa 26/03/2019
(R$/kg) 02/04/2019
(R$/kg) Redução
(%)
Caqui Fuyu 2,75 2,50 -9,09
Cebola nacional 2,50 2,25 -10,00
Chuchu 2,22 1,67 -24,77
Maçã Fuji 3,89 3,33 -14,40
Mandioca 1,39 1,22 -12,23
Melão espanhol 3,31 3,08 -6,95 Tomate Caqui longa vida 4,50 4,00 -11,11
Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.
Outras Culturas
Tabaco
Na zona Sul, a colheita e as atividades de secagem encaminham-se para o final,
alcançando 99,8% do total já colhido. As produtividades de referência estão entre dois mil e
2.500 quilos por hectare. Os preços médios de comercialização variam de R$ 9,00 a R$
9,50/kg.
Com a colheita concluída nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, são
realizadas a classificação e a comercialização do produto. Sobre as áreas colhidas, foram
implantados milho ou soja. Em fase final de comercialização, o preço do produto é de
aproximadamente R$ 8,50/kg; no entanto, a maior parte dos produtores já efetuou a venda.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 19, 04 abr. 2019
No município de Novo Machado, o preço recebido está entre R$ 4,50 e R$ 9,00/kg,
dependendo da empresa que adquire o produto.
Nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, a colheita foi
encerrada. Os produtores fazem a classificação do produto nos galpões e a comercialização.
Na região do Vale do Rio Pardo, os fumicultores mostram-se satisfeitos com os preços
recebidos e com o fluxo de comercialização do produto.
Criações
PASTAGENS
Na pecuária de corte, o campo nativo, as espécies de pastagens perenes de verão
(tíftons, panicuns e braquiárias) e as gramíneas anuais de verão (sorgo forrageiro, capim
sudão e milheto) em geral apresentam-se fibrosas, com menor taxa de crescimento, e com
baixa qualidade, devido aos baixos índices de umidade no solo. A exceção é a região de
Bagé; choveu no final da semana em quase toda a região, com temperaturas e radiação solar
adequadas, continuando assim a favorecer tanto as espécies do campo nativo como as
pastagens cultivadas, proporcionando aos rebanhos boa oferta de forrageira.
Uma opção importante neste período são as restevas de arroz recém-colhidas, que
proporcionam uma oferta forrageira de bom volume e regular qualidade, para o pastoreio
do gado de corte.
Os pecuaristas dos Campos de Cima da Serra iniciaram a implantação das pastagens
cultivadas de inverno, procurando antecipar o pastoreio e evitar que o gado reduza em
demasia a condição corporal, redução que ocorre quando os animais são mantidos em
pastagens naturais durante o inverno.
Em propriedades com integração lavoura-pecuária após a realização da colheita de
soja e arroz, são implantadas as pastagens de inverno (aveia e azevém); é necessária chuva
nos próximos dias, para não prejudicar a germinação. Alguns produtores estão acessando
crédito de custeio para implantação de pastagens de inverno.
Na pecuária de leite, as pastagens anuais de verão começam a ficar mais fibrosas,
diminuindo assim a qualidade da forragem e o potencial produtivo, caracterizando o início
do vazio forrageiro de outono. Para implantação das pastagens de inverno, são
recomendados especialmente centeio, trigo forrageiro, aveia melhorada e azevém
tetraploide. Na região de Caxias do Sul, alguns produtores fizeram a semeadura de milheto
em fevereiro, para enfrentar o vazio forrageiro outonal.
Na região Sul, o preço do azevém certificado varia de R$ 3,60 a R$ 3,80/kg e o da
aveia em torno de R$ 1,50/kg; na região de Caxias do Sul, a semente de aveia custa R$
2,00/kg e a de azevém, R$ 4,00/kg.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 20, 04 abr. 2019
BOVINOCULTURA DE CORTE
O rebanho bovino de uma maneira geral encontra-se em bom estado nutricional e
sanitário.
Foi concluído o período de entoure (cuidados com o manejo do rebanho), com
expectativas de bons índices de prenhez. Produtores que não fazem diagnóstico de gestação
mantêm os touros nos rebanhos, para repasse das vacas falhadas. Os que realizam
diagnósticos de gestação das matrizes inseminadas ou entouradas apartam os animais
falhados para engorde e descarte, dando maior atenção às prenhas e com cria ao pé.
Alguns produtores já iniciaram o desmame dos terneiros, mas muitos só fazem isso
em final de abril, quando levam os terneiros e terneiras para as feiras oficiais.
Continuam os trabalhos de monitoramento e controle dos ectoparasitas, mosca-do-
chifre e verminoses. Em alguns casos, está havendo uma atenção maior por parte dos
pecuaristas, em função da alta população de carrapatos, chamados de terceira geração, em
decorrência da elevada altura dos pastos e das altas temperaturas, entre outros fatores.
Continuam outras práticas de manejo cotidiano nas propriedades, tais como
mineralização dos rebanhos, revisão de cercas, tratamento de bicheiras.
Os produtores de Caçapava do Sul continuam a vacina contra raiva, para controlar o
ataque de morcegos hematófagos na região.
É obrigatória a vacinação semestral contra a brucelose das fêmeas de três a oito
meses, com vacina B19, fazendo marcação das fêmeas vacinadas, com ferro candente ou
nitrogênio líquido, no lado esquerdo da cara com o algarismo final do ano. O produtor deve
fazer no mínimo uma vez por semestre a comprovação da vacina das bezerras em serviço.
Comercialização
Na região de Erechim, um bom número de criadores prepara os animais melhorados
geneticamente – com a introdução das raças Angus, Hereford, Braford e Canchim, através de
confinamento entre 60 e 100 dias e suplementação com rações no cocho. Há uma
expectativa de bons lucros, devido à boa aquisição de novilhos e à reação do preço do boi.
Na região de Passo Fundo, com o avanço da colheita da soja e com a liberação das
áreas para implantação de pastagens anuais de inverno, aumenta a demanda por novilhos
para engorda, repercutindo na elevação do preço dessa categoria animal. Os preços
praticados na semana foram de R$ 6,00/kg vivo para o novilho para engorda e de R$ 4,00 a
R$ 4,30/kg vivo para a vaca descarte.
Na região de Pelotas, a produção de terneiros da safra anterior está sendo preparada
para o período de remates tradicionais. Muitos produtores não castram seus terneiros, visto
o comércio de exportação na região, que prefere os terneiros inteiros.
Na região Centro-Sul, observam-se aumento da engorda de fêmeas e deslocamento
de uma porcentagem da área pecuária para a agricultura, principalmente soja, devido a sua
maior rentabilidade.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 21, 04 abr. 2019
Na região de Santa Rosa, em muitas propriedades leiteiras está ocorrendo o
cruzamento com raças europeias de corte, especialmente Angus, para obter terneiros com
maior rendimento de carcaça. Há grande oferta de descarte de animais das raças leiteiras.
Preços pagos aos pecuaristas na região de Caxias do Sul Produto R$/kg vivo
Boi gordo 5,40
Vaca gorda 4,40
Terneiro 6,00
Novilho sobreano 5,20
Novilho 2 anos 5,00
Novilho 3 anos 5,00
Vaca descarte 3,90
Novilha 2 anos 4,70
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Caxias do Sul.
Conforme levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, no Estado o boi foi
comercializado em média a R$ 5,17/kg vivo e vaca para abate a R$ 4,48/kg vivo.
BOVINOCULTURA DE LEITE
As condições nutricionais e o estado sanitário dos rebanhos estão satisfatórios. Em
alguns locais a produção de leite continua caindo, devido ao quadro de pouca chuva que se
estende desde a segunda quinzena de fevereiro, configurando um período já típico de vazio
forrageiro de outono, descrito no tópico das pastagens. Por outro lado, as temperaturas
mais baixas amenizam o estresse calórico, melhorando o bem-estar dos animais. Desta
forma é fundamental atentar-se para uma nova formulação de dieta nutricional para os
animais, com o uso de silagem de pasto, azevém e trevos, aumentando a suplementação
proteica no concentrado, sob pena de diminuição da produtividade. As consequências desta
mudança no manejo alimentar são o aumento dos custos de produção e de mão de obra.
Em andamento a fase final da colheita de milho e sorgo para silagem, apresentando
boas condições de produção. Porém, a falta de umidade do solo afetou negativamente as
lavouras de milho plantadas mais tardiamente, destinadas à silagem. O tempo seco da
0,00
-0,39 -0,58
-13,26 -13,40
-16,00
-14,00
-12,00
-10,00
-8,00
-6,00
-4,00
-2,00
0,00
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
Comparativo percentual do preço médio semanal do Boi (R$ 5,17/kg vivo)
%
4,60
4,80
5,00
5,20
5,40
5,60
5,80
6,00
Semana atual Semanaanterior
Semana atual Ano anterior Média geral Média abril
5,17 5,17 5,195,20
5,97 5,96
Boi - preço médio pago ao produtor - R$/kg vivo
Observação: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são corrigidos por valor nominal. Ano anterior e Médias (2014-2018) são corrigidos pelo IGP-DI.
R$
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 22, 04 abr. 2019
última semana também favoreceu o corte de grama perene para reservação de alimento em
forma de feno ou pré-secado. Produtores relatam boa regularidade no manejo reprodutivo
com adequado índice de prenhez e cio das matrizes.
Nas regiões de Erechim e Passo Fundo, a umidade do solo está boa, favorecendo o
crescimento vegetativo das forrageiras anuais e perenes de verão. Por sua vez, as
temperaturas amenas estão afetando negativamente a taxa de crescimento das pastagens.
Evento
Em Rio Grande, de 5 a 7 de abril ocorre a edição anual da Mostra da Terneira Jersey e
Holandesa. Esse ano 14 produtores/expositores irão apresentar seus animais, frutos de uma
seleção genética longeva e de muita qualidade, totalizando 40 fêmeas entre três e 24 meses.
Comercialização
Preços recebidos pelos produtores de leite Município Preços (R$/L)
Aceguá 1,20
Alegrete 1,15
Antônio Prado 1,28
Bagé 1,12
Canguçu 1,14
Carlos Barbosa 1,20
Chapada 1,35
Dr. Maurício Cardoso 1,25
Encruzilhada do Sul 1,05
Erechim 1,38
Frederico Westphalen 1,12
Ibiraiaras 1,37
Lagoa Vermelha 1,20
Passo Fundo 1,00
Pelotas 1,02
Rio Grande 1,13
Santa Maria 1,20
Santo Augusto 1,28
São Lourenço do Sul 1,10
Teutônia 1,14
Tupanciretã 1,15
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2069 (04 abr. 2019).
0,853,51
14,56
0,85
-3,28
-10,00
-5,00
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
Semana anterior Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
%
Comparativo percentual do preço médio semanal do Leite (R$ 1,18/litro)
0,90
0,95
1,00
1,05
1,10
1,15
1,20
1,25
Semanaatual
Semanaanterior
Mês anterior Ano anterior Média geral Média abril
1,18 1,171,14
1,03
1,22
1,17
Leite-preço médio pago ao produtor-R$/litro
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 23, 04 abr. 2019
OVINOCULTURA
Os ovinos encontram-se em boas condições nutricionais por conta da boa
disponibilidade de volumoso. Porém aguarda-se chuva para normalizar a umidade do solo e
manter o crescimento das pastagens.
No rebanho ovino está ocorrendo o encarneiramento outonal, estação de monta. O
período para encarneiramento deve ser de no máximo 60 dias para concentrar lotes
uniformes. Nas propriedades que encarneiram no cedo (janeiro e fevereiro), já está
encerrado. Segue trabalho nas que encarneiram no tarde (março e abril).
Comercialização
Na região de Bagé, lãs médias e grossas estão quase sem mercado. Uma cooperativa
de lã de São Gabriel está com dificuldade de passar o produto para indústria. O preço do
cordeiro, capão e ovelha para abate está estabilizado.
Preços dos produtos da ovinocultura na região de Bagé Produto Unidade Preços
Lã Merina kg 27,00
Lã Ideal kg 21,00 - 23,00
Lã Corriedale kg 8,00 - 9,50
Lã Romney Marchi kg 6,00
Lã Raças de carne kg 4,00
Capão kg/vivo 5,00
Ovelha de cria cab. 200,00
Ovelha consumo cab. 200,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Bagé.
Na região de Pelotas, quanto ao mercado da carne, a demanda segue firme por
animais para abate. Em Canguçu, ocorre articulação com atores locais para comercialização
da carne ovina com cortes diferenciados no município. Além disso, também tem havido
articulação com produtores de ovinos para participação na 32ª Fenovinos, a ser realizada de
15 a 18 de maio próximo. O mercado de lã continua aquecido.
Preços dos produtos da ovinocultura na região de Pelotas Produto/espécie Mínimo (R$/kg) Máximo (R$/kg)
Ovelha 5,00 6,00
Cordeiro 6,00 7,00
Capão 5,00 6,00
Lã Merina 23,00 28,00
Lã Ideal (Prima A) 18,00 22,00
Lã Corriedale (Cruza um) 7,50 9,00
Lã Corriedale (Cruza dois) 4,00 7,50
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 24, 04 abr. 2019
Na região de Santa Maria, o preço médio do cordeiro ficou em R$ 6,23/kg vivo
recuperando quatro centavos nesta semana; na anterior a queda foi de 15 centavos. No
geral segue escassa a oferta.
Preços praticados na região de Santa Rosa Produto Unidade Valor
Capão kg/vivo 5,00 - 5,80
Ovelha kg/vivo 4,50
Borrego kg/vivo 5,80 - 6,50
Cordeiro mamão kg/vivo 7,00
Lã Merina kg 32,00
Lã Amerinada kg 30,00
Lã Prima kg 23,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Santa Rosa.
Nota: os preços da lã são do município de Bossoroca.
SUINOCULTURA
Produtores estão otimistas em relação à atividade para 2019. Continua a
concentração da atividade em poucos produtores. O preço do milho e do farelo de soja
recuou nas últimas semanas. O sistema de parceria é, hoje, a forma de criação na grande
maioria das granjas de suínos. Os leitões para terminação estão cotados a R$ 3,20/kg vivo.
Comercialização
A cada semana, os preços pagos ao produtor vêm apresentando pequena
recuperação, comparativamente à semana anterior. Na região de Erechim, os preços
praticados foram de R$ 4,00/kg vivo para o produtor independente e de R$ 3,30/kg vivo
para o produtor integrado. Na região de Santa Rosa, o preço reagiu e é de R$ 3,25/kg vivo.
Atualmente é necessário no mínimo dois lotes por ano para pagar os investimentos,
enquanto que no passado, apenas um lote por ano era suficiente.
APICULTURA
Os enxames, de um modo geral, apresentam boas condições sanitárias e nutricionais.
Durante a semana, a atividade nas colmeias foi boa na maior parte dos dias. Encontra-se em
andamento a safra de outono.
Comercialização
O mel vendido pelos apicultores diretamente ao público apresenta grande diferença
de preços, dependendo da região do Estado e do município. Nesse tipo de comercialização,
durante a semana, o preço para embalagens de um quilo ficou entre R$ 14,00 e R$ 25,00.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 25, 04 abr. 2019
PISCICULTURA
Os piscicultores incrementam preparativos e manejo dos açudes para as feiras que
ocorrerão na Semana Santa.
Comercialização
Os preços dos peixes criados em cativeiro continuaram estáveis, nas diversas regiões
durante a semana.
Na região de Santa Rosa, está em funcionamento um abatedouro de tilápias com
capacidade para três mil quilos por dia. Estão sendo organizadas feiras em diversos
municípios. Alguns produtores estão comercializando peixes com preços que variam de R$
6,00 a R$ 10,00/kg.
Na região de Erechim, o preço do quilo vivo da Carpa está entre R$ 6,00 e R$ 10,00, e
o filé de Tilápia é comercializado a R$ 25,00/kg.
Na região de Porto Alegre, o preço médio do quilo vivo do peixe vendido na
propriedade fica entre R$ 5,00 e R$ 6,00, para a Tilápia, e de R$ 5,50 a R$ 7,00, para a Carpa.
Nas feiras, o preço do quilo vivo da Carpa está entre R$ 13,00 e R$ 14,00 e o filé de Tilápia
entre R$ 27,00 e R$ 32,00.
PESCA ARTESANAL
Na região de Porto Alegre, os pescadores artesanais de diferentes modalidades estão
em atividade, mas a produção é baixa.
Na região de Santa Rosa, o nível elevado do rio Uruguai está dificultando a captura.
Pescadores estão em expectativa de que o nível baixe, favorecendo a produção para a
Semana Santa.
Na região de Pelotas, na Costa Doce, a pesca de todas as espécies apresenta baixa
produção. Haverá feira do peixe em todos os bairros de Pelotas no período entre 15 e 18 de
abril.
Comercialização
Preços e produção do pescado em Torres Espécie R$/kg Produção
Tainha 12,00 média
Anchova 13,50 boa
Abrótea (filé) 8,00 baixa
Peixe-anjo (filé) 19,50 média
Pampo 6,00 boa
Papa-terra 8,50 boa
Pescada (filé) 12,00 média
Corvina 6,00 baixa
Linguado (filé) 22,00 média
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 26, 04 abr. 2019
Preços Semanais
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
(Cotações Agropecuárias nº 2069, 04 abr. 2019)
Produtos Unidade
Semana
Atual
Semana
Anterior
Mês
Anterior
Ano
Anterior
Médias dos Valores da
Série Histórica –
2014/2018
04/04/2019 28/03/2019 07/03/2019 05/04/2018 GERAL ABRIL
Arroz 50 kg 39,18 38,89 38,83 37,08 48,78 46,62
Boi kg vivo 5,17 5,17 5,19 5,20 5,97 5,96
Cordeiro kg vivo 6,33 6,29 6,32 6,41 6,44 6,17
Feijão 60 kg 175,00 175,00 177,38 140,00 203,69 214,94
Leite litro 1,18 1,17 1,14 1,03 1,22 1,17
Milho 60 kg 31,80 31,85 32,25 36,64 35,24 36,08
Soja 60 kg 71,33 71,52 70,55 78,18 81,37 80,32
Sorgo 60 kg 24,70 24,90 24,90 23,44 29,79 28,02
Suíno kg vivo 3,27 3,24 3,13 3,43 4,29 4,25
Trigo 60 kg 41,53 41,56 41,30 37,00 39,87 39,80
Vaca kg vivo 4,48 4,48 4,48 4,50 5,28 5,27
01-05/04 25-29/03 04-08/03 02-06/04
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2069 (04 abr. 2019).
Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano
Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do
quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da
série histórica 2014-2018.
Notas Agrícolas
BOLETIM CLIMÁTICO – ABRIL-MAIO-JUNHO (2019)
OUTONO COM PRECIPITAÇÃO ENTRE NORMAL E POUCO ACIMA
Introdução (análise do mês de fevereiro/2019)
No mês de fevereiro, as precipitações no Rio Grande do Sul (Figura 1) ficaram acima
do padrão climatológico no norte, noroeste e extremo do nordeste, nas demais regiões
ficaram abaixo do padrão. As temperaturas mínimas ficaram abaixo do padrão climatológico
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 27, 04 abr. 2019
em todo o Estado. As temperaturas máximas ficaram pouco abaixo do padrão climatológico
em praticamente todo o Estado, exceto no extremo sul onde ficaram pouco acima (Figura 2).
Figura 1. Precipitação acumulada e percentual relativo ao padrão climatológico (fevereiro/2019).
Figura 2. Temperatura Mínima, Temperatura Máxima e anomalias (fevereiro/2019).
Condições Climáticas Globais de TSM
A anomalia da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Pacífico Equatorial (Figura
3) permanece positiva, mas com enfraquecimento e tendência de permanecer situação de El
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 28, 04 abr. 2019
Nino fraco durante o outono. As anomalias positivas no oceano Atlântico Subtropical,
especialmente ao longo da costa do Uruguai, Sul e Sudeste do Brasil apresentaram expansão
da área.
Figura 3. Anomalia Mensal de TSM calculada para fevereiro/2019 (UFPel-CPPMet).
Fonte dos dados: NOAA-CDC.
PROGNÓSTICO PARA O RIO GRANDE DO SUL (Abr/Mai/Jun – 2019)
A situação atual da TSM do Pacifico Equatorial ainda caracteriza a presença de um El
Niño fraco, apesar de um enfraquecimento para os próximos meses. No Atlântico
Subtropical, a intensificação da anomalia positiva ao longo da costa do Uruguai, Sul e
Sudeste do Brasil também favorece o aumento na concentração de umidade, especialmente
na parte leste e norte do Estado. O enfraquecimento gradativo do El Nino associado à
intensificação da anomalia no Atlântico, poderá causar variação espacial da precipitação no
RS, algumas regiões com chuva entre normal e pouco acima e outras entre normal e pouco
abaixo ao longo deste trimestre. Nesta estação a tendência é ocorrer grandes variações
diárias nas temperaturas.
A análise detalhada do modelo estatístico (CPPMet/UFPel) mostra para o mês de
abril (Figura 4) precipitações pouco acima do padrão na parte norte-nordeste e
predominando dentro do padrão climatológico nas demais regiões do Estado. Para maio
(Figura 5) a tendência é ocorrer precipitações pouco acima especialmente no nordeste e
dentro do padrão nas demais regiões do Estado. Durante o mês de junho (Figura 6)
esperam-se precipitações pouco acima no norte e dentro do padrão climatológico nas
demais regiões.
O prognóstico para as temperaturas mínimas indica para o mês de mês de abril
(Figura 7), valores pouco acima do padrão no oeste e dentro nas demais regiões do Estado.
Em maio (Figura 8) o modelo aponta para temperaturas mínimas um pouco acima na parte
leste e dentro do padrão climatológico nas demais regiões do Estado. Durante junho (Figura
9) a tendência é predominar temperaturas dentro do padrão na maior parte do Estado.
Para as temperaturas máximas, o modelo prevê para os meses de abril e maio
(Figuras 10 e 11) temperaturas pouco abaixo do padrão no nordeste e norte, predominando
dentro do padrão nas demais áreas do Estado. Em junho (figura 12) são esperadas
temperaturas médias pouco acima no sul e dentro do padrão climatológico nas demais
regiões.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 29, 04 abr. 2019
A previsão contida nesse boletim é baseada no comportamento climático observado
nos últimos meses, em Modelos Estatísticos de Previsão Climática desenvolvidos para o Rio
Grande do Sul e dados obtidos junto ao INMET e NOAA. O uso das informações contidas
nesse boletim é de completa responsabilidade do usuário.
Obs.: As escalas de cores nas figuras (4 a 12) representam as normais climatológicas
(esquerda) e as classes de anomalias previstas (direita).
Participantes: Julio Marques – CPPMET/UFPEL; Gilberto Diniz – CPPMET/UFPEL;
Solismar Damé Prestes - 8º DISME/INMET; Flávio Varone – SEAPDR; e Custódio Simonetti -
8º DISME/INMET.
Figura 4. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista abril/2019
Figura 5. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista maio/2019
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 30, 04 abr. 2019
Figura 6. Chuva Média Climatologia e Anomalia Prevista junho/2019
Figura 7. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista abril/2019
Figura 8. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista maio/2019
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 31, 04 abr. 2019
Figura 9. Temp. Mínima Média Climatologia e Anomalia Prevista junho/2019
Figura 10. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista abril/2019
Figura 11. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista maio/2019
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 32, 04 abr. 2019
Figura 12. Temp. Máxima Média Climatologia e Anomalia Prevista junho/2019
Fonte: 8º DISME/INMET e CPPMet/UFPEL (publicado em março 2019)
Há 29 anos, nesta mesma data, o Informativo Conjuntural comentava os efeitos da
implementação do plano Collor no setor primário. Esse é o tema da seção Panorama Geral
da edição de 04 de abril de 1990, uma das 46 edições daquele ano, em acervo.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 33, 04 abr. 2019
Software usa aprendizado artificial para medir raízes
"Um dos pontos fortes do MyRoot é que, além de ser muito preciso,
é muito útil para o usuário final"
Uma equipe interdisciplinar do Centro de Investigação em Agricultura Genomics
(CRAG) e La Salle Universidade Ramon Llull, ambos da espanha, desenvolveu um software
em que o uso de processamento de imagem e aprendizagem de máquina, permite que os
pesquisadores semi-automatizem a análise de comprimento da raiz de pequenas plantas de
Arabidopsis thaliana. Chamado MyRoot, ele foi disponibilizado para a comunidade de
pesquisa para que possa ser usado gratuitamente.
A raiz é um órgão essencial para o desenvolvimento da planta e seu crescimento,
além de ancorar a planta no solo, a raiz absorve água e nutrientes. Portanto, ser capaz de
analisá-lo é fundamental tanto na pesquisa acadêmica quanto na aplicada à agricultura.
Isabel Betegón-Putze passou três anos fazendo sua tese de doutorado no CRAG, e nesse
período ela passou muitas horas medindo as raízes da Arabidopsis em fotos. "Eu havia
experimentado softwares de análise semiautomáticos, mas nem todos eram precisos ou
eram muito difíceis de usar", explica Betegón-Putze.
"Um dos pontos fortes do MyRoot é que, além de ser muito preciso, é muito útil para
o usuário final. Para isso, tem sido fundamental incluir biólogos vegetais como Isabel no
processo de desenvolvimento, levando em consideração suas opiniões e necessidades ",
explica Alejandro González, outro pesquisador responsável.
Para isso, foi demonstrado que usando o MyRoot os mesmos resultados são obtidos
com a análise manual, mas investindo metade do tempo. A comparação do MyRoot com
outros softwares disponíveis sugere que, devido à facilidade de uso, precisão e tempo gasto
em medições, o MyRoot pode se tornar uma ferramenta amplamente utilizada por
pesquisadores acadêmicos.
Fonte: Agrolink (publicado em 03/04/2019)
Fim de convênio do ICMS será ruim para o agronegócio, diz Abracal
A prorrogação beneficiaria não somente o calcário agrícola,
que ajuda na produtividade, mas fornecedores de sementes e defensivos.
Nesta segunda-feira (01.04) a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário
(ABRACAL) divulgou nota oficial em que informa aos governadores e parlamentares os
benefícios que a prorrogação do Convênio 100 trará ao agronegócio e aos consumidores. Em
vigor desde 1997, o convênio isenta de ICMS os insumos agropecuários nas transações
dentro do Estado de origem e reduz a base de cálculo nas transações interestaduais.
A ação da entidade envolve o contato com lideranças do segmento e autoridades.
Integrantes do Congresso Nacional também estão sendo contatados, apontando os riscos
para o agronegócio do fim da prorrogação. Os sindicatos estaduais ligados à Abracal também
realizam contatos em favor do ICMS menor.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1548, p. 34, 04 abr. 2019
O convênio vence em 30 de abril próximo. A última prorrogação, em 2017, já foi
cercada de polêmica, notadamente por parte dos estados em que o agronegócio apresenta
menor peso na arrecadação de impostos. A decisão passa pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz), sendo necessária a unanimidade de votos dos integrantes - geralmente,
secretários estaduais da Fazenda.
Uma eventual revogação ampliaria os custos do agronegócio brasileiro, devendo
também pressionar a inflação – já que a alta tributária seria repassada aos preços dos
produtos agrícolas.
A prorrogação beneficiaria não somente o calcário agrícola, que ajuda na
produtividade, mas fornecedores de sementes e defensivos. A ação informativa incluiu os
sindicatos produtores de calcário nos estados.
Veja a seguir a íntegra do ofício, assinado pelo presidente da ABRACAL, Oscar Alberto Raabe:
OFÍCIO ABRACAL
A ABRACAL – Associação Brasileira dos Produtores de Calcário, vem pela presente
pleitear vosso apoio e empenho, no sentido da manutenção dos benefícios do Convênio
CONFAZ 100/97, que isenta de ICMS os insumos agropecuários nas transações dentro do
Estado de origem e reduz a base de cálculo nas transações interestaduais.
Os solos brasileiros são ácidos por natureza e pelo seu uso. Em solos ácidos os
fertilizantes sofrem retrogradação, deixando de serem solúveis e, consequentemente, não
são absorvidos pela planta. Assim, a correção desta acidez é essencial e primordial para uma
agricultura minimamente produtiva. O calcário agrícola, insumo abundante no nosso País, é
um corretivo de acidez por excelência, com custo relativo baixo, aplicado em média a cada
cinco anos. O retorno do capital investido comprovadamente é de três vezes este capital.
Nosso País vem atravessando uma crise de grande envergadura e a agropecuária,
indiscutivelmente, vem dando significativa sustentação à nossa economia.
Dentro do exposto, é evidente que, especialmente no atual momento de crise, um
insumo tão importante e fundamental para a produção agrícola não pode ser onerado com
qualquer tributo.
Desde 1997, por convênios do CONFAZ, os insumos agropecuários são beneficiados
com isenção do ICMS nas transações estaduais e com redução da base de cálculo nas
transações interestaduais.
Nos próximos dias ocorrerá uma nova reunião do CONFAZ para deliberar sobre uma
prorrogação, para a qual pedimos o apoio e empenho de V. Excia., no sentido da
manutenção do benefício, em vigência até 30/04/2019.
Fonte: Agrolink (publicado em 01/04/2019)
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