UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
DEPARTAMENTO DE GEOCINCIAS
CURSO DE GEOLOGIA
Extrao de brita na Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro
Aluno
Stefan Monnerat Hulme
Orientador
Lucio Carramillo Caetano
Julho / 2010
Obra para Consulta
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
DEPARTAMENTO DE GEOCINCIAS
CURSO DE GEOLOGIA
Trabalho de Graduao
Extrao de brita na Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro
Aluno
Stefan Monnerat Hulme
Orientador
Lucio Carramillo Caetano
Julho / 2010
Obra para Consulta
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Agradecimentos
Agradeo a Deus,
Agradeo Rural que tanto amo e que tanto aprendi com ela.
Agradeo minha famlia pelo amor que me do.
Agradeo a meus amigos, que me apiam e acreditam em mim.
Agradeo ao alojamento M3/3 andar que me recebeu e l constru
minha histria nessa universidade. Melhor alojamento do Brasil!
Agradeo aos professores do curso de Geologia por nos
apresentarem a esta cincia secreta.
A Lucio Carramillo Caetano, grande mestre que me motivou a
alcanar vos maiores e a entender que ns antes de sermos
profissionais somos pessoas, e podemos sempre fazer o bem.
Ao DRM-RJ por abrir as portas, oferecendo os recursos para
pesquisa.
Obra para Consulta
Embora ningum possa voltar atrs e fazer um novo comeo,
qualquer um pode comear agora a fazer um novo fim
Chico Xavier
Obra para Consulta
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SUMRIO
1 - Introduo 01
2 - Objetivos e justificativas 03
3 - Localizao 05
4 - Metodologia 06
4.1-Reviso bibliogrfica 06
4.2-Entrevista com especialistas do setor 06
4.3-Visita pedreira Vign, Nova Iguau RJ 07
5 - Aspectos fisiogrficos 08
6 - Geologia Regional 09
7 - Tectnica do Estado do Rio de Janeiro 10
8 - Caracterizao Geolgica das reas produtoras 11
9 - Metodologia de lavra 13
9.1- Definio e desenvolvimento da jazida 13
9.2 Processo de desmonte 14
9.3 Desmonte Primrio 14
9.4 Desmonte Secundrio, Carregamento e Transporte 15
10 - Beneficiamento 18
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11 Mercado Produtor 20
11.1- Cadeia Produtiva 21
11.2 Perfil do Setor Produtivo 21
11.3 Estrutura de Produo 22
11.4 Aspectos Ambientais 22
12 Plano de Desenvolvimento do Setor de
Agregados da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro
23
13 Anlise Evolutiva 24
14 Concluso 26
15 Referncias Bibliogrficas 26
16 - Anexo
Obra para Consulta
1
1. INTRODUO
O desenvolvimento das civilizaes est associado com suas
construes, e estas, s matrias primas disponveis e lavrveis. Dentro deste
tema, a abordagem de um pas em desenvolvimento como o Brasil, que investe
na infra-estrutura em obras de grande, mdio e pequeno porte, ter, nas
matrias primas utilizadas diretamente na construo civil, demanda crescente.
Tecnologia, planejamento e profissionais competentes se tornam
indispensveis s novas vistas de uma sociedade em caminho para um
prximo passo de desenvolvimento. Portanto, mtodos artesanais e arcaicos
de extrao, assim como falta de planejamento e investimento em profissionais
e equipamentos condizentes rea s faro com que as empresas percam
capital ou at mesmo suas licenas para funcionamento.
A extrao de rocha para uso na construo civil na Regio
metropolitana do Rio de Janeiro, como a brita, por exemplo, escopo desta
monografia, se enquadra neste novo horizonte a ser trabalhado. Quando antes,
esse tipo de extrao mineral era tido como um setor retrgrado em que pouco
se aplicavam tcnicas de engenharia de minas e de geologia, atualmente
(junho de 2010) com a perspectiva de crescimento da demanda diante de
tantos investimentos pblicos e privados essa cultura vem se alterando e
pesquisas geolgicas de detalhe e projetos de engenharia de minas so
executadas para melhoria do aproveitamento do minrio (DRM1, 20102). A
regio metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) uma das reas de grande
aporte de investimentos e necessitar de planejamento de todos os setores,
principalmente das mineradoras responsveis pela extrao de brita, matria
prima indispensvel s obras de infra-estrutura.
No Brasil, devido disponibilidade de recursos minerais na maioria das
RM's, as unidades produtoras se localizam mais prximo ao mercado,
1 DRM Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro
2 Informao verbal prestada atravs de e-mail pelo economista Ronaldo Maurcio do DRM/RJ,
em maro de 2010
Obra para Consulta
2
enquanto isso ocorre frequentes conflitos devido ocupao irregular do solo
pelo avano desordenado da urbanizao e falta de programas de zoneamento
pelo sistema regulatrio. Em funo disso, as empresas costumam minimizar
investimentos, condicionam-se a reservas menores e utilizam mtodos que
aumentam os custos de produo, pioram as condies de trabalho e
aumentam os impactos ambientais.
O sistema regulatrio e a tecnologia de lavra e beneficiamento, assim
como a diversificao dos produtos so questes predominantes no
desenvolvimento sustentvel dos plos produtores.
Obra para Consulta
3
2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS
Atualmente, o parque produtor de brita na RMRJ conta com 31
empresas em atividade, com produo estimada em 11.929.798 t, com preo
mdio estimado em R$ 30,2/t3. Empregando diretamente 1.164 trabalhadores
(Cadastro de Atividades Minerais CAM/DRM-RJ perodo de 2007-2008).
De 1981 a 2008, o Parque produtor sofreu reduo drstica, em relao
ao nmero de mineradoras na regio metropolitana do RJ, tendo em vista que
contava com 42 empresas em 1981 (DRM-RJ, 1982) e, em 2008, conta
com 31 que no conseguem expandir sua capacidade produtiva de forma
significativa. O encerramento das atividades destas empresas, que se
encontram envolvidas por crescimento habitacional irregular ou urbanizao
densa, ocorrem devido s presses das comunidades adjacentes e pela
fiscalizao ambiental de rgos federais, estaduais e municipais (PIQUET,
2000).
Como principal objetivo este trabalho procura esclarecer, de modo geral,
o panorama econmico do mercado de brita e sua produo, assim como as
ferramentas e tcnicas para sua otimizao, alm da perspectivas das
empresas com o aprimoramento de seus mtodos e sua adequao s regras
e exigncias ambientais e sociais.
Mesmo com a reduo do nmero de empresas, a minerao de matria
prima mineral para construo civil, na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro,
especificamente brita, em comparao aos anos anteriores, mostrou um
crescimento apesar da crise que afetou o setor no fim de 2008 (DRM, 20104).
Para 2010, esto previstos investimentos na ordem de R$ 142 Bilhes
de reais em infraestrutura, como o Plo Petroqumico da Petrobrs, o plo
siderrgico, a Usina Nuclear de Angra III, Anel Rodovirio, PAC (Programa de
3 Preo mdio /FOB preferencialmente brita 1, praticados para empresas no perodo de 2007-
2008
4 Informao fornecida pelo Economista Ronaldo Maurcio
Obra para Consulta
4
Acelerao do Crescimento), entre outros de menor expresso
(SEDEIS5/DRM-RJ, 2009). Sendo assim, h uma expectativa de aumento do
setor produtivo de brita para abastecer a demanda de obras pblicas e
privadas de grande porte (DRM-RJ, 2009).
Assim, no s pelas obras j iniciadas, mas com base na elevada
demanda futura haver uma contnua necessidade de considerado aumento na
extrao mineral. Devido a natureza extensiva desse tipo de extrao, h um
potencial risco ao meio ambiente, e o trabalho em si, a no ser que seja
planejado e controlado, pode levar a dificuldades para aqueles que vivem no
entorno da minerao. Polticas so necessrias para balancear a necessidade
de explotao com o contexto social, ambiental e outros contratempos
advindos extrao em si.
A inexistncia de zonas reservadas para a produo mineral, atravs de
programas de zoneamento pelo sistema regulatrio, gera situaes como os
conflitos, multas paralisaes, a fragilidade de outorga mineral sob regime de
licenciamento. Em funo disso, as empresas costumam minimizar
investimentos, condicionam-se a reservas menores e utilizam mtodos que
aumentam o custo de produo, pioram as condies de trabalho e causam
maiores impactos ambientais.
Estudos evidenciam uma interao entre o sistema de outorga e o
mtodo de lavra, atravs de mudanas de cunho legal estimulando
aprimoramentos tecnolgicos.
5 SEDEIS Secretaria de Estado do Desenvolvido Econmico, Energia, Indstria e Servios do
Rio de Janeiro
Obra para Consulta
5
3. LOCALIZAO
A rea em estudo situa-se na regio metropolitana (RM) do Rio de
Janeiro. Essa regio composta pelos seguintes municpios: Rio de Janeiro,
Seropdica, Itagua, Mangaratiba, Nilpolis, Mesquita, So Joo de Meriti,
Belford Roxo, Nova Iguau, Queimados, Japeri, Paracambi, Duque de Caxias,
Mag, Guapimirim, Itabora, Tangu, Maric, So Gonalo e Niteroi, delimitada
pelas seguintes coordenadas UTM6: 590000 a 730000 W e 7460000 a 7500000
S (figura 01).
Figura 01 Mapa de localizao da regio Metropolitana do Rio de
Janeiro.
6 Datum Horizontal SAD69
Obra para Consulta
6
4. METODOLOGIA
Nesse captulo so apresentados os procedimentos executados para o
cumprimento dos objetivos desse trabalho.
4.3. REVISO BIBLIOGRFICA
A partir da pesquisa bibliogrfica foi possvel levantar dados importantes
para a descrio da evoluo da produo de brita na regio metropolitana do
Rio de Janeiro e sua importncia para a infraestrutura dessa regio.
A biblioteca do Departamento de Recursos Minerais (DRM-RJ) foi
fundamental para a execuo desse trabalho.
5.3. ENTREVISTA COM ESPECIALISTAS DO SETOR
Com a finalidade de fundamentar mais apropriadamente e melhorar o
embasamento desse trabalho foram feitos contatos com especialistas do setor
de extrao de agregados, especificamente da brita, como: o engenheiro de
minas Bernardo Piquet, o economista Ronaldo da Costa Maurcio e o gelogo
Flvio Luiz da Costa Erthal.
Bernardo Piquet, responsvel por diversos planos de aproveitamento
econmico (PAE) de extrao de agregado (brita) e consultor autnomo de
empresas como Pedreira Vign de Nova Iguau (RJ) disponibilizou materiais
voltados tanto a metodologia de explotao quanto de produo.
Ronaldo da Costa Maurcio, Coordenador de Economia Mineral e
Petrleo do DRM-RJ (junho de 2010), permitiu acesso a trabalhos voltados a
evoluo da produo de brita na regio metropolitana do Rio de Janeiro.
Flvio Luiz da Costa Erthal, Diretor Presidente do DRM (junho de 2010),
ofereceu a infraestrutura necessria para a elaborao do presente trabalho,
Obra para Consulta
7
colocando a disposio tanto publicaes (textos e mapas) bem como sala
dentro das dependncias do DRM para execuo das tarefas.
4.3. VISITA PEDREIRA VIGN, NOVA IGUAU (RJ)
Em setembro de 2009 foi realizada uma sada de campo com a
finalidade de acompanhar as atividades de extrao de uma lavra de agregado.
Alm da visita frente de lavra (Fig. 02), beneficiamento e depsito dos
produtos finais foi possvel assistir a uma palestra do Engenheiro de Minas
Bernardo Piquet sobre todo da evoluo tanto do projeto quanto das atividades
atuais(Fig. 03).
Interessante ressaltar que durante a visita Bernardo Piquet esclareceu
que a Pedreira Vign estava com seus dias contatos. Um acordo com o
governo municipal, que havia proibido a extrao, possibilitava, por mais 5
(cinco) a continuidade dos trabalhos de lavra.
Obra para Consulta
8
5. ASPECTOS FISIOGRFICOS
A Regio Metropolitana do Rio de Janeiro inclui-se nas unidades
geomorfolgicas do Estado do Rio de Janeiro, que composta por baixada,
macios litorneos e o planalto.
As baixadas so planas apenas entalhadas pelos rios, e mais ao interior
do lugar a colinas argilosas, onde as rochas cristalinas j esto extremamente
decompostas.
Os macios litorneos cristalinos tem um alinhamento nordeste, cortam
as baixadas e se estendem por quilmetros.
O planalto, que compe a maior parte do estado, tambm est presente
na regio metropolitana, e recebe nomes como Serra dos rgos, serra da
bocaina, e atinge altitudes de at 800m na RMRJ.
A fisiografia bastante acidentada devido eroso diferencial, criando
um relevo onde so comuns os grandes escarpamentos e a existncia de vales
acentuadamente encaixados.
A forma geral das encostas convexa, tpica do dobramentos do Rio de
Janeiro. Os processos tpicos de formao deste relevo estavam associados
cobertura vegetal da floresta mida. A retirada da vegetao intensificou o
escoamento superficial e aumentou a eroso.
Obra para Consulta
9
6. GEOLOGIA REGIONAL
As rochas aflorantes em todo o Estado do Rio de Janeiro fazem parte da
faixa ribeira (Almeida et al, 1977 apud Caetano, 2000) que se estende ao longo
de toda a costa sul-sudeste do Brasil.
Formada durante a orognese Brasiliana (700-400Ma) de acordo com
Heilbron et al, 2000 apud Caetano, 2000, o cinturo Ribeira pode ser dividido
em dois terrenos distintos, ocidental e oriental. O terreno Ocidental compreende
uma pilha de terrenos alctones superpostos, empurrados para oeste e
subsequentemente deformados em regime transpressional, com pltons
granticos associados a extensas zonas de cizalhamento verticais. O terreno
Oriental foi dividido em trs domnios tectono-magmticos, a saber: Arco
Magmtico Rio-Negro, Domnio Costeiro e Domnio Cabo Frio. O Arco
Magmtico Rio Negro ocupa dois teros da rea do terreno oriental, numa rea
de 600km ao longo da costa, desde o limite com So Paulo at o Esprito
Santo.
No mapa de 1:250.000 do CPRM (2001), O terreno Oriental
denominado domnio serra do mar, e o descreve como uma sucesso de arcos
magmticos mostrando marcante polaridade temporal de W a E. Ao oeste se
encontra o arco Rio Negro (630 Ma. arco primitivo tipo TTG7), para leste, arco
Serra dos rgos, mais evoludo, tipo cordilheirano maturo (570-560 Ma.), na
parte mais oriental, um Arco Sincolisional, caracterizado por magmatismo
crustal, chamado de Arco Rio de Janeiro (560 Ma.), o domnio ainda
caracterizado por rochas supracrustais metamorfizadas em baixa P/ Alta T, com
abundante fuso parcial in situ (Complexo Paraba do Sul).
7 TTG tonalito trondjeito granodiorito
Obra para Consulta
10
7. TECTNICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Fonseca (1998) apud Caetano, 2000, divide o territrio fluminense em
trs grandes segmentos crustais tomando-se as estruturas e o arranjo destas
como
o principal o de distino dos blocos. Eles podem ser designados, de sudeste
para noroeste, respectivamente, de Bloco de Cabo Frio , Bloco da Serra dos
rgos e Bloco ou Segmento das Zonas de Cisalhamento.
Cada um destes blocos apresenta um conjunto de caractersticas estruturais,
magmticas, petrolgicas, etc., que os distinguem entre si, embora nem todas
as caractersticas sejam excludentes ou pertenam a um nico bloco.
Obra para Consulta
11
8. CARACTERIZAO GEOLGICA DAS REAS PRODUTORAS
A Regio Metropolitana do Rio de Janeiro situa-se no Domnio Serra do
Mar, de acordo com o CPRM (2001), abrangendo as rochas relacionadas
sucesso de arcos magmticos e ao Complexo Paraba do Sul. As reas
produtoras distribuem-se por oito unidades geolgicas, conforme descrito
abaixo:
Rochas Alcalinas: Sienitos, Nefelina sienitos, foyaitos, fonolitos,
traquitos, pulaskitos umptekititos, fenitos.
Granitides Ps-Tectnicos: Hornblenda biotita granitides do
tipo-I, de granulao fina mdia, textura equigranular a porfirtica localmente
com foliao de fluxo magmtico preservado. Ocorrem como corpos tabulares,
diques, stocks e pequenos batlitos cortando as rochas regionais. Ocorrem
tambm como pltons homogneos, algumas vezes com evidncia de magma
mingling e mixing. Fases aplticas tardias so abundantes.
Sute Rio de Janeiro: Granito Corcovado - Granito tipo-S com
granada, muscovita e biotita, textura megaporfirtica. Xenlitos e restitos de
paragnaisse so abundantes bem como intruses de diques aplticos tardios de
leucogranito tipo-S Granito Po de Aucar Fcies metaluminosas de
Granito Corcovado com hornblenda e biotita como minerais acessrios;
localmente com bolses e manchas de granada-ortopiroxnio charnockito.
Leucogranito Gnissico Cosme Velho leucogranito tipo-S com muscovita,
granada e biotita, de granulao mdia, textura granoblstica e forte foliao
tengencial.
Sute Desengano Granito tipo-S com granada, muscovita e
biotita de granulao grossa, texturas granoblstica e porfirtica (augen) cmo
forte foliao transcorrente.
Sute Serra dos rgos Unidade Serra dos rgos
Hornblenda-biotita granitide de granulao grossa e composio e
composio expandida de tonaltica a grantica, composio clcio-alcalina.
Obra para Consulta
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Unidade Santo Aleixo Facies marginal do Batlito Serra dos
rgos constituda por granada-hornblenda-biotita granodiorito, rico em
xenlitos de paragnaisse parcialmente fundido e assimilado (migmatito de
injeo). Intruses tardias de leucogranito tipo-S so comuns.
Complexo Rio Negro Unidade Rio Negro Ortognaisse
bandado, TTG, de granulao grossa, texturas porfirticas recristalizadas e
augen, com forte foliao tangencial. Intercalaes de metagabro e metadiorito
deformados (anfibolito) ocorrem localizadamente. Intruses de granada
leucogranito tipo-S e de apfises de granitides de Batlito Serra dos rgos
ocorrem regionalmente.
Unidade Duas Barras Composio tonaltica, foliada, intrudida
por veios e bolses de leucogranito tipo-S.
Ao integrar as informaes de geologia com a distribuio espacial das
unidades produtoras (anexo 1), verifica-se a seguinte distribuio (Calaes et al.
2002): oito pedreiras em granitides ps tectnicos, sete em rochas da sute
desengano (Granito tipo S ), seis em rochas do complexo Rio Negro, quatro em
rochas alcalinas, duas na sute Rio de Janeiro (granito corcovado), duas em
rochas da unidade Duas Barras, uma na unidade Santo Aleixo e uma na
Unidade Serra dos rgos. De acordo com esta distribuio, dois teros das
empresas se concentram em Granitides Ps tectnicos, Granitides dos Arcos
Magmticos Rio Negro e Rio de Janeiro, de acordo com o mapa geolgico do
CPRM (2001). Estas trs unidades representam cerca de metade das rochas
aflorantes na RMRJ, e podem ser entendidas como aquelas com maior
vocao para produo de brita. Deve ser citado tambm como principais
candidatos produo de brita, as rochas alcalinas e aos granitides ps
tectnicos, estes ltimos pela natureza isotrpica e por apresentar pouca
deformao.
Obra para Consulta
13
9. METODOLOGIA DE LAVRA
9.1. DEFINIO E DESENVOLVIMENTO DA JAZIDA
Na seleo de uma jazida para implementao de uma pedreira de
brita, deve-se levar em conta as caractersticas da rocha, no que se refere
sua aplicao, sua localizao e o mercado (Calaes et al., 2002).
O conhecimento tcnico-ecnomico da jazida exige a execuo de
estudos geolgios e tecnolgicos, visando determinar basicamente a litologia,
aspectos estruturais, qualidade da rocha para os fins propostos, alm da
reserva mineral disponvel e econmicamente lavrvel. O conhecimento das
caractersticas estruturais da rocha, bem como fatores estruturais, como
foliao, falhas, fraturas e diclases fornecem informaes indispensveis ao
planejamento da lavra (Calaes et al., 2002).
Devido abundncia de rocha para extrao como brita na RMRJ, a
localizao da jazida em relao aos vetores principais de expanso do
mercado e a disponibilidade de vias de escoamento da produo para os plos
da demanda so fundamentais pra a instalao do empreendimento (Piquet,
2002).
As operaes de lavra compreendem a extrao (ou desmonte), o
carregamento e o transporte interno.
Segundo Calaes, em 2002 apenas 18 empresas trabalhavam com o
mtodo de extrao em bancadas descendentes, enquanto ainda 7 empresas
trabalhavam com lavra em paredo e 6 com lavra mista (lavra em paredo e
bancada).
Obra para Consulta
14
9.2. PROCESSO DE DESMONTE
A conduo e planejamento das operaes de desmonte dependero
da conformao da jazida, escala de produo, rea disponvel, equipamentos,
disponibilidade financeira, entre outras. Essa operao, normalmente se divide
em duas etapas, quais sejam: Desmonte primrio e Desmonte secundrio.
9.3. DESMONTE PRIMRIO
Dependendo, principalmente, da altura da bancada, o desmonte primrio
ser realizado com equipamentos diferenciados.
Lavra em paredo: Utiliza perfuratrizes manuais e explosivos de menor
eficcia, resultando em material menos homogneo, com queda na eficincia
da britagem, maior frequncia de fogo secundrio e sobrelanamentos. Este
mtodo no mais aceito pelo rgo Regulador (DNPM8) e est em desuso.
Lavra em bancadas: Embora com maior exigncia de rea para
construo de vias de acesso aos diferentes nveis dos trabalhos de desmonte,
assegura o emprego de perfuratrizes de carreta e a adoo de planos de
desmonte de maior eficincia, da decorrendo a gerao de material mais
uniforme, levando a uma melhor alimentao da britagem. Assegura-se assim,
a melhoria de produtividade e a reduo de custos de produo. Alm da
reduo dos impactos ambientais devido ao melhor aproveitamento dos
recursos minerais (Piquet, Calaes, Margueron, 2002).
A realizao do desmonte tem alta significncia, devido ao processo
determinar a eficincia e a eficcia da lavra da jazida, a poluio sonora, as
vibraes, a alterao da paisagem e o desconforto difuso proveniente da
percepo de um alto risco.
Dentre as unidades produtoras, todas operam em lavra a cu aberto,
com desenvolvimento em meia encosta, mas apenas 18 trabalham com um
8 DNPM Departamento Nacional de Produo Mineral
Obra para Consulta
15
Plano de Lavra dentro dos padres requeridos pelos rgos regulatrios
(Calaes et al 2002).
Na lavra em bancadas, estas no devem ser muito altas devido ao
gasto de energia devido ao alongamento da coluna de perfurao. O tamanho
ideal no deve ultrapassar a 7 m.
A eficincia do desmonte depende da execuo perfeita da perfurao
primria, na qual fundamental uma equipe de topgrafos na pr marcao e
nivelamento dos furos.
A definio da malha de perfurao determinada por alguns fatores,
como o grau de fraturamento da rocha, existncia de estruturas geolgicas
preferenciais, risco de ultralanamentos nas proximidades e o padro de
fragmentao desejado, alm da escala de produo (Mello, 2002).
A ocorrncia de ultralanamentos est associada seguintes causas:
falhas, fraturas e zona de rocha macia, desvios de furos, fragmentos soltos na
bancada e direcionamento da detonao.
9.4. DESMONTE SECUNDRIO, CARREGAMENTO E TRANSPORTE
Uma vez efetuado o desmonte, por vezes faz-se necessrio o desmonte
secundrio que pode ser executado manualmente atravs de marteletes, por
explosivos (fogo secundrio) ou por rompedores hidrulicos acoplados a
retroescavadeira, normalmente mais eficiente que os demais mtodos (Figura
04). O Material ento carregado por retroescavadeiras hidrulicas, sobre
pilha de rejeitos (em alternativa as ps mecnicas muito utilizadas no passado)
nos caminhes fora de estrada, que destinam a rocha para o britador
primrio. Os equipamentos de carregamento e transporte utilizados devem ter
em vista suprir uma demanda horria definida, no sistema de britagem
primria. A otimizao dos ciclos de carregamento e transporte da frente de
lavra at a usina de beneficiamento, tambm condicionada pela distncia
mdia de tal percurso (Piquet, 2002).
Obra para Consulta
16
Figura.02 visita pedreira vign Nova Iguau RJ.
Figura 04 Retroescavadeira com rompedor hidrulico acoplado
Obra para Consulta
17
Nesta ltima dcada foram desenvolvidos novos projetos visando o
consumo mnimo de energia por tonelada de agregado produzido, elevao da
produtividade de homens e mquinas aos nveis internacionais e otimizao da
margem operacional, de uma forma constante ano a ano, por toda a vida do
empreendimento at a exausto de sua reserva mineral lavrvel.(Piquet, PAE9
2010).
Um conceito de lavra baseado na subdiviso da reserva mineral em
grandes blocos com custo constante foi proposto para aplicao a jazidas
minerais com elevada constncia, como normalmente o caso de rochas para
a produo de brita na RMRJ (Calaes, 2002).
9 PAE Plano de Aproveitamento Econmico
Obra para Consulta
18
10. BENEFICIAMENTO
Alm de produzir a brita enquadrada corretamente em cada zona
granulomtrica, uma usina de beneficiamento ter a funo de adequar,
tambm, seus produtos dentro dos limites estabelecidos pela ABNT quanto ao
ndice de forma e do teor de material pulverulento associado a cada tipo de
brita. Os estgios de cominuio, a rea de peneiramento e a sequncia de
malhas das telas usadas sero definidas no projeto de uma usina de
beneficiamento com base na busca do enquadramento dos produtos nestas
normas da ABNT, como tambm, nos parmetros mineralgicos da jazida.
No beneficiamento, a alimentao da britagem primria com material
mais homogneo, proveniente de lavra com tcnicas adequadas de desmonte,
propicia uma maior eficincia do processo, alm de uma possvel reduo na
gerao de finos e de material particulado.
Ainda com relao aos circuitos do beneficiamento, cabe destacar os
seguintes aspectos condicionadores do ordenamento territorial e da
sustentabilidade: A adequada seleo e o conhecimento tcnico-cientfico do
depsito representam fatores relevantes na promoo das condies de
produtividade e competitividade privada e social do empreendimento.
Exigncias ambientais crescentes, referentes emisso de particulados, bem
como rigorosas especificaes de qualidade devero exigir mudanas nas
unidades de beneficiamento.
Obra para Consulta
19
Para melhor visualizao dessa metodologia de lavra, a figura 05
esquematiza todo processo de extrao e beneficiamento.
Figura 05: Esquema do processo de lavra e beneficiamento de uma
pedreira de brita.
Obra para Consulta
20
11. MERCADO PRODUTOR
Nos ltimos anos, o mercado de brita na Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro evidencia mudanas estruturais como o deslocamento da produo das
reas centrais do municpio do Rio de Janeiro para sua periferia e municpios
vizinhos, expanso de produo de empresas bem localizadas e/ou mais
capitalizadas e diante instabilidade institucional, o crculo vicioso de retardar
investimentos e reprimir aprimoramentos tecnolgicos.
Segundo Margueron et al, 2008, se o quadro atual persistir, com a
evoluo natural e desordenada, algumas empresas sero expurgadas do
mercado e outras, tero que se relocar no intuito de fortalecer sua posio
competitiva. Essa a situao, por exemplo, da Pedreira Vign de Nova Iguau
que teve suas atividades suspensas pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente de Nova Iguau e s depois de prolongadas reunies conseguiu com
a Prefeitura Municipal de Nova Iguau autorizao para a retomada dos
trabalhos de lavra por at 5 anos (a partir de 2009). Assim, em 2014 a Pedreira
Vign no poder prosseguir com suas atividades naquele local. O motivo que
levou a Prefeitura de Nova Iguau proibir, inicialmente, a continuidade dos
trabalhos foi o crescimento desordenado de bairros populosos prximos a
Pedreira. Por outro lado, a autorizao para mais 5 (cinco) anos de extrao
teve como base a necessidade de recuperao ambiental que, caso no
houvesse qualquer atividade, a rea em explotao no estaria apropriada para
outras atividades. Poucas no apresentam conflitos locacionais.
Obra para Consulta
21
Figura.03 palestra sobre funcionamento da pedreira Vign - RJ
11.1 CADEIA PRODUTIVA
De acordo com estudo realizado por Calaes et al, 2002. O setor de brita
na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro definido como um tpico arranjo
produtivo local (APL), que abrange a Cadeia Industrial da Brita(CIB/RMRJ), que
compreende as operaes de lavra, beneficiamento e comercializao de brita
e de areia de brita. Envolve tambm os segmentos de consumo e
comercializao intermediria, bem como o segmento de produo secundria
(reciclagem de ECD10).
11.2 PERFIL DO SETOR PRODUTIVO
A instalao de uma unidade produtora de brita encontra-se
condicionada ao acesso a propriedades minerais de rocha dura com
10
ECD Entulho de Construo e Demolio
Obra para Consulta
22
caractersticas compatveis com a demanda do mercado, alm da localizao
que confirme seu aproveitamento econmico.
Em relao a Recursos e Reservas, em 2002, segundo Calaes, a RMRJ
contava com 496 Direitos Minerais (DMs) relacionados a rochas para brita.
Entre os 161 DMs, associados a 31 unidades produtoras, verificou-se que 35%
se referiam a granito e 24% a gnaisse. Dentre estas unidades de produo, o
estudo constatou que 61% operavam em regime de concesso de lavra e 39%
em regime de licenciamento.
11.3 ESTRUTURA DE PRODUO
A tendncia concentrao da produo em menor nmero de
empresas devido mudanas tecnolgicas orientadas para escalas
crescentes de produo, com efeitos de melhoria de produtividade e reduo
de custos (Calaes, 2002). Constatou-se tambm o aumento de produo de
pores finas devido ao crescente uso no concreto usinado e no concreto
asfltico.
Dentre as empresas, 13% so vinculadas a grupos econmicos que
atuam em outros segmentos da cadeia da construo civil e que, em 2002, as
empresas contavam com 1.264 trabalhadores (Mdia de 42 por empresa),
cerca de 87% da mo-de-obra especializada (Margueron et al, 2006).
11.4 ASPECTOS AMBIENTAIS
A produo e logstica de escoamento geram impactos ambientais
relacionados s atividades de Lavra e Beneficiamento, assim como no
transporte at o cliente final e exausto do capital natural, associada a
reservas minerais, energia e materiais auxiliares (Piquet et al., 2006). Os
levantamentos realizados mostraram a existncia de um ambiente de potencial
conflito com a vizinhana, que na maioria constituda por residncias.
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12. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DO SETOR DE
AGREGADOS NA RMRJ
A Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro FIRJAN e a
Sindibrita/RJ Sindicato dos Produtores de Brita, elaboraram um plano de
desenvolvimento do setor de agregados na RMRJ, enfatizando a atualizao
tecnolgica e a implantao da produo de areia de brita e reciclagem de
ECD, o mencionado plano prev a necessidade de investimentos das
empresas na ordem de 145 milhes de reais, no espectro 2003-2012, dos
quais R$131 milhes em modernizao tecnolgica (Calaes et al., 2002).
Alm de aprimorar o atendimento ao mercado o plano dever gerar
benefcios como a integrao da cadeia produtiva, melhorias tecnolgicas,
ambientais e econmicas, a produo de areia de brita e o processamento de
Entulho de Construo e Demolio (ECD).
Esse trabalho trouxe uma perspectiva de aes prioritrias para a
produo de brita na RMRJ, que envolve a promoo de levantamentos
geolgicos, implantao de pedreira escola e capacitao e modernizao
tecnolgica. Enquanto que o sistema institucional envolve a implementao de
um programa de Estmulos Fiscais e Financeiros, promoo de eventos e a
constituio de Esquema de Trabalho Integrado (ETI). No sistema de
infraestruturas, a desobstruo de gargalos nos fluxos de escoamento, estudos
sobre alternativas de transporte, e a difuso de tecnologias de informao e
comunicao. Os condicionantes locacionais e ambientais envolvem a
elaborao de anlises ambientais estratgicas, planos diretores de
desenvolvimento, e planos diretores de zoneamento (Piquet, Calaes, Amaral,
2007).
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13. ANLISE EVOLUTIVA
A comparao de dois levantamentos feitos no plo de brita da RMRJ, o
primeiro em 1980 (DRM-RJ,1981), o segundo em 2002 por Calaes et al, op.cit,
evidencia uma interao entre o sistema regulatrio e o fator tecnolgico, uma
vez que constatou-se que as empresas que operavam sob regime de
licenciamento em 1980, eram 83% do total, ao mesmo tempo em que 69%
operavam com mtodo de lavra em paredo. Ao longo deste tempo, a migrao
para o sistema de concesso, que, aparentemente, confere maior estabilidade
e exige trabalhos de pesquisa para a outorga de lavra, ocorreu de forma
gradual, e em 2002, segundo Calaes et al, 61% das empresas j operavam sob
o regime de concesso, utilizando o mtodo de extrao por bancadas.
Portanto, a migrao de um regime que confere menor estabilidade
(Licenciamento), que no exige conhecimentos de pesquisa mineral da rea, e
que no estimula as empresas a se inovarem tecnologicamente, para um
regime de maior estabilidade (Concesso), maior conhecimento tcnico da
rea e uma confiabilidade maior para que hajam investimentos em tecnologia,
fez-se necessria, e hoje ainda, esta mudana continua, e em um cenrio
futuro, as polticas institucionais aliadas investimentos e compromisso de
empresrios com os mtodos mais atuais em minerao de brita sero
necessrios para uma contnua evoluo.
O termo aparentemente foi acrescentado ao texto acima uma vez que
a partir de 1988 por fora da obrigatoriedade do zoneamento municipal (item
VIII do art. 30 da Cf 1988) nenhum empreendimento pode ser implantado sem
a devida declarao do poder municipal informando que a atividade pretendida
no fere, absolutamente, o plano diretor municipal.
Alm disso, legislaes federais e estaduais, voltadas defesa do meio
ambiente, probem a retirada de rvores, bem como protege as nascentes, a
mata ciliar, alm de no permitir qualquer construo na faixa marginal dos
rios. Toda a execuo dessa legislao (seja ela federal ou estadual) de
competncia dos Estados que j iniciam um processo de passagem de
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competncia para os municpios (Caetano, 2005). Dessa forma, mesmo o ttulo
de Concesso de Lavra condiciona o Titular a obter autorizaes de rgos
estaduais e municipais para o exerccio efetivo da atividade.
Figura -06 mostrando as mudanas na produo de brita.
Fonte: (Calaes, 2002).
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14. CONCLUSO
O Rio de Janeiro est em foco no mundo, devido tanto s Olimpadas
(2016) quanto a Copa do Mundo de Futebol (2014). Alm de j ser um grande
atrativo para turistas do mundo todo. Com a necessidade de se construir mais
habitaes, hotis, instalaes esportivas, pavimentao e servios de
infraestrutura bsica que viro, h de ser feito um bom planejamento por parte
do setor pblico e privado na rea de extrao de agregados, especificamente
a brita. Um trabalho bem feito nos anos que viro, mostrar o grande potencial
da regio metropolitana do Rio de Janeiro para esse setor da atividade mineral.
A Metrpole contempornea, quando se fala na Regio metropolitana do
RJ, tem a responsabilidade de no cometer erros passados, e aplicar o
planejamento habitacional, logstica de transportes, alm de ajustar sua
capacidade para uma nova demanda turstica e esportiva.
As empresas de Minerao de agregados (brita) tm papel fundamental,
abastecendo a construo civil com preos acessveis e constantes, alm de
lhes ser importante a organizao do desenvolvimento da RMRJ, tanto por
sofrerem historicamente com o crescimento habitacional desorganizado,
quanto por poderem mostrar, de acordo com tcnicas e equipamentos
adequados, que uma atividade primordial no deve ser subestimada em sua
capacidade de evoluir e demonstrar responsabilidade social, ambiental e
tecnolgica, no deixando de atingir e at aprimorando seus lucros e objetivos.
Entretanto, a constatao de que a Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro, com seu elevadssimo grau de urbanizao, apresenta a maior
densidade de reas concedidas, ou em vias de concesso, para a produo
mineral , por si s um forte convite reflexo sobre a necessidade de se
investir em estudos de ordenamento territorial mineiro, em subsdio a planos
diretores municipais, como meio de racionalizao e potencializao da
Obra para Consulta
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produo mineral no estado, ou seja, de implantao de verdadeiros plos
minerais.
O papel do gelogo tambm imprescindvel nessa atividade uma vez
que ele quem define a litologia e as estruturas (falhas, fraturas e diclases)
fundamentais para um planejamento da lavra possibilitando um melhor
aproveitamento do minrio com um menor risco de ultralanamentos e
produo de rejeitos, conferindo maior confiana ao desenvolvimento do
projeto.
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15. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CALAES, G. D. PIQUET, B. MARGUERN C., AMARAL, J. Bases para o
desenvolvimento sustentvel da indstria de agregados nas regies
metropolitanas do pas Parte 1. Revista escola de minas. UFOP, 2007.
SUGUIO, K. Tpicos de Geocincias para o Desenvolvimento Sustentvel
: As regies litorneas. USP, 40 p.
CALAES, G. D. PIQUET, B. MARGUERN C., AMARAL, J. Bases para o
desenvolvimento sustentvel da indstria de agregados nas regies
metropolitanas do pas Parte 2. Revista escola de minas. UFOP, 2007.
PIQUET, B. Plano de Aproveitamento Econmico. Cedido por e-mail.
Coordenadoria de economia mineral e petrleo, DRM-RJ Mercado de Brita
para construo RJ. DRM RJ, 2010.
PIQUET, B., TAVARES, M. Produo de agregado grado para construo
civil. Parte 1: uma nova concepo de lavra, 2006.
PIQUET, B., TAVARES, M. Produo de agregado grado para construo
civil. Parte 2: novos conceitos no projeto de usinas de beneficiamento.,
2006.
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Rio de Janeiro., UFRJ. 2006. 193 p.
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explosivos em pedreira de granito no Rio de Janeiro, tese de mestrado,
UFRJ 2006, 124 p.
BAPTISTI, L., SOARES. Minerao de agregados em reas urbanas:
Planejamento integrado e recuperao ambiental.. 2004.
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GOVERNO DO RIO DE JANEIRO, Rio em Dados. 2008.
FUNDAO CIDE. Centro de Informaes e dados do Rio de Janeiro.
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IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Anurio Estatstico do
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DRM/RJ, Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro.
Estudo do Parque Produtor de Brita na Regio Metropolitana do Rio de
Janeiro. Estudo contratado com GEOMITEC/CONDET, relatrio tcnico,
1980/1981.
DNPM, Departamento Nacional de Produo Mineral. Anurio mineral
Brasileiro. 2001.
DNPM, Departamento Nacional de Produo Mineral. Avaliao Regional do
Setor Mineral. Rio de Janeiro: DNPM, Boletim 43.
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