Professor: Rubenilton Rodrigues
Solos da Amazônia
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Importância do estudo do solo
Estudo estimam que apenas 11% dos solos do mundo não possuem nenhuma restrição para o uso agrícola . Na Amazônia os solos apresentam várias restrições, por isso a importância do seu estudo ,pois o uso descontrolado pode acarretar graves problemas ao equilíbrio do ecossistema, além do comprometimento de sua futura fertilidade e capacidade de manutenção da vida.
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1. Fornecer informações detalhadas, essenciais aos planos de desenvolvimento sugeridos por agências governamentais, pois a qualidade do solo é obviamente um parâmetro fundamental na definição do potencial de produção e sustentabilidade de qualquer área agrícola.
2. Auxiliar no planejamento do uso sustentável, evitando impactos negativos, almejando maior produção de alimentos e produtos para o mercado interno e exportação.
3. Determinar o Zoneamento Ecológico-Econômico (Z.E.E) que representa um dos instrumentos para promover a racionalização da ocupação dos espaços e de redirecionamento de atividades na Amazônia, determinado a aptidão dos locais a serem explorados.
Durante os vários programas governamentais e privados de ocupação da Amazônia desde de 1970, foram raros os estudos sobre a capacidade produtiva dos solos e sua aptidão de resistência. Portanto, a sua importância de seu estudo reside em:
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Formação dos solos
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Fatores de formação dos solos:
• Clima;• Relevo;• Seres vivos; • Material de Origem;• Tempo.
Fig.1- camadas do horizonte
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Relação entre solos e rochas
Os latossolos, na sua maior porção, foram originados de rochas sedimentares, surgidas de um mar raso que recobria a Amazônia no seu passado geológico.
Os solos originados nas regiões do Escudos das Guianas e do Escudo Brasileiro tem fertilidade mais alta do que o da bacia sedimentar, pois foram formados por rochas ígneas ou magmáticas.
Os solos famosos por sua fertilidade, a terra rocha, de origem magmática (basáltica), são encontrados em grandes áreas na bacia do Paraná, nos planaltos areníticos meridionais, existindo na Amazônia em pequenas manchas (no Pará; região da rodovia Transamazônica e trechos de Rondônia).
Solos aluviais: são solos decorrentes da ação da erosão e transporte.
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Solos eluviais: são solos produzidos pelo intemperismo e pela diferenciação pedológica.
Tipos de solos
Fig.2 -Rio Amazonas –Manaus(AM)
Fig.3 - Latossolos -Santarém(PA)
A classificação dos solos
Local do solo Tipo Característica* Aptidão agrícola
Terra Firme
ArgissoloBem evoluído, argiloso na parte superficial. Fertilidade natural baixa,
classificando-os na classe restrita.
Espodossolo
Solo evidenciando a atuação do processo de podzolização; forte eluvização de compostos de aluminosos, com ou sem ferro; presença de húmus ácido.
Sérias restrições ao uso agrícola devido à textura arenosa, fertilidade natural extremamente baixa.
Latossolo
Solo altamente evoluído laterizado, rico em argilominerais e oxi-hidróxidos de ferro e alumínio.
Baixa fertilidade natural, apresentado restrições tanto para cultivos anuais quanto perenes. Quando há retirada total da vegetação, apresentam certa queda de produtividade.
Cambissolo
Solos minerais hidromórficos , pouco profundos a rasos, com pequena diferenciação de horizontes, ausência acumulada de argila, textura franco-arenosa ou mais fina.
Algumas unidades se prestam bem ao uso agrícola, sendo que o uso mais comum, atualmente, é pastagem plantada.
Plintossolo
São solos minerais hidromórficos ou com sérias restrições de drenagem. Geralmente ocorrem em locais planos e baixos, onde há oscilação do lençol freático.
A principal limitação relaciona-se com drenagem imperfeita ou má, que bastante o uso destes solos durante uma parte do ano, quando ficam saturados com água. Em face da diversidade da textura e de suas características químicas são mais usados com pastagens.
Local do solo Tipo Característica* Aptidão agrícola
Solos de várzea
GleissolosSolo hidromórficos (saturado em água), rico em matéria orgânica, com redução dos compostos em ferro.
Baixa fertilidade natural, que permanecem maior parte do ano inundadas.
Neossolos flúvios
Solo pouco evoluído, com ausência de horizonte B. predominam as características herdadas do material original (eluvial).
Alta fertilidade natural que desempenham papel importante na produção agrícola da região, pois são intensamente utilizados pelos agricultores ribeirinhos durante o período de baixa das águas dos rios. Entretanto, apresentam sérias restrições para culturas perenes, devido à cheias.
Aluviais
Solos minerais não hidromórficos, pouco evoluídos, formados depósitos aluviais recentes, nas margens d’ água.
Os maiores problemas ao desenvolvimento de atividade agrícola nesses solos decorrem dos riscos de inundação por cheias periódicas ou por acumulação de água de chuvas na época de intensa pluviosidade. De maneira geral, os solos aluviais são considerados de grande potencialidade agrícola, por ocorrem em locais de relevo plano, favorecendo a prática de mecanização agrícola intensiva.
A classificação dos solos
Solos do Amazonas
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Fig.4 – Mapa Pedológico do Brasil
Solos antropogênicos ( terra preta de índio)
• A textura da terra preta ou da terra mulata é muito semelhante à textura dos solos adjacentes, assim como o subsolo;
• Presença de cerâmicas e fragmentos de ferramentas entalhadas em rochas e características químicas em geral associadas com habitações humanas;
• As evidências também se revelam na heterogeneidade de plantas úteis associadas, encontradas em concentrações cercadas por sítios arqueológicos.
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Características gerais
Terra preta de índio
Fig.6-Sítio ArqueológicoFig.5-Camadas da terra preta
Solos concrecionários (lateríticos)
O processo de lixiviação remove as partículas minerais dos solos, onde ocorre a concentração de hidróxido de alumínio e ferro, que acabam formando uma espécie de “ferrugem”, uma carapaça endurecida que impõe limites à plena utilização agrícola. São solos de natureza variável, caracterizados por apresentarem alta concentração de concreções de lateríticas (piçarras) na forma de cascalhos soltos.
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Limitações no uso do solo na Amazônia: o mito do celeiro
Voçoroca
Erosão
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Fig.7 – imagem sobrea erosão do relevo
Implicações Ambientais de Desenvolvimento Agrícola e Florestal na Amazônía
Emissão de Carbono
Perda de Nutrientes, Água e Solo
Biodiversidade
Susceptibilidade ao Fogo
Carbono da Biomassa
CONCENTR. DE DERRUBA E QUEIMA BOSQUE PRIMÁRIO
PRESSÃO SOBRE O BOSQUE
ESTRADA
RIOAGRICULT. E PECUÁRIA EXTENSIVAS
VEGETAÇÃO SECUNDÁRIO
EXTRA. MADEIREIRA EXTENSIVA
EXTRAÇÃO DE PROD. NÃO MADEIREIRAS
FLORESTA NÃO EXPLORADA
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