Semiologia Neurolgica
Katia Lin, M.D., Ph.D. UFSC
Quem o paciente ?
Doena de Machado-Joseph ou doena dos aorianos
Ataxia espinocerebelar tipo 3
Katia Lin
Anamnese
l Aspectos importantes: poca, modo de incio e evoluo cronolgica:
l Agudo (minutos, de um dia para o outro) vascular ou infecciosa
l Subagudo (dias) inflamatria ou txica l Crnico / gradual simtrico (doena degenerativa),
assimtrico (leso com efeito de massa neoplasia) l Em surtos, com perodos de remisso Esclerose Mltipla l Acessos paroxsticos de curta durao, com intervalos longos
de normalidade e que se repetem periodicamente Epilepsia l Relao causa-efeito Trauma cranioenceflico ou
raquimedular
Katia Lin
Anamnese
l Considerando seu estado atual e considerando a data do incio da doena, voc est piorando, melhorando ou continua igual?
O exame neurolgico etapas
1. Estado Mental 2. Nervos cranianos 3. Sistema motor 4. Reflexos 5. Sistema sensorial 6. Sinais meningeos
Katia Lin
Katia Lin
Funo cortical superior (Funo cognitiva)
l Nvel de conscincia Alerta, confuso, sonolento, torporoso, comatoso
l Orientao Pessoa, tempo e espao
l Ateno e concentrao l Estado de esprito e afeto l Julgamento l Memria l Linguagem e fala: afasia, disfasia, disartria, dislalia... l Agnosia (perda da capacidade de reconhecimento) l Apraxia (perda da atividade gestual consciente e intencional)
Os crtices sensoriais, motores e reas associativas corticais
Diviso funcional do encfalo
Sndromes de afasias comuns Tipo de afasia Local da leso Fala Compreenso Repetio De Broca Crtex frontal motor associativo
E No fluente
Preservada Perdida
De Wernicke Lobo temporal posterior E Fluente Perdida Perdida Global Leso macia dos lobos temporal
e frontal E No fluente
Perdida Perdida
De Conduo Fascculo arqueado E Fluente Preservada Perdida Anmica Lobo temporal inferior E Fluente Preservada Preservada Motora transcortical
Frontal , anterior ou superior rea de Broca E
No fluente
Preservada Preservada
Sensorial transcortical
Juno dos lobos temporal, parietal e occipital, posterior ou inferior rea de Wernicke
Fluente Perdida Preservada
Tipos de afasia
Katia Lin
Nervos cranianos
Netter F.
Os nervos cranianos l II l III, IV, VI
l V l VII l VIII l IX, X, XII l XI
Katia Lin
Os nervos cranianos
Nervo Axnio Funes principais
I Olfatrio Sensorial especial Olfato
II ptico Sensorial especial Viso
III Oculomotor Somtico motor Visceral motor
Movimento dos olhos e plpebras Controle parassimptico do tamanho da pupila
Os nervos cranianos Nervo Axnio Funes principais
IV Troclear Somtico motor Movimento ocular
V Trigmeo Somtico sensorial Somtico motor
Tato facial Movimento dos msculos mastigatrios
VI Abducente Somtico motor Movimento ocular
VII Facial Somtico motor Sensorial especial
Movimento da expresso facial Gustao dos 2/3 anteriores da lngua
VIII Vestbulo-coclear
Sensorial especial Audio e equilbrio
Os nervos cranianos Nervo Axnio Funes principais
IX Glossofarngeo Somtico motor Visceral motor Sensorial especial Sensorial visceral
Movimento dos msculos da orofaringe Controle parassimptico das glndulas salivares Gustao 1/3 posterior da lngua Deteco de alteraes na PA na aorta
X Vago Visceral motor Sensorial visceral Somtico motor
Controle parassimptico visceral Nocicepo visceral Movimento dos msculos da orofaringe
XI Acessrio Somtico motor Movimento dos msculos da garganta e pescoo
XII Hipoglosso Somtico motor Movimentao da lngua
Katia Lin
Nervo ptico
l Acuidade visual l Campos visuais
Mtodo de confrontamento
l Reflexos pupilares Fotomotor e
consensual l Fundoscopia
Haerer AF. De Jongs: The neurologic examination
Leso nas vias visuais centrais
Stios clssicos de leso Conseqncias
Nervo ptico Cegueira total no olho ipsilateral
Quiasma ptico Hemianopsia bitemporal heteronmica (viso em tnel)
Borda lateral do quiasma Hemianopsia contralateral no olho ipsilateral
Trato ptico Hemianopsia contralateral homnima
Ala de Meyer (lobo temporal) ou giro lingual
Quadrantanopsia contralateral homnima superior
Membro retrolenticular ou giro cneo
Quadrantanopsia contralateral homnima inferior
Radiao ptica ou rea 17 Hemianopsia contralateral homnima, freqentemente sem dano na mcula
1. Mm. Retos: medial e lateral 2. Mm. Retos: superior e inferior 3. Mm. Oblquos: superior e inferior
Estes ltimos, promovem a rotao do olho
Anatomia geral do olho 3 pares de msculos extra-oculares
Controle autonmico lNcleo de Edinger-Westphal (III par
craniano) controle parassimptico Promove contrao pupilar (miose)
lGnglio cervical superior controle simptico Promove dilatao pupilar (midrase)
Katia Lin
Nervo Trigmeo
Katia Lin
Trofismo muscular e fasciculaes
lAtrofias musculares leso de NMI (neuropatias perifricas)
lHipertrofia muscular distrofias musculares (Duchenne, Becker)
Katia Lin
Fora muscular l Flexo e extenso no nvel das principais articulaes dos MMSS e
MMII l Gradao:
5 fora normal 4 movimentos contra gravidade e resistncia, mas no vence a
fora do examinador 3 movimentos somente contra a fora da gravidade 2 movimentos somente com a fora da gravidade eliminada 1 h contrao visvel ou palpvel, mas no h movimento do
membro 0 paralisia total
l Paresias, paralisias e plegias...
Na juno do bulbo com a medula, o tracto piramidal cruza, ou decussa, na decussao das pirmides. Isso significa que o crtex motor direito comanda diretamente o movimento do lado esquerdo do corpo, e o crtex motor esquerdo controla os msculos do lado direito. Um AVE que lesiona o crtex motor ou o tracto crtico-espinhal pode levar a paralisia no lado contralateral.
NMS
NMI
O homnculo de Penfield
Componentes do sistema motor e suas correlaes
clnicas
Componente Funo Manifestao clnica
Neurnio motor inferior (Neurnio motor alfa)
Via final comum para os movimentos voluntrios, posturais e reflexos. Manuteno do tnus e trofismo muscular Manuteno da estabilidade eltrica do axnio e da membrana muscular
Paresia (fraqueza) Hiporreflexia ou arreflexia (perda dos reflexos espinhais) Hipotonia ou atonia Atrofia muscular Fasciculaes Potenciais de fibrilao
Neurnio motor superior (tractos espinhais descendentes)
Tracto crLco-espinhal (via lateral, direta)
Tracto crLco-reNculo-espinhal (vias ventromediais)
Controle de movimentos voluntrios finos (dedos), fora muscular Inibio dos reflexos segmentares que interferem com a ao voluntria, postura e locomoo
Fraqueza, perda da destreza manual, inabilidade em aumentar a fora Hiperreflexia e clnus, espasLcidade (hipertonia), sinal de Babinski
Espasticidade: aumento do tnus muscular e dos reflexos espinhais
- rigidez de decerebrao - rigidez de decorticao
Outros stios de leso Componente Funo Manifestao clnica
reas de associao (rea motora suplementar e rea pr-motora
Planejamento e programao do ato motor
Apraxia
Cerebelo Controle da execuo de movimentos individuais (tempo, intensidade, durao) / Coordenao motora
Nistagmo, ataxia de marcha, ataxia de membros (dismetria, disdiadococinesia), tremor de inteno
Gnglios (ncleos) da base
Seleo de um programa motor especfico (mais econmico) e inibio de movimentos anormais
Rigidez, acinesia, tremor de repouso, hipercinesia (distonia, coria, balismo)
Propriocepo Feedback sensorial medula espinhal, crtex motor e cerebelo
Ataxia sensorial/sensiLva, sinal de Romberg, arreflexia
Katia Lin
Tnus muscular
lMovimentao passiva realizada ao nvel das articulaes dos MMSS e MMII Normal Hipotonia Espasticidade (em canivete) Rigidez em roda denteada, em cano de
chumbo Paratonia
Katia Lin
Coordenao motora (Cerebelo)
lManobra ndex-naso / naso-ndex lDisdiadococinesia lManobra calcanhar-joelho lSinal do rechao
Katia Lin
Hipercinesias distrbios do movimento
l Leso dos ncleos da base e/ou ncleos correlatos l Tremor, mioclonia, distonia, atetose, coria,
balismo, tiques... l Verificar carter, localizao, fatores
precipitantes/agravantes
Katia Lin
Reflexos tendinosos profundos - Gradao
l Gradao: 0 ausente apesar de
facilitao 1 diminudo 2 normal 3 hiperativo 4 hiperativo com
clnus Haerer AF. De Jongs: The neurologic examination
Katia Lin
RTP dos MMSS e MMII
Reflexo bicipital Reflexo tricipital Reflexo estilorradial
Haerer AF. De Jongs: The neurologic examination
Reflexo patelar
Reflexo aquileu
Katia Lin
Reflexo cutaneoplantar
Sinal de Babinski (Leso piramidal)
Haerer AF. De Jongs: The neurologic examination
Katia Lin
Exame da marcha
lO paciente deve estar descalo e semidespido. Sempre que possvel, solicitar ao paciente realizar alguns passos sem controle visual.
O equilbrio
l Informa sobre a posio e o movimento da
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