SEMANA CIENTÍFICA/ANAIS - 2016 “Ciência alimentando o Brasil”
CADERNO DE
PUBLICAÇÕES 22 a 26 de Novembro de 2016
Curso de Agronomia Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas
Curso de Engenharia Civil Curso de Turismo
Campus de Nova Xavantina Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT
Estado de Mato Grosso Brasil
Universidade do Estado de Mato Grosso - Unemat Editora
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Versão eletrônica – 2016
Ficha Catalográfica
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Semana Científica (7. : 2016 : Nova Xavantina)
S471c Caderno de publicações [recurso eletrônico] / VII Semana Científica, 22-26 novembro 2016, Nova Xavantina. – Nova Xavantina (MT): UNEMAT, 2016.
337 p. : il. ; 21 x 29,7 cm “Ciência alimentando o Brasil” ISSN 2358-9752 Formato: PDF Requisitos: Adobe Acrobat Reader Disponível em:
1. Agronomia - Congressos. 2. Ciências biológicas -
Congressos. 3. Turismo - Congressos. 4. Engenharia Civil – Congressos. I. Universidade do Estado de Mato Grosso. II. Título.
CDU-55+57(03)
Os resumos contidos neste caderno são de inteira responsabilidade de seus autores.
SEMANA CIENTÍFICA/ANAIS
SEMANA CIENTÍFICA CAMPUS DE NOVA XAVANTINTA – UNEMAT
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Revisores que colaboraram com o Caderno de Publicações, v. 4, n. 1: Reviewers that cooperated with Caderno de Publicações, v. 4, n. 1
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SUMÁRIO
ADSORÇÃO DE FÓSFORO EM LATOSSOLOS DO ESTADO DE MATO GROSSO
RELACIONADA COM SUAS PROPRIEDADES ................................................................ 13
ANÁLISE DE CRESCIMENTO DE CAJU SUBMETIDO À ADUBAÇÃO
NITROGENADA ......................................................................................................................... 19
ANÁLISE DE DIFERENTES TIPOS DE HERBICIDAS COM APLICAÇÃO BASAL EM
BROTAÇÕES DE CERRADO EM NOVA XAVANTINA-MT, BRASIL ........................... 20
ATRIBUTOS MORFOLÓGICOS E TEXTURAL DE UM PERFIL DE SOLO À
MARGEM DO RIO PARAGUAI (BAÍA DO SADAO) CÁCERES - MATO GROSSO . 21
AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO GLIFOSATO EM BIÓTIPOS DE CHAMAESYCE
HIRTA POR MEIO DO TESTE DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES ............................ 27
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE SOJA EM FUNÇÃO DE
SUA ÉPOCA DE PLANTIO ...................................................................................................... 33
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO FORNECIMENTO DE ENXOFRE LÍQUIDO EM
DIFERENTES FORMAS DE APLICAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
DA SOJA ...................................................................................................................................... 34
BIOCHAR COMO CONDICIONANTE DE SOLO NO CULTIVO DO EUCALIPTO
HÍBRIDO UROGRANDIS ......................................................................................................... 35
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE BARU
EM DIFERENTES SUBSTRATOS ......................................................................................... 41
COMPORTAMENTO INGESTIVO DE OVINOS EM PASTAGENS CONSORCIADAS
........................................................................................................................................................ 42
CORREÇÃO DA ACIDEZ DE SOLOS APÓS INCUBAÇÃO COM DOSES
CRESCENTES DE CALCÁRIO .............................................................................................. 47
CRESCIMENTO DE MUDAS DE MARACUJAZEIROS EM DIFERENTES
SUBSTRATOS EM NOVA XAVANTINA-MT ....................................................................... 48
CUSTO DE PRODUÇÃO DE GIRASSOL SAFRINHA PARA O MUNICÍPIO DE
NOVA XAVANTINA, MT ........................................................................................................... 54
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DEPENDÊNCIA ESPACIAL DA PRODUTIVIDADE E ESTABELECIMENTO DE
ESTANDE DE PLANTAS EM ÁREA MANEJADA EM SISTEMA DE INTEGRAÇÃO
LAVOURA-PECUÁRIA ............................................................................................................. 60
AGRICULTURA DE PRECISÃO: A DEPENDÊNCIA ESPACIAL DE ATRIBUTOS
FÍSICOS DO SOLO ................................................................................................................... 66
DEPENDÊNCIA ESPACIAL E ATRIBUTOS QUÍMICOS DO SOLO ............................. 67
DESEMPENHO DE DIFERENTES CULTIVARES DE ALFACE EM SISTEMA
HIDROPÔNICO FLOATING, NO MUNICÍPIO DE NOVA XAVANTINA-MT ................ 68
DESEMPENHO DO MILHETO SOB DIFERENTES DOSES DE ADUBO
NITROGENADO ......................................................................................................................... 69
DETECÇÃO DE PATÓGENOS E MICOTOXINAS EM GRÃOS DE MILHO ............... 70
DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO E DIFERENTES SUBSTRATOS EM
MUDAS DE MARACUJAZEIRO AMARELO ........................................................................ 76
DOSES CRESCENTES DE NITROGÊNIO EM MUDAS DE CAJUZINHO DO
CERRADO ................................................................................................................................... 82
DOSES DE NITROGÊNIO NO CRESCIMENTO DE PORTA-ENXERTO DE
GOIABEIRA PALUMA AMARELA .......................................................................................... 88
EFEITO DE DOSES DE NICOSSULFURON NA SUPRESSÃO DO CRESCIMENTO
DE FORRAGEIRAS ................................................................................................................... 95
EFEITO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO DE FÓSFORO E POTÁSSIO NO
PLANTIO EM SUCESSÃO NAS CULTURAS DE SOJA E MILHO ................................ 96
ELONGAÇÃO DE GRÃOS DE ARROZ AROMÁTICO DO GRUPO BASMATI .......... 97
ESPECTRO DE GOTAS DE PONTAS FABRICADAS EM CERÂMICAS
PRODUZIDAS EM DIFERENTES PRESSÕES ................................................................ 103
ESTIMATIVA DA PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA COM BASE EM DADOS EVI DO
MODIS EM MUNICÍPIOS DO VALE DO ARAGUAIA – MT ........................................... 109
EXTENSÃO RURAL AGROECOLÓGICA EM ASSENTAMENTOS RURAIS DO
MUNICÍPIO DE NOVA XAVANTINA – MT ......................................................................... 110
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INFLUÊNCIA DA CALAGEM NO FÓSFORO REMANESCENTE EM SOLOS DO
VALE DO ARAGUAIA - MT.................................................................................................... 111
INFLUÊNCIA DE DIFERENTES DOSES DE POTÁSSIO NO DESENVOLVIMENTO
DE MUDAS DE TOMATE MARMANDE ............................................................................. 112
INFLUÊNCIA DO MODO DE APLICAÇÃO DE FERTILIZANTE FOSFATADO NA
PRODUÇÃO DE SOJA (GLYCINE MAX) EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO E
CONVENCIONAL NO CERRADO ....................................................................................... 113
MODELAGEM EMPÍRICA DA ADSORÇÃO DE FÓSFORO EM LATOSSOLOS DO
ESTADO DE MATO GROSSO ............................................................................................. 119
O SIGNIFICADO DA TERRA PARA OS AGRICULTORES FAMILIARES DO
ASSENTAMENTO PÉ DA SERRA, NOVA XAVANTINA – MT ..................................... 120
PADRÃO MÉDIO DE DISTRIBUIÇÃO VOLUMÉTRICA DE PONTAS FABRICADAS
EM CERAMICAS EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE PULVERIZAÇÃO ................ 121
PERFIL DE DISTRIBUIÇÃO VOLUMÉTRICA DA PONTA DE PULVERIZAÇÃO
TT110015 ................................................................................................................................... 128
PRODUÇÃO DE BIOMASSA E COBERTURA DO SOLO POR MILHETO,
BRAQUIÁRIA E CROTALARIA NA 2ª SAFRA EM QUERÊNCIA – MT ...................... 134
PRODUÇÃO DE HÍBRIDOS DE MARACUJAZEIRO-AZEDO EM NOVA XAVATINA -
MT ................................................................................................................................................ 140
PROJETO E CONSTRUÇÃO DE TUNÉL DE VENTO PARA AVALIAÇÃO DE
DERIVA DE GOTAS DE PULVERIZAÇÃO AGRÍCOLA ................................................. 141
QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DE ALFACE SOB HIDROPONIA COM
DIFERENTES DOSAGENS DE SOLUÇÕES NUTRITIVAS, EM RIBEIRÃO
CASCALHEIRA – MT .............................................................................................................. 146
QUANTIFICAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO PELO MÉTODO DE
INCINERAÇÃO EM MUFLA EM SOLOS DO ESTADO DE MATO GROSSO .......... 153
TERRITÓRIO PONTAL DO ARAGUAIA: ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO DO
PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL ........... 155
TESTE DE SOBREVIVÊNCIA Á CAMPO DE MUDAS DE TOMATE PRODUZIDAS
COM DIFERENTES DOSES DE POTÁSSIO.................................................................... 156
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DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PIMENTÃO SOB DOSES DE SILICATO DE
SÓDIO ......................................................................................................................................... 157
A IMPORTÂNCIA DE AULAS PRÁTICAS, EM LABORATÓRIO PARA ENSINO
BÁSICO ...................................................................................................................................... 158
A MÁGICA COMPACTAÇÃO DO DNA: O CROMOSSOMO ........................................ 159
ABUNDÂNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE PEIXES NO CÓRREGO SANTO ANTÔNIO –
NOVA XAVANTINA, MT ......................................................................................................... 160
ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL: UMA EXPERIÊNCIA COM CACHORRO-DO-MATO
(MAMMALIA: CANIDAE: CERDOCYON THOUS) ........................................................... 161
ANÁLISE COMPARATIVA DE EPHEMEROPTERA IMATUROS EM CÓRREGOS
DO CERRADO NO LESTE MATOGROSSENSE ............................................................ 162
APRESENTAÇÃO MORFOLÓGICA E FISIOLÓGICA DE PARAMECIUM E AMEBA
POR MEIO DE UM BOX DIDÁTICO .................................................................................... 163
ASPECTOS ECOLÓGICOS DA BRIOFLORA EM ÁREA URBANIZADA DO
PARQUE DO BACABA NOVA XAVANTINA, MT ............................................................. 164
AUXÍLIO EM LEITURA ........................................................................................................... 170
CARACTERISTICA DA CLASSE GASTROPODA........................................................... 171
CARACTERIZAÇÃO HISTOMORFOLÓGICA DE ANNONA SQUAMOSA L. ........... 172
CARAMUJO AFRICANO: ASPECTOS REPRODUTIVOS E CONTROLE
POPULACIONAL ...................................................................................................................... 173
CONHECER QUAIS TIPOS DE NUTRIENTES ESTÃO PRESENTES NUMA
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ................................................................................................. 174
CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NO DESEMPENHO DOS ALUNOS DA ESCOLA JOÃO
NEPOMUCENO DE MEDEIROS MALLET, NOVA XAVANTINA - MT ....................... 175
DALTONISMO E ANEMIA FALCIFORME: MUTAÇÕES GÊNICAS............................ 176
DENGUE, ZIKA E CHINKUNGUNYA: EDUCAÇÃO E SAÚDE NA ESCOLA ........... 177
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DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM DO ENSINO EM UMA ESCOLA ESTADUAL
NO MUNICÍPIO DE NOVA XAVANTINA-MT .................................................................... 178
DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA DE CURIMATELLA DORSALIS EIGENMANN &
EIGENMANN, 1889 (CHARACIFORMES, CURIMATIDAE) NO ESTADO DE MATO
GROSSO, TOMBADO EM COLEÇÕES CIENTÍFICAS DISPONÍVEIS NA INTERNET
...................................................................................................................................................... 179
DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA DE PEIXES DA ESPÉCIE ERYTHRINUS
ERYTHRINUS NO ESTADO DE MATO GROSSO, TOMBADOS EM COLEÇÕES
CIENTÍFICAS DISPONÍVEIS NA INTERNET ................................................................... 180
DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA DE PEIXES DA ESPÉCIE HOPLIAS AIMARA NO
ESTADO DE MATO GROSSO TOMBADOS EM COLEÇÕES CIENTÍFICAS
DISPONÍVEIS NA INTERNET .............................................................................................. 181
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: RECICLAGEM E SUSTENTABILIDADE ......................... 182
ESTRUTURA CORPORAL DAS ESPONJAS ................................................................... 183
ESTRUTURA DO DNA VISTA NA FORMA TRIDIMENSIONAL .................................. 184
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE, ZIKA VÍRUS E CHIKUNGUNYA NO
MUNÍCIPIO DE NOVA XAVANTINA, MATO GROSSO ................................................. 185
EXCLUSÃO SOCIAL NO AMBIENTE ESCOLAR ............................................................ 192
FATORES CONTRIBUINTES DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA EJA:
UM ESTUDO DE CASO DO MUNICÍPIO DE NOVO SÃO JOAQUIM – MT ............. 193
HÁBITOS DE HIGIENE E SAÚDE NO AMBIENTE ESCOLAR .................................... 199
IMPORTÂNCIA DA GINCANA NA ESCOLA ..................................................................... 200
IMPORTÂNCIA DE PALESTRAS NAS ESCOLAS .......................................................... 201
IMPORTÂNCIA E CARACTERIZAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS..................................... 202
INSULINA RECOMBINANTE PARA O TRATAMENTO DA DIABETES ..................... 203
MODELO DIDÁTICO PARA DIFERENCIAR A PRESSÃO DA ÁGUA NOS VASOS
DO XILEMA E FLOEMA ......................................................................................................... 204
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MONITORAMENTO DA VEGETAÇÃO EM UMA ÁREA EM RECUPERAÇÃO NAS
MARGENS DO RIO DAS MORTES, NOVA XAVANTINA, MT ..................................... 205
MORFOLOGIA DOS CNIDÁRIOS ....................................................................................... 206
MORFOLOGIA, ANATOMIA E REPRODUÇÃO DA TAENIA SAGINATUS E TAENIA
SOLIUM (PLATYHELMINTHES:TAENIIDAE) ................................................................... 207
O ENSINO DE BRIÓFITAS E PTERIDÓFITAS NAS ESCOLAS: UMA SUGESTÃO
METODOLÓGICA PARA O APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM ..................................................................................................................... 208
OCORRÊNCIA DE INVERTEBRADOS EM DIFERENTES MÉTODOS DE COLETA
...................................................................................................................................................... 209
PALESTRAS EDUCACIONAIS ............................................................................................. 215
PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE A EXTINÇÃO DE SERES VIVOS: UMA
INVESTIGAÇÃO COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO .................................................. 216
PROJETO SALA LIMPA E ORGANIZADA: TURMA PREMIADA ................................ 217
REAPROVEITAR NO CONTEXTO ESCOLAR: CONFECÇÃO DE CARTEIRAS
PARA O DIA DAS MÃES ....................................................................................................... 222
REFORÇO ESCOLAR ............................................................................................................ 223
SAÚDE NA ESCOLA: ORIENTAÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE DOENÇAS...... 224
SENSIBILIZAÇÃO PARA A POLUIÇÃO DAS ÁGUAS DO CÓRREGO ESTILAC... 225
SENSIBILIZAÇÃO PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ...................................... 226
TEMPO DE CONSUMO DE MUSCULATURA POR COLEÓPTEROS NO PREPARO
DE MATERIAL OSTEOLÓGICO .......................................................................................... 231
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: UMA ANÁLISE REFLEXIVA A PARTIR
DAS TEORIAS DE VYGOTSKY E PIAGET ....................................................................... 232
A HOSPITALIDADE EM MEIOS DE HOSPEDAGEM LGBT FRIENDLY ................... 233
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A MOTIVAÇÃO DISCENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA ANÁLISE A
PARTIR DE PAIS E PROFESSORES ................................................................................ 234
A RUA QUE EU IMAGINO ..................................................................................................... 235
AGÊNCIAS DE VIAGEM NA REGIÃO TURÍSTICA DO PORTAL DO ARAGUAIA, MT
...................................................................................................................................................... 236
ANÁLISE DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, ESPECIAL E POLÍTICAS DE INCLUSÃO:
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DAS PESQUISAS NO BRASIL .............. 237
ANÁLISE DO IMPACTO DA REMUNERAÇÃO DOS CAPITAIS PRÓPRIO E DE
TERCEIROS NA ESTRUTURA DE CAPITAL DAS COMPANHIAS ABERTAS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................................................................. 243
APROVEITAMENTO E O REAPROVEITAMENTO DOS FRUTOS DO CERRADO:
...................................................................................................................................................... 249
UM ENFOQUE PARA O CAJU (ANACARDIUM OCCIDENTALE) .............................. 249
AS PRÁTICAS SUSTENTAV EIS ENTRE OS XAVANTE: MEIO-AMBIENTE E
TURISMO CULTURAL ............................................................................................................ 250
DIRETRIZES PARA EXPANSÃO E ORDENAÇÃO DO CAMPUS UNIVERSITÁRIO
DE NOVA XAVANTINA .......................................................................................................... 251
ELABORAÇÃO DE JOGOS LÚDICOS PARA APLICAÇÃO NO ENSINO MÉDIO DA
ESCOLA ESTADUAL JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA EM NOVA
XAVANTINA - MT ..................................................................................................................... 252
ESTRUTURA DE CAPITAL E DESEMPENHO: EVIDÊNCIA DAS COMPANHIAS
ABERTAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL LISTADAS NA BM&FBOVESPA .................... 253
EVENTOS DESPORTIVOS COMO AGENTES DE INTEGRAÇÃO E DIVULGAÇÃO
DE DESTINOS TURÍSTICOS ............................................................................................... 259
HOSPITALIDADE EM HOSPITAIS: UMA NECESSIDADE HUMANA EXPRESSA EM
TENDÊNCIAS DE MERCADO .............................................................................................. 260
INFLUÊNCIAS POSITIVAS NA ADEQUAÇÃO DAS VIAS DO BAIRRO DEUS É
AMOR DE NOVA XAVANTINA – MT .................................................................................. 261
O DESAFIO DA ACESSIBILIDADE NO TURISMO ......................................................... 262
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OS PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: UMA
INVESTIGAÇÃO A PARTIR DA LDB\96 ............................................................................ 263
OS RECURSOS TECNOLÓGICOS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO E SUA
IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM ............................ 264
POSSIBILIDADES E DIFICULDADES PARA ADOÇÃO DE PRÁTICAS
SUSTENTÁVEIS NOS EVENTOS DE NOVA XAVANTINA-MT ................................... 265
PRAÇA VIVA, CIMEMA LIVRE ............................................................................................. 266
PRÁTICA INTERDISCIPLINAR NO CURSO DE TURISMO NA UNIVERSIDADE DO
ESTADO DE MATO GROSSO ............................................................................................. 267
PRÁTICAS ALIMENTARES DO POVO XAVANTE: UM ESTUDO SOBRE SUAS
POTENCIALIDADES PARA USO ETNOTURÍSTICO ..................................................... 268
PRODUTOS, ATRATIVOS TURÍSTICOS E SUAS DIFERENÇASPRÁTICAS ......... 269
ROMARIA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DE NOVA XAVANTINA – MT:
APONTAMENTOS SOBRE O PERFIL DOS ROMEIROS ............................................. 270
ROTEIRO CAMINHO DE HISTÓRIA E FÉ: UM ENCONTRO DE ESPIRITUALIDADE
EM NOVA XAVANTINA – MT ............................................................................................... 271
TURISMO E ESPAÇO NA REGIÃO ENCONTRO DAS ÁGUAS .................................. 276
UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE DOIS LOCAIS TURISTICOS: PRAIA DO
SOL E PRAIA DA PIPA .......................................................................................................... 277
UTENSÍLIOS TRADICIONAIS E SEU VALOR PARA AS PRODUÇÕES
GASTRONÔMICAS TÍPICAS ................................................................................................ 278
VALORIZAÇÃO DA FLORA DO CERRADO ..................................................................... 279
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ADSORÇÃO DE FÓSFORO EM LATOSSOLOS DO ESTADO DE MATO GROSSO
RELACIONADA COM SUAS PROPRIEDADES
Julio Cezar Xavier Nabeiro1; Neuzilene das Graças Rossi1, Nadjarriny Winck
Lúcio1, Waguine Barbosa Gomes1, Cesar Crispim Vilar2, Silvio Yoshiharu
Ushiwata2
1Graduados em Agronomia, 1Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, 2Eng. Agrônomo,
Dr. Agronomia, 2Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. [email protected]
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Adsorção de P; Granulometria; pH.
Introdução
O Brasil apresenta um grande potencial agrícola, com sua economia baseada no
agronegócio. A região Centro-Oeste se destaca, com áreas planas, predominância
de um clima tropical quente com veranicos acentuados, solos profundos, bem
drenados, de baixa fertilidade natural, porém com características físicas favoráveis
(EMBRAPA, 2002).
O estado de Mato Grosso se destaca por apresentar longas extensões de áreas
cultivadas, correspondendo por 24,1% da produção nacional de cereais,
leguminosas e oleaginosas do país (IBGE, 2016), sendo recoberto principalmente
por Latossolos. Essa classe engloba solos altamente intemperizados e ácidos,
possuindo alta concentração de óxi-hidróxidos de Fe e Al na fração argila (VILAR,
2013), com alta capacidade de adsorção de fósforo (P). Essa alta retenção de P é
devido aos minerais da fração argila, sendo os mais abundantes a caulinita, a
gibbsita, a hematita, a goethita e a maghemita (VILAR et al., 2010). Goethita e
hematita são os óxi-hidróxidos encontrados em maior quantidade em solos tropicais
e subtropicais (CAMARGO et al.,2008).
A fixação de P pelos Latossolos está altamente relacionado com a sua
granulometria, principalmente a argila por possuir maior área superficial específica
(CESSA et al., 2009). Ao salientar os mecanismos dos solos que influenciam na
sorção deste macronutriente é citado que o potencial hidrogeniônico (pH) no solo,
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que possui relação direta com essa dinâmica de P (SOUZA., 2006) . Em que o
aumento do pH induz ao aumento das cargas negativas, assim diminuído a
influência dos sítios adsortivos (NOVAIS & SMYTH., 1999) Outro fator é a
concentração de íons, chamada de força iônica que pode afetar a adsorção de P
(BROGGI et al., 2011). Ainda segundo Alvarez V. et al. (2000), outro atributo que
pode medir a atividade sortiva dos solos é o P remanescente (P-rem), utilizado para
correlações com a granulometria do solo e avaliação da adsorção em várias faixas
de pH.
Desta forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência do pH, da força iônica
da solução e da granulometria na capacidade de adsorção de P em Latossolos do
Estado de Mato Grosso.
Material e Métodos
Foram utilizadas 12 amostras do horizonte A e B provenientes de diferentes
municípios do Estado de Mato Grosso (Figura 1), sendo todos solos da classe dos
Latossolos. As amostras foram caracterizadas no Laboratório de Solos da UNEMAT
– campus Nova Xavantina, MT. A terra fina seca ao ar (TFSA) foi obtida após
secagem dos solos ao ar e peneiramento em peneira com malha de 2 mm.
Figura 1. Representação esquemática da distribuição espacial dos solos
amostrados.
Para a determinação da granulometria foi utilizado o método da pipeta (Embrapa,
1997), que constitui na dispersão das partículas do solo com NaOH com agitação
mecânica por 12h, peneiramento da fração areia e determinação da fração argila
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com a retirada de uma alíquota depois do tempo de sedimentação da fração silte,
conforme a Lei de Stokes.
O P-rem foi determinado pesando os solos em balança analítica com massas que
variaram de 0,9500 a 1,0500 g e com 10 mL de uma solução de KCl 0,01 mol L-1
contendo 60 mg L-1 de P, na forma de KH2PO4, que foi agitada por 4 h e deixada em
repouso por 20 h, depois a solução foi centrifugada, sendo determinada a
concentração do elemento na solução sobrenadante, pelo método colorimétrico.
Para determinar o o P adsorvido variando o pH (envelope de adsorção), foi utilizado
a mesma metodologia, foi determinada em cerca de 1 g, em balança analítica com
precisão de quatro dígitos após a virgula, valores da pesagem das massas das
amostras poderiam variar de 0,9500 a 1,0500 g de solo e 10 mL de uma solução de
KCl 0,01 ou 0,1 mol L-1, contendo as mesma quantidades de KH2PO4 citado a cima.
Em uma série de 16 tubos foram adicionados 0,01, 0,03, 0,04, 0,05, 0,1, 0,3, 0,4 e
0,5 mL de solução HCl 1 mol L-1 ou de NaOH 1 mol L-1, para obter valores de pH
variando de 2 a 12. Os tubos foram agitados por 4 h e após repouso de 20 h, foram
centrifugados. O P na solução sobrenadante foi determinado pelo método
colorimétrico e na mesma solução foi realizada a leitura dos valores de pH.
Resultados e Discussão
Para as amostras do horizonte A e B em conjunto a granulometria influenciou a
adsorção de P, as amostras com maiores teores de argila resultaram em menores
valores de P-rem. Devido às argilas apresentarem complexos de superfície, em
condições de meio ácido a suavemente ácido, os óxidos de Fe e Al apresentam
afinidade com cargas positivas, sendo assim capazes de reter em sua superfície
vários tipos de ânions, como os fosfatos (VALLADARES et al., 2003). Assim quanto
maior o teor da fração argila com estes minerais presentes, proporcionalmente maior
adsorção de P (CESSA et al., 2009).
No trabalho, o teor de argila correlacionou-se negativamente com o P-rem (R2 = -
0,57; p < 0,05), mas o coeficiente de determinação foi maior para a fração areia (R2
= 0,78; p < 0,05). Esse resultado indica que o teor de areia pode ser melhor
parâmetro para a estimativa do P-rem do que o teor de argila. Isso pode ter ocorrido
pela maior precisão na determinação da fração areia, por peneiramento direto. As
partículas podem permanecer agregadas durante o processo de dispersão, se
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floculando e sendo contabilizada como silte, pela ação de agentes cimentantes entre
as mesma, e a fração silte em solos óxidos (VITORINO et al., 2003). A correlação
dos teores de argila e silte somados com o P-rem foi negativa (R2 = - 0,78; p < 0,05)
e com coeficiente de determinação maior do que quando utilizada somente a fração
argila (Figura 2).
Figura 2. Correlação do fósforo remanescente com a granulometria dos solos
amostrados.
A adsorção de fósforo variou com a alteração dos valores de pH, sendo que os
valores máximos de adsorção foram encontrados para os menores valores de pH,
para as duas forças iônicas (0,01 e 0,1 mol L-1).
Na força iônica de 0,01 mol L-1 a adsorção de fósforo foi máxima até pH cerca de 6,9
(Figura 3 A), decrescendo em valores de pH superiores a esse. Por outro lado, o
aumento da força iônica para 0,1 mol L-1 resultou em adsorção máxima de P até pH
cerca de 7,3 (Figura 3 B). O decréscimo na adsorção em valores de pH superiores a
7,0 aconteceu para as duas forças iônicas e nos dois Horizontes, porém, essa
redução foi menor para a menor força iônica. Isso aconteceu pela formação de
complexos de superfície de esfera interna entre o fósforo e a superfície de minerais
presentes nos solos.
A maior força iônica possibilita uma redução da repulsão eletrostática existente entre
as moléculas de fosfato e as cargas negativas da argila, aumentando a proximidade
do fosfato com sítios adsortivos.
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Figura 3. (A) Relação da quantidade de fósforo adsorvida relativa (%), variando o
pH, determinado em força iônica de 0,01 mol L-1 KCl. (B) Força iônica de 0,1 mol L-1
KCl.
Conclusão
Os resultados do presente trabalho permitem concluir que os teores de areia e os
teores de argila somados aos de silte são melhores parâmetros na estimativa do P-
rem do que os teores de argila para os Latossolos do Estado de Mato Grosso, e que
para os solos agrícolas com pH inferior a 7,0, a influência do pH na adsorção de P
em Latossolos do Estado é pequena.
Referências
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Informativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, v. 25, p. 27-32, 2000.
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Latossolo Sob Diferentes Formas do Relevo. Revista Brasileira de Ciência do
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Adsorção de Fósforo em dois Latossolos Vermelhos. Revista Brasileira de Ciência
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ANÁLISE DE CRESCIMENTO DE CAJU SUBMETIDO À ADUBAÇÃO
NITROGENADA
Valéria Lima da Silva1; Weslian Vilanova da Silva2; Eliane Bento da Silva2;
Alessandra Conceição de Oliveira3 1Eng. Agrônoma autônoma, Nova Xavantina, MT;
2Graduanda do curso de Agronomia pela
Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus Universitário Nova Xavantina, MT.
elianeagrounemat@gmailcom, 3Professora Doutora do curso de Agronomia pela Universidade do
Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus Universitário de Nova Xavantina.
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
O cajueiro (Anacardium occidentale L.), possui um valor socioeconômico significante
dentro das frutas produzidas no Brasil. A produção de polpa e amêndoas da
castanha de caju destina-se, tradicionalmente, ao mercado externo. E dentro das
necessidades de nutrientes o nitrogênio é, em geral, o elemento que as plantas
necessitam em maior quantidade, no entanto o excesso do mesmo pode prejudicar a
cultura. Neste contexto o objetivo deste trabalho foi avaliar do desenvolvimento de
mudas em diferentes doses de nitrogênio. O experimento foi realizado em viveiro
telado na Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), no campus de Nova
Xavantina-MT. O delineamento do experimento foi blocos casualizados com 5 doses
de N (0, 150, 300, 450, 600 mg dm-³) com uma espécie de cajueiro comercial
totalizando cinco tratamentos em recipientes contendo solo/esterco bovino na
proporção (2:1). A adubação foi realizada a cada 15 dias durante 90 dias sendo 20
ml de solução de nitrogênio (ureia) conforme o tratamento por saquinho. Os fatores
avaliados foram: altura da parte aérea, número de folhas, diâmetro do caule. A
avaliação estatística do experimento foi realizada como o uso do programa
computacional SISVAR 5.1 - Sistema para Análise de Variância, e foram
comparadas ao teste de regressão 1 % e 5 % de probabilidade. Desta forma conclui-
se que a adubação nitrogenada é necessário para um bom desenvolvimento de
mudas de cajueiro.
.
Palavras-Chave: Anacardium occidentale; nitrogênio; morfologia.
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ANÁLISE DE DIFERENTES TIPOS DE HERBICIDAS COM APLICAÇÃO BASAL
EM BROTAÇÕES DE CERRADO EM NOVA XAVANTINA-MT, BRASIL
Franciele Kelly Mendes Soares¹; Diego Alves de Souza¹; Jelvonei Darlan Lira¹;
Kálita Souza Silva¹; Reginaldo Zago dos Santos²; Orismário Lúcio Rodrigues³
¹Graduando em Agronomia, UNEMAT; ²Graduado Engenheiro Agrônomo, UNEMAT; ³Doutor
Professor do curso de Engenharia Agronômica, Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT),
Campus Universitário de Nova Xavantina, MT. [email protected]
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
Constituindo uma das maiores fronteiras agrícolas, o Cerrado, foi inserido no
sistema de produção agropecuária nos últimos anos. O presente trabalho teve como
objetivo analisar e comparar a eficiência de diferentes tipos de herbicidas com
aplicação basal em brotações de espécies nativas do Cerrado, fazendo o controle
eficaz de plantas daninhas de difícil controle e que competem com as forrageiras
cultivadas e naturais.As aplicações dos herbicidas foram realizadas em jato-dirigido
no caule das plantas daninhas utilizando-se pulverizador pressurizado manualmente
de 20 litros com lança equipada com bico do tipo cone, usando-se em média 50 ml
da calda pronta por planta. Os tratamentos utilizados foram: Tratamento 01 (T01): 80
mlPicloram(8%) + 920ml óleo diesel; Tratamento 02 (T02): 80 ml de Triclopyr (8%) +
920 óleo diesel; Tratamento 03 (T03): 80 ml dePicloram (8%) + 80ml de Triclopyr
(8%) + 840ml óleo diesel; Tratamento 04 (T04): somente óleo diesel; Tratamento 05
(T05): 80 ml de Picloram + 920 ml de água; Tratamento 06 (T06): 80 ml de Triclopyr
+ 920 ml de água. O tratamento T03 se destacou em relação aos demais tratamento
por sua eficácia em menor tempo. Mas em relação custo-benefício, os tratamentos
T01 e T02 se destacam pelo menor preço, uma vez que ambos foram eficientes no
controle total das plantas daninhas. Pode se concluir que o óleo diesel como veículo
é muito eficiente, mas quando usado puro para controle de plantas daninhas perde
sua eficiência. Uma hipótese é que o óleo diesel eleva a eficiência dos herbicidas
utilizados devido sua aderência ao caule das plantas, enquanto que o mesmo
veneno aplicado com apenas água não apresentou significância.
Palavras-Chave: Picloram; Óleo diesel; Plantas daninhas.
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ATRIBUTOS MORFOLÓGICOS E TEXTURAL DE UM PERFIL DE SOLO À
MARGEM DO RIO PARAGUAI (BAÍA DO SADAO) CÁCERES - MATO GROSSO
Geilson Xavier Rocha¹; Paula Viana Barros Fonseca1; Marisa Regina Köhler¹; Maria Aparecida Pereira Pierangeli²; Célia Alves de Souza²
1Discente do Programa de Pós Graduação stricto senso em Ciências Ambientais, Universidade do
Estado de Mato Grosso, UNEMAT/Campus de Cáceres-MT. 2Professora do Programa de Pós
Graduação stricto senso em Ciências Ambientais da Universidade do Estado de Mato Grosso-
UNEMAT/Campus de Cáceres-MT. E-mail: [email protected]
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Pedologia; Granulometria; Rio Paraguai.
Introdução
O rio Paraguai nasce em território brasileiro e sua bacia hidrográfica abrange uma
área de 1.095.000 km², sendo 33% no Brasil (363.446 km²) e o restante na
Argentina, Bolívia e Paraguai (BRASIL, 2015), sendo essa bacia uma das maiores
extensões úmidas contínuas do planeta.
Localizada no interior da bacia do rio Paraguai, ao entorno do município de Cáceres-
MT, a “Baía do Sadao” vem sofrendo impactos ambientais negativos em
consequência de ações antrópicas. O agravante é que tais ações são feitas sem um
conhecimento adequado e sem planejamento que possa minimizar as alterações no
solo e seus efeitos sobre o rio (JUNK & CUNHA, 2005; SILVA et al., 2008).
Em decorrência das intensas modificações na paisagem e ampliação de áreas
degradadas nesta bacia, torna-se necessário um eficiente entendimento e
monitoramento dos impactos sobre o ecossistema natural, de modo a contribuir para
a busca do uso sustentável e conservação ambiental. Dessa forma, este estudo
analisou a morfologia e composição granulométrica do perfil de um solo na margem
esquerda do rio Paraguai, com vistas a indicar as possibilidades de uso e restrições
atual e futura do solo em decorrência da fragilidade ou não de seus atributos.
Material e Métodos
O estudo foi realizado em um trecho do rio Paraguai, no município de Cáceres, o qual
integra a mesorregião Centro-Sul mato-grossense, microrregião do Alto Pantanal, bacia do
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Alto Paraguai, Pantanal mato-grossense. A área de estudo conhecida popularmente como
“Baía do Sadao”, situada na margem esquerda do rio, coordenadas geográficas (16° 06’
30.9” S e 57°42’ 57.8” W).
Realizou-se a descrição morfológica do perfil do solo da área de acordo com os
procedimentos preconizados por Santos et al. (2005), sendo a caracterização da cor
de cada horizonte do solo determinada através do “Sistema Munsell de Cores”,
preconizado pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos - SiBCS (EMBRAPA,
2013). No Laboratório de Pesquisa e Estudos em Geomorfologia Fluvial
(LAPEGEOF) da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus de
Cáceres, realizou-se a análise granulométrica dos perfis do solo, sendo adotado os
procedimentos de análise pelo método da pipeta (EMBRAPA, 1997).
Resultados e Discussão
O perfil do solo estudado apresentou altura de 1,90 m, com divisão de sete
horizontes (Tabela 1).
A coloração do solo apresentou variações nos horizontes, entre a cor marrom
avermelhado; marrom avermelhado escuro; marrom escuro avermelhado e cinza
suave, com presença de mosqueado de cor vermelho escuro nos horizontes Cgf e
Cfg, resultante da ocorrência de plintita (Tabela 1). A cor do solo é influenciada pela
presença/ausência e estado de oxidação em que se encontram os oxi-hidróxidos de
ferro e/ou a matéria orgânica; sendo uma das características mais notadas no perfil
e muito útil para a identificação e delimitação das camadas (LEPSCH, 2002).
Verificou-se textura arenosa no horizonte H; textura média arenosa no horizonte A; e
argilosa a muito argilosa nos outros horizontes (Tabela 1). O tipo de estrutura
predominante no perfil do solo foi de blocos angulares, com exceção do horizonte H,
que apresentou estrutura granular (Tabela 1). Os materiais que apresentam
estrutura granular tendem a ter o mínimo de coerência entre os grânulos, e se forem
pequenos, são de fácil erodibilidade quando submetidos a fluxo de água
concentrado (RESENDE et al., 2007).
A consistência do solo determinada pela dureza ou tenacidade, variou de solta e
macia nos dois primeiros horizontes (H e A), a dura, muito dura e extremamente
dura nos horizontes subsequentes. Quando úmido, a consistência variou de muito
friável nos horizontes H, A e AB, a extremamente dura nos horizontes Cfg e Cgf.
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Tabela 1. Descrição morfológica do perfil de solo à margem esquerda do rio Paraguai, “Baía do Sadao”, Cáceres-MT.
Horizonte Espessura Cor Textura Estrutura Consistência
cm Úmido Seco Úmido Molhado Mosqueado Plasticidade Pegajosidade H 0-5 Marrom
avermelhado 2,5YR 4/3
Arenosa (Areia fina)
Granular Solta Muito Friável Não Plástico Não Pegajosa
A 5-20 Marrom avermelhado escuro:2,5YR 2.5/3
Média Arenosa
Bloco angular Subangular (pequeno)
Macia Muito Friável Ligeiramente Plástico
Não Pegajosa
A-B 20-40 Marrom escuro avermelhado: 5YR 3/3
Argilosa Blocos duro angulares
Dura Muito Friável Ligeiramente Plástico
Não Pegajosa
BT 40-71 Marrom avermelhado: 5YR 4/
Argilosa Blocos angulares médios
Dura Friável Ligeiramente Plástico
Não Pegajosa
BTF 71-118 Marrom avermelhado escuro: 5YR ¾
Muito Argilosa
Blocos angulares pequeno
Muito Dura Firme Ligeiramente Plástico
Ligeiramente Pegajosa
CFG 118-170 Vermelho avermelhado: 10R 5/2
Vermelho escuro:7,5R3/8 Preto:7,5Y 2,5/1
Muito Argilosa
Blocos angulares grandes
Extremamente Dura
Extremamente Firme
Muito Plástico Pegajosa
CGF 170-190 Cinza suave: 10R 7/1
Vermelho escuro:10R 3/6
Muito Argilosa
Blocos grandes
Extremamente Dura
Extremamente Firme
Muito Plástico Levemente Pegajosa
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Quando molhado a consistência do solo variou de não plástico a muito plástico,
conforme o perfil foi se aprofundando; e apresentou-se não pegajoso nos horizontes
H, A, AB e Bt; ligeiramente pegajoso no horizonte Btf; pegajoso no horizonte Cfg; e
levemente no horizonte Cgf (Tabela 1).
A consistência do solo condiciona o manejo (preparo e cultivo do solo), resistência à
penetração das raízes, estrutura (estabilidade dos agregados) e erodibilidade. Solos
com maior plasticidade, pegajosidade e bem providos de argila apresentam maior
resistência à erosão, em decorrência de maior força de coesão entre as partículas
do solo (RESENDE et al., 2007).
A classe de solo identificada nesse ponto de coleta da área em estudo foi de um
Argissolo, sendo classificado, conforme o método do SiBCS (EMBRAPA, 2013),
como Argissolo Bruno Acinzentado (PBAC). A adição (deposição) de maiores
proporções de materiais siltico-argilosos em relação a areias inconsolidadas,
resultantes das regiões de topografia mais elevadas (morrarias) que se encontram
ao entorno dessa região, possibilitou a formação do PBAC nessa área, os quais
apresentam a translocação de argila pelo seu perfil.
A análise granulométrica dos horizontes do PBAC apresentou uma ampla variação
com relação aos teores de areia, silte e argila (Tabela 2).
No horizonte H pode-se verificar maior concentração de areia (Tabela 2),
compreendendo assim, de acordo com o triângulo de grupamento textural do SiBCS
(EMBRAPA-2013), a classe textural média, que apresenta materiais com menos de
350 g kg-1 de argila e mais de 150 g kg-1 de areia.
Através dos valores granulométricos expressos na Tabela 2, pode-se verificar a
presença/acumulação de argila logo abaixo do horizonte H, resultante do processo
de translocação dessa fração, em suspensão, do horizonte A para o B e assim para
os demais horizontes transicionais e subsuperficial. De acordo com o SiBCS
(EMBRAPA, 2013), os horizontes presentes logo abaixo do horizonte H, apresentam
classe textural argilosa, devido apresentar a composição granulométrica com
conteúdo de argila entre 350 g kg-1 e 600 g kg-1.
Tabela 2. Análise granulométrica do perfil de Argissolo Bruno Acinzentado à margem esquerda do rio
Paraguai, “baía do Sadao”, Cáceres-MT.
Horizonte Composição Textural
Areia Silte Argila
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Tabela 2 continuação ..... g kg-1
H 739 56 205
A 541 59 400
AB 374 66 560
Bt 396 69 535
Btf 462 163 375
Cfg 373 187 440
Cgf 376 124 500
A variação na composição textural, entre os teores de areia e argila nos horizontes
superficiais, transicionais e subsuperficiais, permite constatar um gradiente textural
de 1,77 resultante da média de argila do horizonte Bt pela média de argila dos
horizontes H e A, verificando assim a translocação da argila pelo perfil do solo. Uma
maior concentração de argila sob os horizontes transicionais e subsuperficial, vem a
dificultar o crescimento das raízes das plantas e a infiltração de água no solo,
favorecendo assim a inundação dessa área de planície por um maior período.
A presença de argila nos horizontes transicionais e subsuperficial propicia uma
maior força de coesão das partículas ao longo do perfil do solo, aumentando a
resistência à erosão. Porém, quando diferentes tipos de ações antrópicas são
realizadas de forma inadequada, pode ocorrer possíveis desmoronamento/
desprendimento de grandes blocos de solo das margens do rio devido a maior força
de coesão presente entre as partículas.
O processo de erosão das margens do rio causa a degradação do solo, o transporte
de sedimentos proporcionando o assoreamento do leito do rio, trazendo como
consequência as inundações/enchentes durante as chuvas e o alargamento do rio
(TEXEIRA & GUIMARÃES, 2012).
Conclusão
Os atributos físicos do solo da “Baía do Sadao”, observados através da
descrição/análise morfológica do perfil de solo, possibilita a identificação da
ocorrência de um Argissolo Bruno Acinzentado.
A ampla variação entre os teores de areia e argila nos horizontes superficiais,
transicionais e subsuperficial, verificado na análise granulométrica e observada pela
descrição/análise morfológica do perfil do solo, altera o crescimento das raízes das
plantas e propicia a deficiência de infiltração de água no perfil do solo, entretanto
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possibilita a ocorrência de uma maior força de coesão entre as partículas,
aumentando a resistência à erosão, porém favorece o desprendimento de grandes
blocos do perfil do solo quando estão sujeitos a inadequadas ações antrópicas.
Referência
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AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO GLIFOSATO EM BIÓTIPOS DE Chamaesyce
hirta POR MEIO DO TESTE DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES
Andy Aires Costa e Silva1; Rodrigo de Góes Esperon Reis2; Flavia Carolina
Moreira Vilar3; Michelli Fernanda de Oliveira4; Matheus Venâncio Prudente1;
Priscilla Guimarães Dalla Costta1
1Eng. Agrônomo;
2Eng. Agrônomo, D. Sc. Fitotecnia-Agronomia, Universidade do Estado de Mato
Grosso - UNEMAT; 3Eng. Agrônoma, M. Sc. Agronomia, Doutoranda em Agronomia, Universidade
Estadual de Maringá, 4Graduanda em Agronomia, UNEMAT. [email protected]
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Erva-de-Santa-Luzia; Herbicida; Manejo da Resistência.
Introdução
Após o surgimento e uso em larga escala de cultivares geneticamente modificadas
tolerantes ao glifosato, as cultivares Roundup Ready (RR), intensificou-se o uso
deste herbicida em lavouras comerciais no país, havendo casos de até quatro
aplicações por ano (HALTER; 2009), o que onera bastante os custos de produção.
O glifosato, por controlar diversas espécies de plantas espontâneas anuais e
perenes (GALLI; MONTEZUMA, 2005), não deixar resíduos no solo que possam
causar “carryover”, apresentar controle eficiente de invasoras em estágios de
crescimento mais avançados, e a facilidade do seu manejo quando se utiliza
variedades RR, representa uma alternativa eficiente e viável economicamente
(GAZZIERO et al., 2004). Contudo, o uso indiscriminado desse herbicida tem
causado a seleção de plantas daninhas resistentes.
Esse herbicida tem como mecanismo de ação a inibição da enzima 5-enol-piruvil-
shimato-3-fosfato sintase (EPSPs), na rota de síntese dos aminoácidos aromáticos
essenciais para o crescimento e sobrevivência das plantas (fenilalanina, tirosina e
triptofano), precursores de produtos como lignina, alcaloides, flavonoides e ácidos
benzoicos. A EPSPs apresenta alto índice de conservação, que possibilita ao
glifosato controlar praticamente todos os tipos de plantas, variando apenas a
dosagem, tornando-o um herbicida não-seletivo e de amplo espectro (VELINI, 2009).
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Dentre as várias espécies, a Chamaesyce hirta, popularmente conhecida como
Erva-de-Santa-Luzia, é considerada uma infestante em mais de 45 países, tanto na
formação de viveiros quanto em monocultivos (GROTH; KISSMANN, 1999). É uma
Euphorbiaceae anual, herbácea, podendo ser prostrada ou semi-ereta, com raiz
pivotante e com alta produção de sementes, que pode alcançar até 3.000 sementes
por planta, o que facilita a dispersão e dificulta o controle. Essa espécie tolera solos
relativamente pobres, e ocorre geralmente em locais onde outra vegetação é
escassa, condições tropicais e subtropicais com boa umidade no solo são
adequadas (GROTH; KISSMANN, 1999).
Dada à importância do controle de plantas infestantes para garantir altos índices de
produção, e partindo do preceito que a falha deste, pode comprometer
drasticamente a produtividade dos cultivos agrícolas, o aparecimento de plantas com
resistência a herbicidas assume grande importância nesse cenário. Isso se dá pelo
fato de haver limitado, ou quase inexistente número de herbicidas alternativos para o
controle de biótipos resistentes. Outro fator que deve ser evidenciado é o pequeno
número de ingredientes ativos registrados para o controle de plantas daninhas, e
que, para ocorrer o desenvolvimento de novas moléculas é necessário muito tempo
de pesquisa e elevados investimentos financeiros. Portanto, diagnosticar a
resistência em uma população de plantas invasoras de forma rápida, eficaz e
precisa auxilia prevenir a disseminação de indivíduos resistentes na área
(GAZZIERO et al., 2004).
Diante do exposto, o presente estudo foi realizado com o objetivo de verificar se
biótipos de Chamaesyce hirta estão apresentando resistência ao herbicida glifosato.
Material e Métodos
Para avaliação da resistência ao glifosato de Chamaesyce hirta, foram utilizados
dois biótipos: um foi coletado em área onde não houve aplicação do herbicida
(biótipo A) e o outro foi coletado em área de lavoura comercial na safra 2015/2016
(biótipo B).
Em seguida, as sementes foram extraídas, beneficiadas e acondicionadas em sacos
plásticos, colocadas em local seco com temperatura de 28 °C.
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As sementes de cada biótipo foram embebidas em seis soluções de glifosato com
diferentes concentrações (0, 0,375; 0,75; 1,5; 3 e 6,0%), durante cinco minutos.
Depois, foram submetidas ao teste de germinação em caixas do tipo gerbox
contendo como substrato duas folhas de papel mata-borrão umedecidas com água
destilada (2,5 vezes o peso seco do papel). Foram utilizadas 50 sementes para cada
repetição, totalizando 200 sementes por tratamento. As caixas foram colocadas em
câmara de germinação do tipo BOD, com a temperatura alternada de 20-35 °C, com
8 horas de fotoperiodo (BRASIL, 2009).
Foi avaliada a porcentagem de germinação, realizando-se a contagem do número de
sementes germinadas, levando em consideração apenas plântulas que
apresentavam todas as estruturas normais. As avaliações foram realizadas a partir
do terceiro dia da instalação do experimento até o décimo quarto dia, quando houve
estabilização das contagens por três dias consecutivos.
Como os dois biótipos apresentaram diferentes qualidade de sementes, as
porcentagens de germinação foram recalculadas, de forma que as mínimas e
máximas germinações fossem recalculadas para 0 e 100% e os valores
intermediários foram interpolados, de acordo com a fórmula abaixo:
mínG
máxG
mínGoG
rG
)(100
Em que Gr é a germinação recalculada, Go é a germinação observada, Gmín é a
germinação mínima observada e Gmáx é a germinação máxima observada.
Com base nos resultados das porcentagens de germinação recalculadas, foi
calculada a porcentagem de controle (C):
rGC 100
O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em
esquema fatorial 2x6, ou seja, dois biótipos e seis doses de glifosato com quatro
repetições de 50 sementes. Foi realizada a análise de variância seguida de análise
de regressão não-linear, ajustando um modelo exponencial.
Resultados e Discussão
Verificou-se que para porcentagem de germinação e de controle houve efeito
significativo para biótipos, doses e para a interação entre os dois fatores (Tabela 1).
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Podendo-se afirmar, portanto, que cada biótipo respondeu de forma diferente em
cada uma das doses às quais as sementes foram submetidas.
Tabela 1. Resumo da análise de variância para a porcentagem de germinação e de
controle de sementes dos dois biótipos de Chamaesyce hirta submetidas à embebição em soluções com diferentes doses de glifosato.
Fonte de variação GL Quadrados médios
Germinação Controle
Biótipos 1 374,08** 374,08**
Doses 5 7713,13** 7713,13**
Biótipos x Doses 5 756,73** 756,73**
Resíduo 36 47,40 47,40
CV(%)
16,47 11,83 ** significativo a 1% pelo teste F.
O biótipo A apresentou menor porcentagem de germinação, estabilizando em torno
de 20% de sementes germinadas, a partir da concentração de 3% de glifosato, com
uma porcentagem de germinação de 17,6%. Por outro lado, o biótipo B expressou
uma taxa de germinação um pouco mais elevada, em torno de 30%, também
estabilizando a partir da concentração de 3% e mantendo a germinação em 26%
(Figura 1A).
A B
Figura 1. Porcentagem de Germinação (A) e de controle (B) de sementes dos dois biótipos de Chamaesyce hirta submetidas à embebição em soluções com diferentes doses de glifosato.
O biótipo A apresentou 80% de controle, enquanto o biótipo B apresentou cerca de
70% (Figura 1B). Dessa forma, verificou-se que o biótipo B apresentou maior
resistência ao herbicida glifosato, independente das dosagens utilizadas, uma vez
que a taxa de controle foi inferior.
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Roman et al. (2004), avaliando o herbicida glifosato para controle de dois biótipos de
Azevém (Lolium multiflorum), em casa de vegetação, encontraram resistência para
um dos biótipos, sendo que o outro biótipo apresentou taxa satisfatória de controle.
Christoffoleti e López-Ovejero (2003) comentaram que a seleção de biótipos
resistentes tem ocorrido para todas as classes de herbicidas, embora alguns
mecanismos de ação tenham selecionado biótipos resistentes com mais frequência
do que outros.
A variabilidade genética natural existe em qualquer população de plantas daninhas e
é a responsável pela fonte inicial de resistência em uma população suscetível.
Assim, em todas as populações de plantas daninhas, independentemente da
aplicação de qualquer produto, já existe uma certa proporção de biótipos que são
resistentes a herbicidas (KISSMANN, 1996). Porém, o uso constante de um produto
com o mesmo mecanismo de ação por diversos anos consecutivos causa maior
pressão de seleção, verificando-se aumento da população resistente em detrimento
das susceptíveis.
Esse aumento na porcentagem de plantas resistentes já pode ser observado nos
dois biótipos aqui avaliados (Figura 1), visto que, onde ocorre a aplicação de
glifosato, há maior porcentagem de plantas resistentes. O que significa que uma
parte da população da Chamaesyce hirta que é resistente está permanecendo nas
lavouras.
Como a tendência é de que proporção de plantas resistentes aumente na população
ano após ano, é essencial a utilização de práticas para proporcionar o manejo da
resistência dessa espécie, como o manejo integrado de plantas espontâneas, que
visa a conservação do meio ambiente, redução dos custos de produção e maior
segurança alimentar.
Conclusão
Populações de Chamaesyce hirta apresentam elevada porcentagem de biótipos
resistentes.
O biótipo B, colhido em área de lavoura, apresentou maior resistência do que o
biótipo A, colhido em área em que não foi aplicado herbicida.
Referências
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BRASIL. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília, 2009b. 399 p. CHRISTOFFOLETI, P. J.; LÓPEZ-OVEJERO, R. F. Definições e situação da resistência de plantas daninhas aos herbicidas no Brasil e no mundo. In: CHRISTOFFOLETI, P. J. (Coord.) Aspectos de resistência de plantas daninhas a herbicidas. Londrina: Associação Brasileira de Ação a resistência de Plantas aos Herbicidas (HRAC-BR), 2003. p. 2-21. GALLI, A. J. B.; MONTEZUMA, M. C. Alguns aspectos da utilização do herbicida glifosato na agricultura. São Paulo: Monsanto do Brasil; 2005. 60 p. GAZZIERO, D. L. P.; VAR GAS, L.; ROMAN, E. S. Manejo e controle de plantas daninhas na cultura da soja. In: VARGAS, L.; ROMAN, E. S. Manual de manejo e controle de plantas daninhas. Bento Gonçalves: Embrapa Uva e Vinho, 2004. p. 595-635. GROTH, D.; KISSMANN, K.G. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: Basf, 1999. t.2, 978p. HALTER, S. História do herbicida agrícola glyphosate. In: VELINI, E.D. et al. (Ed.). Glyphosate. Botucatu: FEPAF, 2009. cap. 1, p.11-16. KISSMANN, K. G. Resistência de plantas a herbicidas. São Paulo: Basf Brasileira S.A., 1996. 33 p. ROMAN, E. S.; VARGAS, L.; RIZZARDI, M. A.; MATTEI, R. W.; Resistência de azevém (Lolium multiflorum) ao herbicida glyphosate. Planta Daninha, v.22, n.2, p.301-306, 2004. RUBIM, B. Herbicide resistance in weeds and crops, progress and prospects. In: CASELEY, J. C.; CUSSANS, G. W.; ATKIN, R. K. Oxford: Butterworth-Heinemann, 1991. p. 387-414. VELINI, E.D. et al. Modo de ação do glyphosate. In: VELINI, E.D. (Ed.). Glyphosate. Botucatu: FEPAF, 2009. p.113-134.
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AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE SOJA EM FUNÇÃO DE
SUA ÉPOCA DE PLANTIO
Diego Sichocki1; Rodrigo Piccinini2; Aline Santos Marques3; Raimisson Oliveira
Dias4; Dieison Ramos5
¹Eng. Agrônomo, Mestre em Produção Vegetal, Meta Assessoria Agrí[email protected]; ²Eng. Agrônomo, Meta Assessoria Agrícola;
3Graduanda em Agronomia, UNEMAT;
4Eng. Agrônomo,
Meta Assessoria Agrícola. 5Técnico Agrícola, Meta Assessoria Agrícola.
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
A soja Glycine max (L.) Merrill) é considerada uma cultura de grande importância
economia em nível mundial, isso devido sua ampla forma de utilização, sendo
utilizada desde a alimentação humana, animal e uso como biocombustíveis. O
presente trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de cultivares de soja em
diferentes épocas de plantio em um solo de textura argilosa e de alta fertilidade. O
presente ensaio foi realizado na Fazenda Estância BM, no município de Canarana–
MT, o plantio da primeira época foi realizado no dia 02 de novembro de 2015 e o
plantio da segunda época foi realizado dia 20 de novembro de 2015. O espaçamento
entre linhas foi de 50 cm. O stand teve a primeira avaliação em estádio vegetativo
V6, avaliando 4 pontos de 5 metros lineares em cada cultivar. As condições
climáticas na safra foram muito hostis para a cultura da soja, levando a déficits
hídricos durante germinação, desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Outro fator
que, sem sombra de dúvidas afetou a produtividade, foi o mês de janeiro nublado,
que levou à menor insolação e consequentemente, menor capacidade fotossintética
das cultivares. Para produtividade final, foram colhidas todas as linhas de cada
parcela com colhedora automotriz e pesada em balança de sapatas para se
determinar o peso. A produtividade (sc/ha) foi corrigida para umidade a 14%. Para
primeira época de plantio a variedade Bônus (IPRO) quando comparada com as
demais se sobressaiu obtendo maior produtividade com 82 sc/ha. Já para segunda
época a variedade que se destacou foi a NS7670 (RR) com 78 sc/ha. Enquanto que
AS 3850 (IPRO) se mostrou menos produtiva com 46 sc/ha. Com os dados obtidos
foi possível avaliar as variedades mais adequadas para região de Canarana-MT.
Palavras-Chave: Glycine max (L.); Área; Produtividade.
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AVALIAÇÃO DO EFEITO DO FORNECIMENTO DE ENXOFRE LÍQUIDO EM
DIFERENTES FORMAS DE APLICAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA
DA SOJA
Kálita Souza Silva¹; Diego Alves de Souza¹; Eurico Coutrins da Silva¹; Franciele
Kelly Mendes Soares¹; Jelvonei Darlan Lira¹; Leonardo Clementino Lima²
¹Graduando em agronomia, UNEMAT; ²Graduado em Agronomia, UNEMAT.
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
O cultivo da soja (Glycine max (L.)) no Brasil, é o que mais cresceu nas últimas
décadas aliadas à utilização de novas tecnologias e boas práticas de manejo da
cultura que proporcionam maior eficiência no uso do sistema agrícola. Existem
várias opções de produtos que fornecem esse nutriente, portanto, objetivou-se, no
presente trabalho, verificar o efeito de formas de fornecimento de enxofre. O
experimento foi realizado no campo experimental da empresa Dalcin Serviços
Agropecuários, localizado no município de Nova Xavantina – MT. A adubação de
plantio baseou-se na interpretação do nível de fósforo no solo, que se encontravam
baixos para solos de Cerrado com textura de 20 a 40% de argila sendo, portanto
recomendados 120 kg de P2O5ha-1 em adubação corretiva total. O nível de S no solo
se encontrava alto, porém é recomendadaa aplicação de 10 kg ha-1 de S como
adubação de manutenção devido à alta taxa de exportação desse nutriente pela
planta. Foram comparadas as seguintes formas de aplicação: líquida em aplicações
via solo, foliar e o conjunto das mesmas, utilizando o produto Supa-S em dosagens
de 0; 1 e 2 L há-1 via sulco na semeadura; 1 e 2 L há-1 via foliar nos estágios V5 e
R3; 1+1 L há-1 via sulco + via foliar com aplicações ½ Semeadura + 1,2 nos estágios
V5 e R3. As diferentes doses e formas de aplicação de enxofre líquido utilizadas não
apresentaram efeito significativo em relação à produtividade (2807 (Testemunha);
3134 (1L Sulco); 3071 (2L Sulco); 3212 (1L Foliar); 2848 (2L Foliar); e 3362 kg ha-1
(1L S+ 1L F)), ao acúmulo do nutriente na planta e aos aspectos agronômicos da
cultura da soja.
Palavras-Chave:Nutrição de plantas; Adubação foliar; Produtividade; Solo.
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BIOCHAR COMO CONDICIONANTE DE SOLO NO CULTIVO DO EUCALIPTO
HÍBRIDO UROGRANDIS
Rodrigo Soares Belém1, Ben Hur Marimon Junior2
Fabrício Ribeiro Andrade3, Valéria Lima da Silva1, Josenilton de Farias4, Niéry
Cristiny Lopes Rocha2
1Engenheiro Agrônomo pela Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), Av. Expedição
Roncador Xingu, CEP 78690-000, Nova Xavantina, Brasil. [email protected]; 2Docente do
Departamento de Agronomia, UNEMAT, Nova Xavantina, Brasil; 3Doutorando em Ciência do solos-
Universidade Federal de Lavras; 4Doutorado em Biodiversidade e Conservação, Rede Bionorte,
Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Brasil.
ÁREA DO CONHECIMENTO: Ciências Agrárias
Palavras-chave: Carbono pirogênico, Fertilidade do Solo
Introdução
O gênero Eucalyptus é nativo da Oceania e Sudeste Asiático e apresenta mais de
600 espécies conhecidas (SOARES et al., 2009). Dentre as espécies de eucalipto
utilizadas nos cultivos florestais estão as melhoradas geneticamente e os híbridos,
como o Eucalipto urograndis, originado através do cruzamento entre as espécies E.
urophylla e E. grandis. Algumas espécies podem atingir alturas acima de 70 m,
cabendo ao E. grandis o posto de uma das espécies latifoliadas mais altas do
mundo, podendo atingir até 100 m de altura (ARAÚJO et al., 2010).
O eucalipto na região Centro Oeste vem sendo cultivado em áreas anteriormente
ocupadas por atividades agropecuárias ou Cerrado nativo, onde é possível encontrar
pequenos fragmentos de carvão vegetal na forma de carbono pirogênico (carvão
vegetal), resultante de queimadas naturais ou de ação antrópica. O carbono
pirogênico, recentemente denominado de “Biochar” (LEHMANN et al., 2003), é uma
forma bastante estável da matéria orgânica do solo (MOS) e auxilia na sua
capacidade de troca catiônica (CTC) (MADARI et al., 2009). O objetivo deste
experimento foi avaliar o potencial do biochar como condicionante de solo no plantio
do eucalipto urograndis em campo.
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Material e Métodos
O trabalho foi desenvolvido no campo experimental da Universidade do Estado de
Mato Grosso, campus de Nova Xavantina - MT (UNEMAT - NX) no período de
dezembro de 2010 a abril de 2013. O clima da região é do tipo Aw, de acordo com a
classificação Köppen (CAMARGO, 1963), isto é, tropical com duas estações
climáticas bem definidas, sendo uma seca, de maio a setembro, e uma chuvosa, de
outubro a abril (NIMER, 1989). A temperatura média anual é de 24°C e a
precipitação em torno de 1.500 mm (SILVA et al., 2008). O solo é do tipo Latossolo
Amarelo distrófico (EMBRAPA, 2006), textura média e fertilidade natural baixa. Foi
realizada análise química do solo na profundidade de 0-20 cm, após a aplicação dos
tratamentos, assim como o biochar adicionado ao solo.
A área total do experimento foi preparada com uma aração e duas gradagens, sendo
a subsolagem e uma gradagem antes da aplicação de 2,5 Mg ha-1 de calcário, 0,5
Mg ha-1 de gesso agrícola e 0,25 Mg ha-1 de superfosfato triplo seguido de outra
gradagem para incorporação dos insumos aplicados. As mudas de eucalipto
utilizadas no experimento foram formadas a partir de sementes do híbrido
Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis fornecidos pelo IPEF (Instituto de
Pesquisas Florestais), cultivar RIP01, procedente de Rio Claro-SP e produzidas no
viveiro florestal da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Nova
Xavantina–MT, em tubetes de polietileno com capacidade de 50 cm3 em casa de
vegetação com sombreamento a 50%. As mudas foram levadas para campo quando
atingiram cerca de 110 dias após a semeadura e para efeito de padronização foram
selecionadas somente as mudas sadias, bem formadas e que apresentavam entre
23 e 28 cm de altura.
O plantio das mudas foi efetuado manualmente em dezembro de 2010, em covas de
0,40 m de diâmetro e 0,40 m de profundidade, espaçamento de 2 x 2 m, sem
arruamento. Por ocasião de mortalidade de mudas aos 20 dias após o plantio (DAP),
devido a um veranico, foi realizado um replantio. Quando os galhos laterais
atingiram ± 5 cm de diâmetro, foram realizadas podas de condução. O período de
coleta de dados foi durante os dois primeiros anos e quatro meses, ainda antes da
primeira operação de desbaste do povoamento.
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Adotou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso, com cinco tratamentos
representados pelas diferentes doses de biochar: 0, 0,5, 1, 2 e 4 kg incorporados à
cova. Para cada tratamento, foram instaladas quatro repetições, totalizando 20
parcelas, cada uma contendo 12 plantas. Para critérios de avaliação, a parcela útil
foi constituída de cinco plantas.
O biochar foi homogeneizado manualmente com auxílio de enxada ao solo e 100 g
do fertilizante NPK (05-25-15). Depois da mistura perfeitamente homogeneizada, o
material foi depositado na cova. No caso daquelas que não eram totalmente
preenchidas com a mistura, recebiam apenas solo até completar a borda da cova. O
solo remanescente foi depositado ao redor da cova em forma de anel para auxiliar
na retenção de água. No ato do plantio, cada cova recebeu reforço de 50 g de uréia
depositada no fundo de um orifício aberto no centro da cova com diâmetro de 15 mm
de diâmetro e 20 cm de profundidade, onde foi depositada a muda.
Foram tomadas as medidas de altura de plantas e diâmetro de caule de todas as
plantas do experimento aos 90, 120, 300, 450, 540, 630, 720, 780, 840 dias após o
plantio (DAP). No ato da coleta de dados foi mensurada a percentagem de
mortalidade das plantas. Aos 90 e 120 DAP. Os dados foram submetidos à análise
de variância, sendo as médias das variáveis significativas comparadas pelo critério
de Tukey a 5% de significância, utilizando-se o programa estatístico Sisvar (Ferreira,
2008).
Resultados e Discussão
Para a altura de planta (Tabela 1), verificou-se que aos 90 DAP a dose de 4 kg de
biochar foi a que apresentou maior média em altura de plantas (2,34 m), porém não
diferindo estatisticamente da testemunha e do tratamento de 2 kg de biochar. Da
mesma forma, apesar de não haver diferença estatística significativa aos 200 DAP, a
dose de 4 kg de biochar à cova foi a que apresentou a maior altura de plantas (3,33
m). Aos 300 e 540 DAP, verificou-se que as plantas de eucalipto cultivadas com a
dose de 1 kg de biochar na cova de plantio apresentaram a maior média de altura
(4,47 e 6,20 m), porém não se diferenciando estatisticamente dos demais
tratamentos, exceto para a dose de 2 e 4 kg de biochar para a mensuração realizada
aos 300 e 540 DAP, respectivamente.
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Aos 450 e 630 DAP, apesar de não se observar diferenças estatísticas, a dose de 4
kg de biochar promoveu as maiores alturas de plantas (5,62 e 5,73 m
respectivamente), efeito que não se repetiu nas mensurações seguintes. Ainda são
inexistentes trabalhos na literatura que demonstram o efeito do biochar no
desenvolvimento de espécies florestais em nível de campo, porém na produção de
mudas o efeito do biochar sobre o crescimento das plantas já é bastante reportado,
sendo muitos ainda contraditórios, a exemplo de Petter, et al. (2012b), que verificou
que a adição de biochar ao substrato comercial potencializava o mesmo e promovia
maior altura de plantas em mudas de Eucaliptus citriodora e E. grandis em todas as
épocas avaliadas.
Tabela 1. Altura de plantas (AP) do eucalipto híbrido urograndis (Eucalyptus urograndis x E. urophylla) cultivado sob doses crescentes de biochar em diferentes épocas após o plantio.
Biochar Kg cova-1
AP 90 DAP (m)
AP 120 DAP (m)
AP 300 DAP (m)
AP 450 DAP (m)
AP 540 DAP (m)
0 1,97 ab 2,45ª 4,42 ab 4,60ª 5,37 ab 0,5 1,85 b 2,63ª 3,31 ab 4,55ª 4,51 b 1,0 1,95 b 3,23ª 4,47 a 5,54ª 6,20 a 2,0 2,10 ab 3,03ª 3,74 b 4,45ª 5,08 ab 4,0 2,34 a 3,33ª 4,37 ab 5,62ª 5,84 ab
Biochar Kg cova-1
AP 630 DAP AP 720 DAP AP 780 DAP AP 840 DAP -
0 4,85ª 5,46ª 6,99ª 8,10ª - 0,5 4,26ª 4,97ª 5,96ª 7,10ª - 1,0 5,61ª 6,31ª 7,56ª 8,55ª - 2,0 4,96ª 5,29ª 6,38ª 7,33ª - 4,0 5,73ª 6,03ª 7,47ª 8,55ª -
Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%). DAP = Dias após o plantio.
Para a variável diâmetro caulinar (Tabela 2) das plantas de eucalipto, a adição de 4
kg aos 120 DAP, 1,0 kg aos 450 DAP e 4 kg de biochar à cova aos 630 DAP
apresentaram valores significativamente maiores do que a testemunha. Nas demais
avaliações, contudo, nenhum valor diferiu estatisticamente dos demais, apesar das
diferenças numéricas desta variável permanecerem bastante evidentes e
crescentes, com os menores diâmetros em 0 e 1 kg e os maiores em 2 e 4 kg até o
final do experimento.
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Tabela 2. Diâmetro caulinar (DC) de plantas de eucalipto híbrido urograndis (Eucalyptus urograndis) cultivado sob doses crescentes de biochar em diferentes épocas após o plantio.
Biochar Kg cova-1
DC 90 DAP (cm)
DC 120 DAP (cm)
DC 300 DAP (cm)
DC 450 DAP (cm)
DC 540 DAP (cm)
0 2,60 a 3,56 b 5,02 a 6,65 b 7,05 ab 0,5 2,77 a 3,84 ab 4,95 a 6,78 ab 6,75 b 1,0 2,82 a 3,98 ab 5,75 a 8,14 a 8,62 a 2,0 2,96 a 4,04 ab 5,57 a 6,44 ab 7,72 ab 4,0 2,97 a 4,08 a 6,07 a 7,30 ab 8,18 ab
Biochar Kg cova-1
DC 630 DAP (cm)
DC 720 DAP (cm)
DC 780 DAP (cm)
DC 840 DAP (cm)
-
0 6,70 c 7,24 a 8,80 a 9,13 a - 0,5 7,32 bc 7,59 a 8,24 a 8,54 a - 1,0 7,64 bc 9,05 a 9,40 a 9,62 a - 2,0 7,89 bc 8,06 a 9,11 a 9,60 a - 4,0 8,93 ab 8,75 a 9,99 a 10,52 a -
Médias seguidas de mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%). DAP = Dias após o plantio.
CONCLUSÃO
A aplicação de biochar na cova de plantio proporcionou condicionamento moderado
a fraco para diâmetro, altura. Os efeitos do biochar inicialmente são maiores, com
tendência a se estabilizar com o passar dos meses, quando a cultura provavelmente
passa a não mais depender diretamente da cova para sua nutrição mineral. O
biochar aplicado à cova de plantio se mostra como uma alternativa moderada para o
sequestro e imobilização de carbono, apesar dos seus efeitos serem reduzidos. Há
necessidade de ensaios com aplicação de biochar em toda a área de cultivo, ao
invés de incorporação restrita à cova de plantio, a fim de verificar se novas formas
de manejo do condicionante possam se reverter em aumento significativo da
produtividade do eucalipto e fixação de carbono.
Referências
ARAUJO F. O, L.; RIETZLER A. C.; DUARTE L. P. Constituintes químicos e efeito
ecotoxicológico do óleo volátil de folhas de eucalyptus urograndis. Química Nova,
São Paulo, v.33, n7, p.1510-1513, 2010.
CAMARGO, A.P. Clima do cerrado. In: FERRI, M. G. (Coord.). Simpósio sobre o
Cerrado. São Paulo, EDUSP. p.75-95, 1963.
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EMBRAPA – EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA.
EMBRAPA. 2006. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro,
Centro Nacional de Pesquisa de Solo. 306pp.
LEHMANN, J.; SILVA, J. P.; STEINER, C.; NEHL
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