SEDAÇÃO, ANALGESIA E
DELIRIUM
Hospital São Lucas
Unidade de Terapia Intensiva
Pacientes que necessitam de
sedação
Indicação:
Aumenta a tolerância do doente para procedimentos invasivos
Controle de via aérea
Adaptação à ventilação mecânica
Diminui a necessidade de oxigênio
Reduz a ansiedade
Tolerância
A mesma dose da medicação deixa de ter o
mesmo efeito
Ocorre mais frequentemente em doentes com
infusões contínuas e por longo período
Ocorrência menor em doses intermitentes
Dependência
A suspensão da medicação pode resultar em
síndrome de abstinência
Para evitar a síndrome de abstinência deve se
reduzir lentamente a infusão em pacientes com
utilização de sedativos em infusão por mais de 5
dias
Quadro de agitação, aumento da FC e PA, risco
de IAM, sudorese profusa,hipertermia
Níveis de Sedação
Sedação consciente
Sedação profunda
Avaliação da Sedação
RASS
Escala de Ramsay
Dor
Sofrimento físico/mental
Componentes da dor (estímulos físico e afetivo)
Analgesia;alívio da percepção da dor
Avaliação da dor: EM, EAV, EV
Avaliação de sinais de dor
Tratamento da dor de acordo com a OMS
Drogas
Midazolam
Propofol
Fentanil
Morfina
Dexmedetomidina
Midazolam
Benzodiazepínico
Ligação ao receptor GABA no SNC
Amnésia
Início de ação em 30 segundos via IV
Indução 0,05 a 0,35 mg/Kg
Infusão 0,015-0,3 mg/Kg/h
Antídoto:flumazenil
Sem efeito analgésico
Depressão respiratória
Hipotensão
Reação paradoxal
Alteração do nível sérico com a utilização de
outras drogas
Aumento da incidência de delirium
Sem efeito analgésico
Propofol
Sedação sem analgesia, ação no receptor GABA
Início de ação :tempo braço cérebro
Bolus: 0,5 –1 mg/Kg
Manutenção:0,3-3 mg/Kg/h
Apnéia
Hipotensão
Hiperlipidemia
Não utilizar em doses maiores que 5 mg/Kg/h
Fentanil
Opióide
100 xs mais potente que a morfina
Libera menos histamina
Antídoto:naloxona
Início de ação:30 segundos via IV
Bolus:0,7- 2 mcg/Kg
Infusão:50-500 mcg/h
Analgesia e sedação
Diminuição do fluxo sanguíneo e da PIC
Excelente estabilidade cardiovascular
Redução da resposta adrenocortical ao estresse
Íleo paralítico
Depressão respiratória
Espasmo das vias biliares
Risco de tórax duro
Morfina
Mais barato que o fentanil
Analgesia e sedação
Dose: 0,2-0,4 mg IV
Infusão: 5-10 mcg/Kg/h
Broncoespasmo
Constipação
Náuseas
Dexmedetomidina
Agente alfa 2 agonista
Antihipertensivo, analgésico e sedativo
Bradicardia e hipotensão
Dose:0,2- 0,7 mcg/Kg/h
Não fazer bolus
Utilizado para desmame de ventilação mecânica
Tratamento de delirium
Outras Drogas
Nalbufina
Tramadol
Quetamina
Etomidato
Remifentanil
Identificação dos fatores de risco
de agitação
Identificação dos fatores de risco de agitação;
De origem externa
De origem psicológica
De origem endógena
Se recomenda o uso de dexmedetomidina, fentanil, ou propofol e midazolam em doses tituladas
Pacientes em ventilação
mecânica
É recomendado a utilização da analgosedação com opióide isolado ou associação de opióide mais hipnótico
Deve se utilizar escalas para avaliação da dor e da profundidade da sedação
Não utilizar na maioria dos pacientes sedação profunda ( escala de Ramsay superior a 4)
Utilização de opiódes tendo como primeira escolha fentanil e morfina
Não utilizar meperidina, nalbufina e AINE em paciente crítico
É recomendado a utilização de midazolam ou propofol em pacientes mal adaptados à ventilação mecânica já em uso de opióides que não requerem um despertar precoce
Dexmedetomidina deve ser utilizado para sedação e analgesia em pós operatório de pacientes que necessitam de ventilação mecânica por tempo limitado
Dexmedetomidina deve ser utilizada em pacientes em que a retirada de ventilação mecânica seja difícil e em síndrome de abstinência
Se recomenda a utilização de um protocolo de monitorização e ajuste das doses de sedativos e analgésicos com interrupção diária quando se deseja a extubação
Se recomenda a utilização de potocolos de diminuição progressiva de sedativos e opióides para evitar a síndrome de abstinência
Empregar lorazepam via oral após infusões prolongadas de midazolam
Empregar metadona via oral durante a retirada de opióides utilizados em dose alta e por tempo prolongado
Se recomenda a utilização de dexmedetomidina e clonidina para facilitar a retirada de benzodiazepínicos e propofol e tratar as síndromes de abstinências
Todo paciente em ventilação mecânica deve ter um protocolo de retirada de ventilação seguido por toda equipe
Pacientes traqueostomizados em ventilação mecânica devem ter a sedação e analgesia diminuídas
O fentanil é o opióide de eleição em pacientes com instabilidade hemodinâmica, DPOC e asma brônquica
O propofol deve ser utilizado em pacientes politraumatizados que necessitem de reavaliação neurológica frequente
Se recomenda usar doses de propofol menores do que 5 mg/Kg/hora, para evitar a síndrome da infusão do propofol
Pacientes com delirium
É recomendado definir e classificar o tipo de delirium (hiperativo, hipoativo e misto) assim como os fatores desencadeantes (predisponentes e precipitantes)
Diante de um fator predisponente a presença de um fator precipitante favorece a ocorrência de delirium
A utilização de opióides, benzodiazepínicos e outras medicações psicoativas aumentam o risco de desenvolvimento delirium entre 3 até 11 vezes
Deve se utilizar a escala CAM-ICU para avaliar o delirium em paciente grave
Todo paciente que tenha uma resposta com a escala de agitação sedação e Richmond de -3 até +4 deve ser avaliado com a escala CAM-ICU
Se recomenda uma abordagem não farmacológica do delirium antes de intervenções medicamentosas
O haloperidol é a droga de escolha para o paciente crítico com delirium
Pode ser utilizado a olanzapina a risperidona como alternativas para o haloperidol
Pacientes com delirium
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