REVOLUÇÃO FRANCESA:
O Iluminismo se consolida e cria mais espaço na
Europa.O mundo vê nascer das
mãos burguesas uma nova revolução contra o poder
absolutista.
Prof. Alexandre Neto
A Liberdade Guiando o Povo, por Eugène Delacroix.
IDÉIAS ILUMINISTAS +
VÁRIAS REVOLTAS PELO MUNDO+
INDEPENDÊNCIA DOS EUA 1783.+
SENTIMENTO ANTIFEUDAL+
ASPIRAÇÕES DA BURGUESIA+
ENTRAVES FEUDAIS
REVOLUÇÃO FRANCESA
A CORTE FRANCESA TINHA GASTOS SUNTUOSOS. TROCAS DE MINISTROS:
◦ Anne Turgot - Fisiocráta que quis acabar com o poder das corporações e ampliar as indústrias.
◦ Jacques Necker – banqueiro que expos os gastos do tesouro francês.◦ Charles Alexandre – Visconde de Calone que tentou rever as medidas de Turgot.
TRATADO DE EDEN – FRANÇA E A INGLATERRA. ACIDENTES METEREOLÓGICOS ( ENCHENTES, SECAS E INVERNOS
RIGOROSOS ENTRE 1784 E 1785). QUEDA NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS. GASTOS COM A MANUTENÇÃO DO EXÉRCITO. 85% DA POPULAÇÃO ENFRENTAVAM A MISÉRIA, A FOME E A INFLAÇÃO. DESPESAS COM GUERRAS E INSENÇÕES AO PRIMEIRO E SEGUNDO
ESTADO. GASTOS COM A MANUTENÇÃO DA CORTE. AUMENTO DA POPULAÇÃO, PRODUÇÃO NÃO ACOMPANHA O
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: FOME.
SITUAÇÃO DA FRANÇA ANTES DA REVOLUÇÃO.
Revolução Aristocrática: recusa dos nobres em pagar impostos.
Revolução Burguesa: busca de poder político.
Revolução Camponesa: contra entraves feudais.
Revolução do Proletariado urbano: em busca de melhores condições de vida.
Uma Revolução? Ou várias?
ANTIGO REGIME:ESTADO DE ORDENS: de acordo com a origem.
1º ESTADO – CLERO: Alto clero: bispos, abades, cônegos;Baixo clero: padres e vigários. (com o processo revolucionário foi identificada com o terceiro estado).
2º ESTADO NOBREZA:
Nobreza cortesã ou palaciana;Nobreza de EspadaNobreza de togada
Nobreza provincial;
ANTIGO REGIME:3º ESTADO POVOAlta burguesia: banqueiros , empresários e comerciantes;Baixa burguesia: Profissionais liberais (médicos, advogados, professores) pequenos comerciantes.
Sans-culotte:Artesãos, aprendizes, trabalhadores, desempregados, marginalizados;
Camponeses:Trabalhadores do campo em regime ainda feudal.
1%
2%
97%
1º ESTADO: CLERO
2º ESTADO: NOBREZA
3º ESTADO: BURGUESIA + CAMPONESES + SANS CULOTES: obrigações e impostos.
Terras, cargos prestígio, privilégios, e isenção fiscal
Pirâmide Social
60% do que produziam ia para
tributos.
Representantes dos três Estados. 1º ESTADO – CLERO: 291 deputados; 2º ESTADO NOBREZA: 270 deputados; 3º ESTADO POVO: 610 deputados.
ASSEMBLÉIA DOS ESTADOS GERAIS:
VOTAÇÃO 2 X 1
LUIZ XVI REUNIU, NO PALÁCIO DE VERSALHES ( 1789), OS REPRESENTANTES DOS ESTADOS GERAIS PARA UMA ASSEMBLÉIA.
TINHA POR FINALIDADE VOTAR UMA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO NO SISTEMA DE COBRANÇA DE IMPOSTOS.
A NOBREZA, NÃO DESEJAVA ABRIR MÃO DE SEUS PRIVILÉGIOS, COMO A ISENÇÃO DE IMPOSTOS.
ATITUDES DO GOVERNO FRANCÊS PARA SUPERAR A CRISE.
A NOBREZA NÃO ACEITOU A MUDANÇA NO SISTEMA DE VOTAÇÃO.
TAL SITUAÇÃO LEVOU O TERCEIRO ESTADO A SE ARTICULAR E A DECLARAR A ASSEMBLÉIA NACIONAL , EM SUBSTITUIÇÃO À ASSEMBLÉIA DOS ESTADOS GERAIS.
MIRABEAU – DIGAM AO REI QUE ESTAMOS AQUI REPRESENTANDO O POVO E SÓ SEREMOS DESALOJADOS PELA FORÇA DAS ARMAS!.
PRESSÃO DO REI PARA DIMINUIR O PODER DA ASSEMBLÉIA COM O CERCO DE PARIS E VERSALHES.
EM JULHO DE 1789 A ASSEMBLÉIA NACIONAL SE AUTOPROCLAMAVA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE.
OS TRABALHOS NA ASSEMBLÉIA DOS ESTADOS GERAIS.
A BURGUESIA CONSEGUIU APOIO POPULAR PARA TRANSFORMAR A ASSEMBLÉIA NACIONAL EM UMA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE.
A ASSEMBLÉIA PASSARIA A TER COMO OBJETIVO A ELABORAÇÃO DE UMA CONSTITUIÇÃO PARA A FRANÇA.
A CONSTITUIÇÃO IMPLICARIA NO FIM DO ABSOLUTISMO MONÁRQUICO.
ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE.
Queda da Bastilha14 DE JULHO DE 1789
A REVOLUÇÃO SE PROPAGOU POR TODA A FRANÇA.◦ AS REVOLTAS CAMPONESAS FORAM TOMANDO
UMA DIMENSÃO TÃO SIGNIFICATIVA QUE PASSARAM A SER TEMIDAS ATÉ MESMO PELA BURGUESIA REVOLUCIONÁRIA.
◦ A CONSTANTES VIOLÊNCIA DE PROPRIEDADES FEUDAIS GERARAM UM SENTIMENTO DE INSTABILIDADE.
O AMBIENTE REVOLUCIONÁRIO
OS BURGUESES, REUNIDOS NA ASSEMBLÉIA, APROVARAM REFORMAS REINVIDICADAS PELOS CAMPONESES.
A ABOLIÇÃO DOS PRIVILÉGIOS FEUDAIS, COMO A COBRANÇA DE IMPOSTOS, GARANTIA A TÃO SONHADA IGUALDADE JURÍDICA AOS TRABALHADORES CAMPONESES.
“Em uma única noite, os deputados decretaram o fim dos privilégios feudais ( noite do grande medo)”
A ABOLIÇÃO DOS PRIVILÉGIOS FEUDAIS.
NO DIA 26, OCORREU UM PASSO DECISIVO EM DIREÇÃO À CONQUISTA DAS LIBERDADES INDIVIDUAIS.
PRIMEIRO DOCUMENTO ESCRITO QUE GARANTIA IGUALDADE DE CONDIÇÕES A TODOS OS FRANCESES.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO.
I - Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos; as distinções sociais não podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum.
II - O objetivo de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem; esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
III - O princípio de toda a soberania reside essencialmente na razão; nenhum corpo, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane diretamente.
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO.
IV - A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique a outrem. Assim, o exercício dos direitos naturais do homem não tem limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo desses mesmos direitos; seus limites não podem ser determinados senão pela lei.
V - A lei não tem o direito de impedir senão as ações nocivas à sociedade. Tudo o que não é negado pela lei não pode ser impedido e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordenar.
VI - A lei é a expressão da vontade geral; todos os cidadãos têm o direito de concorrer, pessoalmente ou por seus representantes, à sua formação; ela deve ser a mesma para todos, seja protegendo, seja punindo. Todos os cidadãos, sendo iguais a seus olhos, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, lugares e empregos públicos, segundo sua capacidade e sem outras distinções que as de suas virtudes e de seus talentos.
VII - Nenhum homem pode ser acusado, detido ou preso, senão em caso determinado por lei, e segundo as formas por ela prescritas. Aqueles que solicitam, expedem ou fazem executar ordens arbitrárias, devem ser punidos; mas todo cidadão, chamado ou preso em virtude de lei, deve obedecer em seguida; torna-se culpado se resistir.
VIII - A lei não deve estabelecer senão penas estritamente necessárias, e ninguém pode ser punido senão em virtude de uma lei estabelecida e promulgada ao delito e legalmente aplicada.
IX - Todo homem é tido como inocente até o momento em que seja declarado culpado; se for julgado indispensável para a segurança de sua pessoa, deve ser severamente reprimido pela lei.
X - Ninguém pode ser inquietado por suas opiniões, mesmo religiosas, contanto que suas manifestações não perturbem a ordem pública estabelecida em lei.
XI - A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo o cidadão pode, pois, falar, escrever e imprimir livremente; salvo a responsabilidade do abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei.
XII - A garantia dos direitos do homem e do cidadão necessita de uma força pública; essa força é então instituída para vantagem de todos e não para a utilidade particular daqueles a quem ela for confiada.
XIII - Para a manutenção da força pública e para as despesas de administração, uma contribuição comum é indispensável; ela deve ser igualmente repartida entre todos os cidadãos, em razão de suas faculdades.
XIV - Os cidadãos têm o direito de constatar, por si mesmos ou por seus representantes, a necessidade da contribuição pública, de consenti-la livremente e de vigiar seu emprego, de determinar sua quota, lançamento, recuperação e duração.
XV - A sociedade tem o direito de pedir contas de sua administração a todos os agentes do poder público.
XVI - Toda a sociedade na qual a garantia dos direitos não é assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem constituição. XVII - A propriedade, sendo um direito inviolável, e sagrado, ninguém pode ser dela privado senão quando a necessidade pública, legalmente constatada, o exija evidentemente, e sob a condição de uma justa e prévia indenização.
Derrubando as estruturas tradicionais do antigo regime, a burguesia francesa abriu espaços para o avanço do capitalismo, e principalmente no campo político, possibilitou a consolidação dos ideais de liberdade e de igualdade.
Declaração dos direitos do homem e cidadão Incentivo e afirmação;Liberalismo econômico;Separação entre Igreja e Estado;Fim dos direitos feudais (indenização por parte dos camponeses);Liberalismo político: cidadãos ativos (capital e propriedade) e passivos;Poder monárquico, poder executivo delegado ao rei para ser exercido por ministros.Voto seria censitário (cerca de 30% apenas teriam o direito ao voto)Abolição da escravatura nas colônias francesas
CONSTITUIÇÃO DE 1791
O PODER FICOU COM OS JACOBINOS ( PEQUENA BURGUESIA) ERAM OS GRUPOS MAIS RADICAIS, QUE EXIGIA PROFUNDA REFORMAS POLÍTICAS E SOCIAIS, ENTRE ELAS A PRÓPRIA DEPOSIÇÃO DO REI.
O PARTIDO DE CENTRO ERA A PLANÍCIE QUE REPRESENTAVA A ALTA BURGUESIA.
GIRONDINOS ( ALTA BURGUESIA) DE TENDÊNCIA MODERADA, EVITAVAM AS CONQUISTAS POPULARES E DEFENDIAM A MANUTENÇÃO DO REGIME MONÁRQUICO.
JACOBINOS E GIRONDINOS
ATRAVÉS DO LIDER MAXIMILIEN ROBESPIERRE, FOI DOMINADO O PROCESSO REVOLUCIONÁRIO, INAUGURANDO O CHAMADO PERÍODO DE TERROR, MARCADO PELA VIOLÊNCIA.
O REI LUIS XVI E SUA FAMÍLIA TENTAM FUGIR MAS SÃO RECONHECIDOS E PERDOADOS.
O REI CONTINUA CONSPIRANDO NA TENTATIVA DE UMA CONTRARREVOLUÇÃO.
PELA MUDANÇA DO SISTEMA DE VOTOS ONDE O POVO TINHA DIREITO DIRETO AO VOTO É DECRETADA A EXECUÇÃO DO REI E DA RAINHA.
FASE DA CONVENÇÃO NACIONAL: RADICALISMO TERROR.
LUÍS XVI FOI PRESO E CONDENADO A MORTE EM 1793.
MESMO COM A RADICALIZAÇÃO A FOME E A MISÉRIA ASSOLAVAM A FRANÇA.
OS GRUPOS QUE MANIPULAVAM A REVOLUÇÃO PASARAM A DISPUTAR O CONTROLE DO SISTEMA REVOLUCIONÁRIO.
O POVO SE COLOCA CONTRA A FORMA REVOLUCIONÁRIA – REVOLTA DE VENDEIA.
CRIAÇÃO DOS COMITÊS DE SALVAÇÃO PÚBLICA.◦ INSTITUIÇÃO COMANDADA PELOS JACOBINOS DE APELO
POPULAR E REVOLUCIONÁRIO
OS JACOBINOS QUE ERAM A MAIORIA REFORÇAM AS LEIS EM FAVOR DO POVO COM A DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS, O VOTO UNIVERSAL MASCULINO, EDUCAÇÃO PÚBLICA E GRATUITA E A LEI DO MÁXIMO.
A ERA DO TERROR
Girondinos X Jacobinos.
QUALQUER PESSOA SUSPEITA PODERIA SER PRESA E JULGADA PELOS TRIBUNAIS REVOLUCIONÁRIOS.
APROVEITOU-SE O MOMENTO PARA EXECUTAR INIMIGOS PESSOAIS, DENTRE ELES INÚMEROS NOBRES E MEMBROS DO CLERO.
O RADICALISMO FOI TAMANHO QUE SOB O COMANDO DE ROBESPIERRE O PRÓPRIO DANTON FOI EXECUTADO.
FIM DA ERA DO TERROR COM O GOLPE 9 TERMINADOR, QUE GEROU A PRISÃO DE ROBESPIERRE. (1794)
A ERA DO TERROR.
RETORNO DA ESCRAVIDÃO NAS COLÔNIAS FRANCESAS.
FIM DA LEI DO MÁXIMO. CONSTITUIÇÃO JACOBINA – CONSTITUIÇÃO DO ANO III.
◦ Retorno do voto censitário;◦ Criação do diretório;◦ Poder legislativo – Conselho dos anciãos e conselho dos
quinhentos. A REPRESSÃO A CONSPIRAÇÃO DOS IGUAIS DE GRACO
BABEUF. NO PLANO EXTERNO UM JOVEM GENERAL COMEÇA A
GANHAR PRESTÍGIO – NAPOLEÃO BONAPARTE.
A REAÇÃO BURGUESA: O GOVERNO DO DIRETÓRIO.
Livro páginas: 08 e 09 Livro página: 16
Casa: Livro páginas: 09 à 11 Livro páginas: 16 e 17
Atividades:
Derrotas francesas frente a exércitos ingleses e austríacos e o Diretório sofria denúncias de corrupção.
O nome de Napoleão passa a ser a melhor escolha. Militar renomado e com apoio da população.
Montagem do Governo do Consulado.
O Golpe do 18 de Brumário
Napoleão, Ducos e Sieyes.
O discurso pela paz e pela grandeza da França. O povo francês ia ao delírio com os discursos do novo líder.
Napoleão enfrenta a Segunda Coligação (Áustria, Inglaterra e Rússia) e assina a paz de Amins em 1802.
Ações internas:◦ Banco da França.◦ Sociedade Nacional de Fomento a Indústria;◦ Aproximação da Igreja e permitiu o retorno de
parcela da nobreza;
O Consulado: 1799 – 1804.
Igualdade de todos perante a lei. Proteção dos direitos a propriedade privada. Liberdade de Consciência e secularidade do
Clero. Proibição de greves; Tutela do marido sobre mulher e filhos; Reafirmava a escravidão nas colônias e a
reforma agrária.
Montagem do Código Civil - 1804
Promulga da Constituição do Ano XII – 1804.◦ Fim do regime do Consulado pelo Império
(plebiscito); Napoleão se autocoroou Imperador na
presença do Papa Pio VII.
Um golpe prenunciado.
O temor Inglês: Concorrência e Antiabsolutismo;
O duro caminho do expansionismo.◦ 1803 – A formação da terceira coligação. (Grã-
Bretanha, Rússia e Áustria).◦ 1805 – Derrota de Napoleão na Batalha de
Trafalgar.◦ Napoleão vence em terra.
Já que eles se dizem donos dos mares vamos provar quem são os donos da terra.
◦ 1806 – Bloqueio Continental.
O Império: 1804 - 1814
A ação contra a Espanha (José Bonaparte), assinatura do tratado de Fontainebleu e Invasão a Portugal (1807).
Invasão da Rússia em 1812 – 600 mil soldados derrotados pelo “General Inverno”.
Formação da sexta coligação – Áustria, Inglaterra, Rússia e Prússia vencem Napoleão em 1815 e este segue para a Ilha de Elba.
A França é entregue a Luís XVIII, irmão de Luís XVI.
O Governo dos Cem Dias e a Batalha de Waterloo. O Exílio final na Ilha de Santa Helena – morte em
1821.
O Império: 1804 - 1814
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