1. ENTREVISTA John Diamond, criador do Alien Arena
http://revista.espiritolivre.org | #004 | Julho 2009 ENTREVISTA
Sami Kystil, criador do Frets on Fire PYTHON ENTREVISTA Anlise do
livro Python para Bernhard Wymann, Desenvolvedores desenvolvedor do
TORCS GINGA Ginga brasileira na TV Interativa APTITUDE Gerenciando
pacotes PROMOES Sorteios de kits, cds e camisetas
2. COM LICENA Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |02
3. EDITORIAL / EXPEDIENTE Jogos, diverso e EXPEDIENTE Diretor
Geral muito mais... Joo Fernando Costa Jnior Editor Joo Fernando
Costa Jnior Chegamos nesta quarta edio em meio a muitos eventos, e
ultrapassando a barreira das 100 pginas! Como podero ver, apesar do
tema Reviso de capa ser sobre jogos, os eventos permearam o ms de
junho e a revista Marcelo Tonieto no poderia deix-los de fora!
Portanto, alertamos aos leitores que uma over- dose de informao os
espera. Arte e Diagramao Com o tema de capa, Jogos e Diverso, a
Revista Esprito Livre teve a Joo Fernando Costa Jnior honra de ter
como entrevistados diversos responsveis por projetos mundial- mente
conhecidos e j consagrados pela comunidade. Acompanham as entre-
Capa vistas, matrias que circundam este tema to discutido, e s
vezes at Nilton Pessanha inflamado, afinal, muitos dos leitores que
nos esto lendo neste momento ain- da utilizam softwares
proprietrios afim de terem uma plataforma para seus jo-
Contribuiram nesta edio gos favoritos. Esta edio tenta mostrar que
possvel encontrar ttulos de Acio Pires Alessandro Silva qualidade
contendo seu cdigo aberto, demonstrando que a qualidade destes
Alexandre Oliva aumenta a cada dia, assim como o nmero de jogos e
seus fs. Andressa Martins As entrevistas desta edio, que so trs,
revelam um pouco mais sobre Bernhard Wymann John Diamond - criador
do Alien Arena, Bernhard Wymann - lder da equipe Carlos Donizete
responsvel pelo TORCS e Sami Kystil, criador do Frets on Fire.
Crlisson Galdino Cezar Farias A equipe da revista est em constante
crescimento tendo desta vez par- Cezar Taurion ticipaes de
Cristiano Rohli, tratando de um tema que inflama conversas, Ce-
Cristiano Roberto Rohling zar Farias estria uma coluna sobre
Inkscape e outras ferramentas grficas, Edgard Costa Gustavo Freitas
apresenta o SEM: Search Engine Marketing, Luiz Eduardo fa- Evaldo
Junior la de seu livro sobre Python, entre outros. Por justamente
junho ter sido palco Gustavo Freitas de vrios eventos de software
livre, temos vrias matrias e relatos a respeitos John Diamond
destes, como podero ver. Ari Mendes, Andressa Martins, Alessandro
Silva, Jomar Silva Jos Josmadelmo e Vladimir di Fiori, diretamente
da Argentina, contribuiram Jos James F. Teixeira de forma impecvel
nestes eventos que ocorreram ms passado. Jos Josmadelmo D. Silva
Juliana Prado Continuamos com nossa seo de emails, com comentrios e
suges- Lzaro Rein tes enviados para a redao da revista. Participe!
Envie tambm o seu co- Leandro Leal Parente mentrio! Luiz Eduardo
Borges A Revista Esprito Livre trs a relao de ganhadores das trs
promo- Marcelo Moreno es da edio anterior. E uma novidade: novas
promoes esto a caminho, Moiss Gonalves como podero perceber, isto
se deve incluso de parceiros que estaro co- Relsi Hur Maron nosco
ao longo das prximas edies. Basta ficar ligado na revista e no site
ofi- Roberto Salomon cial da revista
[http://revista.espiritolivre.org] para no perder nenhum detalhe.
Sanmara B. Guimares Sinara Duarte Nossos agradecimentos a todos
aqueles que tornaram e tornam este tra- Tatiana Al-Chueyr balho
possvel, inclusive aos que colaboraram com as tradues das entrevis-
Vladmir di Fiori ta, Andressa Martins, Acio Pires, Marcelo Tonieto,
Juliana Prado, Relsi Hur Viktor Chagas Maron, etc. Wallisson
Narciso Wesley Samp A Revista Esprito Livre, atravs da colaborao e
apoio desta forte equi- Yamamoto Kenji pe, vem crescendo e mostra
mais uma vez que chegou para ficar, que entrou Yuri Almeida no
jogo, afim de disponibilizar contedo de qualidade, temas
relevantes, mat- rias com o propsito de acrescentar, feita por e
para leitores. Contato [email protected] O contedo assinado
e as imagens que o integram, so de inteira responsabilidade de seus
respectivos autores, no representando necessariamente a Joo
Fernando Costa Jnior opinio da Revista Esprito Livre e de seus
responsveis. Todos os direitos Editor sobre as imagens so
reservados a seus respectivos proprietrios. Revista Esprito Livre |
Julho 2009 | http://revista.espiritolivre.org |03
4. EDIO 003 SUMRIO CAPA Entrevista com 43 Evoluo dos jogos para
Linux Bernhard Wymann Verdade ou iluso? 47 Newsgame O
embaralhamento de fronteiras entre PG. 27 jornalismo e videogame
COLUNAS Entrevista com John Diamond 11 Tron: jogando por liberdade
Zumzumzum.. PG. 35 14 Jogando Velha Torneios eram disputados... 16
Serious Game Entrevista com Que tal um jogo srio? Sami Kystil 20
Cordel da Pirataria E voc, um pirata?! PG. 39 24 cio Criativo Voc
sabe do que isto trata? TECNOLOGIA ODF no Brasil 50 O que vemos
pelo retrovisor e temos no parabrisa DESENVOLVIMENTO 104 AGENDA 06
NOTCIAS 53 Virado pra Lua - Parte 4 Preparando o foguete para a
LUA! 55 Portais instantneos com Joomla Conhecendo este gerenciador
de contedo
5. 57 Python para Desenvolvedores EDUCAO Anlise do livro 74
Computador e crianas em casa REDE Guia de sobrevivncia para pais
nas frias 60 TCOS no Kubuntu 9.04 Instale o TCOS no Kubuntu com
este passo-a-passo SOFTWARE PBLICO GRFICOS 79 Ginga Ginga
brasileira na TV Interativa 65 Tranformando objetos em MULTIMDIA
linhas guias no Inkscape hora de desenhar! 84 Kernel Real-time e
udio no Linux Aumente o som... ADMINISTRAO 68 Gerenciando pacotes
com o MKT Aptitude Segura o pacote! 88 SEM: Search Engine Marketing
Vamos buscar... FRUM EVENTOS 71 Porque as pessoas (ainda) preferem
o Windows? Uma boa pergunta... 89 Relato: CMS Brasil 2009 CMS e
conhecimento 92 Relato: III ENSOL Muita informao e discusses
relevantes 94 Relato: FISL10 Contra a vigilancia e o controle da
internet 98 FISL10 Liberdade e diversidade cultural 101 Relato:
M3DDLA Mvel e embarcado... 09 LEITOR 10 PROMOES HUMOR 102 Os
Levados da Breca Helpdesk Windows e Mac vs. Linux Funcionrio
Pblico
6. NOTCIAS NOTCIAS Por Joo Fernando Costa Jnior Seja a
diferena: Mozilla Service Week! SqueakFest Brasil 2009 A Mozilla
tem o prazer de anun- Os organizadores ciar a primeira Mozilla
Service convidam educado- Week. Durante a semana de res,
estudantes, 14 a 21 de setembro de 2009, pais e desenvolve- est
convocando voluntrios pa- dores a participar ra serem a diferena
usando a da Squeakfest Bra- Internet para melhorar sua co- sil,
evento internacional voltado utilizao do munidade. A Mozilla uma
co- software Squeak Etoys na Educao. Realizada munidade global com
a misso pela primeira vez fora dos Estados Unidos, a de fazer a
Internet melhor para todos. Quando Squeakfest contar com a presena
de lderes membros da nossa comunidade decidem tomar das comunidades
de uso do Squeak Etoys nos uma atitude, eles tm o poder de
realmente fa- Estados Unidos, na Alemanha e em pases da zer a
diferena. Busca-se pessoas que queiram Amrica Latina que participam
da modalidade compartilhar, se engajar, criar e colaborar ofere-
1:1 (um laptop por aluno), bem como de pesqui- cendo seu tempo e
talento para organizaes lo- sadores brasileiros da aplicao da
linguagem cais de interesse pblico, sem fins lucrativos e LOGO,
atualmente inculados ao Projeto pessoas que precisarem de sua
ajuda. Quer par- UCA/SEED-MEC. Mais informaes no ticipar?! Ento
visite mozillaservice.org para squeakfest.org. mais informaes.
Cisco apresenta roteador Linksys 802.11n Governo Belga torna pblico
software usado com Linux em mquinas de voto eletrnico A Cisco
anunciou a comuni- Aps as eleies regionais dade o WRT160NL, um ro-
e europias que acontece- teador sem fio 802.11n ram no dia 7 de
Junho des- open-source que vem com te ano, o governo belga Linux. O
modelo d mais decidiu disponibilizar o cdi- poderes ao usurio, sem
go-fonte do software utiliza- que haja necessidade de do em suas
mquinas de recorrer a hacks no firmwa- voto electrnico. Tambm foi
tornado pblico a re. Entre outras coisas, a escolha do Linux tam-
especificao do tipo de arquivo usado para a co- bm permite
armazenamento e municao entre as mquinas e os servidores
compartilhamento atravs de USB, podendo centrais. O software e a
especificao do tipo de compartilhar arquivos para qualquer
computador arquivo esto disponveis no site do orgo belga ou
dispositivo que reconhea UPnP. O modelo que regula os atos
eleitorais e pode ser conferi- j est disponvel a U$$ 120 dlares.
Informa- do aqui. es aqui. Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |06
7. NOTCIAS Amazon disponibiliza parte do cdigo-fonte net est a
ponto de converter-se no lugar mais do Kindle DX regulado que
jamais tenhamos conhecido. Isto A Amazon, criadora Kindle se deve
no somente ao poder legislativo do Es- DX, ganhou as pginas de di-
tado, mas tambm arquitetura das novas tec- versos meios nas ltimas
se- nologias. A ausncia de uma discusso poltica manas ao ser
noticiado que sobre estas questes j no produz como antes estaria
disponibilizando o cdi- uma liberdade por padro. Ao contrrio, deixa
go-fonte usado em seu produ- campo livre aos grupos empresariais e
ao Esta- to. O que acontece que a do para produzir tecnologias a
sua medida. Ex- empresa disponibilizou o cdi- tender esta discusso
o principal propsito go-fonte de alguns softwares deste livro."
Quer saber mais ento descarregue- que so usados em seu leitor de
ebooks, mais o aqui. especificamente o cdigo das aplicaes licencia-
das sob a GNU General Public License, cumprin- Palm libera cdigos
do WebOS usados em do desta forma os termos desta licena. Assim,
seu Palm PRE a empresa est apenas cumprindo os termos descritos na
GPL, caso contrrio, provavelmen- A Palm liberou recentemen- te
teria que enfrentar algum processo judicial. te a relao de
softwares open source utilizados no Palm Pre, bem como o cdi-
Conhea o pdfreaders.org! go-fonte dos seus patches. Voc, que est
lendo a Revis- No site http://opensour- ta Esprito Livre neste mo-
ce.palm.com podem ser mento, est usando um maiores informaes sobre
tal liberao, bem leitor de PDF de cdigo aber- como o downloads dos
referidos pacotes. Em to? Se no, o convidamos a um blog ligado ao
site oficial da Palm afirmado conhecer o pdfreaders.org. que est
prevista a liberao do SDK para o fi- A iniciativa partiu
originalmen- nal do vero americano. te da Fellowship da Free
Software Foundation Europe (FSFE) e apresenta no referido endere-
Maior provedor da Noruega pressionado a o uma srie de solues para
leitura de seus bloquear The Pirate Bay pdfs atravs de softwares de
cdigo-aberto, obe- decendo Padres Abertos, pois estes garantem O
tempo est fechando l a interoperabilidade, competio e escolha.
pelos lados da Noruega, e a tempestade aponta em direo ao The
Pirate Publicado "El Cdigo 2.0", livro em espanhol Bay, conhecido
site busca- do autor Lawrence Lessig dor de torrents. Diversos O
editorial "Traficantes de Su- estdios de cinema e gra- eos"
publicou o novo livro em es- vadoras esto pressionan- panhol de
Lawrence Lessig do o maior provedor da intitulado "El cdigo 2.0",
sob a li- Noruega, a Telenor, a bloquear o acesso ao bus- cena CC e
disponvel para down- cador. Medidas semelhantes j foram tomadas
load em formato PDF. Segue na Dinamarca e Itlia. trecho (traduzido)
do livro: "A Inter- Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |07
8. NOTCIAS Mozilla lana Firefox 3.5 legalizar o servio,
encontrando maneiras de pa- Aps vrios meses de desen- gar aos
provedores de contedo e detentores volvimento, eis que a Mozilla
fi- de direitos autorais sempre que uma msica ou nalmente
disponibiliza a filme for baixado no The Pirate Bay. Segundo verso
final do Firefox 3.5. As Peter Sunde, co-fundador e porta-voz do
The Pi- novidades so muitas, mas rate Bay, o valor arrecadado com a
venda ser provavelmente, a mais impor- usado para projetos
relacionados a internet na tante delas o suporte do pro- forma de
ativismo poltico. Detalhes em tocolo HTML5, que possibilita
http://thepiratebay.org/blog. entre vrias coisas o suporte para as
tags udio e vdeo. A nova verso do Fi- Lanado PostgreSQL 8.4 refox
traz ainda suporte a CSS3 e novo motor pa- ra renderizar
Javascript. Para informaes e O Grupo de Desenvolvimento Global do
Post- download, visite http://www.mozilla.com. greSQL anuncia o
lanamen- to da verso 8.4, continuando o rpido desen- FreeDOS
completa 15 anos volvimento do banco de da- No ltimo dia 28, o
FreeDOS, sistema operacio- dos de cdigo aberto mais nal alternativo
ao MS-DOS avanado do mundo, como e compatvel com o mes- afirma a
equipe. Esta verso mo, completou 15 anos de contm vrias melhorias
existncia. O FreeDOS sur- quanto a administrao, consulta e
programa- giu em 1994, quando o estu- o de bancos de dados
PostgreSQL, tornando dante de fsica Jim Hall estas tarefas mais
fceis do que nunca. As mu- decidiu criar um projeto pa- danas so
significativas, totalizando 293 modifi- ra preservar o sistema, lo-
caes entre novos recursos e melhorias. go aps a Microsoft anunciar
que abandonaria o Informaes no http://www.postgresql.org. MS-DOS e
que seu novo sistema operacional vi- ria a ser o Windows 95. Hall
ento anunciou o Sistema educativo holands torna livre plata- PD-DOS
(Public Domain DOS) em 28 de junho forma de gesto e distribuio de
vdeos do mesmo ano. Saiba mais em http://www.free- dos.org. O
cdigo-fonte da Media- Mosa, plataforma de ges- to e distribuio de
The Pirate Bay vendido e comprador quer in- contedos vdeo criada
troduzir novo modelo de negcios para o sistema educativo Os
fundadores do site con- holands, tornou-se livre. cordaram em
vend-lo pa- O anncio foi feito pela empresa SURFnet e pe- ra uma
rede de pontos de la agncia pblica de suporte de IT do setor edu-
acesso pblicos na Sucia cacional da Holanda, Stichting Kennisnet.
Para chamada Global Gaming os dois rgos, a disponibilizao do cdigo
sob Factory X por 7,8 milhes uma licena aberta, neste caso a GPLv2,
ir per- de dlares. A Global Ga- mitir que qualquer pessoa possa
ajudar a me- ming Factory X (GGF) afir- lhor a aplicao. MediaRosa
baseada no mou ainda que quer Drupal e o seu cdigo pode ser
conferido aqui. Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |08
9. COLUNA DO LEITOR EMAILS, SUGESTES E COMENTRIOS Ayhan YILDIZ
- sxc.hu Voc j enviou seu comentrio? Ajude a revista Parabns pela
iniciativa. Aqui em So Lus do ficar ainda melhor! Contribua, envie
suas suges- Maranho no nada fcil encontrar apoio de tes e crticas.
Abaixo listamos mais alguns co- qualquer natureza quando o assunto
Software mentrios que recebemos: Livre, e encontrar esta revista
foi muito bom. Ribamar Costa - So Luz/MA A qualidade da revista est
cada vez maior! Ma- trias diversificadas com base terica e prtica.
A Revista Esprito Livre mais uma contribui- D prazer em ler a
revista! o para a disseminao do software livre com Sandro
Brasileiro - Vila Velha/ES qualidade profissional aqui no Brasil.
Isso mui- to bacana, pois, temos uma certa carncia de in- incrvel.
Quando penso que a qualidade da re- formaes "livres" relacionados a
softwares vista chega ao mximo, eles vm com mais es- livres no
Brasil que tenha credibilidade o que sa edio, lanada to pouco tempo
aps a no quer dizer que no sejam de qualidade, is- segunda. A
equipe Esprito Livre est de para- so importante para citaes em
artigos ou tra- bns por nos disponibilizar um material to farto
balhos acadmicos por exemplo. Esta uma de qualidade e timas matrias
de maneira total- iniciativa louvvel e deve ser promovida sempre
mente gratuita. que possvel. Ricardo Martiniano da Silva - Joo
Pessoa/PB Saulo Vieira de Almeida Filho - Contagem/MG A Revista est
cada dia mais massa e interes- Est ficando muito difcil encontrar
novas pala- sante! Parabns a todos... continuem assim! vras para
elogiar as edies desta revista. Vou Rodolfo Azevedo Bueno -
Goinia/GO ter que comprar um dicionrio especializado em elogios.
Parabenizo pela "espetacular" participa- Logo que recebi o
comunicado do lanamento o feminina nesta edio... Cuidado: estamos
da 3 edio da revista, entre no site correndo e dominando o
mundo!!!! rsss j baixei a minha. claro que j estou lendo. Karla
Capucho - Vitria/ES Parabns a todos!!! Jos Raimundo O. Silva -
Taguatinga/DF Gostaria de parabeniz-los pela Revista. O con- tedo
ficou muito bom, assim como a forma de Parabns pela tima revista.
Desde o fechamen- abordagem. Espero que continue neste timo n- to
da Revista do Linux estvamos precisando vel e que se popularize
cada vez mais. de um substituto altura! Vitor S. Bertoncello -
Santa Maria/RS Seido Nakanishi - So Jos dos Campos/SP Revista
Esprito Livre | Julho 2009 | http://revista.espiritolivre.org
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10. PROMOES RELAO DE GANHADORES E NOVAS PROMOES PROMOES Na edio
#004 da Revista Esprito Livre tivemos 3 promoes, onde sorteamos 5
inscries para cada um dos eventos que haviam em questo. Abaixo,
segue a lista de ganhadores de cada uma das promoes. Para aqueles
que no ganharam fica o recado: novas promoes esto a caminho!
Ganhadores da Promoo CMS Brasil 2009: 1. Tiago Bertoni Scarton -
Bauru/SP 2. Jefferson de Oliveira Marinho - So Paulo/SP 3. Srgio
Ricardo Milare - So Paulo/SP 4. Arimendes Rodrigues de Oliveira -
Embu/SP 5. Henrique G. Gularte Pereira - Santa Maria/RS Ganhadores
da promoo FISL10: 1. Alexandre Alves Correa - Porto Alegre/RS 2.
Bruno de Jesus Santos - Valena/BA 3. Adriana Sommacal - Porto
Alegre/RS 4. Rafael Ris-Ala Jardim - Campos dos Goytacazes/RJ 5.
Francisca Juscivania Mendes - Fortaleza/CE Ganhadores da promoo III
ENSOL/PB: 1. Herbert Vasconcelos Dantas - Joo Pessoa/PB 2. Dhrsy
Gabriel Ferreira da Silva - Caruaru/PE 3. Eliara Maria Tavares -
Paraguau/MG 4. Calismar Moreira da Cunha - Cariacica/ES 5. Marcus
Vincius de Barros Pontes - Joo Pessoa/PB A VirtualLink em parceria
com a Revista Esprito Livre estar sorteando kits de cds e dvds
entre os leitores. Basta se inscrever neste link e comear a torcer!
O Clube do Hacker em parceria com a Revista Esprito Livre estar
sorteando associaes para o clube, entre outros. Basta se inscrever
neste link e cruzar os dedos! Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |10
11. COLUNA ALEXANDRE OLIVA Tron: jogando por liberdade Por
Alexandre Oliva commons.wikimedia.org Quem no lembra do zum- a
chave para uma nova or- zumzum sobre o filme Tron, dem! Este disco
de cdigo sig- uma Odissia Eletrnica, em nifica liberdade!, Meu
usurio meados dos anos 1980? Na tem informao que poderia... poca eu
brincava com videoga- que poderia tornar este siste- mes, era
fascinado por progra- ma novamente livre! e Este mao e me
interessei muito o Tron. Ele luta pelos usuri- pelo filme. No
entanto, por al- os. Fez-me pensar se Ri- guma razo, no assisti a
esse chard Stallman foi inspirado marco na histria da fico cien-
pelo filme, lanado pouco mais tfica e dos efeitos especiais an- de
um ano antes do projeto tes de esbarrar nele, outro dia, GNU. numa
loja de DVDs na Internet. Tron, pra quem no sabe Embora a histria
seja in- ou no lembra, era um progra- teressante e sedutora como
tan- ma escrito para monitorar as tas outras batalhas entre o
comunicaes do mainframe bem e o mal, e os efeitos de da ENCOM,
computador con- computao grfica ainda im- trolado pelo malvolo
Master pressionem, levando-se em Control Program, ou MCP, ana-
conta sua idade, o que me fez grama do ento prevalente vibrar foram
frases como Esta CP/M. Kevin, brilhante ex fun- Revista Esprito
Livre | Julho 2009 | http://revista.espiritolivre.org |11
12. COLUNA ALEXANDRE OLIVA cionrio da ENCOM e autor de Kevin,
digitalizado, encon- bertando o sistema, os progra- vrios jogos
eletrnicos por ela tra Tron, feito imagem e seme- mas, as linhas de
comercializados, tentava inva- lhana de seu autor, e muitos
comunicao e os usurios. dir o mainframe para reunir pro- outros
programas apropriados Embora algum conhecimento vas de que era ele
o autor dos pelo MCP. So todos obriga- de informtica ajudasse a en-
jogos que valeram muitas pro- dos a atuar em jogos eletrni- tender
alguns dos chistes do fil- moes ao executivo que assu- cos, como
gladiadores nos me, como o End Of Line, ou miu sua autoria, numa
jogada circos do Imprio Romano. A Fim da Linha, com que o que
lembra a compra do Quick preocupao com usurios era MCP terminava
suas conver- and Dirty Operating System pe- ridicularizada e
condenada: O sas, no precisa ser nem la Microsoft para fornecer o
sis- MCP os escolheu para servir o software nem desenvolvedor tema
operacional para o IBM sistema na arena de jogos. para compreender
por que foi PC, assim como vrios lances Aqueles que continuarem a
pro- to comemorada a queda do ainda mais traioeiros entre Mi-
fessar a crena nos usurios re- MCP na fico. crosoft e Apple
retratados no fil- cebero o treinamento padro J no mundo real, o
MCP me Piratas do Vale do Silcio. abaixo do padro, o que acaba-
continua espalhando o terror MCP reclamou ao executi- r resultando
em sua elimina- entre jogos e outros tipos de vo sobre Tron: No
posso tole- o. Aqueles que renunciarem programas, atravs de DRM,
rar um programador a essa crena supersticiosa e formatos de arquivo
e protoco- independente me monitorando. histrica sero elegveis para
a los secretos, falta de acesso Voc tem ideia de quantos sis- Elite
Guerreira do MCP. ao cdigo fonte, desvios de pa- temas eu invadi,
de quantos Um programa de clculo dres estabelecidos, introdu-
programas eu me apropriei?. de juros compostos manifesta- o fora de
falsos padres, Bloqueou o acesso de Tron e va sua frustrao com os
des- computao em nuvem, licen- seu autor, que recorreu ento mandos
do MCP: Fala srio! as excessivamente limitadas, ajuda de Kevin.
Este acaba Mandar-me aqui para atuar em EULAs cada vez mais abusi-
sendo digitalizado por uma jogos?! Quem ele calcula que vas e
ameaas atravs de pa- mquina desenvolvida por um ? Para um guarda do
MCP, tentes de software. Se o MCP cientista que, em discusso
ameaava: Vocs vo deixar se valia, para acumular poder, com o
executivo, afirma que meu usurio muito bravo!, ao de acesso
indevido a computa- para atender s requisies que o guarda respondia
com es- dores de terceiros, um dos mo- dos usurios que servem os
crnio: Que maravilha! Outro tes do AI-5.0 do Senador computadores!,
de que o exe- maluco religioso! Na poca, Azeredo, outros viles
visionri- cutivo discorda: Servem para ainda no chamavam aqueles os
da vida real tentam levar a promover nossos negcios. Es- como ns,
que lutamos pelos cabo o desastre que previu Bill tava a plantado o
embate en- usurios, de xiitas ou fundamen- Gates em 1991: Se
houves- tre o controle das talistas. sem entendido como patentes
computaes pelos usurios e Depois de jogar e vencer, seriam
concedidas quando a por aqueles que se creem no di- Kevin (Do outro
lado da tela pa- maior parte das idias de hoje reito de obter
vantagens abusi- recia bem mais fcil!) e Tron foram inventadas e
houves- vas privando-os desse acabam escapando da arena sem obtido
patentes, a inds- controle, atravs de negao de jogos e, aps
perseguies tria estaria totalmente de cdigo fonte, Gesto Digital e
batalhas emocionantes no es- estagnada. de Restries (DRM), Tivoiza-
pao virtual, chegam ao MCP No ajuda quando desvi- o, direito
autoral, patentes, e previsivelmente o derrotam, li- am o foco dos
Trons, que lu- EULAs e por a vai. Revista Esprito Livre | Julho
2009 | http://revista.espiritolivre.org |12
13. COLUNA ALEXANDRE OLIVA jogar o jogo para reconquistar
nossas liberdades, ou deixar os MCPs tomarem o controle de tudo e
darem a ltima pala- Precisamos de cada vra at o Fim da Linha? vez
mais Richards e Trons para Copyright 2009 Alexandre Oliva
fortalecer a Aliana Rebelde na Cpia literal, distribuio e publica-
luta pelas liberdades... o da ntegra deste artigo so permi- tidas
em qualquer meio, em todo o mundo, desde que sejam preserva- das a
nota de copyright, a URL oficial Alexandre Oliva do documento e
esta nota de permis- so. http://www.fsfla.org/svnwiki/blogs/lxo/
tam pelos usurios, e glorifi- pub/tron-jogando-por-liberdade cam os
Kevins, que entraram vin apenas por acaso participa- na histria em
busca de diver- ram de batalhas cruciais na so e atrs de seus
prprios in- longa luta pelos usurios e cer- teresses mesquinhos.
como tamente no tomam partido nes- glorificar o mercenrio Han So-
sa guerra, assim como Han lo, de Guerra nas Estrelas, por apenas
por acaso participou seu papel na vitria da Aliana de uma batalha
contra o Imp- ALEXANDRE OLIVA Rebelde, esquecendo de todo rio.
conselheiro da Fundao Software o trabalho anterior feito pelos re-
Livre Amrica Latina, Como cada vez mais inte- beldes e do total
descomprome- mantenedor do Linux- resses mesquinhos cooptam Li-
libre, evangelizador timento de Han Solo com a nuses, Kevins e
Hans, que do Movimento causa. No toa que, quan- Software Livre e
perseguem, como sempre fize- engenheiro de do a FSF foi agraciada
com o ram, seus prprios interesses, compiladores na Red Prmio Linus
Torvalds na Hat Brasil. Graduado precisamos de cada vez mais na
Unicamp em [GNU/]LinuxWorld de 1999, Ri- Richards e Trons para
fortale- Engenharia de chard Stallman traou esse pa- Computao e cer
a Aliana Rebelde na luta ralelo: to irnico como Mestrado em pelas
liberdades cerceada pe- Cincias da conceder o Prmio Han Solo los
MCPs e pelo Imprio. Va- Computao. Aliana Rebelde. Linus e Ke- mos
lutar pelos usurios e Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |13
14. COLUNA ROBERTO SALOMON JOGANDO VERA Por Roberto Salomon
David-Kingsley Kendel - sxc.hu Quando criana, uma das tenso era
palpvel. Era poss- grandes diverses era o jogo vel perder at mesmo
os preci- de bola de gude. Verdadeiros osos olhos de gato que
torneios eram disputados eram entravam no jogo como cam- disputados
naqueles espaos pees de algum exrcito mgi- onde a grama no crescia.
Em co. Por isso mesmo, na Braslia, na poca, isso no maioria das
vezes, jogavamos era muito difcil de encontrar brinca (de
brincadeira) e ao pois ainda havia muitos cantei- final da partida,
cada um volta- ros de obras e gramados acaba- va para casa com
todas as bo- dos no eram to comuns las intactas (sem trocadilhos,
quanto hoje. Com o calcanhar por favor). grosso de correr descalo,
ca- Os tempos mudaram e os apas eram cavadas em linha jogos tambm.
Depois que re- ou uma barca era desenhada solvemos incorporar o
compu- com o galho ou pedra mais pr- tador s nossas vidas xima. E o
jogo comeava. O profissionais, precisavamos maior risco era perder
as boli- dar um jeito de tambm jogar nhas de vidro quando o jogo
com eles. Mesmo quem da era Vera (ou para valer). A "gerao Atari"
no faz idia Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |14
15. COLUNA ROBERTO SALOMON da emoo que alguns meros Mas
voltando ao jogo... Esta estrutura permite quadrados na tela da TV
eram O mercado de jogos j que novos servidores sejam capazes de
provocar em um jo- um mercado maduro onde o provisionados em
segundos go chamado Pong (comerciali- modelo de negcios se reinven-
sempre que um grupo inespe- zado no Brasil, na poca, com ta
periodicamente. O Linux e o rado de jogadores resolva en- o nome
TeleJogo, da Philco). Software Livre so recm che- trar on-line ou
viajar para Horas de diverso passadas gados a este mundo mas solu-
outras reas do mundo do jo- em torno de um crculo dese- es em Linux
j ganharam go. o Software Livre garantin- nhado na terra foram
substitui- uma posio consolidada e rele- do a jogabilidade de um
das por horas com um controle vante. Em especial nos bastido-
sem-nmero de jogadores. de videogame na mo em tor- res do atual
mercado de jogos. Este tipo de investimento neios que reuniam os
amigos mostra que o mercado de jo- na frente da TV do amigo que Por
ser um mercado es- sencialmente voltado ao consu- gos cresceu e se
consolidou. podia comprar o jogo. Investimentos j so justific-
midor final, so poucas as Evoluiram os computado- empresas que
investem na pro- veis e modelos de negcios res e os jogos no podiam
dei- duo de jogos para Linux. so escritos prevendo um retor- xar de
evoluir tambm. Muitos Uma honrosa exceo a ID, no grande o
suficiente para jus- evoluiram apenas para aprovei- que vem lanndo
verses Li- tificar estes investimentos. tar os novos recursos
grficos nux dos mecanismos de jogos Linux e solues de Software das
novas mquinas chegando como Doom e Quake. J nos Livre so partes
integrantes a um grau de realismo que j ul- servidores, a histria
bem ou- deste cenrio e a tendncia trapassou o realismo de mui- tra.
E o melhor dela que pode- vermos uma participao cada tos filmes de
fico cientfica mos usar um grande exemplo vez maior destas solues
on- feitos a menos de 20 anos. Ou- daqui do Brasil mesmo. de o
dinheiro gerado. tros, optaram por manter a tradi- Da minha parte,
continuo o de se preocupar com a Temos aqui uma empre- sa chamada
Hoplon Infotain- esperando clientes destes jo- qualidade do jogo
(gameplay, gos que eu possa jogar. Mes- para os americanos) criando
ment que desenvolveu um jogo no modelo MMORPG mo que escondido,
quando clssicos que se tornaram qua- meus filhos no esto por per-
se vcios - Tetris e Bubble Brea- (Massively Multiplayer Online Role
Playing Game) chamado to para um desafio vera. ker so dois que
posso citar do alto da memria. Taikodom. Jogos deste tipo re-
querem o desenvolvimento de Maiores informaes: Confesso que tenho
uma dois componentes essenciais: dificuldade incrvel para enten- um
cliente rico em detalhes gr- Blog do Roberto Salomon: der como que
para realizar ficos e; uma estrutura de servi-
http://rfsalomon.blogspot.com um ataque, tenho que pressio- dores
robusta que aguente nar trs botes do joystick en- picos de demanda
sem tirar a quanto movo o controle do pacincia dos jogadores. O
cli- polegar direito para cima e o ROBERTO ente, por enquanto,
somente SALOMON do esquerdo para baixo. Meus Windows mas o que
chama a arquiteto de software filhos, no entanto, parecem na IBM e
voluntrio ateno mesmo a infra-estru- do projeto achar isso tudo
muito natural, tura de servidores que a Ho- BrOffice.org. o que me
leva a derrotas amar- plon montou: centenas de gas nas raras
ocasies em servidores Linux virtualizados que eles me deixam jogar.
em um mainframe IBM. Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
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16. COLUNA CZAR TAURION SERIOUS GAME Jean Scheijen - sxc.hu Por
Czar Taurion Geralmente quando se fa-
(http://en.wikipedia.org/wiki/Se- la em games, imagina-se ape-
rious_game). nas entretenimento e lazer, E medida que a gera- para
adolescentes despreocu- o digital se entranhe nas em- pados...Mas,
games esto se presas, mais e mais veremos tornando coisa sria, de
uso presso para termos estas tec- empresarial, para diversos
nologias no ambiente de traba- usos como o Energyvlle criado lho. A
propsito do assunto pela Chevron para divulgar jogos srios, a IBM
elaborou sua poltica ecoconsciente um relatrio muito interessan-
(http://www.willyoujoinus.com/) te, chamado Virtual Worlds, ou
America's Army Real Leaders: Online games (http://www.americasarmy.
put the future of business lea- com/) criado pelo Exrcito ame-
dership on display, produzido ricano para incentivar o recruta- em
conjunto com a Seriosity mento. Alis, o assunto Inc, partir de um
estudo condu- Serious Games pode ser vis- zido por pesquisadores da
Uni- to em mais detalhes no Wikipe- versidade de Stanford e MIT dia
Sloan School of Management. Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |16
17. COLUNA CZAR TAURION de liderana aprendidas nes- tes jogos
para melhorar sua ... games esto se prpria eficcia no trabalho.
tornando coisa sria, de uso Uma interessante dedu- o do estudo que
embora empresarial... no se possa dizer que cada pessoa dentro de
um organiza- o pode e deve ser um lder, Czar Taurion lideranas
podem eventual- mente emergir dadas ferramen- tas adequadas para as
circunstncias adequadas. Se A idia bsica do relatrio vocs quiserem
ler o documen- pode ser sintetizada pela frase completo de
informaes. to (o que eu recomendo!) aces- de um dos seus
pesquisado- Alm disso a liderana tempo- sem res, Byron Reeves, da
Universi- rria, muitas vezes surgindo pa-
http://domino.watson.ibm.com/ dade de Stanford que diz: If ra uma
determinada misso, comm/www_innovate.nsf/pa- you want to see what
business ao trmino da qual, nova lide- ges/world.gio.gaming.html.
Re- leadership may look in three to rana aparece. Este ltimo
comendo tambm um estudo five years, look at whats happe- um ponto
importante, uma vez muito interessante que analisa ning in online
games!!! que como no h expectativas psicologia dos gamers MMOG, da
liderana ser permanente, O estudo busca ajudar a em
http://www.nickyee.com/da- acaba-se encorajando colabo- responder
as questes: Em edalus/. Infelizmente este proje- raes e
experimentaes. Cla- um cenrio de empresas globa- to est adormecido,
mas os ro que surgem lderes que lizadas, distribudas e inovado-
documentos continuam dispon- ficam muito tempo na lideran- ras,
atuando de forma veis. a, mas pela simples razo colaborativa e
virtualizada, co- que so reconhecidos como tal Alm disso, um outro
es- mo seriam seus lderes? Quais pela comunidade e no impos- tudo,
feito pela Pew Internet os skills e competncias neces- tos pela
organizao. Este mo- (http://www.pewinternet.org/ srios? Onde
conseguir estes delo contrasta claramente com
Reports/2008/Teens-Video- skills e competncias?. o modelo de
liderana atual, Games-and-Civics.aspx) mos- Uma proposta que os jo-
de posio permanente, que trou que os games MMOG am- gos
(principalmente os MMOG, tende a criar gerentes arredios pliam as
oportunidades de ou massively multiplayer online experimentaes e
inova- interao social e que deveria games) criam contextos que po-
es. ser adotada com mais nfase dem mostrar como seria a lide- no
ambiente educacional. Pa- Uma pesquisa comple- rana do futuro. Os
lderes das ra verem algumas experincias mentar feita com uma
comuni- comunidades criadas em torno de games em educao, ve- dade
de cerca de 200 gamers destes jogos conquistam esta jam o site da
Local Games da IBM (funcionrios) mostrou posio por meritocracia e
so Lab, da Universidade de Wis- que eles acreditam que jogar
influenciadores, mas de forma consin-Madison, nos EUA, em MMOG
melhora suas competn- colaborativa e no impositiva,
http://lgl.gameslearningsociety. cias de liderana no mundo re-
aceitam riscos e falhas, e to- org/. al e quatro em cada dez mam
decises de forma rpida disseram que aplicam tcnicas Com base nesta
propos- e sem dispor de um conjunto ta, a IBM lanou h algum tem-
Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
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18. COLUNA CZAR TAURION po o INNOV8 (o nome uma brincadeira com
a palavra inno- vate, usando-se innoveight), Estudo feito pela Pew
um jogo que mostra os funda- mentos do BPM (Business Pro- Internet,
mostrou que os games cess Management), que pode ser visto em
http://www- MMOG ampliam as 01.ibm.com/software/solutions/
soa/innov8.html . O INNOV8 oportunidades de interao social
orientado a universidades que estejam ensinando BPM, um e que
deveria ser adotado com jogo free, e faz parte do progra- mais
nfase no ambiente ma Academic Initiative da IBM. Bem, e como o
Brasil es- educacional. t posicionado na indstria de Czar Taurion
games? Entrei no site da Abra- games e descobri uma pesqui- sa
sobre a indstria brasileira games est mais focada em um jogo
interessantssimo, on- de jogos eletrnicos consoles e celulares. de
os participantes agem co- (http://www.abragames.org/ mo se
estivessem no sculo docs/Abragames-Pesquisa XXIII. Mas, o corao do
jogo 2008.pdf). Alguns dados da pes- Claramente temos imen- uma
tecnologia chamada Bit- quisa: so potencial para crescimento!
verse, que permite criar ambi- a) Existem 42 empresas E como se
ganha dinheiro pro- entes de terceira dimenso, que produzem games
no Brasil. duzindo games? Por exemplo, que podem ser usados por ex-
analisando o mercado de emplo, alm de jogos em b) O PIB (hardware e
MMOG, vemos que ele permite software) de jogos eletrnicos aes de
ensino a distncia. O basicamente dois modelos de Bitverse foi
escrito em Java, aqui de cerca de 87,5 mi- receita: venda de
assinaturas lhes de reais. demonstrando de forma inequ- ou o que
foi adotado pela Ho- voca a potencialidade desta lin- c) 43% da
produo dos plon, de entregar o jogo de gra- guagem para jogos. Ah,
e uma softwares de jogos brasileiros a, mas ofertar produtos
curiosidade: a Hoplon usa um destinado exportao. O pagos, como
roupas, armas, es- mainframe da IBM. Sabem por- mercado interno
prejudicado paonaves, etc. Estes produto que? pela pirataria e
importao ile- so virtuais, mas custam dinhei- gal. ro real! Os
jogos MMOG e mun- dos virtuais demandam carac- d) Artistas grficos
e pro- A Hoplon Infotainment tersticas prprias. Precisam gramadores
so os perfis profi- (www.hoplon.com) um exem- de alta capacidade
computacio- sisonais mais comuns na plo de sucesso na indstria de
nal, pois muitas vezes so mi- indstria brasileira de games. games
brasileira. Foi criada no lhares e milhares de usurios ano de 2000,
em Florianpolis simultneos, demandando tem- e) Em termos mundiais,
o e investiu cerca de 15 milhes pos de resposta em milisegun-
Brasil apenas 0,16% da inds- de reais e quatro anos de r- dos e
qualquer latncia afeta o tria global de games. duo trabalho para
desenvolver comportamento dos persona- f) A industria brasileira de
um jogo MMOG. O Taikodom Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
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19. COLUNA CZAR TAURION gens e objetos. Portanto ne- res
parecem congelar em deter- Maiores informaes: cessrio o uso intenso
de pro- minadas situaes. No Second cessadores para simulao da Life
cada ilha virtual est em Site Energyvlle fsica nos movimentos dos
per- um servidor diferente e o tele- http://www.willyoujoinus.com/
sonagens e objetos. Afinal, as porte de uma ilha para outra po-
leis da fsica devem tambm va- de sofrer alguma latncia. Site
America's Army ler no mundo virtual. Mesmo
http://www.americasarmy.com/ O ambiente operacional neste mundo,
velhas leis como deste tipo de jogo demanda a da gravidade devem
continu- Artigo na Wikipedia sobre Serious uma arquitetura de
servidores Game ar valendo. desenhada para eliminar a la-
http://en.wikipedia.org/wiki/Serious_ Os jogadores e usurios tncia,
que o maior inimigo game exigem tempos de resposta r- dos jogos
online. A latncia faz pidos e ao mesmo tempo, quan- com que as aes
do jogo pare- Estudo sobre a psicologia dos to mais interessante o
jogo ou am irreais, lentas, tirando o gamers MMOG o mundo virtual,
mais e mais prazer de jogar. Os servidores
http://www.nickyee.com/daedalus/ usurios se conectam para inte- nos
jogos MMOG tem adicional- ragir uns com os outros. Em mente a
tarefa de gerenciar a Estudo da Pew Internet um ambiente de
computao interao entre os milhares de
http://www.pewinternet.org/Reports/ tradicional, quanto mais usuri-
jogadores, garantindo inclusive 2008/Teens-Video-Games-and- os
conectados, menos tempo que suas aes estejam corre- Civics.aspx de
mquina cada um dispe. tas. Os servidores, so, portan- Para jogos
interativos, degrada- to, cruciais para que o jogo Site INNOV8 es
na velocidade dos jogos opere adequadamente. Clara-
http://www-01.ibm.com/software/ ou dos mundos virtuais uma mente, o
modelo exige compu- solutions/soa/innov8.html das piores situaes,
que pode tao sob demanda, onde o levar ao desestmulo dos seus
mainframe, pela possibilidade Site Abragames usurios e ao fracasso
da inicia- de operar centenas de mqui-
http://www.abragames.org/docs/ tiva. nas virtuais (e em Linux...)
sem Abragames-Pesquisa2008.pdf Uma tcnica usada em necessidade de
conexes fsi- muitos jogos e ambientes tridi- cas, uma alternativa
extrema- Site da Hoplon Infotainment mensionais a adoo de in- mente
vlida. Como o http://www.hoplon.com meros servidores fisicos
Taikodom resolveu este proble- separados (como no caso do ma?
Usando um mainframe Discusso sobre sinergia entre mundo virtual
Second Life). Is- System z10 da IBM! mainframes e jogos MMOG to
acontece porque um nico E finalmente, como leitu-
http://spectrum.ieee.org/aug08/6518 servidor de pequeno porte no ra
adicional, sugiro acessarem consegue dar conta de cente-
http://spectrum.ieee.org/aug nas de milhares de jogadores 08/6518
para uma discusso ao mesmo tempo. O problema mais exaustiva sobre o
a siner- CEZAR TAURION de se usar vrios servidores fsi- gia entre
mainframes e jogos Gerente de Novas cos a latncia que aparece MMOG.
Tecnologias da IBM Brasil. quando a ao sai de um servi- Seu blog
est dor para o outro. Quem usa ou diponvel em www.ibm.com/develo
usou o Second Life nota isso perworks/blogs/page/ varias vezes,
quando os avata- ctaurion Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
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20. COLUNA CRLISSON GALDINO Naquele tempo antigo Esses homens
nesses barcos Dos grandes descobrimentos Dominavam o mar selvagem
Navios cruzavam mares Subjugando outros povos Levando dor e
tormento Mas tinham uma boa imagem s terras por toda a vida Pois
nos livros de Histria Fossem novas ou antigas Ainda hoje levam
glria Sem respeito e violentos Por cada dessas viagens Iam costa
africana Nesse mar, sem ter direito Com suborno ou ento bravos A
ter u'a vida de gente Deixavam terra levando Muitos se reagruparam
Dezenas de homens, escravos Num caminho diferente Outros levavam
empregados Nessa realidade ingrata E muitos deles, coitados,
Criaram as naus piratas Eram mortos por centavos E enfrentaram o
mar de frente Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
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21. COLUNA CRLISSON GALDINO Piratas, os homens livres De tudo
que era impresso Os livreiros da Inglaterra Diferiam dos demais
Pois besta em tudo se mete E o monoplio a nascer Dentro da embarcao
No era bem algo novo Tinham direitos iguais E os livreiros desse
tempo E era o bem ao povo Cultivavam parceria Cada editora antiga
Que essa lei veio fazer Contra toda a tirania Precisava de um aval
Confrontando as naus reais Para que imprimir consiga Nasceu o
Domnio Pblico O aval do Rei, do Estado Nesta distante Idade
Atacavam naus tiranas Que se no for do agrado Os livreiros
exploravam Roubando o que foi roubado Deles, a impresso no siga
Seus direitos vontade Matavam os ocupantes Mas terminado o prazo
Escravos, so libertados Um monoplio formado Toda obra era, no caso
Onde gastar o obtido? Pra controlar a leitura Doada Humanidade Tudo
o que era conseguido Terminou dando poderes Mundo afora era trocado
Alm do que se procura Os livreiros reclamaram Dessa forma os
livreiros Pedindo ampliao Esses eram os piratas Cresceram muito
ligeiro Para aquele monoplio Daquela poca esquecida Nessa forma de
censura Mas no teve apelao Que se ergueram contra reis Pois se
fosse concedida Nessa tortuosa vida J no sculo XVIII Mais outra
seria pedida De "crimes", mas foi assim Bem l no ano de 10 E o
prazo seria em vo Pois em alto mar, no fim, Naquela mesma
Inglaterra No tinham outra sada Uma nova lei se fez Isso l naquele
tempo Hoje ningum lembra mais Eles podiam prever Mas vamos falar
agora De direitos autorais Que se o prazo aumentasse De algo dos
dias atuais Foi ela a primeira lei De novo iam querer Que estranho
e nasceu Sempre aps mais alguns anos J nem tanto tempo faz Right em
ingls direito E o prazo se acumulando Hoje o tema da poesia E copy
copiar No fim "pra sempre" ia ser Chamam de pirataria O Estatuto de
Anne E os direitos autorais S disso ia tratar Mas o mais
interessante Direito direcionado Pros livreiros e editores Para
contar essa histria Aos livreiros, que afetados que o que eles
previam De leis, direito e valor Tinham que se acostumar Houve com
novos atores Temos que entender primeiro E hoje o direito autoral
Como a gente aqui chegou Pois copyright falava Vale tanto, que
anormal Por isso, como esperado De cpia em larga escala Pra agradar
exploradores Vamos voltar ao passado E o direito o monoplio Onde
tudo comeou Sobre cada obra criada Por que, v se faz sentido E esse
direito, notamos A desculpa que eles do No ano de 62 Durava
quatorze anos Pra monoplio de livros Do sculo XVII E o monoplio
acabava incentivo criao O pas, a Inglaterra Se assim, por que, ora
pois E a censura, um canivete Note que essa nova lei Ele dura anos
depois Cortava a produo No veio favorecer Da morte do cidado?
Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
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22. COLUNA CRLISSON GALDINO Pra isso que produtores, Numa
empresa transferido Que eu saiba depois de morto Gravadoras,
editores Que quem dir se vivel Eu garanto a voc Tudo isso se
construiu Atender a esse pedido Por grande artista que seja E se
ela no publicar Ele no vai escrever Porm esse monoplio Nenhuma
outra poder S se for, caso acontea Garantido ao autor Pois o
direito exclusivo Com um mdium, mas esquea o preo que eles cobram
No o que a Lei quis dizer Pra fazer esse "favor" Esse jogo de
direitos Se a editora tem confiana Ilude a maioria O direito agora
vale Facilmente a obra alcana Dos artistas existentes Por toda a
vida do autor Alm do que se sonhou Como uma loteria Depois mais
setenta anos Onde muita gente investe Depois que a morte chegou O
autor perde o direito Mas pra poucos acontece Pra incentivar o
defunto Sobre a sua criao Algum sucesso algum dia Mesmo estando de
p junto Quem vende atravessador Continuar a compor E lhe paga
comisso E os artistas que investiram Alguns centavos pingados
Enriquecendo a empresa Por que funciona assim E o maior lucro
somado Olham para os de sucesso No difcil notar da empresa em
questo No percebem serem presas "Incentivo" s desculpa Sonhando
chegarem l Para o povo aceitar Vejam s que curioso Seguem a
financiar Quem lucra so editores So "direitos autorais" Essa
indstria com firmeza Sendo atravessadores Mas pra chegar no mercado
a Lei da Grana a mandar Alguns contratos se faz Quem tem direito
exclusivo E os direitos de repente Cobra o quanto quiser As
empresas mais gigantes A que tanto se defende Esse o mal do
monoplio Que corrompem os governos Do autor no sero mais Mas sempre
assim que Que publicam propagandas Quando surge alternativa De
produtos to maneiros Como se vendesse a alma A essa prtica nociva
Com um gigantesco ganho Para uma empresa privada Reclamam, no saem
do p Artistas so seu rebanho Nem ele pode copiar E a Lei garante o
dinheiro A obra por ele criada Copiar ilegal? Mesmo quando ele
morrer , mas a Lei que hoje vale Toda essa explorao A empresa que
vai dizer Foi feita por essa gente Funciona desse jeito Como a obra
usada Que corromper tudo sabe O pobre artista cria Alterando o
Direito O seu trabalho perfeito Autores bem talentosos Para
funcionar do jeito Um trabalho bom e novo Que se encontram no caixo
Que melhor a elas agrade Ele faz para o povo Sem obras suas venda
Poder ver o que foi feito Com fs, uma legio Desde os tempos mais
antigos Mesmo a pedidos dos fs Algum canta uma cantiga Para o povo
ter acesso Toda essa fora v Outro aumenta um pouquinho Ao que ele
produziu Pra ter republicao E ela cresce e toma vida No algo assim
to fcil Na cultura popular Atingir todo o Brasil Pois o direito
estar Logo ela se tornar Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |22
23. COLUNA CRLISSON GALDINO Bem melhor do que a antiga Seja
massa a multido CARLISSON GAUDINO uma questo de Poder Bacharel em
Cincia Com cultura desse jeito Pra mais lucro acontecer da Computao
e ps-graduado em Que se faz evoluo Todos com o mesmo feijo Produo
de Sempre se inspira nos outros Software com nfase em Software Na
imagem, prosa ou cano Deixo ento esta pergunta Livre. J manteve Do
Teatro Literatura Que ainda no tem soluo projetos como Cultura gera
cultura Num pas de tradies IaraJS, Enciclopdia Omega e Losango. No
queira fingir que no Que futuro elas tero? Hoje mantm O que ser da
cultura pequenos projetos em seu blog Hoje com toda mudana Vivendo
na ditadura Cyaneus. Membro Que fizeram, quem diria? Dos livreiros,
da opresso? da Academia Arapiraquense de Compartilhar e expandir
Letras e Artes, Chamam de Pirataria Piratas no fim das contas autor
do Cordel do Software Livre e do E o direito cultura? Apoiavam
igualidade Cordel do BrOffice. Criou-se uma ditadura Hoje chamam de
pirata Como h muito se temia Quem age contra a maldade E
compartilha o que tem O que querem impedindo Dando cultura por bem
O poder da interao Quem tem solidariedade tornar todos iguais 19 de
setembro - Dia da Liberdade de Software Informe-se em
www.softwarefreedomday.org Revista Esprito Livre | Julho 2009 |
http://revista.espiritolivre.org |23
24. COLUNA EDGARD COSTA cio Criativo: voc sabe do que isto
trata? Por Edgard Costa Curtis Fletcher - sxc.hu O que se espera de
uma Revista direciona- de Masi sobre seus escritos que tem como
tema da para Tecnologia? Mostrar o que h de mais o atual momento do
trabalho e das empresas. moderno na rea, discusses relativas,
resolu- A princpio estvamos conversando se o es de problemas
focados em um determinado aluno, que est atualmente frequentando a
esco- software, ou conjunto de cdigos fontes. la ao acabar seus
estudos, es