ISSN 1679-2645Bahia
ANo XXI Nº 232 jul/Ago/2014
InteressessetorIaIsem pauta
Indústria, Agricultura e Comércio promoveram
encontro com candidatos ao governo
FederAção dAS INdúStrIAS do eStAdo dA BAhIA - SIStemA FIeB
eDItorIaL
Pauta comum na hora de reivindicarO que leva a indústria, agricultura, pecuária, co-
mércio e serviços a se unirem e convidar os princi-
pais candidatos ao governo do estado para debater
programas de governo? A existência de problemas
comuns, que afetam a todos os setores, com grande
impacto na competitividade.
No último dia do mês de julho, FIEB, Faeb e Feco-
mércio realizaram, conjuntamente, um encontro com
os três principais candidatos ao governo do estado da
Bahia. O evento ocorreu em um hotel de Salvador. A
escolha de local neutro não foi à toa: a intenção era
dar a todos os segmentos envolvidos na iniciativa o
mesmo destaque, a mesma dimensão.
Lídice da Mata, Paulo Souto e Rui Costa, nesta or-
dem, puderam apresentar à plateia de empresários o
que planejam fazer, caso eleitos, para facilitar a vida
das empresas e para atrair novos empreendimentos,
tornando a Bahia um espaço mais amigável aos in-
vestimentos. E, por sua vez, puderam ouvir as princi-
pais demandas do empresariado de todos os portes e
de todos os rincões do estado.
Do ponto de vista estratégico, a união de forças
das três entidades representativas do empresariado
mostra ao mundo político que elas pretendem traba-
lhar coesas no momento de levar adiante suas reivin-
dicações às várias instâncias do poder.
Do ponto de vista do planejamento econômico, foi
passada ao próximo governador que o principal de-
safio é direcionar de forma mais efetiva o eixo de de-
senvolvimento para o interior. Sem perder de vista a
necessidade de criar condições para aumentar o grau
de competitividade, seja da indústria, seja do agrone-
gócio, seja dos serviços, onde eles estiverem.
FIEB, Faeb e Fecomércio, apresentaram aos três
candidatos convidados documentos que sintetizam
suas principais preocupações e demandas. A Federa-
ção das Indústrias editou o documento Uma Agenda
para a Indústria da Bahia – 2015-2018, no qual faz um
diagnóstico da política industrial e traz proposições
sobre assuntos fiscais e tributários, meio ambiente e
responsabilidade social, comércio exterior, educação
e qualificação, inovação e infraestrutura.
FIEB, Faeb e Fecomércio unem-se para apresentar demandas aos principais candidatos ao governo da Bahia
Carlos Gilberto
Farias apresentou as
demandas da indústria
mArCE
lo G
AndrA/C
opEr
pho
to/s
IstE
mA F
IEB
Na área tributária, por exem-
plo, defende que o ICMS seja ao
menos condizente com as alíquo-
tas cobradas em outros estados da
federação. Na educação propõe,
dentre outras coisas, rever e alte-
rar os currículos do ensino básico,
focando nos conteúdos de disci-
plinas básicas, como português e
matemática, além de noções sobre
empreendedorismo.
A agenda da FIEB se detém
na questão da infraestrutura, in-
cluindo logística, energia, teleco-
municações, saneamento e distri-
tos industriais. Para estes últimos,
prega a revitalização, como forma
de atrair novos investimentos e de
manter indústrias no interior.
Na avaliação geral, o encontro
com candidatos foi um sucesso. É
o que o leitor verá na reportagem
de capa desta edição.
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação
e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da
indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de
ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da
cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,
PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-
triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-
trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS
no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro
de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFei-
taria da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS
SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de
ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimen-
tar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região
de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS
de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eSta-
do da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira
de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-
dúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de
PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de
cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected]
Filiada à
Bahia
fiEBPresidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1° Vi-
Ce-Presidente Antonio ricardo Alvarez Alban. ViCe-
-Presidentes Carlos henrique Jorge Gantois; Josair
santos Bastos; mário Augusto rocha pithon; Edi-
son Virginio nogueira Correia. diretores titulares
Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas ruiz;
Eduardo meirelles Valente; renata lomanto Carnei-
ro müller; leovegildo oliveira de sousa; Fernando
luiz Fernandes; Juan Jose rosario lorenzo; theofilo
de menezes neto; José Carlos telles soares; Angelo
Calmon de sá Junior; Jefferson noya Costa lima;
Fernando Alberto Fraga; Alexi pelagio Gonçalves
portela Junior; luiz Fernando Kunrath. diretores
suPlentes João schaun schnitman; mauricio to-
ledo de Freitas; Guilherme moura Costa e Costa;
Gladston José dantas Campêlo; Waldomiro Vidal de
Araújo Filho; Cleber Guimarães Bastos; Jorge Catha-
rino Gordilho; marcelo passos de Araújo; Antonio
Geraldo moraes pires; roberto mário dantas Farias
conSElhoSConselho da MiCro e Pequena eMPresa indus-
trial Carlos henrique Jorge Gantois; Conselho de
assuntos FisCais e tributários mário Augusto
rocha pithon; Conselho de CoMérCio exterior
Angelo Calmon de sá Junior; Conselho de eCono-
Mia e desenVolViMento industrial Antonio ser-
gio Alipio; Conselho de inFraestrutura marcos
Galindo pereira lopes; Conselho de inoVação
e teCnoloGia José luis Gonçalves de Almeida;
Conselho de Meio aMbiente Jorge Emanuel reis
Cajazeira; Conselho de relações trabalhistas
homero ruben rocha Arandas; Conselho de
resPonsabilidade soCial eMPresarial marconi
Andraos oliveira; CoMitê de JoVens lideranças
industriais Eduardo Faria daltro; CoMitê de Pe-
tróleo e Gás humberto Campos rangel; CoMitê
de Portos sérgio Fraga santos Faria
ciEBPresidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1º
VICE- prEsIdEntE reginaldo rossi. 2º ViCe- Presi-
dente Jorge Emanuel reis Cajazeira. 3º ViCe- Presi-
dente Carlos Antonio Borges Cohim da silva. dire-
tores titulares Arlene Aparecida Vilpert; Benedito
Almeida Carneiro Filho; Cleber Guimarães Bastos;
luiz da Costa neto; luis Fernando Galvão de Almei-
da; marcelo passos de Araújo; mauricio lassmann;
paula Cristina Cánovas Amorin; roberto Fiamen-
ghi; thomas Campagna Kunrath; Walter José papi;
Wesley Kelly Felix Carvalho; diretores suPlentes
Antonio Fernando suzart Almeida; Carlos Antônio
Unterberger Cerentini; décio Alves Barreto Junior;
Fernando Elias salamoni Cassis; hilton moraes
lima; Jorge robledo de oliveira Chiachio; José luiz
poças leitão Filho; mauricio Carvalho Campos; su-
dário martins da Costa; Conselho FisCal – eFetiVos
luiz Augusto Gantois de Carvalho; rafael Cardoso
Valente; roberto Ibrahim Uehbe; Conselho FisCal –
suPlentes Felipe pôrto dos Anjos; rodolpho Caribé
de Araújo pinho neto; thiago motta da Costa.
SESiPresidente do Conselho e diretor reGional
Carlos Gilberto Farias.
suPerintendente Armando da Costa neto
SEnaiPresidente do Conselho Carlos Gilberto Farias.
diretor reGional leone peter Andrade
iElPresidente do Conselho e diretor reGional
Carlos Gilberto Farias.
suPerintendente Evandro mazo
diretor exeCutiVo do sisteMa Fieb
Vladson menezes
Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato
Unidades do Sistema FIEB
sesi – serViço soCial da indústria
sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080
senai – serViço naCional de aPrendizaGeM industrial
sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188
iel – instituto euValdo lodi
sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558
Cieb - Centro das indústrias do estado da bahia
sede: (71) 3343-1214
sistema fieb nas mídias sociais
Editada pela superintendência de Comunicação Institucional
do sistema Fieb
Conselho editorial mônica mello, Cleber Borges e patrícia moreira. Coordenação edito-
rial Cleber Borges. editora
patrícia moreira. rePortaGeM
patrícia moreira, Carolina men-donça, marta Erhardt, luciane Vivas e surenã dias (estagiá-rio). ProJeto GráFiCo e diaGra-
Mação Ana Clélia rebouças. FotoGraFia Coperphoto. ilus-
tração e inFoGraFia Bamboo Editora. iMPressão Gráfica trio.
Federação das indústrias
do estado da bahia
rua Edístio pondé, 342 – stiep, CEp.: 41770-395 / Fone:
71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-
tria_online
As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FIEB.
Carlos Gilberto
Farias, presidirá o
CIEB até 2018,
tendo Reginaldo
Rossi como 1º vice
CIEB tEm nova dIrEção
Escola, inaugurada em agosto, tem
capacidade para 4 mil alunos por
ano e recebeu investimentos de
R$ 600 mil em obras e na aquisição
de equipamentos
SEnaI amplIa ofErta dE EnSIno téCnICo Em alagoInhaS
Presidente Dilma Rousseff visitou os
laboratórios do SENAI Cimatec,
aprovou o nível educacional da
instituição e disse que vai replicar o
modelo integrado de ensino
dIlma rouSSEff ElogIa o SEnaI CImatEC
FIEB, Caixa e
Sebrae lançam
serviço de apoio
as pequenas
indústrias
QuInta do CrédIto
Empresários e
lideranças da
FIEB, Faeb e
Fecomércio
apresentaram as
demandas de cada
setor aos
candidatos ao
governo
agEndaS SEtorIaIS
sumárIo jul/ago 2014
12
ilustração Gentil
8
14
6 23
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
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6 Bahia Indústria
por Patrícia Moreira
FIEB, Sebrae e Caixa criam serviço Quinta do CréditoIniciativa visa apoiar as micro, pequenas e médias empresas industriais com suporte à contratação de crédito
Com o intuito de apoiar e
contribuir para o aumen-
to da competitividade das
micro, pequenas e médias
empresas (MPME) industriais, a
Federação das Indústrias do Es-
tado da Bahia (FIEB) assinou, no
início de agosto, termo de coo-
peração com a Caixa Econômica
Federal (Caixa) e o Sebrae-Ba que
institui a Quinta do Crédito.
Iniciativa inovadora da FIEB,
o projeto, que está vinculado à
Gerência de Estudos Técnicos da
Superintendência de Desenvolvi-
mento Industrial, visa auxiliar as
MPME na contratação de opera-
ções de crédito. Graças à parceria,
o Sebrae entra com o serviço de
orientação ao empresário sobre
plano de negócio, plano de inves-
timentos e avaliação do perfil do
negócio, enquanto que a Caixa
atua na concessão do crédito pro-
priamente dita, orientando sobre
campanha pela presidência da FIEB e o atual minis-
tro das Cidades ocupava o posto de superintendente
regional da Caixa. “O Ministro Gilberto Occhi é o pa-
drinho dessa ideia e é com grande alegria que hoje
estamos aqui para selar este compromisso”, destacou.
“Uma das prioridades da nossa gestão à frente do
Sistema FIEB é concentrar esforços para aumentar a
competitividade das micro, pequenas e médias em-
presas industriais da Bahia. É a partir dessa perspec-
tiva que estamos formalizando essa parceria, resul-
tado da uma bem-sucedida articulação entre a FIEB
e as duas instituições parceiras”, acrescentou Carlos
Gilberto Farias.
AFINIDADE DE INTERESSESO vice-presidente da Caixa José Henrique Cruz
destacou a afinidade de interesses entre as institui-
ções. “Para nós, este acordo vai trazer uma condição
melhor de estarmos mais próximos das micro, peque-
nas e médias empresas da Bahia, particularmente as
indústrias. Ou seja, também tem um viés de desen-
volvimento, de emprego e de geração de renda. Então,
tem tudo a ver com a missão e com o planejamento da
Caixa de ser o banco das micro, pequenas, médias e
grandes empresas”.
as melhores opções para o perfil
da empresa e indicação das taxas
de juros mais competitivas.
A parceria foi formalizada em
solenidade realizada na sede da
FIEB e contou com a presença do
ministro das Cidades, Gilberto
Occhi. Assinaram o termo de co-
operação o presidente da FIEB,
o superintendente do Sebrae-Ba,
Edival Passos, e o vice-presidente
de Varejo da Caixa, José Henri-
que Marques da Cruz. Também
participaram da solenidade o su-
perintendente nacional da Caixa,
Odilon Soares, e o presidente da
Federação do Comércio (Fecomér-
cio), Carlos Andrade.
De acordo com o presidente da
FIEB, Carlos Gilberto Farias, a ideia
de oferecer uma solução de atendi-
mento ágil na área de concessão de
crédito para os micro, pequenos e
médios empresários industriais
surgiu quando ele ainda estava em
Bahia Indústria 7
solenidade na
Fieb marcou
a implantação
do novo
serviço
Cruz também ressaltou o fato
de que a iniciativa vai proporcio-
nar uma maior agilidade na con-
cessão de crédito a estes empresá-
rios, bem como reforçar o papel da
instituição no fomento ao desen-
volvimento.
O superintendente do Sebrae
Bahia, Edival Passos, que já de-
senvolve outras ações em parceria
com a FIEB, apoiando, por exem-
plo, o programa de interioriza-
ção, elogiou a Quinta do Crédito,
classificando-a como uma inicia-
tiva “inovadora e extremamente
importante”. “O Sebrae está pron-
to para prestar mais este serviço
para as empresas industriais, im-
plantando um atendimento indi-
vidualizado de orientação sobre
viabilidade na contratação de cré-
dito”, acrescentou.
O vice-presidente da FIEB para
as Micro e Pequenas Empresas e
coordenador do Conselho dedica-
do às MPME (Compem) na Federa-
ção, Carlos Gantois, lembrou que a
demanda pelo aporte de capital é
uma das maiores dificuldades pa-
ra os empresários do segmento. “A
assinatura desse convênio é funda-
mental para estas empresas e espe-
ramos que ela represente o início
de novas iniciativas para a indús-
tria por parte da FIEB, tornando-a
mais forte, coesa e mais bem repre-
sentada no seu segmento”.
O atendimento aos empresá-
rios teve início no dia 21 de agos-
to. Toda quinta-feira é oferecida
consultoria individualizada, reali-
zada por profissionais da Caixa e
do Sebrae, que orientam sobre os
mecanismos de qualificação com
vistas à obtenção de crédito. O Ter-
mo de Cooperação ficará em vigor
até dezembro de 2015 e a proposta
é que sejam atendidas por ano 240
empresas industriais. [bi]Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
>Quinta do Crédito, toda quinta-feira, das 9 às 17 horas, na FIEB
8 Bahia Indústria
a nova diretoria do Centro
das Indústrias do Estado da
Bahia (CIEB) tomou posse
no dia 28 de agosto, reafirmando o
propósito de fortalecer a represen-
tação sindical e apoiar a efetiva-
ção do programa de Interiorização
da Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB). O presi-
dente da FIEB, Carlos Gilberto Fa-
rias, vai dirigir a entidade no qua-
driênio 2014-2018. Também fazem
parte da nova diretoria Reginaldo
Rossi, 1º vice-presidente; Jorge Ca-
jazeira, 2º vice-presidente; e Car-
los Antonio Cohim Silva, 3º vice-
-presidente.
“Queremos que o Centro das
Indústrias ocupe um lugar de des-
nova diretoria do CIEB toma posse
roBErto ABrEU/CopErphoto/sIstEmA FIEB
reginaldo
rossi, 1º vice-
presidente do
Cieb discursa,
ao lado do
presidente
Carlos Gilberto
Farias
taque e seja mais um instrumento
para a consolidação do Programa
de Interiorização e para o atendi-
mento aos micro, pequenos e mé-
dios empresários baianos”, ressal-
tou Farias, durante a cerimônia de
posse, realizada na sede da FIEB.
O primeiro vice-presidente,
Reginaldo Rossi, destacou que o
CIEB é o elo entre as indústrias
baianas – especialmente aquelas
situadas no interior do estado –,
as casas que compõem o Sistema
FIEB e parceiros como o Sebrae.
Segundo ele, o objetivo é aproxi-
mar cada vez mais o Sistema FIEB
dos empresários, ouvindo suas
necessidades e estimulando-os a
participar mais ativamente do pro-
cesso de defesa de interesses.
Para isto, o CIEB está estrutu-
rando bases nas regiões prioritá-
rias do Programa de Interioriza-
ção, com o objetivo de levantar
os gargalos e demandas das in-
dústrias para que SESI, SENAI e
IEL possam discutir e apresentar
soluções. “É através deste traba-
lho que vamos efetivar o processo
de interiorização. Temos que levar
capacitação, formação de mão de
obra e inovação”, afirmou.
Rossi destacou, ainda, que a
meta da nova diretoria é ampliar,
nos próximos quatro anos, o nú-
mero de empresas associadas ao
CIEB, saltando de 650 para 1,8 mil
filiadas.
A cerimônia de posse da nova
diretoria do CIEB contou com a
presença do secretário estadual
de Indústria, Comércio e Mine-
ração, James Correia; do diretor
de Ciência e Tecnologia da Con-
federação Nacional da Indústria
(CNI), Rafael Lucchesi; do presi-
dente da Federação da Agricultu-
ra e Pecuária do Estado da Bahia
(FAEB), João Martins; da vice-pre-
sidente do Tribunal Regional do
Trabalho (TRT), desembargadora
Nélia de Oliveira Neves; do su-
perintendente do Sebrae, Edival
Passos; do presidente da Associa-
ção Comercial da Bahia, Marcos
Meireles e do deputado estadual
Álvaro Gomes. [bi]
Carlos Gilberto Farias defende que a entidade seja mais um vetor do programa de interiorização da FIEB
circuito
Bahia Indústria 9
por ClEBEr BorgES
“o futuro dESEjado dEvE CondICIonar o prESEntE – SE QuEr algo daQuI
a CInCo anoS, planEjE E faça hojE.”
norberto odebrecht, falecido em 19.7.2014. Fundou a empresa que leva seu nome e que emprega mais de 180 mil pessoas, em 23 países, de todos os continentes.
balcão único para licenças ambientais Se houvesse um balcão único que
concentrasse os procedimentos
administrativos para a
emissão das licenças
ambientais, isso pouparia
tempo e restringiria a
burocracia. Essa é uma das
sugestões da indústria brasileira,
encampada pela FIEB, aos
candidatos à Presidência da
República nas próximas eleições.
O setor industrial sugere também
a criação de incentivos para
empreendimentos que adotem
medidas voluntárias de gestão
ambiental. Por exemplo,
descontos nas taxas e redução no
tempo de análise de renovação de
licença. Defende, ainda, que a
autorização para pesquisas saia
junto com o licenciamento.
indústria propõe criar dez faixasPara estimular o crescimento das
indústrias incluídas no Simples, a
CNI propõe a criação de dez
faixas de faturamento, com
aumentos progressivos, até
atingir R$ 16 milhões. A partir
desse valor, a empresa entraria no
regime normal de tributação. “É
preciso oferecer um período de
experiência mais longo para que
os gestores possam se adaptar
antes de enfrentarem o ambiente
tributário normal. Hoje, a falta da
transição desestimula o
crescimento”, explica o diretor de
Desenvolvimento Industrial da
CNI, Carlos Abijaodi. O critério
para considerar empresas com
renda de até R$ 16 milhões como
de pequeno porte já é adotado na
concessão de empréstimos pelo
BNDES.
transição na saída do simplesMesmo com a sanção presidencial do novo texto da Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas, em 7 de agosto último, ainda há muito o que se fazer para estimular esse
segmento no país. Por exemplo, muitos empreendimentos relutam em investir para
crescer, por temor de ultrapassar o limite do Simples, o faturamento de R$ 3,6
milhões/ano. Hoje, as indústrias que faturam esse montante pagam R$ 435.960 em
impostos/ano pelo Simples. Se o faturamento aumentar apenas um centavo, a
empresa pagará R$ 705.967 em impostos, uma alta de 62%, desproporcional ao
crescimento da receita. Por essa razão, a indústria nacional sugere a criação de novas
faixas de tributação para empreendimentos beneficiados pelo sistema especial.
Cresce a participação dos importados
O Coeficiente de Penetração das
Importações, que mede a
participação dos produtos
importados no consumo nacional,
subiu para 21,8% no segundo
trimestre do ano, 1,2 ponto
percentual a mais em relação ao
mesmo período de 2013, maior
alta da série histórica, que
começou em 2007. O Coeficiente
de Exportação, que mostra a
importância do mercado externo
para a produção da indústria,
ficou em 19,2%, estável em
relação ao do primeiro trimestre.
Segundo o estudo Coeficientes de
Abertura Comercial, da
Confederação Nacional da
Indústria, as importações
continuam ganhando
importância no mercado interno,
mas a indústria brasileira não
aumenta suas exportações, o
que confirma sua falta de
competitividade.
10 Bahia Indústria
sindicatos
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
Para capacitar empresários e técnicos das indústrias de cosméticos em relação à RDC 48, o Sindicato da Indústria de Cosméticos e de Perfumaria (Sindcosmetic-BA), em parceria com a Abihpec, promoveu, dia 4 de agosto, na FIEB, o seminário Boas Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. A nova resolução da Anvisa valida o regulamento técnico que privilegia a qualidade dos produtos do setor. O consultor da Abihpec, Artur Gradim, traçou um cenário da produção dos cosméticos no país e orientou as empresas sobre como melhor atender à resolução. “Precisamos ter marcas fortes, com qualidade, para que o produto baiano seja valorizado na Bahia”, afirmou o empresário Raul Menezes, presidente do Sindcosmetic.
Fabrício
Corrêia e raul
Menezes,
ex e atual
presidentes do
sindicosmetic
Sindicosmetic discute regulamento de boas práticas
nova diretoria tomou posse Conscientizar o industrial do
setor de cosmético e perfumaria
para a importância da
representação empresarial é o
foco da nova diretoria do
Sindicato da Indústria de
Cosméticos e de Perfumaria do
Estado da Bahia, que tomou
posse 26 de agosto, para mandato
até 2017. Entre as propostas, está
a criação de um projeto de
certificação dos produtos
fabricados pelo setor na Bahia. “O
empresário tem que entender o
seu papel como ator das
mudanças para o setor”, ressaltou
o presidente, Raul Menezes.
desafios da representação em debate Com o tema Desafios do líder sindical empresarial,
lideranças sindicais das indústrias baianas
participaram de encontro, dia 17 de julho, na
FIEB. A promoção da defesa de interesses do setor,
a mudança na postura de negociação coletiva e a
prestação de serviços foram alguns dos pontos
abordados pelo consultor da CNI, Luciano
Pinheiro. Para ele, “realinhar a atuação dos
sindicatos empresariais passa pela mudança de
postura dos dirigentes em entender como ampliar
a participação das empresas”. No segundo dia do
evento, executivos e técnicos participaram do
curso O papel do executivo na superação dos
desafios do sindicato. Os encontros fazem parte do
Programa de Desenvolvimento Associativo,
realizado em parceria com a Confederação
Nacional da Indústria.
João A
lVArEz
/sIs
tEm
A F
IEB/A
rq
UIV
o
sincar inicia reuniões itinerantesEmpresários de frigoríficos
estiveram reunidos em Feira de
Santana, dia 4 de agosto, para a
primeira reunião itinerante do
Sindicato das Indústrias de
Carnes e Derivados (Sincar-Ba)
em 2014. As reuniões têm o intuito
de levar informações e discutir
soluções para as dificuldades
apresentadas e demandas das
empresas do interior. A ideia é
realizar encontros em cidades
estratégicas do estado.
Moveba participa de intercâmbio de lideranças O presidente do Sindicato da
Indústria do Mobiliário (Moveba),
João Schnitman, participou, dia 5
de agosto, em Vitória/ES, do
Intercâmbio de Lideranças
Setoriais da Indústria Moveleira,
promovido pela CNI. No encontro,
foram apresentadas as boas
práticas no setor e discutidas
propostas de solução. “A troca de
experiências é sempre muito
enriquecedora. Sabermos o que os
outros sindicatos têm feito e a
criação de um grupo de discussão
nos farão ter acesso mais rápido às
novidades”, destacou o presidente.
João schnitman representou o
Moveba em encontro nacional
Bahia Indústria 11
UrBIno BrIto/CopErphoto/sIstEmA FIEB
Empresários do setor de cerâmica participaram, no
dia 24 de julho, do Encontro de Ceramistas do
extremo-sul, realizado em Eunápolis. O evento,
promovido pelo Sindicato das Indústrias de
Cerâmica (Sindicer), em parceira com a FIEB e o
Sebrae, discutiu os impactos da fiscalização
trabalhista e ambiental para a competitividade do
setor. “Fiscalização ambiental e do trabalho são
algumas das principais dificuldades enfrentadas
atualmente pelos ceramistas da Bahia”, alertou o
presidente do Sindicer, Manuel Ventin Ventin. Este
foi o primeiro evento de uma série de encontros que
serão realizados para levar informações e ouvir
demandas das empresas do interior.
sindisabões discute temas de impacto no setor, em Vitória da Conquista Vitória da Conquista sediou, no dia 1º de agosto, o 1º
Encontro Sindisabões Regional Sul e Sudeste da
Bahia. A iniciativa, do Sindicato das Indústrias de
Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza e Velas
(Sindisabões-BA), tratou de temas ligados ao setor,
buscando soluções conjuntas com órgãos
fiscalizadores. Além de empresários, dirigentes do
sindicato e da FIEB, o encontro contou com a
presença de representantes da Diretoria Regional de
Saúde, Vigilância Sanitária, Procon, SESI e Sebrae, e
palestras da Divisa/Bahia e do Ibametro. “A ideia é
tornar as indústrias de saneantes da Bahia
referência nacional na regularização e aplicação das
boas práticas de fabricação”, destacou o presidente
do Sindisabões, Juan José Rosário Lorenzo.
sinprocim promove capacitação em tecnologia do concreto e argamassaObjetivando aprimorar as competências técnicas de
produção e a produtividade do setor, o Sindicato das
Indústrias de Produtos de Cimento
(Sinprocim-BA), com o apoio do SENAI,
promoveu o curso Tecnologia do
Concreto e Argamassa - Aspectos
Técnicos e Ensaios. As aulas
acontecem duas vezes ao mês, e
seguem até 22 de novembro, às sextas
e sábados, com as opções de 48h e 80h
de carga horária. “Trata-se de um projeto
piloto para atender, inicialmente, as indústrias da
Região Metropolitana e do Recôncavo e,
posteriormente, as das demais regiões”, destacou o
presidente do Sinprocim, José Carlos Soares.
Cruz das almas sedia 44ª reunião da Cadeia Produtiva do tabacoO Sindicato das Indústrias de Tabaco, a Câmara
Setorial do Charuto da Bahia e o Sindicato dos
Trabalhadores da Indústria do Fumo promoveram,
no dia 22 de julho, no município de Cruz das Almas,
a 44ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva do Tabaco. O objetivo foi discutir a
produção de tabaco no país e as ações desenvolvidas
na Bahia em defesa da cadeia produtiva do charuto.
A cultura do tabaco sustenta economicamente mais
de 30 municípios do Recôncavo Baiano.
Caderno apresenta tendências para o inverno 2015 O Sindicato da Indústria de Vestuário de Feira de Santana e Região
(Sindvest/FSA), em parceria com o SENAI e o Sebrae, lançou no dia
24 de julho, na Associação Comercial de Feira de Santana, o
Caderno de Macrotendências - Inverno 2015. O catálogo tem por
objetivo integrar o calendário fixo de eventos ligados ao setor.
“Estamos definindo, junto com o sindicato e o SENAI, um
Programa de Oficinas de Moda para serem apresentadas em 2015,
juntamente com o caderno”, ressaltou o gestor de projetos do
Sebrae, Renato Lisboa. A publicação foi apresentada pela
consultora de moda do SENAI, Analívia Lessa, especialista em
design e mestranda em Artes Visuais. O tema apresentado para o
Inverno 2015, intitulado Intensidade, mostrou a diversidade de
tramas e materiais que serão usados na estação mais fria do ano.
Encontro reúne ceramistas baianos
Manuel Ventin
quer ouvir as
demandas dos
empresários
do interior
12 Bahia Indústria
por Patrícia Moreira
SENaI inaugura escola em alagoinhasEstabelecimento com capacidade para 2 mil alunos é voltado para o ensino técnico em áreas como petróleo e gás, química, automação, manutenção industrial e tI
Com a oferta de 25 turmas do Pronatec e outras
15 de curso técnico, foi inaugurada Escola do
Seviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI), em Alagoinhas, no dia 1º de agosto,
pelo presidente da Federação das Indústrias do Esta-
do da Bahia, Carlos Gilberto Cavalcanti Farias, e pelo
diretor regional do SENAI Bahia, Leone Peter. Com
capacidade anual de formar 4 mil pessoas, incluindo
os cursos de curta duração do Pronatec e os cursos
técnicos, a escola surge como uma oportunidade de
capacitação para jovens e trabalhadores interessados
em se preparar para o mercado de trabalho.
Entre os cursos técnicos são oferecidas 15 turmas
em rede de computadores, logística, segurança do
trabalho, mecânica e em eletromecânica, este, ofe-
recido em parceria com a Brasil Kirin. A escola atua
nas áreas de petróleo e gás, química, automação, ma-
nutenção industrial, gestão de produção, alimentos
Bahia Indústria 13
Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
escola do
senai oferece
cursos de
capacitação de
curta duração
e técnicos
e bebidas, construção civil, segurança do trabalho e
tecnologia da informação.
Para dotar a unidade de ensino da infraestrutura
adequada, o Sistema FIEB investiu R$ 600 mil nas
obras de reforma e na aquisição de equipamentos,
que dotaram o prédio da antiga escola técnica mu-
nicipal de 22 espaços pedagógicos, sendo 16 salas de
aula e seis laboratórios (usinagem e soldagem, manu-
tenção e refrigeração, química, informática, automa-
ção e instalações prediais), beneficiando as comuni-
dades de Alagoinhas e de cidades como Catu, Pojuca,
Esplanada e Entre Rios.
INAUGURAÇÃOA solenidade de inauguração contou com a pre-
sença do presidente da Federação das Indústrias do
Estado da Bahia (FIEB), Carlos Gilberto Farias, dos
vice-presidentes da FIEB, Carlos Gantois, e do CIEB,
Reginaldo Rossi, e do diretor João Schnitman; além
do prefeito de Alagoinhas, Paulo Cézar Simões, que
esteve acompanhado de secretários municipais. Re-
presentando o Sistema FIEB, a comitiva do presidente
Carlos Gilberto Farias incluiu, ainda, o diretor regio-
nal do SENAI Bahia, Leone Peter, os superintenden-
tes do SESI, Armando Neto, de Engenharia, Rodrigo
Alves, e de Desenvolvimento Industrial da FIEB, Mar-
cus Verhine.
Em seu discurso, após o descerramento da placa
de inauguração, Carlos Gilberto Farias reafirmou as
linhas gerais de sua gestão, que tem na interiorização
das ações do Sistema FIEB uma de suas prioridades.
Ao fazer um balanço de seus 100 dias de gestão, o
presidente destacou a intenção de ampliar a presença
do SENAI no município com a implantação de uma
escola regional.
O prefeito Paulo Cézar Simões ressaltou: “Temos
um polo de indústrias de bebidas forte, produção de
gás natural e precisávamos preparar a cidade para
gerar mais oportunidades para a população”.
O diretor regional do SENAI, Leone Peter, desta-
cou que a meta do Sistema FIEB é construir Centros
de Formação Regional no entorno das Unidades Re-
gionais do SENAI. Como parte também da proposta
de expansão do SENAI, dentro do Programa de In-
teriorização da FIEB, está a implantação de Centros
Tecnológicos, que atuarão em rede.
O vice-presidente para as micro, pequenas e mé-
dias empresas da FIEB, Carlos Gantois, observou que
a formação de pessoal qualificado atende à necessi-
dade das corporações, mas sobretudo, das peque-
nas empresas industriais, que não têm como fazer
investimentos em formação de mão de obra. O vice-
-presidente do CIEB, Reginaldo Rossi, também desta-
cou que o Brasil tem uma dívida com a Bahia com a
educação profissional. Ele reafirmou o compromisso
de fortalecer as representações sindicais.
14 Bahia Indústria
por Marta erhardt
obras estruturantes de gran-
de porte como a Ferrovia
de Integração Oeste-Leste
(Fiol) e o Porto Sul trazem boas
perspectivas para a região sul do
Estado, que deve ganhar novo
impulso econômico nos próximos
anos. Neste contexto de desenvol-
vimento, o Sistema FIEB também
anunciou investimento de R$ 18,6
milhões para a construção de uma
unidade integrada na região.
O complexo, que vai abrigar
serviços realizados pelo SESI, SE-
NAI, IEL e CIEB, será construído
no km 13 da rodovia BR-415 (trecho
entre Ilhéus e Itabuna). A previsão
é que o novo equipamento seja en-
tregue em outubro de 2015. O pro-
jeto da unidade foi apresentado
Sul baiano ganhará unidade integradaCom investimento na ordem de r$18 milhões, unidade integrada da região sul deve ser entregue em outubro de 2015
Perspectiva
da fachada
da unidade
integrada
de ilhéus e
itabuna, que
vai abrigar os
serviços do
sesi, senai,
iel e Cieb
pela nova diretoria da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), durante visita à região, em
julho, em encontros com empre-
sários e lideranças da região.
“Pretendemos trabalhar muito
próximos do setor público, pois
entendemos que esta é a melhor
forma de conquistar resultados
mais efetivos”, pontuou o vice-
-presidente Ricardo Alban. Ele
destacou, ainda, que além das
unidades regionais, o Sistema
FIEB também vai investir na cons-
trução de 25 Centros de Formação
Profissional distribuídos em todo
o estado.
Em Ilhéus, o prefeito Jabes
Ribeiro ressaltou a importância
da unidade integrada do Sistema
Uma das empresas beneficia-
das com a presença do SENAI em
Alagoinhas é a Brasil Kirin, que
atualmente mantém contrato com
a entidade para ministrar cur-
sos de aprendizagem industrial
básico (CAI) e curso técnico em
manutenção. “Estamos na quarta
turma de aprendizes e na primeira
de curso técnico em manutenção
e já notamos a evolução dos estu-
dantes, que podem experimentar
na prática o que é aprendido na
teoria. Além disso, antes, estes jo-
vens saíam de Alagoinhas para se
capacitar e, agora, temos a opor-
tunidade de reter estes técnicos no
município, o que resolve um pro-
blema nosso que é a oferta de mão
de obra qualificada”, explica o ge-
rente de manutenção da empresa,
Sérgio Almeida, que foi aluno do
SENAI, nos anos 1980.
Outra empresa que está trei-
nando técnicos na escola do SE-
NAI é a Ferrovia Centro Atlântica,
por meio da subsidiária VLI. Para
Riedson dos Santos Ramos, de 26
anos, que está fazendo curso de
auxiliar operacional de manobra
de trem, a experiência está sendo
excelente. “Estou aproveitando tu-
do o que posso”, revela.
dIVUlGAção
Bahia Indústria 15
Presidente
visitou
fábrica da
bahia Vidros
temperados em
santo antonio
de Jesus
FIEB para qualificar ainda mais a
mão de obra local. Já o prefeito de
Itabuna, Claudevane Leite, desta-
cou que o equipamento vai contri-
buir para a atração de novos inves-
timentos para o sul da Bahia. “A
iniciativa é necessária e nos dará
a oportunidade de avançar e atrair
novos investimentos”, avaliou.
É o que também acredita o
presidente do Sindicato das In-
dústrias de Aparelhos Elétricos,
Eletrônicos, Computadores, Infor-
mática e Similares de Ilhéus e Ita-
buna (SINEC), William de Araújo.
“Estávamos precisando de um em-
purrão para que possamos desen-
volver mais a região. A presença
da FIEB mais forte aqui, além dos
serviços oferecidos, também vai
nos ajudar a defender os interes-
ses das indústrias junto ao poder
público”, defendeu.
A expectativa é que, com a no-
va unidade, o Sistema FIEB pos-
sa ampliar a sua atuação no sul
da Bahia. O SENAI, por exemplo,
estima média de 5 mil matrículas
anuais em cursos de diversas mo-
dalidades em 2016, somente nos
municípios de Ilhéus e Itabuna.
Segundo o gerente Jurandir Hen-
dler, atualmente, a média anual
é de 4 mil matrículas em toda a
região sul. Atualmente, estão em
curso no sul e extremo-sul do esta-
do, 31 turmas de Cursos Técnicos,
nas áreas de eletrônica, eletrome-
cânica; eletrotécnica; transportes
de cargas; celulose e papel; logís-
tica; redes de computadores; meio
ambiente; segurança do trabalho;
e informática.
INSTITUTO DE TEcNOlOGIAA unidade também vai abrigar
um Instituto SENAI de Tecnologia
(IST) em Eletroeletrônica, que vai
atuar com apoio tecnológico e pes-
quisa. Empresas da região, princi-
palmente as beneficiadas pela Lei
de Informática, já contam com es-
te apoio. O gerente do Centro Tec-
nológico, Yan de Medeiros, expli-
ca que atualmente o SENAI atua
com o desenvolvimento de softwa-
re, mas a partir da nova unidade
também terá condição de prestar
atendimento nas áreas de Elétrica,
Eletrônica e Telecomunicações.
Outra novidade é que a região
vai contar também com o EBEP,
programa que articula o ensino
médio do SESI com a educação pro-
fissional do SENAI. O IEL também
será reforçado com o novo equipa-
mento. A gerente da instituição,
Fernanda Moreira, ressalta que,
com a unidade integrada, a ins-
tituição terá mais estrutura para
promover treinamentos. O IEL atua
no sul da Bahia com desenvolvi-
mento de carreiras e atendimento
empresarial. Na área de estágio e
formação de talentos, a instituição
alocou mais de 13 mil estudantes
em estágio, desde 2011. Na área de
capacitação empresarial e apoio à
inovação, a instituição capacitou
mais de 800 líderes e executivos de
2012 até junho de 2014.
A instituição apoia as indús-
trias da região por meio de pro-
jetos como o Programa de Quali-
ficação de Fornecedores (PQF), o
Projeto Jogo da Inovação (JOIN) e
o Procompi Mineração. Até 2015,
o IEL pretende levar também para
a região sul o Projeto Extensão In-
dustrial Exportadora (PEIEX), pro-
jeto de capacitação para empresas
com potencial para a exportação,
criado em 2009 pela Agência Bra-
sileira de Promoção de Exporta-
ções e Investimentos do Brasil
(Apex-Brasil).
SANTO ANTONIO DE JESUS Outro município que será be-
neficiado com uma presença mais
forte do Sistema FIEB é Santo An-
tonio de Jesus, que irá ganhar uma
unidade integrada do SESI/SENAI.
O anúncio foi feito, no dia 22, du-
rante visita do presidente Federa-
ção das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), Carlos Gilberto Fa-
rias ao município.
Pela manhã, a comitiva da FIEB
visitou o Showroom da Indústria,
conheceu a unidade de produção
e as obras de ampliação do labo-
ratório farmacêutico Natulab, a fá-
brica Bahia Vidros Temperados e a
unidade da Reconflex. [bi]
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
16 Bahia Indústria
s Federações das Indústrias
(FIEB), do Comércio (Fecomér-
cio) e da Agricultura (Faeb) da
Bahia promoveram, no dia 31 de
julho, o Encontro Setores Produ-
tivos e Candidatos ao Governo
do Estado, que reuniu os can-
didatos Lídice da Mata (PSB),
Paulo Souto (DEM) e Rui Costa
(PT). Cada postulante respondeu
a perguntas formuladas por representantes das três
instituições, apresentou seu plano de governo e as
propostas para as áreas produtivas, além de receber
um documento contendo as demandas de cada setor.
Para o presidente da Federação das Indústrias,
Carlos Gilberto Farias, o encontro foi um êxito. “Con-
seguimos reunir as três federações e os candidatos ao
governo para discutir propostas que são transversais
a todos os setores e isso, além de uma iniciativa inédi-
ta, é muito importante para conhecer suas propostas
e apresentar nossas reivindicações e expectativas em
relação ao próximo governo”. Defensor de uma políti-
ca voltada para interiorização da indústria e o apoio
às micro, pequenas e médias empresas, o presidente
da FIEB acredita que o próximo governador da Bahia
terá como desafio direcionar de forma mais efetiva
o eixo de desenvolvimento para o interior, isso não
apenas para atender à indústria, como também aos
setores da agricultura e do comércio baiano, que são
atividades transversais.
Na avaliação do presidente da Federação da Agri-
cultura, João Martins, o evento serviu para convencer
as três grandes federações do estado a trabalharem
juntas. “Procuramos mostrar ao futuro governador
que nós agora vamos trabalhar unidos e nossas rei-
vindicações vão ser levadas em conjunto. Isso nos
por carolina Mendonça
FIEB, Faeb e Fecomércio apresentam demandas a candidatos ao governo e conhecem principais propostas para setor produtivo
Pauta unificada
Bahia Indústria 17
Pauta unificadamArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
18 Bahia Indústria
dará mais força para reivindicar.
Estamos mostrando que o seg-
mento produtivo não pode mais
trabalhar isoladamente. Essa é a
nossa proposta e nós tivemos êxi-
to”, afirmou.
O presidente da Federação do
Comércio, Carlos Andrade, lem-
brou que a proposta das três fe-
derações foi se fazer ouvir pelos
candidatos ao governo. “Essa in-
teração que as federações estão
propondo é importante para que o
próximo governador ouça nossas
reivindicações e nós temos muito
a contribuir”.
A avaliação dos candidatos foi
igualmente positiva. “Fiquei mui-
to satisfeito por ver uma integra-
ção entre as três federações, por
eles apresentarem sugestões efeti-
vas para o governo e me compro-
meti a aprofundar ao máximo esse
diálogo, propondo até a criação
de uma agência de promoção de
investimentos para a Bahia, com
a participação das três federações
e a governança do estado. As fe-
derações deram prova de uma in-
tenção efetiva de participar mais
ativamente do desenvolvimento
econômico do estado”, observou
Paulo Souto.
Para o candidato governista Rui
Costa, o encontro foi importante
para que pudesse apresentar suas
propostas nas áreas de infraestru-
tura, logística e qualificação. Na
sua avaliação, o fim da guerra fis-
cal exigirá do governo uma política
voltada para melhorar a competi-
tividade do setor produtivo. Costa
defende, ainda, que seja mantido
um diálogo permanente e regular
com o setor produtivo para assegu-
rar o desenvolvimento do estado.
Lídice falou sobre a pauta apre-
sentada pelas federações e disse
ter constatado que ela está alinha-
da com suas propostas de governo.
Ela identificou uma unanimida-
de no diagnóstico da economia
baiana feito pelas federações, que
aponta uma alta de concentração
dos setores produtivos na macror-
região de Salvador. Por isso, consi-
dera que o grande desafio da Bahia
é a sua integração econômica.
DEmANDASNo evento, as três federações
oficializaram a entrega de uma
agenda, contendo as reivindica-
ções e sugestões de cada setor,
como forma de contribuir para a
formulação das políticas públicas
“Conseguimos reunir as três federações e os candidatos ao governo para discutir propostas transversais a todos os setores e isso, além de uma iniciativa inédita, é importante para conhecer suas propostas e apresentar nossas expectativas
Carlos Gilberto Farias, presidente da FIEB
Bahia Indústria 19
o candidato
Paulo souto,
ao lado dos
presidentes da
Faeb, Fieb e
Fecomércio
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
da próxima administração estadual. Entre os itens
apresentados, há pontos comuns, como as questões
que envolvem infraestrutura e logística (melhoria da
malha viária, ferrovias e portos), desburocratização
e a necessidade de mais investimentos em inovação
e tecnologia.
No documento entregue pela FIEB, tiveram desta-
que as propostas de melhoria de rodovias e portos,
construção de novas ferrovias e canais de escoamen-
to da produção, a fim de garantir competitividade; re-
dução de alíquotas tributárias; capacitação e inova-
ção tecnológica; e uma política diferenciada para as
MPME, incluindo simplificação de documentos exigi-
dos, redução de prazos para abertura e licenciamento
de novos negócios e também de tributos; flexibiliza-
ção do crédito; e tratamento diferenciado de órgãos
estaduais, a exemplo da Divisa e Ibametro.
O presidente da instituição ressaltou, também, a
importância das reformas estruturais nacionais para
o crescimento da indústria e a modernização da eco-
nomia brasileira. “O papel do governo federal é cru-
cial na criação de um ambiente favorável aos inves-
timentos, atuando no controle das contas públicas e
na aplicação de recursos em questões prioritárias”,
defendeu Carlos Gilberto Farias.
Para a Faeb, entre os vários temas levantados, des-
tacam-se a questão do semiárido; insegurança jurídi-
ca, por conta das disputas por terra; a retomada da
assistência técnica e a importância dos investimentos
em tecnologia e inovação; capacitação profissional;
defesa sanitária; a criação de um sistema informati-
zado de dados sobre agricultura e pecuária; e incen-
tivos à internacionalização de mercados.
“Essas ideias foram elaboradas a partir de uma
ampla pesquisa, realizada ao longo de três meses,
que mobilizou nossa rede de sindicatos de produtores
rurais, diversas instituições e entidades ligadas ao
setor, além de cooperativas, associações e produtores
rurais de todo o estado”, explicou o presidente da Fe-
deração da Agricultura, João Martins.
Já a Fecomércio apresentou uma agenda para o
comércio de bens, serviços e turismo, ressaltando
que, na Bahia, o setor responde por 66% do PIB e
pela maioria dos empregos formais gerados no esta-
do. “O segmento está ampliando sua importância na
economia baiana. Neste sentido, é fundamental que o
governo do estado ouça as propostas e reivindicações
no momento de estabelecer uma política que atenda
às expectativas”, afirmou o presidente da Federação
do Comércio, Carlos Andrade.
As principais demandas do setor, de caráter pulve-
rizado e multifacetado, foram resumidas em: melhor
infraestrutura e mobilidade urbana; política tributária
justa; acessibilidade a linhas de crédito, especialmen-
te para as empresas de pequeno porte; redução da bu-
rocracia; estímulo à inovação e empreendedorismo; e
atração de novos investimentos para o estado.
PROPOSTASPrimeira convidada a falar, Lídice da Mata des-
tacou que a economia baiana cresceu, mas que os
números não se refletiram em avanços no desenvol-
vimento social, já que a produção continua concen-
trada em algumas regiões do estado. “Para se ter uma
ideia, cerca de 370 municípios baianos representam
apenas 15% da produção. O dado se materializa na
Lídice da MataInDústrIa» Fortalecimento dos distritos industriais com melhoria da infraestrutura» Elaboração de planos diretores para o entorno de grandes obras, a exemplo da FIOL e do Porto Sul, a fim de atender a diversas cadeias produtivas.
agrIcuLtura e pecuárIa» Criar a agência de desenvolvimento para o oeste da Bahia» Ações mais efetivas para o Semiárido baiano, a exemplo de um corredor ecológico, a fim de garantir os recursos hídricos da região, já escassos.
comércIo» Fim do ICMS antecipado para as MPME» Interiorização do turismo
transversaIs» Escola de Tempo Integral» PNAIC estadual (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa)
»PrinCiPais ProPostas dos Candidatos
Paulo SoutoInDústrIa » Medidas compensatórias para os estados nordestinos diante do fim da guerra fiscal» Melhora dos distritos industriais do interior
agrIcuLtura e pecuárIa» Sistema de produção próprio para o Semiárido, com utilização de pouca água, (a exemplo da criação de animais de pequeno porte)» Agilizar processos de licenciamento ambiental e regularização fundiária.
comércIo» Repensar o Centro de Convenções» Criação de um Programa Estadual de Logística e Transporte (PELT)
transversaIs» Planejamento de médio e longo prazos» Agência de atração de investimentos para a Bahia
Rui CostaInDústrIa » Estruturação de um Polo Industrial do Recôncavo (próximo ao Estaleiro São Roque) e adensamento de cadeias produtivas. » Recuperação e construção de novas vias, a exemplo de um ramal ferroviário que ligará Belo Horizonte (MG), Feira de Santana (BA) e o Porto de Aratu.
agrIcuLtura e pecuárIa» Replanejamento da assistência técnica e diálogo com as universidades públicas para transferência de tecnologia» Complexos logísticos ao longo da FIOL, nos entroncamentos da ferrovia com as BR (101, em Itabuna, 116, em Jequié, entre outros trechos)
comércIo» Mobilidade: nova organização da RMS no que se refere à locomoção» Deslocamento da rodoviária para a BR-324
transversaIs» Fundo de Desenvolvimento do Nordeste» 150 mil matrículas de ensino profissionalizante na rede estadual
Bahia Indústria 21
enorme desigualdade social que ainda temos no es-
tado”, afirmou.
A candidata destacou a importância do investi-
mento em educação e planejamento para mudar es-
te cenário. Ela propôs a criação de uma agência de
desenvolvimento para o oeste da Bahia e ações mais
efetivas para o Semiárido baiano. Lídice propôs o fim
do ICMS antecipado para as MPME, defendeu o forta-
lecimento dos distritos industriais e a elaboração de
planos diretores para o entorno de grandes obras, a
exemplo da FIOL e do Porto Sul. Além disso, mostrou-
-se favorável à estadualização dos portos da Bahia.
Já Rui Costa apresentou as obras de mobilidade
urbana e de infraestrutura viária que pretende tocar,
a exemplo de um ramal ferroviário que ligará Belo
Horizonte (MG), Feira de Santana (BA) e o Porto de
Aratu. Ele afirmou que a Bahia enfrenta um desafio
orçamentário, por conta dos gastos com a previdên-
cia dos servidores estaduais e a baixa arrecadação,
mas que o estado voltou a ter planejamento e que uma
segunda etapa desta política prevê o desenvolvimen-
to de polos dinamizadores da economia baiana, com
projetos articulados entre si. “É preciso dar estes sal-
tos de efeito dominó”, enfatizou.
O candidato defendeu o adensamento das cadeias
produtivas, a criação de um Fundo de Desenvolvi-
mento do Nordeste; uma nova malha viária no entor-
no de Feira de Santana, a fim de fazer da região um
grande complexo logístico; e a estruturação de um
Polo Industrial do Recôncavo, a partir do funciona-
mento do Estaleiro.
O candidato do DEM fez críticas à gestão atual e
afirmou que a Bahia vem perdendo competitividade.
Paulo Souto reconheceu a dificuldade de atrair “in-
teligências” para os quadros técnicos do governo e
disse que conta com as federações para uma admi-
nistração participativa, caso seja eleito. “Acho que
este diálogo com os setores produtivos deve ser per-
manente”, afirmou.
Souto defendeu uma reforma administrativa, a fim
de modernizar a gestão pública, aproximando-a da
gestão empresarial, além de maiores investimentos
em infraestrutura. Ele propôs a criação de um Progra-
ma Estadual de Logística e Transporte (PELT) e de uma
agência de desenvolvimento e atração de investimen-
tos com um modelo de governança compartilhado en-
tre o estado e a iniciativa privada. Com o fim da guerra
fiscal, o candidato afirmou que é preciso dialogar com
o governo federal no sentido de se estabelecer medidas
compensatórias para os estados nordestinos. [bi]
lídice da Mata
(esquerda)
e rui Costa
apresentaram
suas
propostas aos
empresários
dos três
setores
Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
22 Bahia Indústria
conselhos
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
Mobilização garante continuidade de redução do irPJ às indústriasAs indústrias instaladas na Região Norte/Nordeste
tiveram restabelecido o direito ao gozo do incentivo
de redução do IRPJ pelo prazo de 10 anos. A
legislação anterior reduzia gradativamente esse
prazo de 9 anos (em 2015) para 5 anos (em 2018). A
conquista resulta de mobilização do Conselho de
Assuntos Fiscais e Tributários (Caft), que levou a
questão à CNI. Outra iniciativa do Caft foi a criação
de um Grupo de Trabalho para discutir o processo de
fiscalização e as autuações lavradas pelo Ibametro,
tendo em vista a aplicação de penalidades
excessivas e a violação aos princípios do devido
processo legal e da segurança jurídica.
Competitividade da indústria de gás foi debatida na FiebO Seminário Agenda da Indústria para a
Competitividade do Gás foi realizado no dia 25 de
agosto, em Salvador, com o objetivo de discutir as
demandas e propostas do setor para o
desenvolvimento do mercado do gás natural de
maneira competitiva e sustentável. Encontros
semelhantes também estão sendo organizados no
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Os
resultados desse trabalho serão apresentados às
equipes dos principais candidatos à Presidência da
República em seminário a ser realizado em Brasília,
em setembro. O seminário é uma iniciativa da CNI e
do Projeto + Gás Brasil, em parceria com a FIEB, por
meio do Comitê de Petróleo e Gás (CPG).
Conselho de relações trabalhistas debate negociações coletivasCom o objetivo de aprofundar o debate sobre a
modernização do sistema trabalhista brasileiro, o
Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB realiza em
setembro o evento “Negociações Coletivas de
Trabalho”, no auditório da FIEB. O evento é voltado
para empresários, diretores, executivos e
negociadores de sindicatos da indústria, gerentes de
RH e responsáveis pelas áreas de relações
trabalhistas nas empresas. A programação contará
com palestra do advogado e consultor, Marcelo
Lomelino, que vai falar sobre “Negociação Coletiva
como instrumento para modernização das relações
trabalhistas no Brasil”.
Visando contribuir para o
desenvolvimento da indústria no
estado e proporcionar
oportunidades reais de
investimentos, acontecerá, nos
dias 13 e 14 de novembro, o Fórum
de Oportunidades de
Investimentos na Bahia. O
encontro acontecerá no auditório
da FIEB, que promove o evento,
juntamente com o Grupo de
Líderes Empresariais da Bahia
(Lide). A iniciativa é do Lide e do
Conselho de Economia e
Desenvolvimento Industrial
(Cedin). Em paralelo, acontecerão
workshops e uma feira de
negócios para facilitar o contato
de empresas de diversos portes
com potenciais investidores. João dória Jr., presidente do lide
Prêmio Fieb desempenho ambiental chega à 11ª edição com novidades
Seminário sobre Produção Mais Limpa e Consumo Responsável
abre a programação da solenidade de entrega da 11ª Edição do
Prêmio FIEB Desempenho Ambiental que acontece no dia 18 de
setembro, no auditório da FIEB com a presença de personalidades
da indústria e os candidatos que disputam as cinco categorias da
premiação. A iniciativa tem por objetivo reconhecer, estimular e
premiar empresas que se destacam na promoção de atividades que
contribuem para a melhoria contínua de seus processos
produtivos, proporcionando o aumento da produtividade e da
competitividade, utilizando menos recursos e reduzindo o impacto
negativo no meio ambiente. Nesta edição cada um dos ganhadores
das 5 modalidades receberá a quantia de R$ 5.000 como prêmio.
Esta é uma ação conjunta dos Conselhos de Meio Ambiente
(Comam) e de Responsabilidade Social (Cores) da FIEB. Aberta às
micro, pequenas, médias e grandes empresas, a premiação
apresenta como tema Resíduos Sólidos: como tratar o descarte de
pneus, pilhas, plásticos e outros objetos de uso comum, conforme o
que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos.
fIEB e lide promovem fórum em novembro
Bahia Indústria 23
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
Cimatec: qualidade impressiona presidente dilma rousseff conhece projetos de ponta e quer replicar modelo integrado em outros institutos do país
leone Peter,
Carlos Gilberto
Farias e dilma
rousseff
É um centro de excelência, tanto no aspecto
da qualificação profissional, quanto em re-
lação à pesquisa e desenvolvimento tecnoló-
gico”, afirmou a presidente Dilma Roussef, após visitar
a unidade do SENAI em Salvador, no dia 29 de agosto.
Ela percorreu laboratórios do Cimatec, na companhia
do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio
Campolina Diniz, do governador Jaques Wagner e do
presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias.
“O que se vê aqui está na linha do que estamos
tentando desenhar, que são plataformas do conheci-
mento integrando atividade produtiva e conhecimen-
to científico. Uma estrutura como a do Cimatec tem
um papel central na mediação da modernização do
parque industrial brasileiro”, disse o ministro.
Dilma viu de perto o desenvolvimento de projetos
de ponta, como os das áreas de polímeros e robótica.
A presidente conheceu peças automotivas, objetos,
pisos, paredes e revestimentos de madeira plástica,
produzidos a partir da combinação do material com
fibras de sisal e coco, casca de arroz e outros resíduos
que seriam descartados no meio ambiente. “Os itens
têm ótima resistência e podem ser utilizados em cons-
truções do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo”,
explicou o diretor do SENAI-BA, Leone Andrade.
Já no Instituto Brasileiro de Robótica, que fun-
ciona na unidade, ela se interessou particularmen-
te pelo Flat Fish, um submarino não tripulado que
vai monitorar dutos e instalações de plataformas do
pré-sal em grande profundidade, além de um robô
que inspeciona redes de energia de alta tensão, por
onde passam cargas de até 500 mil volts. Ex-minis-
tra de Minas e Energia, Dilma disse que já tinha vis-
to robôs semelhantes, porém maiores e com menos
mobilidade.
“Nesta visita, a presidente observou que o que é
feito aqui terá um efeito multiplicador importante pa-
ra os 26 institutos de inovação e tecnologia que o go-
verno federal está implantando no Brasil”, pontuou o
presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias.
Dilma ainda cumprimentou alunos do Pronatec
e do Ensino Básico Articulado com Educação Pro-
fissional (EBEP), estudantes do SESI que fazem cur-
so técnico no SENAI. Após a visita, Dilma recebeu a
imprensa e, para os jornalistas, refez os elogios ao
Cimatec: “Saio daqui muito impressionada com esse
centro do SENAI, que merece ser replicado em todo o
País. O Brasil precisa de estruturas como esta para,
de fato, modernizar a indústria e diminuir o custo da
pesquisa”, pontuou. [bi]
24 Bahia Indústria
Método SESI/SENaI de ensinar inglêsprograma Conexão mundo usa as redes sociais e promove etapas presenciais com monitores americanos
por Patrícia Moreira
Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
Durante um mês, entre ju-
lho e agosto, os 156 estu-
dantes do SESI, que inte-
gram as turmas do EBEP
(Ensino Básico Articulado com
Educação Profissional) e os 50 dos
cursos técnicos do SENAI partici-
param de um processo de aprendi-
zagem intensivo de inglês, com a
vinda de 17 monitores americanos.
Trata-se do programa Conexão
Mundo, que promove o ensino de
inglês utilizando as redes sociais
e que está presente em 31 cidades,
de 18 estados, com a participação
de quase 2 mil alunos do SESI e do
SENAI em todo o país. A metodo-
logia das aulas, desenvolvida em
parceria com a ONG americana
US-Brazil Connect, prevê duas
etapas presenciais, sendo uma de-
las com a vinda dos monitores ao
Brasil, e a outra, ao final do curso,
que premia os melhores alunos
com uma viagem de um mês aos
Estados Unidos.
Os monitores americanos de-
sembarcaram na Bahia no dia 16
de julho e permaneceram até 13
de agosto, quando retornaram aos
Estados Unidos. Durante o perí-
odo em que permaneceram nas
escolas do SESI Piatã e do SENAI
Cimatec, os estudantes matricula-
dos tiveram quatro horas diárias
de inglês, no turno oposto ao das
aulas convencionais.
Os estudantes do SESI estão
inscritos no módulo básico do Co-
nexão Mundo, enquanto os do SE-
NAI cursam o módulo avançado.
“SENAI e SESI estão fazendo o seu
papel de dar aos seus estudantes a
oportunidade de aprendizado do
inglês, que é indispensável na área
de tecnologia e inovação”, afirma
Greta Moreira, gerente de Escola
Técnica do SENAI. Para Cristina
Andrade, gerente do SESI Piatã,
“em um contexto em que o domí-
nio da segunda língua tem peso,
o Conexão Mundo contribui para a
proficiência do inglês”, destaca.
Cada monitor é responsável
por uma turma de, em média, 12
alunos. Ao final do programa, 5%
dos que mais se destacarem – 8
estudantes do SESI e 3 do SENAI –
farão intercâmbio nos Estados Uni-
dos e passarão um mês no país, em
janeiro de 2015.
PROJETO INOVADOR De acordo com Nathalia Men-
des, do SENAI Nacional, que par-
ticipou da solenidade que mar-
cou o início da fase presencial do
programa na Bahia, o Conexão
Mundo é um projeto inovador. “A
segunda língua é fundamental pa-
estudantes
na recepção
aos monitores
para a etapa
presencial
do Conexão
Mundo, no
sesi Piatã
Bahia Indústria 25
ra o mercado de trabalho e o programa consegue este
resultado já no Ensino Médio”, observou.
Se para os alunos do SESI e SENAI a experiência
é enriquecedora, ela não é menos impactante na vi-
da dos monitores. De acordo com a coordenadora do
grupo Nancy Sonnenfeld, os monitores se esforçaram
muito para arrecadar recursos para custear a viagem
ao Brasil. Os voluntários têm entre 19 e 22 anos e ape-
nas um deles tem 50 anos. Lauren Prebenda, uma das
voluntárias, explicou que esta foi uma das melhores
experiências da vida dela. “Aprendemos juntos, é um
grande momento para nós”, disse.
O Conexão Mundo é coordenado no SENAI por Ja-
naísa Viscardi, que lembra o objetivo principal que é
oferecer aos alunos mais uma oportunidade de serem
bem-sucedidos no mercado de trabalho. “Para entrar
na indústria, os que falam inglês e têm melhor for-
mação são os que têm mais espaço e os melhores car-
gos”, lembra. Para Karla Andrade,
coordenadora do programa pelo
SESI, o mês de convivência com
os monitores americanos faz com
que os estudantes cresçam muito.
Para ela, a convivência contribuiu
para melhorar a autoestima dos
estudantes. “Eles se sentem ca-
pazes de conseguir realizar seus
sonhos”, acrescenta.
Para Nathalia Fernandes, 18,
estudante do curso técnico de Pe-
troquímica do SENAI e que cursa o
módulo avançado do programa, es-
te é o caminho para uma bolsa do
Ciências Sem Fronteiras. Nathalia
conta que para ela, a fase presen-
cial é a alma do programa. [bi]
SEnaI e SESI estão fazendo o seu papel de dar aos seus estudantes a oportunidade de aprendizado do inglês, que é indispensável na área de tecnologia e inovação
“Greta Moreira, gerente de Escola Técnica do SENAI
26 Bahia Indústria
InDIcaDores Números da Indústria
Piora no desempenho da produção em junhoA Bahia foi um dos nove estados em que a produção da indústria caiu, de acordo com pesquisa realizada pelo IBGE
a produção física da indús-
tria de transformação da
Bahia apresentou queda
de 0,4% na taxa anua-
lizada, registrada em junho de
2014 (período de julho/2013- ju-
nho/2014, em relação a julho/2012-
-junho/2013). Foi um resultado
bem abaixo do registrado em maio de 2014 (1,7%),
conforme a Pesquisa Industrial Mensal Produção Fí-
sica Regional* (PIMPF-R), do IBGE.
No ranking dos 14 estados que participam da
PIMPF-R, nove apresentaram desempenho positivo:
Amazonas (5,3%), Ceará (4,7%), Mato Grosso (3,7%),
Goiás (3,4%), Rio Grande do Sul (2,4%), Pernambuco
(2,1%), Pará (1,9%), Santa Catarina (0,5%) e Paraná
(0,3%). Os outros cinco estados registraram resulta-
dos negativos: além da Bahia (-0,4%), Espírito Santo
(-3,0%), Rio de Janeiro (-2,5%), Minas Gerais (-2,2%) e
São Paulo (-1,8%).
Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, qua-
tro apresentaram resultados positivos: Refino de Pe-
tróleo e Biocombustíveis (6,9%),
Metalurgia (6,8%), Minerais não
Metálicos (2,1%) e Alimentos
(0,8%). Por outro lado, registra-
ram retração os segmentos de
Equipamentos de Informática
(-27,6%), Veículos Automotores
(-15,2%), Couro e Calçados (-7,8%),
Bebidas (-6,5%), Celulose e Papel
(-2,2%), Produtos Químicos (-1,0%)
e Borracha e Plástico (-0,2%).
QUEDA EXPRESSIVANa comparação de junho de
2014 com igual mês do ano ante-
rior, a produção física da indústria
de transformação baiana apre-
sentou queda de 12,9%. Quatro
dos onze segmentos pesquisados
apresentaram resultados positi-
vos: Couro e Calçados (10,9%),
Borracha e Plástico (4,1%), Ali-
mentos (1,9%), Refino de Petróleo
e Biocombustíveis (0,1%). Apre-
sentaram retração os segmentos:
Veículos Automotores (-80,2%,
redução na produção em todos
os produtos investigados no se-
tor, com destaque para a menor
fabricação de automóveis, de-
corrente da concessão de férias
coletivas em unidade produtiva
local), Equipamentos de Informá-
tica (-41,5%, redução na fabrica-
ção de computadores pessoais de
mesa), Metalurgia (-11,3%, queda
na produção de barras, perfis e
vergalhões de cobre e de ligas de
Bahia Indústria 27
cobre), Bebidas (-8,1%), Produtos Químicos (-3,2%,
com menor produção de xilenos, benzenos, misturas
de alquibenzenos ou de alquinaftalenos, princípios
ativos para herbicidas, ureia e amônia), Celulose e
Papel (-2,6%) e Minerais não Metálicos (-1,8%).
Tendo em conta o acumulado do primeiro semes-
tre deste ano, em comparação a igual período de 2013,
verifica-se uma queda de 5,1% na produção da indús-
tria de transformação baiana. Tal desempenho foi de-
terminado pelo resultado dos seguintes segmentos:
Equipamentos de Informática (-43,2%, menor produ-
ção de computadores pessoais de mesa e portáteis),
Veículos Automotores (-34,3%, com menor produ-
ção de automóveis), Couro e Calçados (-7,5%, menor
produção de tênis de material sintético e calçado de
plástico moldado de uso feminino), Bebidas (-6,2%),
Metalurgia (-5,3%, menor produção de barras, perfis
e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Minerais
não Metálicos (-2,7%), Celulose e Papel (-1,8%).
Por outro lado, houve expansão da produção nos
segmentos: Produtos Químicos (4,5%, maior produ-
ção de ureia, amônia, misturas de alquilbenzenos ou
de alquilnaftalenos e polietileno de alta densidade);
Refino de Petróleo e Biocombustíveis (3,2%, maior
produção de óleo diesel e óleos combustíveis), Ali-
mentos (2,2%); e Borracha e Plástico (0,5%).
De modo geral, os setores industriais brasileiro e
baiano enfrentam um ano de grande dificuldade com
o desaquecimento dos mercados interno e externo. A
despeito desse contexto, os segmentos Refino de Pe-
tróleo e Biocombustíveis e Metalurgia seguem apre-
sentando resultados positivos. [bi]
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
115
120
125
110
105
100
95
90
85
80
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2012)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014)
2012
20142013
* A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por, pelo menos, 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.
bahia: pim-pf de maio de 2014
Indústria de Transformação -12,9 -5,1 -0,4
refino de petróleo e biocombustíveis 0,1 3,2 6,9
produtos químicos -3,2 4,5 -1,0
veículos automotores -80,2 -34,3 -15,2
alimentos 1,9 2,2 0,8
Celulose e papel -2,6 -1,8 -2,2
Borracha e plástico 4,1 0,5 -0,2
metalurgia -11,3 -5,3 6,8
Couro e Calçados 10,9 -7,5 -7,8
minerais não metálicos -1,8 -2,7 2,1
Equipamentos de Informática -41,5 -43,2 -27,6
Bebidas -8,1 -6,2 -6,5
Extrativa Mineral 1,1 4,6 2,7
VArIAção (%)
setores Jun14/Jun13 Jan-Jun14/ Jul13-Jun14/ Jan-Jun13 Jul12-Jun13
Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI
28 Bahia Indústria
os vencedores do Prêmio Me-
lhores Práticas de Estágio
2014, promovido pelo Ins-
tituto Euvaldo Lodi (IEL), foram
conhecidos em cerimônia realiza-
da na sede da FIEB, no dia 18 de
agosto. A novidade da 11ª edição
é que um estagiário de cada em-
presa vencedora também foi con-
templado com bolsas de estudo de
cursos técnicos, de extensão e de
inglês ou serviços de orientação
de carreira.
Além disso, os orientadores
de estágio subiram ao palco com
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
talentos reconhecidosEstudantes e professores são homenageados no prêmio melhores práticas de Estágio de 2014
Marcelo
Meirelles Júnior
comemora
premiação
com colegas
da Continental
Pneus
os estudantes para serem home-
nageados. “Estar preparado para
atuar e crescer na empresa é um
grande desafio para o estagiário,
que precisa aprender a convi-
ver com diferenças, ser proativo
e propor inovações. Premiar o
aluno e o professor orientador é
reconhecer a importância desses
atores na construção do conhe-
cimento e na educação profissio-
nal”, afirmou o superintendente
do IEL, Evandro Mazo.
“O prêmio, criado em parce-
ria com o Fórum de Estágio da
Bahia, tem contribuído para a mu-
dança da cultura de estágio nas
empresas. Participando, as or-
ganizações trocam experiências,
ampliam suas redes de relaciona-
mento e podem divulgar, na Bahia
e nacionalmente, seus programas
de estágio”, destacou a gerente de
Estágio e Formação de Talentos do
IEL, Edneide Lima.
Na categoria Pequena Empre-
sa, a vencedora foi a Softwell
Solutions em Informática S.A., de
Salvador. O aluno contemplado foi
Karan Sandes Melo, 24, do curso
de Análise de Sistemas, do Centro
Universitário Unijorge, orientado
pelo professor Márcio Sousa no
projeto SIGES – Sistema Integrado
de Gestão em Saúde. “Investimos
na formação das nossas equipes
desde a etapa de estágio. O prê-
mio, portanto, é a consagração de
um trabalho que vem dando re-
sultados”, afirmou o coordenador
de serviços da Softwell, Adriano
Barbosa.
Já entre as médias empresas, a
premiada foi a Continental Pneus,
de Camaçari. O estudante Marce-
lo Meirelles Júnior, 22, aluno do
curso de Engenharia Mecânica da
Universidade Salvador – Unifacs,
foi homenageado pelo projeto
“Efficiency Attack - CVT”, orien-
tado pelo professor André Soares.
“Desde que entrei na empresa, fui
incentivado a desenvolver proje-
tos, não fui contratado para servir
café e tirar xérox”, brincou.
E a Petrobras S/A, de Salvador,
foi a vencedora na categoria Gran-
de Empresa. Iasmine Souza, 25,
recém-formada em Geologia pelo
Instituto de Geociência da Ufba,
foi indicada por um projeto sobre
a Bacia do Recôncavo, orientado
pelo professor Osmário Leite. A
gerente de TRH da Petrobras, Te-
resa Santos, ressaltou que a par-
ceria com o IEL já dura nove anos
e representa “a possibilidade dos
estudantes entrarem mais qualifi-
cados no mercado de trabalho”.[bi]
Bahia Indústria 29
Contrato temporário e estabilidade provisória da gestante
jurídico
por Bianca SPínola carvalho
A Constituição, no art. 10, II, “b”,
do Ato das Disposições Consti-
tucionais Transitórias, tutela a
empregada gestante, garantindo-
-lhe estabilidade provisória desde
a confirmação da gravidez até o
quinto mês após o parto, impondo
ao empregador a proibição tem-
porária de despedi-la sem justa
causa, sob pena de indenização
compensatória.
Tal regra aplicava-se apenas
aos contratos celebrados por tem-
po indeterminado, entendido este
como aquele firmado sem prazo
certo ou estimado de extinção.
Não abarcava as contratações por
prazo determinado, cuja vigência
depende de termo pré-fixado ou
da execução de serviços especí-
ficos, ou ainda, da realização de
certo acontecimento suscetível de
previsão aproximada. Isso por-
que, se entendia que a estabilida-
de era incompatível com o con-
trato por prazo determinado, cuja
extinção não decorria de dispensa
arbitrária ou sem justa causa, mas
do término de seu prazo.
A mudança do cenário iniciou-
-se com o entendimento do Supre-
mo, que firmou jurisprudência no
sentido de conceder estabilidade
gestacional às empregadas admi-
tidas pela Administração Pública,
mediante contrato por prazo de-
terminado. Então, diante da nova
perspectiva constitucional, o Tri-
bunal Superior do Trabalho alterou
sua jurisprudência, dando nova re-
dação ao inciso III, da Súmula 244,
estendendo a proteção à gestante a
todas as modalidades de contrata-
ção, seja por prazo indeterminado
ou por prazo determinado.
“Súmula 244, III - A empregada
gestante tem direito à estabilida-
de provisória prevista no art. 10,
inciso II, alínea “b”, do Ato das
Disposições Constitucionais Tran-
sitórias, mesmo na hipótese de
admissão mediante contrato por
tempo determinado”.
Significa dizer que, desde alte-
ração da referida Súmula, em se-
tembro de 2012, caso seja firmado
contrato por prazo determinado
com empregada que venha a en-
gravidar no curso do vínculo, ela
fará jus à estabilidade provisória,
protraindo, dessa forma, a data de
extinção incialmente acordada.
Para muitos, tal alteração refle-
te atitude demasiadamente prote-
cionista, conflitante com as regras
de contratação temporária, uma
vez que o instituto da estabilidade,
ainda que provisória, é incompatí-
vel com a transitoriedade inerente
àquela contratação, cujo objetivo
é atender necessidade pontual,
ou, ainda, aferir a adaptação entre
empregado e empregador.
Neste cenário, as mudanças
nas regras de contratação tempo-
rária podem inibir a contratação
de mulheres para vínculos tempo-
rários, em face da possibilidade de
ocorrência de gravidez e, conse-
quentemente, da estabilidade pro-
visória, restringindo ainda mais o
seu mercado de trabalho.
Prorrogada redução de iPi para a indústria de informática Foi publicada, no dia 11 de
agosto deste ano, a Lei
Federal nº 13.023, que trata,
dentre outros temas, da
prorrogação de prazos dos
benefícios fiscais relativos ao
Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) para
capacitação do setor de
tecnologia da informação
(TI). São beneficiadas pela
medida jurídica as empresas
de desenvolvimento ou
produção de bens e serviços
de informática e automação
que investirem em atividades
de pesquisa e
desenvolvimento em
tecnologia da informação. Na
Bahia, a medida beneficia
especialmente as empresas
localizadas no Polo de
Informática de Ilhéus/
Itabuna, onde se concentram
as empresas de tecnologia.
lei altera o estatuto das Micro e Pequenas empresasA Lei Complementar nº 147,
publicada em 8/8/14, alterou
o Estatuto da Microempresa e
da Empresa de Pequeno
Porte, para ampliar o rol de
atividades que poderão optar
pelo Simples Nacional,
trazendo, ainda, alterações
na legislação trabalhista e
previdenciária, disposições
relativas à Escrituração
Fiscal Digital, Livros Fiscais,
bem como relativas ao
Microempreendedor
Individual.
bianca spínola almeida Carvalho integra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB
30 Bahia Indústria
painel
trabalhador da Construção tem um dia de serviços e cidadania Com a participação de 1.896 pessoas, entre trabalhadores da
indústria da construção e seus dependentes, e mais de 4 mil
atendimentos, aconteceu, dia 23.8, no SESI Itapagipe, o Dia
Nacional da Construção Social. Realizado pelo Sindicato da
Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e organizado pelo
Serviço Social da Indústria (SESI) em todo o Brasil, o Dia de
Mobilização Social disponibilizou serviços e atendimentos de
promoção da cidadania, em uma programação que se
estendeu das 9 às 12 horas. Emissão de Carteira de Trabalho,
orientações em saúde, nutricional e em saúde bucal, foram
disponibilizadas às famílias. Ao todo, foram 14 parceiros,
sendo 10 empresas e entidades e 4 indústrias. A programação
cultural e de lazer ficou a cargo das unidades do SESI Rio
Vermelho e Simões Filho. O evento contou com o apoio de 150
voluntários.
Carlos Passos, do sinduscon, participou da programação
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
pEdro BEnEVIdEs/CopErphoto/sIstEmA FIEB
Fieb discute política ambientalCom a presença do secretário
estadual de Meio Ambiente,
Eugênio Spengler, consultores
da Conservation International
e representantes de diversos
segmentos produtivos, a
Gerência de Meio Ambiente e
Responsabilidade Social da
FIEB discutiu a minuta do
decreto que altera a Política
Estadual de Meio Ambiente e
apresentou contribuições.
Temas como o uso alternativo
do solo, a conversão de
multas em prestação de
serviços de preservação,
melhoria e recuperação da
qualidade do meio ambiente,
transferência da licença
ambiental ou autorização
ambiental em função de novo
titular do empreendimento
foram discutidos no encontro,
realizado no dia 15 de julho.
sesi Feira é requalificadoO Serviço Social da Indústria
de Feira de Santana vai
ganhar uma nova unidade,
totalmente requalificada e
com novas edificações. As
antigas instalações, na Rua
Gonçalo Alves Boaventura, no
Alto do Cruzeiro, foram
demolidas para dar lugar ao
novo empreendimento. Com
uma área de 21 mil metros
quadrados, serão construídas
e reformadas edificações que
ocuparão 7 mil metros
quadrados. O investimento
realizado pelo SESI está
orçado em R$ 15,3 milhões e o
prazo de execução da obra é
de 14 meses.
Cacau: empresários focam na qualidadeEmpresários do segmento baiano de cacau e chocolate
tiveram acesso a novas tecnologias e puderam ter sua
produção avaliada por especialistas durante
atividades realizadas pelo CIN e o SENAI-BA, entre os
dias 18 e 22 de agosto, em Ilhéus, sul do estado. Neste
período, eles participaram de capacitações e
consultorias, com o objetivo de aumentar a
competitividade dos produtos. A ação é fruto do
acordo de cooperação com a associação francesa ECTI.
empresários mobilizados em barreirasEmpresários da indústria
de Barreiras reuniram-se,
em julho, com o 1º
vice-presidente do Centro
das Indústrias da Bahia
(CIEB), Reginaldo Rossi, e
o superintendente do
Instituto Euvaldo Lodi
(IEL), Evandro Mazo,
para discutir os serviços
prestados pelo Sistema
FIEB na região, bem como
as oportunidades para
contribuição para o
desenvolvimento do oeste
baiano. Na ocasião, foi
realizada visita às obras
das instalações do
Sistema FIEB em Luís
Eduardo Magalhães,
acompanhado do prefeito
Humberto Santa Cruz e
do secretário de
Infraestrutura, Valdemar
Leite Lobo Filho,
oportunidade que foi
reivindicada a
pavimentação asfáltica
do entorno da futura sede
da unidade integrada do
SESI/SENAI/IEL/CIEB.
Bahia Indústria 31
Vice-presidente Carlos Gantois apresentou as diretrizes da Fieb e falou sobre a indústria
AnGElo pontEs/CopErphoto/sIstEmA FIEB
saul quadros alertou para o respeito à Constituição Federal
especialista discute direto à ampla defesa em ações de fiscalização Estabelecimentos que industrializam ou comercializam
alimentos de qualquer natureza devem ter direito a ampla
defesa, conforme determina a Constituição, o que significa
que não podem ser fechados ou ter mercadorias apreendidas
apenas por simples decisão de fiscais da Vigilância Sanitária.
Esse é o entendimento do advogado Saul Quadros,
apresentado no seminário Fiscalização da Vigilância
Sanitária na Indústria de Alimentos, realizado em agosto pelo
Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria, na sede
da FIEB. O evento reuniu representantes da Vigilância
Sanitária da Prefeitura de Salvador e do setor de alimentos e
bebidas, especialmente da área de panificação.
mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB
Fieb defende reformas durante visita de oficiais do exércitoO vice-presidente da FIEB e coordenador do Conselho de Micro e Pequena Empresa Industrial
(Compem), Carlos Henrique Gantois, fez palestra para oficiais da Escola de Comando e
Estado-Maior do Exército (Eceme), dia 2 de setembro, na sede da Federação. Ele traçou um
panorama da economia brasileira e destacou que o Brasil só crescerá de forma sustentável com
as reformas tributária, previdenciária e trabalhista. Gantois fez ainda uma radiografia do setor
industrial da Bahia, apresentou a estrutura do Sistema FIEB e as principais diretrizes da nova
diretoria, presidida pelo empresário Carlos Gilberto Farias. “Nosso foco é a interiorização do
desenvolvimento industrial, com apoio prioritário às micro, pequenas e médias empresas”,
explicou Gantois. Também participou do encontro o 1º vice-presidente do CIEB, Reginaldo
Rossi. A comitiva, chefiada pelo coronel Rafael Moreira do Nascimento, esteve acompanhada
do general de divisão Artur Costa Moura. Os militares demonstraram interesse em conhecer o
Sistema FIEB e acenaram com a possibilidade de o Sistema S fechar parcerias com o Exército,
especialmente na área de inovação.
Missão catalã visita a FiebComitiva de empresários
espanhóis, organizada
pela Agência Catalá de
Competitividade (ACCIÓ),
visitou a FIEB, no dia 1º
de setembro, como parte
da Missão Brasil Cliente
Público. O encontro teve
por finalidade intensificar
contatos com empresas
públicas e privadas
baianas, para estabelecer
parcerias e incrementar
negócios, conforme
destacou Josep Maria
Buades, diretor da ACCIÓ
no Brasil. A comitiva foi
recepcionada por Ângelo
Calmon de Sá Júnior,
coordenador do Conselho
de Comércio Exterior da
FIEB e assistiu a
explanação de Ricardo
Vieira, diretor da
Secretaria de Indústria,
Comércio e Mineração,
sobre potencialidades
econômicas da Bahia.
32 Bahia Indústria
IDeIas
por leonardo SancheS de carvalho
As mudanças nos padrões de pro-
dução e consumo, aliadas aos pro-
blemas de mobilidade e distribui-
ção de produtos nas áreas urbanas
das grandes cidades, estão fazendo
com que a logística se destaque co-
mo prioridade, desenvolvendo con-
ceitos baseados nos princípios de
suprimento contínuo (just-in-time)
dos pontos de venda, de maneira
a satisfazer necessidades de curto
prazo. Essa prática exigiu uma rá-
pida adaptação e resposta das em-
presas às exigências imediatistas
do mercado, porém, acarretou em
um aumento significativo dos ser-
viços de transporte e distribuição.
O cenário em questão coloca luz
em um dos segmentos da logística
que vem demandando por maior
atenção nos últimos anos. Trata-se
da logística urbana, também co-
nhecida como logística de última
milha. A logística urbana atua e
traz consequências diretas para o
ambiente urbano, uma vez que se
utiliza de sua infraestrutura, po-
tencializando os problemas pré-
-existentes nas grandes metrópo-
les, como os congestionamentos,
a poluição e o risco de acidentes.
A área de logística é responsável
por garantir com eficiência o fluxo
físico de bens e de informações en-
tre os diversos atores da cadeia de
suprimentos. No cenário urbano,
esse fluxo se caracteriza, princi-
palmente, pelo transporte e movi-
mentação de mercadorias. Como
consequências dessas operações,
destacam-se os problemas de des-
gaste prematuro da infraestrutura
Logística urbana: um caso de imobilidade
urbana (dimensionamento ina-
dequado para veículos pesados),
dificuldades ao fluxo de veículos
e pedestres, por conta de carrega-
mentos e descarregamentos reali-
zados, costumeiramente, em locais
inadequados e sem estrutura.
Consequentemente, esse fluxo
intenso, o ambiente hostil e o des-
gaste viário culminam em risco
potencial de aumento na proba-
bilidade de acidentes, além de se
configurar como uma importante
fonte de poluição sonora e atmos-
férica, que ameaçam a sustentabi-
lidade das áreas urbanas no viés
ambiental. Percebe-se, ainda, alta
criticidade no viés econômico, por
conta dos elevados custos dos in-
termináveis congestionamentos.
É fato que as últimas décadas
foram marcadas por significativos
avanços da iniciativa privada no
nível de serviço logístico, com ob-
jetivos claros de redução de custos
operacionais e definição de es-
tratégias inovadoras, eficientes e
colaborativas de transporte, distri-
buição, armazenagem e gestão in-
tegrada da cadeia de suprimentos.
Já os programas de governo e polí-
ticas públicas visaram, prioritaria-
mente, a criação e/ou desenvolvi-
mento das infraestruturas básicas
ou especializadas como: rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, ae-
roportos, terminais multimodais,
plataformas logísticas, centros de
distribuição e portos secos. Infe-
lizmente tais empreendimentos es-
truturantes não estão acontecendo
na velocidade compatível com as
necessidades do país.
É de conhecimento público que
alguns dos principais problemas
da logística no Brasil são:
•Grande dependência do mo-
dal rodoviário;
•Portos deficitários;
•Modal ferroviário muito limi-
tado;
•Transporte público ineficiente
e muito carente de alternativas;
•Burocracia excessiva e distor-
ções fiscais;
•Restrições da malha viária –
manutenção, capacidade, insegu-
rança, etc.
O Governo Federal vem lançan-
do, desde 2011, programas relacio-
nados à Mobilidade Urbana com o
objetivo de melhoria nos grandes
centros, priorizando o desloca-
mento não motorizado, o trans-
porte coletivo e a redução da emis-
são de poluentes, dos acidentes e
dos congestionamentos. Além de
buscar honrar os compromissos
com a Copa de 2014 e as Olimpía-
das de 2016.
Esses programas deveriam
trabalhar em consonância com
as ações do PAC – Programa de
Aceleração do Crescimento – bus-
cando soluções para os problemas
de logística e de mobilidade. No
o crescimento do e-commerce e as entregas fracionadas com distribuiçãodiária geram competição pela malha viária entre os veículos comerciais, privados e o transporte coletivo, provocando congestionamentos
“
Bahia Indústria 33
leonardo sanches de
Carvalho é
engenheiro e
atuou em
empresas de
grande porte
como a Vale e a
General Electric e
integra o Núcleo
Estratégico do
SENAI da Bahia
alguns modelos operacionais de logística urbana têm sido implantados com relativo sucesso na Europa. Entregas noturnas, corredores urbanos, plataformas de distribuiçãosão exemplos bem sucedidos
“entanto, o país se depara com um
verdadeiro processo de “imobili-
dade”, pois, esperava-se que a Em-
presa de Planejamento e Logística
(EPL) desse maior celeridade aos
projetos de infraestrutura. Entre-
tanto, os projetos de concessões
ou PPPs estão muito lentos e a
maioria sequer saiu do papel.
Os programas estruturantes
“não andam”, e as grandes cida-
des não podem parar. Estudos do
CSCMP – Council of Supply Chain
Management Professionals mos-
tram que a última milha represen-
ta, em média, 28% do custo total de
transporte e representa aproxima-
damente 30% do volume de tráfego
nas grandes cidades. É responsável
também por 20% a 35% das emis-
sões de gases de efeito estufa, além
de representar entre 15% e 20% dos
acidentes gerados nas redes viárias
urbanas. Portanto, a última milha
se configura como o grande desafio
das organizações no que tange a
otimização da gestão da cadeia de
suprimentos.
O aumento da maturidade por
parte do mercado consumidor
vem criando um cenário cada vez
mais desafiador para as organiza-
ções no que se refere à logística da
última milha. O crescimento expo-
nencial do e-commerce e as entre-
gas fracionadas com distribuição
diária acabam gerando uma espé-
cie de competição pela malha vi-
ária entre os veículos comerciais,
os privados e os de transporte pú-
blico coletivo, provocando, assim,
grandes congestionamentos. So-
mada a essa concorrência, perce-
be-se nos grandes centros urbanos
deficiências estruturais relativas a
alternativas de acesso, ocupação
indevida de locais públicos e in-
suficiência de locais apropriados
para carga e descarga.
Se não bastassem todos os
problemas estruturais, a logísti-
ca de última milha ainda precisa
adaptar-se às políticas públicas
que têm por objetivo a melhoria
da mobilidade urbana. No entan-
to, na maioria das vezes, acabam
entrando em conflito com as boas
práticas da logística empresarial,
pois estão relacionadas a opera-
ções cooperadas, janelas de en-
tregas, espaços predefinidos para
carga e descarga, limitações de
tráfego, entre outras. Todas essas
ações acabam limitando o diferen-
cial competitivo das organizações.
Geralmente, o poder público
estabelece “modelos” e/ou “pa-
drões” que deram certo em outros
lugares (cidades ou países), porém,
as questões geográficas e culturais
precisam ser levadas em conside-
ração, pois, o que serve em uma lo-
calidade, não necessariamente ser-
virá para outra, face ao contexto e
a quantidade de atores e interesses
diferentes que atuam no processo.
Assim sendo, percebe-se que
a logística urbana traz consigo
processos bastante heterogêne-
os e necessita de forte integração
entre o setor público e o privado,
visando alinhar os objetivos de
eficiência logística e desenvolvi-
mento econômico com fatores pre-
ponderantes para o planejamento
das grandes cidades, como as
questões relativas à poluição e à
mobilidade urbana.
Por conta dessa integração
preconizada, alguns modelos
operacionais de logística urbana
têm sido implantados com relati-
vo sucesso em países da Europa.
Entregas noturnas, corredores
urbanos de distribuição, centros
ou plataformas urbanas de distri-
buição são exemplos de implanta-
ções bem sucedidas com vistas à
redução dos custos logísticos nos
grandes centros.
Na última década, essas inicia-
tivas e estratégias integradas de
cooperação e planejamento das
grandes metrópoles para a reso-
lução dos problemas da logística
urbana culminaram no conceito
de city logistics, em países como a
Alemanha, Espanha e Bélgica.
Para chegar ao patamar de uma
city logistics as grandes cidades
brasileiras necessitariam de inter-
venções arrojadas nos setores pú-
blico e privado, que passariam por
investimentos estruturantes, ajus-
tes na legislação e modificações
no comportamento, geralmente
passivo nas questões de infraes-
trutura, das organizações. Certa-
mente, até a sociedade enfrentaria
dificuldade de adaptação a esse
novo cenário, justamente pelo fato
de ter se acostumado com um pa-
drão de serviço logístico que não
privilegia a integração.
Enfim, a logística urbana en-
volve questões de altíssima com-
plexidade por ter vieses políticos,
sociais, de infraestrutura, tecno-
lógicos, institucionais e de gover-
nança, e cuja resolução requer uma
integração entre atores de diversos
segmentos da sociedade, tornan-
do-a de difícil implementação e po-
liticamente pouco sustentável. [bi]
livros
leitura&entretenimento
os boêmios cívicos Marcos Costa Lima traz no livro a história
do grupo de economistas que o então
presidente Getúlio Vargas montou para
pensar a modernização do país, nos anos
1950. Por passarem noites acordados
trabalhando, o grupo foi apelidado pelo
presidente Vargas de "boêmios cívicos".
Liderados por Rômulo Almeida, o grupo
desenvolveu projetos que resultaram na
criação de instituições e empresas
públicas que consolidaram o estado
brasileiro moderno.
espirito empreendedor Tendo como referência estudiosos
americanos em empreendedorismo
corporativo, Marcos Hashimoto leva aos
leitores algumas ideias de como
desenvolver uma postura empreendedora
dentro das organizações. Uma das dicas
dadas pelo autor é que muitos deixam seus
empregos em busca de se tornar um bom
empreendedor, mas poucos sabem que
podem aliar a carreira ao
empreendedorismo. O livro relata também
14 casos de intraempreendedorismo.
os boêmios Cívicos. a assessoria econômico-política de Vargas (1951-1954)marcos Costa lima (org.) e-papers, 415 p., 2013r$35 e r$9,90 (e-book) disponível na Biblioteca FIeB
espirito empreendedor nas organizaçõesmarcos hashimoto Saraiva, 415 p., 2013r$69,90r$62,10 (e-book)
design moderno no centroNa Salvador histórica, o museu
Caixa Cultural traz aos
admiradores do design uma
exposição de mobiliários de
nomes de referência da arte e
arquitetura nacional. A
mostra, intitulada Designer
Brasileiro Moderno &
Contemporâneo, já passou por
cidades brasileiras e outros
países e se dispõe a apresentar
peças inéditas e raras de
artistas como Oscar Niemeyer,
Lina Bo Bardi, José Zanine,
Sérgio Rodrigues e Aída Boal.
A criação do projeto surgiu
quando Zanine encontrou Raul
Schmidt na Alemanha, em
2012, e os dois tiveram a ideia
de mostrar produtos brasileiros
na Europa. A exposição tem
como destaque a Cadeira
Girafa da arquiteta Lina Bo
Bardi, feita em 1987, e a
Cadeira Chaise Longue Rio, de
Niemeyer.
Não perca Caixa Cultural, ter a dom, 9h às 18h. Até 28.9. Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador. Gratuito. Informações: (71) 3421-4200
exposição
34 Bahia Indústria
Mesa água,
de domingos
tórtora,
Cadeira
dos irmãos
Campana e
aparador de
zanine Caldas
Cadeira áfrica,
de rodrigo
almeida
Foto
s dIV
UlG
Ação
Bahia Indústria 35
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