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GABARITO
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3
HISTÓRIA ANTIGA
Pré-História e Antiguidade Oriental
1. (UFRS) A denominação "Revolução Neolítica", cunhada nos anos 60 pelo arqueólogo
Gordon Childe, refere-se a uma série de intensas transformações. Entre essas
mudanças, é correto citar
a) a criação do poder político centralizado associado ao domínio do poder religioso.
b) o desenvolvimento de conglomerados urbanos baseados no trabalho escravo.
c) a instituição privada das terras, com o cultivo de cereais e a criação de animais.
d) o surgimento da divisão natural do trabalho, com a atribuição de papel produtivo
relevante à mulher.
e) a transição da economia de subsistência para uma economia industrial.
2. (Fatec) O Iraque, recentemente em guerra com os EUA e Inglaterra, já foi palco de
uma grande civilização na Antigüidade, a Mesopotâmia.
Desta civilização, inserida na área do Crescente Fértil, é correto afirmar:
a) teve em Senaqueribe seu mais importante rei, que, além de transformar a Babilônia
num dos principais centros urbanos, elaborou o 1º código de leis completo, assentado
nas antigas tradições sumerianas.
b) durante o governo de Nabucodonosor foram realizadas grandes construções públicas,
merecendo destaque os "Jardins Suspensos da Babilônia", considerados uma das
maravilhas do Mundo Antigo.
c) Nabopalassar, que substituiu Nabucodonosor, não conseguiu manter o império, que
foi conquistado por Ciro, o Grande, da Pérsia.
d) Assurbanípal, rei dos Assírios, depois de dominar a Caldéia, mudou a capital do
império para a cidade de Ur.
e) com Hamurábi, os sumerianos, vindos do planalto do Irã, fixaram-se na Caldéia e
fundaram diversas cidades autônomas, como Ur, Nínive e Babilônia.
4
3. (UFSCAR) Entre as transformações havidas na passagem da pré-história para o
período propriamente histórico, destaca-se a formação de cidades em regiões de
a) solo fértil, atingido periodicamente pelas cheias dos rios, permitindo grande produção
de alimentos e crescimento populacional.
b) difícil acesso, cuja disposição do relevo levantava barreiras naturais às invasões de
povos que viviam do saque de riquezas.
c) entroncamento de rotas comerciais oriundas de países e continentes distintos, local
de confluência de produtos exóticos.
d) riquezas minerais e de abundância de madeira, condições necessárias para a
edificação dos primeiros núcleos urbanos.
e) terra firme, distanciada de rios e de cursos d'água, com grau de salubridade
compatível com a concentração populacional.
4. (Unesp) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se, no III milênio
a.C., um povo semita que passou a ocupar a estreita faixa de terra, com cerca de 200
quilômetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Várias razões o
levaram ao comércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade geográfica com
o Egito; a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os cedros, principal riqueza,
usados na construção de navios. O contido nesse parágrafo refere-se ao povo:
a) fenício.
b) hebreu.
c) sumério.
d) hitita.
e) assírio.
5. (UFPEL)
Texto 1
"Em todo o mundo, a leste e a oeste, as populações começaram a trocar a
dependência às hordas de grandes animais, "muitas das quais em rápido declínio", pela
exploração de animais menores e de plantas. [...] Onde as condições fossem
particularmente adequadas [...], as peças do quebra-cabeça da domesticação se
acomodaram e os coletores transformaram-se em agricultores."
(CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.)
5
Texto 2
"Os historiadores acostumaram-se a separar a coleta e a agricultura como se fossem
duas etapas da evolução humana bastante diferentes e a supor que a passagem de uma
à outra tivesse sido uma mudança repentina e revolucionária. Hoje, contudo, admite-se
que essa transição aconteceu de maneira gradual e combinada. Da etapa em que o
homem era inteiramente um caçador-coletor passou-se para outra em que começava a
executar atividades de cultivo de plantas silvestres [...] e de manipulação dos animais [...].
Mas tudo isso era feito como uma atividade complementar da coleta e da caça."
( VICENTINO, Cláudio. História para o ensino médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005.)
Os textos analisam:
a) o final do Período Neolítico e se posicionam de forma convergente quanto ao papel
revolucionário desempenhado pela agricultura e pela domesticação dos animais.
b) o início do Período Neolítico e divergem entre si a respeito da existência da
Revolução Neolítica, pois, enquanto um indica uma transformação radical, o outro
destaca a simultaneidade da caça, coleta e agricultura.
c) o início do Paleolítico Inferior e são contraditórios entre si, no que se relaciona aos
efeitos da agricultura, entre eles a sedentarização humana.
d) o final do Paleolítico Superior, no momento em que ocorreu a Revolução Agrícola,
ambos afirmando que a caça e a coleta foram suprimidas pela agricultura.
e) a Transição Mesolítica e concordam que, com o cultivo das plantas e a criação de
animais, ocorreu a suspensão das atividades de caça e coleta, provocando a
Revolução Neolítica.
Grécia Antiga
6. (Fatec) A navegação e o comércio marítimo foram desenvolvidos pelos gregos.
Dentre os vários fatores que os levaram a isso, podemos citar, como causa inicial:
a) a pobreza do solo grego e a necessidade de novas terras para suprir suas
necessidades.
b) o desejo de difundir a cultura grega.
c) o fato de serem constantemente molestados por povos bárbaros.
d) o seu amplo conhecimento geográfico e marítimo que despertava em seu povo a
busca do desconhecido.
e) o fato de os mercadores gregos precisarem de novos mercados consumidores.
7. (Fuvest) "A história da Antigüidade Clássica é a história das cidades, porém, de
cidades baseadas na propriedade da terra e na agricultura."
(MARX. K. Formações econômicas pré-capitalistas.)
Em decorrência da frase de Marx, é correto afirmar que:
6
a) os comerciantes eram o setor urbano com maior poder na Antigüidade, mas
dependiam da produção agrícola.
b) o comércio e as manufaturas eram atividades desconhecidas nas cidades em torno do
Mediterrâneo.
c) as populações das cidades greco-romanas dependiam da agricultura para a
acumulação de riqueza monetária.
d) a sociedade urbana greco-romana se caracterizava pela ausência de diferenças
sociais.
e) os privilégios dos cidadãos das cidades gregas e romanas se originavam da condição
de proprietários rurais.
8. (Fuvest) "Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas entre facções e que
alguns cidadãos, por apatia, estavam prontos a aceitar qualquer resultado, fez aprovar
uma lei específica contra eles, obrigando-os, se não quisessem perder seus direitos
de cidadãos, a escolher um dos partidos."
(Aristóteles, em A Constituição de Atenas)
A lei visava:
a) diminuir a participação dos cidadãos na vida política da cidade.
b) obrigar os cidadãos a participar da vida política da cidade.
c) aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da política.
d) deixar aos cidadãos a decisão de participar ou não da política.
e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a cidade.
9. (Fuvest) "Num processo em que era acusado e a multidão ateniense atuava como
juiz, Demóstenes [orador político, 384-322 a.C.] jogou na cara do adversário [também um orador político] as seguintes críticas: 'Sou melhor que Ésquines e mais bem nascido; não gostaria de dar a impressão de insultar a pobreza, mas devo dizer que meu quinhão foi, quando criança, freqüentar boas escolas e ter bastante fortuna para que a necessidade não me obrigasse a trabalhos vergonhosos. Tu, Ésquines, foi teu destino, quando criança, varrer como um escravo a sala de aula onde teu pai lecionava.' Demóstenes ganhou triunfalmente o processo."
(VEYNE, Paul. História da Vida Privada, I, 1992.)
A fala de Demóstenes expressa a a) transformação política que fez Atenas retornar ao regime aristocrático depois de
derrotar Esparta na Guerra do Peloponeso. b) continuidade dos mesmos valores sociais igualitários que marcaram Atenas a partir do
momento em que se tornou uma democracia. c) valorização da independência econômica e do ócio, imperante não só em Atenas,
mas em todo o mundo grego antigo. d) decadência moral de Atenas, depois que o poder político na cidade passou a ser
exercido pelo partido conservador. e) crítica ao princípio da igualdade entre os cidadãos, mesmo quando a democracia era
a forma de governo dominante em Atenas.
7
10. (UFPR) "O exército persa era bem visível. Mesmo assim, Alexandre avançou, em
formação, com passo firme, evitando um avanço muito rápido que pudesse afetar a linha de ataque, deixando flancos em aberto. (...) Alexandre à frente de suas tropas, no flanco direito, correu, colocando toda a atenção na velocidade de ataque." "A cavalaria persa, diante dos tessálios de Alexandre, iniciada a batalha, decide
atacar violentamente os tessálios. A cavalaria atacava com grande furor e os persas foram superados quando souberam que os mercenários gregos estavam sendo destroçados pela infantaria macedônica e que o próprio Dario estava em debandada. Este foi o sinal para a fuga generalizada e aberta. Os cavalos com equipamento pesado sofreram particularmente e os milhares de homens que fugiam em pânico, desordenados, buscando a fuga nas trilhas e nas elevações locais, morreram pela ação do inimigo (...)"
(ARRIANO, A Batalha de Íssus. 2, p. 10-11.)
Os trechos apresentados são dois momentos distintos da narrativa de Arriano sobre a Batalha de Íssus, em que Alexandre, o Grande, venceu o general persa Dario em 333 a.C. A partir desses relatos de Arriano, é correto afirmar:
a) As guerras na Antigüidade exigiam pouca participação pessoal dos comandantes nos
combates travados, como se evidencia nos relatos de Arriano. b) No texto de Arriano, há uma valorização da figura de Alexandre perante a de Dario,
para reforçar as virtudes morais e militares do general macedônico. c) Arriano desconhecia as estratégias e práticas de guerra da época de Alexandre,
elaborando apenas uma ficção a respeito das batalhas. d) Essa vitória sobre Dario teve pouca repercussão nas conquistas do jovem Alexandre. e) Na Antigüidade, as guerras não desempenhavam papel significativo nas relações
políticas.
11. (Ufscar) O legado da Grécia à filosofia ocidental é a filosofia ocidental.
(WILLIAMS, Bernard. In: Finley M.I. "O legado da Grécia", 1998.)
A afirmação baseia-se no fato de que
a) a filosofia moderna ocidental, apesar de ter deixado o pensamento filosófico grego
para trás, recupera como princípio básico o legado mítico dos helenos.
b) os filósofos gregos foram lidos pelos romanos, depois negados pela tradição românica
medieval e, posteriormente, recuperados por iluministas como Voltaire e Diderot.
c) os gregos foram os criadores de quase todos os campos importantes do
conhecimento filosófico, como a metafísica, a lógica, a ética e a filosofia política.
d) os sofistas, como Sócrates e Platão, responsáveis pela produção de obras no campo
da mitologia, consolidaram os princípios da filosofia ocidental moderna.
e) a metafísica de Platão tem estruturado, até hoje, as bases conceituais e filosóficas do
pensamento científico e tecnológico contemporâneo ocidental.
8
12. (Unesp) A palavra democracia originou-se na Grécia antiga e ganhou conteúdo
diferente a partir do século XIX. Ao contrário do seu significado contemporâneo, a
democracia na polis grega a) funcionava num quadro de restrições específicas de direitos políticos, convivendo com
a escravidão, excluindo do direito de participação os estrangeiros e as mulheres. b) abrangia o conjunto da população da cidade, reconhecendo o direito de participação
de camponeses e artesãos em assembléias plebéias livremente eleitas. c) pregava a igualdade de todas as camadas sociais perante a lei, garantindo a todos o
direito de tomar a palavra na Assembléia dos cidadãos reunida na praça da cidade. d) evitava a participação dos militares e guerreiros, considerando-os incapazes para o
exercício da livre discussão e para a tomada de decisões consensuais. e) era exercida pelos cidadãos de maneira indireta, considerando que estes escolhiam
seus representantes políticos por intermédio de eleições periódicas e regulares.
13. (Unifesp) "Nunca temi homens que têm no centro de sua cidade um local para
reunirem-se e enganarem-se uns aos outros com juramentos. Com estas palavras,
Ciro insultou todos os gregos, pois eles têm suas agorás [praças] onde se reúnem
para comprar e vender; os persas ignoram completamente o uso de agorás e não têm
lugar algum com essa finalidade."
(Heródoto, Histórias, séc. V a.C.)
O texto expressa a) a inferioridade dos persas que, ao contrário dos gregos, não conheciam ainda a vida
em cidades. b) a desigualdade entre gregos e persas, apesar dos mesmos usos que ambos faziam
do espaço urbano. c) o caráter grego, fundamentado no uso específico do espaço cívico, construído em
oposição aos outros. d) a incapacidade de o autor olhar com objetividade os persas e descrever seus
costumes diferentes. e) a complacência dos persas para com os gregos, decorrente da superioridade de seu
poderio econômico e militar.
14. (Unifesp) "Em todas as grandes civilizações que precederam a civilização grega, e de
que ela foi tributária (assírio-babilônica, egípcia, fenícia, cretense), não se tinha visto
nada de comparável em termos de comportamento social e práticas institucionais."
(Jean-Pierre Vernant, 1999.)
O autor está se referindo
a) à escravidão.
b) ao politeísmo.
c) à política.
d) à ciência.
e) ao comércio.
9
15. (Unifesp) "Ao povo dei tantos privilégios quanto lhe bastam, à sua honra nada tirei
nem acrescentei; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também
neles pensei, que nada tivessem de infamante... entre uma e outra facção, a
nenhuma permiti vencer injustamente."
(Sólon, século VI a.C.)
No governo de Atenas, o autor procurou:
a) restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas demandas
pusessem em perigo a realeza.
b) impedir que o equilíbrio político existente, que beneficiava a aristocracia, fosse
alterado no sentido da democracia.
c) permitir a participação dos cidadãos pobres na política, para derrubar o monopólio dos
grandes proprietários de terras.
d) abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao mesmo tempo que mantinha
sua exclusão da vida política.
e) disfarçar seu poder tirânico com concessões e encenações que davam aos cidadãos
a ilusão de que participavam da política.
10
Roma Antiga
16. (Fuvest) "Em verdade é maravilhoso refletir sobre a grandeza que Atenas alcançou no
espaço de cem anos depois de se livrar da tirania... Mas acima de tudo é ainda mais
maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar de seus
reis."
(Maquiavel, "Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio")
Nessa afirmação, o autor
a) critica a liberdade política e a participação dos cidadãos no governo.
b) celebra a democracia ateniense e a República romana.
c) condena as aristocracias ateniense e romana.
d) expressa uma concepção populista sobre a antigüidade clássica.
e) defende a polis grega e o Império romano.
17. (Enem) "Somos servos da lei para podermos ser livres."
(Cícero)
"O que apraz ao príncipe tem força de lei."
(Ulpiano)
As frases acima são de dois cidadãos da Roma Clássica que viveram praticamente no
mesmo século, quando ocorreu a transição da República (Cícero) para o Império
(Ulpiano).
Tendo como base as sentenças acima, considere as afirmações:
I. A diferença nos significados da lei é apenas aparente, uma vez que os romanos não
levavam em consideração as normas jurídicas.
II. Tanto na República como no Império, a lei era o resultado de discussões entre os
representantes escolhidos pelo povo romano.
III. A lei republicana definia que os direitos de um cidadão acabavam quando
começavam os direitos de outro cidadão.
IV. Existia, na época imperial, um poder acima da legislação romana.
Estão corretas, apenas:
a) I e III.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
11
18. (Fatec) "Não é sem razão que os deuses e os homens escolheram este lugar para a
fundação da cidade: a extrema salubridade dos seus outeiros; a vantagem de um rio
capaz de trazer as colheitas do seu interior, bem como de receber os
aprovisionamentos marítimos, as comodidades da vizinhança do mar, sem os perigos
a que as frotas estrangeiras exporiam a uma excessiva proximidade; uma posição
central relativamente às diferentes regiões da Itália, posição que parece ter sido
prevista unicamente para favorecer a expansão da cidade. Acha-se no seu 365º ano,
e durante esse tempo o círculo dos povos estrangeiros que a rodeia nunca deixou (...)
de estar em guerra convosco; e, todavia, não puderam vencer-nos."
(Adaptado de Tito Lívio.)
O autor do fragmento acima destaca:
a) a privilegiada posição geográfica da cidade de Roma, situada na região do Lácio e às
margens do Tibre, mas que, devido à proximidade com outros povos, viveu,
incessantemente, a falta de alimentos pelo bloqueio de suas fronteiras.
b) as razões pelas quais Roma teria sido favorecida desde sua fundação, exemplificando
com a impossibilidade de ataques inimigos.
c) a relação harmoniosa entre o espaço físico de Roma e os objetivos desta cidade, que
se pretende expansionista, independente e segura.
d) as diferenças entre a região do Lácio e da Toscana, na Itália, apontando na primeira
as condições ideais para a fundação de uma cidade totalmente isolada das fronteiras
inimigas.
e) a necessidade de Roma aproximar-se do círculo dos povos estrangeiros, para poder
garantir seus aprovisionamentos e garantir a paz, em uma região de relevo muito
recortado e sujeita, portanto, a ataques-relâmpago.
19. (Fuvest) Ao longo de toda a Idade Média e da Moderna, a Sicília foi invadida e
ocupada por bizantinos, muçulmanos, normandos e espanhóis. Na Antigüidade, por
sua
a) fertilidade e posição estratégica no Mediterrâneo Ocidental, a ilha foi disputada e
dominada por gregos, cartagineses e romanos.
b) fertilidade e posição estratégica, a ilha tornou-se o centro da dominação etrusca no
Mediterrâneo Ocidental.
c) aridez e pobreza, a ilha, apesar de visitada por gregos, cartagineses e romanos, não
foi por estes dominada.
d) extensão e fertilidade, a ilha foi disputada pelas cidades gregas até cair sob domínio
ateniense depois da Guerra do Peloponeso.
e) proximidade do continente, aridez e ausência de riquezas minerais, a ilha foi
dominada somente pelos romanos.
12
20. (Fuvest) Quando, a partir do final do último século a.C., Roma conquistou o Egito e
áreas da Mesopotâmia, encontrou nesses territórios uma forte presença de elementos
gregos. Isto foi devido
a) ao recrutamento de soldados gregos pelos monarcas persas e egípcios.
b) à colonização grega, semelhante à realizada na Sicília e Magna Grécia.
c) à expansão comercial egípcia no Mediterrâneo Oriental.
d) à dominação persa na Grécia durante o reinado de Dario.
e) ao helenismo, resultante das conquistas de Alexandre, o Grande.
21. (Fuvest) Vegetius, escrevendo no século IV a. C., afirmava que os romanos eram
menos numerosos que os gauleses, menores em tamanho que os germanos, mais
fracos que os espanhóis, não tão astutos quanto os africanos e inferiores aos gregos
em inteligência criativa.
Obviamente, Vegetius considerava os romanos, como guerreiros, superiores a todos
os demais povos. Já para os historiadores, o fato de os romanos terem conseguido
estabelecer, e por muito tempo, o seu vasto império, o maior já visto até então, deveu-
se sobretudo
a) à inferioridade cultural dos adversários.
b) ao espírito cruzadista da religião cristã.
c) às condições geográficas favoráveis do Lácio.
d) à política, sábia, de dividir para imperar.
e) à superioridade econômica da Península itálica.
22. (Ufscar) Na época do imperador Constantino (274-337), havia cerca de 800 mil
habitantes em Roma. Em meados do século V, a população da cidade foi reduzida a
300 mil pessoas.
O principal fator dessa redução na população romana foi
a) a Guerra do Peloponeso.
b) a revolta de escravos, como a de Spartacus.
c) a invasão dos povos bárbaros.
d) as Guerras Persas.
e) as Guerras Púnicas.
23. (Ufscar) Quando a notícia disto chegou ao exterior, explodiram revoltas de escravos
em Roma (onde 150 conspiraram contra o governo), em Atenas (acima de 1.000
envolvidos), em Delos e em muitos outros lugares. Mas os funcionários
governamentais logo as suprimiram nos diversos lugares com pronta ação e terríveis
torturas como punição, de modo que outros que estavam a ponto de revoltar-se
caíram em si.
(Diodoro da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília. 135-132 a.C.)
É correto afirmar que as revoltas de escravos na Roma Antiga eram
13
a) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema escravista.
b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
c) provocadas pela exploração e maus-tratos impostos pelos senhores.
d) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam indefinida a situação de escravidão.
e) pouco freqüentes, comparadas com as que ocorreram em Atenas no tempo de Sólon.
24. (Unifesp) Conflitos e lutas sociais variadas originaram as crises que fizeram o Estado
romano passar do governo monárquico ao republicano e, deste, ao imperial. Nos três
regimes políticos, contudo, os integrantes de um único grupo, ou classe social,
mantiveram sempre o mesmo peso e posição. Foram os, assim chamados,
a) plebeus (isto é, populares).
b) proletários (isto é, sem bens).
c) patrícios (isto é, nobres).
d) servos (isto é, escravos).
e) clientes (isto é, dependentes).
25. (Unifesp) Fomos em busca dos homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que
cinco deles e suas famílias estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste
senhor impediram-nos com violência de nos aproximar da entrada do domínio.
(Egito - romano, em 332 d.C.)
... os colonos não têm liberdade para abandonar o campo ao qual estão atados por
sua condição e seu nascimento. Se dele se afastam em busca de outra casa, devem ser
devolvidos, acorrentados e castigados.
(Valentiniano, em 371 d.C.)
Os textos mostram a
a) capacidade do Império romano de controlar a situação no campo, ao levar a cabo a
política de transformar os escravos em colonos presos à terra.
b) luta de classes, entre camponeses e grandes proprietários, pela posse das terras que
o Estado romano, depois da crise do século III, é incapaz de controlar.
c) transformação, dirigida pelo governo do Baixo Império, das grandes unidades de
produção escravistas em unidades menores e com trabalho servil.
d) permanência de uma política agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido
de assegurar um número mínimo de camponeses soldados.
e) impotência do governo romano do Baixo Império em controlar a política agrária, por
ele mesmo adotada, de fixar os pobres livres no campo.
14
HISTÓRIA MEDIEVAL
Império Bizantino e Islâmico 26. (UFRS) O assim denominado Grande Cisma do Oriente foi uma conseqüência a) da Reforma Calvinista, que, ao pregar a predestinação e o livre-arbítrio, acabou com a
unidade da Igreja Católica. b) da Querela das Investiduras, travada entre o Papa e o Imperador, a qual versava
sobre a proibição de leigos concederem a posse de cargos na Igreja. c) da emergência do islamismo, que propiciou aos árabes um ponto de união e
identidade, mas os separou dos ocidentais. d) do confronto entre a Igreja de Roma e a de Constantinopla, que resultou na cisão
entre os ramos grego e romano do catolicismo. e) do conflito religioso que instalou um papa em Avignon e outro em Roma, perturbando
por décadas a concórdia interna da Igreja. 27. (PUCSP) A cidade de Jerusalém, na Palestina, é considerada sagrada por judeus,
cristãos e muçulmanos. Sua história conheceu vários movimentos históricos e religiosos, da Antigüidade aos dias atuais. Por Jerusalém passaram ou lá se fixaram os
a) hebreus, que viveram na região a que chamavam de Canaã até o século VI a.C., quando preferiram invadir as férteis terras egípcias e abandonaram voluntariamente a cidade.
b) gregos, que ocuparam a Palestina durante o governo democrático de Clístenes sobre Atenas, no século V a.C, e criaram um pólo de difusão da cultura grega na cidade.
c) romanos, que no século I ampliaram os limites de seu Império, levando-os até a Palestina, e expulsaram os judeus e os muçulmanos da cidade.
d) egípcios, que estabeleceram na região, por volta do século V a.C, a capital de seu império unificado, proibindo a presença de cristãos e judeus na cidade.
e) muçulmanos, que na expansão iniciada no século VII, que também se dirigiu ao Ocidente e chegou a conquistar parte da Península Ibérica, tomaram a cidade.
15
28. (Unesp) Assinale a alternativa correta sobre a civilização muçulmana durante o
período medieval. a) Os constantes ataques de invasores árabes, provenientes das áreas do Saara,
criaram instabilidade na Europa e contribuíram decisivamente para a queda do Império Romano.
b) A civilização muçulmana não desempenhou papel significativo no período, em função da inexistência de um líder capaz de reunir, sob um mesmo estado, sunitas e xiitas.
c) Os pensadores árabes desempenharam papel fundamental na renovação do pensamento da Europa Ocidental, uma vez que foram responsáveis pela difusão, via Espanha muçulmana, do legado greco-romano.
d) O distanciamento entre muçulmanos e cristãos aprofundou-se com a pregação de Maomé, que postulou a superioridade da religião islâmica e se negou a aceitar os tratados de paz propostos pelo Papa.
e) A partir do século VIII, a civilização muçulmana passou a ser regida pelo Alcorão, cujas recomendações aplicavam-se à vida cotidiana, contribuindo para o declínio do Império Otomano.
29. (Unesp) "Os muçulmanos entenderam que deveriam constituir uma frota para o
Mediterrâneo. O resultado inicial foi a conquista de Chipre e de Rodes. A Córsega foi
ocupada em 809; a Sardenha, em 810; Creta, em 829; a Sicília, em 827. As cidades
fundadas pelos gregos na Sicília foram sendo conquistadas. Palermo caiu em 831;
Messina, em 843; Siracusa, em 848; Taormina, em 902."
(RISLER, Jacques. A civilização árabe, 1955.)
Essa ocupação resultou
a) no clima de intolerância religiosa e de perseguição ao cristianismo no conjunto das
regiões ocupadas pelos árabes.
b) na decadência acentuada do patrimônio cultural, científico e filosófico da civilização
grega antiga e clássica.
c) na derrocada dos regimes democráticos do Ocidente, inspirados no modelo da antiga
democracia ateniense.
d) na reconquista, pelos muçulmanos, de muitas regiões e cidades invadidas pelo
movimento das Cruzadas européias.
e) no aprofundamento da crise da atividade comercial européia, com o conseqüente
deslocamento da população para os campos.
16
30. (Unesp) O culto de imagens de pessoas divinas, mártires e santos foi motivo de
seguidas controvérsias na história do cristianismo. Nos séculos VIII e IX, o Império
bizantino foi sacudido por violento movimento de destruição de imagens, denominado
"querela dos iconoclastas". A questão iconoclasta
a) derivou da oposição do cristianismo primitivo ao culto que as religiões pagãs greco-
romanas devotavam às representações plásticas de seus deuses.
b) foi pouco importante para a história do cristianismo na Europa ocidental, considerando
a crença dos fiéis nos poderes das estátuas.
c) produziu um movimento de renovação do cristianismo empreendido pelas ordens
mendicantes dominicanas e franciscanas.
d) deixou as igrejas católicas renascentistas e barrocas desprovidas de decoração e de
ostentação de riquezas.
e) inviabilizou a conversão para o cristianismo das multidões supersticiosas e incultas da
Idade Média européia.
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Alta Idade Média
31. (Fuvest) "Assim, pois, a cidade de Deus que é tomada como una, na realidade tripla.
Alguns rezam, outros lutam, outros trabalham. As três ordens vivem juntas e não
podem ser separadas. Os serviços de cada uma dessas ordens permitem os
trabalhos das outras duas e cada uma por sua vez presta apoio às demais."
O trecho anterior, escrito em 998 d.C., representa:
a) um ataque à representação do Deus uno, defendida pelos monofisitas.
b) uma justificativa funcional das diferenças sociais no mundo medieval.
c) um retorno às concepções de Santo Agostinho, que opunha à cidade de Deus a
cidade dos homens.
d) uma descrição da estrutura social de Roma, sede do papado e considerada a cidade
de Deus.
e) uma crítica à desigualdade entre os homens, pois estes são considerados iguais
perante Deus.
32. (Fuvest) A economia da Europa ocidental, durante o longo intervalo entre a crise do
escravismo, no século lII, e a cristalização do feudalismo, no século IX, foi marcada
pela:
a) depressão, que atingiu todos os setores, provocando escassez permanente e fomes
intermitentes.
b) expansão, que ficou restrita à agricultura, por causa do desaparecimento das cidades
e do comércio.
c) estagnação, que só poupou a agricultura graças à existência de um numeroso
campesinato livre.
d) prosperidade, que ficou restrita ao comércio e ao artesanato, insuficientes para
resolver a crise agrária.
e) continuidade, que preservou os antigos sistemas de produção, impedindo as
inovações tecnológicas.
33. (Fuvest) Perto do ano 1000, manifestações de medo foram verificadas em todo o
Ocidente, como se o fim do milênio trouxesse consigo o fim dos tempos. Tal situação
deve ser entendida como:
a) manifestação da crescente religiosidade que caracterizava a sociedade feudal.
b) indício do crescente analfabetismo das camadas populares e diminuição da
religiosidade clerical.
c) decorrência da tomada do Império Bizantino pelos muçulmanos do norte da África.
d) traço típico de uma sociedade em transição que se tornava mais clerical e menos
guerreira.
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e) característica do momento de centralização política e de formação das monarquias
nacionais.
34. (UEG)
("O POPULAR", Goiânia, 23 abr 2005. Magazine)
A personagem Hagar, criada pelo cartunista Dick Browne, pode ser considerada um guerreiro viking que viveu na Europa durante a Idade Média. Analise as proposições a seguir acerca desse período histórico:
I. Do ponto de vista histórico, a situação mostrada na tira está correta, pois a expressão
"Idade das Trevas" era de uso corrente na sociedade medieval. II. A expressão "Idade das Trevas", utilizada na tira, é imprópria para designar a Idade
Média, pois ela só surgiu durante a Idade Moderna. III. Expressões como "Idade das Trevas" ou "longa noite dos mil anos", referindo-se à
Idade Média, são historicamente coerentes, pois nesse período houve uma completa estagnação econômica, cultural e social na Europa. Marque a alternativa CORRETA:
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras. b) Apenas as proposições II e III são verdadeiras. c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras. d) Apenas a proposição II é verdadeira. e) Apenas a proposição III é verdadeira.
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35. (Unifesp) Vedes desabar sobre vós a cólera do Senhor... Só há cidades despovoadas,
mosteiros em ruínas ou incendiados, campos reduzidos ao abandono... Por toda parte o poderoso oprime o fraco e os homens são semelhantes aos peixes do mar que indistintamente se devoram uns aos outros. Esse documento, do séc. X (ano 909), exprime:
a) a situação criada tanto pelas invasões de sarracenos, magiares e vikings quanto pelas freqüentes pestes e guerras internas.
b) uma concepção da sociedade que, apesar de fazer referência a Deus, é secular por sua preocupação com a economia urbana e rural.
c) o quadro de destruição existente na Itália e na Alemanha, mas não no resto da Europa, por causa das guerras entre guelfos e gibelinos.
d) uma visão de mundo que, embora religiosa, é democrática, pois não estabelece distinções sociais entre os homens.
e) um contexto de crise existente apenas na Baixa Idade Média, quando todo o continente foi assolado pela Peste Negra.
36. (Unifesp) Terminada a Antigüidade, havia à disposição do Ocidente medieval duas
concepções filosóficas fundamentais e distintas: a visão grega (resumida por
Aristóteles) de que o homem foi formado para viver numa cidade, e a visão cristã
(resumida por Santo Agostinho) de que o homem foi formado para viver em
comunhão com Deus. Nos últimos séculos da Idade Média, com relação a essas duas
filosofias, é correto afirmar que:
a) foram reconciliadas por São Tomás de Aquino ao unir razão (livre-arbítrio) com
revelação (fé).
b) entraram em conflito e deram lugar a uma nova visão, elaborada por frades
beneditinos e dominicanos.
c) continuou a prevalecer a visão grega, como se pode ver nos escritos de Abelardo a
Heloísa.
d) sofreram um processo de adaptação para justificar a primazia do poder temporal ou
secular.
e) passou a predominar a visão cristã, depois de uma longa hegemonia da visão grega.
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37. (Unifesp) "O mosteiro deve ser construído de tal forma que tudo o necessário (a água,
o moinho, o jardim e os vários ofícios) exerce-se no interior do mosteiro, de modo que
os monges não sejam obrigados a correr para todos os lados de fora, pois isso não é
nada bom para suas almas."
(Da Regra elaborada por São Bento, fundador da ordem dos beneditinos, em meados do
século VI.)
O texto revela
a) o desprezo pelo trabalho, pois o mosteiro contava com os camponeses para
sobreviver e satisfazer as suas necessidades materiais.
b) a indiferença com o trabalho, pois a preocupação da ordem era com a salvação
espiritual e não com os bens terrenos.
c) a valorização do trabalho, até então historicamente inédita, visto que os próprios
monges deviam prover a sua subsistência.
d) a presença, entre os monges, de valores bárbaros germânicos, baseados na
ociosidade dos dominantes e no trabalho dos dominados.
e) o fracasso da tentativa dos monges de estabelecer comunidades religiosas que,
visando à salvação, abandonavam o mundo.
38. (Unesp) "Reconheço ter prendido mercadores de Langres que passavam pelo meu
domínio. Arrebatei-lhes as mercadorias e guardei-as até o dia em que o bispo de
Langres e o abade de Cluny vieram procurar-me para exigir reparações."
(Castelão do Século XI.)
O texto apresentado permite afirmar que, na Idade Média,
a) o poder da Igreja era, além de religioso, também temporal.
b) os senhores feudais eram mais poderosos do que a Igreja.
c) o clero era responsável pela distribuição das mercadorias.
d) o conflito entre Igreja e nobreza aproximou o clero dos comerciantes.
e) o poder do papa era limitado pelos sacerdotes.
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39. (Unesp) Na Idade Média ocidental, a Igreja cristã justificava e explicava o
ordenamento social. Ao lado dos clérigos, que detinham o conhecimento da leitura e
da escrita, um dos grupos sociais da época era constituído por:
a) assalariados, que trabalhavam nas terras dos que protegiam as fronteiras da Europa
medieval das invasões dos povos bárbaros germânicos.
b) usurários, que garantiam o financiamento das campanhas militares da nobreza em
luta contra os infiéis muçulmanos.
c) donos de manufaturas de tecidos de algodão, que abasteciam o amplo mercado
consumidor das colônias americanas.
d) servos, que deviam obrigações em trabalho aos senhores territoriais que cuidavam da
defesa militar da sociedade.
e) escravos, que garantiam a sobrevivência material da sociedade em troca da
concessão da vida por parte dos seus vencedores.
40. (Enem) Considere os textos a seguir.
“(...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da
filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício
de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.”
(Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica
sobre as relações entre fé e razão, 1998.)
“As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.”
(São Tomás de Aquino – pensador medieval.)
Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que
a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino,
refletindo a diferença de épocas.
b) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a
razão natural acima da fé.
c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II.
d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias,
não tem relação com o pensamento filosófico.
e) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os
pensamentos sobre fé e razão.
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Baixa Idade Média
41. (Ufpi) O período situado entre os séculos X e XV da Era Cristã, didaticamente
nomeado de "Baixa Idade Média", foi marcado por profundas transformações, que
conduziriam à superação das estruturas feudais e à progressiva estruturação da
modernidade, esta marcada pela emergência do racionalismo e do método científico. As
alternativas a seguir apresentam alguns aspectos dessas modificações, exceto:
a) Um profundo processo de secularização, que contribuirá para um crescente
atrelamento da razão à religião e do natural ao sobrenatural.
b) O individualismo emergirá como forma de um novo humanismo, o que se acentuará no
século XVIII com a vitória do Iluminismo.
c) As práticas políticas e econômicas, lenta mas progressivamente, vão se libertando da
tutela até então exercida pela Metafísica e pela Teologia;
d) Dá-se uma ampliação do espaço físico, do que decorre o conhecimento de novos
mundos e povos.
e) Dá-se a passagem da transcendência à imanência, processo através do qual a verdade
revelada cederá lugar à verdade da natureza, com sua própria linguagem e leis;
42. (Unesp) Leia os dois textos seguintes.
"No Ocidente Medieval, a unidade de trabalho é o dia [...] definido pela referência
mutável ao tempo natural, do levantar ao pôr-do-sol. [...] O tempo do trabalho é o tempo
de uma economia ainda dominada pelos ritmos agrários, sem pressas, sem preocupações
de exatidão, sem inquietações de produtividade".
(Jacques Le Goff. "O tempo de trabalho na 'crise' do século XIV".)
"Na verdade não havia horas regulares: patrões e administradores faziam conosco o
que queriam. Normalmente, os relógios das fábricas eram adiantados pela manhã e
atrasados à tarde e em lugar de serem instrumentos de medida do tempo eram utilizados
para o engano e a opressão."
(Anônimo. "Capítulos na vida de um menino operário de Dundee", 1887.)
Entre as razões para as diferentes organizações do tempo do trabalho, pode-se citar:
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a) a predominância no campo de uma relação próxima entre empregadores e
assalariados, uma vez que as atividades agrárias eram regidas pelos ritmos da
natureza.
b) o impacto do aparecimento dos relógios mecânicos, que permitiram racionalizar o dia
de trabalho, que passa a ser calculado em horas no campo e na cidade.
c) as mudanças trazidas pela organização industrial da produção, que originou uma
nova disciplina e percepção do tempo, regida pela lógica da produtividade.
d) o conflito entre a Igreja Católica, que condenava os lucros obtidos a partir da
exploração do trabalhador, e os industriais, que aumentavam as jornadas.
e) a luta entre a nobreza, que defendia os direitos dos camponeses sobre as terras, e a
burguesia, que defendia o êxodo rural e a industrialização.
43. (Fuvest) "...o desejo de dar um forma e um estilo ao sentimento não é exclusivo da
arte e da literatura; desenvolve-se também na própria vida: nas conversas da corte,
nos jogos, nos desportos... Se, por conseguinte, a vida pede à literatura os motivos e
as formas, a literatura, afinal, não faz mais do que copiar a vida."
(Johan Huizinga, "O Declínio da Idade Média")
Na Idade Média, essa relação entre literatura e vida foi exercida principalmente pela:
a) vassalagem
b) guilda
c) cavalaria
d) comuna
e) monarquia
44. (Fuvest) A prosperidade das cidades medievais (séculos XII a XIV), com seus
mercadores e artesãos, suas universidades e catedrais, foi possível graças:
a) à diminuição do poder político dos senhores feudais sobre as comunidades
camponesas que passaram a ser protegidas pela Igreja.
b) à união que se estabeleceu entre o feudalismo, que dominava a vida rural, e o
capitalismo, que dominava a vida urbana.
c) à subordinação econômica, com relação aos camponeses, e política, com relação aos
senhores feudais.
d) ao aumento da produção agrícola feudal, decorrente tanto da incorporação de novas
terras quanto de novas técnicas.
e) à existência de um poder centralizado que obrigava o campo a abastecer
prioritariamente os setores urbanos.
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45. (Fuvest) "Quanto às galeras fugitivas, carregadas de doentes e feridos, tiveram que
enfrentar, no rio Nilo, os navios dos muçulmanos que barravam sua passagem e foi
um massacre quase total: os infiéis só pouparam aqueles que pudessem ser trocados
por um bom resgate. A cruzada estava terminada. E foi cativo que o rei entrou em
Mansourah, extenuado, consumido pela febre, com uma disenteria que parecia a
ponto de consumi-lo. E foram os médicos do sultão que o curaram e o salvaram."
(Joinville. Livro dos Fatos, A 1ª Cruzada de São Luís)
Os acontecimentos descritos pelo escritor Joinville, em 1250, revelam que as
Cruzadas foram:
a) organizadas pelos reis católicos, em comum acordo com chefes egípcios, para tomar
Jerusalém das mãos dos muçulmanos.
b) conseqüência das atrocidades dos ataques dos islâmicos nas regiões da Península
Ibérica.
c) uma resposta ao domínio do militarismo árabe que ameaçava a segurança dos países
cristãos e do papado.
d) um movimento de expansão de reis cristãos e da Igreja romana nas regiões do mundo
islâmico.
e) expedições militares organizadas pelos reis europeus em represália aos ataques dos
bizantinos a Jerusalém.
46. (Fuvest) Segundo o historiador Robert S. Lopez (A Revolução Comercial da Idade
Média 950-1350), "o estatuto dos construtores das catedrais medievais representava
um grande progresso relativamente à condição miserável dos escravos que erigiram
as Pirâmides e dos forçados que construíram os aquedutos romanos". As catedrais
medievais foram construídas por:
a) artesãos livres e remunerados.
b) citadinos voluntários trabalhando em mutirão.
c) camponeses que prestavam trabalho gratuito.
d) mão-de-obra especializada e estrangeira.
e) servos rurais recompensados com a liberdade.
47. (Fuvest) "Os cristãos fazem os muçulmanos pagar uma taxa que é aplicada sem
abusos. Os comerciantes cristãos, por sua vez, pagam direitos sobre suas
mercadorias quando atravessam o território dos muçulmanos. O entendimento entre
eles é perfeito e a eqüidade é respeitada."
(Ibn Jobair, em visita a Damasco, Síria, 1184. In: Amin Maalouf, 1988.)
Com base no texto, pode-se afirmar que, na Idade Média:
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a) as relações comerciais entre as civilizações do Ocidente e do Oriente eram realizadas
pelos judeus e bizantinos.
b) o conflito entre xiitas e sunitas pôs a perder o florescente comércio que se havia
estabelecido gradativamente entre cristãos e muçulmanos.
c) o comércio, entre o Ocidente cristão e o Oriente islâmico, permaneceu imune a
qualquer interferência de caráter político.
d) a Península Ibérica desempenhou o papel de centro econômico entre os mundos
cristão e islâmico por ser a única área de contato entre ambos.
e) as cruzadas e a ocupação da Terra Santa pelos cristãos engendraram a intensificação
das relações comerciais entre cristãos e muçulmanos.
48. (Fuvest) Nos séculos XIV e XV, a Itália foi a região mais rica e influente da Europa.
Isso ocorreu devido à:
a) iniciativa pioneira na busca do caminho marítimo para as Índias.
b) centralização precoce do poder monárquico nessa região.
c) ausência completa de relações feudais em todo o seu território.
d) neutralidade da península itálica frente à guerra generalizada na Europa.
e) combinação de desenvolvimento comercial com pujança artística.
49. (Unesp) “A fim de satisfazer as necessidades do castelo, os comerciantes começaram
a afluir à frente da sua porta, perto da ponte: mercadores, comerciantes de artigos caros
e, depois, donos de cabaré e hoteleiros que alimentavam e hospedavam todos aqueles
que negociavam com o príncipe (...) Foram construídas assim casas e instalaram-se
albergues onde eram alojados os que não eram hóspedes do castelo (...) As habitações
multiplicaram-se de tal sorte que foi logo criada uma grande cidade.”
(Jean Long, cronista do século XIV.)
De acordo com o texto, o nascimento de algumas cidades da Europa resultou da:
a) transformação do negociante sedentário em comerciante ambulante.
b) oposição dos senhores feudais à instituição do mercado no seu castelo.
c) atração exercida pelos pregadores religiosos sobre a população camponesa.
d) insegurança provocada pelas lutas entre nobres feudais sobre a atividade mercantil.
e) fixação crescente de uma população ligada às atividades mercantis.
50. (Unesp) “Em cada letra da página divina [a Bíblia] há tantas verdades sobre as
virtudes, tantos tesouros de sabedoria acumulados, que apenas aquele a quem Deus
concedeu o dom do saber [dela] pode usufruir plenamente. Poderiam estas "pérolas"
ser distribuídas aos "porcos" e a palavra a ignorantes incapazes de recebê-la e,
sobretudo, de propagar aquilo que receberam?”
(Texto escrito pelo inglês Gautier Map, por volta de 1181.)
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Comparando o conteúdo do texto com a história do cristianismo, conclui-se que o
autor:
a) interditava aos pecadores a leitura da Bíblia, reservando-a à interpretação coletiva nos
mosteiros medievais.
b) considerava aptos para interpretarem individualmente a Bíblia todos os fiéis que
participassem do culto católico.
c) postulava a exigência de comunicação direta do fiel com Deus, independentemente
da leitura dos textos sagrados.
d) referia-se a um dogma da Igreja medieval abolido pela reforma católica promovida
pelo Concílio de Trento.
e) opunha-se a um princípio defendido por heresias medievais e que foi retomado pelas
reformas protestantes.