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Ao longo do primeiro semestre de 2013 o trabalho no ateliê teve como
novidade a contação de histórias intimamente ligada à proposta
artística/prática . A cada semana as crianças tinham a possibilidade de
entrar em contato com um novo capítulo de uma trajetória que prometia ser
longa. Ao todo foram doze capítulos que davam o tom das aulas e
costuravam as propostas do ateliê. Tivemos inúmeras aventuras criativas
vivenciadas a partir da narrativa da história e assim batizamos trabalho
como Projeto Era uma Vez....
Era uma vez uma curiosidade Ou várias Todas pulando para fora do corpo O que será que tem na caixa misteriosa? Bruxa? Arco-íris? Música? Uma história. A história das histórias!
Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela
magia da nossa palavra.
Rubem Alves
Caminhamos agora juntos...
Agora eu era rei... Agora eu era rei...
As imagens do conto acordam, revelam, alimentam e instigam o
universo de imagens internas que, ao longo de sua história, dão
forma e sentido às experiências de uma pessoa no mundo.
Regina Machado
Quando ouvimos um conto – adultos ou crianças -, temos uma experiência singular, única, que particulariza para cada um de nós, no instante da narração, uma construção imaginativa que se organiza fora do tempo do ERA.
A criança, num determinado
momento, percebe que tudo
aquilo que está depositado no
papel partiu dela. Não foi dado,
foi inventado por ela mesma.
Inaugura-se o terreno da criação.
Edith Derdyk
Do planejamento à concepção: processos de criação.
Castelo de bruxa ou
de princesa?
Que tal uma exposição de castelos?
A arte não reproduz o visível, mas torna visível. Paul Klee
A importância de compartilhar com o outro o tempo, as surpresas, os acontecimentos acorridos
durante o processo de criação. Tornar visível os frutos de um empenho, um
trabalho que saiu de nós. As imagens que moram em nós compartilhadas
com o mundo
Brincadeira com fios
O que é possível fazer
com eles?
Olá! Como vai? Sou Chico, mas pode me chamar
de vovô. Moro em um sítio no interior. Aqui tem bicho, terra, céu
azul e cheiro de pão saindo do forno. Querem conhecer?
Alfredo Volpi
A casa da vovô tem
muitas janelas...
O repertório de imagem das crianças vai sendo ampliado e ressignificado.s
O barro é vivo! Surgem muitas formas, tamanhos, vazios, detalhes...
A água se mistura com a cor. É a oportunidade de proporcionar à criança a experiência de fluidez.
O desenho é sempre muito presente. A brincadeira com
a representação que nasce da ponta do lápis.
Luís Miguel, 6 anos, a toda final aula, sem exceção, pega lápis e papel e desenha. Para todos eles tem uma história.
Ah, velho fogão a lenha companheiro de invernias pelas madrugadas frias junto a ti a me esquentar cedo me encontro a matear palmeando a cuia do amargo buscando calor e afago pra o dia que vai raiar Venâncio Aires
As brincadeiras livres ao fim das
aulas têm sido cada vez mais
curiosas e significativas. As
crianças se dividem de acordo
com seus interesses e fazem suas
criações.
A casa caipira montada dentro do
ateliê funciona como espaço
propositor para as brincadeiras.
Com utensílios e objetos
cotidianos, como o ferro de passar
,panelas e fogão as crianças
começam o faz de conta.
Enquanto Matheus (6 anos) lavava as roupas das bonecas, Luís Eduardo (6 anos) passava com ferro de brasa.
E todo o processo experienciado no
ateliê tomou forma e pôde ser apreciado
por toda a comunidade escolar, pais,
amigos e familiares.
A casa caipira foi o fechamento de mais
um ciclo. Enquanto processo no espaço
micro do ateliê, o trabalho se localiza em
uma esfera muito subjetiva, difícil de
descrever, visualizar, metabolizar e
compreender. exposições e intervenções
no espaço macro da escola são
fundamentais, pois torna o processo
visível e concreto, permitindo que os
alunos se apropriem do aprendizado.
Professora Mariana/ Auxiliar Mayra
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