GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO JANE VANINI
CENTRO DE EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIA E MATEMÁTICA
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QUALIFICAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO
FUNDAMENTAL I EM CIÊNCIAS DA NATUREZA,
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Cáceres/MT, julho de 2010
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Grupo proponente
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
Departamento de Matemática e Departamento de Informática
Docente-Pesquisador Titulação
Marcos Francisco Borges Doutor
Herena Naoco Chisaki Isobe Mestre
Nivaldi Calonego Júnior Doutor
Josimar de Sousa Doutor
Celso Teixeira Fanaia Mestre
Albermary Ribeiro Chagas Especialista
Grupo Associado
• INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DE MATO GROSSO/IFT
Docente-Pesquisador Titulação
Rita de Cássia Pereira Borges Doutora Alessandro Ferreira dos Santos Doutor Bernardo Janko Gonçalves Biesseck Graduado Rogério Barbosa Pereira Graduado
• CENTRO DE EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS E
MATEMÁTICA/CEICIM
Escolas Parceiras Escolas Públicas do município de Cáceres
Público Alvo Professores das séries iniciais (I a IV) do ensino fundamental I
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Justificativa
Os investimentos na melhoria da qualidade da educação científica e tecnológica
justificam-se pelo fato delas serem consideradas necessárias e estratégicas no século
XXI. Cada vez mais a ciência penetra em nossa vida, diuturnamente, requerendo
domínio de conhecimentos científicos e tecnológicos para mudança de uma postura
ética e crítica diante dos fatos do mundo. Por essa razão, a educação científica constitui-
se numa prática social relevante e necessária para o exercício da cidadania. Como diz
Valente (2001, p.07) “[...] além de ensinar a própria ciência, o seu fazer-se e o seu corpo
de conhecimento, é preciso ajudar a integrar a ciência nas nossas crenças e convicções
sobre pena de aquela não fazer parte do nosso viver, das nossas lutas, da nossa
participação política e cívica e de nossos momentos de desespero, em que deveres e
direitos se desvanecem e confundem, deixamos o barco correr ao sabor da demagogia
ou da superstição”.
Os pesquisadores da área (GIL-PEREZ e CARVALHO, 2002; FRACALANZA
et al, 1986; KRASILCHIK, 2004; MENEZES, 1996; NARDI, 1998) tem detectado a
educação científica como um dos pontos nevrálgicos da educação formal. Estudos
mostram que um dos obstáculos do ensino-aprendizagem nas séries iniciais do ensino
fundamental está na dificuldade dos alunos na aquisição dos conceitos científicos,
obstáculo este diretamente relacionado ao distanciamento existente entre a formação dos
professores nos cursos de licenciaturas em pedagogia e à sua prática pedagógica ao
ensinar ciências e matemática. Em geral, as professoras e os professores das séries
iniciais não sentem segurança para tratar de assuntos de ciências (ATHAYDE et al,
2003). A maior parte dos professores do ensino fundamental por não possuírem uma
formação que não considera os conteúdos específicos em ciências e matemática, assim
como, sobre como ensiná-lo, tem apenas reproduzido em suas aulas o conteúdo
programático exposto nos livros didáticos. Como dizem Gil-Pérez e Carvalho (2006,
p.21), a falta de conhecimentos científicos “transforma o professor em um transmissor
mecânico dos conteúdos do livro texto”. Este fato tem levado os alunos a verem a
ciência como um conhecimento distante, sem conexões com suas vivências,
necessidades e aspirações.
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Embora, o Programme for International Student Assessment (PISA), da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD, na sigla em
inglês) não seja um instrumento de avaliação que agrade aos educadores em ciências, os
resultados apresentados pelos alunos brasileiros têm se mostrado insatisfatórios.
Outro obstáculo é a existência de um fosso entre a produção científica brasileira
e o ensino de ciências e matemática realizado nas escolas do país. Para superar esta
contradição, as universidades públicas brasileiras precisam assumir papel decisivo, não
apenas pelo fato delas responderem por boa parte da ciência produzida no país, mas
também pela possibilidade que têm de formar professores capacitados para desenvolver
o ensino em articulação com a pesquisa e a extensão. As universidades devem se
caracterizar pela difusão e produção de conhecimentos científicos e culturais
sintonizados com problemas regionais e nacionais, como diz a legislação vigente.
Preocupado com o quadro atual do ensino de ciências nas séries iniciais, o
movimento em prol da “alfabetização científica”, que reivindica o acesso de todos os
cidadãos ao conhecimento científico para que possam exercer seus direitos e deveres na
sociedade têm levado a entidades como a Sociedade Brasileira de Educação
Matemática/SBEM e a Academia Brasileira de Ciências/ABC a incentivarem ações que
possibilitem à melhoria da qualidade do ensino de ciências e matemática com o
incentivo das crianças realizarem atividades investigativas desde as primeiras séries
escolares articulando estas atividades com a alfabetização (expressão oral e escrita).
O Centro de Educação e Investigação em Ciências e Matemática – CEICIM da
Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT com a finalidade de agenciar a
expansão e a melhoria da qualidade do ensino de ciências no estado, bem como a
difusão e a popularização da cultura científico-tecnológica junto à sociedade mato-
grossense, tem sistematizado ações de extensão na criação de Espaços de Ciência
(Projeto Viajando com a Ciência), formação de professores, metodologias e estratégias
de ensino/aprendizagem de Ciências e desenvolvimento de tecnologias de Informação e
Comunicação.
Não é possível pensar em melhorias da qualidade do ensino sem contar com a
existência de docentes com qualificação política, técnica, científica e, motivados
profissionalmente. Neste sentido, é que o CEICIM tem demandado um forte
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investimento na formação continuada, inicial e em rede de professores do ensino
fundamental.
A capacitação dos professores das séries iniciais pelo CEICIM possibilitará a
abordagem de forma diferenciada do ensino de ciências e matemática na sala de aula,
por meio de uma metodologia investigativa, em que o aluno deixa de ser um mero
observador - receptor e passa a participar da construção do seu conhecimento.
A participação dos professores das séries iniciais nos encontros presenciais os
levará a uma reflexão sobre a prática do ensino de ciências e matemática e as demais
áreas do conhecimento. O desenvolvimento de habilidades e atitudes científicas que
conduzam a postura investigativa diante do mundo real possibilitará o desenvolvimento
da autonomia em relação às tomadas de decisão (SANTOS et al., 2003).
A busca de integração entre profissionais da área de ciências e matemática com
os professores do Ensino Fundamental permite a colaboração da Universidade no
processo de melhoria da qualidade da Educação na rede pública, estabelecendo um elo
importante na formação de educadores em serviço, promovendo a atualização contínua
destes profissionais em consonância com a realidade de ensino de suas escolas. Além do
que a aproximação entre universidade e escola promove uma desmistificação da ciência
e do pesquisador.
Outro ponto a ser destacado é a interdisciplinaridade. Em 1699 Fontenelle,
Secretária da Academia de Ciências de Paris, dizia que 'Até agora a Academia considera
a natureza só por parcelas... Talvez chegará o momento em que todos esses membros
dispersos [as disciplinas] se unirão em um corpo regular; e se são como se deseja, se
juntarão por si mesmas de certa forma' (FONTENELLE apud D’AMBROSIO, 2003).
Assim, serão propostas aos professores atividades investigativas para que eles percebam
que as ciências atuam em conjunto na compreensão dos fenômenos.
Há ainda, a possibilidade da consolidação do espaço de ciências e matemática
nas escolas dos professores participantes. A estruturação desse espaço de constituição
do grupo colaborativo possibilitará a discussão entre os participantes sobre os avanços
alcançados e dificuldades encontradas em relação a prática pedagógica, estimulando a
autonomia em relação a metodologia investigativa e sua aplicação no ensino.
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A qualificação dos professores em ciências e matemática contribuirá para
superar o desafio que temos em pensar novas formas para a educação científica em uma
sociedade do conhecimento em desenvolvimento e que tem a cultura científica
consolidada como elemento fundamental da cultura. Portanto, investir na qualificação
dos professores é imprescindível para que tenhamos uma alfabetização científica que vá
além da tradicional transmissão de conhecimentos científicos e favoreça a formação de
cidadãos que participem na tomada de decisões e na solução de problemas, em nível
pessoal, profissional e social. Esperamos que este seja um projeto que promova um
movimento de reorientação curricular na escola.
Objetivos
Geral
Oferecer qualificação em ensino de ciências e matemática aos professores das
séries iniciais da rede pública de ensino por meio de atividades investigativas e
experimentais.
Promover ações de intervenção no processo de alfabetização científica nas
escolas da rede pública de Cáceres.
Constituir grupos colaborativos nas escolas e entre a escola e o Centro Educação
e Investigação em Ciências e Matemática.
Específicos
Promover o ensino de ciências e matemática nas séries iniciais do ensino
fundamental, baseado na articulação entre a experimentação e o
desenvolvimento da expressão oral e escrita.
Propiciar a elaboração de atividades investigativas de ensino pelos professores.
Utilizar materiais alternativos para a compreensão dos professores dos conceitos
científicos.
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Despertar nos professores o interesse pela ciência por meio da observação de
campo em espaços de alfabetização científica como bibliotecas, planetário,
museu, centro de ciências, herbários e laboratórios de pesquisa.
Formar espaços de ciências (grupos colaborativos) nas escolas participantes.
Consolidar o envolvimento da Universidade com a Comunidade Escolar
Metodologias
Serão convidados a participarem inicialmente da formação continuada os
professores das séries iniciais (I a IV) das escolas públicas de Cáceres. Serão formados
03 grupos de professores, com no máximo de 25 (vinte e cinco) professores cursistas,
que participarão das atividades extracurriculares a serem realizadas nos encontros de
formação.
A metodologia investigativa a ser utilizada nas atividades extracurriculares,
proporcionará a observação, discussão, avaliação e registro das atividades
desenvolvidas, elementos necessários à construção progressiva do conhecimento
científico, além de despertar a curiosidade, criatividade e o interesse dos professores nos
encontros e dos alunos quando aplicada em sala de aula, assim como de saberes teóricos
e práticos para se ensinar ciências.
Adaptado ao contexto escolar e à realidade do entorno, a metodologia utilizada
nas atividades extracurriculares a serem desenvolvidas nos encontros presenciais de
formação favorece uma maior interação entre os professores cursistas e destes com a
equipe de qualificação. A metodologia gera uma necessidade ao professor cursista de
ampliar suas pesquisas para a elaboração das aulas e favorece a reflexão sobre a prática
promovendo o desenvolvimento de saberes sobre a docência. Em relação aos alunos
reduz os problemas disciplinares, uma vez que aumenta sua participação e entusiasmo
nas aulas de Ciências. Se a escola não pode proporcionar todas as informações
científicas que os cidadãos necessitam, deverá, ao longo da escolarização, propiciar
iniciativas para que os alunos saibam como e onde buscar os conhecimentos que
necessitam para a sua vida diária.
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O ensino de ciências baseado na investigação tem sua inspiração no programa
La Main à la Pâte, constituído em 1994 na França e coordenado pelo prêmio Nobel em
Física Georges Charpak, cientistas e pedagogos. Esse programa teve por sua vez
influências do projeto Hands On, que foi aplicado de 5 a 12 anos de idade em escolas de
bairros desfavorecidos em Chicago por a crianças Leon Lederman, físico e prêmio
Nobel.
Estas propostas têm obtido muito sucesso e tornou-se modelo de ensino de
ciências, o que levou o Inter-Academy Panel (Organização das Academias de Ciências
do mundo) a recomendar a adoção de projetos como este em todos os países. A nova
proposta pedagógica de ensino de ciências é hoje desenvolvida em cerca de 30 países.
Atribuições da equipe
Encontros presenciais da qualificação
A realização dos encontros presenciais ocorrerá no Centro de Educação e
Investigação em Ciências e Matemática/CEICIM que é um espaço que tem por missão
promover a melhoria da qualidade do ensino de Ciências (Física, Química e Biologia) e
de Matemática. Neste espaço o professor encontrará sala de informática, planetário e um
museu dinâmico de ciências.
O planejamento dos encontros presenciais levará em consideração as
necessidades dos professores sobre assuntos trabalhados em sala de aula ou que tenham
surgidos a partir do interesse de seus alunos.
Neles serão abordado conhecimentos da área de ciências utilizando a
metodologia ensino de ciências baseado em investigação, fundamentando os professores
no desenvolvimento e aplicação das atividades investigativas em sala de aula.
As atividades serão estruturadas nos encontros em quatro momentos
fundamentais: 1) a apresentação de um problema para o qual devem ser formuladas
hipóteses para solucioná-lo; 2) a realização da parte experimental onde as hipóteses
serão testadas; 3) a discussão das observações e conclusões, e 4) o registro de toda a
atividade. Os professores desenvolverão pelo menos uma atividade nas capacitações
para posteriormente, poderem aplicar em sua sala de aula. Os professores de volta a sua
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escola terão em algumas de suas aulas o acompanhamento de um bolsista. Após a
aplicação da atividade em sala de aula a equipe de formadores se reunirá com os
professores e o coordenador de cada escola, para discutirem os problemas encontrados
no desenvolvimento das atividades com os alunos; essas discussões direcionarão o
encontro de capacitação subseqüente, visando suprir as necessidades apontadas pelos
professores.
Com essa metodologia, o elenco de atividades programadas pode ser
reestruturado, de forma a adaptar-se à realidade da escola. Nas aulas de capacitação
discutir-se-á ainda a adequação da linguagem e os diferentes tipos de textos que o
professor poderá utilizar em suas aulas, pois o projeto tem como um de seus pontos
fundamentais o desenvolvimento das expressões orais e escritas dos alunos.
Na capacitação será possibilitada aos professores a realização de atividades
investigativas para que possam posteriormente aplicá-las em sala de aula, o que
viabilizará a introdução e discussão dos conceitos científicos abordados.
Serão trabalhadas atividades de investigação buscando a apropriação pelos
professores da metodologia; o aprofundamento dos conceitos envolvidos nas
discussões; exposição dos participantes dos assuntos tratados nas formações; discussão
de idéias e concepções sobre como ensinar ciências; trocas de experiências entre os
participantes, reflexão sobre o processo de apropriação de atividades investigativas,
trabalho em equipe para reelaborar, planejar e implementar atividades significativas
para o ensino de ciências e avaliação sobre as atividades desenvolvidas pelos
formadores nas qualificações e pelos professores em sala de aula.
Elaboração de atividades investigativas
As atividades investigativas serão discutidas e preparadas com o professor e
terão como princípio o ensino experimental para a educação científica e divulgação da
ciência como forma de inclusão tecnológica e social.
Material para as atividades investigativas
Para o desenvolvimento das atividades do projeto pelos professores na escola, é
necessário que se tenha materiais experimentais para auxiliar as atividades
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investigativas em sala de aula. Os professores em conjunto com a equipe montarão
“maletas” com o material básico para o desenvolvimento das atividades propostas,
como por exemplo, termômetros e vidrarias como materiais descartáveis que possam ser
substituídos pelo professor ou pela escola conforme forem sendo utilizados. A idéia da
“maleta” é a de que o professor possa levar os alunos a iniciar a investigação em sala de
aula. Julgamos importante também, que o conteúdo dessas maletas seja, de modo geral,
constituído de materiais alternativos, como balões de festa, canudos de refresco, varetas,
garrafas PET, artefatos de informática, para a confecção de experimentos. Isso, além de
aproximar o estudo de ciências do cotidiano do aluno e do professor favorece a
despertar e desenvolver nos alunos a iniciativa, curiosidade e criatividade.
Poderá ser disponibilizada, durante o projeto, aos professores a “maleta” com
materiais para serem utilizados em suas aulas, e com o desenvolvimento das formações,
novos materiais poderão ser acrescentados as maletas, o que reafirma seu caráter
dinâmico. Cada maleta conterá material para que o professor possa suprir a necessidade
de 10 grupos de 04 alunos na execução das atividades investigativas em sua sala de
aula.
O material de apoio para os professores no desenvolvimento do ensino de
ciências será organizado em Seqüências Didáticas, desenvolvidas segundo a
metodologia proposta no projeto.
Acompanhamento do Projeto nas escolas
O acompanhamento do projeto nas escolas é um elemento importante, pois
propicia a avaliação e adaptação dos materiais e métodos empregados. As visitas às
escolas têm como intuito apoiar o professor, bem como observar o andamento dos
trabalhos e auxiliar em eventuais dificuldades, estimulando a aplicação da metodologia
em sala de aula.
A troca de experiências entre os professores será um ponto relevante para o
desenvolvimento do trabalho pedagógico e para a constituição do grupo colaborativo.
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As Atividades extracurriculares
Pretende-se desenvolver os encontros de formação com três grupos de
professores, que participarão das três atividades extracurriculares que serão realizadas
cada uma delas com carga horária de 40 horas distribuídas ao longo da duração do
projeto em períodos que não prejudiquem as atividades do professor em sala de aula.
Cada um dos encontros presenciais poderá ter duração diferenciada, sendo cada um
deles de carga horária mínima de 4 horas.
As atividades extracurriculares tratarão dos seguintes tópicos:
Atividade I - Ensino de ciências
Abordagem investigativa e experimental de temas estudados nas séries iniciais como
Ar, Água e Meio Ambiente.
Atividade II – Educação Matemática e Informática
Abordagem investigativa e experimental de temas de matemática tratados nas séries
iniciais. O acesso do professor ao ambiente informatizado aprendendo a utilizar
softwares de matemática.
Atividade III – Astronomia
Abordagem investigativa e experimental de temas voltados à introdução à astronomia
como: Coordenadas terrestres, inclinação do eixo da Terra. Estações do ano. A eclíptica.
Conceito de esfera celeste. Ponto Sul, direção Sul. Observação de estrelas e galáxias em
planetários. A observação do céu. Instrumentos astronômicos (Astrolábio. relógio de
Sol). Planetário.
Tecnologias
Pretende-se que o projeto provoque impacto na melhoria do ensino de ciências
nas séries iniciais, porém, a troca de experiências entre os professores poderá se
constituir como um ponto relevante para o desenvolvimento do trabalho pedagógico.
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A aplicação do projeto poderá possibilitar ao professor provocar nos alunos
uma maior participação e entusiasmo nas aulas de ciências e ainda diminuir os
problemas referentes a disciplina em sala de aula, considerando que os alunos passarão
a gostar mais das aulas de ciências, e os indicadores de avaliação de desempenho
escolar que são bastantes preocupantes na área de ciência e matemática poderão ser
melhorados.
Espera-se que o projeto se constitua como uma semente para a promoção de
alfabetização científica iniciada nas séries iniciais e se estenda posteriormente,
congregando mais profissionais educadores das séries iniciais e se estendendo as demais
regiões do Mato Grosso.
Ações previstas
• Contatar as escolas públicas de ensino para participação no projeto de
qualificação dos professores em ciências e matemática,
• Planejamento multidisciplinar das atividades de capacitação;
• Elaborar, revisar e adaptar material, tanto para a formação de professores como
para uso com os alunos em sala de aula;
• Programar e desenvolver atividades de formação para a capacitação dos
professores;
• Monitoramento das atividades de capacitação e das atividades nas escolas;
• Controlar a logística das atividades;
• Realizar reuniões de planejamento, acompanhamento e avaliação do Projeto;
• Registrar as atividades e relatórios de acompanhamento e de avaliação do
processo de formação;
• Assessorar os professores nas escolas no desenvolvimento de suas atividades
práticas;
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• Elaboração de relatórios de atividades;
• Montagem de atividades investigativas e experimentos;
• Produção de trabalho para a submissão a evento científico com intuito de
divulgar as experiências do projeto.
Estratégias de seleção de participantes
Os professores participantes do projeto deverão:
estar vinculados a escola pública;
pertencer a escolas que tenham baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB);
estar em efetivo exercício da função de professor da educação básica (I a IV séries) do
ensino fundamental;
Terão preferência os professores em que a:
coordenação da escola do professor participante do projeto assinar um termo de
compromisso no qual ficará registrado o apoio no âmbito da unidade escolar às
atividades e necessidades do projeto.
Sistemática de avaliação
A Avaliação do andamento do projeto será contínua, evidenciada a partir
dos encontros presenciais com a verificação da participação dos professores nas
atividades investigativas e do acompanhamento dos professores e alunos no
desenvolvimento das atividades realizadas pelos professores em suas salas de
aulas.
Também será utilizado instrumento de avaliação a ser aplicado no início e
ao final do projeto que possa revelar aspectos como: a aproximação
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universidade/escola; a troca de experiências estabelecendo a relação teoria e
prática; o fortalecimento do trabalho do professor no ensino de ciências; a
participação no grupo de trabalho colaborativo; a reflexão sobre a sua prática
como formador.
A equipe executora do projeto fará o planejamento detalhado das atividades,
acompanhamento e deverá produzir um relatório dos resultados, bem como
produzir artigos científicos e a submissão de trabalhos a evento científico com
intuito de divulgar as experiências do projeto.
O professor participante do projeto deverá fazer uma análise do trabalho
realizado com seus alunos em função da aprendizagem deles em ciências e
matemática, e ainda no que se refere à expressão oral e escrita.
Resultados esperados
1. Melhoria da qualidade do ensino de ciências e matemática nas escolas públicas;
2. Qualificação dos professores das séries iniciais em ciências e matemática por meio
de atividades investigativas e experimentais.
3. Produção de trabalho para a submissão a evento científico, com intuito de divulgar
as experiências do projeto.
Orçamento
Código do Elemento
de Despesa Especificação das despesas TOTAL (R$)
33.30.30 Material de Consumo 18.972,59
33.30.33 Passagens 3.264,00
33.30.14 Diárias 2.548,00
33.30.36 Serviços de Terceiros - Física 2.000,00
33.30.39 Serviços de Terceiros - Jurídica 17.060,00
Total 43.844,59
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Despesas - Material de Consumo
Descrição Quant Unidade
Custo Unitário
(R$)
Custo Total
(R$)
Álcool 10 Litro(s) 2,30 23,00
Alfinete 10 Caixa 2,05 20,50
Alicate 80 Unidade(s) 14,00 1.120,00
Aplicador Cola quente 10 Unidade(s) 13,00 130,00
Arame 5 Kilo(s) 8,00 40,00
Arco de Serra 10 Unidade(s) 10,90 109,00
Arruelas diversos tamanhos 3 Kilo(s) 15,00 45,00
Balões de borracha (bexiga) 10 pacote 6,45 64,50
Barbante 10 rolo 5,70 57,00
Braçadeiras de diversos tamanhos 40 Unidade(s) 3,00 120,00
Canudo para refrigerante 30 pacote 3,80 114,00
Cartolina diversas cores 200 Unidade(s) 0,50 100,00
Chave de fenda 24 Conjunto 17,00 408,00
Clipes diversos tamanhos 10 caixa 12,80 128,00
Cola branca 40 Unidade(s) 1,00 40,00
Cola de silicone 10 Unidade(s) 21,00 210,00
Cola para madeira 90g 4 Unidade(s) 34,90 139,60
Cola para vidro 2 Unidade(s) 90,00 180,00
Combustível 358 Litro(s) 2,80 1.002,40
Compasso 80 Unidade(s) 7,00 560,00
Compensado de madeira 2 Unidade(s) 117,20 234,40
Componentes elétricos (interruptor,
tomadas, diodos) 16 Unidade(s) 15,00 240,00
Conjunto de serra 10 pct 9,90 99,00
Copos de plástico transparente 30 pacote 4,65 139,50
Copos plásticos para café 40 pacote 1,60 64,00
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Corante 10 Unidade(s) 3,50 35,00
Cortador de vidro 1 Unidade(s) 17,90 17,90
Cubas diversas tamanhos 16 Unidade(s) 8,00 128,00
Elástico 10 pacote 3,25 32,50
Espelho 2 Unidade(s) 125,00 250,00
Esquadros 40 Unidade(s) 4,30 172,00
Fósforo 20 pacote 4,25 85,00
Fita Adesiva 10 pacote 7,20 72,00
Fita adesiva dupla face 10 Unidade(s) 2,80 28,00
Fita crepe 10 Unidade(s) 2,70 27,00
Fita Isolante 10 Unidade(s) 4,00 40,00
Funil 80 Unidade(s) 3,50 280,00
Galão de Água 24 Unidade(s) 5,50 132,00
Garrafa pet pequena 80 Unidade(s) 2,00 160,00
Jarra para aquecer água 10 Unidade(s) 18,00 180,00
Lâmpadas 80 Unidade(s) 1,95 156,00
Lamparina 10 Unidade(s) 18,20 182,00
Lanterna 80 Unidade(s) 12,00 960,00
Lima chata 8 Unidade(s) 3,80 30,40
Lixa 10 pacote 2,20 22,00
Lupa 80 Unidade(s) 2,00 160,00
Mangueira de aquário 20 metros 3,25 65,00
Martelo 40 Unidade(s) 15,00 600,00
Massa de modelar 10 Unidade(s) 5,56 55,60
Palitos de dente 20 caixa 2,20 44,00
Palitos de madeira 20 Pacote 3,65 73,00
Papéis diversos (Cartão, Couché, Laminado,
Dobradura) 250 folhas 0,65 162,50
Papel A-4 10 Unidade(s) 17,00 170,00
Parafusos diversos tamanhos 5 cx 21,22 106,10
Pilhas 80 pacote 4,50 360,00
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Plástico Bolha 1 Unidade(s) 43,00 43,00
Placas de alumínio 5 Unidade(s) 15,00 75,00
Placas de fórmica 5 Unidade(s) 7,50 37,50
Placas de isopor 20 Unidade(s) 4,50 90,00
Placas de PVC 10 Unidade(s) 15,00 150,00
Placas de vidro 3x1,10m 2 Unidade(s) 120,00 240,00
Pregos tamanhos diversos 5 Kilo(s) 32,25 161,25
recipiente de plástico pequeno 10 Unidade(s) 10,00 100,00
Recipiente plástico transparente grande 10 Unidade(s) 75,00 750,00
Refil de cola quente 10 Unidade(s) 5,00 50,00
Rolha de borracha 10 pct 3,25 32,50
Saquinhos plásticos 10 pct 3,20 32,00
Seringas 60 cm 40 Unidade(s) 2,25 90,00
Tachinhas 8 caixa 2,00 16,00
Tecidos diversos 10 metro 6,00 60,00
Telas de amianto 10 Unidade(s) 12,00 120,00
Termômetro 80 Unidade(s) 20,00 1.600,00
Tesouras 24 Unidade(s) 10,00 240,00
Tinta esmalte sintético 3 Unidade(s) 15,00 45,00
Toner Impressora HP color Laser Jet 2600n 2 Unidade(s) 386,97 773,94
Tripé 80 Unidade(s) 15,00 1.200,00
Varetas de madeira 10 pacote 3,20 32,00
Veda Rosca 10 Unidade(s) 3,10 31,00
Vela 10 pacote 2,95 29,50
Ventilador movido a pilha 40 Unidade(s) 11,50 460,00
Vidrarias de laboratório 40 Unidade(s) 8,50 340,00
Suprimentos de informática
Unidade(s)
2.000,00
Total R$ 18.972,59
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO JANE VANINI
CENTRO DE EDUCAÇÃO E INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIA E MATEMÁTICA
18
Despesas - Passagens
Percurso Quantidade Custo Unitário Custo Total (R$)
Cáceres » Cuiabá » Cáceres 04 88,00 352,00
Cuiabá » São Paulo » Cuiabá 04 728,00 2.912,00
Total R$ 3.264,00
Observação: Participação em congressos
Despesas - Diárias
Localidade Quant Custo Unitário Custo Total (R$)
São Paulo - SP - Brasil 12 212,40 2.548,80
Total R$ 2.548,80
Despesas - Serviço de Terceiros - Pessoa Física
Descrição Custo Total (R$)
Manutenção de equipamentos 2.000,00
Total R$ 2.000,00
Despesas - Serviço de Terceiros - Pessoa Jurídica
Descrição Custo Total (R$)
Confecção de 05 banners para apresentação dos trabalhos
dos formadores, bolsistas e professores em eventos
científicos e para a apresentação do projeto
400,00
Manutenção de equipamentos 2.500,00
Confecção de 100 Folders 300,00
Serviço de reprodução de cópias que serão utilizadas nos
encontros presenciais de formação. 1) 30 encontros x 100
professores x 26 cópias (em média) = 78.000 2) Cópias de
textos para os formadores 8 x 150 x 12 = 14.400 1+2 =
92.400 X R$ 0,15 = R$ 13.860,00
13.860,00
Total R$ 17.060,00
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